avic - manual de necropsia

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  • 7/29/2019 Avic - Manual de Necropsia

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    Av. Bento Gonalves, 8824. CEP: 91540-000 Porto Alegre - RSTel. (51): 3308-6130/ 3308-6138

    www.cdpa.ufrgs.br

    MANUAL DE NECROPSIAEste guia inclui descrio da conteno, coleta de amostras, eutansia, exame

    externo e exame interno.

    Conteno

    A conteno da ave domstica feita com a imobilizao das pernas, asas ouambos. O procedimento ideal depende da espcie da ave, sua conformao corporal etipo de exame a ser realizado.

    Extenso do jarrete: Imobilizao das pernas estendendo os jarretes e mantendo-os em

    uma posio fixa indicada para a conteno de galinhas em crescimento/adultas e emoutras espcies de aves.

    Chave de asa: Cruzar as asas, trazer a ponta da asa da cauda para frente e prender aspenas de vo primrias sobre a direo da extremidade da asa da cauda. A aplicao deuma chave de asa imobiliza aves leves, mas no pode ser usado com aves grandes,como matrizes de corte e perus adultos.

    Coleta de Amostras

    Exsudatos e excrementos: Podem ser coletados de aves vivas ou durante a necropsia.Pode ser feito suabe ocular, traqueal ou cloacal. Para a realizao do suabe de traquia,deve-se conter a ave, abrir a boca desta e empurrar o suabe para dentro da laringedurante o perodo de inspirao. Tambm pode ser feita coleta do exsudato do sinus,que fluido ou semifluido, sendo coletado com uma seringa e agulha tamanho 16.

    Sangue: Amostras de sangue para exame hematolgico ou sorolgico podem sercoletadas de diferentes maneiras, dependendo do teste a ser realizado, da quantidade desangue necessrio e do tipo de ave. Como em outros animais, vrios fatores soimportantes para o sucesso da coleta: conteno, fixao da veia, dilatao da veia.Aps a coleta, dependendo do teste a ser realizado, deve ser realizada a separao dosoro. O soro se separa melhor quando o sangue coagulado na seringa de coleta ou em

    um tubo em posio inclinada. Deixar a seringa/tubo temperatura ambiente por cercade horas ou 37 C em estufa por 1 ou 2 horas, separar o cogulo e refrigerar a amostra.- Puno da veia: A veia ulnar cutnea, que cruza o cotovelo, pode ser perfurada paraobter pequenas quantidades de sangue que podem ser usados para teste rpido em placacom sangue total ou para avaliaes hematolgicas. Grandes quantidades de sanguetambm podem ser coletadas da veia ulnar cutnea usando uma seringa.

    Centro de Diagnstico e Pesquisaem Patologia Aviria

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    Procedimento: Deitar a ave sobre o lado direito do coletador, com a ave direcionada dadireita para esquerda. Estender ambas as asas e circunda-las at o nvel da poro

    superior da asa, de maneira que o polegar fique fixo sobre a direo da extremidade daporo superior da asa e o dedo mdio fique sobre a extremidade caudal da porosuperior do brao. O punho esquerdo pode ser usado para aplicar presso no pescoo daave, auxiliando na conteno. As penas sobre o local devem ser arrancadas para permitirfcil acesso veia, que situa-se superficialmente em uma fenda entre o bceps e otrceps. Usando uma seringa com agulha (tamanho 20 a 22), acessar a veia na regio dobrao mdio e coletar de 2 a 3mL.- Puno cardaca: A puno cardaca comumente usada para coleta de sangue depintinhos, codornas e outras aves pequenas. De 3 a 5% das aves iro morrer durante ouseguinte ao processo.Procedimento: Segurar as asas da ave por trs dela e deita-la sobre o lado esquerdo docoletador. Conter a ave, segurando-a com a mo esquerda, mantendo o dedo mdio

    apoiado sobre as costas, em um ponto perpendicular a ponta da quilha. Este pontoconstitui a aproximao ao corao. Uma seringa equipada com uma agulha deve serinserida no peito da ave de maneira perpendicular ao ponto de entrada. A pulsao serdetectada pelo movimento da seringa quando a agulha entra no corao. Com uma boapuno cardaca, possvel coletar de 5 a 10mL de sangue.

    Eutansia

    A escolha do mtodo depende do equipamento disponvel, do tamanho da ave,de consideraes ticas e preferncia pessoal. Quatro dos mtodos aprovados deeutansia podem ser usados em aves.

    Desarticulao cervical: A desarticulao cervical um procedimento aplicadosomente em aves que possam ser apropriadamente contidas.Procedimento: A ave deve ser contida estendendo seus jarretes e suas asas para inclu-las na palma da mo direita, a fim de controlar o debatimento. O pescoo da ave deveser colocado no V entre o polegar e o dedo indicador da mo esquerda. O polegar colocado atrs do occipital, com o bico da ave pousado sobre a palma da mo. Opescoo da ave deve ser dobrado para trs, em um ngulo de 90, e pousado sobre acoxa. O pescoo deve ser estendido para baixo e as pernas puxadas para cima. Nesteponto, as vrtebras cervicais so desarticuladas com um rpido movimento de puxar egirar da mo direita. O debatimento, que pode durar de 2 a 3 minutos, controladosegurando-se as pernas e asas da ave. Outro mtodo de desarticulao cervical pode seraplicado. Neste mtodo aplica-se a chave de asa, com a ave pousada sobre a mesa.A avedeve ser imobilizada segurando-se seu corpo com uma mo, e apertando-se a cabeafirmemente com a outra mo. O dedo mdio deve ser colocado atrs da cabea, e opolegar sob a mandbula. Rotar a cabea aproximadamente 90, e puxar firmemente emdireo ao executador da ao para desarticular o pescoo. Ambas as tcnicasfuncionam melhor em galinhas em crescimento e adultas. Em aves muito grandes, tais

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    como perus adultos, o alicate de burdizzo extremamente til para desarticulaocervical. J em aves muito pequenas, por exemplo pintos de 1 dia, as empunhaduras de

    uma tesoura ou a extremidade de uma mesa podem ser utilizadas para desarticular opescoo.

    Dixido de Carbono: A inalao de dixido de carbono considerada eticamenteaceitvel, porque o debatimento limitado, mas est sendo questionado se a ave sofreou no de ansiedade, j que ela asfixia. Ele efetivo sobre aves de todos tamanhos.Procedimento: A ave permanece em um ambiente fechado, como por exemplo pequenascmaras, no qual colocado dixido de carbono aos poucos. Esse gs txico serinalado pela ave, provocando sua morte.

    Solues para Eutansia: As solues barbitricas so eticamente aceitveis erepresentam um mtodo de eutansia muito popular, especialmente em pequenos

    animais e aves exticas.Procedimento: Atravs de via endovenosa deve ser feita administrao de soluesbarbitricas que provocaro anestesia e posterior morte das aves.

    Eletrocutagem ou eletrocusso: A eletrocutagem usada por alguns profissionais, mas considerada eticamente inaceitvel por outros. Uma desvantagem a possvelocorrncia de hemorragias, que podem influenciar a interpretao de achados. Outroproblema o perigo para o operador.Procedimento: Deve ser colocado um eletrodo na barbela da ave e outro na cloaca. Acorrente eltrica pode ser de 110 ou 220V.

    Exame Externo

    Na maioria das vezes, as aves domsticas so trazidas ao laboratrio em caixasou engradados. Devem-se evitar arranhes das unhas dos dedos. No descarte a caixasem procurar parasitas em fendas ou frestas, to bem quanto evidncia de diarria.Excrementos encontrados na caixa podem ser teis para exame parasitolgico.

    Mobilidade: a mobilidade da ave pode ser determinada posicionando-a sobre a mesa deexame e contendo-a em um amplo cone formado pelas duas mos. Tal conteno podeno ser necessria quando manipulando uma ave dcil. Quando a ave est nesta posio,ela pode ser checada para a evidncia de manqueira ou outras desordens neurolgicas.Coordenao de movimentos de perna e asa podem ser verificados levando a galinhapelas penas da cauda e erguendo-a at que ela mal toque a superfcie da mesa com seusps. Assista para coordenao do movimento de pernas e asas. Uma ave pode sercarregada estendendo seus jarretes e o dobrando embaixo do brao, suas asas seguradasproximamente ao corpo.

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    Cabea: O exame externo deve iniciar sempre pela cabea.- Crista e barbelas: A crista e as barbelas devem ser examinadas atentando para

    desenvolvimento, cor e presena de leses.- Olhos: Os olhos da ave devem ser examinados para qualquer anomalia que possaproduzir cegueira ou alterao das plpebras e da regio prxima aos olhos.- Narina e Sinus: Devem ser examinados para pesquisa de exsudato.- Cavidade Oral: A orofaringe da ave deve ser examinada abrindo-se seu bico com odedo indicador sobre o bico superior e o polegar sobre o bico inferior. Estendendo-se opescoo da ave e se observando a face inferior do pescoo possvel visualizar ointerior da traquia.

    Penas: Observar a presena de parasitas externos, tais como piolhos e carrapatos. Isto efetuado levantando as penas e examinando suas bases. As penas de vo primrias daave devem ser examinadas, continuando o exame at a cloaca.

    Jarretes e ps: Examinar os jarretes da ave para qualquer evidncia de inchao quepossa relatar artrite e examinar os ps para evidncia de anomalias, compactao defezes e crescimento de unha..

    Exame Interno

    Recomenda-se uso de luvas, mscara e avental, especialmente quando a suspeitafor uma zoonose. Primeiramente, coloca-se a ave deitada na mesa sobre o seu dorso,depois se molha o peito para controlar as penas durante o procedimento da necropsia.Deve ser feita uma inciso sobre o lado medial da coxa, estendendo-a at a poro

    anterior nos dois lados. Neste ponto, a articulao coxofemoral deve ser desarticuladarotando-se a perna lateralmente, em ambas os lados.

    Pescoo, traquia, esfago e timo: A pele sobre a musculatura do peito deve serretirada e a inciso estendida atravs do pescoo da ave, inserindo-se a faca no tecidocutneo do pescoo e cortando-se at a mandbula inferior. A pele incisada e refletidapara trs. Neste ponto, traquia, esfago, nervo vago, e timo so examinados.

    PernasNa perna devem ser examinados o nervo citico, os msculos, as articulaes e

    os ossos da regio.- Nervo citico: O nervo citico exposto levantando-se o msculo superficial sobre olado medial da coxa.- Msculos: A musculatura da perna examinada para a evidncia de hemorragia ou dedescolorao.- Articulaes da perna e ossos: As articulaes dos dedos, o jarrete e o joelho soexaminados para a evidncia de inchao e so abertos procura de exsudato. A epfisedistal do fmur cortada e a placa de crescimento e a medula ssea so examinadas.

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    Osso do peito: Usando tesouras serreadas, fazer um corte na extremidade do ossoesterno, sendo este corte continuado at exatamente acima da articulao costo-condral,

    atravs da entrada torcica, cortando o osso coracide.Sacos areos: Os sacos areos podem ser examinados aps o osso do peito ter sidocortado sobre um lado. Os sacos areos da ave so estruturas membranosas muita finastransparentes, exceto pela deposio de pequenas quantidades de gordura na ave sadia.

    Corao e fgado: A juno do saco pericrdico ao esterno rompida e o esternoremovido por si s. Neste ponto, o corao e o fgado so expostos e amostras para oexame bacteriolgico podem ser coletadas usando um swab para perfurar o fgado.

    Remoo do Trato Gastrointestinal: Depois do exame dos sacos areos, corao, efgado, o trato gastrointestinal removido da cavidade. Eles so removidos inserindo o

    dedo indicador e o mdio em torno da moela, que o estmago muscular da ave, erefletindo-a para frente.

    Proventrculo e bao: Com a remoo do trato gastrointestinal, o proventrculo e obao (estrutura ovide) so expostos. Em algumas aves, como em pombos, o bao podeser em formato colunar.

    Ala duodenal, pncreas e Divertculo de Meckel: Imediatamente aps a moela, nsencontramos a ala duodenal e o pncreas. Outra estrutura de interesse est localizadana poro mdia do intestino delgado: uma pequena proeminncia chamada Divertculode Meckel, a qual corresponde ao ponto de juno da gema no perodo dedesenvolvimento embrionrio.

    Bursa de Fabricius: Na poro final do intestino, sobre a parede dorsal da cloaca, estlocalizada a Bursa de Fabricius: receptculo comum para os tratos gastrointestinal,urinrio e reprodutivo. A Bursa de Fabricius um rgo linfide onde so formados oslinfcitos B, responsveis pela produo de anticorpos. Este rgo est presente em avessaudveis at eles alcanarem a maturidade sexual. O intestino pode ser cortado agora edeixado de lado para exame posterior.

    Glndulas Tireide e Paratireide: Antes de remover o corao, siga as cartidas eencontre as glndulas tireide e paratireide associadas com elas.

    Corao e Fgado: Neste ponto, ns examinamos o corao e fgado e coletamosamostras para histopatologia, se considerado necessrio.

    Pulmes: Aps a remoo do corao e do fgado, os pulmes podem ser observados.Estes rgos no so mantidos por presso intratorcica como nos mamferos, mas por

    juno s estruturas adjacentes, e ao menos que estas junes sejam rompidas, o pulmoda ave no ir colabar. O pulmo separado da caixa torcica usando a extremidade

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    romba da tesoura ou os dedos. Uma vez que o pulmo tenha sido removido das costelas,as junturas costo-vertebrais, e os nervos costais se tornam visveis.

    Plexo Braquial: Anterior s costelas, junto ltima vrtebra cervical, ns encontramoso plexo braquial.

    Gnadas, adrenais e rins: Imediatamente posterior aos pulmes, ns encontramos asgnadas, um par de testis no macho, e um ovrio (esquerdo) na fmea; as adrenais, queso amareladas e de forma triangular; e os rins que so multilobulados. Trs lbulos dorim so aparentes: pronefros, mesonefros, e posnefros. As gnadas e as adrenais soencontradas no final anterior do pronefros. Amostras de tecido renal podem ser obtidasneste momento, desde que o rim seja parcialmente retirado quando examinando o plexolombosacral.

    Plexo Lombo-sacral: Ele se situa abaixo do mesonefro, e esta parte do rim tem que serremovida para expor o plexo. A melhor maneira de expor o plexo pressionando partedo tecido renal com a extremidade dos dedos. O plexo formado por vriasramificaes da medula espinhal, e duas destas ramificaes formam o nervo citico.

    Exame do trato gastrointestinal

    Proventrculo e moela: Separe os estmagos glandular e muscular do intestino, e corte-os para abrir. Coloque a ponta da tesoura dentro da abertura do proventrculo, e abra-o.Repita o mesmo procedimento com a moela. Remova o contedo da moela, e senecessrio lave cuidadosamente para examinar o revestimento do rgo. Oproventrculo primariamente glandular por natureza. A moela, por outro lado, tem

    uma cutcula queratinosa secretada por uma mucosa subjacente. Examine orevestimento queratinoso para observar a integridade e a colorao da mesma. Remova-a e examine a mucosa.

    Intestino: Comece abrindo o intestino no duodeno e siga-o atravs de toda a suaextenso, incluindo o ceco no exame. Observe leses coccidianas e vermes cilndricosou chatos. Raspe a mucosa intestinal com uma lmina, e examine-a no microscpioquanto presena de ovos de coccdios ou vermes.

    Esfaqo: Com o brao rombudo da tesoura, corte o bico da ave junto da comissura domesmo. Continue o corte percorrendo o esfago em toda a sua extenso at o inglvio.

    Fenda no palato, turbinados, e sinus infraorbitrio: Examine a cavidade oral e afenda do palato. Corte atravs do bico, ao nvel da narina para expor os turbinados, econtinue o corte atravs dos turbinados at o sinus infraorbitrio procurando porevidncia de exsudato.

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    Traquia: Coloque o brao pontudo da tesoura na laringe, e corte abrindo este rgo,sem separ-la do corpo da ave. Uma vez que a traquia tenha sido cortada, seu lmen

    pode ser exposto deslizando a tesoura para cima e para baixo. No ponto de bifurcaoda traquia, dentro dos dois principais brnquios, ns encontramos a laringe caudal ou asiringe. A siringe o rgo vocal das aves.

    Crebro: Para examinar o crebro, e obter amostras, necessrio remover parte docrnio. Isto facilmente realizado cortando em torno do topo da cabea da galinha,comeando no forame magno.

    GUIA DE NECROPSIA E LESES EM AVICULTURA

    Este guia lista leses de diferentes tecidos, e as relaes mais provveis comdoenas comuns em lotes comerciais de galinhas. altamente desejvel incluir o examedo lote como um todo, obter uma histria completa do caso, obter galinhas mortas evivas doentes para o exame e coletar as amostras. As leses esto listadas na ordem deexame seguido dos exames antemortem epostmortem.

    Exame Antemortem

    - Caixa usada para transportar a galinha: no descarte a caixa sem procurar parasitas nasfendas e frestas, to bem quanto evidncia de diarria.- caros nas fendas ou frestas da caixa: Ornithonyssus sylviarum, Dermanyssusgallinarum, Knemidocoptes mutans, Knemidocoptes pilae.- Oocistos deEimeria sp ou ovos de parasitas: coccdeos e outros parasitos intestinaisso muito comuns em galinhas e podem ser encontrados na ausncia de doena.- Diarria sanguinolenta: infeco por Eimeria tenella e/ou [E. necatrix]; enteritehemorrgica em perus.- Diarria esverdeada: doena de Marek, septicemia, viremia, febre em geral.- Diarria esbranquiada: Leses renais.

    Pescoo- Paralisia (pescoo flexvel): botulismo, pseudobotulismo (doena de Marek).- Torcicolo, episttono, opisttono : infeco do ouvido mdio, Doena de Newcasltle.- Espondilose: congnito, leso vertebral do pescoo.

    Asa e Movimentos de Asa- Falta de coordenao: Doena de Marek.- Paralisia: Doena de Marek, fadiga de gaiola em poedeiras, Doena de Newcastle,Encefalomielite Aviria em pintos muito jovens, Encefalomalcia.

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    Cabea- Tremor em galinhas entre 1-4 semanas e perus: Encefalomielite Aviria.

    - Tiques: Doena de Newcastle.- Torcicolo, opisttono, episttono: Doena de Newcastle, infeces do ouvido mdio(Clera Aviria em galinhas, Salmonelose, Pseudomonadase em pombos),Encefalomalcia, condies septicmicas em galinhas jovens).- Cabea inchada: Clera Aviria, Septicemia. Influenza aviria, Doena de Newcastle,Sndrome da Cabea Inchada.

    Crista e BarbelasA crista e as barbelas devem ser examinadas quanto ao desenvolvimento, cor e

    presena de leses.- Falta de desenvolvimento: galinha imatura.- Murcha: condio crnica.

    - Cianose: febre, septicemia, viremia: clera aviria, cepas nefrotrpicas de BronquiteInfecciosa (pode ter causado o que foi diagnosticado como crista azul de galinhas nopassado); cabea escura em perus, crista azul dos perus, erisipelose em perus.- Necrose aguda em perus: erisipela, clera aviria.- Dermatite escamosa: Favo (Dermatophyton gallinae).- Crostas: canibalismo: Pox, favus.- Pstulas, crostas: Pox.- Vesculas, ndulos: Pox avirio, Foto Sensibilizao, Dermatite vesicular.- Necrose: Influenza aviria, Septicemia, Ulcerao por frio (em galinhas criadas soltasem pastagem).- Edema, inflamao, exsudato caseoso nas barbelas: Clera aviria.

    OlhosA pele em torno dos olhos, plpebras, e os olhos devem ser examinados na ave

    viva.- Crostas, pstulas, crostas em torno do olho: Pox avirio.- Descolorao, ou deformao da ris: Doena de Marek.- Exsudato caseoso: entre a plpebra e a crnea: Pox avirio, Aspergilose, Oxyspiruramansoni (nematdeo da terceira plpebra), Deficincia de Vitamina A.- Nebulosidade da crnea: Doena de Marek, Doena de Newcastle.- Panoftalmite: Salmonella sp., Pseudomonas sp.,Aspergillus sp., e outras Septicemias,particularmente nas primeiras semanas aps a incubao.- Cegueira: condies acima, Glaucoma, Predisposio Gentica.- Queratite corneal: Toxicidade por Amnia, Deficincia de Vitamina A.

    Narina- Descarga nasal: Bronquite Infecciosa, Doena de Newcastle, Micoplasmose, CorizaInfecciosa (odor ftido).

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    Sinus Infraorbitrio-Edema ou inflamao: Laringotraquete Infecciosa, Pox avirio, Mycoplasma

    gallisepticum, Coriza Infecciosa (odor ftido).- Hemorragia: Laringotraquete Infecciosa.-Exsudato caseoso: Laringotraquete Infecciosa, Pox avirio,Mycoplasma gallisepticumem perus, Coriza Infecciosa (odor ftido).

    Orofaringe- Bico amarelo em poedeiras: no em produo ou recentemente comeando.- Desproporo do tamanho de bico: tcnicas de debicagem defectivas.- Engrossamento do limite ou da comissura do bico: micotoxinas,- Rachaduras na comissura do bico: deficincia de biotina, cido pantotnico.- Exsudato caseoso na fenda do palato: Clera aviria, Pox avirio e outras condiesrespiratrias.

    - Manchas brancas: Deficincia de Vitamina A.- Pseudomembranas na faringe e traquia: Pox avirio, Tricomonase em pombos.

    Traquia- Traquete necrtica: Laringotraquete Infecciosa, Pox avirio.- Hemorragias na traquia: Laringotraquete Infecciosa.- Nematdeos sugadores de sangue na traquia: Syngamus trachea em perus, faises,codornas.- Traquete catarral: Bronquite Infecciosa, Doena de Newcastle, LaringotraqueteInfecciosa.

    Penas

    - Crescimento irregular das penas: Sndrome de M Absoro, Deficincias deAminocidos.- Perda de penas: Fisiolgica, Manejo, caros (Knemidocoptes gallinae).- Penas quebradas: Deficincias de Aminocidos.-Penas muito facilmente destacveis: Botulismo, Dermatite Gangrenosa.-Lndeas na base das penas: Infestao por Piolhos.

    Pulgas- Moscas: Pseudolynchia canariensis (mosca dos pombos) em pombos.

    Cloaca- Presena de penas sujas na cloaca: Diarria- Penas da cloaca encarvoadas, presena de caro: Ornythonissus sylviarum (caroavirio do Norte).- Sangue nas penas do rabo: Canibalismo.- Sangue sobre a ponta das penas da asa: Canibalismo.- Sangue sobre a cloaca: Prolapso de Cloaca, Canibalismo Cloacal.

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    Pele- Inflamao do folculo da pena: Doena de Marek.

    - Pstulas, crostas: Pox avirio.- Crostas: Favus (Dermatophyton gallinae).- Gangrena mida: Dermatite Gangrenonosa.- Gangrena seca: Erisipela.- Vesculas: Pox avirio. Dermatite vesicular (infeco por Staphylococcus sp.).- Enfisema subcutneo: ruptura de saco areo.- Pele engrossada: Xantomatose.

    Jarretes e pExaminar os jarretes da ave para qualquer evidncia de edemaciamento que

    possa ser relativo artrite.- Edemaciamento da juntura do jarrete:

    *exsudato amarelo/alaranjado claro: infeco por Mycoplasma gallisepticum e/ouMycoplasma synoviae*exsudato turvado ou caseoso: estafilococose, estreptococose, salmonelose, etc.- Aumento da epfise, curvatura dos ossos: Raquitismo.- Ruptura do tendo gastrocnmico: Artrite Viral.- Eritema dos jarretes: septicemia: Dermatite Gangrenosa, Estafilococose; viremia:Doena de Newcastle, Influenza aviria.- Hiperqueratose dos jarretes: caro escamoso (Knemidocoptes mutans).- Pigmentao amarela em poedeiras: fmeas em produo.- Falta de pigmentao em frangos de corte: Sndrome da M Absoro.- Rachaduras sobre a pele interdigital: Deficincia de Biotina, cido Pantotnico.- Almofada plantar edemaciada: Abscesso da Almofada Plantar, Gota.

    Sangue- Hematcrito baixo: Anemia Infecciosa das Galinhas, parasitas sanguneos.

    Exame Post-mortem

    Articulao Coxofemoral- Eroso/Necrose da cabea do fmur ou cabea do fmur quebrada.

    Pele da coxa, perna, peito e msculos- Aumento do folculo da pena: Doena de Marek.- Penas muito facilmente destacveis: Botulismo. Dermatite gangrenosa.- Pequenos ndulos brancos no tecido subcutneo: caro subcutneo Laminoscioptescysticola- Transudato sanguinolento sob a pele: Dermatite Gangrenosa, Distase Transudativa- Petquias nos msculos: Sacrifcio da ave, Doena Infecciosa da Bursa, AnemiaInfecciosa das Galinhas, Hepatite por Corpsculo de Incluso.

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    - Necrose muscular: Msculo branco (Deficincia de vitamina E/Se), aplicao devacinas emulsificadas.

    - Msculos congestos: Desidratao, Febre, Septicemia, Viremia.- Tumores musculares: Doena de Marek.

    Quilha- Bursite da quilha (edema, inflamao e/ou exsudato caseoso): manqueira, prostraodevido a outras doenas, cama mida, piso duro.- Deformao da quilha: Raquitismo, Osteoporose.

    Costelas- Colapso da caixa torcica: Raquitismo.- Aumento das articulaes costocondrais: Raquitismo.

    Subcutneo do pescoo- Edema subcutneo: Doena de Newcastle, Influenza aviria.- Atrofia do timo: Doena de Marek, Anemia Infecciosa das Galinhas, DoenaInfecciosa da Bursa- Aumento do nervo vago: Doena de Marek.

    Perna- Aumento no nervo citico: Doena de Marek.- Placa de crescimento do osso engrossada: Raquitismo.- Crescimento anormal de cartilagem: Discondroplasia Tibial.

    Medula ssea

    - Abscessos: Osteomielite.- Plida / amarelada: Anemia Infecciosa das Galinhas (em pintos de 2-3 semanas deidade), Micotoxicose, Intoxicao por Sulfa.

    Articulao do jarrete- Exsudatos: Micoplasmose, Estafilococose, Estreptococose, Salmonelose, Artrite Viral.- Ruptura de tendo: Artrite Viral.

    Almofada plantar- Abcesso: Estafilococose, Estreptococose.- Depsito de uratos: gota.

    Cavidade abdominal- Ascite: Adenocarcinoma, Sndrome Asctica (multifatorial), Intoxicao por Sal,Envenenamento com Fenol em Galinhas Jovens, Intoxicao Crotalria,- Hemorragias: Ruptura do Fgado, devido Sndrome do Fgado Gorduroso ou outrascausas (Leucose Linfide, por exemplo);

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    - Peritonite: septicemia, viremia.- Ovos na cavidade abdominal: disfuno do oviduto (septicemia, viremia, manejo).

    Sacos Areos- Exsudatos, vascularizao: Doena Crnica Respiratria, outras infecesrespiratrias, Peritonite.- Ndulos brancos (granulomas): Aspergilose em pintos jovens.

    Glndula Paratireide- Aumento: Raquitismo, Osteomalcia.

    Bursa de Fabricius- Atrofia: Doena Infecciosa da Bursa, Doena de Marek, Anemia Infecciosa dasGalinhas.

    - Inflamao e Edema: Doena Infecciosa da Bursa.- Crescimento tumoral: Leucose Linfide, [Doena de Marek].- Exsudato/hemorragia: Doena Infeciosa da Bursa, Doena de Newcastle.

    Pulmo- Aumento, consolidao: Doena Crnica Respiratria, Clera Aviria, Mycoplasmagallisepticum (perus).- Ndulos brancos (granulomas): Aspergilose.

    Costelas- Deformao: Raquitismo.- Costelas frgeis: Osteoporose.

    - Petquias na caixa torcica: Septicemia, Viremia.- Aumento do plexo braquial: Doena de Marek.- Fratura de vrtebra torcica da espinha vertebral: Osteoporose, Manejo.

    Testis- Tumores: Doena de Marek, Leucose Linfide, Adenocarcinoma (poedeiras velhas).- Colorao escura: Septicemia.

    Ovrio- Tumores: Doena de Marek, Leucose Linfide, Adenocarcinoma (poedeiras velhas).- Disforme: Septicemia, Viremia, Manejo.

    Rim- Tumores: Doena de Marek, Leucose Linfide.- Nefrite: falta de gua, Doena Infecciosa da Bursa, Bronquite Infecciosa.- Aumento do plexo citico: Doena de Marek, Deficincia de Riboflavina.

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    Corao- Cardiomegalia: Sndrome Asctica, Endocardite Vegetativa; Hemorragia Perirrenal

    Capsular em perus, Sndrome do Corao Redondo.- Pericardite: Doena Crnica Respiratria.- Ndulos brancos: Salmonella Pullorum, Aspergilose nos jovens de vrias espcies,Doena de Marek em galinhas mais velhas.- Necrose miocrdica: Listeriose.- Endocardite: Erisipela, Estreptococose.- Petquias na gordura coronria: Septicemia, Viremia.

    Fgado- Aumentado, plido e com ndulos: Doena de Marek, Leucose Linfide.- Aumentado, necrose focal, colorao marrom-esverdeada: Salmonelose.- Necrose focal do fgado: Doena da Codorna, Septicemia, Histomonase em Perus.

    - Colorao acinzentada do fgado: Clostridioses e outras Septicemias.- Camada de fibrina sobre o fgado: Doena Crnica Respiratria, Colibacilose, outrasSepticemias.- Petquias: Hepatite por Corpsculo de Incluso, Sndrome do Fgado Gorduroso.- Amarelo: Fisiolgico em pintos recm eclodidos, Sndrome do Fgado Gorduroso.

    Bao- Esplenomegalia: Doena de Marek, Leucose Linfide, Doena Infecciosa da Bursa,Viremia, Salmonelose, Clera Aviria, outras Septicemias; Doena do FgadoMarmorizado de Faises; Enterite Hemorrgica de Perus.- Infarto: Intoxicao com Sulfa.

    Intestino proximal- Intumescimento: decomposio.- Intumescimento com constries: Eimeria necatrix .

    Serosa intestinal- Pequenos pontos brancos e petquias :Eimeria necatrix .- Ndulos: Doena de Marek, Leucose Linfide, Adenocarcinoma (poedeiras jovens).- Granulomas: Coligranuloma, Tuberculose.

    Pncreas- Manchas brancas: Pancreatite Infecciosa (associada Sndrome de M Absoro).

    Proventrculo- Hipertrofia ventricular: Doena de Marek.- Hemorragia: Doena de Newcastle, Influenza aviria, Septicemia.- Hematomas: nematdeo Tetrameres americana.- Hemorragia (acompanhada de hipertrofia ventricular): Doena de Marek.

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    Moela- Eroso: Deficincia de Vitamina E/Se, Estresse, Nematdeos (gansos).

    - Colorao esverdeada da parede: Regurgitao de bile.- Perfurao da moela: Estresse, Corpos Estranhos.

    Intestino- Parasitas:Ascaridia galli, tnias.- Enterite: Erisipelas, Septicemia.- Estrias ou pontos brancos atravs da mucosa duodenal:Eimeria acervulina.- Ulceras semelhantes a botes sobre a mucosa intestinal e as tonsilas cecais: doena deNewcastle velognica viscerotrpica, enterite viral de patos (peste dos patos).- lceras hemorrgicas superficiais: enterite ulcerativa (doena da codorna),(ocasionalmente vista em galinhas imunodeprimidas).- Enterite severa, e hemorragia do intestino mdio: Eimeria necatrix (somente

    esquizontes so encontrados em raspados);- Exsudato (alaranjado ou com presena de sangue) no intestino inferior: Eimeriamaxima.- Necrose coagulativa do reto e ceco inferior:Eimeria brunetti.

    Endoturbinado- Exsudato: Doena Crnica Respiratria, Bronquite Infecciosa, Doena de Newcastle,infeces porMycoplasma gallisepticum eMycoplasma synoviae, Bronquite Infecciosadas codornas, Clamidiose (pombos, perus).

    Esfago- Placas brancas: Deficincia de vitamina A.

    - Pseudomembranas: Poxvrus Avirio, Tricomonase (pombos).- Hipertrofia esofgica: Capilarase em pombos, Candidase.

    Papo- Sangue digerido: Perfurao da moela.- Distenso do papo: Doena de Marek, impactao.

    Crebro- Petquias, malcia, e/ou edema do cerebelo: Encefalomalcia.