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UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ Luiz Carlos Bianco AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS EM SAÚDE BUCAL DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE (ACS) E USUÁRIOS DO SUS DE PORTO VELHO, RONDÔNIA Taubaté – SP 2010

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UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ Luiz Carlos Bianco

AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS EM SAÚDE BUCAL DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE (ACS) E USUÁRIOS DO SUS DE PORTO VELHO,

RONDÔNIA

Taubaté – SP

2010

UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ

Luiz Carlos Bianco

AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS EM SAÚDE

BUCAL DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE (ACS) E USUÁRIOS DO SUS DE PORTO VELHO,

RONDÔNIA

Dissertação apresentada para obtenção do Título de Mestre no Programa de Pós-graduação em Odontologia do Departamento de Odontologia da Universidade de Taubaté. Área de concentração: Periodontia Orientador: Prof. Dr. José Roberto Cortelli

Taubaté - SP 2010

Ficha catalográfica elaborada pelo SIBi – Sistema Integrado de Bibliotecas / UNITAU

B578a Bianco, Luiz Carlos

Avaliação de conhecimentos em saúde bucal de agentes comunitários de saúde (ACS) e usuários do SUS de Porto Velho, Rondônia / Luiz Carlos Bianco. - 2010.

95f.: il.

Dissertação (mestrado) - Universidade de Taubaté, Programa de Pós-graduação em Odontologia, 2010.

Orientação: Prof. Dr. José Roberto Cortelli, Departamento de Odontologia.

1. Educação em saúde bucal. 2. Serviços de saúde. 3. Saúde da

família. I. Título.

LUIZ CARLOS BIANCO

Data: ___________________________

Resultado: _______________________

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. ________________________ Universidade de Taubaté

Assinatura: ______________________

Prof. Dr. ________________________ Universidade ___________

Assinatura: ______________________

Prof. Dr. ________________________ Universidade ____________

Assinatura: ______________________

DEDICO ESTE TRABALHO

À Ádrea, minha mulher, para quem o amor é uma coisa infinita e por quem, depois de ter doado os últimos 30 anos de sua existência à minha felicidade, tão pouco tenho podido fazer para diminuir o pesado fardo que vem carregando nos últimos anos.

Ao Professor Dr. José Roberto Cortelli que, além de orientador dedicado e paciente, é uma pessoa do mais elevado caráter. Mais do que isso: um grande amigo!

AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que contribuíram para conclusão deste estudo, mas especialmente

À professora Iracema Correa do Amaral Ribeiro pela confiança em mim depositada, a quem jamais conseguirei pagar nem mesmo uma ínfima parte do tanto que já fez por mim;

À Professora Ms. Eloá Gazolla que me abriu as portas da docência no ensino superior

Ao Professor Dr. Davi Romeiro de Aquino, meu co-orientador e responsável pelo apoio direto ao estudo e pela indicação dos testes estatísticos;

À faculdade São Lucas e à Universidade de Taubaté que me oportunizam o orgulho de me sentir docente;

A todos os professores da Faculdade São Lucas por me receber com tanto carinho e respeito em seu meio, mas de forma especial agradeço às minhas colegas e ex-colegas de disciplina, as

mestres Patrícia de Souza Closs, Ana Giselle de Aguiar Dias e Roberta Castro;

À professora Regina Márcia Serpa Pinheiro, em nome de quem agradeço a todos os colegas de mestrado, pela paciência e pela inestimável ajuda;

Á Professora Dra. Ana Christina Claro Neves, em nome de quem agradeço a todos os professores do programa de mestrado da UNITAU pelo profissionalismo e pela dedicação à turma de

Porto Velho;

À figura do Agente Comunitário de Saúde e dos profissionais que se dedicam ao Programa Saúde da Família em todo o país;

Aos meus irmãos, irmãs e sobrinhos pela forma sempre generosa com que lidaram com minhas deficiências e com minhas impertinências;

Aos meus falecidos pais, Antônio e Maria que, mesmo semi-analfabetos – ou por isso mesmo -, conheciam o valor da educação.

O homem é um ser inconcluso.

Paulo Freire

Bianco LC. Avaliação de conhecimentos em saúde bucal de agentes comunitários de saúde (ACS) e usuários do SUS de Porto Velho, Rondônia. [Dissertação de mestrado]. Taubaté: Universidade de Taubaté, Departamento de Odontologia, 2010. 95p.

RESUMO

Objetivo: As proposições do presente estudo do tipo transversal foram: avaliar o índice de respostas positivas sobre saúde bucal dadas em um inquérito validado contendo 18 questões fechadas, realizado com agentes comunitários de saúde (ACS) que atuam na zona urbana de Porto Velho, Ro e Verificar se os ACS exercem influência sobre os usuários de unidades de sua área de atuação. Métodos: No total, 656 sujeitos participaram do estudo. Para atender à primeira proposição, foram entrevistados 326 ACS. Para responder à segunda proposição, foram incluídos 167 usuários de unidades localizadas em áreas cobertas por ACS e 163 em áreas não cobertas. Foi aplicado o teste Mann-Whitney para verificar diferenças entre as amostras de ACS e usuários cobertos. O mesmo teste foi utilizado na comparação entre as duas amostras de usuários. Para identificar interferência do nível de escolaridade sobre o conhecimento dos usuários cobertos por ACS foi utilizado o teste Kruskal Wallis. O nível de significância adotado nos dois testes foi de 5%. Resultados: Em relação à primeira proposição, os conhecimentos sobre saúde bucal dos ACS apresentaram-se condizentes com os de outros estudos, quando a comparação foi feita previamente aos treinamentos específicos. Quanto à segunda proposição, os ACS não demonstraram exercer influência sobre os conhecimentos de usuários das unidades de saúde em que atuam. Conclusões: De forma geral, ficou patente a necessidade de cursos de capacitação específicos sobre o assunto ou a inserção desse tema nos programas de capacitação já existentes. Além disso, devem ser encontrados mecanismos para orientar os ACS a abordar a saúde bucal durante as visitas domiciliares. Palavras-chave: Educação em saúde bucal; Serviços de saúde; Saúde da família.

Bianco LC. Evaluation of knowledge in buccal health of community health agents (CHA) and users of Nacional Unified Health Care System in Porto Velho, Rondônia. [Dissertação de mestrado]. Taubaté: Universidade de Taubaté, Departamento de Odontologia, 2010, 95p.

ABSTRACT

Objectives: The purposes of the present cross seccional study were: 1) to evaluate the index of correct answers about oral health given in a validated inquiry with 18 closed ended questions, applied to community health agents (CHA) that work in the urban area of Porto Velho, Brazil and 2) to verify the influence of CHA on the users of public health care services of its area of work. Methods: The final number was 656 individuals that participated in the study. To answer to the first purpose, 326 CHA were interviewed. To answer to the second purpose, 167 users of health care services located in areas with CHA actuation and 163 in areas where they do not act are included. The Mann-Whitney test was applied to verify differences between the samples of CHA and covered users. The same test was used in the comparison between the two samples of users. To identify interference of the level of education on the users’ knowledge of covered, the Kruskal Wallis test was used. The cut-off point for statistical significance was of 5%. Results: In relation to the first purpose, the knowledge about oral health of CHA came similar to other studies, when the comparison was made previously to specific trainings. In relation to the second purpose, CHA did not demonstrate to exercise influence on the knowledge of users of their health care service. Conclusion: It was clear that the CHA need of specific training courses about buccal health or the insert of that theme in the training programs already existent. Besides, it should be found mechanisms to guide ACS to deal the buccal health education during their home visits.

Keywords: Health education dental; Health services; Family health.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 11 2 REVISÃO DE LITERATURA 14 2.1 ASPECTOS HISTÓRICOS 14 2.2 CONTEXTO PROFISSIONAL DO ACS 15 2.3 O ACS COMO ELO DE LIGAÇÃO DA EQUIPE

DO PSF COM A COMUNIDADE 16 2.4 A FORMAÇÃO DO ACS 19 2.5 O PSF E A SAÚDE BUCAL 21 2.6 CONDIÇÕES LOCAIS 25 3 PROPOSIÇÃO 28 4 MÉTODO 29 4.1 TIPO DE ESTUDO E AMOSTRAS 29 4.2 INSTRUMENTO DE PESQUISA 30 4.3 ESCORE ATRIBUÍDO ÀS RESPOSTAS DOS

31 INDIVÍDUOS 4.4 COLETA DE DADOS 34 4.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA 35 5 RESULTADOS 37 5.1 CARACTERIZAÇÃO DOS INDIVÍDUOS 37 5.2 CONHECIMENTOS EM SAÚDE BUCAL 39 5.3 INFLUÊNCIA DO NÍVEL DE ESCOLARIDADE 51 6 DISCUSSÃO 53 7 CONCLUSÕES 65 REFERÊNCIAS 66 APÊNDICES 75 ANEXO 95

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Valor atribuído às respostas para cada questão do formulário de

pesquisa 32

Tabela 2 – Quantidade de indivíduos por amostra e distribuição segundo gênero,

idade, escolaridade e renda familiar 38

Tabela 3 - Distribuição das amostras segundo a questão: "Na sua percepção, em

relação aos dentes de leite, a opção correta é 40

Tabela 4 - Distribuição das amostras segundo a questão: "Do nascimento até a

idade adulta, quantas são as trocas de dentes?" 41

Tabela 5 - Distribuição das amostras segundo a questão: "Em que idade

começam a nascer os primeiros dentes permanentes?" 42

Tabela 6 - Distribuição das amostras segundo a questão: "Algumas pessoas

possuem dentição forte devido a:" 43

Tabela 7 - Distribuição das amostras segundo a questão: "A cárie é provocada

principalmente por:" 44

Tabela 8 - Distribuição das amostras segundo a questão: "O mau hálito é

causado por:" 45

Tabela 9 - Distribuição das amostras segundo a questão: "O sangramento

da gengiva é:" 46

Tabela 10 - Distribuição das amostras segundo a questão: "Para evitar a

inflamação da gengiva, é preciso realizar procedimentos de higiene

bucal, utilizando corretamente:" 47

Tabela 11 - Distribuição das amostras segundo a questão: "Indique a opção que

pode levar o dente a precisar de tratamento de canal:" 48

Tabela 12 - Distribuição das amostras segundo a questão: "Durante a gravidez,

você acha que o tratamento dentário deve ser?" 49

Tabela 13 - Distribuição das amostras segundo a questão: "O fluor é importante:"50

Tabela 14 - Distribuição das amostras segundo a questão: "Indique o fator de risco

mais relacionado ao aparecimento de câncer bucal:" 51

11

1 INTRODUÇÃO

Na visão de gestores e prestadores de serviços de saúde, o agente

comunitário de saúde (ACS) tem como tarefa central o simples repasse notícias

informais sobre a saúde da população que visita e, na opinião de muitos usuários

desses serviços cabe-lhes, principalmente, facilitar o acesso. Profissional que

atualmente exerce suas atividades no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e é

a mola propulsora da Estratégia de Saúde da Família (ESF), o ACS deve ter na

educação em saúde, e não na intermediação usuário – serviço, sua mais importante

ferramenta de trabalho (Nascimento & Correa, 2008).

Entre os membros da equipe de saúde da família, o ACS é detentor do maior

conhecimento empírico a respeito da população. Afinal, a visita domiciliar é a sua

rotina de trabalho. Em razão dessa intimidade com a população, que propicia o

acesso a valores pessoais e experiências anteriores dos cidadãos, o ACS pode se

apossar de instrumentos importantes para o processo de educação em saúde

(Bornstein & Stotz, 2009).

Entre os temas de saúde que devem ser abordadas pelos ACS durante as

visitas domiciliares está a saúde bucal. Em que pese a inserção de equipes

específicas de saúde bucal (ESB) nas equipes de saúde da família (ESF), aquele

profissional continua a exercer um papel fundamental no processo de educação em

saúde bucal em virtude da atuação prioritariamente no campo, podendo se antecipar

à demanda espontânea. Na verdade, a presença de cirurgiões dentistas nas

Unidades de Saúde da Família (USF) pode trazer novos horizontes e maior

segurança ao trabalho do ACS, bastando para isso que o conceito de

Introdução 12

interdisciplinaridade conduza o processo de trabalho da equipe (Frazão & Marques,

2006).

Para Santos (2010), desmonopolizar o conhecimento odontológico, levando-

o até os lares das famílias, contribui para aumentar a autonomia da população e sua

co-responsabilização pela preservação e promoção das condições de saúde bucal,

em um processo de articulação da saúde bucal com a saúde geral das pessoas.

Em razão disso, o domínio dos conhecimentos em saúde bucal do ACS,

quando compatível com sua formação e o alcance de suas funções, apresenta

grande relevância social na medida em que sua atuação permite a adoção de

medidas educativas que beneficiam um número maior de pessoas em tempo

relativamente curto. É importante considerar, também, que o fato de pertencer à

comunidade onde exerce suas atividades dá ao ACS condições para entender o

conjunto de crenças e conceitos predominantes na comunidade, muitos deles não

condizentes com o conhecimento científico.

O ACS é um profissional diferenciado de todos os demais membros da

equipe de saúde da família em razão de sua proximidade cultural com a

comunidade. Por isso, pode, cada vez mais, ser útil na tarefa de preparar o ambiente

para as atividades de diagnóstico e de assistência na área de saúde bucal. Mais

importante que isso, porém, pode contribuir para formar uma sociedade mais

consciente da responsabilidade em relação a sua própria saúde bucal e a de seus

familiares (Pires et al., 2007).

Tendo em vista a importância do ACS no processo de educação em saúde

bucal, o presente estudo hipotetizou que esse profissional desempenha papel

fundamental nesta dinâmica. Assim, o foco central do presente estudo era verificar

em que nível se encontrava o conjunto de conhecimentos em saúde bucal desses

Introdução 13

profissionais e qual a influência desses conhecimentos sobre o saber popular acerca

do assunto.

14

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 ASPECTOS HISTÓRICOS

A figura do ACS no Brasil tem sua origem no Ceará, em 1987. Para atender

a uma situação emergencial resultante de seca rigorosa, foram criadas frentes de

trabalho, compostas na grande maioria por mulheres, para atuar como visitadores e

visitadoras em 118 municípios. Em razão dos resultados, avaliados pelos gestores

da época como positivos, o governo estadual manteve, no ano seguinte, as

atividades dos agentes de saúde em 45 municípios cearenses. Outras experiências

semelhantes podem ser consideradas precursoras, como os agentes pastorais da

Igreja católica e as visitadoras sanitárias da antiga Fundação SESP. Entretanto, a

ação mais sistematizada a servir de inspiração para difusão do trabalho do ACS foi,

realmente, a do Ceará (Lima & Moura, 2005).

O Ministério da Saúde adotou a iniciativa a partir de 1991, com a criação do

Programa Nacional de Agentes Comunitários de Saúde (PNAS), inicialmente no

nordeste e, a seguir, na região norte do país. Em 1992, já como Programa de

Agentes Comunitários de Saúde (PACS), passou a focar a família e não mais o

indivíduo isoladamente (Ministério da Saúde, 2005).

Ribeiro (2004) observou que essa focalização foi avanço na tentativa de

mudar o modelo tradicional de saúde, que privilegiava a doença e era centrado na

figura do médico. Essa estratégia, para autora, contextualiza a saúde em seu

Revisão de literatura 15

ambiente social, relacional, evidenciando também os determinantes geográficos do

processo saúde doença.

O passo seguinte foi a implantação do Programa de Saúde da Família

(PSF), em 1989. Em contraposição ao modelo assistencialista, predominante então,

o PSF surge com a proposta de atuação fundamentada na vigilância em saúde e na

antecipação à doença. Idealizado com o objetivo de reorganizar a assistência,

anteriormente com forte caráter curativo, o novo programa passou a contextualizar a

família em relação ao seu ambiente de vida, com as peculiaridades do cenário

social, demográfico e geográfico que a abriga. A diferença em relação ao PACS é a

formação de equipes compostas por profissionais com várias formações (Ministério

da Saúde, 2001).

2.2 CONTEXTO PROFISSIONAL DO ACS

Tanto o PSF quanto o PACS passaram a priorizar sistematicamente a

promoção da saúde e a incorporar os ACS como membros da equipe. Atualmente o

PSF e o PACS ainda coexistem em diversos municípios do país. Os dois programas

abrigam um número definido de ACS por grupo de famílias. O Agentes Comunitários

são coordenados por um enfermeiro com função de instrutor supervisor (Koyashiki et

al., 2008).

A equipe do PSF compreende basicamente um médico generalista, um

enfermeiro, um auxiliar de enfermagem, além de quatro a seis ACS. Adotando um

modelo de área delimitada de atuação, chamada área de adscrição, as equipes de

Revisão de literatura 16

saúde da família se responsabilizam por cerca de 4500 pessoas ou até mil famílias.

Oficialmente os profissionais da equipe são lotados em Unidades de Saúde da

Família (USF) ou Centros de Saúde (CS), que podem conter uma equipe ou mais

(Ministério da Saúde, 2005).

O PSF tem sido o grande responsável pelo fortalecimento do Sistema Único

de Saúde (Nascimento & Correa, 2008).

A partir dos resultados observados com a criação do programa, o Ministério

da Saúde adotou a Saúde da Família como estratégia de mudança do modelo

assistencial (Vanderlei & Almeida, 2007).

Para Fernandes et al. (2009), a implantação da Estratégia de Saúde da

Família representa ganhos para população em condições de risco social.

A estratégia se baseia em vínculos formais e informais da equipe profissional

com a população e a busca de ações intersetoriais. De forma natural, o ACS se

constitui no agente catalisador desta vinculação. O programa propõe a assistência

ao cidadão “como sujeito integrado à família, ao domicílio e à comunidade” (Besen

et al., 2007).

2.3 O ACS COMO ELO DE LIGAÇÃO DA EQUIPE DO PSF COM A

COMUNIDADE

Levy et al. (2004) relatam no seu estudo a satisfação dos usuários com a

atuação dos agentes comunitários, especialmente por sua capacidade de ouvir os

problemas da comunidade. A possibilidade de perceber a intimidade dos usuários, e

Revisão de literatura 17

entendê-los, permite aos ACS conhecer profundamente a área de trabalho,

fortalecendo o relacionamento e consolidando vínculos.

O ACS se diferencia dos demais membros da equipe por sua atuação. Isto

ocorre, entre outros motivos, porque ele e sua família também são potencias

usuários dos serviços (Lunardelo, 2004).

Martines & Chaves (2007) destacaram as inúmeras possibilidades de

encontros ocorridos a partir da presença do ACS na equipe, caracterizando-o de

certa forma como o ponto de convergência a partir do qual os demais profissionais,

como dentistas, fisioterapeutas, enfermeiros e outros, se aproximam das famílias.

Conforme a lei 11.350/06, norma federal que regulamenta a profissão do

ACS, é condição para a contratação desse profissional pelo Município, que resida na

comunidade em que irá atuar. Entre as atribuições do ACS destacadas pela lei,

estão a de estimular a participação social nas políticas públicas de saúde e a de

fortalecer a ligação entre o setor de saúde e outras ações que possam contribuir

para a elevação da qualidade de vida da população, invocando não só a

necessidade de integração dos profissionais à comunidade mas, também, a

preocupação da potencialização de políticas não diretamente emanadas do setor de

saúde, valorizando a intersetorialidade (Brasil, 2006a).

Em um estudo que ouviu ACS do município de Campinas, São Paulo,

Nascimento & Correa (2008) consideraram que a visão desses profissionais a

respeito de si próprio vai além da condição de elo entre a população e os serviços

de saúde. Na verdade eles se consideram a própria voz da comunidade dentro dos

serviços. Para os autores, o ACS tem a capacidade de interpretar as necessidades

de saúde da população para as equipes de saúde. Essa percepção apresenta-se,

para o ACS, como uma forma de motivação e, por essa razão, Nascimento & Correa

Revisão de literatura 18

(2008), propuseram um estado de educação permanente, potencializando o desejo

de solucionar problemas. A educação permanente seria a única forma de propiciar

ao ACS condições para atuar em um ambiente dinâmico, cujas ações apresentem

resultados transitórios e que, por isso, precisam se reciclar constantemente.

Bornstein & Stotz (2009) evidenciaram no ACS sua função mediadora e

propuseram uma mediação transformadora e não apenas de convencimento.

Mediação é entendida naquele estudo especialmente como o trânsito entre o

conhecimento popular e o conhecimento técnico dos profissionais de saúde, embora

destaquem também a intermediação entre a população e os serviços de saúde. Os

autores observaram, em uma pesquisa qualitativa, que é notável a identificação ACS

- comunidade, que há confiança da população e que a maioria dos ACS

entrevistados demonstraram que se sentiam comprometidos com os resultados de

suas ações, trabalhando, por vezes, mesmo fora de seu horário de trabalho.

Concluem os autores que a educação popular é o fundamento da ação, não só do

ACS, mas de toda a equipe do PSF.

Também tratando da motivação do ACS em relação ao seu ofício, Bachilli et

al. (2008) observaram que esses profissionais passam a compreender de forma

mais clara as circunstâncias em que se concretizam as situações de saúde ou de

doença das pessoas visitadas. Forma-se entre trabalhador e usuário uma espécie

de cumplicidade. Os resultados de seu trabalho se transformam em conquistas

pessoais, não números de atendimentos em relatórios. Os autores registraram que

os relatos das experiências são carregados de referência à sensação de prazer com

o resultado de suas ações.

Permanecendo, ainda, no campo da subjetividade, é importante atentar para

a demanda psicossocial das famílias usuárias, extrapolando as carências

Revisão de literatura 19

biomédicas, fator ao qual os demais membros da equipe de PSF devem estar

atentos. É nesse particular que os conhecimentos técnicos, ao receberem uma

roupagem mais humanizada e reconhecível para o cidadão, poderão atingir o

objetivo de educação em saúde de forma mais efetiva (Nunes et al., 2002).

2.4 A FORMAÇÃO DO ACS

A formação teórica do ACS tem merecido atenção do poder público. Os ACS

são contratados através de concurso público convocado em edital e devem passar

por um curso introdutório ministrado por profissionais das secretarias municipais de

saúde antes do início de suas atividades profissionais, conforme determina a lei

federal 11.350 (Brasil, 2006a).

Outro aspecto importante da formação do ACS é a etapa inicial do curso

Técnico para ACS. Em 2004 o Ministério da Saúde consultou o Ministério da

Educação sobre a possibilidade de formação técnica daquele profissional, ou seja,

transformar o ACS em Técnico de Nível Médio por meio de um curso com o mínimo

de 1200 horas-aula. A solicitação foi atendida (Brasil, 2004a).

A habilitação profissional do foi atribuída às escolas técnicas do SUS. Para

Barros et al. (2010), essa estratégia permitiu intensas e produtivas discussões, não

só sobre os aspectos pedagógicos dessa formação, mas principalmente sobre o

papel que o ACS desempenha e o potencial não aproveitado desse profissional para

melhoria da Atenção Básica em Saúde.

Revisão de literatura 20

O curso prevê três módulos ou etapas, com cargas horárias distintas. A

primeira etapa do curso, com quatrocentas horas, foi iniciada em todo o país a partir

do ano de 2005, mas as etapas seguintes não foram realizadas até a presente data

(Brasil, 2004b).

Outras ações para a formação do ACS têm sido adotadas com sucesso em

algumas regiões do país. Além do processo acompanhado por Nascimento & Correa

(2008), já referido anteriormente, é importante registrar a experiência de Sorocaba,

onde Duarte et al. (2007) participaram ativamente da construção de um programa de

educação para ACS. Os pesquisadores ressaltaram a importância de capacitar os

agentes comunitários não só nos aspectos biomédicos do processo saúde doença

como ensinar formalmente os processos sociológicos, propiciando a incorporação de

competências que os tornem aptos a interagir com a comunidade. Para os autores

não é suficiente esperar desses profissionais que, automaticamente, exerçam uma

liderança natural, nem sempre inata. Assim, propuseram o ato de ensinar a ensinar,

valorizando a ação educadora do ACS em relação à comunidade.

A partir dessas características profissionais do ACS, espera-se que seja um

cidadão que, recrutado no seio da comunidade, transite nesse meio com maior

facilidade do que qualquer outro membro da equipe de Saúde da Família.

Para reiterar a evidência de que o ACS é importante na realidade sanitária

brasileira atualmente, fica registrada a posição de Fortes & Spinetti (2004), que

entrevistaram alguns desses profissionais na capital paulista em um estudo de

natureza qualitativa. Para eles a presença do ACS como elemento da equipe de

saúde da família é fundamental pela capacidade de compreender e se relacionar de

forma amigável com a comunidade, muito mais do que qualquer outro membro da

equipe.

Revisão de literatura 21

2.5 O PSF E A SAÚDE BUCAL

Antes da inserção das Equipes de Saúde Bucal (ESB) no PSF, o país

experimentou outros modelos de assistência odontológica em saúde coletiva. À

época de criação do SUS, no início da década de 1990, ainda funcionava o sistema

incremental, criado pela fundação SESP, que posteriormente se juntou com a

Superintendência de Campanhas de Saúde Pública para formar a Fundação

Nacional de Saúde. O programa incremental pode ser considerado o marco inicial da

fluoretação das águas de abastecimento público, atualmente uma realidade em

quase todo o país. (Nickel et al., 2008).

A partir do final de 2000 a implantação de ESB vem sendo estimulada,

através de um programa de incentivo financeiro da União para os Municípios que se

dispõem a incorporar profissionais da área. Através de portaria ministerial, o poder

público reconheceu a necessidade de melhorar o acesso da população às ações de

saúde bucal, estimular a reorganização dessas ações e diminuir os índices

epidemiológicos de doenças bucais (Silva et al. 2011).

Antes disso, já eram conhecidas diversas experiências de inclusão de

cirurgiões dentistas em equipes de saúde da família. Pesquisando a literatura,

Calado (2002) cita diversas cidades brasileiras que aderiram a modelos de atenção

em saúde bucal na última década do século vinte: Belo Horizonte (MG), Curitiba

(PR), Diadema (SP), Ipatinga (MG), São Paulo (SP), Santos (SP) e o Distrito

Federal.

Entretanto, foi mesmo após o incentivo financeiro do Ministério da Saúde que

o acréscimo de profissionais de odontologia no âmbito do PSF tomou corpo. No ano

Revisão de literatura 22

seguinte à edição da portaria que estabeleceu o incentivo, o país contava com 124

ESB. Esse número passou, em abril de 2008, para mais de 16.500 equipes.

Proporcionalmente, evoluiu de 1,3% do número de ESF com ESB para quase 60%

(Brasil, 2008).

Cada equipe de saúde bucal deve ser composta por um cirurgião dentista e

um auxiliar de consultório dentário ou por esses dois profissionais e mais um técnico

em higiene dental, caracterizando-se como ESB da modalidade I ou modalidade II,

respectivamente (Brasil, 2000)

As atribuições das ESB no âmbito do PSF estão regulamentadas, atualmente,

pela portaria 648/GM de 28 de março de 2006, juntamente com as atribuições dos

demais profissionais da ESF. Essas atribuições incluem as áreas de planejamento,

execução e avaliação de ações em saúde bucal (Brasil, 2006b).

Carvalho et al. (2004) lembram que não existe um processo único e salvador

para melhorar as condições de saúde bucal da população, pois é fundamental o

conhecimento da realidade local, tarefa que pode ter a contribuição imprescindível

do ACS.

Figueira & Leite (2008) apontaram diversos estudos que estabelecem relação

entre os níveis socioeconômicos e as principais doenças bucais. Os autores

constataram, também, que o conhecimento em saúde bucal deve vir acompanhado

de estímulo à mudança de comportamento dos pais.

Uma comunidade carente do Rio Grande do Sul, onde Figueiredo et al. (2008)

desenvolveram seu trabalho, apresentou níveis reduzidos de saúde gengival e

elevado índice de experiências com cáries. A população estudada não contava com

equipes de saúde da família nem com qualquer atenção em saúde bucal.

Revisão de literatura 23

Cortez & Tocantins (2006) realçaram fatores geográficos e hábitos

alimentares peculiares a determinadas comunidades como condicionantes das

condições de saúde bucal da população.

Almeida & Ferreira (2008) entrevistaram cirurgiões dentistas do PSF do Rio

Grande do Norte e observaram que a visita domiciliar foi considerada forma

importante de orientação em higiene bucal por 47% da amostra. Entretanto,

analisando registros do Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB), os

pesquisadores informam que as visitas realizadas por dentistas, incluídas entre

aquelas feitas por outros profissionais de nível superior, ocorre em frequência muito

baixa quando comparadas com as de médicos e enfermeiros. Os autores atribuíram

as dificuldades de realizar as visitas domiciliares à grande demanda dos usuários, o

que obriga o cirurgião dentista ao atendimento clínico, retendo-o na unidade de

saúde.

Essa mesma razão pode ser a principal responsável pela baixa quantidade de

ações preventivas coletivas. Um trabalho de Baldani et al. (2005), realizado no

Paraná, também registrou que tanto o dentista quanto o restante da ESB estão

basicamente envolvidos com as atividades típicas de consultório dentário.

Rodrigues et al. (2004) consideram importante a educação em saúde

realizada diretamente nas residências, “atingindo o núcleo familiar”, para enfrentar

crenças inerentes à cultura local. Em seu estudo, verificaram que a manutenção da

saúde bucal é considerada responsabilidade do dentista ou do próprio paciente para

92% dos usuários pesquisados. A sociedade não consegue observar a saúde bucal

como um tema da alçada dos demais membros da equipe. Esse dado indica

centralização de ações de saúde bucal apenas no cirurgião dentista. Evidencia-se,

assim, a necessidade de distribuição de tarefas por parte da equipe de saúde bucal.

Revisão de literatura 24

Inclusive porque, no caso daquele estudo, observou-se conhecimento limitado sobre

a própria saúde bucal por parte da comunidade.

Trabalho realizado em uma cidade de quarenta mil habitantes do Estado de

São Paulo, antes e depois de um programa de capacitação de ACS, registrou a

influência dos conhecimentos em saúde bucal dos mesmos sobre os conhecimentos

de uma amostra de mulheres de 25 a 39 de idade. Antes da realização da

capacitação, foram aplicados questionários aos 36 ACS e a uma amostra de

mulheres extraída de uma população coberta pela atuação desses profissionais.

Essa amostra foi composta por 97 mulheres. Entre os ACS, os autores encontraram

modificações positivas nas 14 questões ligadas diretamente ao tema de saúde

bucal, com destaque para a questão que tratou da principal causa de cárie na

gravidez, cujo índice de acertos subiu de 6,3% para 59,4%. Para a amostra de

mulheres também foram percebidas diferenças estatisticamente significantes

(Frazão & Marques, 2006).

Em artigo publicado posteriormente, Frazão & Marques (2009) analisaram

outras questões aplicadas às mesmas amostras. Nessa oportunidade, os resultados

foram avaliados utilizando uma escala de Likert, que indica, através da atribuição de

valores numéricos ou sinais (+ e -), a tendência da reação do entrevistado.

(Brandalise, 2005). Não era mais o conhecimento que estava sendo avaliado, mas a

percepção ou reação dos sujeitos da pesquisa. As cinco alternativas de cada

questão receberam valores que variaram de -200 a +200, com intervalos iguais de

100. Os autores encontraram melhor pontuação em todos os itens da segunda

avaliação em relação à primeira: hábitos de higiene, capacidade de auto exame,

qualidade e acesso a serviços odontológicos.

Revisão de literatura 25

Outro aspecto que deve ser levado em consideração relaciona-se com a

saúde bucal infantil. Nesse caso muitos autores têm demonstrado a importância de

se considerar os conhecimentos e hábitos de pais e responsáveis, especialmente

em relação à formação de conceitos por parte das crianças e no aspecto preventivo.

A visita domiciliar exerce, também aqui, um papel preponderante, pois, além do

diálogo, permite a observação de atitudes e comportamentos da família (Figueira &

Leite, 2008).

Em estudo que analisou a prática de saúde bucal no PSF, Santos et al. (2007)

reconheceram no ACS “[...] um dos sujeitos de grande destaque em saúde bucal no

Município.” Observaram, em seu estudo com trabalhadores e usuários do SUS

pertencentes a uma população baiana, que o ACS foi determinante para a

construção do vínculo da ESB com a comunidade. Relataram que se projetaram no

Município, com grande representação política e trânsito no meio da sociedade. Os

autores perceberam que os ACS têm o potencial necessário para a instituição do

modelo de saúde que se deseja. Ao concluírem, atribuíram ao ACS a capacidade de

contribuir com a autonomia dos usuários, estimulando as famílias a conduzir seus

próprios processos de saúde, fortalecendo o autocuidado e a autopercepção. Sua

ressalva é no sentido de que a qualidade das ações dos ACS é definida por sua

capacidade de interação com a comunidade, sugerindo a necessidade de

aproximação da ESB com esses profissionais para que os conhecimentos em saúde

bucal sejam objeto dessa abertura propiciada por ele.

2.6 CONDIÇÕES LOCAIS

Revisão de literatura 26

O município de Porto Velho possui 379.186 habitantes de acordo com

estimativas do IBGE, divulgadas pelo Departamento de Informática do SUS -

DATASUS (Ministério da Saúde, 2009).

Trata-se de uma população jovem, composta por 64,86% de habitantes com

menos de trinta anos de idade, segundo dados de 2000. A maior parcela da

população reside na zona urbana. No mesmo ano de 2000, 81,79% da população

residia nessa área do Município (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul,

2009).

A área territorial total do Município é de 34.068,50km2, maior que a do Estado

de Sergipe. A zona rural é composta por distritos com acesso terrestre e outros com

acesso apenas por via fluvial. O regime de chuvas da região, que pode durar até

seis meses por ano, contribui para piorar as condições sociais da população,

inclusive a atenção em saúde, porque prejudica a chegada de equipes móveis de

saúde. (Fundação Universidade Federal de Rondônia, 2008).

As UBS em que os ACS são lotados são classificadas como centros de

saúde, unidades de saúde da família ou postos de saúde. A área urbana de Porto

Velho concentra 18 UBS, sendo oito centros de saúde e 11 USF. Na área rural do

Município encontram-se mais 15 USF e 15 postos de saúde (Brasil, 2009).

A zona urbana concentra o maior número de ACS, 334 de quinhentos ACS

estão distribuídos por dez das 15 unidades dessa área, ou seja, 66,8% do total. A

distribuição dos ACS da zona rural é bastante dispersa em relação à área urbana.

Enquanto nas unidades rurais o maior número de ACS em uma única unidade é de

19, sua similar da área urbana chega a concentrar 54 ACS (Brasil, 2009). O curso

introdutório, referido anteriormente, em Porto Velho é coordenado por um enfermeiro

que exerce a função de instrutor supervisor de um grupo definido de ACS.

Revisão de literatura 27

Em todo o Estado de Rondônia, a responsabilidade pela execução da curso

técnico para ACS é do Centro de Educação Técnico Profissional na Área de Saúde

– CETAS. Trata-se da Escola Técnica do SUS, criada na forma de autarquia

estadual. No município de Porto Velho já foram formados 296 ACS. O ensino em

saúde bucal está programado para ocorrer no segundo módulo.

Entretanto, diante da incerteza de realização dessa etapa, causada pela não

liberação de recursos do Ministério da Saúde com essa finalidade, os professores da

primeira etapa são orientados a tratar do assunto. São ministradas aulas teóricas e,

eventualmente, ações junto à comunidade com supervisão profissional.

Outra fonte de conhecimento em saúde bucal para o ACS são os cirurgiões

dentistas eventualmente existentes na ESF. De acordo com Ministério de Saúde, no

mês de abril de 2009 havia 38 equipes de saúde bucal implantadas em Porto Velho

(Brasil, 2009).

28

3 PROPOSIÇÃO

Avaliar o índice de respostas corretas em um inquérito sobre saúde bucal

aplicado aos ACS da zona urbana de Porto Velho, Rondônia.

Verificar se o conhecimento sobre saúde bucal difere entre usuários cobertos

e não cobertos por ACS.

29

4 MÉTODO

Este projeto foi submetido ao Comitê de Ética na Pesquisa da Faculdade São

Lucas de Porto Velho e aprovado através da carta AP/CEP/399/09 (Anexo A).

Os sujeitos da pesquisa foram informados sobre os propósitos do estudo e

sobre o direito de se retirarem no momento em desejarem. Além disso, todos foram

informados de que a sua participação era isenta de qualquer tipo de despesa.

4.1 TIPO DE ESTUDO E AMOSTRAS

Para compor a amostra de ACS deste estudo, do tipo transversal, foram

convidados todos os 334 ACS que estavam em atividade na área urbana do

município de Porto Velho por ocasião da coleta de dados (Brasil, 2009).

Atendendo a critério de exclusão, deixaram de fazer parte da pesquisa os

ACS que, mesmo que efetivamente contratados, não tinham ainda participado de

nenhum curso introdutório da secretaria municipal de saúde.

Para avaliar o nível de conhecimento dos usuários foram utilizadas unidades

básicas de saúde como referência, parte delas localizadas em áreas cobertas por

ACS e uma outra parte localizadas em áreas não cobertas.

Nas amostras finais do estudo foram incluídos 656 indivíduos, sendo 326

ACS, 167 indivíduos que são usuários de áreas cobertas por ACS e 163 indivíduos

de unidades não cobertas por ACS.

Método 30

Os critérios de inclusão de indivíduos na amostra de usuários cobertos por

ACS e de usuários não cobertos por ACS compreenderam a necessidade de ter

mais de 18 anos de idade.

4.2 INSTRUMENTO DE PESQUISA

O instrumento de pesquisa se fundamentou no trabalho de Frazão & Marques

(2006). Foi um questionário estruturado, dividido em duas partes.

O questionário original, contendo 28 questões, foi aplicado pelos autores a

uma amostra de ACS e a uma amostra composta por mulheres, mães ou não, de

um município de cerca de quarenta mil habitantes. O porte do município daquele

estudo e o tamanho das amostras (36 ACS e 97 mulheres) são diferentes no

presente trabalho. Outra diferença entre os dois estudos é que no trabalho de

Frazão & Marques (2006) os ACS passaram por um treinamento específico sobre

saúde bucal, o que não ocorreu neste estudo.

Os resultados da aplicação do questionário original fazem parte de uma

dissertação de mestrado que gerou, posteriormente, a elaboração de dois artigos

científicos (Marques, 2005). No primeiro deles, publicado em 2006, foram analisados

os resultados das respostas a 18 questões (Frazão & Marques, 2006). Em 2009 foi

publicado um outro artigo dos mesmos autores que analisou os demais itens do

questionário inicial (Frazão & Marques, 2009).

O instrumento de pesquisa utilizado no presente trabalho continha apenas as

18 questões apresentadas no artigo publicado em 2006 (Frazão & Marques, 2006).

Método 31

As demais questões exigiriam conhecimentos que, normalmente, são ministrados

em cursos específicos, geralmente no âmbito de programas de saúde bucal com

finalidade determinada.

A primeira parte do questionário utilizado no presente estudo se constituiu de

questões relativas a atributos pessoais e condições socioeconômicas dos sujeitos da

pesquisa. A segunda parte dizia respeito aos conhecimentos em saúde bucal

propriamente ditos.

As questões da primeira parte podiam ter um de dois formatos: 1) múltipla

escolha ou 2) preenchimento. Na segunda parte, todas as questões eram de múltipla

escolha.

4.3 ESCORE ATRIBUÍDO ÀS RESPOSTAS DOS INDIVÍDUOS

Para as questões de conhecimentos específicos em saúde bucal do

formulário aplicado no presente estudo foram atribuídos valores diferenciados a

cada resposta, adotando como critério os princípios da beneficência e da não

maleficência, utilizados no âmbito do paradigma principialista da bioética.

Foram consideradas sem escore as respostas que, caso selecionadas,

pudessem suscitar comportamentos que não melhoram em nada as condições de

saúde bucal de uma pessoa ou quando essas respostas indicam que o indivíduo

poderá usar o seu conhecimento para adotar procedimentos que, de alguma forma,

podem trazer prejuízos à sua condição de saúde bucal.

Método 32

Tabela 1 – Valor atribuído às respostas para cada questão do formulário de pesquisa

Questão Alternativas de resposta Valor

Atribuído

Na sua percepção, em relação aos dentes de leite a opção correta é:

a. Por serem dentes temporários, não necessitam de cuidados

0

b. Guiam a erupção ou o “nascimento”dos dentes permanentes

2

c. Surgem na boca quando a mãe pára de amamentar o bebê

0

d. São dentes que caem facilmente porque não têm raízes

1

e. Não sabe/não informou 0

Do nascimento até a idade adulta, quantas são as trocas de dentes?

a. Uma 3

b. Duas 1

c. Três, incluindo o dente do siso (3° molar) 2

d. Não sabe/ não informou 0

Em que idade começam a nascer os primeiros dentes permanentes?

a. Por volta de 6 meses a 1 ano 0

b. De 2 a 3 anos 0

c. De 5 a 6 anos 2

d. De 8 a 9 anos 1

e. De 11 a 12 anos 0

Algumas pessoas possuem dentição forte devido a:

a. Herança dos pais (nascença) 2

b. Tipos de raça 3

c. Boa condição financeira 1

d. Cuidados com a higiene bucal e alimentação 4

e. Não sabe/não informou 0

a. Má formação da estrutura dos dentes 1

b. Bactérias aderidas aos dentes 2

c. Uso constante de antibióticos 0

d. Falta de saliva na boca 3

e. Ingestão freqüente de produtos açucarados 4

Método 33

Tabela 1 – Valor atribuído às respostas para cada questão do formulário de pesquisa

Questão Alternativas de resposta Valor

Atribuído

Mau hálito é causado por:

a. Estresse emocional 2

b. Uso de medicamentos 1

c. Fumo e álcool em excesso 5

d. Falta de remoção da placa bacteriana que se acumula nos dentes e na língua

4

f. Alimentos açucarados e gordurosos 3

g. Não sabe/não informou 0

O sangramento da gengiva é:

a. Normal e sempre ocorre com a escovação 0

b. O maior causador da cárie dental 2

c. Uma infecção que atinge o nervo do dente 1

d. O primeiro sinal de uma doença gengival 3

e. Não sabe/não informou 0

Para evitar a inflamação da gengiva, é preciso realizar procedimentos de higiene bucal, utilizando corretamente:

a. Apenas escova dental 2

b. Escova dental e pastas com flúor 3

c. Escova e fio dental 4

d. Líquidos especiais para bochechos e soluções de flúor 1

e. Não sabe/não informou 0

Indique a opção que pode levar o dente a precisar de tratamento de canal:

a. Lesão de cárie não tratada 4

b. Excesso de flúor 1

c. Uso de dentadura quebrada 2

d. Ponte móvel mal adaptada 3

e. Não sabe/não informou 0

Método 34

Tabela 1 – Valor atribuído às respostas para cada questão do formulário de pesquisa

Questão Alternativas de resposta Valor

Atribuído

Durante a gravidez, você acha que o tratamento dentário deve ser?

a. Preventivo e periódico 2

b. Evitado durante toda a gestação 0

c. Para os casos de urgência 1

d. Não sabe/não informou 0

O flúor é importante:

a. Apenas na infância, na época deformação e erupção dos dentes

3

b. Na vida adulta 2

c. Na terceira idade 1

d. Em todas as fases da vida 4

e. Não sabe/ não informou 0

Indique o fator de risco mais relacionado ao aparecimento do câncer bucal:

a. Ingestão de medicamentos 1

b. Alimentação rica em sal e açúcar 2

c. Excesso de álcool e fumo 4

d. Perda dos dentes permanentes 3

e. Não sabe/não informou 0

4.4 COLETA DE DADOS

Para aplicação do instrumento de pesquisa foram utilizadas estratégias

diferentes para os dois tipos de público alvo:

a) ACS: a primeira tentativa de entrevista foi a participação do pesquisador

em uma das reuniões mensais realizadas pela Secretaria Municipal de

Saúde de Porto Velho (SEMUSA) com grupos desses profissionais. Após

Método 35

balanço do número de ACS já entrevistados foram levados questionários

às UBS com o objetivo de aplicá-lo aos ACS que não estiveram presentes

nas reuniões. Em ambas as oportunidades o questionário foi entregue ao

ACS para auto-aplicação;

b) usuários: O questionário foi levado até os respondentes por

entrevistadores previamente treinados e supervisionados pelo

pesquisador. A auto-aplicação do questionário para este público ficou na

dependência da condição de alfabetização do sujeito de pesquisa. Para

avaliar essa condição, o entrevistador foi orientado a ler a primeira parte

do questionário para que o sujeito respondesse verbalmente. Tendo em

vista que uma das questões da primeira parte do questionário tratava do

nível de escolaridade do sujeito, o entrevistador estava suficientemente

informado para selecionar a forma de aplicar a segunda parte do

questionário: continuando através da leitura em voz alta pelo entrevistador

ou por preenchimento do próprio sujeito.

4.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Para a transcrição dos dados dos formulários e sua consolidação foi usado o

programa Microsoft Excel 7. Para a análise estatística dos resultados foi utilizado o

programa BioEstat 5.0.

Para avaliação da significância estatística das diferenças dos escores obtidos

pelos indivíduos da amostra de ACS em comparação com a amostra de usuários

Método 36

cobertos por ACS, foi aplicado o teste Mann-Whitney. Esse mesmo teste estatístico

foi utilizado para comparar os resultados da amostra de usuários cobertos com

usuários não cobertos por ACS.

Para avaliar a interferência do nível de escolares da amostra de usuários

cobertos por ACS foi utilizada a estatística Kruskal Wallis.

O relatório do presente estudo subsidiará um documento que será enviado ao

Secretário Municipal de Saúde, juntamente com uma proposta de discussão sobre

os resultados com técnicos das diversas áreas ligadas ao PACS e ao PSF, naquele

órgão.

37

5 RESULTADOS

Os questionários foram aplicados a 330 ACS. Entretanto, dois sujeitos dessa

amostra selecionaram mais de duas alternativas de resposta em várias questões e

outros dois deixaram de responder questões. Em razão dessas exclusões,

participaram do estudo 326 ACS.

As amostras de usuários contaram com dois indivíduos que, residentes há

poucos dias em áreas não cobertas por ACS, eram advindos de áreas com

cobertura e, por isso, foram classificados como usuários de áreas cobertas. Dessa

forma, a participação de usuários de serviços públicos de saúde foi de 167 usuários

de unidades de saúde cobertas e 163 de áreas não cobertas (Tabela 2).

5.1 CARACTERIZAÇÃO DOS INDIVÍDUOS

As três amostras se constituíram predominantemente de mulheres. Essa

característica foi mais flagrante na amostra de ACS, onde o número de indivíduos do

gênero feminino representou mais de cinco vezes o número de homens.

Em relação à faixa etária, a maior parte dos sujeitos de todas as amostras

declarou estar com mais de vinte ou menos de quarenta anos. Menos de 4% da

amostra de ACS era composta de indivíduos com até 19 anos. A amostra de

usuários cobertos por ACS apresentaram 17,4% de indivíduos com menos de 19

anos e a amostra de usuários não cobertos por ACS apresentaram 12,3% de

Resultados 38

indivíduos nessa faixa etária. Quanto ao número de pessoas com cinquenta anos ou

mais, também foram entrevistadas mais pessoas com essa característica entre os

usuários. Em números absolutos, cinco ACS e 34 usuários, somando-se as duas

amostras.

A escolaridade revelou grande diferença entre a amostra de ACS e as duas

amostras de usuários. Enquanto apenas 10,2% dos indivíduos da primeira amostra

não concluíram o ensino médio, esse percentual esteve em torno dos 40% nas duas

amostras de usuários. É importante observar que nenhum ACS deixou de completar

o ensino fundamental. Por outro lado, 74 dos 326 indivíduos dessa amostra já

concluíram ou estão cursando o ensino superior.

Na amostra de ACS o percentual daqueles cuja renda familiar está entre um e

cinco salários mínimos atinge 73%, mais que os 62,3% da amostra de usuários de

unidades cobertos por ACS e que os 65,6% dos usuários de unidades sem essa

cobertura. Apenas um ACS declarou renda familiar maior que dez salários mínimos.

Esse percentual foi maior nas outras duas amostras, como se pode verificar na

tabela 2, que sintetiza a dimensão das amostras e os principais aspectos sociais dos

indivíduos da pesquisa.

Tabela 2 – Quantidade de indivíduos por amostra e distribuição segundo gênero, idade, escolaridade e renda familiar

ACS

Usuários de Unidades

cobertas por ACS

Usuários de Unidades não

cobertas por ACS n % n % n %

Total 326 167 163

Gênero

Feminino 274 84,0% 102 61,1% 99 60,7%

Masculino 52 16,0% 65 38,9% 64 39,3%

Resultados 39

Tabela 2 – Quantidade de indivíduos por amostra e distribuição segundo gênero, idade, escolaridade e renda familiar

ACS

Usuários de Unidades

cobertas por ACS

Usuários de Unidades não

cobertas por ACS

Idade Menos de 20 anos 11 3,4% 29 17,4% 20 12,3% 20-29 anos 132 40,5% 63 37,7% 59 36,2% 30-39 anos 122 37,4% 36 21,6% 34 20,9% 40-49 anos 56 17,2% 25 15,0% 30 18,4% 50 anos ou mais 5 1,5% 14 8,4% 20 12,3% Escolaridade Fundamental incompleto 0 0,0% 24 14,4% 28 17,2%

Fundamental completo 10 3,1% 18 10,8% 17 10,4%

Médio incompleto 23 7,1% 23 13,8% 23 14,1% Médio completo 219 67,2% 50 29,9% 57 35,0% Superior incompleto 41 12,6% 33 19,8% 20 12,3% Superior completo 33 10,1% 19 11,4% 18 11,0%

Renda Familiar Menos de um salário mínimo 45 14,0% 23 13,8% 32 19,6%

Entre um e três salários mínimos. 190 59,0% 81 48,5% 75 46,0%

Entre três e cinco salários mínimos 76 23,6% 28 16,8% 36 22,1%

Entre cinco e dez salários mínimos 10 3,1% 24 14,4% 14 8,6%

Mais de dez salários mínimos. 1 0,3% 11 6,6% 6 3,7%

5.2 CONHECIMENTOS EM SAÚDE BUCAL

A questão número 7 buscou observar a percepção dos indivíduos

pesquisados em relação à dentição decídua. Sobre esse tema ficou evidente o maior

Resultados 40

conhecimento dos ACS quando essa amostra foi comparada com a amostra de

usuários que usam unidades de saúde cobertas por suas ações. Os indivíduos da

amostra de ACS obtiveram escore de 490 em um escore total possível de 652

(75,2%). O escore da amostra de usuários com cobertura foi de 220, sendo que o

máximo escore possível para toda a amostra era de 334 (65,8%). A diferença de

escores apresentou significância após aplicação do teste estatístico (Tabela 3).

O confronto entre as duas amostras de usuários, por outro lado, não revelou

diferença estatisticamente significante. Os usuários de unidades não atendidas

obtiveram 59,2% do escore máximo possível. Alcançaram escore de 193 e poderiam

ter atingido escore máximo de 326.

Tabela 3 - Distribuição das amostras segundo a questão 7: "Na sua percepção, em relação aos dentes de leite, a opção correta é

ACS Usuários cobertos

Usuários cobertos

Usuários não

cobertos

n 326 167 167 163

Escore máximo individual 2 2

Escore médio obtido 1,50 1,32 1,32 1,18

Escore total da amostra 490 220 220 193

Valor de p 0.0113 0.2747

Teste estatístico: Mann-Whitney para duas amostras independentes

Acerca do número de vezes em que as pessoas trocam de dentição, os

indivíduos obtiveram escores que não revelaram diferenças estatisticamente

significantes ao teste de hipóteses aplicado.

Resultados 41

Na primeira comparação, feita entre ACS e usuários cobertos, os profissionais

poderiam ter obtido um escore total igual a 978. Atingiram um escore de 802

(82,0%). Os usuários cobertos por ACS poderiam, em conjunto, chegar a um escore

igual a 501. Como pode ser verificado na tabela 4, o escore total dessa amostra foi

de 404 (80,6%).

Esse escore foi comparado ao desempenho dos indivíduos da amostra de

usuários não cobertos por ACS, amostra que obteve escore de 364 (74,4%). O total

de indivíduos poderia ter obtido um escore máximo de 489 (Tabela 4).

Tabela 4 - Distribuição das amostras segundo a questão 8: "Do nascimento até a idade adulta, quantas são as trocas de dentes?"

ACS Usuários cobertos

Usuários cobertos

Usuários não

cobertos

n 326 167 167 163

Escore máximo individual 3 3

Escore médio obtido 2,46 2,42 2,42 2,23

Escore total da amostra 802 404 404 364

Valor de p 0.4288 0.3941

Teste estatístico: Mann-Whitney para duas amostras independentes

A questão seguinte abordou a idade em que os dentes permanentes

erupcionam.

Uma diferença estatisticamente significante foi encontrada nas respostas a

essa questão quando se confrontaram os escores das amostras de usuários

cobertos com a de ACS, com um p menor que 0.0002, como se verifica na tabela 5.

Resultados 42

Como pode ser observado nessa mesma tabela, não se verificou diferença

estatisticamente significante na comparação entre as amostras de usuários.

A amostra composta pelos ACS poderia ter obtido um escore total de 652.

Portanto, o escore atingido de 506 representou 77,6% do desempenho possível.

O conjunto dos indivíduos da amostra de usuários com cobertura obteve

escore de 206, ou seja, 61,7% do total possível, que era de 334.

O escore de 168 que foi atingido pelos usuários de unidades de saúde não

coberta por ACS representou 51,5% do escore máximo alcançável de 326.

Tabela 5 - Distribuição das amostras segundo a questão 9: "Em que idade começam a nascer os primeiros dentes permanentes?"

ACS Usuários cobertos

Usuários cobertos

Usuários não

cobertos

n 326 167 167 163

Escore máximo individual 2 2

Escore médio obtido 1,55 1,23 1,23 1,03

Escore total da amostra 506 206 206 168

Valor de p 0.0002 0.0558

Teste estatístico: Mann-Whitney para duas amostras independentes

A “dentição forte” foi o tema abordado na questão seguinte, apresentada na

tabela 6.

De forma diferente de questões já relatadas, a significância estatística, neste

caso, foi verificada entre as amostras de usuários cobertos e não cobertos pelo

trabalho de ACS. Entre essas duas amostras o teste estatístico revelou p menor que

Resultados 43

0.0001 (Tabela 6). A amostra de usuários com cobertura de ACS apresentou como

resultado um escore de 560, ou 83,8% do total de 668. A outra amostra, usuários

não cobertos por ACS, apresentou escore acumulado pelo grupo de quatrocentos, o

que representa 61,3% do escore possível.

A amostra de ACS obteve escore igual a 1110, quando poderia atingir um

escore de até 1304. O escore obtido por essa amostra representa 85,1% do total.

Em termos percentuais foi maior que o percentual conseguido pela amostra de

usuários cobertos por ACS. A diferença entre os grupos de indivíduos não foi

suficiente para apresentar diferença estatisticamente significante.

Tabela 6 - Distribuição das amostras segundo a questão 10: "Algumas pessoas possuem dentição forte devido a:"

ACS Usuários cobertos

Usuários cobertos

Usuários não

cobertos

n 326 167 167 163

Escore máximo individual 4 4

Escore médio obtido 3,40 3,35 3,35 2,45

Escore total da amostra 1110 560 560 400

Valor de p 0.3000 < 0.0001 Teste estatístico: Mann-Whitney para duas amostras independentes

De forma semelhante com a questão apresentada na tabela 6, também aqui

foi identificada diferença estatisticamente significante entre as duas amostras de

usuários. O conhecimento verificado era acerca da causa principal da cárie (Tabela

7).

Resultados 44

Na primeira amostra, composta por ACS, foi verificado um escore de 897,

68,8% do total possível de 1304. O número de postos predominantes nesta amostra

não foi suficiente para apresentar significância estatística em relação à amostra de

usuários cobertos por ações de ACS.

Com escore igual a 451, representando 67,5% do total possível de 668, a

amostra de usuários cobertos por ACS foi superior à amostra de usuários não

cobertos, que apresentou escore de 394, ou 60,4% do valor possível se o

aproveitamento fosse total.

Ao teste estatístico verificou-se p menor que 0.0001 para as duas amostras

de usuários, como pode ser conferido na tabela 7.

Tabela 7 - Distribuição das amostras segundo a questão 11: "A cárie é provocada principalmente por:"

ACS Usuários cobertos

Usuários cobertos

Usuários não

cobertos

n 326 167 167 163

Escore máximo individual 4 4

Escore médio obtido 2,75 2,70 2,70 2,42

Escore total da amostra 897 451 451 394

Valor de p 0.8600 < 0.0001 Teste estatístico: Mann-Whitney para duas amostras independentes

O conhecimento dos indivíduos das três amostras acerca do aparecimento do

mau hálito é abordado na tabela 8.

Resultados 45

Podendo atingir um escore total de 1630, o grupo de indivíduos da amostra de

ACS obteve 80,2% deste total, o que, em números absolutos correspondeu a um

escore de 1207.

A amostra de usuários cobertos por ACS poderia ter atingido escore de até

835. O escore conseguido foi de 653. Esse valor corresponde a 78,3% do total

possível.

A última amostra, composta por usuários não cobertos por ACS, obteve como

resultado um escore igual a 661, para um escore máximo de 815. Portanto o

percentual atingido correspondeu a 81,1%.

De acordo com o teste estatístico aplicado as diferenças entre as amostras de

ACS e usuários com cobertura e desta em comparação com a amostra de usuários

não cobertos podem ser atribuídas ao acaso, apresentando valor de p maior que 5%

(Tabela 8).

Tabela 8 - Distribuição das amostras segundo a questão 12: "O mau hálito é causado por:"

ACS Usuários cobertos

Usuários cobertos

Usuários não

cobertos

n 326 167 167 163

Escore máximo individual 5 5

Escore médio obtido 3,70 3,91 3,91 4,06

Escore total da amostra 1207 653 653 661

Valor de p 0.3415 0.5655

Teste estatístico: Mann-Whitney para duas amostras independentes

Resultados 46

A questão seguinte tratou do sangramento da gengiva. O resultado

apresentado pelas amostras a respeito desse assunto demonstrou desempenho

similar dos indivíduos das três amostras do estudo (Tabela 9).

Para a amostra de ACS constatou-se um escore total igual a 649, em um total

possível de 978, ou seja, o desempenho da amostra correspondeu a 66,4%.

Com relação à amostra de usuários de unidades cobertas por ACS os

resultados foram os seguintes: escore obtido igual a 325; percentual do total

possível igual a 64,9%. O escore total possível era igual a 501.

A amostra de usuários sem cobertura de ACS obteve um escore que

representa 59,1% total possível. Em termos absolutos, um escore de 289 em 489.

As duas comparações de amostras apresentaram diferenças sem

significância estatística.

Tabela 9 - Distribuição das amostras segundo a questão 13: "O sangramento da gengiva é:"

ACS Usuários cobertos

Usuários cobertos

Usuários não

cobertos

n 326 167 167 163

Escore máximo individual 3 3

Escore médio obtido 1,99 1,95 1,95 1,77

Escore total da amostra 649 325 325 289

Valor de p 0.7306 0.2362

Teste estatístico: Mann-Whitney para duas amostras independentes

Resultados 47

A tabela 10 trata da adoção de procedimentos de higiene bucal como medida

para evitar sangramento gengival. Ficou evidenciada diferença significante ao teste

estatístico na comparação dos escores obtidos pelos ACS com aqueles

apresentados pela amostra de usuários cobertos por ACS.

Em contrapartida, nas duas amostras de usuários essa diferença não revela

significância.

Para um escore possível de 1304, os indivíduos da amostra de ACS

obtiveram escore de 980, correspondendo a 75,2% de desempenho máximo. Esses

valores, no caso da amostra de usuários cobertos por ACS foram os seguintes: 668

o escore máximo atingível, 485 o escore obtido e 72,6% em termos percentuais.

Finalmente, os usuários de unidades em que não há cobertura de Agentes

apresentaram escore de 458 em 652 possíveis (70,2%).

Tabela 10 - Distribuição das amostras segundo a questão 14: "Para evitar a inflamação da gengiva, é preciso realizar procedimentos de higiene bucal, utilizando corretamente:"

ACS Usuários cobertos

Usuários cobertos

Usuários não

cobertos

n 326 167 167 163

Escore máximo individual 4 4

Escore médio obtido 3,01 2,90 2,90 2,81

Escore total da amostra 980 485 485 458

Valor de p < 0.0001 0.3156

Teste estatístico: Mann-Whitney para duas amostras independentes

A única questão que abordava a necessidade de tratamento endodôntico não

apresentou diferença significante após as comparações feitas.

Resultados 48

Na primeira amostra, de ACS, o escore chegou a 1159 e poderia chegar, no

máximo, a 1304. Em valor relativo isto representa 88,9% do total.

A mostra seguinte, formada pelo grupo de indivíduos residentes em áreas

cujas unidades de saúde se localizam em áreas da zona urbana de Porto Velho que

têm ACS, o escore total era de 668 e chegou a 87,6%, ou seja, escore obtido de

585.

Para a amostra de usuários cobertos por ACS encontrou-se um

aproveitamento de 85,3% do total atingível. Em números absolutos isso se expressa

da seguinte forma: escore de 556 em 652 possível.

Tabela 11 - Distribuição das amostras segundo a questão 15: "Indique a opção que pode levar o dente a precisar de tratamento de canal:"

ACS Usuários cobertos

Usuários cobertos

Usuários não

cobertos

n 326 167 167 163

Escore máximo individual 4 4

Escore médio obtido 3,56 3,50 3,50 3,41

Escore total da amostra 1159 585 585 556

Valor de p 0.9909 0.5534

Teste estatístico: Mann-Whitney para duas amostras independentes

Na questão que aborda a pertinência de procedimentos odontológicos durante

a gestação, o desempenho das três amostras demonstrou semelhança em termos

de ocupação de postos após a aplicação do teste estatístico escolhido.

Resultados 49

Os ACS conseguiram, no conjunto, escore absoluto igual a 396 em 652.

Portanto, em termos relativos o desempenho atingiu 60,7%.

A comparação entre as amostras de usuários cobertos e não cobertos por

ACS registrou maior semelhança de desempenhos quando se comparou a amostra

de ACS com a amostra de usuários de unidades de saúde cobertas pelos seus

serviços.

As duas amostras de usuários ficaram, em termos percentuais, na casa dos

56%: usuários com cobertura de ACS exatos 56,6% e usuários sem cobertura de

ACS 56,1%. Os números absolutos de escore foram de 189 em 334 possíveis e 183

em 326, respectivamente (Tabela 12).

Tabela 12 - Distribuição das amostras segundo a questão 16: "Durante a gravidez, você acha que o tratamento dentário deve ser?"

ACS Usuários cobertos

Usuários cobertos

Usuários não

cobertos

n 326 167 167 163

Escore máximo individual 2 2

Escore médio obtido 1,21 1,13 1,13 1,12

Escore total da amostra 396 189 189 183

Valor de p 0.3758 0.9264

Teste estatístico: Mann-Whitney para duas amostras independentes

A idade em que o flúor pode proteger a dentição das pessoas foi tema da

questão 17 e os resultados estão expressos na tabela 13.

Resultados 50

Nesse assunto o desempenho das três amostras foi o que mais se aproximou

do escore total possível entre todas as questões de conhecimentos em saúde bucal

levantadas pelo estudo.

Os indivíduos representantes da amostra de usuários obtiveram um escore

que representou 91,8% de aproveitamento, ou seja, 1197 em um escore de 1304

como máximo possível.

Os indivíduos da amostra de usuários cobertos por ACS tiveram um

desempenho de 88,2% do escore total: 589 em 668.

Finalmente, a amostra representada pelos usuários de unidades de saúde

sem cobertura de ACS conseguiram 87,4% do total. Para um escore possível de

652, chegaram a 570.

Tabela 13 - Distribuição das amostras segundo a questão 17: "O fluor é importante:"

ACS Usuários cobertos

Usuários cobertos

Usuários não

cobertos

n 326 167 167 163

Escore máximo individual 4 4

Escore médio obtido 3,67 3,53 3,53 3,50

Escore total da amostra 1197 589 589 570

Valor de p 0.5076 0.7882

Teste estatístico: Mann-Whitney para duas amostras independentes

A última questão do questionário aplicado no estudo procurou relacionar o

câncer bucal a algumas condições prévias (Tabela 14).

Resultados 51

A amostra de ACS apresentou um escore de 918 para um escore total de

1304, representando 70,4%.

Também com percentual muito próximo, de 70,2%, os usuários de unidades

com cobertura de ACS obtiveram um escore de 469 para escore máximo possível de

668.

Os indivíduos da amostra composta por usuários sem cobertura de ACS

obtiverem escore de 452 em um máximo de 652. Assim, essa amostra atingiu

desempenho de 69,3% do total.

Tabela 14 - Distribuição das amostras segundo a questão 18: "Indique o fator de risco mais relacionado ao aparecimento de câncer bucal:"

ACS Usuários cobertos

Usuários cobertos

Usuários não

cobertos

n 326 167 167 163

Escore máximo individual 4 4

Escore médio obtido 2,82 2,81 2,81 2,98

Escore total da amostra 918 469 469 452

Valor de p 0.9274 0.4166

Teste estatístico: Mann-Whitney para duas amostras indepedentes

5.3 INFLUÊNCIA DO NÍVEL DE ESCOLARIDADE

Para verificar a interferência das características sociais sobre o desempenho

dos indivíduos das amostras de usuários cobertos pela atuação dos ACS foram

Resultados 52

confrontadas apenas as respostas dessa amostra com os níveis de escolaridade dos

indivíduos.

Os escores obtidos pelos indivíduos da amostra de usuários cobertos por

ACS foram separados nos diversos níveis de escolaridade considerados no estudo

e discriminados na tabela 2, sendo, posteriormente, submetidos ao teste Kruskal-

Wallis para verificar diferenças estatisticamente significantes.

Para facilitar a leitura do trabalho, os 24 gráficos resultantes da aplicação do

teste estatístico foram inseridos em apêndice, com os respectivos valores de p.

A variável educacional foi selecionada tendo em vista se tratar de uma

condição social que, de forma geral, é consequência das demais condições

socioeconômicas da população.

Na amostra de usuários cobertos por ACS, foram encontradas diferenças

estatisticamente significantes na questão relativa aos conhecimentos sobre o mau

hálito, entre indivíduos que ainda não completaram o ensino fundamental e os que já

o completaram. Nessa amostra, também apresentou significância a diferença entre

os indivíduos sem ensino fundamental com indivíduos portadores de diploma de

curso superior, conforme pode ser verificado na figura 6 (Apêndice A)

Ainda na amostra de usuários cobertos por ACS, quando o assunto foi

tratamento dentário na gravidez, registrou-se um p de 0.0275, sem identificação dos

níveis de escolaridade com significância na figura 10 (Apêndice A).

A viabilidade de tratamentos dentários durante a gravidez também registrou

diferença estatisticamente significante na amostra de usuários não cobertos por

ACS, com p igual 0.0142, conforme se observa na figura 22 (Apêndice A).

As demais questões não apresentaram diferenças estatisticamente

significantes na amostra de usuários cobertos por ACS.

53

6 DISCUSSÃO

No presente estudo foi aplicado um questionário estruturado com 18

questões. As seis primeiras questões levantaram informações socioeconômicas das

três amostras. As 12 questões seguintes avaliaram os conhecimentos e eram as

mesmas para ACS, para usuários que residem em áreas cobertas por ACS e para

usuários não cobertos por ACS.

Um dos princípios doutrinários do SUS é a integralidade da atenção. A lei

orgânica de saúde a define como um conjunto articulado de ações preventivas e

curativas (Brasil, 1990). Entre as formas de prevenir doenças, a educação em saúde

tem sido considerada uma das mais efetivas, pois valoriza a autonomia do cidadão.

Trata-se de um processo eficaz de capacitar a comunidade para atuar na melhoria

de sua própria qualidade de vida (OPAS, 1986).

De acordo com a Organização Mundial de Saúde os fatores sócio-culturais,

como pobreza, baixa escolaridade e crenças populares constituem importantes

fatores de risco para o equilíbrio da saúde bucal (WHO, 2010). A persistência de

crenças e mitos, consolidada pelas características culturais, ainda é consistente em

Rondônia. Em algumas localidades do Estado esse fato fica evidente. Um estudo

quali-quantitativo realizado em uma comunidade que vive às margens do Rio

Machado, Rondônia, apontou a existência de práticas ainda rudimentares para

solucionar problemas dentários. Os autores concluíram que a adoção de um

programa de promoção da saúde bucal daquela população deveria passar pelo

conhecimento dos traços culturais da localidade (Silva et al., 2010).

Discussão 54

O forte vínculo que une ACS e comunidade assistida, apresentando,

portanto, semelhanças culturais, permitiu que fossem levantadas hipóteses no

sentido de que esse profissional, oriundo da comunidade na qual atua, pode

contribuir para a melhoria das condições de saúde bucal de uma população.

O ACS é o profissional do SUS que, em princípio, detém o conhecimento

formal em diversas áreas como saúde infantil (Cesar et al., 2002), tuberculose

(Nogueira et al., 2007), hipertensão (Sousa et al., 2006), medidas de prevenção à

dengue, entre outros. Ao mesmo tempo, sua origem na comunidade, permite que

transmita esse conhecimento técnico de forma que a população possa absorvê-lo de

forma efetiva, transitando facilmente entre o saber científico e o saber popular.

Por isso, buscou-se ouvir não só o ACS, mas também a parcela da população

com a qual ele mantém contato rotineiro. Participaram do estudo, também, os

usuários não cobertos pelo ACS, pois só assim seria possível obter um parâmetro

para identificar se esse profissional poderia ser a fonte de eventuais conhecimentos

em saúde bucal por parte da população.

Tendo em vista que, no âmbito de uma equipe de saúde família, o ACS é o

profissional mais próximo da comunidade, este estudo partiu do princípio de que

esse profissional pode contribuir para aumentar os conhecimentos em saúde bucal

da população.

Com essa convicção ouviu-se uma parcela substancial desses profissionais e

mais de três centenas de cidadãos, buscando verificar se os conhecimentos em

saúde bucal já em poder dos ACS têm sido útil para que a sociedade esteja

habilitada para se prevenir contra problemas bucais.

Os resultados demonstraram que o ACS não tem funcionado como elemento

efetivo para melhoria das condições de saúde bucal na área urbana do Município de

Discussão 55

Porto Velho. Seja porque não recebeu tratamento específico acerca do tema ou por

outras falhas ainda não detectadas.

A análise individualizada de alguns aspectos das respostas dos indivíduos

ouvidos no presente estudo permite uma visão mais aprofundada sobre a

necessidade de rever a formação e as estratégias de condução do trabalho do ACS

de Porto Velho no tocante à saúde bucal.

A preocupação com as características das amostras ouvidas neste trabalho

foi com a tipicidade em relação às populações que representavam.

Assim, entre os ACS não se entrevistou mulheres e homens na mesma

proporção. No presente estudo 84% dos ACS entrevistados eram do gênero

feminino. Estudo realizado em dez cidades brasileiras apresentou mais de 75% de

ACS do gênero feminino (Escorel et al., 2007). O estudo de Coelho & Machado

(2004), realizado no Ceará, também entrevistou mais ACS do gênero feminino, 79%.

A relação de gêneros foi semelhante, também, entre os ACS de municípios do Piauí.

Estudo realizado em quatro municípios daquele estado identificou que 81% dos ACS

são mulheres (Moura et al., 2010). Isso revela uma preferência feminina pela

profissão. Alguns profissionais da FIOCRUZ, que realizaram um trabalho no Rio de

Janeiro, atribuem o fenômeno a fatores culturais e ao baixo salário pago aos

profissionais (Vianna et al., 2010).

O maior número de mulheres que procuram unidades de saúde, já constado

por outros autores também se confirmou no presente estudo, onde mais de 60% dos

entrevistados eram mulheres. Esses dados se aproximam da amostra de Goulart &

Agayer (2006), onde 68% de usuários pesquisados em uma amostra aleatória eram

mulheres. Estudo qualitativo realizado com 28 homens, apresentou como principais

razões para a menor procura de serviços de saúde por indivíduos desse gênero ao

Discussão 56

horário de atendimento, geralmente coincidente com o horário de trabalho, e à falta

de serviços específicos voltadas à saúde do homem (Gomes et al., 2007).

Acerca do nível de escolaridade, o fato da Amostra de ACS não apresentar

nenhum indivíduo que não tenha completado o ensino fundamental, provavelmente

está ligado às exigências para contratação prevista em lei. Este é um dos pré-

requisitos para o exercício da atividade, a par de concluir com aproveitamento um

curso introdutório específico e residir na área em que irá atuar (Brasil, 2006b).

Ainda sobre essa característica social dos ACS, chama atenção o fato de que

mais de 22% dos indivíduos declararam ter concluído ou estar cursando o ensino

superior. Sabe-se que a maior parte desses profissionais tem renda ao redor de um

salário mínimo (Prefeitura Municipal de Porto Velho, 2009), pouco estimulante para

profissionais portadores de diploma universitário.

A escolaridade dos ACS foi tema de estudo no Rio Grande do Sul e revelou

que 61% da amostra declarou possuir ensino médio completo, contra 67,2% neste

estudo. A maior diferença entre aquele estudo e o presente estudo foi verificada em

relação ao percentual de ACS cursando ou portador de ensino superior. No estudo

gaúcho 8,9% dos ACS declararam estes níveis de escolaridade. Os indivíduos com

diploma universitário ou com curso superior em andamento, no presente estudo,

ultrapassaram os 22%, como já foi referido (Kluthcovsky et al., 2007).

As três primeiras questões relativas ao conhecimento sobre saúde bucal do

questionário aplicado procuraram situar o estudo com relação às informações gerais

sobre a saúde bucal na infância. É importante realçar que o Programa Saúde da

Família, que incorpora o ACS, entende o indivíduo por sua inserção em uma família

(Rosa & Labate, 2005). Daí a necessidade de percepção acerca das características

da dentição em todas as idades, tanto para ACS como usuários de serviços de

Discussão 57

saúde, especialmente para os que são pais, em razão de sua notória influência

sobre o comportamento dos filhos.

Com relação aos conhecimentos sobre a importância da dentição decídua

para a saúde bucal futura, o presente estudo revelou um conhecimento significativo

dos ACS. Escores próximos aos 60% do máximo a obter demonstram que, embora

em menor grau, também os usuários de unidades de saúde de Porto Velho

reconhecem o valor da primeira dentição, corroborando estudo recente de Nations et

al. (2008) realizado no nordeste brasileiro com cuidadoras de crianças. Em razão

dos resultados, constata-se que essa informação adquirida pela população

independe da influência dos ACS.

O presente estudo revelou que o conhecimento de ACS a respeito do número

de trocas de dentições da população urbana de Porto Velho é altamente satisfatório,

o que pode contribuir para a prevenção de problemas oclusais, cujo aumento da

prevalência pode ser atribuído, em parte, à perda precoce de permanentes (Frazão

et al., 2002).

A época de erupção dos primeiros dentes permanentes revelou diferença

significante entre a amostra de ACS e de usuários cobertos. Há incoerência em

relação às respostas às outras duas questões que abordam o tema da dentição na

infância e na adolescência. Não foram encontradas respostas plausíveis para esse

fato, a não ser eventual dificuldade para interpretação da pergunta. Tal fenômeno

deve ser levado em consideração no delineamento de estudos semelhantes.

Quanto à boa estrutura da dentição (dentição forte), também avaliada neste

estudo, os resultados foram positivos, porém inferiores ao estudo de Frazão &

Marques (2006), que verificaram que tanto ACS como a parcela da população

avaliada em seu estudo tem conhecimento quase que absoluto sobre o tema. À

Discussão 58

mesma questão os resultados daquele estudo revelaram que todos os Agentes

Comunitários atribuíram a dentição forte à higiene bucal ou a herança dos pais, com

desempenho de 85,1% do total. A amostra de usuários com cobertura obteve

desempenho semelhante à dos ACS, alcançando escore de 83,8 Apenas a amostra

de usuários não cobertos por ACS obteve conhecimento significativamente inferior,

com 61,3%, revelando, nesse caso, uma possível influência dos ACS sobre a

amostra de usuários de unidades em que atuam.

Reconhecidamente a cárie dentária é o adoecimento bucal mais popular,

embora estudos revelem que ainda há algumas crenças errôneas sobre o assunto.

Entre essas crenças, parte da população considera a cárie um problema inevitável

ou processo natural (Bardal et al., 2006).

O escore de pouco mais de 60% dos usuários sem cobertura de ACS pode

ser considerado muito baixo na questão que trata dos principais fatores que

predispõem à cárie no presente estudo, pois a cárie é um tema bastante popular.

Este resultado deixa a população exposta ao uso indiscriminado de alimentos

cariogênicos. Embora tenha havido diferença significativa em relação à amostra de

usuários cobertos por ACS, ainda aqui são mais de 30% de usuários que não

mostraram conhecimentos sobre o assunto. Pode-se, assim, acreditar que esse

tema básico de saúde bucal é repassado dos ACS aos seus usuários. Porém eles

também precisam ser melhor informados sobre o problema, pois o escore entre os

indivíduos da amostra de ACS foi menor do que 80%.

Outro tema relevante abordado neste estudo referiu-se ao problema da

halitose, considerado importante fator de piora da qualidade de vida do cidadão,

especialmente por limitar ou prejudicar o convívio social (Elias & Ferriani, 2006).

Discussão 59

Os escores das três amostras se aproximaram de 80% do que poderiam

obter, reafirmando a preocupação de todos, usuários cobertos, usuários não

cobertos e ACS com esse mal. Entretanto as respostas evidenciam que tanto os

usuários cobertos quanto os não cobertos demonstraram que seus conhecimentos

sobre o mau hálito não advém dos ACS.

Duas questões do formulário estavam relacionadas ao conhecimento sobre

condições gengivais. As afecções que acometem a gengiva têm sido objeto de

estudo em todo o mundo por sua alta prevalência e pelos danos que podem trazer

ao organismo. Algumas comunidades específicas, como a de um grupo de religiosos

indianos chega a evidenciar problemas desse tipo, com maior ou menor gravidade,

em 100% da população (Jain et al., 2009). Vários estudos nacionais revelam

preocupação com as condições da gengiva e do periodonto, por ocorrer em

cidadãos de todas as idades, residentes nas diversas regiões do país,

independentemente do nível de escolaridade (Cortelli et al., 2002, Moraes &

Valença, 2003; Pallos et al., 2005; Pion, 2006; Vitor et al., 2008).

No presente estudo, os ACS demonstraram conhecimento razoável, quando

responderam a questão acerca da eventual evolução do sangramento gengival e

também quando responderam sobre as medidas que devem ser adotadas para

melhorar essa condição. Entretanto, esses profissionais não repassaram esse

conhecimento à população que atendem. Trata-se de um fato grave, pois a

informação deve estar associada à prática de combate ao mal, caso contrário o

conhecimento será inócuo. Especialmente porque é nessa questão que se pode

identificar, de forma mais direta, conhecimento sobre a higiene bucal diária. Um

escore próximo a 75% na amostra de ACS revela que a convicção sobre a

importância do fio dental ainda não está consolidada entre esses visitadores

Discussão 60

domiciliares, pois mais de uma resposta citava a escova dental como um dos

instrumentos de higienização bucal e apenas uma incluía o uso do fio dental. A

escolha de qualquer das alternativas que citavam a escova contribuiu para o escore

obtido. Esse resultado demonstra que os ACS ainda não estão totalmente

preparados para orientar os usuários sobre o uso dessa importante ferramenta de

prevenção em saúde bucal. É um fato grave porque a população, de forma geral,

ainda precisa de informações sobre a importância do fio dental.

A necessidade de tratamento endodôntico também foi alvo de

questionamento deste estudo. A pesquisa de Frazão & Marques (2006), que

submeteu essa questão com as mesmas alternativas de resposta, encontrou

conhecimentos substanciais mesmo antes do treinamento específico aplicado pelos

autores. Mais de 96% da amostra de ACS daquele estudo sabia, apenas com os

conhecimentos adquiridos no serviço ao qual estavam ligados, que a cárie não

tratada leva a problemas endodônticos. Os ACS de Porto Velho atingiram escore de

88,9% do máximo atingível. Para avaliar essa diferença é importante realçar que,

neste estudo, outras respostas, como por exemplo, próteses totais defeituosas

também contribuíram para elevar o escore.

A questão seguinte avaliou conhecimentos acerca do tratamento odontológico

para mulheres grávidas.

Estudo com gestantes do Estado de Pernambuco revelaram que, ainda no

século 21, alguns mitos impedem a busca de tratamentos odontológicos na gravidez.

Algumas mulheres disseram acreditar que podem ter problemas com a anestesia,

demonstraram temor de hemorragias decorrentes do tratamento e se preocuparam

com a segurança dos bebês (Albuquerque et al., 2004). Pizi et al. (2009), em estudo

mais recente, concluíram que já existem serviços que orientam as gestantes acerca

Discussão 61

dos cuidados com a própria saúde bucal, mas entendem que persistem dúvidas e

que nem sempre os conhecimentos se transformam em comportamento por parte

das gestantes.

Os ACS poderiam representar um fator de transformação do melhor

conhecimento em atitudes. Ocorre que os resultados deste trabalho permitem

acreditar que algumas crenças populares não estejam estão totalmente erradicadas

das mentes de Agentes Comunitários e população da zona urbana de Porto Velho.

O percentual próximo a 60%, verificado quando da aplicação do instrumento de

pesquisa deste estudo, alerta para a necessidade de trabalhar esse conhecimento

entre todas as populações representadas no estudo. Além da necessidade de

transferir o conhecimento sobre a necessidade e a segurança do tratamento dentário

à gestante, é preciso considerar que o número de ACS do gênero feminino e em

idade fértil deste estudo é muito considerável. Outro aspecto importante é que a

esses profissionais, cabe, entre outras coisas, ampliar o acesso da população a

serviços, inclusive os odontológicos. Assim, é preciso que acreditem na efetividade e

na oportunidade do tratamento odontológico em todas as fases da vida.

A popularidade do flúor foi identificada no presente estudo. Todas as

amostras demonstraram que tanto os profissionais de saúde quanto a população

aceitam a eficácia do flúor em todas as idades. Novamente não se verificou

influência dos ACS sobre o conhecimento dos usuários cobertos.

Quanto ao conhecimento sobre o tema flúor, este estudo apresentou

resultados melhores que os apresentados por Martins et al. (2006), onde menos da

metade dos respondentes afirmou que o flúor é positivo não só para as crianças,

mas também para os pais. Possivelmente, a incorporação do flúor aos dentifrícios

tenha sido o responsável por essa popularização do produto. De acordo com Narvai

Discussão 62

(2000), a partir do terço final do século passado, a adição de flúor tornou-se uma

tendência mundial. No Brasil, esse evento se iniciou em 1988. É um conhecimento

socialmente importante porque a eficácia do fluoreto tem sido reiteradamente

comprovada (American Dental Association Council on Scientific Affairs, 2006).

Fatores que predispõem as pessoas ao aparecimento do câncer bucal foi o

assunto tratado na questão de número 18 do questionário aplicado neste estudo. O

conhecimento da população acerca desse tema foi estudado em Taubaté, Estado de

São Paulo, por Quirino et al. (2006). Os dados daquele estudo revelaram que a

população ainda não tinha conhecimentos suficientes sobre os fatores de risco e as

medidas preventivas contra o câncer de boca.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), os fatores que podem

levar ao risco desse tipo de câncer, além da idade avançada, são a má higiene

bucal, o uso de próteses mal adaptadas, o alcoolismo e o tabagismo (Ministério da

Saúde, 2009). Outro documento do INCA estima para o ano de 2010 a incidência de

14.120 casos dessa doença, o que o coloca como sétima neoplasia em termos

epidemiológicos (Ministério da Saúde, 2010).

A semelhança do desempenho dos indivíduos das três amostras reafirmou o

fenômeno ocorrido nas demais questões de conhecimentos sobre saúde bucal

usadas neste estudo: não foi verificada nenhuma influência da ação dos ACS sobre

os usuários cobertos.

Oliveira et al. (2010) realizaram um estudo sobre as satisfações e

insatisfações dos ACS. Segundo o estudo, as dificuldades para obtenção de

melhores resultados por parte dos ACS incluem a falta de condições de trabalho e o

baixo reconhecimento dos gestores.

Discussão 63

Ficou evidente a necessidade de adequar os conhecimentos em saúde bucal

dos ACS, para que possam exercer influência positiva sobre o comportamento dos

usuários por eles assistidos. Coriolano & Lima (2010) afirmaram que as ações de

educação para ACS devem levar em conta suas peculiaridades, buscando

mudanças em seu modo de agir em saúde.

Bornstein et al. (2010) observaram que os processos educativos participativos

permitem melhor compreensão dos problemas locais e, em consequência,

proporcionam uma visão de saúde mais contextualizada, efetivando a ação dos

ACS.

Quanto à possível interferência do nível de escolaridade dos usuários, fator

social que poderia resultar em influência maior que a dos ACS, observou-se que as

respostas foram distribuídas de forma razoavelmente homogênea dentro dos

diversos níveis de escolaridade, com diferenças ligeiramente mais sensíveis entre os

indivíduos que não concluíram o ensino fundamental e os demais níveis de ensino.

Mesmo assim, em raras oportunidades essa diferença foi estatisticamente

significante.

Um estudo realizado no Estado de Pernambuco revelou que faltam

conhecimentos em saúde bucal a uma importante parcela da população brasileira,

mesmo quando a amostra é composta por portadores de diploma de nível médio ou

superior (Granville-Garcia et al., 2007), corroborando, em certa medida os achados

no presente estudo.

De forma geral, ficou patente a necessidade de cursos de capacitação

específicos sobre o assunto ou a inserção desse tema, de forma mais substancial,

nos programas de capacitação já existentes, especialmente no curso introdutório já

referido anteriormente.

Discussão 64

Outros fatores podem, também, estar contribuindo para essa baixa influência

dos ACS sobre a comunidade assistida em relação à saúde bucal. Esses fatores

podem estar relacionados à motivação e à necessidade de ajustes no processo de

trabalho desses profissionais. Esses fatos poderiam ficar mais evidentes se

houvesse a possibilidade de confrontar os dados do presente estudo com a ação

dos mesmos ACS em relação a outras áreas da saúde no mesmo campo de

pesquisa, o que fugiria ao escopo do presente trabalho.

Essas considerações se encerram com a certeza da necessidade de novos

estudos sobre o mesmo tema, tendo em vista a importância da educação em saúde

bucal para aparelhar a sociedade da área urbana de Porto Velho com

conhecimentos e atitudes que possam melhorar as suas próprias condições de

saúde bucal e as de seus filhos.

65

7 CONCLUSÕES

Quanto à primeira hipótese, que pressupôs um bom nível de conhecimentos

em saúde bucal por parte dos ACS, este mostrou ser condizente com os dados

apresentados em outros estudos realizados no país, quando a comparação foi feita

antes de treinamentos dirigidos à melhoria de conhecimentos em saúde bucal

desses profissionais.

De forma geral, o conhecimento em saúde bucal não guarda diferenças

substanciais entre ACS e usuários cobertos. Tal constatação permite afirmar que a

segunda hipótese deste estudo não se confirmou. Ou seja, os ACS da zona urbana

de Porto Velho não têm sido responsáveis diretos pela melhoria do nível de

conhecimentos da comunidade que assiste.

66

REFERÊNCIAS

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2. Bornstein VJ, Stotz EM. O trabalho dos agentes comunitários de saúde: entre a mediação convencedora e a transformadora. Trab Educ Saúde 2009 Fev; 6(3):457:480.

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75

APÊNDICES

APÊNDICE A – Resultados da análise estatística para verificação da interferência do nível de escolaridade de usuários cobertos por ACS.

Figura 1 – Respostas da amostra de usuários cobertos por ACS, de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "Na sua percepção, em relação aos dentes de leite, a opção correta é:" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p=0.2810 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Figura 2 - Respostas da amostra de usuários cobertos por ACS, de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "Do nascimento até a idade adulta, quantas são as trocas de dentes?" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p=0.0655 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Apêndices 76

Figura 3 - Respostas da amostra de usuários cobertos por ACS de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "Em que idade começam a nascer os primeiros dentes permanentes?" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p=0.0801 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Figura 4 - Respostas da amostra de usuários cobertos por ACS de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "Algumas pessoas possuem dentição forte devido a:" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p=0.3834 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Apêndices 77

Figura 5 - Respostas da amostra de usuários cobertos por ACS de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "A cárie é provocada principalmente por:" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p=0.0764 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Figura 6 - Respostas da amostra de usuários cobertos por ACS de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "O mau hálito é causado por:" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p=0.0004 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Apêndices 78

Figura 7 - Respostas da amostra de usuários cobertos por ACS de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "O sangramento da gengiva é:" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p=0.423 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Figura 8 - Respostas da amostra de usuários cobertos por ACS de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "Para evitar a inflamação da gengiva, é preciso realizar procedimentos de higiene bucal, utilizando corretamente:" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p=0.5335 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Apêndices 79

Figura 9 - Respostas da amostra de usuários cobertos por ACS de acordo com o nível de escolaridade, para a questão "Indique a opção que pode levar o dente a precisar de tratamento de canal:" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p=0.0119 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Figura 10 - Respostas da amostra de usuários cobertos por ACS, de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "Durante a gravidez, você acha que o tratamento dentário deve ser?" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p=0.0275 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Apêndices 80

Figura 11 - Respostas da amostra de usuários cobertos por ACS, de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "O fluor é importante:" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p=0.1244 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Figura 12 - Respostas da amostra de usuários cobertos por ACS de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "Indique o fator de risco mais relacionado ao aparecimento de câncer bucal:" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p=0.1244 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Apêndices 81

Figura 13 – Respostas da amostra de usuários não cobertos por ACS de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "Na sua percepção, em relação aos dentes de leite, a opção correta é": Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p= 5.0576 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Figura 14 - Respostas da amostra de usuários não cobertos por ACS de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "Do nascimento até a idade adulta, quantas são as trocas de dentes?" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p= 0.6992 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Apêndices 82

Figura 15 - Respostas da amostra de usuários não cobertos por ACS de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "Em que idade começam a nascer os primeiros dentes permanentes?" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p= 0.6964 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Figura 16 - Respostas da amostra de usuários não cobertos por ACS de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "Algumas pessoas possuem dentição forte devido a:" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p= 0.4805 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Apêndices 83

Figura 17 - Respostas da amostra de usuários não cobertos por ACS de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "A cárie é provocada principalmente por:" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p= 0.1648 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Figura 18 - Respostas da amostra de usuários não cobertos por ACS de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "O mau hálito é causado por:" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p= 0.2330 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Apêndices 84

Figura 19 - Respostas da amostra de usuários não cobertos por ACS de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "O sangramento da gengiva é:" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p= 0.1158 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Figura 20 - Respostas da amostra de usuários não cobertos por ACS de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "Para evitar a inflamação da gengiva, é preciso realizar procedimentos de higiene bucal, utilizando corretamente:" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p= 0.1005 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Apêndices 85

Figura 21 - Respostas da amostra de usuários não cobertos por ACS de acordo com o nível de escolaridade, para a questão "Indique a opção que pode levar o dente a precisar de tratamento de canal:" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p= 0.6165 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Figura 22 - Respostas da amostra de usuários não cobertos por ACS de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "Durante a gravidez, você acha que o tratamento dentário deve ser?" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p= 0.0142 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Apêndices 86

Figura 23 - Respostas da amostra de usuários não cobertos por ACS, de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "O fluor é importante:" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p= 0.7463 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Figura 24 - Respostas da amostra de usuários não cobertos por ACS de acordo com o nível de escolaridade, para a questão: "Indique o fator de risco mais relacionado ao aparecimento de câncer bucal:" Teste estatístico Kruskall Wallis. Valor de p= 0.4537 Observação - os números utilizados no eixo das abcissas correspondem, respectivamente a: 1-Ensino fundamental incompleto, 2- Ensino fundamental completo, 3- Ensino médio incompleto, 4- Ensino Médio completo, 5- Ensino superior incompleto e 6- Ensino superior completo

Apêndices 87

APÊNDICE B – Questionário aplicado à amostra de agentes comunitários de saúde

1ª parte

1. Idade: _______ anos.

2. Gênero: ( ) F ( ) M

3. Escolaridade:

a. ( ) Fundamental incompleto

b. ( ) Ensino Médio completo

c. ( ) Fundamental completo

d. ( ) Superior incompleto

e. ( ) Ensino Médio incompleto

f. ( ) Superior completo

4. Renda familiar em número de salários mínimos:

a. Até um

b. Entre um e três

c. Entre três e cinco

d. Entre cinco e dez

e. Mais de dez salários mínimos

5. Há quanto tempo trabalha na unidade?_____meses.

6. A qual unidade de saúde está ligado?

a. CS Ernande C. Coutinho ( )

b. USF Hamilton Raulino Gondin ( )

c. USF José Adelino da Silva ( )

d. USF Aponiã ( )

e. U S F Socialista ( )

f. CS Alfredo Silva ( )

Apêndices 88

g. CS Maurício Bustani ( )

h. CS Nova Floresta ( )

i. CS Osvaldo Piana ( )

j. USF Ana Adelaide ( )

2ª Parte

7. Na sua percepção, em relação aos dentes de leite, a opção correta é:

a. Por serem dentes temporários, não necessitam de cuidados

b. Guiam a erupção ou o “nascimento”dos dentes permanentes

c. Surgem na boca quando a mãe para de amamentar o bebê

d. São dentes que caem facilmente porque não têm raízes

e. Não sabe/não informou

8. Do nascimento até a idade adulta, quantas são as trocas de dentes?

a. Uma

b. Duas

c. Três, incluindo o dente do siso (3º molar)

d. Não sabe/ não informou

9. Em que idade começam a nascer os primeiros dentes permanentes?

a. Por volta de 6 meses a 1 ano

b. De 2 a 3 anos

c. De 5 a 6 anos

d. De 8 a 9 anos

e. De 11 a 12 anos

10. Algumas pessoas possuem dentição forte devido a:

a. Herança dos pais (nascença)

b. Tipos de raça

c. Boa condição financeira

d. Cuidados com a higiene bucal e alimentação

e. Não sabe/não informou

Apêndices 89

11. A cárie é provocada principalmente por:

a. Má formação da estrutura dos dentes

b. Bactérias aderidas aos dentes

c. Uso constante de antibióticos

d. Falta de saliva na boca

e. Ingestão freqüente de produtos açucarados

f. Não sabe/não informou

12. Mau hálito é causado por:

a. Estresse emocional

b. Uso de medicamentos

c. Fumo e álcool em excesso

d. Falta de remoção da placa bacteriana que se acumula nos dentes e na língua

e. Alimentos açucarados e gordurosos

f. Não sabe/não informou

13. O sangramento da gengiva é:

a. Normal e sempre ocorre com a escovação

b. O maior causador da cárie dental

c. Uma infecção que atinge o nervo do dente

d. O primeiro sinal de uma doença gengival

e. Não sabe/não informou

14. Para evitar a inflamação da gengiva, é preciso realizar procedimentos de higiene

bucal, utilizando corretamente:

a. Apenas escova dental

b. Escova dental e pastas com flúor

c. Escova e fio dental

d. Líquidos especiais para bochechos e soluções de flúor

e. Não sabe/não informou

15. Indique a opção que pode levar o dente a precisar de tratamento de canal:

a. Lesão de cárie não tratada

b. Excesso de flúor

c. Uso de dentadura quebrada

Apêndices 90

d. Ponte móvel mal adaptada

e. Não sabe/não informou

16. Durante a gravidez, você acha que o tratamento dentário deve ser?

a. Preventivo e periódico

b. Evitado durante toda a gestação

c. Para os casos de urgência

d. Não sabe/não informou

17. O flúor é importante:

a. Apenas na infância, na época de formação e erupção dos dentes

b. Na vida adulta

c. Na terceira idade

d. Em todas as fases da vida

e. Não sabe/ não informou

18. Indique o fator de risco mais relacionado ao aparecimento do câncer bucal:

a. Ingestão de medicamentos

b. Alimentação rica em sal e açúcar

c. Excesso de álcool e fumo

d. Perda dos dentes permanentes

e. Não sabe/não informou

Apêndices 91

APÊNDICE C– Questionário aplicado às amostras de usuários das unidades de

saúde

1ª parte

1. Idade: _______ anos.

2. Gênero: ( ) F ( ) M

3. Escolaridade:

a. ( ) Fundamental incompleto

b. ( ) Ensino Médio completo

c. ( ) Fundamental completo

d. ( ) Superior incompleto

e. ( ) Ensino Médio incompleto

f. ( ) Superior completo

4. Renda familiar em número de salários mínimos:

a. Até um.

b. Entre um e três.

c. Entre três e cinco.

d. Entre cinco e dez.

e. Mais de dez salários mínimos.

5. Há quanto reside no bairro?_____meses.

6. Qual unidade de saúde costuma utilizar?

a. CS Ernande C. Coutinho ( )

b. USF Hamilton Raulino Gondin ( )

c. USF José Adelino da Silva ( )

d. USF Aponiã ( )

e. U S F Socialista ( )

f. CS Alfredo Silva ( )

g. CS Maurício Bustani ( )

Apêndices 92

h. CS Nova Floresta ( )

i. CS Osvaldo Piana ( )

j. USF Ana Adelaide ( )

k. Outra

l. Nenhuma

7. Na sua percepção, em relação aos dentes de leite, a opção correta é:

a. Por serem dentes temporários, não necessitam de cuidados

b. Guiam a erupção ou o “nascimento”dos dentes permanentes

c. Surgem na boca quando a mãe pára de amamentar o bebê

d. São dentes que caem facilmente

e. Porque não têm raízes

f. Não sabe/não informou

8. Do nascimento até a idade adulta, quantas são as trocas de dentes?

a. Uma

b. Duas

c. Três, incluindo o dente do siso (3o molar)

d. Não sabe/ não informou

9. Em que idade começam a nascer os primeiros dentes permanentes?

a. Por volta de 6 meses a 1 ano

b. De 2 a 3 anos

c. De 5 a 6 anos

d. De 8 a 9 anos

e. De 11 a 12 anos

10. Algumas pessoas possuem dentição forte devido a:

a. Herança dos pais (nascença)

b. Tipos de raça

c. Boa condição financeira

d. Cuidados com a higiene bucal e alimentação

e. Não sabe/não informou

11. A cárie é provocada principalmente por:

Apêndices 93

a. Má formação da estrutura dos dentes

b. Bactérias aderidas aos dentes

c. Uso constante de antibióticos

d. Falta de saliva na boca

e. Ingestão frequente de produtos açucarados

f. Não sabe/não informou

12. Mau hálito é causado por:

a. Estresse emocional

b. Uso de medicamentos

c. Fumo e álcool em excesso

d. Falta de remoção da placa bacteriana que se acumula nos dentes e na língua

e. Alimentos açucarados e gordurosos

f. Não sabe/não informou

13. O sangramento da gengiva é:

a. Normal e sempre ocorre com a escovação

b. O maior causador da cárie dental

c. Uma infecção que atinge o nervo do dente

d. O primeiro sinal de uma doença gengival

e. Não sabe/não informou

14. Para evitar a inflamação da gengiva, é preciso realizar procedimentos de higiene

bucal, utilizando corretamente:

a. Apenas escova dental

b. Escova dental e pastas com flúor

c. Escova e fio dental

d. Líquidos especiais para bochechos e soluções de flúor

e. Não sabe/não informou

15. Indique a opção que pode levar o dente a precisar de tratamento de canal:

a. Lesão de cárie não tratada

b. Excesso de flúor

c. Uso de dentadura quebrada

d. Ponte móvel mal adaptada

e. Não sabe/não informou

Apêndices 94

16. Durante a gravidez, você acha que o tratamento dentário deve ser?

a. Preventivo e periódico

b. Evitado durante toda a gestação

c. Para os casos de urgência

d. Não sabe/não informou

17. O flúor é importante:

a. Apenas na infância, na época de formação e erupção dos dentes

b. Na vida adulta

c. Na terceira idade

d. Em todas as fases da vida

e. Não sabe/ não informou

18. Indique o fator de risco mais relacionado ao aparecimento do câncer bucal:

a. Ingestão de medicamentos

b. Alimentação rica em sal e açúcar

c. Excesso de álcool e fumo

d. Perda dos dentes permanentes

e. Não sabe/não informou

95

ANEXO

ANEXO A– Carta de aprovação do Comitê de Ética na Pesquisa

Autorizo a reprodução e divulgação total ou

parcial desta obra, por qualquer meio

convencional ou eletrônico, para fins de

estudo e pesquisa, desde que citada a

fonte.

Luiz Carlos Bianco

Taubaté, Setembro de 2010