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(AVANÇAR C/O MOUSE)
Nascida em 1923 em Nova Iorque, Maria Callas era filha de
imigrantes gregos e, devido a dificuldades econômicas, teve
que regressar à Grécia com sua mãe com 10 anos de
idade.Estudou canto no Conservatório de Atenas.
Começou a despontar no cenário lírico em 1928 , com apenas 21
anos. Incansável e perfeccionista, senhora de raros dotes vocais e
interpretativos, revolucionou o mundo da Ópera buscando trazê-lo novamente às origens de um
espetáculo teatral completo.
Para Maria Callas a expressão vocal era primordial - tudo na Ópera tem que fazer sentido
para dar ao público algo comovente e real. Isso a
tornou a mais controversa, mas também talvez a mais dedicada intérprete lírica.
Um dos aspectos que certamente contribuiu para a
lenda que se formou em torno de Maria Callas diz respeito à sua conturbada vida pessoal.
Dona de um temperamento forte, que parecia
relacionar-se com a intensa carga dramática que imprimia em suas personagens no palco, tornou-se famosa por
indispor-se com maestros e colegas em nome de
suas crenças e convicções estéticas.
Trabalhava intensamente. Em mais de uma ocasião subiu
aos palcos contra recomendação médica.
Com um forte resfriado, escapou em 1958 da Ópera de Roma pelos fundos após um primeiro ato sofrível da
“Norma” de Belinni, em uma récita prestigiada pelo então presidente da Itália, Giovanni Gronchi. O público interpretou
o ato como uma ofensa intencional ao presidente.
Isso gerou um escândalo que afetou sua carreira por quase 15 anos. Na Itália entrou em
disputa com Antonio Ghiringhelli, dirigente do
Teatro Scalla de MIlão, que não mais a queria no teatro.
Somente voltou a apresentar-se lá em 1960.
Outros desentendimentos semelhantes a
incompatibilizaram com o diretor do Teatro de Ópera
Metropolitan de Nova Iorque.
Mas poucos sopranos podiam rivalizar com Callas no que
dizia respeito à capacidade de despertar reações intensas entre seus admiradores e
detratores.
Elevada à categoria de “mito” e conhecida mesmo fora do
círculo de amantes da ópera, ela criou em torno de si uma
legião de entusiastas capazes de defender a todo custo os
méritos da cantora.
Em 1958, rompeu um casamento de dez anos
com seu empresário Batista Meneghini, muito mais
velho do que ela. Manteve, em seguida, um tórrido
romance com o milionário grego Aristóteles Onassis, com quem não foi feliz e
que rendeu variado material para tablóides.
O rompimento com Onassis não foi um acontecimento
isolado. Idolatrada nos palcos, não encontrou felicidade na vida amorosa e familiar.
Rompeu relações com a mãe ainda jovem e não teve filhos.
Talvez, em decorrência disso, seu final foi triste, como o de
muitas personagens que interpretava no palco.
Passou seus últimos anos de vida isolada e faleceu sozinha em sua casa com apenas 53
anos de idade.
Mas seu legado permanece. Muitos acham que seu estilo imprimiu uma revolução sem
precendentes na ópera. Exceções à parte, é
perceptível atualmente a valorização da interpretação
teatral e figura cênica elegante - aspecto geralmente
negligenciado por grandes cantores de outrora, que se
apresentavam com uma obesidade pouco condizente com o papel romântico que
interpretavam.
Em última análise, esta tendência foi responsável pelo
surgimento de toda uma geração de
cantores que, graças às suas habilidades de
palco, poderiam ser considerados
legítimos herdeiros de Callas.
FORMATAÇÃO: CLAUDIA MADEIRA
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TEXTO E IMAGENS: INTERNET
SOM: ÁRIA “CASTA DIVA” INTERPRETADA POR CALLAS NO PRIMEIRO ATO DA ÓPERA
“NORMA”, MENCIONADO NO QUADRO 6.