avaliÇÃo de desempenho dos Índices de governanÇa...

21
AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA CORPORATIVA, DIVIDENDOS E IBOVESPA: UMA ANÁLISE ATRÁVES DO BINÔMIO RISCO-RETORNO BRENO JOSE BURGOS PAREDES (UFPE) [email protected] JOAS TOMAZ DE AQUINO (UFPE) [email protected] Umbelina Cravo Teixeira Lagioia (UFPE) [email protected] Em 2001, a Bovespa desenvolveu um novo índice para medir o desempenho das empresas que aderissem aos Níveis Diferenciados de Governança Corporativa, o Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGC). Pressupôs-se que as companhias listadas neste segmento apresentariam um desempenho diferenciado das demais empresas, devido aos benefícios ocasionados pelas melhores práticas de GC. Portanto, esta pesquisa tem por objetivo analisar o comportamento do Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGC) da BM&FBOVESPA entre os anos de 2006 a 2014, por meio da observação do retorno e do risco deste indicador em comparação aos índices IDIV e IBOV. Para isso, calculou-se os retornos dos índices, o fator de risco através do Value at Risk (VaR), bem como, os indicadores de desempenho de Sharpe, Treynor, Jensen e Sortino. Os resultados indicam que os índices IGC e IDIV apresentaram uma relação risco-retorno superior ao Ibov. Contudo, em uma comparação direta entre o IGC e IDIV não foi possível identificar quaisquer diferenças estatisticamente significativas. Palavras-chave: Avaliação de Desempenho, Risco, Retorno, Value at Risk, IGC, IDIV, IBOV XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

Upload: others

Post on 03-Jul-2020

6 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA ...abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_208_236_28079.pdfalgumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE

GOVERNANÇA CORPORATIVA, DIVIDENDOS E

IBOVESPA: UMA ANÁLISE ATRÁVES DO

BINÔMIO RISCO-RETORNO

BRENO JOSE BURGOS PAREDES (UFPE)

[email protected]

JOAS TOMAZ DE AQUINO (UFPE)

[email protected]

Umbelina Cravo Teixeira Lagioia (UFPE)

[email protected]

Em 2001, a Bovespa desenvolveu um novo índice para medir o desempenho

das empresas que aderissem aos Níveis Diferenciados de Governança

Corporativa, o Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada

(IGC). Pressupôs-se que as companhias listadas neste segmento

apresentariam um desempenho diferenciado das demais empresas, devido

aos benefícios ocasionados pelas melhores práticas de GC. Portanto, esta

pesquisa tem por objetivo analisar o comportamento do Índice de Ações com

Governança Corporativa Diferenciada (IGC) da BM&FBOVESPA entre os anos

de 2006 a 2014, por meio da observação do retorno e do risco deste

indicador em comparação aos índices IDIV e IBOV. Para isso, calculou-se os

retornos dos índices, o fator de risco através do Value at Risk (VaR), bem

como, os indicadores de desempenho de Sharpe, Treynor, Jensen e Sortino.

Os resultados indicam que os índices IGC e IDIV apresentaram uma relação

risco-retorno superior ao Ibov. Contudo, em uma comparação direta entre o

IGC e IDIV não foi possível identificar quaisquer diferenças estatisticamente

significativas.

Palavras-chave: Avaliação de Desempenho, Risco, Retorno, Value at Risk,

IGC, IDIV, IBOV

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

Page 2: AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA ...abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_208_236_28079.pdfalgumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

2

1. Introdução

A economia mundial tem atravessado mudanças ocasionadas por inúmeros fatores, como: a

globalização; crises econômicas; conflitos entre as empresas e os seus acionistas, e; os

escândalos corporativos envolvendo a ética empresarial de algumas organizações. Uma vez

que as companhias de capital aberto convivem constantemente com as estas mudanças, estas

organizações necessitam estar aptas para acompanhar a velocidade destas modificações,

repassando as informações necessárias aos stakeholdes, em tempo hábil e com qualidade.

Estes eventos e a evolução dos mercados de capitais, provocaram uma maior cobrança sobre

algumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

aprimorassem suas divulgações contábeis e prestação de contas, aperfeiçoassem o

relacionamento com os investidores, além de inovações na gestão organizacional das

empresas (IBGC, 2009).

Com base neste pressuposto, a Bovespa criou, em 2000, uma nova listagem de empresas que

diferenciava as organizações que voluntariamente aceitassem práticas de governança

corporativa (GC) adicionais às exigidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e as

estabelecidas pela Lei das Sociedades por Ações (Lei das S.A.s) (BRASIL, 1976). Com a

criação destes segmentos, enxergou-se a necessidade de desenvolver um índice para mensurar

o desempenho destas empresas, surgiu então, o Índice de Ações com Governança Corporativa

Diferenciada (IGC) (BM&FBOVESPA, 2015c).

Pressupôs-se que as empresas que aderiram aos novos segmentos obteriam um desempenho

diferenciado das demais companhias, baseando-se nos benefícios ocasionados pelas melhores

práticas de GC, como: Maior precisão na precificação das ações; redução de risco; maior

competitividade e demanda por suas ações; valorização das ações; menor custo de capital, e;

aumento de liquidez (BM&FBOVESPA, 2015b).

Assim sendo, diversos estudos buscaram analisar o impacto da melhoria das práticas de GC,

seja no mercado nacional ou internacional, bem como, algumas pesquisas direcionaram-se ao

estudo das influências causadas pela adesão de empresas os níveis diferenciados de GC da

bolsa de valores brasileira (GEOCZE, 2010; OLIVEIRA NETO, MEDEIROS, QUEIROZ,

Page 3: AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA ...abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_208_236_28079.pdfalgumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

3

2012; FERREIRA et al., 2013; BERNARDINO, PEIXOTO, FERREIRA, 2014; CARLESSO

NETO et al., 2014).

Porém, ainda não há um consenso empírico sobre a relação entre adesão das práticas

diferenciadas de GC e a melhoria de desempenho destas companhias (ANDRADE, 2008,

FERREIRA et al., 2013; BERNARDINO, PEIXOTO, FERREIRA, 2014).

Portanto, este artigo visa responder a seguinte questão: “As empresas pertencentes aos NDGC

possuem desempenho superior às demais companhias listadas na Bovespa?”. Para tal,

observou-se o desempenho do IGC em comparação aos índices IDVI e IBOVESPA, entre os

anos de 2006 e 2014, por meio da análise da relação entre o risco e o retorno destes índices.

2. Referencial teórico

2.1 Governança corporativa

A governança corporativa surgiu para minimizar o conflito de agência, proveniente da

separação entre a propriedade e a gestão empresarial (IBGC, 2015). Shleifer e Vishny (1997)

definem o problema de agência como as dificuldades que os investidores possuem para

garantir que o seu capital não seja desapropriado ou que os gastos em projetos lhe tragam um

retorno abaixo do esperado.

A GC se baseia nos princípios de transparência, independência e prestação de contas

(accountability), como meio de atrair novos investimentos aos negócios e ao país (IBGC,

2015). Neste contexto, entende-se que a GC é um somatório de práticas que auxiliam a gestão

organizacional das empresas, garantindo os direitos de todas as partes interessadas, contendo

como escopo a otimização do desempenho do empreendimento e o seu valor de mercado.

Promovendo a estas organizações um desempenho melhor que as demais (SILVEIRA, 2002).

As empresas listadas neste segmento oferta aos seus stakeholders diversos benefícios, como:

maior precisão na precificação das ações, melhoria do processo de acompanhamento e

fiscalização das informações, maior segurança quanto aos seus direitos societários e redução

de risco do investimento. Bem como, espera-se que haja uma maior demanda, valorização das

ações e um menor risco e custo de capital (PROCIANOY; VERDI, 2009; GEOCZE, 2010;

Page 4: AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA ...abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_208_236_28079.pdfalgumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

4

BM&FBOVESPA, 2015b).

2.2 Índices Ibovespa e de dividendos

Devido à necessidade de comparar o desempenho do IGC com outros indicadores, optou-se

por utilizar os índices Ibovespa e IDIV (índice de dividendos) como benchmarking.

O índice Ibovespa é o resultado de uma carteira teórica de ações que possuem maior

negociabilidade e representatividade dentro do mercado brasileiro, sendo formado pelo

desempenho médio das cotações destes ativos. Enquanto o IDIV tem por objetivo medir o

comportamento das ações das empresas que se destacaram em termos de remuneração dos

investidores, sob a forma de dividendos e juros sobre o capital próprio. Sendo composto pelas

companhias que apresentaram os maiores dividend yields nos últimos 24 meses

(BM&FBOVESPA, 2015a).

A escolha do Ibovespa deve-se a este índice ser um indicador médio do comportamento do

mercado, uma vez que a sua carteira teórica corresponde a 80% do número de negócios e do

volume financeiro do mercado à vista, além de possuir 70% da capitalização bursátil de todas

as empresas com ações negociadas na Bolsa.

Optou-se pelo IDIV, devido a este índice captar uma importante forma de remuneração de um

ativo, os dividendos. Visto que o objetivo financeiro de uma empresa é maximizar seu valor

de mercado e o valor de suas ações, e que tais valores dependem dos dividendos futuros a

serem gerados por esta organização. Desta forma, os dividendos apresentam-se como um

importante indicador de desempenho de uma companhia (GÓMEZ-BEZARES; APRAIZ,

2012).

Assim sendo, assume-se como Hipótese 1 desta pesquisa que o IGC irá:

H0: obter uma melhor performance em comparação ao IDIV.

H1: apresentará melhor desempenho que o Ibov.

H2: não apresentará diferença significativa de desempenho frente aos demais índices.

Page 5: AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA ...abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_208_236_28079.pdfalgumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

5

2.3 Indicadores de desempenho e de risco

Desde o surgimento da Moderna Teoria de Carteiras (MTC), muito se discute acerca da

avaliação de desempenho dos investimentos a partir da análise do binômio da

proporcionalidade entre o risco e o retorno. A análise desta relação é comumente usada pelos

agentes financeiros para gerar informações que auxiliem o processo de tomada de decisão

sobre os investimentos.

Apesar da análise da relação risco-retorno ser uma prática simples para avaliar o desempenho

de um ativo, alguns indicadores foram elaborados visando mensurar a performance de ativos

através do cálculo dos retornos ajustados ao risco, dentre eles estão os índices de Sharpe,

Treynor, Jensen e Sortino.

O índice de Sharpe busca identificar o excesso de retorno de um investimento em relação ao

risco do ativo, dado pela divisão do prêmio pago pelo risco sobre o desvio-padrão do

investimento. Esse índice, representa a relação entre o prêmio pago pelo risco assumido e o

risco do investimento (SHARPE, 1964).

Por sua vez, o índice de Treynor considera que a carteira deve estar totalmente diversificada,

com o risco diversificável tendendo a zero. Assumindo esse pressuposto, a sua medida utiliza

o excesso de retorno da carteira em relação à taxa livre de risco ( ), todos em valores

médios, sob unidade do risco sistemático, representado pelo da carteira, que mensura a

volatilidade relativa dos retornos do portfólio com relação aos retornos agregados do mercado

(REILLY; BROWN, 2011).

O alfa de Jensen é definido como o diferencial entre o retorno do fundo em excesso ao ativo

livre de risco e o retorno explicado pelo CAPM (ELTON et al., 2012). Um índice de Jensen

positivo indica que a carteira está posicionada acima da Linha de Mercado de Títulos (LMT),

o que significa que a carteira tem um bom desempenho, porque apresenta uma rentabilidade

acima do que seria a esperada para o seu nível de risco (beta).

Por fim, o indicador de Sortino é uma medida de desempenho global na relação risco-retorno

que engloba a análise de semivariância, considerando apenas variâncias em relação à média

que possam representar perdas financeiras, esse método assume unicamente a probabilidade

Page 6: AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA ...abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_208_236_28079.pdfalgumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

6

de perda (CARMONA, 2009).

Diferentemente dos indicadores de performance, o Value at Risk (VaR) é um instrumento

capaz de mensurar a exposição total ao risco de mercado de um ativo – por meio da indicação

da pior perda esperada dentro de um determinado lapso temporal e intervalo de confiança.

Transformando-o numa importante ferramenta para os agentes financeiros, capaz de captar o

risco existente nas operações (JORION, 2003).

2.4 Estudos anteriores

Inúmeras pesquisas foram realizadas com o intuito de examinar a temática da GC sobre

diversas lentes (OLIVEIRA NETO, MEDEIROS, QUEIROZ, 2012; PEIXOTO, AMARAL,

CORREIA, 2014; SONZA, KLOECHER, 2014; PEIXOTO et al., 2014). Dentro deste

universo, alguns estudos direcionam seus esforços a observação da influência da adoção de

novas práticas de Governança Corporativa em relação ao desempenho das companhias em

diferentes mercados financeiros, nacional e internacional. Andrade (2008) examinou o

processo de migração das companhias para o IGC da Bovespa. De acordo com o autor, o

lucro das empresas que migraram para o IGC apresentaram indicadores superiores aos

resultados das demais companhias, contudo não houve diferenciação em relação ao risco.

Geocze (2010) investigou o efeito da adoção das práticas de GC sobre o risco das

companhias, por meio da análise dos índices da Bovespa, e concluiu que o retorno do IGC foi

superior tanto aos retornos dos demais índices da bolsa de valores quanto ao retorno da taxa

básica de juros brasileira – a SELIC.

Em 2013, Ferreira e colaboradores examinaram a relação entre GC e desempenho no mercado

nacional e identificaram que as companhias que se encontravam alocadas no IGC

apresentaram um desempenho inferior em comparação às empresas listadas em outros

segmentos de listagem. Enquanto, Carlesso Neto et al. (2014) realizaram uma avaliação

comparativa entre os diversos segmentos de listagem da bolsa brasileira, onde identificaram

que as carteiras compostas por companhias com NDGC superiores não apresentaram melhor

performance em relação às demais.

Por sua vez, Bernardino, Peixoto e Ferreira (2014) estudaram o efeito da adoção de práticas

de GC sobre o valor da firma das empresas do setor elétrico brasileiro. Tal pesquisa apontou

Page 7: AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA ...abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_208_236_28079.pdfalgumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

7

que há uma relação negativa entre os índices de governança e o valor de mercados das

organizações.

Frente ao referencial apresentado nesta seção percebe-se que não existe um consenso na

literatura acerca da relação entre a adoção de práticas de GC e o desempenho das companhias.

3. Procedimentos metodológicos

A amostra desta pesquisa foi composta pelos resultados mensais dos índices de governança

corporativa (ICG), do índice da Bovespa (Ibovespa) e do índice de dividendos (IDIV),

originado de um corte transversal no período de 2006 a 2014. Os dados foram obtidos através

do Economática® e, posteriormente, foram tabulados e tratados a partir de planilhas

eletrônicas do software Microsoft Excel, e analisados por meio do software estatístico

STATA®.

Para mensurar o risco mensal, foi utilizado a metodologia do VaR. Segundo Jorion (2003), o

VaR trata-se da perda máxima em um horizonte determinado de tempo, de tal forma que

exista um probabilidade pré-especificada de que a perda atual irá ser maior. De uma maneira

mais geral, o VaR pode ser derivado da distribuição de probabilidade do valor futuro da

carteira, .

Há diversas metodologias existentes para cálculo do VaR, a utilizada por este trabalho será o

método de simulação histórica, que envolve o uso de dados passados de forma direta, como

um guia para estabelecer o que pode acontecer no futuro (HULL, 2005).

Para obter o VaR mensal, foram realizados os seguintes passos: (1) obtenção dos retornos

diários das carteiras para o período – composto pelos dias úteis do período; (2) construção da

distribuição das rentabilidades da carteira, seguido do cálculo do percentil correspondente a

5% que nos forneceu a rentabilidade mínima esperada da carteira com um nível de confiança

de 95%; (3) cálculo do VaR, por meio da Equação 1.

Onde: VaR = risco da carteira para o mês em análise.

(1)

Page 8: AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA ...abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_208_236_28079.pdfalgumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

8

VM = valor da carteira (valor médio para o mês)

p = percentil da distribuição dos retornos dado o nível de significância adotado (5%).

O Quadro 1 apresenta a síntese dos demais indicadores de desempenho utilizados neste

trabalho.

Quadro 1 – Síntese dos Indicadores

Fonte: Autores (2015).

Após serem analisados os indicadores de performance do IGC, estes foram confrontados com

os dados dos benchmarkings desta pesquisa, o Ibovespa e o IDIV. Pra este fim, adotou-se

como estratégia a utilização da estatística descritiva (medidas de posição e dispersão) e a

estatística inferencial (teste de hipótese e significância), que permitirá a análise das séries.

4. Análise dos resultados

Inicialmente foram obtidas as estatísticas descritivas dos índices de Sharpe, Treynor, Jensen,

Sortino e o Value at Risk, para os três indicadores analisados por este trabalho. Os resultados

desta análise estão descritos na Tabela 1 abaixo.

Tabela 1 – Estatísticas Descritivas

Page 9: AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA ...abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_208_236_28079.pdfalgumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

9

Fonte: Autores (2015).

Com relação ao índice de Sharpe, algebricamente o IGC obteve o melhor desempenho médio

e o desempenho mais volátil durante o período. No entanto, na relação volatilidade do

desempenho pelo seu valor médio, expresso pelo coeficiente de variação (CV), o Ibovespa foi

o que mais variou. Conforme o Gráfico 1 a seguir.

Gráfico 1 – Índice de Sharpe dos indicadores Ibov, IGC e IDIV

Page 10: AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA ...abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_208_236_28079.pdfalgumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

10

Fonte: Autores (2015).

Com base no Gráfico 2, que analisa o índice de Treynor, foi possível observar que o ICG

apresentou o melhor desempenho médio, seguido pelo IDIV e Ibov, respectivamente. Já em

relação ao CV, o índice que apresentou maior volatilidade foi o Ibov.

Page 11: AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA ...abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_208_236_28079.pdfalgumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

11

Gráfico 2 – Índice de Treynor dos indicadores Ibov, IGC e IDIV

Fonte: Autores (2015).

No caso, do índice de Jensen, obtido pela regressão do modelo CAPM, os indicadores do

Ibovespa não puderam ser obtidos, pois, ele é o próprio parâmetro do modelo de estimação,

como é possível observar no Gráfico 3.

Gráfico 3 – Índice de Jensen dos indicadores Ibov, IGC e IDIV

Page 12: AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA ...abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_208_236_28079.pdfalgumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

12

Fonte: Autores (2015).

Ao analisar o Gráfico 4, do índice de Sortino, observa-se que o ICG possui maior desempenho

médio e maior variação de seus resultados, bem como, maior CV.

Gráfico 4 – Índice de Jensen dos indicadores Ibov, IGC e IDIV

Page 13: AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA ...abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_208_236_28079.pdfalgumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

13

Fonte: Autores (2015).

No que tange ao risco, mensurado no presente trabalho pelo Value at Risk (VaR), o Ibovespa

se apresentou como o mais arriscado, enquanto o IDIV foi o menos arriscado. Assim, o ICG

possuiu uma maior perda potencial intermediária, quando comprado aos outros dois índices

estudados, a nível de 5%, como mostra o Gráfico 5 a seguir.

Page 14: AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA ...abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_208_236_28079.pdfalgumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

14

Gráfico 5 – Indicador de risco (VaR) dos índices Ibov, IGC e IDIV

Fonte: Autores (2015).

Na Tabela 2 estão descritos os resultados dos testes de Shapiro-Wilk e Jarque-Bera, utilizados

para verificar se a distribuição dos dados seguia um padrão de normalidade ou não. Como se

verifica, em todas as distribuições dos índices de desempenho, a hipótese alternativa é aceita,

com exceção da série do IDIV do indicador de Jensen, mostrando que os dados não seguem

uma distribuição normal.

Tabela 2 – Testes de Normalidade

Page 15: AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA ...abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_208_236_28079.pdfalgumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

15

Fonte: Autores (2015).

Como consequência, a escolha entre os teste de hipótese residiu entre os não-paramétricos.

Diante disto, optou-se pelo teste de Wilcoxon. Esta técnica trata-se de uma extensão do teste

dos sinais, sendo este mais interessante, pois leva em consideração a magnitude da diferença

para cada par.

Definido o método, os testes de hipóteses foram realizados. A seguir estão descritos as

análises referentes a desempenho e, em seguida, a de risco do desempenhos analisados.

4.1. Análise de desempenho

Após os cálculos dos índices de desempenho, foram realizados testes de hipóteses buscando

verificar se o ICG, o IDIV e o Ibovespa apresentaram desempenhos estatisticamente

significativos iguais ou diferentes para o período de análise.

No que tange ao índice de Sharpe, que analisa o prêmio fornecido pela carteira sob unidade do

risco total, os resultados são evidenciados na Tabela 3.

Tabela 3 – Comparação entre os índices de Sharpe

Page 16: AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA ...abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_208_236_28079.pdfalgumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

16

*Significante a 10%.

Fonte: Autores (2015).

Constatou-se que, analisando o desempenho pelo risco total proposto pelo índice de Sharpe,

não houveram diferenças estatisticamente significativas entre o Ibovespa, ICG e IDIV, a nível

de 5% de significância. No entanto, observando a diferença entre ICG e Ibovespa percebe-se

que houve apenas uma pequena diferença marginal.

Ignorando o risco diversificável e levando em consideração apenas o risco sistemático, ou

seja, o risco decorrente das intempéries do mercado, os desempenhos foram estatisticamente

iguais a nível de 5%, como base no índice de Treynor. Os resultados estão contidos na Tabela

4.

Tabela 4 – Comparação entre os índices de Treynor

Fonte: Autores (2015).

Assim, sob o ponto de vista do risco sistemático e do risco total, as carteiras formadas não

apresentaram diferenças significativas no que tange ao desempenho.

O índice de Sortino utiliza o downside, possibilidade de perda do ativo, como medida de

risco, isto que permite que o agente financeiro controle o risco abaixo da meta de retorno

mínimo, e não apenas o risco total (KOLBADI; AHMADINIA, 2011). Portanto, levando em

consideração a parcela do risco com a qual o investidor está efetivamente preocupado, ou

seja, o risco de que o retorno proporcionado por um ativo esteja abaixo do retorno mínimo

aceitável, foram obtidos os resultados abaixo.

Tabela 5 – Comparação entre os índices de Sortino

Page 17: AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA ...abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_208_236_28079.pdfalgumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

17

*Significante a 10%.

Fonte: Autores (2015).

Como se verifica as comparações realizadas, os desempenhos dos índices foram

estatisticamente iguais, com exceção do Ibovespa e ICG que apresentou diferença

marginalmente significativas. Assim, o ICG possuiu, para o período analisado, um

desempenho marginalmente superior, revelando que investir em empresas com boas práticas

de governança proporciona um desempenho superior ao considerar um nível de risco mínimo

aceitável determinado pelo investidor. Esse resultado, corrobora como os resultados obtidos

na comparação realizada pelo índice de Sharpe, mostrando sob o risco total e o risco mínimo

aceitável, o ICG possuiu um desempenho marginalmente superior quando comparado com o

mercado.

Para finalizar a análise de desempenho, os resultados do índice de Jensen estão descritos

abaixo (Tabela 6).

Tabela 6 – Comparação entre os índices de Jensen

Fonte: Autores (2015).

Os resultados mostram que o ICG e o IDIV possuem diferença estatisticamente significativas

com relação ao mercado, mas não entre si. Vale salientar que como os valores do alfa de

Jensen para o mercado deriva do CAPM, o indicador utilizado para o Ibovespa possuiu valor

zero. Assim mostra-se que o ICG e IDIV possuíram valores positivos da taxa incremental

média de retorno da carteira por unidade de tempo, tratando-se unicamente devida a

capacidade do gestor de prever os preços futuros de segurança (JENSEN, 1968).

Page 18: AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA ...abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_208_236_28079.pdfalgumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

18

4.2. Análise do risco

Analisando o risco sob a perspectiva do VaR, percebeu-se diferenças significativas a 5% entre

o IDIV e o Ibovespa, e entre o ICG e o Ibovespa. Mas entre o ICG e o Ibovespa, não foram

identificadas diferenças. Os resultados dos testes de hipótese estão descritos abaixo.

Tabela 7 – Comparação entre os riscos

Fonte: Autores (2015).

Ao considerar a perda máxima ao nível de 5% mensalmente o Ibovespa tem um risco de cair

maior do que os demais índices, essa diferença é comprovada pelo teste de hipótese realizado.

Portanto, com base na análise de todos os indicadores de desempenho (índices de Sharpe,

Treynor, Jensen, Sortino e o VaR) é possível afirmar que os índices IGC e IDIV apresentaram

uma relação risco-retorno superior, se comparado ao Ibov. Contudo, não houveram diferenças

estatisticamente significativas entre os desempenho do IDIV e do IGC, rejeitando, portanto as

hipóteses H0 e H2 deste estudo.

Este resultado indica que empresas que pagam os melhores dividendos e/ou possuem

melhores práticas de GC apresentam um melhore desempenho em comparação as companhias

que compõem o Ibov, com base na análise binômio risco-retorno. Tal achado corrobora as

pesquisas de Andrade (2008), Geocze (2010) e Carlesso Neto et al. (2014).

5. Considerações finais

Este estudo visou examinar o desempenho do índice de Governança Corporativa diferenciada

(IGC) por meio da análise da relação risco-retorno deste índice e em relação aos índices

Ibovespa e IDIV. Para tal, foram calculados os indicadores de Sharpe, Treynor, Jensen e

Sortino com o intuito de comparar a performance dos indicadores. Bem como, analisou-se o

fator risco através da métrica de simulação histórica do Value at Risk (VaR).

Page 19: AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA ...abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_208_236_28079.pdfalgumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

19

Os resultados indicam que os índices IGC e IDIV apresentaram uma relação risco-retorno

superior ao Ibov. Contudo, em uma comparação direta entre o IGC e IDIV não foi possível

identificar quaisquer diferenças estatisticamente significativas. Portanto, os resultados desta

pesquisa corroboram os achados de Andrade (2008), Geocze (2010) e Carlesso Neto et al.

(2014).

Sugere-se para estudos futuros o acréscimo de outros índices da Bovespa dentro do quadro

comparativo de desempenho, como os índices ISE e Ibrx. Assim como, indica-se a utilização

de cálculos econométricos para a comparação dos índices, dado que estas ferramentas poderão

apresentar resultados empíricos de maior robustez.

Referências

ANDRADE, G. A. R.. Estudo econométrico dos efeitos da migração para o IGC: Índice de Ações com

Governança Corporativa Diferenciada da Bovespa. Internext - Revista Eletrônica de Negócios Internacionais,

São Paulo, v. 3, n. 1, p.39-53, jan./jun. 2008.

BAIMA, F. R. Análise de desempenho dos investimentos dos fundos de pensão no Brasil. 1998. 109f.

Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

1998.

BERNARDINO, F. F. M.; PEIXOTO, F. M.; FERREIRA, R. N.. Governança Corporativa e Valor da Firma: um

estudo de empresas brasileiras do setor elétrico. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa – RECADM,

v. 13, n. 2, p. 185-202, Maio/Ago., 2014.

Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBOVESPA). O que são segmentos de listagem. Disponível

em: <http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/servicos/solucoes-para-empresas/segmentos-de-listagem/o-que-sao-

segmentos-de-listagem.aspx?idioma=pt-br>. Acesso em: 01 de mar. 2015a.

_______. Novo Mercado. Disponível em: <http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/a-

bmfbovespa/download/Lamina_Novo_mercado.pdf>. Acesso em: 01 de mar. 2015b.

_______. IGC. Disponível em: <http://www.bmfbovespa.com.br/Indices/download/IGC.pdf>. Acesso em: 01 de

mar. 2015c.

BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de Dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Diário Oficial da

República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 15 dez. 1976.

Page 20: AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA ...abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_208_236_28079.pdfalgumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

20

CARLESSO NETO et al.. Avaliação das performances das práticas de Governança Corporativa: uma análise

multiperíodo em empresas listadas no Brasil. In: Seminários em Administração, 17, 2014, São Paulo. Anais do...

São Paulo: FEA-USP, 2014.

CARMONA, C. U. M. Finanças Corporativas e Mercados. 1a. Edição, São Paulo: Editora Atlas-BM&F, 2009.

ELTON, E. L.; GRUBER, M. J.; BROWN, S. J.; GOETZMANN, W. N. Moderna teoria de carteiras e análise

de investimentos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

FERREIRA, R. N. et al.. Governança Corporativa, Eficiência, Produtividade e Desempenho. Revista de

Administração da Mackenzie – RAM, v. 14, n. 4, p. 134-164, Jul./Ago., 2013.

GEOCZE, Z. B.. Níveis diferenciados de Governança Corporativa e o efeito sobre o risco de suas ações. Revista

de Finanças Aplicadas, v.1, p. 1-23, 2010.

GÓMEZ-BEZARES, F.; APRAIZ, A. Política de Dividendos. Revista de Contabilidad y Dirección, v.15,

p.166-183, 2012.

HULL, J.. Fundamentos dos mercados futuros e de opções. São Paulo: Bolsa de Mercadorias e Futuros

BM&F, 2005.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA (IBGC). Disponível em:

<http://www.ibgc.org.br>. Acesso em: 01 de mar. 2015.

_______. Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa. 4ª ed., São Paulo: IBGC, 2009.

JENSEN, M.C. The performance of mutual funds in the period 1948-1964. Journal of Finance, v.23, n.2,

pp.389-416,1 968

JORION, P. Value at Risk: A nova fonte de referência para o controle do risco de mercado. 2. ed. São Paulo:

Bolsa de Mercadorias e Futuros, 2003.

OLIVEIRA NETO. J. C. C.; MEDEIROS, O. R.; QUEIROZ, T. B.. Governança Corporativa e Velocidade de

Incorporação de Informações: Lead-Lag entre o IGC e o IBrX. Revista Brasileira de Finanças, v. 10, n. 1, p.

149–172, 2012.

PEIXOTO, F. M.; AMARAL, H. F.; CORREIA, L. F.. Governança Corporativa, Risco e Custo de Capital: uma

análise durante crises ocorridas na primeira década do século XXI. Gestão & Regionalidade, v. 30, n. 90,

set./dez., 2014.

PEIXOTO et al.. Governança Corporativa e Crises: mecanismos importantes durante ciclos econômicos

Page 21: AVALIÇÃO DE DESEMPENHO DOS ÍNDICES DE GOVERNANÇA ...abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_208_236_28079.pdfalgumas esferas de governança, tais como: transparência e simetria das informações,

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

21

distintos. Revista de Ciências da Administração, v. 16, n. 39, p. 119-133, 2014.

PROCIANOY, J. L.; VERDI, R.. Adesão aos novos mercados da BOVESPA: Novo mercado, nível 1 e nível 2 –

determinantes e consequências. Revista Brasileira de Finanças, v. 7, n. 1, art. 81, p. 107-136, 2009.

REILLY, F. K.; BROWN, K. C. Investment Analysis and Portfolio Management. Stamford: Ed. Cengage

Learning, 2011.

SHARPE, N. E. Capital Asset Prices: A Theory of Market Equilibrium Under Conditions of Risk. The Journal

of Finance, v. 19, n. 3, 1964.

SHLEIFER, A.; VISHNY, R.. A survey of Corporate Governance. Journal of Finance, v. 52, n. 2, p. 737-783,

1997.

SILVEIRA, A. D. M.. Governança corporativa, desempenho e valor da empresa no Brasil. 2002.

Dissertação (Mestrado em Administração) – FEA-USP, São Paulo, 2002.

SONZA, KLOECHER, A Governança Corporativa Influencia a Eficiência das Empresas Brasileiras?. Revista

Contabilidade & Finanças, São Paulo, v. 25, n. 65, p. 145-160, maio/jun./jul./ago. 2014.