b-054 alberlene ribeiro de oliveira
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8/6/2019 B-054 Alberlene Ribeiro de Oliveira
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Mestranda em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe UFS. Especialista em Gesto eEducao Ambiental pela Faculdade Jos Augusto Vieira-FJAV. Graduada em Geografia pela FJAV e emPedagogia pela Universidade Vale do Acara-UVA. Professora de Ensino Fundamental e Mdio. Brasil.Email: [email protected]. Doutorado em Geografia pela Universidade Estadual Jlio deMesquita Filho. Mestrado em Geografia (Geografia fsica) pela Universidade de So Paulo. Graduaoem Licenciatura pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) e Graduao em Bacharelado em Geografiapela UFS. Brasil. Mestrando em Geografia pela UFS. Especialista em Gesto e Educao AmbientalFJAV. 4Especialista em Gesto e Educao Ambiental pela FJAV e Graduado em Geografia pela FJAV.Brasil.
O CLIMA E OS ASPECTOS ECONMICOS DA AGRICULTURA DO
MUNICPIO DE POO VERDE/SE
ALBERLENE RIBEIRO DE OLIVEIRA,JOSEFA ELIANE SANTANA DE
SIQUEIRA PINTO,JOS WELLINGTON RODRIGUES BOMFIM, 4LUCIANO
ESTEVES DE JESUS.
RESUMEN
A compreenso da Agricultura no feita somente levando-se em
considerao os aspectos tcnicos de sua formao. Faz-se importante
observar que tais aspectos esto vinculados aos elementos externos queinfluenciam diretamente no seu desenvolvimento, alterando, muitas vezes, os
resultados finais. assim que o clima aparece como elemento indispensvel
na agricultura. O cerne desta pesquisa pauta -se na anlise do clima na
atividade agrcola em escala tmporo-espacial no municpio de Poo Verde-Se
Brasil. METODOLOGIA. A elaborao se estabeleceu a partir de um
levantamento bibliogrfico e pesquisa de campo que auxiliaram como
embasamento terico. RESULTADOS E DISCUSSES: Nota-se que o meio
ecolgico um fator importante para o crescimento da lavoura, alm dosfatores econmicos. Embora existam outros fatores como a gentica, a
irrigao, a hidroponia, porm no uma realidade do municpio. As doenas e
pragas prejudicam o desenvolvimento das lavouras e causam danos
econmicos aos agricultores. A falta de capital suficiente um dos problemas
no setor agrcola deste municpio. Apresenta reas com tcnicas tradicionais
de produo, mas tambm existem propriedades desenvolvendo agricultura
industrializada. Conclui-se que preciso de melhorias em fornecimento
agrcolas, planejamento de zoneamento e irrigao, que possibilitaria uma
melhoria socioeconmica aos agricultores.
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Palavras-chave: Agricultura; Clima; Economia.
Introduo
O clima dinmico e imprevisvel, pois exerce influncia em todas as
atividades humanas, logo interfere no desempenho e na produtividade das
plantas. A precipitao e temperaturas extremas tendem a destruir a plantao,
entretanto, apenas as condies climticas timas favorecero o crescimento
dos vegetais.
A compreenso da Agricultura no feita somente levando-se em
considerao os aspectos tcnicos de sua formao. Faz-se importante
observar que tais aspectos esto vinculados aos elementos externos que
influenciam diretamente no seu desenvolvimento, alterando, muitas vezes, os
resultados finais. assim que o clima aparece como elemento indispensvel
na agricultura.
Nota-se que o meio ecolgico um fator importante para o crescimento
da lavoura, pois os elementos naturais influenciam diretamente neste sistema,
alm dos fatores econmicos. Embora existam outros fatores como a gentica,
a irrigao, a hidroponia que auxiliam no crescimento das culturas sem
depender exclusivamente do meio natural, porm no uma realidade do
municpio.
Para aumentar a produtividade da lavoura preciso que o agricultor
escolha culturas adaptadas s condies climticas e ao tipo de solo da regio.
O uso de sementes de qualidade favorecer um bom desempenho, maior
rentabilidade e resistncia s principais doenas.
As doenas e pragas prejudicam o desenvolvimento das lavouras e
causam danos econmicos aos agricultores. Entretanto, as condies
climticas so essenciais tanto no crescimento das plantas quanto em termos
de ventos dominantes, que ajudam a levar os germes para outras reas. O
clima fundamental no controle dos mesmos.
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Para controlar as pragas e as doenas na lavoura do milho e do feijo os
agricultores utilizam principalmente inseticidas e fungicidas que tm a funo
de elimin-las. Porm, acabam penetrando no solo e no decorrer do tempo
torna-o inadequado para a agricultura. Carregados pela gua das chuvas
acabam contaminando plantas e animais, logo poder intoxicar o ser humanoao ingerir o alimento.
O cerne desta pesquisa pauta-se na anlise do clima na atividade
agrcola em escala tmporo-espacial no municpio de Poo Verde-Se Brasil.
A elaborao se estabeleceu a partir de um levantamento bibliogrf ico
com base em uma literatura pertinente ao estudo da pesquisa que auxiliaram
como embasamento terico. Realizou-se pesquisa de campo para o
reconhecimento das reas de estudo, solo, clima e utilizao da terra.
Concomitantemente foram feitas entrevistas com os agricultores e tcnicos
agrcolas.
Vale ressaltar que os agricultores necessitam de um microclima
favorvel para que possam ter uma maior produtividade e deste modo suprir
as necessidades da famlia no decorrer do ano com a obteno de lucros, haja
vista que a maioria a nica alternativa a agricultura.
2 Caracterizao Da rea Em Estudo
O municpio de Poo Verde est localizado na mesorregio geogrfi ca
do Agreste Sergipano e na microrregio de Tobias Barreto. Apresenta uma
posio geogrfica em coordenadas 10 42 11 de latitude sul e 38 11 06,
de longitude oeste e 273 metros de altitude da sede municipal.
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temperatura mdia anual de 23,7, precipitao pluviomtrica mdia no ano de
786,5 mm e perodo chuvoso de maro a julho e precipitaes irregulares
sujeito a freqentes secas (SEPLANTEC/SUPES, 2000, p. 4).
Sob o efeito da continentalidade, Poo Verde possui temperaturas
elevadas durante o dia e torna-se amena noite. Neste caso, a amplitude
trmica (diferena entre a temperatura mxima e mnima) alta devida o
distanciamento das massas lquidas dos mares e oceanos. Alm disso, devido
presena de rio intermitente, a evaporao das guas menor e, portanto h
irregularidades de precipitao nesta regio.
3 Agricultura Local
A agricultura apresenta um papel de suma relevncia na economia do
pas, pois permanece sendo responsvel pela alimentao da populao.
Segundo Diniz (1986, p.19) a agricultura extremamente diversificada,
apresentando-se em condies muito diferentes de uma rea para outra, e at
de uma propriedade para outra vizinha.
Percebe-se que o autor enfatiza que a agricultura comp lexa e se
distingue de uma rea para outra devida os fatores econmico, social, cultural
e histrico, pois existem locais que ainda utilizam tcnicas tradicionais e outros
com tecnologia avanada no campo.
Nesta tica, o municpio de Poo Verde apresenta reas que empregam
sistema tradicional de produo, com utilizao de enxadas, arado, foice,
carros - de- boi, com uso de pouca ou nenhuma adubao, exigindo um maior
nmero de trabalhadores no campo. Mas tambm existem propriedades que
desde o plantio at a colheita usam mquinas, tratores, este alugados de
particulares ou de associao, fertilizantes para melhorar a qualidade da terra e
consequentemente obter maior produtividade na lavoura, resultado do sistema
capitalista que proporciona a desigualdade social.
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notrio que com a modernizao do campo surgiram fluxos migratrios
campo x cidade, concentrao de terras nas mos dos latifundirios ocorrendo
a proletarizao dos trabalhadores rurais e o xodo rural, onde filhos de
agricultores saem do seu lugar de origem e vo a busca de trabalho nas
cidades mais desenvolvidas do pas, no obstante a falta de incentivo eorientao acerca de melhorias no seu prprio local com alternativas de
sustentabilidade para amenizar os problemas no campo.
A economia local est baseada principalmente na agricultura, tendo
como principais cultivos o milho e o feijo, alm de outras produes em menor
quantidade como o feijo de corda, a mandioca e a abbora. Tambm merece
destaque a pecuria com a criao de bovinos, caprinos e ovinos.
cultivado pelos agricultores em sistema solteiro ou consorciado (milho
e feijo). Quando o produtor considera o milho a cultura mais importante a
EMBRAPA orienta a populao de 40000 plantas por hectare, com fileiras
espaadas de 1 m e 4 plantas por metro linear e quando o feijo avaliado o
principal cultivo diminui as fileiras do milho e aumenta a do feijo, ou
considerando a mesma importncia entre as culturas, recomenda -se
espaamento de meio metro entre fileiras, com duas de milho alternadas com
duas de feijo, sustentando-se dez a doze plantas de feijo por metro linear.
Os principais tipos de feijo que desenvolvem so o carioca prola, o
mulatinho e o badaj e o milho 50/50. A EMDAGRO est implantando neste
ano no municpio o feijo requinte pontal, que tem as mesmas caractersticas
do feijo carioca prola nas localidades Lagoa do Mandacaru, Terra Vermelha,
Barroces, Espinheiro e Lajes.
A falta de capital suficiente tambm um dos problemas no setor
agrcola deste municpio, onde a maioria dos agricultores depende definanciamento no banco atravs dos programas como o PRONAF que auxilia
ao pequeno produtor no desenvolvimento das culturas agrcolas. Segundo o
agricultor a liberao do dinheiro s vezes tardia dificultando o plantio. Alm
disso, as normas exigidas pelo programa acabam sendo uma barreira para o
campesino e alguns no so beneficiados.
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Os agricultores aps a colheita vendem toda a sua produo deixando
apenas o suficiente para a alimentao de sua famlia e para o plantio do ano
seguinte. Segundo os entrevistados, a comercializao feita nas feiras ou por
intermedirios como os atravessadores que compram a preos mais baixos e
vendem a preos superiores. Os produtos so exportados tambm para vriosestados brasileiros como Pernambuco, Paraba, Bahia, Paran, Gois e Minas
Gerais.
Foi construdo no antigo galpo da Cibrazem, um Centro Territorial de
Comercializao da Agricultura Familiar (CECAF), idealizado pela Prefeitura
Municipal de Poo Verde, em parceria com o Ministrio de Desenvolvimento
Agrrio. Abrange uma rea de 20.261 m, onde o galpo foi aumentado de
2.574 m para 4.866 m, com as necessrias adaptaes in ternas, tendo comoobjetivo a comercializao agrcola territorial e regional e proporcionaro um
maior intercmbio com os municpios circunvizinhos, condies sanitrias
adequadas para a comercializao dos produtos e rea de alimentao
especfica.
A inaugurao ocorreu em 2008 e comeou a funcionar a feira neste
local no dia dezesseis de maio do corrente ano. A comercializao de feijo e
milho ocorre neste local.
3.1 Principais polticas locais ligadas ao plantio do milho e do feijo
A poltica governamental relevante na modificao das atividades
agrcolas na medida em que desenvolvam projetos eficazes para amenizar os
problemas do semi-rido do Nordeste principalmente para atender os
pequenos proprietrios rurais.
Os projetos agrcolas que abrangeram a regio Nordeste e inclusive o
estado de Sergipe nas ltimas dcadas estavam relacionados principalmente
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ao problema da seca. Na metade da dcada de oitenta inicia a atuao do
projeto Nordeste, se concretiza no final da dcada, especialmente por meio do
Programa de Apoio ao Pequeno Agricultor (PAPP) que abrange os municpios
de Canhoba, Nossa Senhora de Lourdes, Propri e Gararu.
Surgiram outros programas em Sergipe como: o Programa de
Aproveitamento das Vrzeas Inundveis (PROVRZEAS); Programa Nacional
de Sade Animal (PRONASA); Programa de Desenvolvimento de reas
Integradas no Nordeste (POLONORDESTE); Programa de Redistribuio de
Terras e Estmulo Agroindstria do Norte e Nordeste (PROTERRA); Plano
Nacional de Saneamento (PLANASA); Programa Nacional de Irrigao
(PRONI); Programa de Recursos Hdricos (POHIDRO). Projeto Sertanejo-
Programa Especial de Apoio ao Desenvolvimento da Regio semi -rida noNordeste, Pr-Serto, Baixa Renda, Convivncia do homem com a seca e
Chapu de Couro.
Os projetos que mais atuaram no municpio de Poo Verde relacionado
s principais culturas desenvolvidas so:
y Projeto Baixa Renda
tambm conhecido como o Projeto de Produo de Alimentos e
Melhoria do Estado Nutricional que foi propagado em 1975 e abrangia doz e
municpios de baixa renda inclusive o municpio de Poo Verde. Segundo
MENEZES (1999, p.196) eram objetivos do projeto:
Investigar a eficcia de diferentes processos de
interveno da Extenso Rural, em conjunto com outras
polticas voltadas para a promoo de pequenos
produtores e sua famlia, e elevar a renda, atravs do
aumento da produo agrcola e como conseqncia, a
melhoria do estado nutricional das famlias rurais de baixa
renda, identificando tanto quanto possvel, os fatores
responsveis pelos resultados alcanados.
y Fundo Municipal de Aval
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Este programa foi criado pela Lei Municipal n 209/97, de 25 de maro
de 1997, sendo praticado primeiro no municpio de Poo Verde tendo como
parceria a Prefeitura Municipal, Banco do Brasil e EMDAGRO.
O Fundo tinha como objetivo a garantia de financiamento junto aos
agentes de crdito, pela concesso de aval. Este benefcio proporcionava aos
agricultores familiares que no dispunha de escrituras pblicas para conseguir
o emprstimo bancrio para a plantao com juros baixos. Segundo ANDRADE
(2002, p. 45).
Neste municpio 90% das propriedades no so
escrituradas, para resolver estes problemas foi criado o
Fundo Municipal de Aval, que consistem em: CMDRS
(Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural
Sustentvel), estabelece as diretrizes e administra o
fundo, o poder pblico viabiliza recursos para o fundo
de Aval e libera o crdito agrcola. A EMDAGRO
elabora projetos e presta assistncia tcnica e juntamente
com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais atestam, a
aptido dos agricultores. Os produtores se organizam em
grupo com no mnimo 10 (dez) agricultores, denominado
Grupo de Aval Solidrio, quebrando uma velha cultura
individualista do sertanejo.
O primeiro municpio do Brasil a aplicar este fundo foi Poo Verde/SE
onde alcanou resultados positivos aumentando a produo do feijo e por
conseguinte a plantao do milho, sendo que nos anos de 1997 e 1998 o
financiamento era exclusivamente para a cultura do feijo; o milho ganhou amesma ateno a partir do ano de 1999.
Este benefcio foi extinto no ano de 2004 devido m administrao do
recurso e inadimplncia dos agricultores, afirma o tcnico em Agropecurio.
y Programa em ao: PRONAF
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O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Fami liar foi
criado pelo decreto presidencial nmero 1946 de 18 de junho de 1996, com o
objetivo de fortalecer as atividades desenvolvidas pelo agricultor familiar,
aumentar o nvel de renda, gerao de emprego, valorizao do produtor rural
e diminuio do xodo rural.
Os agricultores para obter o financiamento preciso estar enquadrado
com as normas do programa, pois apenas esto autorizados aqueles que tm
como base a explorao da terra; deve-se residir na propriedade ou em local
prximo e tenha renda bruta anual. Alm disso, o estabelecimento detm rea
no mximo quatro mdulos fiscais. O programa se estendeu tambm para os
pescadores artesanais, piscicultores, aquicultores, maricultores e extrativistas.
Com a comprovao desses requisitos o campesino recebe uma
declarao de aptido (DAP), que expedido pela Empresa de
Desenvolvimento Agropecurio (EMDAGRO) e aps apresenta as entidades
parceiras ou ao Banco, juntamente com os documentos pessoais.
Os municpios que foram enquadrados a participarem do programa de
acordo com os critrios exigidos pelo Ministrio da Agricultura so: Poo
Redondo, Macambira, Gararu, Porto da Folha, Itaporanga D Ajuda, Japoat,
Canind de So Francisco, Riacho do Dantas, Malhador, Nossa Senhora daGlria, Poo Verde e Estncia. Segundo MENEZES (1999, p. 204) a estratgia
do PRONAF deve valorizar as aes de carter educativo das famlias que
trabalham em regime de economia familiar.
No Estado de Sergipe so cinqenta municpios que esto cadastrados
pelo financiamento do Pronaf, porm alguns no esto habilitados a receber os
investimentos. SANTOS (2000, p. 73) relata que:
No poder receber recursos a prefeitura que estiver
inadimplente em relao aos compromissos com a unio.
Poder a mesma, no entanto, participar da elaborao,
execuo e acompanhamento do PMDR, ficando o
governo do Estado com a obrigao de aplicar o dinheiro
no municpio.
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O Plano Municipal de Desenvolvimento Rural (PMDR) um diagnstico
acerca dos programas de desenvolvimentos que os municpios executar o
para propiciar condies bsicas a populao. Dentro deste contexto, os
municpios que concluram at maro de 1997 o PMDR foram Riacho do
Dantas e Poo Verde com programao at 2000.
Foram estabelecidos oito programas de desenvolvimento para melhorar
a vida da populao Pocoverdense: Programa de apoio explorao de
culturas de subsistncia, Programa de preservao ao meio ambiente,
Programa de desenvolvimento da agroindstria, Programa de fortalecimento da
infra-estrutura hdrica, Programa de apoio pequena indstria, Programa de
infra-estrutura bsica e Programa de fortalecimento da estrutura de apoio
agropecuria.
Este programa apresenta condies favorveis para que os pequenos
agricultores possam desenvolver as atividades como agricultura, pecuria,
investimento para implantao, ampliao, recuperao ou modernizao da
infra-estrutura produtiva da propriedade com juros baixos. O beneficirio
receber o valor do crdito de acordo com a renda anual, onde se enquadrar
no grupo a qual corresponder dentro das normas do programa.
3.2 Aes polticas de combate a seca
O municpio de Poo Verde por se localizar em uma rea de clima semi -
rido, com baixo ndice pluviomtrico ocorre perodos de longas estiagens
durante o ano. Dentro deste contexto, preciso de alternativas para captar
gua e suprir as necessidades da popu lao.
O fenmeno El Nino provoca mudanas climticas na agricultura e
consequentemente na economia. Portanto, o governo do estado criou um
comit formado por instituies pblicas como: Defesa civil, EMDAGRO,
COHIDRO, CODEVASF, DNOCS, SUDENE, DESO e o Projeto Sertanejo
tendo como meta diminuir os impactos das estiagens.
As aes esto relacionadas construo de adutoras, abastecimento
de gua, construo de barragens, recuperao e instalao de poos
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tubulares, instalao de rede pluviomtrica bsica e obteno de cinqenta
unidades de dessalinizadores para locais que os poos esto sem uso. Para
atuaes de urgncias so utilizados abastecimentos de gua nas
comunidades que esto sendo afetadas pela seca; programas de cestas
bsicas e frentes de trabalho.
O Projeto Sertanejo foi aprovado pelo Decreto n 78299 que tem como
objetivo interferir na zona semi-rida do Nordeste para amenizar os problemas
decorrentes da seca que beneficiar ao pequeno e mdio produtor agrcola.
Surgiu alinhado ao lado do POLO NORTE e dos Programas de Irrigao,
Agroindstrias e trpico Semi-rido. Menezes (1999, p. 211) enfatiza a poltica
de gua, a nvel de unidade de produo ( pequena e mdia audagem e
poos), com orientao para o seu aproveitamento econmico em atividade s
produtivas e para o cumprimento da funo social de beneficiar o maior nmero
possvel de famlias.
Em Sergipe, o Projeto Sertanejo foi vinculada administrao do
governo estadual, por meio da Superintendncia da Agricultura e Produo
(SUDAP), com a inaugurao de quatro ncleos, que so: Nossa Senhora da
Glria, Poo Redondo, Frei Paulo e Poo Verde, este ltimo foi instalado no
terceiro Ncleo em 1981 abrangendo o municpio de Simo Dias e TobiasBarreto. Este projeto trouxe para o municpio benefci os como a construo de
reservas de gua, que chega a atingir 78,5% .
Na localidade da Amargosa, h uma barragem com capacidade de
armazenar 2.450.000 m e uma rea total para inundao de 50 hectares,
sendo que a qualidade da gua regular devido salinizao do solo, sendo
esta implantada para o permetro irrigado. Segundo MENEZES (1999, p.207) o
projeto foi considerado invivel para irrigao face a alta salinidade esodicidade do solo, bem como a ausncia de acumulao de gua na
barragem.
Na fazenda Santa Eugnia, prximo ao povoado So Jos, onde ainda
no h poluio das guas est sendo construda uma barragem que
beneficiar a populao no perodo da seca, proporcionando tambm a
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produo de cultivos irrigados nas terras adjacentes, contrib uindo assim para a
economia local. Todavia, com a construo desta obra ocorreram impactos
ambientais, tais como o desmatamento de vrias espcies de caatinga, o
desaparecimento da fauna, alterao no fluxo regular de suas guas e a acidez
do solo que poder contribuir para que a gua represada fique salobra. Existiaapenas uma famlia nesta rea que tiveram que sair do local, onde hoje esto
residindo no povoado So Jos.
No Brasil, pela legislao brasileira necessrio que antes de ser
colocado em prtica um projeto, precisa ser analisado o ambiente natural e
social e apresentar estudos denominados EIAs (Estudos de Impactos
Ambientais) e RIMAS (Relatrios de Impactos Ambientais) para que haja uma
menor probabilidade de ocorrerem danos ambientais, mas em muitos casos,omitem seus verdadeiros impactos.
4 Anlises E Concluses
O municpio de Poo Verde produz principalmente o milho e o feijo que
so de suma relevncia tanto do ponto de vista alimentar como tambm scio -
econmico e est correlacionado com o tipo de clima e do solo do lugar que
proporciona um melhor desenvolvimento dessas culturas.
cultivado pelos agricultores em sistema solteiro ou consorciado (milho
e feijo). Os principais tipos de feijo que desenvolvem so o carioca prola, o
mulatinho e o badaj e o milho 50/50.
A pesquisa de campo foi praticada nas principais reas agricultveis do
municpio de Poo Verde/SE com quarenta agricultores entrevistados e dois
tcnicos Agropecurios e aplicou-se um questionrio com vinte e seis questes
acerca das atividades agrcolas, os mtodos aplicados e os desafios
enfrentados pelos mesmos. Ao norte com as localidades Lajes, So Jos,
Cacimba Nova e Tabuleirinho; a noroeste Malhadinha e ao oeste Terra
Vermelha, Mimoso e Rio Real.
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A regio norte destaca pela sua elevada produo de feijo e milho,
principalmente o povoado So Jos e tambm o Tabuleirinho, visto que o solo,
um condicionante do clima contribui no crescimento das plantas. So solos
rasos e arenosos, de fertilidade mdia que precisa a cada ano de adubos para
aumentar a produtividade. H agricultores que residem na Marmelada eSantana (BA) e plantam no estado de Sergipe, no povoado So Jos. A
localidade Malhadinha desenvolve -se mais a pecuria, embora se plante a
mesma cultura, porm a produtividade menor em relao a outra rea, e o
mesmo ocorre na ultima regio. Existem tambm outras reas que no so
propcias para a utilizao agrcola, onde a eroso retirou os horizontes
superficiais surgindo o afloramento das rochas.
Nos ltimos anos os agricultores do municpio esto desenvolvendomais a cultura do milho, sendo que em 2004 ele ocupou a segunda posio
como maior produtor do Estado de Sergipe. Os agricultores entrevistados
relataram que os principais fatores que influenciaram fo ram menos despesas e
trabalho, pois se emprega a mquina desde o plantio at a colheita do produto;
a semente precoce e super precoce que se desenvolve em menos tempo, til
para o municpio devido os desvios pluviomtricos, o preo do produto, a
produtividade e o clima.
Com base nos dados coletados da pesquisa de campo, a tabela 1
mostra os resultados de alguns questionamentos feitos aos agricultores.
Local onde residem 50% em
propriedade
45% em
Povoado
5% na
cidade
Como adquiriu as
terras
62,5%
compra
27,5%
Herana
10%
INCRA
Participam de crdito
de financiamento
50%
Sim
50%
No
----------
Atividade que executa 60%
agricultores
40% agricultores
exercem outras
atividades
-----------
A cultura que mais se 100% -------------------- -----------
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destaca no municpio Milho
Possuem trator 99% No 1% sim --------
Agrotxicos 62,5% sim 37,5% no --------
Dentro deste contexto, nota-se que dos quarenta entrevistados, 50%
moram na propriedade, 45% no povoado e 5% na cidade. A maioria das terras
foi comprada e as demais por herana e atravs do Instituto Nacional de
Colonizao e Reforma Agrria (INCRA) no Assentamento de Santa Maria das
Lajes. Alm disso, 50% participam de programas de crdito como o PRONAF,
e os outros afirmam que so atravs de recursos prprios devido as exigncia
proporcionada pelo o programa que faz com que no sejam beneficiados.
Contudo, 60% so apenas agricultores e os demais realizam tambm
outras atividades como pecuarista, comerciante e funcionrios pblicos. Fo i
unnime a resposta da cultura do milho, que este se destacando no municpio.
Alm disso, 99% dos entrevistados alugam o trator para desenvolver as
atividades agrcolas. Foi verificado tambm que 62,5% dos agricultores utilizam
agrotxico na Lavoura o que consequentemente acarretaro impactos
ambientais.
Segundo os entrevistados, para amenizar os problemas da agricultura
brasileira seria vivel programas menos burocrtico para atender a todos os
pequenos agricultores; implantar sistema de irrigao para plantar durante o
ano; assistncia tcnica mais presente no campo; incentivos aos jovens
educao do campo para desenvolver a agricultura com tcnicas adequadas e
sendo assim, tambm reduziria o xodo rural; e cooperativas para elevar os
preos dos produtos no mercado.
A partir dos pressupostos discutidos, vs que o municpio apresenta
vicissitudes climticas e econmicas, porm se destaca na agricultura pela
alusiva produtividade do milho e do feijo.
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5 Bibliografia
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MENEZES, Ana Virgnia Costa de. Estado e Organizao do Espao Semi-rido do Sergipano. Aracaju: UFS/NPGEO, 1999.
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Aracaju: NPGEO/ UFS, 2000.
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SEPLANTEC Superintendncia de Estudos e Pesquisas SUPES.
Informes Municipais: Aracaju, 2000.