balanço das eleições do dce ufc e apontamentos da luta estudantil-proletária

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  • 7/31/2019 Balano das eleies do DCE UFC e apontamentos da luta estudantil-proletria

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  • 7/31/2019 Balano das eleies do DCE UFC e apontamentos da luta estudantil-proletria

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    rocesso perpetrado pela chapa 2. O regimento que regula as

    ormas do DCE da UFC claro e foi renegado. Diante de

    nomalias e indcios de fraude, no s a urna, mas todo o

    rocesso eleitoral perde sua posio regulativa. No momento

    m que foram comprovadas as sabotagens. A RECC, que

    ontou com membros que acompanharam boa parte do

    rocesso, se colocou frontalmente contra todo o processo

    eitoral, na tentativa de conscientizar ambas as chapas a

    rganizarem novas eleies para o DCE, j que esta havia

    erdido toda sua validade e credibilidade.

    reao da chapa 2 (ligada a UJS/UNE), foi a de tentar passaror cima desses casos (como o da urna furada), tentando

    alizar a apurao independentemente de qualquer

    irregularidade. Enquanto que a chapa 1, representada pelo para-

    governismo do PSOL e PSTU, permitiu a apurao de votos

    em uma ocasio em que a sabotagem ocorria claramente, em

    vrios nveis e de vrios modos, legitimando indiretamente

    assim o desfecho de um vergonhoso processo eleitoral. A chapa

    2, governista comprometida com os interesses institucionais,

    afirmou-se ativa nesse processo fraudulento, enquanto a chapa

    1 para-governista demonstrou passividade diante da truculncia

    que permeava as atitudes da chapa rival, que queria e

    conseguiu vencer estas eleies, em parte por seus artifcios

    nada honestos (apurao de urna violada), e em boa partetambm pela inatividade presente no discurso e nas aes

    diletantes da chapa 1.

    Mobilizar os estudantes pela base

    odo o processo eleitoral s refora nossa crtica poltica anti

    emocrtica e cupulista aplicada pelo governismo e legitimada

    elo para-governismo, o que acontece em todos os processos

    os quais eles se inserem. E agora, tendo como concluso um

    sultado ilegtimo, temos o governismo pelego como gesto

    mpossada no DCE da UFC, que aplicar a poltica neoliberal

    o governo, precarizando e elitizando nossa universidade,

    eixando-a ainda mais inacessvel para a classe trabalhadora e

    us filhos.

    questo que o Movimento Estudantil na UFC encontra-se

    astante desmobilizado, o que reforou e permitiu todas as

    corrncias/fraudes nesse processo eleitoral. Ns, estudantes,

    o podemos permanecer passivos ou nos limitarmos a crtica,

    ois assim estaramos cumprindo um mero papel alarmista

    ante de uma situao que requer interveno prtica da

    coletividade. Devemos tomar conscincia que a UFC dos

    estudantes e do povo, e devemos lutar por ela, atuando pela

    base, em cada curso, e fortalecendo as lutas atravs de

    iniciativas como a da OCC (Oposio Classista e Combativa ao

    DCE-UFC).

    O combate a direita se faz com a criao de um movimento

    estudantil forte e combativo e no apenas de forma discursiva e

    em poca de eleio. Fazemos um chamado a todos os

    estudantes sinceros que no se sentem representados nem

    pela chapa governista que ganhou as eleies, e nem pela

    chapa para-governista que perdeu, a virem discutir nosso

    programa e a construir um movimento estudantil popular,

    pela base e combativo, sem cair em fatalismos ou

    triunfalismos, mas reafirmando palavras de ordem da luta

    classista estudantil.

    A farsa da consulta para reitor e os desafios da construo da democracia na UFC

    urante o ms de junho de 2012, ser realizada a consulta para

    itor da UFC. Isso demanda uma anlise por parte dostudantes e trabalhadores da educao comprometidos com a

    onstruo de uma Universidade Popular, pois coloca em

    ebate a questo da Democracia na Universidade e seus

    esdobramentos polticos acerca da estratgia e tticas de luta.

    ntes de tudo, preciso deixar claro que o processo de

    onsulta para reitor limitadssimo, pois apenas uma consulta

    no uma eleio no sentido estrito da palavra. Cabe a

    residente da Repblica a escolha final do candidato a reitor, e

    dependente do resultado da consulta, ela pode escolher, por

    xemplo, o menos votado (se bem que s haver um candidato

    as eleies atuais da UFC). Alm de ser apenas um processo

    e consulta sem poder real para efetivar uma deciso, esta

    onsulta opera por mecanismos anti-democrticos, j que o

    eso das categorias consultadas desproporcional, cabendo

    0% do peso dos votos aos professores, 15% para estudantes e

    5% para servidores. Ainda exclui a gama de trabalhadores

    terceirizados. Nesse sentido, por que os estudantes e servidores

    teriam menos importncia poltica do que os professores ?A melhor forma de debater Democracia na universidade

    comea por negar esse teatro da consulta para reitor e termina

    com a efetivao de mecanismos democrticos de presso

    compostos por estudantes e trabalhadores capazes de guiar os

    rumos da universidade em direo ao povo e no ao capital.

    Isso requer a retomada da ao direta (manifestaes, piquetes,

    barricadas, bloqueio de avenidas) para dar voz ativa e

    combativa ao nosso movimento.

    Acreditamos que debater Democracia passa, no plano terico,

    pela anlise crtica da estrutura burocrtica e autoritria da

    universidade e, na prtica, pela superao poltica dos elitistas

    conselhos universitrios e seus correlatos, rumo construo

    de espaos de poder popular que congreguem de maneira

    democrtica e pela base, professores, estudantes, servidores,

    terceirizados e a comunidade.

    No vote, lute! Aderir ttica do boicote e a necessidade da ao direta!Impulsionar assembleias intersetoriais entre estudantes, professores,servidores, terceirizados e comunidade para intervir na universidade!

    Convidamos os estudantes combatentes para a prxima Plenria da

    OCC no dia 24 de maio, s 17:00 hs, no Puleiro (Ch 2 UFC)