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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA
AVALIAÇÃO DE NOVO MODELO DE ARMADILHA PARA MOSCAS, EM
LATICÍNIO NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA, MG.
PAULO CÉZAR CORRÊA DE LIMA
Orientadora: Dra. EDNA CLARA TUCCI
07/2013
Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana .
PAULO CEZAR CORRÊA DE LIMA
Avaliação de novo modelo de armadilha para moscas, em
laticínio no município de Uberlândia, MG.
Monografia apresentada ao Instituto de
Biociências de Rio Claro – UNESP, como
requisito para obtenção do Título de
Especialista em Entomologia Urbana.
Orientadora: Dra. EDNA CLARA TUCCI
COMISSÃO EXAMINADORA
_________________________________________
Profa. Dra. Edna Clara Tucci- Orientadora Universidade
_________________________________________
Prof. Dr. Universidade
_________________________________________
Prof. Dr. Universidade
Rio Claro, SP, 01 de Julho de 2013
“Nas minhas iluminadas avenidas
da vida, muitos encontros e
despedidas, chegadas e
partidas, retratos que
ficaram registrados
nas paredes da memória,
que me conduziram à vitória”.
Obrigado sempre aos meus queridos!
Percília
Estevão
Rafael
Terezinha
Patrícia
Adriana
Agel
Edna
Odair
Ana
Deus!
E a todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram
para a realização deste trabalho, entre eles, todos os
professores, colegas e amigos.
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo avaliar um novo modelo de armadilha para
captura de moscas e a contribuição que ela traz para vários segmentos como saúde, comércio
e controle sanitário, apresentando possível solução de controle da praga. Serão demonstrados
experimentos práticos que foram conduzidos durante o período de Março/2013 em um
laticínio localizado na cidade de Uberlândia-MG. A análise verifica a eficiência de captura da
armadilha para moscas, o que servirá de ferramenta para os prestadores de serviços, buscando
reduzir a população de moscas no ambiente, possibilitando a diminuição significativa da
disposição de insumos químicos, de maneira a proporcionar a minimização da contaminação
química na cadeia produtiva, reduzindo o risco de contaminações e intoxicações alimentares e
contribuindo com a saúde do consumidor.
PALAVRA-CHAVE: Armadilha para moscas; insumos químicos; moscas.
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO.........................................................................................................7
2- MATERIAIS E MÉTODOS .......................................................................................10
2.1- Local de estudo.........................................................................................................10
2.2- Descrição da armadilha.............................................................................................10
2.3- Distribuição/localização das armadilhas...................................................................11
2.4- Coleta das moscas ....................................................................................................13
3- RESULTADOS............................................................................................................14
4- DISCUSSÃO................................................................................................................17
5- CONCLUSÕES............................................................................................................20
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................21
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1- INTRODUÇÃO
As moscas não são apenas um incômodo, elas são uma das principais causas de
sofrimento, doenças e dificuldades econômicas em todo o mundo; com o desenvolvimento da
civilização humana, as moscas começaram a habitar todo o planeta. Os resíduos gerados pelo
homem constitui em um princípio básico para a proliferação e sobrevivência destes insetos. A
mosca é um vetor mecânico, com a mesma facilidade que ela coleta os germes em lugares
contaminados, a mosca também os repassa para os alimentos de três formas: através do
regurgito, das fezes ou apenas com o contato de suas pernas. As famílias mais importantes sao
Muscidae, Faniidae, Calliphoridae e Sarcophagidae, além de existirem algumas espécies de
importância secundária em outras famílias.
Moscas de várias espécies podem conviver com o homem e frequentar os ambientes
em que ele vive e onde mantém os animais domésticos, sendo chamadas de sinantrópicas.
Algumas delas podem transmitir agentes patogênicos a humanos e animais, por frequentarem
fezes, urina e matéria orgânica em decomposição. Esta transmissão é feita de forma mecânica,
por meio de suas pernas, cujas cerdas podem reter cistos de protozoários, como os de amebas
e Giardia spp., bactérias, vírus e ovos de helmintos, pela defecção e, como costumam
eliminar saliva para liquefazer alimentos sólidos, também pelas peças bucais (MARCONDES
& CARLOS BRISOLA, 2011).
Tudo dito, elas são conhecidas por estarem envolvidas na transmissão de mais de 65
doenças aos seres humanos por si só, incluindo a febre tifóide, a disenteria, a cólera, a lepra e
tuberculose. Elas também são responsáveis por uma redução significativa na produção de
carne, de criação e de produtos lácteos. Estima-se que as moscas são responsáveis por grande
parte das perdas da pecuária mundial, como também das perdas de aves de produção medidos
em bilhões de dólares. Os métodos modernos de pecuária e avicultura, muitas vezes
proporcionam um ambiente ideal para a criação de moscas, o que para controlar, torna-se um
grande desafio.
Moscas têm biologia variada e muito interessante. Algumas espécies têm grande
importância médica e veterinária, por sugarem sangue, parasitarem tecidos e/ou transmitirem
parasitos e outras podem ser úteis.
Há quatro fases distintas na vida de uma mosca: ovo, larva, pupa e adulto (Figura 1).
Dependendo da temperatura, leva 6-42 dias para o ovo desenvolver na mosca adulta. O tempo
de vida é normalmente 2-3 semanas, mas em condições mais frias, pode variar até três meses.
Os ovos são geralmente colocados em material orgânico, como adubo e lixo.
8
As moscas adultas freqüentam vários ambientes, dependendo da espécie e das
condições, alimentando-se de várias substâncias. Costumam voar muito, podendo se deslocar
por 8 a 10 km. Em geral, têm atividade diurna e, após copular, põem algumas centenas de
ovos. Nas espécies hematófagas, moscas de ambos os sexos sugam sangue. Os adultos de
algumas espécies, cujas larvas se desenvolvem em tecidos animais, não se alimentam ou só
ingerem água nesse estágio, apenas copulando e fazendo postura.
A larva em boas condições de temperatura e umidade eclode e passa a se alimentar,
sofre mudanças e sai do ambiente em que se alimenta, em geral penetrando no solo ou outro
ambiente mais seco, formando a pupa. A pele da larva endurece, escurece e se transforma no
pupário. Podem ser saprófagas, fitófagas, predadoras ou adaptadas ao parasitismo de tecidos
animais.
A cabeça apresenta olhos bem desenvolvidos, contíguos ou muito próximos em
machos e separados em fêmeas. As antenas têm três segmentos evidentes, sendo o terceiro
mais desenvolvido, com um sulco longitudinal e uma estrutura perpendicular (arista), com
forma de cerda, às vezes plumosa. A arista é constituída de vários artículos muito reduzidos,
semelhantes e homólogos aos do flagelo de dípteros nematóceros. Acima da região onde
ficam implantadas as antenas, há uma cicatriz ou fenda em forma de “U” invertido (fissura
ptilineal), formada após a retração do ptilíneo, que é uma bolsa utilizada para abrir o pupário e
dele sair. Os palpos maxilares têm tamanho variável e apenas um artículo.
A maioria das espécies tem probóscida desenvolvida, sendo rígida e adaptada para
picar em algumas espécies hematófagas e com a extremidade dilatada, com pequenos canais,
nas moscas sugadoras. Algumas espécies têm peças bucais atrofiadas e não se alimentam no
estágio adulto.
Fonte:http://www.flycontrol.novartis.com/species/h
ousefly/es/index.shtml
Figura 1 – Ciclo de vida da mosca.
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A atração das moscas por determinadas iscas varia de acordo com o estado fisiológico das
fêmeas. As moscas adultas procuram estes substratos para alimentação e oviposição (MENDES &
LINHARES, 1993; COSTA, 2010).
As moscas constituem um problema sério em estabelecimentos que possuem deficiência nas
condições de higiene, seja em suas dependências internas, seja ao seu derredor. O controle dessa
indesejável infestação baseia-se, portanto, em primeiro lugar, na manutenção de rigoroso estado de
limpeza de todo o ambiente e correto manejo dos resíduos, no interior do estabelecimento e em suas
adjacências, de modo a eliminar ou reduzir ao mínimo as condições que normalmente favorecem a
proliferação do inseto. Entre estas contam-se, como exemplo: acúmulos de esterco, resíduos orgânicos
em geral, etc. Todos estes resíduos devem ser removidos ou eliminados com a máxima presteza e da
maneira mais racional, que cada caso indique. Os resíduos deverão ser corretamente armazenados e
destinados. Este trabalho escrupuloso de limpeza, implicando a eliminação de todo resíduo que possa
servir de substrato para a proliferação de insetos, deve ser coadjuvado com o emprego adequado de
insumos químicos e associados a outros dispositivos (armadilhas).
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2 - MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. Local de estudo
O estudo foi realizado em um laticínio com área aproximada de 7.000m2, localizado
na cidade de Uberlândia-MG, no Triângulo Mineiro com coordenadas geográficas
18°52’57.98”S; 48°18’41.51”O (Figura 2), possui produção de doce de leite pastoso, leite
UHT, manteiga e requeijão cremoso.
2.2. Descrição da armadilha
Para confecção da armadilha em estudo é utilizado uma bombona plástica na cor
branca de 20 litros a qual possui uma tampa rosqueável. Na tampa é feito um orifício para
encaixe de uma fôrma que possui uma espécie de funil a qual é fixada com parafusos,
juntamente com um tampão na cor amarela; no entorno da armadilha é colocado um adesivo
na cor vermelha.
Aterro Sanitário
Empresas: Laticínio, fábrica de balas e
bombons, logística.
Área de estudo
Fig 2 – Localização de Laticínio, triângulo Mineiro.
Fonte: adaptado de https://maps.google.com.br/
Figura 2 – Localização do laticínio, Triângulo Mineiro.
Fonte: adaptado de https://maps.google.com.br/
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2.3. Distribuição/Localização das Armadilhas
As armadilhas foram instaladas no dia primeiro de Março de 2013 em locais distintos,
totalizando três unidades assim distribuídas: uma nas proximidades da área de produção (n.°
01); uma na área do recebimento de leite (n.° 02) e uma outra unidade nas proximidades da
área da ETE (n.° 03), sendo ambas enumeradas e mapeadas (figura 4).
Foram disponibilizados três exemplares de armadilhas (Figura 3) contendo em seu
interior atrativo alimentar composto por 400gr (farinha de osso), adicionado a dois litros de
água quente a uma temperatura média de 100 ºC , ou seja, no ponto em que a água está em
ebulição, o que proporcionará a fermentação desta mistura, que liberará odores promovendo a
atração das moscas para o interior destas armadilhas as quais ficarão aprisionadas e que por
sua vez contem água, fazendo que os insetos atraídos caiam nesta água e morram.
Figura 3 – Modelo de Armadilha para Mosca.
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Foram feitas inspeções nestas armadilhas com freqüência semanal apenas para
acompanhamento da integridade das mesmas e para que não sofressem nenhum dano,
conscientizando as pessoas que trabalham nestes ambientes para que as mesmas sejam
preservadas, sem que as armadilhas sejam retiradas e/ou manipuladas por outras pessoas.
Foram feitas anotações de temperatura, umidade e pluviosidade durante a realização
do experimento, sendo evidenciadas as médias no período:
Tabela 1 – Dados de estação metereológica
Temperatura Média 26,3°C
Temperatura máxima 29,5°C
Umidade Relativa do ar 74%
Evapotranspiração de referência 22mm
Precipitação total 33mm
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Fonte: Laboratório de Climatologia e recursos hídricos da Universidade Federal de Uberlândia.
2.4. Coleta das moscas
No trigésimo dia do mês de Março de 2013 foi realizada a coleta das três unidades de
armadilhas. Os insetos coletados foram depositados em recipientes plásticos com álcool 70%
contendo a data da coleta e destinadas ao laboratório da empresa MTB – Green Controle de
Pragas Ltda. As moscas foram identificadas como: mosca doméstica (Musca domestica) e
moscas varejeiras (Chrysomya spp.), os outros dípteros coletados e que estavam com suas
características morfológicas alteradas foram ignorados.
Para a contagem das moscas, as mesmas foram coletadas com a ajuda de um pincel
fino. Utilizando uma lupa em seguida foram transferidas para uma bancada e separadas em
.
armadilhaspara Moscas.
Figura 4 – Croqui da área com posicionamento das armadilhas para Moscas.
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recipientes de acordo com suas identificações: mosca doméstica (Musca domestica) e moscas
varejeiras (Chrysomya spp.).
3 – RESULTADOS
A temperatura média diária durante a disposição das armadilhas foi de 26,3° no mês
de Março/2013, com chuvas espaçadas.
Os resultados coletados da captura das moscas nas armadilhas estão expostos na
Tabela 2 e nas Figuras 5, 6,7 e 8.
Tabela 2 – Resultados coletados nas armadilhas para moscas.
Armadilha 01 Armadilha 02 Armadilha 03
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Moscas Domésticas 5.480 6.642 7.722
Moscas Varejeiras 514 923 1.266
Total 5.994 7.565 8.988
Quantidade total de captura de moscas durante o período de 30 dias, áreas de Produção; Recepção de leite e
ETE.
Figura 5 – Gráfico representando a porcentagem de captura de moscas na armadilha 1.
Figura 6 – Gráfico representando a porcentagem de captura de moscas na armadilha 2.
Figura 7 – Gráfico representando a porcentagem de captura de moscas na armadilha 3.
Moscas Domésticas 91%
Moscas Varejeiras 9%
Moscas Domésticas 88%
Moscas Varejeiras 12%
Moscas Domésticas 86%
Moscas Varejeiras 14%
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Gráfico 4- Quantidade Total de Captura de Moscas Armadilhas 1, 2 e 3
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
9.000
10.000
Moscas Domésticas Moscas Varejeiras Total
Moscas Domésticas 5.480 6.642 7.722
Moscas Varejeiras 514 923 1.266
Total 5.994 7.565 8.988
Armadilha 01 Armadilha 02 Armadilha 03
As três armadilhas para moscas com atrativo alimentar, resultou em uma captura total
de 22.547 moscas em um período de 30 dias, o que nos permite afirmar que apesar da
concorrência do alimento disposto na área, os atrativos alimentares constantes nestas
armadilhas foram satisfatórios para a captura de moscas.
Apesar da alta quantidade de insetos capturados ao longo do experimento, não foi
possível quantificar a diminuição de moscas comparando-se o início e o fim do experimento.
No entanto, isso pode se dar pelas condições de manejo dos resíduos do estabelecimento
localizados nas suas imediações, que não eram das melhores, mantendo todas as etapas do
Figura 8 – Gráfico representando a quantidade total de captura de moscas nas três armadilhas.
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ciclo biológico e ocasionando a liberação de novos adultos no ambiente. Contudo, a
diminuição visual do número de moscas presentes no estabelecimento pelo menos no
momento da avaliação foi perceptível para as pessoas envolvidas no ambiente.
Devido a eficiência da armadilha, conseguimos colher um depoimento do proprietário
do laticínio no qual ele afirma que a diminuição de moscas foi altamente perceptível nas áreas
onde as armadilhas estavam instaladas.
4- DISCUSSÃO
O novo modelo de armadilha para moscas com atrativo alimentar resultou em uma
captura total de 22.547 moscas em um período de 30 dias em três armadilhas; o local onde
estas armadilhas foram instaladas fica localizado nas proximidades de várias outras indústrias
(fábrica de bombons, laticínio, abatedouro de animais, etc), pois está localizada em um
distrito industrial, além de possuir nas suas proximidades um aterro sanitário e estar
localizado nas proximidades de uma área residencial.
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Quando um inseto está com fome, neste momento a comida prevalece sobre os outros
fatores. Como todas as criaturas, os insetos necessitam de alimento e água para sobreviverem
e procriarem. O seu senso para detectar a presença de alimentos e água é maravilhosamente
bem desenvolvido. Não apenas os insetos procuram por alimentos e água, as moscas,
particularmente, estabeleceram áreas de procriação bem em cima da fonte que elas acharem.
Esta é a razão pela qual a área ao redor do laticínio, tais como: indústrias no seu entorno,
depósitos de lixo, aterro sanitário, ambientes residenciais e áreas verdes no entorno tornam-se
as principais fontes de proliferação (multiplicação) para a população de moscas. A presença
de rejeitos orgânicos ao longo das instalações realiza a manutenção da proliferação das
moscas em todo ambiente, potencializando a presença das mesmas no ambiente. Portanto
deve ser melhorado aspectos relacionado com a higienização e a manutenção preventiva das
barreiras físicas. Áreas externas devem ser mantidas livres de focos de insalubridade, de
objetos em desuso ou estranhos ao ambiente no pátio e vizinhança; de acúmulo de lixo nas
imediações, de água estagnada, dentre outros. Deverá ser adotado implementação de métodos
cíclicos, como a sanitização, que tem como finalidade “Manter o local limpo, especialmente
dos pontos de acúmulos de matérias orgânicas, matéria orgânica que sustentam a manutenção
e proliferação de moscas. Boa sanitização depende de duas coisas: primeiramente, o
indivíduo, regras e dependências para manusear rejeitos; segundo, deve haver conscientização
por parte do empregado do que se constitua uma área limpa.”.
Como existe um ambiente conveniente para as moscas nas proximidades do
estabelecimento, esta torna-se outra linha de proliferação (multiplicação) que estará em
atividade, capaz de colocar ovos suficientes para assegurar uma sólida reinfestação por várias
semanas e meses por vir. Com certeza, um estabelecimento organizado e limpo abrigará
menos moscas.
Em função da capacidade produtiva da indústria temos uma grande quantidade de
resíduos orgânicos sendo gerado constantemente, este resíduo sempre será fonte de
multiplicação de moscas, portanto um ambiente que tem esta característica deve ser
modificado com ferramentas de gestão de simples implementação, como sistema eficiente
para retirada dos resíduos, procedimentos adequados para higienização do ambiente e outras
de acordo com o necessário.
A presença de moscas ocorre não só dentro do ambiente fabril como também em todos
os outros locais onde a situação de favorecimento de proliferação lhe é proporcionado, dentro
do conceito do sistema de Gerenciamento Integrado de Pragas o que mais se preconiza é a
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minimização de intervenções químicas e maximização das ações mecânicas, ou seja, não
químicas, para tanto deverá manter a indústria isolada do meio externo com à adoção de
medidas físicas métodos Constantes e Físicos tudo em função de não potencializar os riscos
de contaminação química no produto acabado; a adoção das medidas de exclusão é de
extrema importância haja vista que atuam como medidas auxiliares no controle de todas as
pragas que podem existir em um complexo industrial , como segue:
Barreiras físicas implicam basicamente em portas, telas, divisórias; qualquer coisa que
pare ou retarde o inseto e evite com que ele vá de um local para outro (áreas externas para
internas) com facilidade. Em alguns casos isto é feito colocando telas sobre as entradas. Em
outros casos, pressão de ar positiva é mantida em áreas críticas da fábrica para fornecer uma
saída de ar quando as portas são abertas. Instalação de molas de fechamento automático, nas
portas, “cortinas de ar” através das entradas e entre as áreas de trabalho para manter uma
corrente de ar positiva soprando para fora das entradas. Uma área interessante é a engenharia
dos sistemas de ar para evitar que os insetos adentrem as áreas de trabalho. O uso de cortinas
de ar em portas de acesso exterior será de grande valia para o bom controle de insetos.
Qualquer que seja a barreira física, o grande segredo, na verdade, é permitir que as
pessoas entrem e saiam, deixando os insetos do lado de fora.
O controle de moscas esta focado nas medidas de exclusão, ou seja, medidas de
controle não químico, a implementação das medidas de exclusão deverá ser inicializado com
destaque para as tomadas de ações para as medidas de correção física, limpeza e sua constante
manutenção. Após adotar estes procedimentos os problemas com a multiplicação das moscas
serão minimizados de forma significativa e os resultados de seu controle serão facilmente
evidenciados.
O controle das moscas não é algo somente ligado às próprias moscas. É basicamente
um problema de manejo, onde deve ser considerada a complexa relação das moscas com
diversos fatores associados, tais como o tipo e desenho das instalações, os métodos de
produção, o sistema de manejo e destinação dos resíduos e as condições climáticas locais.
Embora existam muitas variáveis, os princípios básicos de controle de moscas são
universais. Eles visam minimizar qualquer vantagem ambiental das quais as moscas possam
se aproveitar e, ao mesmo tempo, introduzir um método eficiente de restringir sua população.
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5- CONCLUSÕES
Foi possível analisar a eficiência de captura da armadilha para moscas, servindo de
ferramenta para os prestadores de serviços na busca de soluções para minimizar a população
de moscas nos ambientes, possibilitando a redução da disposição de insumos químicos.
Assim proporcionará a minimização da contaminação química na cadeia produtiva,
reduzindo o risco de contaminações e intoxicações alimentares e contribuindo com a saúde do
consumidor.
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6– REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BORROR, D.J. & DeLONG D.M. Estudo dos Insetos. Rio de Janeiro: USAID. Ordem
Diptera: Moscas, Mosquitos, p. 401, 1969.
CARVALHO NETO, C. Manual de biologia e controle de insetos domésticos. São Paulo:
Novartis, 1999.
CARRERA M. 1991. Insetos de Interesse Médico Veterinário. Curitiba: Ed. da UFPR,
228p., 1991.
HARBISON, B. By Stoy A. Hedges. B.C.E. Pest Control Technology, 2011.
MARCONDES, C.B. Entomologia médica e veterinária. 2ª edição. São Paulo: Editora
Atheneu, 526 p., 2011. ilus. ISBN 978-85-388-0183-2.
MENDES, J.; LINHARES, A. X. Atratividade por iscas, sazonalidade e desenvolvimento
ovariano em várias espécies de Muscidade (Diptera). Revista Brasileira de Entomologia,v.
37(2), p. 289-297, 1993.
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