b3_resumo

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  • 7/24/2019 B3_Resumo

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    Formadora de Linguagem e Comunicao: Ana Lopes

    Nvel B2; B3rea de Competncia Chave Linguagem e Comunicao

    UFCD

    LC2CProduzir textos de acordo com tcnicas e

    finalidades especficas.LC3C- Produzir textos informativos, reflexivos epersuasivos

    Contedo Tcnicas e modelos de escritaTema O resumo

    Objectivos especficos

    Organizar um texto de acordo com as ideias principais e

    acessrias do mesmo.

    Resumir um texto sua informao/mensagem essencial.

    Utilizar o cdigo escrito de modo correcto e coerente com

    o tipo de texto redigido, com diversificao de

    vocabulrio e estruturas frsicas.

    Proceder correco e reviso dos textos produzidos.

    Pr-requisitos:Saber usar os articuladores de discurso.

    Utilizar correctamente o cdigo escrito de modo correcto e coerente.

    Espao e materiais:

    Sala de aula; ficha de trabalho.

    FASES CONTEDOS/MTODOS/MATERIAIS TEMPO

    IntroduoDilogo sobre a importncia do resumo como forma de sistematizar

    ideias principais de acessrias.5

    Desenvol-vimento

    Leitura e anlise de ficha informativa do resumo.

    Sistematizao do resumo e respectivas caractersticas.

    Resoluo dos exerccios da ficha de trabalho.

    40

    Avaliao Correco dos textos produzidos.15

    Conceitos-

    chave

    Conceito de ideias principais e acessrias; tipo de discurso; registo de lngua.

    Sumrio da aula:Tcnica do resumo. Exerccios de aplicao.

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    Formadora de Linguagem e Comunicao: Ana Lopes

    Leitura para informao e estudo

    Resumo

    O resumo um texto com caractersticas muito prprias e que tem a particularidade de ser um enunciadoque decorre da transformao de um outro, o texto fonte, o qual ser reformulado e reduzido (nunca dever

    ultrapassar um tero do texto original), conservando as ideias principais convenientemente coesas.

    Processo de execuo

    a partir do suporte inicial, captado atravs de uma leitura extremamente cuidadosa, que se inicia o

    processo de resumo. A primeira leitura permite apreender as ideias essenciais que o autor transmitiu e que

    devem ser mantidas na elaborao do novo texto. Como tal, imprescindvel a percepo correcta e completa do

    texto como um todo: uma interpretao adulterada desvirtua o texto inicial e transforma o resumo numa smula de

    informaes que no correspondem ao contedo veiculado pelo autor do suporte inicial. Aps ter identificado a

    ideia directriz do texto e ter detectado o encadeamento lgico entre cada uma das informaes expressas,

    principie o seu trabalho, sublinhando as ideias fundamentaisde cada pargrafo. Exclua os pormenores ou as

    ideias repetidas. Poder, para facilitar a sua tarefa, colocar, com o recurso a chavetas, pequenos grupos de

    palavras que sintetizem o contedo expresso em cada um dos pargrafos. Certifique-se de que conhece todas as

    palavras utilizadas ou que est seguro do contexto em que so empregues. Em caso de dvida, recorra ao

    dicionrio: prefervel a confirmao das suas dvidas, do que uma incorrecta atribuio de significado que

    poder alterar a informao bsica. O resumo ser o resultado da forma como o texto for lido e, por esse motivo,

    apenas uma leitura no ser suficiente para construir um bom resumo.

    Poder constatar que a seleco a que procedeu implica um abreviar do suporte inicial. Como uma das

    caractersticas do resumo a abreviada, no se preocupe. Possui agora o esqueleto do novo texto que ir

    produzir, ou seja , uma smula das ideias principais veiculadas pelo autor. Respeitando o seu pensamento,

    inicie a produo do seu resumo, reformulando odiscurso do autore utilizando umalinguagem pessoal. No

    pegue nas ideias destacadas e no as agrupe simplesmente: nunca se copiam frases do texto; exprime-se o

    contedo informacional por outras palavras. Existem algumas regras cujo mecanismo se tornar implcito,

    consoante o grau de aperfeioamento adquirido com a prtica do resumo.

    Regras de processos de reformulao do discurso:

    - Exclua os pormenores inteis, corte/risquetudo o que for acessrio. (Ex: Entre sair de casa,

    deslocar-se at estao de caminho de ferro, apanhar o comboio e chegar, decorriam cerca de vinte

    minutos, utilizar; A deslocao entre casa e Lisboa demorava cerca de vinte).

    - Substitua ideias repetidas ou semelhantes por uma ideia global. (Ex: Em vez de compraramc

    os livros e importaram os cadernos,utilizar: adquiriram material escolar).

    - Use termos genricos em vez de enumeraes. (Ex: Em vez de: o arroz, o trigo, o milho, a

    aveia, o centeioutilizar: alguns cereais).

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    Formadora de Linguagem e Comunicao: Ana Lopes

    Quando redigir o resumo dever ter cuidado com alguns itens:

    - Respeitar as ideias do texto, manter a objectividade do discurso. So inadmissveis quaisquer referncias

    opinio pessoal ou juzos de valor;- Usar uma linguagem pessoal;

    - No utilizar expresses ou citaes do texto original;

    - Excluir marcas do discurso indirecto que atribuam a autoria do enunciado. Ex: O autor afirma que, O

    autor revela, Segundo o autor;

    - Ter cuidado com os articuladores, palavras de ligao entre perodos e/ou pargrafos), de modo a que o

    resumo seja mesmo um texto e no um amontoado de frases colocadas umas a seguir s outras. (conferir ficha

    informativa de apoio, que vai em anexo);

    - Utilizar uma expresso escrita correcta, nos planos lexical, morfolgico, ortogrfico e sintctico;

    - Verificar se o resumo no excede, no mximo, 1/3 do texto original.

    Exemplo de resumo

    Texto Original Resumo

    Os adolescentes ingleses esto a fumar menos, mas a

    falar mais ao telemvel. O curioso que os cientistas

    pensam que existe uma relao directa entre os doisfenmenos: os telefones celulares comearam a

    competir com os cigarros como forma de afirmao

    social, funcionando como smbolo de moda e de

    rebeldia. Os telemveis ocupam espao na vida dos

    adolescentes, muito semelhante ao que, anteriormente,

    era preenchido pelos cigarros, afirma Clive Bates,

    professor da Universidade de Oxford e um dos

    proponentes da nova teoria. Os estudos indicam que a

    percentagem de fumadores, entre os britnicos com

    menos de quinze anos desceu de 30% em 1996, para

    23% em 1999. Em contrapartida, a taxa de telemveis

    subiu do quase zero para cerca de 70%. As razes

    econmicas tambm tm influncia, precisa Clive

    Bates. Muitos adolescentes, mesmo que queiram, no

    podem ter as duas coisas e acabam por optar pelo

    telemvel, explica.

    in Viso, 09-11-2000

    Os jovens ingleses diminuram o seu consumo de

    tabaco, aumentando, em contrapartida, o nmero de

    utilizadores do telemvel. Os cientistas consideram queos dois fenmenos esto interligados, uma vez que

    ambos funcionam como meios de afirmao social,

    smbolos de moda e de irreverncia. Clive Bates,

    cientista, considera que as razes econmicas

    influenciam essa proporcionalidade directa, uma vez

    que os jovens no conseguem manter as duas coisas,

    optando pelo telemvel.

    Nota : Um bom resumo deve pautar-se pelas caractersticas de brevidade, clareza e rigor.

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    Formadora de Linguagem e Comunicao: Ana Lopes

    Exerccio de Aplicao

    Resuma o texto da Comunicao Social que se transcreve, tendo em conta as normas acima explicitadas.

    Correo do Exerccio

    BibliografiaLAVAREDA, Lina et alii, Guia Prtico de Construo de Textos, Edies Sebenta, 2004

    Na segunda metade deste sculo foram duas as causas para a crescente importncia do ambiente: aprogressiva degradao ambiental e o acesso generalizado informao e s notcias de catstrofesambientais.Nos anos 70, foram criados os movimentos ecologistas, cuja ndole marcadamente poltica, apesar deminoritrios, influiu na considerao do ambiente como uma questo importante.Nos anos 80 e 90, multiplicaram-se estes movimentos, registando uma adeso cada vez maior daopinio pblica, consciencializada da importncia deste problema.Foram marcos mediticos desta evoluo as Conferncias das Naes Unidas realizadas em 1972(Conferncia de Estocolmo) e em 1992 (Conferncia do Rio de Janeiro). Se a primeira revelava aindaum conflito entre economia e ambiente, a segunda reflecte a generalizao do conceito dedesenvolvimento sustentado, onde o desenvolvimento socieconmico e o ambiente surgem comoquestes indissolveis.

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    Formadora de Linguagem e Comunicao: Ana Lopes

    H algumas palavras - conjunes, advrbios e locues adverbiais - ou mesmo oraes que servem para ligaras frases entre si. Estes elementos chamam-se articuladores ou conectores e tm a funo de encadear as

    ideias de um discurso, dando-lhes uma relao de sequencialidade.Os articuladores ajudam muito na clareza da mensagem, contribuindo para a fluncia do discurso.De seguida apresentamos-lhe alguns exemplos dos articuladores que so utilizados mais frequentemente.

    Explicitar / explicar /

    intensificar a ideia

    Atenuar/restringir ou

    Oposio /ContrasteReforar a ideia

    isto

    ou antes

    alisou sejaquer dizer

    por outras pala-

    vrasou melhor

    melhor dizendoentopode dizer-se

    o caso deneste caso

    at

    sendo assim

    s vezespor vezesveja-se

    assim

    em relao ano que respeita a

    segundopoisde repente

    compare-se

    pelo menos

    no entanto

    todaviamasneste caso

    ressalve-se

    contudoporm

    apesar dissopelo contrriopor outro lado

    embora

    ainda que

    ora

    no obstantese bem que

    alm de

    alm disso

    aindasobretudoneste caso

    tambm

    por esta razonote-se

    de acordo comcomo j foi ditopor isso

    na grande maioria

    em favor de

    em virtude de

    ou mesmo

    Causa / Consequncia Ligao temporal Concluir

    porquevisto que

    uma vez quedesde quedevido a

    por causa deem virtude decomo resultado de

    da

    por issoportanto

    em consequncia depor conseguinte...

    quandoantes

    entretantodepoislogo que

    nessa alturaactualmenterecentemente

    aps

    pontualmenteantigamente

    nos tempos vindouros...

    em conclusofinalmente

    por todas estas razesdefinitivamenteconsequentemente

    em consequnciaem snteseem suma

    enfim

    portantopor conseguinte

    concluindo

    Enumerar / sequenciar Provar Ilustrar / exemplificar

    no s mas tambmalm disso

    e ainda

    h a acrescentar queem primeiro lugar

    em segundo lugar

    de seguidadepois

    por fim

    finalmente de referir que

    no que se refere a

    em ltimo lugar...

    com efeitouma vez que

    ainda mais

    decertosem dvida

    com certeza

    efectivamentedeste modo

    na verdade

    orade facto

    ...

    assimpor exemplo

    de realar

    ressalte-sesaliente-se

    importante frisar

    importa salientarcomo s pode verificar

    note-se

    a propsito

    Estudo Acompanhado 8 Ano, Texto Editora