avaliação psicológica em crianças e adolescentes

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Manual Curso de Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes Formadora: Dra. Andreia Serras Psicóloga da Saúde

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Page 1: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

Manual

Curso de Avaliação

Psicológica em Crianças e Adolescentes

Formadora: Dra. Andreia Serras

Psicóloga da Saúde

Page 2: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

1

Índice: Introdução 3 Resumo 4 Capítulo I - Módulo Figura Complexa de Rey 5 Introdução, Ficha Técnica e Material 6 Âmbito de Aplicação 7 Normas de Aplicação 8 Correcção 9 Esquema gráfico da Figura A Pontuação e Aferição Portuguesa

11 12

Possíveis Resultados 13 Capítulo II - Módulo Matrizes Progressivas de Raven 14 Introdução e Escala SPM 15 Utilidade das Matrizes Progressivas de Raven, Constituição da Escala SPM e Descrição do Teste

16

Contexto de Aplicação 17 Capítulo III - Módulo Bender 18 Introdução, Material e Instruções 19 Modelo I: Descrição do Modelo e Critérios de Cotação 20 Modelo II: Descrição do Modelo 27 Modelo II: Critérios de Cotação 28 Modelo III: Descrição do Modelo e Critérios de Cotação 33 Modelo IV: Descrição do Modelo e Critérios de Cotação 39 Modelo V: Descrição do Modelo e Critérios de Cotação 48 Interpretação Qualitativa 54 Métodos de Trabalho 57 Transtornos Neuropsicológicos 58 Indicadores emocionais de Koppitz e Indicadores emocionais conforme compilação de Groth-Mornat

60

Tabelas 62 Escalas de Maturação 64 Modelos de Aplicação 65 Grelha de Cotação 68 Folha de Cotação 69 Capítulo IV - Módulo WISC-III 71 Introdução e Conceito de Inteligência 72 Organização da Escala e Administração da Prova 73 Tempo e Condições Físicas de Administração da Prova 74 Constituição da WISC e Sugestões para as sessões de avaliação 75 Descrições de todas as provas 76 Conclusões 90 Bibliografia Anexos

91 91

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Índice de Tabelas:

Figura Complexa de Rey

Quadro IX – Riqueza e Exactidão da Cópia 93

Quadro X – Tempo de Cópia (minutos) 94 Quadro XI – Frequência dos Tipos de Memória em relação à idade (em percentagem)

95

Quadro XIII – Riqueza e Exactidão da Reprodução da Memória 96 Quadro VIII – Tipos de Cópia (segundo a idade) 97

Bender (Tabelas)

Tabela de Pontuações Totais 98 Tabela de Diferenciação de Resultados entre Rapazes e Raparigas e Tabela de Resolução dos cincos modelos

99

Escala de Maturação 100 Modelos de Aplicação 101 Grelha de Cotação 104 Folha de Cotação

105

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3

Introdução

A Avaliação em Psicologia, refere-se à recolha e interpretação de informações

psicológicas, resultantes de um conjunto de procedimentos confiáveis que permitam ao Psicólogo avaliar o comportamento. Aplica-se ao estudo de casos individuais ou de grupos ou situações. São considerados como procedimentos confiáveis aqueles que apresentem alto grau de precisão e validade. Entende-se por precisão o grau de confiabilidade do instrumento e por validade a capacidade para atingir os objectivos para os quais foi construído.

Na avaliação psicológica, há procedimentos com regras e situações bem definidas e um código operacional de tal forma que permita a qualquer psicólogo - examinador chegar ao mesmo resultado obtido por outro psicólogo dentro do mesmo período.

Há outros procedimentos que exigem a intervenção interpretativa do examinador, tais como julgar a adequação ou a categoria de uma resposta, segundo modelos existentes e que podem exigir, também, a apreciação das condições do exame e julgamento de factores externos, facilitadores ou não das tarefas propostas.

Assim, as avaliações assumem um lugar importante e devem incluir níveis de observação variados, no entanto, os meios de avaliação são imensos: entrevista com o doente e os que o rodeiam, anamnèse, exame psicológico. As escalas de avaliação fazem parte da “bateria” de testes que o psicólogo tem ao seu alcance para melhor compreender um problema particular relativo ao sujeito como individuo. Mas estes dados não têm sentido senão em função das expectativas, das condições de vida, da história pessoal, da situação actual e do funcionamento psíquico do doente. Os elementos clínicos recolhidos devem permitir ao psicólogo, reduzir a margem de erro na identificação dos problemas de um sujeito e também propor planos de tratamento e/ou orientações terapêuticas adequadas.

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Resumo

Pretende-se auxiliar os alunos e profissionais de psicologia a melhorarem a sua

aprendizagem com alguns instrumentos essenciais à Prática Clínica em adolescentes.

Este curso, tem como principal objectivo a partilha de oportunidades,

experiências, discussões de casos, forma de cotação de alguns instrumentos, exercícios e esclarecimento de dúvidas, de forma a consolidar os conhecimentos adquiridos na Universidade e garantir a sua adequação à prática.

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Capítulo I

Módulo Figura Complexa de Rey

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1. Introdução

Este instrumento de avaliação psicológica, permite-nos fazer um “diagnóstico

diferencial entre a debilidade mental constitucional e o défice adquirido em consequência de traumatismo craneo-cerebral”.

O desenho de cópia das figuras tem sido muito utilizado em provas psicológicas, apresentando assim vantagens de utilizar material reduzido e ser facilmente aceite por indivíduos tímidos, inibidos ou com dificuldades de linguagem.

Esta prova pretende avaliar a actividade perceptiva e a memória visual, em duas fases, no processo de cópia e a reprodução de memória.

O seu objectivo é analisar o modo como o indivíduo apreende os dados perceptivos que lhe são fornecidos e o que foi retido espontaneamente pela sua memória.

2. Ficha Técnica

Nome: Teste de cópia e de reprodução de Figuras Complexas

Autor: André Rey

Procedência: Centre de Psychologie Appliquée (Paris), proprietário do “Copyright” original

Adaptação Portuguesa: Secção de Estudos de Testes da CEGOC-TEA, LDA, Lisboa, proprietário do “Copyright” para língua portuguesa

3. Material

� Manual � Lâmina da prova � Papel Branco � Lápis de cor � Lápis preto � Cronómetro

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4. Âmbito de Aplicação (Figura A)

� Aplicação: Individual � Idade: A partir dos 5 anos � Tempo de aplicação: Variável entre 5 e 25 minutos � Tempo de correcção: 2 minutos � Indicações: Estudo da actividade perceptiva e da memória visual � Aferição portuguesa: Diversas amostras de populações portuguesas a partir

dos 5 anos de idade

Figura A

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5. Normas de Aplicação

5.1 Cópia do Modelo

O examinador deve ter presente cinco ou seis lápis de cores diferentes, dar ao sujeito uma folha de papel branco e dizer: “Tem aqui um desenho; vai copiá-lo nesta folha; não é necessário fazer uma cópia rigorosa; é preciso no entanto, ter atenção às proporções e sobretudo não esquecer nada. Não é necessário trabalhar à pressa. Comece com um lápis”.

Dá-se um primeiro lápis encarnado, por exemplo, e deixa-se o sujeito trabalhar

durante alguns instantes (o cronómetro é colocado a funcionar discretamente). Entretanto dá-se um lápis de outra cor pedindo ao sujeito que continue. Utilizam-se à volta de 5 a 6 cores diferentes. É necessário anotar a sucessão das cores para identificar, no desenho, o desenrolar da cópia.

Os débeis mentais ou as crianças começam a trabalhar por um detalhe e depois copiam pouco a pouco e centímetro a centímetro, método que conduz a uma cópia defeituosa; as proporções gerais não podem ser respeitadas, resultam de deformações que aumentam à medida que a copia progride.

5.2 Reprodução de Memória Deve fazer-se uma pausa que não ultrapassa-se os 3 minutos, passando-se assim

a um segundo tempo da prova que consiste na reprodução de memória, da figura copiada. Convida-se o sujeito a desenhar a memória, numa segunda folha, a figura geométrica.

Se estamos com pressa utiliza-se um único lápis, caso contrário, pode retomar-se a técnica dos lápis de várias cores. Não há limite de tempo para a reprodução, sendo o próprio sujeito que indicará quando terminou.

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6. Correcção

Serão apresentados os diferentes tipos de cópia definidos por P. A. Osterrieth, estando ordenados do mais racional ao menos racional, considerando-se simultaneamente nesta apreciação os nossos hábitos intelectuais, a rapidez de cópia e a precisão do resultado.

I – Construção sobre a Armação

O sujeito começa o desenho pelo rectângulo central, que passa a funcionar como a armação, sobre a qual dispõe todos os demais elementos da figura. O rectângulo grande constitui, a base que serve de referência e de ponto de partida para a construção da figura.

II – Detalhes englobados na Armação

O sujeito começa por um ou outro detalhe contíguo ao grande rectângulo (p.ex. a cruz da parte superior do lado esquerdo), ou traça o grande rectângulo, incluindo nele algum dos detalhes (p.ex. o quadrado exterior contíguo ao ângulo inferior esquerdo do rectângulo central) e utiliza-o como armação do seu desenho, como no tipo I. Assemelha-se, também, a este tipo II, o processo, pouco frequente, que consiste em desenhar as diagonais do rectângulo antes do seu contorno, utilizando, de seguida este como armação.

III – Contorno Geral O sujeito começa o seu desenho pela reprodução do contorno integral da

figura sem diferenciar nela, explicitamente, o rectângulo central. O sujeito obtêm assim uma espécie de “contentor” onde são depois colocados todos os detalhes interiores.

IV – Justaposição de Detalhes O sujeito vai desenhando os detalhes uns ao lado dos outros, como se

estivesse a fazer um puzzle. Não existe um elemento director da reprodução. Uma vez terminada, melhor ou pior, a figura é globalmente reconhecida e pode até estar perfeitamente conseguida.

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V - Detalhes sobre o Fundo Confuso

O sujeito desenha um grafismo, pouco ou nada estruturado, no qual não é

possível identificar o modelo, embora existam certos detalhes reconhecíveis, pelo menos na sua intenção.

VI – Redução a um Esquema Familiar

O sujeito transforma a figura num esquema que lhe é familiar e que pode, por

vezes, recordar vagamente a forma geral do modelo ou de alguns dos seus elementos (casa, barco, peixe, boneco, etc.)

VII – Garatujas

O sujeito faz simplesmente umas garatujas nas quais é impossível reconhecer qualquer dos elementos do modelo e tão pouco a sua forma global.

P. A. Osterrieth, dividiu a figura em 18 partes, que se podem considerar como outras tantas unidades, que intervêm quer na cópia quer na reprodução de memória. Assim, o sujeito não percebe, não fixa um a um todos os segmentos que compõem o desenho, antes capta-os organizados num certo número de estruturas: armação geral, superfícies, eixo diversos, apêndices externos e detalhes que se repetem simetricamente.

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Esquema gráfico da Figura A

O esquema gráfico mostra a divisão da Figura A em 18 unidades, numeradas de acordo com a seguinte ordem:

1. Cruz exterior contigua ao ângulo superior esquerdo do rectângulo grande. 2. Rectângulo grande, armação da figura. 3. Cruz de Santo André, formada pelas diagonais do rectângulo grande. 4. Mediana horizontal do rectângulo grande 2. 5. Mediana vertical do rectângulo grande 2. 6. Pequeno rectângulo interior (contíguo ao lado esquerdo do rectângulo 2,

limitado pelas semidiagonais esquerdas deste e cujas diagonais se contam sobre a mediana 4).

7. Pequeno segmento colocado sobre o lado horizontal superior do elemento 6. 8. Quatro linhas paralelas situadas no triangulo formado pela metade superior da

mediana vertical e a metade superior da diagonal esquerda do rectângulo 2. 9. Triângulo rectângulo formado pela metade do lado superior do rectângulo 2,

pelo prolongamento superior da mediana vertical 5, e pelo segmento que une o extremo deste prolongamento com o ângulo superior direito ao rectângulo 2.

10. Pequena perpendicular ao lado superior do rectângulo 2, situada debaixo do elemento 9.

11. Circulo com três pontos inscritos, situados no sector superior direito do rectângulo 2.

12. Cinco linhas paralelas entre si e perpendiculares à metade inferior da diagonal direita do rectângulo 2.

13. Dois lados iguais que formam o triangulo isósceles construído sobre o lado direito do rectângulo 2, exteriormente a este.

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14. Pequeno losango situado no vértice extremo do triangulo 13. 15. Segmento situado no triangulo 13 paralelamente ao lado direito do rectângulo 2. 16. Prolongamento da mediana horizontal e que constitui a altura do triangulo 13. 17. Cruz da parte inferior, compreendendo o braço paralelo ao lado inferior do

rectângulo 2 e o pequeno prolongamento da mediana 5 que a une a este lado. 18. Quadrado situado no extremo inferior esquerdo do rectângulo 2, prolongamento

do lado esquerdo, compreendendo também a sua diagonal.

7. Pontuação

A) Riqueza e Exactidão da Cópia Por cada unidade:

� Correcta - bem situada = 2 pontos - mal situada = 1 ponto

� Deformada ou incompleta - bem situada = 1 ponto mas reconhecível - mal situada = ½ ponto

� Irreconhecível = 0 pontos ou ausente Assinala-se as várias unidades reproduzidas, pontuando segundo estes critérios, somando-se as pontuações obtidas. A pontuação máxima é de 36 pontos.

B) Tempo da Cópia

Coloca-se o cronómetro a funcionar no momento em que o sujeito começa a trabalhar e pára-se quando este dá por terminada a prova; o tempo de execução é arredondado sempre para o minuto seguinte; assim os tempos 2´15´´ e 2´50´´ arredondam-se, nos dois casos, para 3´e este valor lê-se “entre 2 e 3 minutos”.

8. Aferição Portuguesa

Analisa-se separadamente a cópia e a representação da memória da Figura A segundo os parâmetros de Ostarrieth: tipos de reprodução e tempo gasto na execução da cópia.

Os grupos de idades são constituídos abrangendo a idade completa, sendo a leitura feita entre a idade referida e o ano imediatamente seguinte (ex. o grupo dos 9 anos lê-se entre 9 e 10 anos).

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9. Possíveis Resultados

Após uma avaliação cuidada de todas as provas que o sujeito realizou, fazer-se-á uma avaliação quantitativa, através das tabelas e uma avaliação qualitativa dos resultados obtidos (para este tipo de avaliação, no manual teórico, explica algumas formas, de como os formandos poderão tirar as suas conclusões, das provas por si aplicadas).

Cópia Quadro VII - Frequência dos tipos de cópia em relação idade (em

percentagem) Quadro VIII - Tipos de cópia Quadro IX - Riqueza e exactidão da cópia Quadro X - Tempo de cópia Memória Quadro XI - Frequência dos tipos de reprodução de memória (em

percentagem) Quadro XII - Tipos de reprodução de memória Quadro XIII - Riqueza e exactidão da reprodução de memória. Terminadas estas provas, terão de ser consultadas as tabelas acima referidas

(estarão em anexos), para que o formando, tenha assim, contacto com os possíveis resultados do sujeito, em ambas as provas.

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Capítulo II

Módulo Matrizes Progressivas de Raven

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1.Introdução

As Matrizes Progressivas de Raven, trata-se de um teste não verbal para avaliação da inteligência, especificamente do factor "g", proposto por Spearman.

Assim, pretendem avaliar um dos componentes do factor “g”, a capacidade edutiva, que consiste em extrair novos insights e informações do que já é conhecido.

O outro componente é a capacidade reprodutiva, que é avaliada por testes de vocabulário.

Avalia a inteligência geral, mais propriamente a capacidade do sujeito para deduzir relações.

A capacidade reprodutiva relaciona-se ao domínio, à lembrança e à reprodução

de materiais, em geral verbais, que constituem a base cultural de conhecimentos. Em função da teoria da qual deriva, o Teste de Raven avalia a inteligência

medida pelos seus resultados (Davidoff, 1983). Desta forma, desconsidera os processos ou diferenças qualitativas que interferem

nas respostas dos indivíduos.

2.Escala SPM

O Autor da Escala SPM foi J. C. Raven, J. H. Court e J. Raven. Este Teste pode ser aplicado individualmente e/ou colectivamente, em grupos de oito a nove crianças/adolescentes.

Contudo, não tem limite de tempo, sendo em média necessário entre 15 a 20

minutos.

Destina-se assim a crianças, com idade superior a 6 anos, a adultos, a deficientes mentais e pessoas idosas.

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3.Utilidade das Matrizes Progressivas de Raven

São Indicadas para avaliação do desenvolvimento intelectual na escola, para

diagnósticos clínicos, e também para estudos interculturais e antropológicos.

Ainda é útil para sujeitos portadores de deficiências físicas, afasias, paralisia cerebral ou surdez, bem como sujeitos que não dominem a língua nacional.

4.Constituição da Escala SPM

É constituída por 60 itens, que estão divididos em 5 séries de 12 itens ordenados por grau de dificuldade.

Os vários itens são constituídos por material não verbal.

Esta escala é composta por um caderno de aplicação, no qual vêm representados

cinco subconjuntos de itens (A, B, C, D e E).

5.Descrições do Teste

O início de cada série começa sempre por itens mais fáceis, em que objectivo é permitir ao examinando um novo tipo de raciocínio, que vai ser exigido nos itens seguintes.

Os itens baseiam-se num desenho ou numa matriz em que falta uma parte, em

baixo no qual são apresentadas seis alternativas, em que uma completa a matriz correctamente.

O examinando deve portanto escolher uma das alternativas para a parte que falta. Neste Teste, uma grande parte dos seus itens são impressos com um fundo

colorido, cujo objectivo é atrair a atenção e motivar os examinandos. A avaliação é feita através de uma chave de correcção. Os totais parciais de cada série permitem determinar a consistência da

pontuação, que indica a validade do resultado. O total de acertos é convertido em percentil.

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6.Contexto de Aplicação

Vários autores, fizeram estudos em que foi comparado os resultados de crianças

em função do tipo de escola, sendo que se verificou a existência de diferenças estatisticamente significantes entre as médias das crianças de escolas particulares em relação às das escolas públicas.

Ainda foi verificado, nestes estudos que pessoas oriundas de meios mais

desfavorecidos economicamente apresentam piores resultados em relação a indivíduos de meios mais favorecidos.

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Capítulo III

Módulo Bender

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1. Introdução

Esta prova permite avaliar a discordância entre o nível intelectual global da criança e o seu nível do ponto de vista de organização espacial, ou seja, a organização perceptivo-motora do espaço e sua representação gráfica.

Esta capacidade evolui com a idade, apesar de poder verificar-se apenas atraso neste domínio específico, sem relação directa com o nível de idade mental global, sendo no entanto fundamental para o desempenho escolar.

2. Material

� Cinco modelos de cartões de 10 x15 cm, apresentados separadamente; � Cinco folhas de papel branco A5; � Lápis de carvão, bem afiado; � Uma folha de anotação, na qual se anota o comportamento do sujeito no

decurso da prova e que servirá para a cotação; � Folha de cotação.

3. Instruções

Dizer à criança: “Vou pedir-te para copiares desenhos, e vais tentar copiá-los o mais exactamente possível.” Colocar o primeiro modelo na mesa, dizendo: “Eis o primeiro. São cinco ao todo. Começa aqui (indicar o canto superior da folha colocada no sentido do comprimento). Assim terás lugar para todos.”

Se a criança não seguir as instruções, não se deve intervir. Caso peça para recomeçar, permite-se, mas será a primeira reprodução aquela

que será válida para cotação. Não se permite a mudança de posição do modelo. No entanto, se a criança

mudar, durante a execução, a posição da sua folha, não se intervém.

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MODELO I

1. Descrição do modelo

A (I)

O modelo pode ser descrito como um conjunto compreendendo: - um círculo de 24 mm de diâmetro; - um quadrado sobre ponta, de 20 mm de lado; a diagonal mede 28 mm.

O quadrado é tangente ao círculo. O centro do círculo e o centro do quadrado são alinhados pelo ponto de tangência, conforme uma recta horizontal, o quadrado estando à direita do círculo.

As rubricas utilizadas para este modelo são: - a forma, - as relações de proximidade/separação, - a orientação precisa, - o alinhamento, - as dimensões.

2. Critérios de Cotação

Geral:

Quadrado sobre ponta sempre correcto: ângulos medidos pela grade A. Eixo horizontal: medida pela grade C, o eixo é considerado como horizontal, se o centro do quadrado estiver no interior do ângulo C. Tangência correcta: existe um ponto de contacto e um só entre o círculo e o quadrado, tolera-se um contacto de um milímetro. Ponto de tangência do eixo: - a forma do quadrilátero é correctamente reproduzida: há 4 lados; tolera-se um ângulo mal reproduzido; - há a tangência ou quase tangência; - a recta virtual que une os centros dos círculos e do quadrado, passa pelo ponto de contacto; tolera-se um milímetro de separação. Círculo igual ao modelo: contido na coroa da grade D1. Quadrado igual do modelo: a grade D2 é utilizada para o quadrado, da mesma forma que a grade D1 para o círculo: o quadrado deve ficar por inteiro compreendido entre os dois da grade.

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Detalhada:

MODELO I – Número de itens: 6. Máximo de pontos: 15. Item 1: Existem aqui dois níveis de sucesso. 1a. Nota 3: Quadrado pontiagudo inteiramente correcto.

Os quatro ângulos são medidos com a ajuda da grelha A. Os ângulos devem ser rectos (90º): mede-se o ângulo, o mais perto possível. A igualdade dos lados e calculada a olho nu.

Tolera-se a hipermetria (acima da medida padrão) e a hipometria (abaixo da medida padrão) do traçado dos ângulos, estes, ligeiramente menos acentuados, não se exige que os lados sejam rigorosamente rectilíneos (ex. 1a e 1b). Nota: Para cada um dos exemplo, é indicado por (+) a nota que é concedida, e por (-) quando a nota não é concedida; a reprodução dada no exemplo é sempre em traço grosso; os ponteados indicam, eventualmente, a posição da grelha de correcção.

Ex: 1a (+) Ex: 1b (+)

1b. Nota 2: A reprodução do quadrado pode ser compreendida como: - um rectângulo pontiagudo: os ângulos são rectos (grelha A), comprimento é nitidamente superior à

largura (ver ex. 2a e 2b);

Ex: 2a (+) Ex: 2b (+)

- um losango: nenhum dos ângulos é recto, mas os lados são iguais (ver ex. 3a e 3b);

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Ex: 3a (+) Ex: 3b (+)

- um paralelogramo pontiagudo: os lados são paralelos dois a dois, os ângulos não são rectos (ver ex. 4a e 4b);

Ex: 4a (+) Ex: 4b (+)

- um trapézio rectângulo pontiagudo: dois ângulos consecutivos são rectos (ver ex. 5a

e 5b).

Ex: 5a (+) Ex: 5b (+)

1c. Nota 1: Quadrilátero irregular pontiagudo: existem quatro ângulos nítidos e quatro

lados. Os lados são desiguais, existe no máximo um ângulo recto (ver ex. 6 e 7).

Ex: 6a (+) Ex: 6b (+)

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Ex: 7a (-) Ex: 7b (-)

Notar bem: Nenhum ponto deve ser concedido em caso de “secância dissimulada”.

Item 2: Nota 2: Eixo horizontal

O eixo constitui o lado direito que une o centro do círculo e o centro do quadrado. O centro do círculo é determinado a olho nu; o centro do quadrado é a intersecção das diagonais, se estas se podem considerar válidas, senão, o centro do quadrado é determinado a olho nu.

A horizontalidade é avaliada com a ajuda da grelha C: faz-se coincidir o vértice

do ângulo da grelha C com o centro do círculo e uma horizontal da grelha com o bordo

superior da folha de desenho. O eixo é considerado como horizontal se o centro do

quadrado é interno ao ângulo C: tolera-se que ele esteja sobre um lado do ângulo C (ver

ex. 8 e 9).

Ex: 8a (+) para o item 2 Ex: 8b (+) para o item 2

(-) para o item 4 (-) para o item 4

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Ex: 9a (-) Ex: 9b (-)

Item 3: Existem dois níveis de sucesso: 3a. Nota 2: Tangência correcta - existe um só ponto de contacto entre o círculo e o quadrado, isto para quaisquer que

sejam as formas dadas a estes elementos (ex. 10a). Tolera-se um contacto em um milímetro (ex. 10b) ou a junção por um pequeno traço que sai fora do quadrado (ex. 10c): a nota não é concedida se não houver contacto (11a) ou se houver mais de um ponto de contacto (ex. 11b e 11c).

Ex: 10a (+) Ex: 10b (+)

Ex: 10c (+) Ex: 11a (-) para o item 3a

(+) para o item 3b

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Ex: 11b (-) para o item 3a Ex: 11c (-) para o item 3a

(+) para o item 3b (+) para o item 3b

3b. Nota 1: Quase tangência, isto é, pode ser: - ligeira separação: existem no máximo dois milímetros de separação entre os dois

elementos (11a); - ligeira secância: o ângulo do quadrado pontiagudo no interior do círculo, mas nenhuma superfície branca é visível que seja comum ao círculo e ao quadrado (11b); - existe um contacto de mais de um elemento entre o círculo e o quadrado (11c): se os elementos estão separados por mais de dois milímetros (ex. 12a), ou nitidamente secantes (ex. 12b), a nota não é concedida. Notar bem: Na aferição, nenhum ponto foi concedido sob esta rubrica para as secâncias dissimuladas.

Ex: 12a (-) Ex: 12b (-)

Item 4: Nota 2: Ponto de tangência sobre o eixo. Três condições devem ser respeitadas:

- a forma do quadrilátero é correctamente reproduzida: existem quatro lados, tolera-se um ângulo mal reproduzido; - há uma tangência ou quase-tangência (cf. item 3); - a linha direita virtual que une os centros do círculo e do quadrado passa por um ponto de contacto: tolera-se um milímetro de afastamento.

Exemplos 13 e 14: a nota é concedida.

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Ex: 13 (+) Ex: 14 (+)

Exemplos de reproduções onde esta nota não é concedida: cf. ex. 8.

Item 5: Nota 3: Círculo igual ao modelo.

O círculo está completamente contido na coroa da grelha D1 (Ex. 15). Tolera-se que a reprodução seja tangente aos círculos que limitam a zona, mas a nota é concedida se uma parte da reprodução é exterior à zona (ex. 16a e 16b).

Ex: 15 (+) Ex: 16a (-)

Ex: 16b (-)

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Item 6: Nota 3: Quadrado igual ao modelo. A nota não pode ser concedida se a forma do quadrado não for “correcta” (cf. item 1), tolera-se um ângulo mal reproduzido.

A grelha D2 é utilizada para o quadrado da mesma maneira que a grelha D1 é utilizada para o círculo: o quadrado deve ser totalmente compreendido entre os dois quadrados da grelha (ver ex. 17 e 18).

Ex: 17 (+) Ex: 18a (-)

Ex: 18b (-)

MODELO II

1. Descrição de modelo

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2 (II)

Os determinantes do modelo são:

- três linhas paralelas horizontes de círculos, espaçadas 5,5mm. - dez paralelas fazendo com a horizontal um ângulo de mais 115º, inclinadas 25º

sobre a esquerda da vertical e espaçadas 12,5mm. Cada uma das 30 intersecções é o centro de um círculo de 1,5mm de diâmetro. Podemos considerar a figura como um conjunto horizontal de dez elementos inclinados para a esquerda e compreende cada um, 3 pequenos círculos alinhados.

As rubricas utilizadas para este modelo são:

- a forma, - o número, - relações de proximidade/separação, - orientação, - alinhamento, - dimensão. 2. Critérios de Cotação Geral:

Número correcto de elementos: há 11 grupos de círculos, nitidamente perceptíveis. Nenhum contacto entre os círculos no interior de um elemento: o espaço deve ser nítido. Todos os elementos estão inclinados para a esquerda: utiliza-se a grade B: as horizontais da grade, estando paralelas à borda superior da folha do desenho, considera-se que um elemento está inclinado para a esquerda quando o centro do círculo inferior está situado à direita da vertical, passando pelo centro do círculo superior do elemento. Paralelismo dos elementos: os elementos são considerados paralelos, quando se pode seguir as linhas de inclinação sucessivas com uma recta da grade B, sem modificar a direcção desta. Eixo inclinado de 0 a 5º sobre a horizontal: o eixo do modelo II é a recta que une os centros dos círculos extremos da linha superior. Se há mais de 11 elementos, não se consideram senão os 11 primeiros. Utiliza-se a grade C. A nota é concedida se o centro do último círculo, à direita da linha superior, é interior ao ângulo C. Alinhamento correcto dos círculos da linha superior: círculo < 4 mm, o alinhamento é considerado como correcto, quando nenhum círculo da linha fica totalmente fora da zona determinada para as tangentes aos dois círculos extremos. Grade B. A tangência exterior é tolerada, mas a nota não é concedida se no mínimo dois círculos tangentes exteriormente ficam situados de uma e de outra parte da zona. Comprimento total da figura compreendida entre 8 e 14 cm: a nota não pode ser concedida senão quando o número de elementos é exacto. Pela grade B mede-se a distância entre os centros dos círculos extremos da linha superior.

Detalhada:

MODELO II – Número de itens: 8. Máximo de pontos: 16. Item 1: Nota 2: Número correcto de elementos (colunas de elementos).

Existem dez grupos de círculos, nitidamente perceptíveis. A nota não é concedida se a reprodução não compreender uma linha de pontos. Em compensação, não se tem em conta a exactidão do número de círculos no interior de um grupo.

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29

Os itens seguintes são cotados quando há pelo menos seis elementos, e, são cotados os doze primeiros elementos quando existir um número maior.

As notas respeitantes aos itens 2, 3 e 7 não podem ser concedidas se mais de dois elementos da reprodução comportarem menos de três círculos. Item 2: Nota 1: Não há contacto entre os círculos no interior de um elemento.

Basta apenas um contacto para que a nota não seja concedida. O espaço deve ser nítido: em caso de dúvida, não se atribui a nota (ex. 1).

Ex: 1a (+) b (-) c (-)

Item 3: Nota 2: Todos os elementos estão inclinados para a esquerda.

A nota não é concedida se o eixo da figura for vertical, em vez de ser horizontal.

Para cotar este item, utiliza-se a grelha B: as horizontais da grelha sendo paralelas ao bordo superior da folha de desenho, considera-se que um elemento está inclinado para a esquerda quando o centro do círculo inferior está situado à direita da vertical passando pelo centro do círculo superior do elemento (ex. 2).

Ex: 2a (+) b (+) c (-)

A nota é concedida se hesitar-se relativamente à exactidão de um elemento (ex. 3b). Mas, a nota é recusada se apenas um elemento estiver nitidamente mal orientado (ex. 3c). Não se exige que os elementos sejam paralelos (cf. item 4).

Ex: 3 a (+) Ex: 3 b (+)

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30

Ex: 3c (-)

Item 4: Nota 3: Paralelismo dos elementos.

Duas condições preliminares devem ser respeitadas para que se possa examinar o sucesso inerente a este critério:

- a nota foi atribuída ao item três (todos os elementos estão inclinados para a esquerda); - não existe contacto entre dois elementos.

A definição de um critério rigoroso revelou-se impossível, a “linha de inclinação” de um elemento, sendo definida como direita e que une os centros dos círculos superior e inferior deste elemento, os elementos são considerados paralelos quando se podem seguir as linhas de inclinação sucessivas com uma direita da grelha B sem modificar a direcção desta (ver ex. 4 e 5).

Ex. 4a (+) Ex. 4b (+)

Ex. 5a (-) Ex. 5b (-)

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Ex. 5c (-)

Item 5: Nota 2: Eixo inclinado de 0 a 5º sobre a horizontal. O eixo do modelo II é a direita que une os centros dos círculos extremos da linha superior.

Se houver mais de doze elementos, considera-se apenas os doze primeiros. Utiliza-se a grelha C: faz-se coincidir o vértice do ângulo da grelha com o centro do primeiro

à esquerda da linha superior, as horizontais da grelha são paralelas ao bordo superior da folha de desenho.

A nota é concedida se o centro do último círculo, à direita, da linha superior, for interior ao ângulo C (ver ex. 6 e 7). Tolera-se que se encontre sobre um lado do ângulo.

Não se toma, absolutamente, em conta, aqui, da disposição dos círculos intermediários da linha superior em relação ao eixo (ex. 6).

Ex: 6 (+)

Ex: 7 (-)

Item 6. Nota 1: Alinhamento correcto dos círculos da linha superior. Exige-se aqui que nenhum círculo da linha tenha um diâmetro superior a quatro

milímetros (ex. 8).

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32

O alinhamento é considerado como correcto, quando nenhum círculo da linha é totalmente exterior à zona determinada pelas tangentes exteriores aos dois círculos últimos.

Materializa-se uma, depois a outra tangente, por uma qualquer das direitas da grelha B (ex. 9).

A tangência exterior é tolerada (ex. 10): mas a nota não é concedida, se pelo menos dois círculos tangentes estão situados exteriormente de um e de outro lado da zona (ex. 11).

Ex: 8 (-)

Ex: 9 (+)

Ex: 10 (+)

Ex: 11 (-)

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33

Item 7. Nota 2: Alinhamento correcto dos círculos da linha inferior. Os mesmos critérios utilizados no item 6. Considera-se o círculo inferior de cada elemento,

qualquer que seja o número de círculos que o constitua.

Item 8. Nota 3: Comprimento total da figura compreendida entre 8 e 14 centímetros.

A nota só pode ser concedida se o número de elementos for exacto. Com a ajuda da grelha B, mede-se a distância entre os centros dos últimos círculos da linha superior.

MODELO III

1. Descrição do modelo

4 (III)

Embora os termos não sejam adequados, chamaremos aos dois elementos do modelo, um “quadrado” e “ogiva”.

Dentro do “quadrado” distinguiremos os lados e a base; na “ogiva” a curva (parte central arredondada) e os ganchos (as duas extremidades).

Os lados do “quadrado” medem 18mm. A “ogiva” é tangente ao ângulo direito do quadrado, o seu eixo de simetria forma

com a base do quadrado um ângulo de 30º. As rubricas utilizadas para o modelo são:

- a forma, - relações de proximidade/separação, - orientação geral, - orientação precisa, - dimensão.

2. Critérios de Cotação

Geral:

Mesmo nível na conclusão dos dois lados: os dois vértices dos lados ficam à mesma distância da base. Cotar utilizando as linhas paralelas da grade B. Curvas bem feitas: a forma da curva respeita com precisão a simetria e as proporções internas do modelo (relação entre a profundidade e a distância entre os ganchos).

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Ganchos bem feitos: respeitam a forma arredondada e o sentido da abertura conformes ao modelo. A nota não é concedida se um dos ganchos é duas vezes mais profundo ou mais extenso que o outro. Colocação correcta da curva: a curva está situada na zona delimitada pelas medianas da base e do lado direito do quadrado. Ponto de tangência correcto: a parte superior da curva toca o ângulo direito do quadrado. Tolera-se urna ligeira secância ou uma ligeira separação. Tangência: tolera-se uma ligeira secância. Quadrado igual ao modelo: a reprodução está situada completamente no interior da zona delimitada pelos dois quadrantes da grade.

Detalhada:

MODELO III – Número de itens: 7. Máximo de pontos: 12.

Item 1. Nota 3: Os dois ângulos do quadrado são rigorosamente correctos. A nota não é concedida quando o quadrado está invertido.

Os dois ângulos medem exactamente 90º (utilizar a grelha A). Deve-se tomar a medida bem perto do ângulo, já, para não ter em conta os eventuais

desvios determinados pelos aspectos não rectilíneo dos lados ou da base. Tolera-se a hipermetria e a hipometria do traçado dos ângulos, os ângulos

ligeiramente menos acentuados, e não se exige que os lados sejam rigorosamente rectilíneos (ver ex. 1 e 2).

Ex: 1a (+) Ex: 1b (+) Ex: 1c (+)

Ex: 2a (-) Ex: 2b (-) Ex: 2c (-)

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Item 2: Nota 1: Mesmo nível de paragens dos dois lados. A nota não é concedida quando o quadrado está invertido. Os dois vértices dos

lados estão à mesma distância da base (ver ex. 3 e 4). Não se tem em conta, aqui, o comprimento efectivo dos lados (3a), da sua exacta linearidade (3b), nem da orientação da base do quadrado (3c).

Cotar rigorosamente utilizando as linhas paralelas da grelha B.

Ex: 3 (+) a b c Ex: 4 (-) a b c

Item 3: Nota 1: Arco bem executado. A forma do arco é sensivelmente conforme o modelo: o arco respeita sensivelmente a simetria e as proporções internas do modelo (relação entre a profundidade e a distância entre os ganchos) (ver ex. 5 e 6).

Ex: 5 (+) a b c Ex: 6 (-) a b c d e

Item 4: Nota 1: Ganchos bem executados. Os dois ganchos respeitam a forma arredondada e o sentido de abertura tal e qual

como no modelo.

A nota não é concedida se um dos ganchos for duas vezes mais profundo ou duas vezes mais largo que o outro (ver ex. 7 e 8).

Ex: 7 (+) a b c Ex: 8 (-) a b c d e

(-) para o item 3

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Item 5: Nota 1: Colocação correcta do círculo. (A nota não é concedida se o quadrado estiver invertido).

O arco está situado na zona delimitada pelas mediatrizes da base e do lado direito do quadrado, no exterior deste (ver ex. 9 e 10).

Tolera-se que o arco não esteja totalmente situado nessa zona, se o arco for, no entanto, tangente ao quadrado e/ou ao vértice do ângulo da direita (ex. 9b).

Quando a ogiva está separada do quadrado, a nota pode ser atribuída se o arco estiver completamente na zona determinada pelas mediatrizes exteriores (ex. 9c).

Ex: 9 (+) a b c

Ex: 10 (-) a b c d

Item 6: Existem dois níveis de boa execução: 6a. Nota 2: Ponto de tangência correcto.

A parte superior ao arco toca o ângulo direito do quadrado. Isto supõe que a forma do arco é suficientemente respeitada para que se possa considerar que o ponto de contacto se situa na sua parte superior (ver ex. 11).

Tolera-se uma secante ligeira ou uma separação ligeira (ex. 11b e 11d); 8critério diferente do item 4a da figura 11).

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Ex: 11 (+) a b c d

6b. Nota 1: Tangência. Existe um ponto de contacto entre o quadrado e o arco, mas não respeita as

condições acima indicadas. Nenhuma outra condição relativa à forma, de orientação ou de colocação, não é aqui requerida para atribuir a nota.

Tolera-se uma secante ligeira ou uma separação ligeira (ver ex. 12 e 13).

Ex: 12 (+) a b c d e

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Ex: 13 (-) a b c

Item 7: Nota 3: Quadrado igual ao modelo. (A nota não é atribuída se o quadrado estiver invertido). A reprodução é completamente interior à zona determinada pelos dois quadrados da

grelha E (ver ex. 14 e 15). Tolera-se que toda ou parte da reprodução seja confundida com os limites da zona

(ex. 14a). Não se tem em conta a igualdade dos lados (ex. 14b e 14c). Mas os ângulos não

devem ser substituídos por linhas curvas.

Ex: 14 (+) a b c

Ex: 15 (-) a b c

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MODELO IV

1. Descrição do modelo 3 (IV)

Este modelo pode ser descrito como um conjunto que compreende:

- vértice S1; - três ângulos: A1 do vértice S1 (determinado por 3 pontos distantes 5mm); A2 do

vértice S2 8determinado por 5 pontos distantes 5mm); A3 do vértice S3 (determinado por 7 pontos distantes 5mm). As distâncias em S, S1, S2, S3, são iguais entre eles e medem 15mm.

Os ângulos A1, A2, A3, medem 1:8º e SS3 é a bissectriz dos 3 ângulos. As extremidades dos ângulos estão alinhadas. Neste modelo, as relações de equidistância e de paralelismo são múltiplas, e, é

praticamente impossível considerar a evolução genética do conjunto, sendo descritos os aspectos mais interessantes.

As rubricas utilizadas são: - a forma, - o número, - relações de proximidade/separação, - orientação geral, - orientação precisa, - os alinhamentos, - as dimensões.

2. Critérios de Cotação

Geral:

Maioria de pontos: é necessário para conceder a nota, que pelo menos metade dos elementos seja constituída de pontos (nenhum branco é visível no interior). Ângulo A1 correcto: o ângulo não está invertido; o número de pontos está correcto (3 pontos); o centro dos três pontos ou círculos não estão alinhados (usar uma recta da grade B). Ângulo A2 curvo: o ângulo não está invertido; o ângulo é constituído por um número qualquer de pontos; existem muitos ângulos abertos para a esquerda, cuja sucessão determina o aspecto curvo de A2. Comentário dos reveses: ângulo A2 chato; em A2 há um ângulo aberto para a direita.

Page 41: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

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Ângulo A3 correcto: o ângulo não está invertido; o número de pontos está correcto (7 pontos); não existe senão um ângulo aberto para a esquerda, no qual o vértice é o quarto ponto de A3. Ângulo A3 curvo: o ângulo não está invertido; o ângulo é constituído por um número variado de pontos; existem muitos ângulos abertos para a esquerda, nos quais a sucessão determina o aspecto curvo de A3. Comentário dos reveses: ângulo chato; em A3, apresentando dois ângulos para a direita. Número correcto de pontos em todos os ângulos: 1 ponto para o vértice S; 3 pontos para o ângulo A1; 5 pontos para o ângulo A2; 7 pontos para o ângulo A3. Eixo horizontal: o eixo da figura é a direita que une o centro do vértice S ao vértice do ângulo A3, denomina-se S3. A horizontal do eixo é medida com a grade C, fazendo coincidir o vértice C com S, e uma horizontal da grade com a borda superior da folha: o eixo é considerado como horizontal se S3 está situado no interior do ângulo C, ou a rigor sobre um lado de C. Os quatro pontos do eixo estão alinhados: o alinhamento é considerado correcto quando S1 e S2 estão situados no todo ou em parte no interior da zona determinada pelas tangentes comuns exteriores a S e S3. Materializa-se uma após outra tangente por meio de uma recta da grade B. Equidistância sobre o eixo: mede-se por meio da grade B as distâncias SS1, S1S2 e S2S3. Simetria: comentário dos reveses: o eixo não é a bissectriz dos ângulos; os pontos do ângulo A3 não são equidistantes.

Detalhada:

MODELO IV – Número de itens: 9. Máximo de pontos: 22. Item 1: Nota 2: O maior número de pontos.

Conta-se o número total de pontos. Quer este número seja exacto ou errado, é preciso, para atribuir a nota, que pelo menos metade dos elementos sejam pontos (nenhum espaço branco é visível no interior), sendo “pontos” a cópia dos pontos-modelos, mesmo que a reprodução compreenda pontos ou círculos.

Se a reprodução compreender mais de três ângulos, considera-se que A1, A2 e A3 são os três primeiros a partir da esquerda. Se a reprodução apenas compreender dois ângulos, considera-se que se trata respectivamente de A1 e A2.

Item 2: Nota 1: Ângulo A1 correcto (ver ex. 1).

Três condições devem ser respeitadas para que a nota seja atribuída:

- o ângulo não está invertido (ex. 1c9; - número de pontos é correcto: 3 pontos; - o centro dos 3 pontos ou círculos, estes não estão alinhados (utilizar uma direita da

grelha B, ex. 1b)

Ex: 1a (+) b (-) c (-)

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Item 3: Ângulo A2: Dois níveis de bons resultados.

3a. Nota 2: Ângulo A2 correcto (ver ex. 2).

Três condições devem ser respeitadas:

- o ângulo não está invertido; - o ângulo é constituído por 5 pontos; - se considerar-se os centros destes 5 pontos, apenas temos um ângulo aberto para a esquerda, cujo vértice é o terceiro ponto (cotar rigorosamente, verificando os alinhamentos com uma direita da grelha B).

Ex: 2a (+) Ex: 2b (-)

3b. Nota 1: Ângulo A2 curvo (ver ex. 3 e 4).

- o ângulo não está invertido; - o ângulo é constituído por um número qualquer de pontos; - existem vários ângulos abertos para a esquerda, cuja sucessão determina o aspecto

curvo de A2.

Ex: 3a (+) Ex: 3b (+) Ex: 3c (+)

Ex: 4a (-) Ex: 4b (-)

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Comentário dos casos de insucesso:

4a: ângulo A2 plano.

4b: no A2 há um ângulo aberto para a direita.

Item 4: Ângulo A3: Dois níveis de boa execução.

4a. Nota 3: Ângulo A3 correcto (ver ex. 5).

Três condições devem ser respeitadas:

- o ângulo não está invertido; - o ângulo é constituído por 7 pontos; - apenas existe um só ângulo, aberto para a esquerda, cujo vértice é o quarto ponto de

A3 (cotar rigorosamente, cf. item 3a).

Ex: 5a (+) Ex: 5b (+)

4b. Nota 2: Ângulo A3 curvo (ver ex. 6 e 7).

- o ângulo não está invertido; - o ângulo é constituído por um número qualquer de pontos; - existem vários ângulos abertos para a esquerda, cuja sucessão determina o aspecto

curvo de A3.

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Ex: 6a (+) Ex: 6b (+)

Ex: 6c (+) Ex: 7a (-)

Ex: 7b (-) Ex: 7c (-)

Comentário dos casos de insucesso:

7a: ângulo plano.

7b, c A3: apresentam 2 ângulos abertos para a direita.

Item 5: Nota 2: Número correcto de pontos em todos os ângulos.

Isto é: 1 ponto para o vértice S1,

3 pontos para o ângulo A1,

5 pontos para o ângulo A2,

7 pontos para o ângulo A3.

Item 6: Nota 3: Eixo horizontal.

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O eixo da figura é a direita que une o centro do vértice S ao vértice do A3, que se designa S3 (se a reprodução compreender mais de 3 ângulos, é o ângulo da extrema direita que toma lugar, para este item, do ângulo A3).

Para determinar S3, dois casos podem apresentar-se:

- um ponto qualquer de A3 marca a mudança de direcção, caracterizando o ângulo A3: este ponto é S3;

- o vértice de A3 não é nítido: se A3 é constituído por um número par de pontos, S3 é um vértice fictício situado entre os dois pontos medianos.

A horizontalidade do eixo à medida com a grelha C: o vértice de C coincide com S, uma horizontal da grelha com o bordo superior da folha: o eixo é considerado como sendo horizontal se S3 estiver situado no interior do ângulo c, ou, com todo o rigor, sobre um lado de C (ver ex. 8; nenhum ponto é considerado se a reprodução for invertida a 180º).

Ex: 8a (-) Ex: 8b (-)

Ex: 8c (-) Ex: 8d (+)

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Item 7: Nota 3: Os quatros pontos do eixo estão alinhados.

Este aspecto só é tomado em atenção se o número de pontos for correcto para todos os ângulos (a nota é concedida para o item 5). S1 é o vértice do ângulo A1, S2 é o vértice do ângulo A2. Exige-se que S, S1, S2 e S3 não tenham um diâmetro superior a 4mm.

O alinhamento é considerado como correcto quando S1 e S2 estão situados num todo ou em parte no interior da zona, determinada pelas tangentes comuns exteriores a S e S3 (ex. 9a). Uma tangência é tolerada, ou 2 do mesmo lado (ex. 9b), mas não duas tangências de um e de outro lado (ex. 9d).

Materializa-se uma tangente, depois a outra com a ajuda de uma direita da grelha B (cf. fig. II, item 6, onde o critério é o mesmo).

Ex: 9a (+) Ex: 9b (+)

Ex: 9c (-) Ex: 9d (-)

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Item 8: Nota 3: Equidistância sobre o eixo (ver ex. 1c).

Este aspecto só pode ser encarado se a nota for atribuída para o item 7. Mede-se, com a ajuda da grelha B, as distâncias SS1, S1S2, S2S3.

A margem de tolerância para considerar que estas distâncias são iguais, tem em conta o valor destas mesmas distâncias: por exemplo, para SS1, medindo cerca de 1 centímetro, toleram-se diferenças de 1 milímetro; para SS1, medindo 0,5 cm, a margem apenas será de 0,5mm.

Ex: 10a (+) Ex: 10b (+)

Ex: 10c (-) Ex: 10d (-)

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Item 9: Nota 3: Simetria (ver ex. 11 e 12).

As quatro condições seguintes devem ser respeitadas:

- a nota foi concedida para o item 7 (pontos alinhados do eixo); - distâncias iguais entre os pontos, no interior de um ângulo (avaliação sem

instrumentos); - o eixo é a bissectriz de três ângulos: A1, A2 e A3, estes são abertos igualmente de

um lado e do outro do eixo; - o número de pontos igual de um e de outro lado do eixo.

Ex: 11a (+) Ex: 11b (+)

Ex: 12a (-) Ex: 12b (-)

Comentário dos casos de insucesso:

12a: o eixo não é a bissectriz dos ângulos.

12b: os pontos do ângulo A2 não são equidistantes.

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MODELO V

1. Descrição do modelo

7 (V)

O modelo é constituído por dois hexágonos secantes.

Um está em posição vertical, o outro em posição oblíqua; o ângulo de inclinação mede 38º. Os dois hexágonos idênticos medem 40mm de comprimento e 15mm de largura.

Eles comportam um ângulo que se encontra no vértice superior do hexágono vertical (A), e no vértice inferior do hexágono oblíquo, sendo A o hexágono em posição vertical e B o hexágono em posição oblíqua.

A secância é determinada da seguinte forma: o ângulo do vértice superior e ângulo superior direito do hexágono B fica no interior do hexágono A; o ângulo superior esquerdo do hexágono A fica no interior do hexágono B.

As rubricas utilizadas são: - a forma, - relações de proximidade/separação, - orientação geral, - orientação precisa, - dimensões.

2. Critérios de Cotação

Geral:

Hexágono A: um ângulo suprimido ou mal reproduzido: um único ângulo é suprimido ou mal reproduzido, mas não invertido. Comentário dos reveses: a, b, c - um único ângulo mal reproduzido; d, f - um ângulo mal reproduzido e um ângulo invertido; e - dois ângulos suprimidos.

Orientação correcta dos dois hexágonos: o hexágono A está disposto na vertical; o hexágono B, colocado à esquerda do hexágono A, é reproduzido numa posição globalmente oblíqua em relação a este último.

Secância correcta: o ângulo do vértice e o ângulo superior direito do hexágono B estão no interior do hexágono A; o ângulo superior esquerdo do hexágono A está no interior do hexágono B.

Hexágono A igual ao modelo: interior da grade F.

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Detalhada:

MODELO V – Número de itens: 6. Máximo de pontos: 16. Item 1: Dois níveis de boa execução. 1a. Nota 2: hexágono A correcto (ver ex. 1).

O hexágono A (vertical) compreende 6 ângulos correctamente reproduzidos.

Não se tem em conta: - o aspecto ligeiramente menos acentuado dos ângulos; - a hipermetria, ou de um ligeiro afastamento entre os lados que formam o ângulo; - o aspecto rectilíneo ou não dos lados.

Ex: 1 (+) a b c d e f

1b. Nota 1: hexágono A: um ângulo suprimido ou mal reproduzido.

Um só ângulo é suprimido ou mal reproduzido, mas não invertido (ver ex. 2 e 3).

Ex: 2 (+) a b c d e f

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Ex: 3 (-) a b c d e f

Comentário dos casos de insucesso: a, b, c: um só ângulo mal reproduzido, mas invertido. d, f: um ângulo mal reproduzido e um ângulo suprimido. e: dois ângulos suprimidos. Item 2: Dois níveis de boa execução. 2a. Nota 3: Hexágono B correcto.

Os mesmos critérios utilizados para o item 1 a, no que diz respeito ao hexágono A.

2b. Nota 1: hexágono B: um ângulo suprimido ou mal reproduzido. Os mesmos critérios utilizados para a boa execução parcial (item 1b) do hexágono A.

Item 3: Nota 2: Orientação correcta dos dois hexágonos. 1- o hexágono A está disposto verticalmente: pelo menos os dois lados (ex. 4a, 4c,

4e) ou então, pelo menos, um dos lados e a direita virtual unindo os vértices superior e inferior (ex. 4b, 4d) são paralelos ao lado pequeno da folha de desenho (limite de tolerância 5º, utilizar a grelha C).

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Ex: 4 (+) a b c d e

Ex: 5 (-) a b c d e f

2- o hexágono B, colocado à esquerda do hexágono A, está reproduzido numa posição globalmente oblíqua relativamente a este último (e não em relação à folha do protocolo).

Nota 1: Não se tem em consideração a forma dos dois hexágonos, na medida em que, as suas reproduções permitem a utilização dos critérios acima indicados para a avaliação da orientação. Nota 2: Não se tem em conta a relação da secante, na medida em que os dois hexágonos são reproduzidos (ver ex. 4 e 5).

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Comentário dos casos de insucesso: a: impossibilidade de avaliar a orientação do hexágono A. b, c: hexágono A não vertical. d: não se distinguem hexágonos. e: hexágono A horizontal. f: hexágono B vertical. Item 4: Dois níveis de resultado. 4a. Nota 3: Secância correcta.

O ângulo do vértice e o ângulo superior direito do hexágono B estão no interior do hexágono A; o ângulo superior esquerdo do hexágono A está no interior do hexágono B.

Aqui supõe-se que os três ângulos em questão podem ser distinguidos.

4b. Nota 2: Secância.

Existe uma secância entre os dois hexágonos, mas ela não respeita as condições

acima.

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Item 5: Nota 3: Hexágono A igual ao modelo. A nota só é concedida se uma nota for atribuída para o item 1a ou 1b.

A reprodução deve estar inteiramente contida no interior da zona delimitada pela grelha F (ver ex. 9 e 10).

Ex: 9 (+) a b c

Ex: 10 (-) a b c

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Item 6: Nota 3: Hexágono B igual ao modelo. A nota só é concedida se uma nota for atribuída para o item 2a ou 2b (utilizar a grelha F; cf. exemplos 9 e 10 dados para o hexágono A).

As mesmas condições já referidas para o hexágono A.

Análise dos resultados

- Comparação do nível obtido neste teste e do nível mental global.

- Análise da pontuação global, por comparação aos êxitos para cada modelo.

- Avaliação do comportamento da criança. - Aplicação da prova para 4 - 6 anos a crianças com mais de 7 - 8 anos, cujo resultado global seja inferior à norma de 6 anos. Como quase não pode existir influência da aprendizagem, considerar-se-á o melhor resultado das duas aplicações.

Interpretação Qualitativa

Clawson oferece-nos um esquema interpretativo que, apesar de se referir ao Bender composto por nove figuras, pode servir para tirar conclusões na versão Santucci-Percheux, a nível tanto de aspectos emocionais como orgânicos.

Factores organizacionais

Referem-se aos aspectos de disposição das figuras na página usada pelo indivíduo.

Sequência

Arranjo ou ordem das figuras. 1 – Rígida: as figuras são desenhadas numa sequência directa na página. A colocação dos desenhos parece forçada e sem consideração por tamanho ou forma. 2 – Ordenada: sucessão regular de figuras com a excepção da realização de uma inversão (mudança de direcção). 3 – Irregular: mais de uma mudança de direcção mas, mudanças lógicas para possibilitar mais espaço para uma figura. 4 – Confusa: não são desenhadas mais do que três figuras em sequência e as restantes estão espalhadas pela página. 5 – Figura I no centro com as outras colocadas arbitrariamente à volta (confusa). A ordem do desenho é uma manifestação da abordagem intelectual do indivíduo. As crianças adaptadas normalmente arranjam as figuras numa sequência ordenada ou irregular. A ordem rígida está associada a um funcionamento intelectual rígido. A ordem confusa está associada com desorganização do funcionamento intelectual. O arranjo à volta da figura I está associado com comportamentos de passagem ao acto.

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55

Coesão na página 1 – Tendência de borda: dois terços das figuras são dispostos ao longo da borda vertical de tal maneira que não se estendem além da linha média. A borda do papel parece servir como linha de indicação e de orientação do desenho. 2 – Tendência de topo: dois terços ou mais das figuras estão dentro do terço superior da página. 3 – Tendência de base: dois terços das figuras estão dentro do terço inferior da página. A compressão das figuras numa pequena porção da página reflecte uma personalidade que tende a se retirar do seu ambiente. A criança sente-se ameaçada pelo mundo, tal como o percebe e tem uma necessidade excessiva de se apegar a alguém ou alguma coisa (pode ser indicador de disfunção cerebral mínima e como forma de compensar o transtorno perceptual usando a borda da página como ponto de referência). Uso do espaço branco

Outras formas não habituais de usar o espaço: 1 – Arranjo expansivo: as figuras são espalhadas amplamente pela página com uma grande separação entre as mesmas. Indica uma criança activa com sentimentos agressivos e rebeldes. 2 – Uso de mais do que uma página: está relacionado com a expansão do desenho. Indica uma criança activa, auto centrada e agressiva que tende a agir de acordo com os seus impulsos para gratificação imediata das suas necessidades (pode indicar psicopatia). 3 – Papel mudado de orientação. Comportamento de passagem ao acto e expressão de negativismo indica crianças resistentes e rebeldes. Modificação do tamanho da figura

A alteração de tamanho diz respeito a flutuações de pelo menos um quarto do tamanho dos estímulos padrão. 1 – Tamanho da figura aumentado: quando mais de metade das figuras apresentam um aumento no eixo vertical ou horizontal. Transformação no contrário da ansiedade (formação reactiva) através de uma supercompensação e expansibilidade do humor, característico de crianças expansivas e actuantes. 2 – Tamanho da figura diminuído: quando mais de metade das figuras apresentam uma diminuição. Revela pobreza de impulsos. Característico de uma criança inibida, que se sujeita ao controlo adulto e reprimiu os seus impulsos e a sua responsividade emocional. 3 – Tamanho da figura irregular: aumento ou diminuição progressiva do tamanho das figuras ou, pelo monos, uma figura muito grande. Um aumento do tamanho das figuras está associado a comportamento lábil, baixa tolerância à frustração, comportamento rápido e descontrolado aos estímulos. Pode revelar propensão a explosões de raiva com leve provocação. Quando existe uma diminuição progressiva pode revelar tendência a internalizar a ansiedade que pode ser acompanhada de conversão da ansiedade a reacções somáticas.

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Modificação da forma (Gestalt)

Fechamento

Refere-se à reprodução, sem coincidência parcial da união da figura total ou de qualquer sub-parte da mesma. Pode apresentar os seguintes desvios:

1. Quebra de contornos; 2. Trespasse no ponto de junção; 3. Pequena separação de sub-partes; 4. Penetração de uma sub-parte por outra; 5. Deslocamento de uma sub-parte; 6. Absorção do vértice de uma sub-parte por outra.

Se cerca de metade das figuras apresentam os desvios descritos pode-se dizer

que o protocolo demonstra dificuldades de fechamento. Estes desvios são vulgares em crianças adaptadas.

Estas dificuldades são expressão de medo ou excessivo atrito nas relações interpessoais, podem indicar que a criança nunca teve uma relação satisfatória com um adulto significativo: privação emocional.

Simplificação Uso de conceitos menos maduros na reprodução das figuras. A figura é

considerada imatura quando é típica de uma idade mental abaixo da idade da criança. Os desvios têm que estar presentes em, pelo menos, três unidades para que seja considerada regressiva:

1 Uso de círculos, traços ou vírgulas em vez de pontos ou laçadas; 2 Uso de pontos por laçadas; 3 Uso de arcos em vez de ângulos nítidos.

As figuras compostas por linhas apresentam simplificação quando: 1. A idade mental equivalente da forma básica está abaixo da idade mental

da criança; 2. A junção das sub-partes não se aproxima da apropriada para a idade

como é apresentada no quadro maturacional. Os sinais regressivos aparecem tanto em protocolos normais como de crianças

perturbadas ou com distúrbio orgânico, a quantidade é que faz a diferença (mais de duas figuras).

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57

Rotação

Rotação da figura total sobre o seu eixo (mais de 15 graus). As crianças perturbadas emocionalmente apresentam mais pequenas rotações

(15 a 25 graus) que as crianças normais. Rotações no sentido dos ponteiros do relógio parecem indicar afecto embotado e pobreza de impulsos. As rotações no sentido inverso parecem indicar expansibilidade e por vezes oposicionismo. Uma rotação de 90 a 180 graus, a partir dos oito anos, é sugestiva de organicidade.

Mudança de angulação

Mudança maior de 15 graus no tamanho de qualquer ângulo. Na figura II, a partir dos 10 anos, a presença de colunas verticais sugere a falta

de expressão manifesta de sentimento ou embotamento de afecto. A presença de arqueamentos inusitados indica autocentramento.

Métodos de trabalho

Rasura

A criança com desenvolvimento normal manifesta a necessidade de rasurar. A criança que não manifesta essa necessidade revela auto conceito e motivação pobres. A criança obsessiva manifesta a necessidade de rasura numerosas vezes uma vez que o empenho representa a tentativa de controlar a ansiedade.

Repassamento

Acto de tornar a fazer uma linha ou um ponto feito previamente. As crianças adaptadas fazem-no na tentativa de tornar o desenho mais parecido com o modelo. As crianças perturbadas fazem-no pouco, mas preenchem círculos ou aumentam pontos com repassamento repetido e muitas vezes vigoroso. Isto revela uma tensão excessiva e canais inadequados de expressão como forma de a libertar. Pode revelar imaturidade tanto física como emocional, assim como um atraso perceptual.

Tempo

Os tempos das crianças perturbadas são mais curtos, excepto para a criança obsessiva (mais ou menos 6 minutos).

Qualidade da linha

O esboço, no sentido de linhas repetidas, curtas, sobrepostas, é, habitualmente, associado a ansiedade e auto conceito pobre. Crianças que produzem linhas quebradas ou com trespasses podem apresentar problemas nas relações interpessoais. Linhas com tremores grosseiros são mais sintomáticas de factores orgânicos.

Page 59: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

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Figuras emolduradas

Consiste em molduras em torno das figuras. O uso de linhas para separar as figuras é uma maneira da criança expressar

insegurança e ansiedade. Envolve sentimentos de inadequação em relação às exigências feitas pelos adultos e pode conduzir ao isolamento.

Transtornos Neuropsicológicos

Nem todas as crianças com transtornos do S.N.C. irão deformar as reproduções dos modelos.

Os desvios grosseiros não são característicos apenas de crianças com lesão cerebral, pois crianças psicóticas e deficientes mentais também podem apresentam rotações, colisões e fragmentações. No entanto, a maioria dos protocolos fornecem informações sobre o teste da realidade e da idade mental, cabendo ao psicólogo formular ou rejeitar essa hipótese através desse diagnóstico diferencial.

Se aparecerem quatro ou mais desvios, o psicólogo pode formular, com confiança, que a criança possui um transtorno do S.N.C.

Os desvios são os seguintes: 1 Simplificação de uma ou mais figuras num nível de três ou mais anos

abaixo da idade mental da criança; 2 Fragmentação de uma ou mais figuras; 3 Colisão de uma figura com outra ou com a borda do papel; 4 Rotação igual ou maior do que 90 graus de uma ou mais figuras; 5 Número incorrecto de unidades em três ou mais figuras; 6 Perseveração de um tipo de unidade de figura em figura; 7 Má qualidade da linha; 8 Vírgulas e/ou traços em duas ou mais figuras.

Simplificação

Quando a criança é incapaz de reproduzir o modelo ou não tem vontade de dispender energia, produz uma versão simplificada do estímulo. Esta versão simplificada pode ser devida a resistência e à hostilidade ou a causas fisiológicas. Neste último caso, a criança pode demonstrar confusão e indecisão, esforço e verbalizar as suas dificuldades.

A diferenciação entre as razões da simplificação baseia-se no grau e extensão do desvio.

Fragmentação

Montagem das sub-partes do estímulo de forma separada. À simplificação extrema da forma total com nas sub-partes, chama-se fragmentação. A criança separa as partes sem parecer ter tentado ou pretendido fazer a conexão. Esta alteração introduz a possibilidade de transtorno cerebral, deficiência mental ou processo psicótico. A diferença com as dificuldades de junção é que nestas houve algum esforço para fazer a conexão tangencial ou coincidente.

Page 60: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

59

Colisão

Encontro de duas figuras ou de uma figura com a borda da página. É encontrada nos protocolos de crianças impulsivas, activas, psicóticas ou com transtornos do S.N.C. Indica um sério defeito da individuação. No caso de lesão cerebral, o psicólogo fica com a sensação que a criança excluiu toda a percepção visual excepto a do estímulo perdendo a perspectiva. A colisão é um indício de transtorno do S.N.C., mas uma só não é suficiente para essa conclusão.

Rotação

Uma rotação grosseira (90 a 180 graus) é indicadora da possibilidade de perturbações de identidade ou lesão cerebral. Só uma rotação pode ser um fracasso momentâneo mas, nesse caso, a criança menciona o seu erro e presta-se a fazer o desenho correctamente.

Número incorrecto de unidades

Refere-se à perseveração ou à mutilação por aumento ou diminuição de unidades. É necessário um erro de duas ou mais unidades em três ou mais figuras. Encontra-se com alguma frequência em crianças com dificuldades de leitura ou com patologia do S.N.C.

Perseveração

A anterior é considerada como perseveração dentro da figura. A perseveração de figura a figura pode ser descrita como um atraso do estímulo, ou transporte do elemento mnésico para um segundo desenho. Aparece mais frequentemente nas crianças com transtornos do S.N.C..

Qualidade da linha

Irregularidades como tremor grosseiro do braço ou da mão, dificuldades em executar os cantos, as linhas rectas e curvas tornam-se onduladas. Estas características levantam a questão quanto à possibilidade de um transtorno do S.N.C..

Traços e vírgulas

Quando substituem pontos, e depois dos oito anos pode ser indício de que o desenvolvimento percepto-motor está atrasado por comprometimento do S.N.C. Podem ser executados por crianças impulsivas, não colaborantes, que não se preocupam com a precisão.

Estes desvios são encontrados mais frequentemente em crianças com incapacidades orgânicas do que em qualquer outro grupo clínico.

Page 61: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

60

Indicadores Emocionais de Koppitz

1 Expansão: uso de mais do que uma folha - impulsividade e passagem ao

acto;

2 Linha ondulada: duas ou mais mudanças abruptas na direcção das linhas

de pontos – instabilidade na coordenação motora e na personalidade por

factores orgânicos ou emocionais;

3 Repassamento: todo o desenho repassado ou reforçado – impulsividade,

agressividade, possível passagem ao acto;

4 Ordem confusa: figuras espalhadas arbitrariamente na página – fraca

capacidade de planeamento e de organização do material, confusão

mental;

5 Tamanho pequeno: tamanho da metade do modelo em ambas as

direcções, na figura ou nas sub-partes – ansiedade, retraimento,

constrição, introversão;

6 Segunda tentativa: abandono do desenho ou de parte do mesmo, sem

haver terminado, e realização de segundo desenho noutra parte da folha –

impulsividade, falta de controlo, ansiedade.

Indicadores Emocionais conforme compilação de Groth-Marnat

1 Perseveração: disposição rígida, comum em personalidades compulsivas,

mau controlo de impulsos e teste da realidade comprometido, dificuldade

de planeamento e má concentração.

2 Rotação: grau severo de disfunção, possível psicose, tendências

oposicionistas, má capacidade de atenção e capacidade limitada para a

aprendizagem.

3 Concretismo: estados regressivos, dificuldades de pensamento abstracto

(representação de um objecto concreto em vez da figura estímulo).

4 Acréscimo de ângulos: má coordenação visuo-motora, insegurança e

hesitação.

5 Superposição: insegurança e dúvida compulsiva, potencial para a

actuação agressiva.

Page 62: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

61

6 Distorção: capacidade comprometida para abstrair e formar categorias

revelando perturbação severa. (perda da forma por destruição da

configuração).

7 Embelezamento: intensa preocupação com necessidades interiores,

intensa ansiedade e dificuldade de concentração (acréscimo de linhas que

não se enquadram na configuração com intenção estética).

8 Omissão: dificuldade de síntese e de integração, perturbação da

coordenação de actos motores, ruptura de funções do Ego.

9 Abreviação: possível negativismo e/ou baixa tolerância à frustração

(redução do número de unidades).

10 Falta de fechamento: ansiedade, hesitação, dúvida sobre si mesmo,

dificuldade em terminar tarefas, relações e difíceis e provocadoras de

ansiedade, comportamentos de passagem ao acto e agressão.

11 Expansão: controlo emocional insuficiente, impulsividade, actos

agressivos, expansividade compensatória de sentimentos de inadequação.

12 Redução do tamanho. Sentimentos de inadequação, insegurança,

tendência ao retraimento e constrição emocional.

13 Arranjo rígido, metódico: rigidez e meticulosidade, tentativa de criar um

sentimento de segurança com sentimentos subjacentes de vulnerabilidade

e inadequação.

14 Arranjo confuso, caótico: fortes sentimentos de ansiedade, desorientação,

má compreensão e julgamento comprometido.

15 Arranjo constrito, comprimido: depressão, insegurança e sentimentos de

inferioridade.

Page 63: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

62

Tabelas

PONTUAÇÕES TOTAIS

Idade Mediana Dispersão V.d.g.2

(Q1 - Q3)

6 anos 21,5 16 - 27

1,78

7 anos 32 25,5 - 38

1,14

8 anos 39 33 - 45

1,33

9 anos 46,5 41,5 - 53

1,15

10 anos 53 47 - 59

1,09

12 anos 59 54 - 64

0,80

14 anos 63 57 - 67

TABELA DE DIFERENÇAS DE RESULTADOS ENTRE RAPAZES E RAPARIGAS

Rapazes Raparigas

Idade

Q1 Méd Q3 Q1 Méd Q3

6 anos 17 22,5 27,5 12,5 20 26,5 7 anos 29 34,5 40 24,5 32 36 8 anos 33 40 48 32,5 36,5 43 9 anos 41 48,5 55,5 41 45 50 10 anos 47,5 52 58 47 53 59,5 12 anos 52 58 61 56 61 67 14 anos 56 62 67 57 63 67

Page 64: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

63

TABELA DE RESULTADOS PARA OS CINCO MODELOS

Mod. I Mod. II Mod. III Mod. IV Mod. V (Máx. 15

pontos) (Máx. 16 pontos)

(Máx. 12 pontos)

(Máx. 22 pontos)

(Máx. 16 pontos)

Idade Q1 Méd

Q3 Q1 Méd

Q3 Q1 Méd

Q3 Q1 Méd

Q3 Q1 Méd

Q3

6 anos 2 4 5 3 5 6,5 3 5 7 3 5 7 1 3 4,5 7 anos 4 7 9 5 7 8 5 6 8 5 7 9 2 5 8 8 anos 5 8 10 6 8 10 6 8 9 6 9 12 4 6 9 9 anos 6 9 11 8 8 11 8 10 11 7 9 13 6 8 12 10 anos 8 10,5 12 8 10 12,5 8 11 12 8,5 12 15 8 12 14 12 anos 9 11 12 10 11,5 13 9 12 12 10 15 18 11 13 15 14 anos 9 11 12 10 13 13 9 11 12 13 16 19 12 14 15

Page 65: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

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Escala de Maturação

Escala de maturação, referente aos nove modelos originais (no Bender Santucci-Percheux só interessam os modelos: A, 2, 3, 4 e 7).

Page 66: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

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Modelos para aplicação

1

2

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66

3

4

Page 68: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

67

5

Page 69: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

68

Grelha de Cotação

Page 70: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

69

FOLHA DE COTAÇÃO

I 1 a

1 b

1 c

2

3 a

3 b

4

5

6

Quadrado de ponta, bastante

correcto.

Rectângulo, losango,

paralelogramo, trapézio

rectangular................................

Quadrilátero irregular

.............................

Eixo horizontal

.......................................

Tangência correcta

.................................

Quase-Tangência

....................................

Ponto de tangência no eixo

....................

Círculo igual ao modelo

.........................

Quadrado igual ao modelo

.....................

Total (máx. 15)

Tipos de revés:

3

2

1

2

2

1

2

3

3

IV 1

2

3 a

3 b

4 a

4 b

5

6

7

8

9

Maioria de pontos

...................................

Ângulo A1 correcto

................................

Ângulo A2 correcto

................................

Ângulo A2 curvo

....................................

Ângulo A3 correcto

................................

Ângulo A3 curvo

....................................

Número correcto de pontos em

todos os ângulos

...................................................

Eixo inclinado de 0 a 5º

..........................

Os 4 pontos do eixo estão

alinhados ......

Equidistância no eixo

.............................

Simetria

..................................................

Total (máx 22)

Tipos de revés:

2

1

2

1

3

2

2

3

3

3

3

II 1

2

3

4

5

6

7

8

10 elementos

...........................................

Nenhum contacto entre círculos

de um elemento

.................................................

Todos os elementos inclinados

para a esquerda

..................................................

Paralelismo dos elementos

.....................

Eixo horizontal

.......................................

Alinhamento dos círculos

superiores .....

2

1

2

3

2

1

2

3

V 1 a

1 b

2 a

2 b

3

4 a

4 b

5

6

Hexágono A correcto

.............................

Hexágono A: um ângulo

suprimido ou mal reproduzido

.....................................

Hexágono B correcto

..............................

Hexágono B: um ângulo

suprimido ou mal reproduzido

.....................................

Orientação correcta dos

hexágonos ........

Secância correcta

....................................

2

1

3

1

2

3

2

3

3

Page 71: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

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Alinhamento dos círculos

inferiores ......

Comprimento total ≥ 8 cm

.....................

Total (máx. 16)

Tipos de revés:

Secância

..................................................

Hexágono A igual ao modelo

.................

Hexágono B igual ao modelo

.................

Total (máx. 16)

Tipos de revés:

III 1

2

3

4

5

6 a

6 b

7

Dois ângulos de 90º

................................

Mesmo nível de segurança dos

lados .....

Curva bem executada

.............................

Direcção bem sucedida

..........................

Colocação correcta da curva

..................

Ponto de tangência correcto

...................

Tangência

...............................................

Quadrado igual ao modelo

.....................

Total (máx. 12)

Tipos de revés:

3

1

1

1

1

2

1

3

Pontuação total (máx. 81):

Apreciação dos tipos de revés:

- Reveses normais por idade real:

- Reveses atípicos:

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Capítulo IV

Módulo WISC – III

Page 73: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

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1. Introdução

A WISC – III, é um instrumento de diagnóstico de grande utilidade, tendo sido largamente utilizados na avaliação educativa e valorização das aprendizagens e (in) capacidades das crianças.

A grande novidade da WISC reside na possibilidade de analisar os resultados à luz de três índices factoriais, que complementam a informação retirada a partir dos QIs Verbais, de Realização e da Escala Completa sendo eles: Compreensão Verbal, Organização Perceptiva e Velocidade de Processamento.

As modificações introduzidas, relativamente à WISC-R só vieram tornar a prova mais atraente para a criança e de fácil utilização para o psicólogo, permitindo elaborar um trabalho clínico mais discriminativo e enriquecido.

2. Conceito de Inteligência Wechsler, considerou que a inteligência manifestava-se de varias formas, sendo

concebida como um todo, ou seja, é “a capacidade global do indivíduo para actuar finalizadamente, pensar racionalmente e proceder com eficiência em relação ao meio” (Wechsler, 1944).

Na realidade, todos os testes de inteligência medem algo mais que meras aptidões intelectuais, assim como qualquer outro aspecto da mesma (verbal, raciocínio, numérico, etc.).

Os subtestes da WISC-III foram seleccionados de forma a abrangerem uma

diversidade de aptidões mentais, reflectindo assim o funcionamento intelectual global do indivíduo, invocando as várias faces da inteligência, como por exemplo, raciocínio abstracto, memória, determinadas capacidades perceptivas, etc.

Em suma, a inteligência faz parte de um todo mais amplo, a própria

personalidade. Assim, a inteligência não pode ser separada do resto da personalidade.

Contudo, as escalas de Wechsler, como instrumentos de psicodiagnóstico, mostram todo o interesse e utilidade quando o psicólogo clínico administra a sua atenção para factores não intelectuais que modificam e afectam os resultados da criança, considerando em toda a avaliação a inteligência.

Assim, o examinador deverá ter o cuidado de distinguir, no momento da interpretação, entre os resultados dos subtestes ou dos QIs, por um lado, e a inteligência por outro.

Page 74: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

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4.Organização da Escala

A WISC-III é um instrumento clínico de administração individual, que avalia a inteligência de sujeitos com idades compreendidas entre os 6 anos e os 16 anos e 11 meses.

A WISC-III inclui um novo subteste designado por **Pesquisa de Símbolos. A WISC-III contém algumas modificações ao nível dos materiais e dos

procedimentos de administração, tendo como objectivo tornar a administração desta mais atraente para a criança.

Quanto à analise de resultados, o desempenho dos sujeitos pode ser resumido em três resultados, referentes a QI Verbal, QI de Realização e QI da Escala Completa, cuja análise determina a qualidade do desempenho do individuo relativamente a um conjunto de aptidões intelectuais.

Ainda existem três índices complementares identificados a partir da analise dos resultados no conjunto dos subtestes.

Os índices são designados por: “Índices Factoriais”, que correspondem aos seguintes resultados:

O Índice de Compreensão Verbal está directamente relacionado com o domínio verbal da prova, tornando-se uma medida valida de substituição, caso o QI Verbal não possa ser interpretado.

Também, o Índice Organização Perceptiva poderá substituir o QI de Realização uma vez que é composto por subtestes que incidem nas áreas não verbal da prova.

No que diz respeito, ao Índice da Resistência à Distracção e ao Índice Velocidade de Processamento, associando também ao domínio verbal e não verbal respectivamente.

A WISC-III inclui doze subtestes, em que dois são opcionais (*Memória de Dígitos e *Labirintos).

A aplicação alternada dos subtestes (Verbais e de Realização) tem como objectivo manter o interesse da criança ao longo da administração da Escala. Estes subtestes encontram-se nos slides em baixo, divididos pelas duas escalas e numerados pela ordem da sua aplicação.

5.Administração da Prova

O principal objectivo da WISC-III é a avaliação do desempenho cognitivo da criança ou do adolescente, de acordo com um conjunto de condições bem definidas.

Esta Escala obedece a um conjunto de procedimentos de aplicação

estandardizados, mas não significa que tenha de ser administrada de forma rígida ou artificial, sendo essencial adoptar um tom natural de conversação, encorajar o interesse das tarefas e reforçar os esforços das crianças, assim estes comportamentos do examinador, ajudam a conseguir uma situação de avaliação mais coerente, agradável e bem estruturada.

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6.Tempo de Administração

Para a administração dos dez subtestes obrigatórios são necessários aproximadamente 60 a 90 minutos. Se optar por aplicar os subtestes opcionais são necessários mais 10 a 15 minutos.

O examinador deve tentar aplicar a Escala toda numa única sessão. Se tal não for possível, por exemplo, devido à fadiga ou à reduzida motivação da criança, a avaliação deve ser interrompida e de seguida, acordar com o examinador uma data para a finalização da mesma.

O intervalo entre as duas sessões não deve ser superior a uma semana. Uma

segunda sessão não devera servir para como justificação para a redução dos subtestes a administrar, pois deste modo, os resultados obtidos apenas permitirão fazer uma avaliação parcial das aptidões das crianças.

7.Condições Físicas de Administração

Esta Escala deverá ser administrada num local calmo e longe de distracções exteriores, que seja adequado à avaliação; com iluminação e ventilação adequada, sendo estas condições determinantes para uma eficiente administração da WISC-III.

Tanto a criança como o examinador deverão sentar-se numa cadeira confortável e adequada à sua estatura.

O examinador deverá sentar-se em frente à criança, uma vez que as ilustrações do Manual e da Folha de Registo partem deste pressuposto.

Esta posição permite ainda ao examinador a observação do comportamento da

criança durante a realização das tarefas. Os materiais deverão ser colocados fora do alcance da visão da criança antes da

sua aplicação e após esta serem novamente retirados, pelo que se aconselha a utilização, por exemplo, de outra cadeira para serem colocados.

O único material a permanecer sempre na mesa e à vista da criança será a folha

de respostas e uma caneta para a anotação dos resultados.

Page 76: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

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8.Constituição da WISC-III

Manual; Folha de Registo, que inclui folha de respostas para o subteste Código (Parte A e

B); Caderno de Estímulos, que inclui os itens para os subtestes Complemento de

Gravuras, Aritmética e Cubos; Caixa com 15 conjuntos de cartões, que se destinam ao subteste Disposição de

Gravuras; Cartões branco, para utilização no item 3 do subteste Aritmética; Cartões com problemas de aritmética, para utilização dos itens 17 a 24 do

subteste Aritmética; Caixa com 9 cubos; 6 Puzzles para o subteste Composição de Objectos; Cartão de apresentação do subteste Composição de Objectos, também designado

como biombo: trata-se de um cartão que se coloca na posição vertical e onde está impresso o modo estandardizado de apresentação das peças de Composição de Objectos;

Caderno de Pesquisa de Símbolos (Parte A e B); Caderno de Labirintos; Grelhas de correcção para o subteste Código; Grelhas de correcção para o subteste Pesquisa de Símbolos. O examinador deverá ter apenas dois lápis sem borracha e um cronómetro.

9.Sugestões para Sessões de Avaliação

O examinador deve organizar a sessão de modo a que:

a) A folha de Registo e o Manual devem estar dispostos de modo que não possam ser vistos pela criança;

b) O examinador deve guardar os materiais na pasta, quando estes já não são

necessários;

c) O cronómetro deverá funcionar silenciosamente e permanecer fora do alcance visual da criança, podendo ser colocado por exemplo, sobre o colo do examinador.

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10.Descrição de todas as provas

COMPLETAMENTO DE GRAVURAS

IDADES ITENS DA PROVA PARTES DA PROVA 6-7 ANOS 1. Pente Dente (Dentes) 2. Mulher Boca, Lábios 3. Raposa Orelha 4. Mão Unha. Verniz da unha 8-16 ANOS 5. Gato Bigodes 6. Espelho Imagem da boneca (se diz “boneca” dizer:

“Assinala o que dizes”) 7. Relógio O número 8 8. Elefante Pata, Pé 9. Escadote Degrau 10. Cómoda Puxador 11. Cinto Buraco (buracos) 12. Homem Narina, parte do Nariz 13. Porta Gonzo, dobradiça 14. Jogo Copa do Centro (se diz “copa”, dizer: “assinala o

que dizes”) 15. Criança

Peúga, Meia

16. Casaco Casas 17. Homem Correia do relógio 18. Tesoura Parafuso 19. Menina Orelha 20. Parafuso Ranhura, Fenda, Linha, Greta 21. Vaca Fenda, separação da úngula 22. Termómetro Mercúrio. Álcool. O álcool do depósito (Se diz

“álcool” ou “mercúrio”, dizer “Assinala o que dizes.)

23. Casa Sombra da árvore (Se diz “Sombra” dizer: “assinala o que dizes”)

24. Telefone O número 1 25. Perfil Sobrancelhas 26. Guarda - Chuva Varetas. Tensores

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SEMELHANÇAS

Início / Fim da Prova : Para todas as idades começar no item 1. Fim depois de 3 erros consecutivos.

Instrução : “Em que se parecem uma roda e uma bola?” Se responder errado, dizer “As duas são redondas, as duas rodam. Agora diz-me em que se parece uma vela e uma lâmpada?” Se responder errado “As duas iluminam, as duas dão luz” Depois passar ao item 3 mas já não se dá ajuda.

Para todas as idades começar no item 1. Nos itens 5 e 6 dar ajuda se a criança

não apontar uma característica com pontuação 2, dizendo:

“Sim, está certo, as duas comem-se e também são dois frutos”

Se a resposta for ambígua: “Explica-me o que queres dizer”. Sempre que se faça uma indicação deste tipo colocar (P) no caderno de

anotações e anotar-se a Resposta da criança.

Se a criança der uma resposta de 1 ponto ao item 15, diz-se: “Em que outra coisa parecem os números 49 e 121?”

ITENS DA PROVA

1. Roda – Bola 2. Vela – Lâmpada 3. Piano – Guitarra 4. Camisa – Chapéu 5. Maçã – Banana 6. Gato – Rato 7. Cerveja – Vinho 8. Telefone – Rádio 9. Cotovelo – Joelho 10. Metro – Quilo 11. Cólera – Alegria 12. Tesoura – Frigideira 13. Montanha – Lago 14. Primeiro – Último 15. Os números 49 e 121 16. Sal – Água 17. Liberdade – Justiça

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DISPOSIÇÃO DE GRAVURAS Início / Fim da Prova :

6 – 7 anos – Começa-se no item exemplo PESO e depois passa-se ao item 1 - COMBATE. 8 – 16 anos - Começa-se no item exemplo PESO e depois passa-se ao item 3 - FOGO. Se falhar a 1ª tentativa passa-se aos itens 1 e 2. Fim depois de 3 erros consecutivos.

Instrução :

Informar que aquela prova vai ser controlada por um relógio. É preciso ser rápido. Colocar os cartões por ordem numérica e da direita para a esquerda (do examinador). Contar a história:

“Estes cartões contam a história de um senhor que se ia pesar numa balança. Mas os desenhos não estão bem ordenados. Tenta ordená-los de forma a que contem uma história com sentido.”

Se a criança não concretizou a tarefa, colocar na ordem correcta, contando a

história.

“Primeiro o senhor pára diante da balança, depois pesa-se e finalmente vai-se embora”

Deixa-se a criança observar a sequência correcta durante 10 segundos. Retira-se

os cartões e passa-se à aplicação do resto da prova.

COMBATE (6- 7 ANOS)

Colocar os cartões por ordem e diz-se: “Estes desenhos contam a história de um combate de boxe. Porém os cartões não estão bem ordenados. Tenta pô-los por ordem de forma a que contem uma história com sentido.”

Se a criança não ordenar correctamente, corrigir e contar a história. Na sequência (KAO). Deixa-se a criança observar por 10 segundo e colocar de novo por ordem numérica dizendo:

“Agora quero que tentes fazer sozinho. Ordena os cartões por ordem, de forma a que contem uma história com sentido”

Page 80: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

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PIQUENIQUE

Colocar os cartões por ordem e diz-se: “Estes desenhos contam a história de um piquenique no campo. Porém os cartões não estão bem ordenados. Tenta pô-los por ordem de forma a que contem uma história com sentido.”

Se a criança não ordenar correctamente, corrigir e contar a história. Na sequência (CAO). Deixa-se a criança observar por 10 segundo e colocar de novo por ordem numérica dizendo:

“Agora quero que tentes fazer sozinho. Ordena os cartões por ordem, de forma a que contem uma história com sentido”

FOGO (8 – 16 ANOS)

Colocar os cartões por ordem e diz-se : “Estes desenhos contam a história de um fogo. Porém os cartões não estão bem ordenados. Tenta pô-los por ordem de forma a que contem uma história com sentido.”

Se a criança não ordenar correctamente na sequência (FUMO), diz-se:

“Não está completamente certo”

Voltar a colocar os cartões por ordem numérica, depois pega-se no cartão F e coloca-se diante dos outros três, dizendo:

“Este desenho é o primeiro da história, mostra a mãe a zangar-se com o filho por este estar a brincar com os fósforos. Agora coloca o resto dos desenhos para terminares a história.”

PONTE

Colocar os cartões por ordem e diz-se: “Estes desenhos contam a história de uma criança que estava a dar um passeio. Tenta pô-los por ordem de forma a que contem uma história com sentido.”

Se a criança não ordenar correctamente na sequência (POTE), diz-se:

“Não está completamente certo”

Voltar a colocar os cartões por ordem numérica, depois pega-se no cartão P e coloca-se diante dos outros três, dizendo:

“Este desenho é o primeiro da história, mostra uma criança a caminhar á beira de um rio. Agora coloca o resto dos desenhos para terminares a história.”

Page 81: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

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ITENS 5 – 12

“Aqui temos mais alguns desenhos que tens de ordenar. Vou colocá-los diante de ti pondo-os desordenados. Tens de ordená-los para contarem uma história com sentido. Faz o mais rápido que puderes e avisa-me quando tiveres terminado”

ITENS TEMP

O

ORDEM

CORRECTA

5. LADRÃO 45’’ FUGA

6. DORMINHOCO 45’’ HORA

7. ARTISTA 45’’ ARTE

8. VAQUEIRO 60’’ LAÇO

9. LANCHA 60’’ BARCO / ABRCO

10. JARDINEIRO 60’’ PESCA / PSECA

11. MÓVEL 60’’ GOLPE / GOPEL

CHUVA 60’’ CHUVA / CUHVA

Page 82: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

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ARITMÉTICA Início / Fim da Prova :

6 – 7 anos – Começa-se no item 1. 8 – 16 anos – Começar no item apresentado no protocolo. Se não conseguir responder correctamente aos dois primeiros itens aplicados, aplicam-se os anteriores por ordem inversa até acertar 2 consecutivos, sem contar o item que serviu de ponto de partida. Excepção: Os itens 1 – 4 aplicam-se por ordem directa, Assim se numa criança de 8 anos ou mais errar os itens 5 – 6, volta-se ao princípio, desde o 1. Fim depois de 3 erros consecutivos.

Instrução :

Os itens 1 – 15 são lidos directamente à criança. Os itens 16, 17 e 18 são

apresentados em cartões para que a própria criança os leia. Existe tempo limite para cada problema.

“Lê isto em voz alta. Depois resolve-o mentalmente, diz-me a solução quando terminares.” ITEM 16

“Se três pastilhas custam 5 escudos, quanto custam 24 pastilhas”

ITEM 17 “ O António comprou um pião a um amigo por 28 escudos. Pagou 2/3 do que custaria se fosse novo. Quanto custaria um pião novo?” ITEM 18 “O preço de um livro que valia 32 escudos baixou ¼ em Janeiro. O novo preço baixou em Fevereiro para ½.

Qual é o preço depois da segunda redução?”

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CUBOS Início / Fim da Prova :

6 – 7 anos – Começa-se no item 1. 8 – 16 anos – Começar no item 3. Se falhar é-lhe concedida uma 2ª tentativa. Aplicam-se os itens 1 e 2 antes de prosseguir a prova Fim depois de 2 erros consecutivos.

Instrução:

As crianças realizam os itens 1 e 2 copiando directamente dos modelos

construídos pelo psicólogo com os cubos. Para os itens 3 – 11, utilizam-se os modelos do livro.

Se na primeira tentativa 1,2 e 3 terminar o tempo antes da criança completar a prova, é-lhe pedido que realize uma segunda tentativa.

Se a construção apresentar uma rotação superior a 30º, considera-se erro e corrige-se a primeira vez que aconteça dizendo:

“Olha tens que pôr assim”

Início da Prova:

“Olha para estes cubos, são iguais. Têm uns lados vermelhos, outros brancos e outros com metade vermelha e metade branca.”

Vou juntá-los para fazer alguma coisa com eles. Repara bem”

ITEM 1: (Construir o modelo não mostrando o 1º cartão à criança)

Depois mostrando o modelo realizado entrega-se 4 cubos à criança dizendo:

“Agora vais fazer tu um desenho como este. Começa e avisa-me quando terminares”

Se a criança errar, dizer :

Olha eu faço outra vez. Agora tenta de novo e faz de modo a que fique igual ao meu desenho”

ITEM 2: (Construir o modelo não mostrando o modelo 2 à criança)

Depois mostrando o modelo realizado entrega-se 4 cubos à criança dizendo:

“Agora constrói tu um como este. Começa e avisa-me quando terminares”

Se a criança errar, dizer:

Olha eu faço outra vez. Agora tenta de novo e faz de modo a que fique igual ao meu desenho”

Page 84: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

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ITEM 3:

Baralham-lhe os cubos que a criança utilizou e retiram-se os que serviram de modelo. No seu lugar colocar o modelo 3, entrega-se 4 cubos à criança dizendo:

“Desta vez vais tu juntar os cubos de maneira a fazer um desenho igual a este. Olha para o desenho deste cartão e constrói um igual com estes cubos. Começa e avisa-me quando terminares”

Se a criança errar, dizer:

Olha eu faço outra vez. Agora tenta de novo e faz de modo a que fique igual ao meu desenho”

ITEM 3 (8 – 16 anos):

Pegam-se em 4 cubos na mão e dá-se início à prova.

Constrói-se lentamente o desenho, Depois baralham-se os cubos e entregam-se à criança e diz-se:

“Agora faz tu um desenho como este. Começa e avisa-me quando terminares”

Se a criança errar, dizer:

Olha eu faço outra vez. Agora tenta de novo, avisa-me quando acabares.”

ITEM 4 - 11:

Com os quatro cubos baralhados e o cartão 4 à frente da criança diz-se:

“Agora faz tu um desenho como este. Trabalha o mais depressa que puderes. Avisa-me quando terminares”

No item 9 introduzir mais 5 cubos:

“Agora faz um como este utilizando estes nove cubos”

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VOCABULÁRIO Início / Fim da Prova:

6 – 7 anos – Começa-se no item 1. 8 – 16 anos – Começar no item identificado no protocolo. Se não atingir a pontuação máxima nos primeiros 2 itens aplicados, aplicam-se os anteriores em ordem inversa, até que consiga a pontuação máxima em 2 itens consecutivos (sem contar com o item de partida). Fim depois de 5 erros consecutivos.

Instrução:

Começa-se dizendo:

“Vou dizer-te uma palavras. Escuta com atenção e diz-me o que significa cada uma delas.”

Ler as palavras pela ordem apresentada dizendo sempre:

“O que é um (a) ...”ou “O que significa a palavra ... ?”

Se a criança de 6 – 7 anos der uma resposta ao item 1 com pontuação inferior a 2 diz-se:

“Repara, uma faca é algo que corta”

Se existir dúvidas quanto à explicação da criança, poderá dizer:

“Explica-me um pouco melhor. Diz-me algo mais sobre isso”

Sempre que faça uma indicação desse tipo colocar um (P) no caderno de anotações.

IDADES ITENS DA PROVA

6- 7 ANOS 7. Faca 17. Moleza 8. Guarda –

Chuva 18. Obrigar

9. Relógio 19. Disparate 8-10 ANOS 10. Chapéu 20. Retirar 11. Ladrão 21. Arriscado 11 – 13 ANOS 12. Burro 22. Prevenir 13. Bicicleta 23. Eliminar 14 – 16 ANOS 14. Prego 24. Estrofe 15. Valente 25. Espionagem 16. Diamante 26. Jogada 17. Juntar 27. Rivalidade

Page 86: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

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18. Contagioso

28. Louva – a - Deus

19. Alfabeto 29. Aflição 20. Campanári

o 30. Emenda

21. Emigrar 31. Iminente 22. Fábula 32. Dilatação

COMPOSIÇÃO DE OBJECTOS Início / Fim da Prova:

Inicia-se com a aplicação do exemplo e continua-se com o item 1, para todas as crianças. Aplica-se em todos a prova completa.

Instrução:

Prova cronometrada. Deixar completar cada prova até ao fim mas anotar o

número de partes completas correctamente dentro do tempo limite.

EXEMPLO: MAÇÃ

Colocam-se as peças tal como na folha de cartolina (ocultando dos olhos da criança). Depois diz-se:

“Se colocar-mos estas peças juntas de forma correcta obteremos a figura de uma maçã. Vê como eu as ponho.”

Permitir que a criança observe a figura por 10 segundos. Então recolhe-se as peças e prossegue-se para o item 1.

1. MENINA

“Agora, se colocares estas peças correctamente, conseguirás formar a figura de uma menina. Começa a ordená-las e avisa-me quando tiveres terminado”

Se a realização da prova não for correcta, o psicólogo demonstra como se faz:

“Repara, colocam-se assim.”

Não se volta a ajudar.

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86

2. CAVALO

“Esta é a figura cortada de um cavalo. Coloca as peças juntas para que forme um cavalo. Fá-lo rapidamente e avisa-me quando terminares.”

3. AUTOMÓVEL

“Agora ordena estas peças rapidamente, avisa-me quando terminares.”

4. FACE

“Agora ordena estas peças rapidamente, avisa-me quando terminares.”

COMPREENSÃO Início / Fim da Prova:

Inicia-se com o item 1, para todas as crianças. Fim depois de 4 erros consecutivos.

Instrução:

Ler lentamente cada item da prova. É aconselhável repetir a pergunta ao fim de

15 seg. sem resposta. Se a criança tem dúvidas, incentivar com

“Sim” ou “Continua”

Quando a resposta é pouco clara, diz-se:

“Explica-me um pouco melhor” ou “Diz-me algo mais”

Indicar com (P) no caderno de anotações.

Se a resposta no item 1 não alcançar a pontuação de 2 pontos, diz:

“Repara, uma coisa que deves fazer é lavar o dedo com água a sabão. Também podes por um desinfectante, por exemplo mercúrio cromo ou pôr um penso”

Nos itens em que a criança tenha que dar duas respostas para receber a pontuação máxima pede-se uma segunda resposta, dizendo:

“Diz-me outra coisa ...”

Page 88: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

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ITENS DA PROVA:

1. Que deves fazer se te cortares num dedo? 2. Que deves fazer se encontrares uma carteira ou um porta-moedas numa

loja? 3. Que deves fazer se vires que, pela janela do teu vizinho, está a sair

fumo?* 4. Que deves fazer se perderes a bola de um amigo teu? 5. Porque razões necessitamos que haja polícia?* 6. Porque é melhor construir uma casa com tijolos do que em madeira?* 7. Que deves fazer se uma criança mais nova do que tu quiser lutar contigo? 8. Porque se metem os criminosos na cadeia?* 9. Porque é importante que os carros tenham matricula?* 10. Porque é importante que o Governo ponha inspectores que

supervisionem os alimentos nos mercados e matadouros? 11. Porque é, geralmente, melhor dar dinheiro a uma organização de

caridade do que a um pedinte na rua?* 12. Porque é bom fazer as eleições mediante voto secreto? 13. Porque se põem selos nas cartas? 14. Porque se devem cumprir promessas? 15. Porque razão são melhores os livros encadernados em cartolina do que os

encadernados em tecido?* 16. Porque se utiliza frequentemente o algodão para fazer a roupa?* 17. Quais são as vantagens de ter senadores e deputados?*

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CÓDIGO Instrução :

Código A – Crianças com menos de 8 anos.

Código B – Para crianças com mais de 8 anos. É necessário dispor de uma superfície plana, dois lápis vermelhos e cronómetro.

“Olha aqui. Existe uma estrela, um círculo, um triângulo e outras coisas. A estrela tem dentro uma risca que vai de cima para baixo, assim; o círculo... Agora olha para aqui. Existem círculos, triângulos e outras coisas que estão misturados e não têm a mesma marca lá dentro. Tu tens de completá-los desenhando o que falta em cada um deles para que fiquem como estão os desenhos de cima.

Olha aqui... fazer o primeiro item e explicar o porquê.

Agora copia tu os desenhos desta página, até chegares aqui.

Elogia-se o êxito em cada item dizendo:

“Sim, Boa”

Corrigir os itens realizados erradamente e explicar o porquê. Não começar a prova até que a criança compreenda completamente.

Instruções para começar a Prova:

“Agora, quando eu disser para começar, vais completar o resto dos desenhos como fizeste com estes. Começa aqui e faz todos aqueles que puderes, sem saltares nenhum; continua até que eu diga para parares. Faz o mais rápido que puderes e procura não te enganares. Quando acabares uma fila passa para a seguinte e depois as outras. Começa”

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MEMÓRIA DE DÍGITOS Início / Fim da Prova:

Inicia-se com o item 1, para todas as crianças. Fim depois de falhar em 2 tentativas da série.

Instrução:

ORDEM DIRECTA: “Vou dizer-te alguns números. Escuta-me com atenção e, quando eu

terminar, repete-os na mesma ordem que eu disse.”

ORDEM INVERSA:

“Agora vou dizer-te alguns números, mas desta vez quando terminar, tens de repeti-los ao contrário, em ordem inversa. Por exemplo eu digo 9-2-7-, o que é que tu tens de dizer”

Dígitos e Ordem Directa

ITEM 1ª TENTATIVA 2ª TENTATIVA

1 3-8-6 6-1-2

2 3-4-1-7 6-1-5-8

3 8-4-2-3-9 5-2-1-8-6

4

5

6

7

Dígitos e Ordem Inversa

ITEM 1ª TENTATIVA 2ª TENTATIVA

1

2

3

4

5

6

7

Page 91: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

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Conclusão

A realização deste curso de avaliação psicológica em crianças e adolescentes foi

criado com o principal objectivo de dar a conhecer e/ou a melhor aos estudantes e

profissionais da área da psicologia, a forma como se processam todos os procedimentos

de cada Teste acima estudados.

Assim, com esta modalidade, E-Learning tentamos rentabilizar muitas vezes a

falta de tempo do formando para se deslocar à escola de formação para aprender todos

os conteúdos que lhes são essenciais, tornando assim o acesso à aprendizagem mais

rápido e divertido.

Desta forma, esperamos que o Curso tenha sido do vosso inteiro agrado, quer da

sua estrutura, da própria modalidade, e também da vossa aprendizagem e transferência

para a prática clínica, possibilitando assim a vossa participação noutros cursos através

do E-Learning.

Deixamos também aqui, a possibilidade de criarem as vossas próprias sugestões

para que possamos melhorar os próximos cursos.

Page 92: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

91

Bibliografia:

� Aires, J. (2004) Manual da Escala de Inteligência de Wechsler para

Crianças. Editora IPAF, 3ª Edição ;

� Bender, C. (1955) Test Guestaltico Visomotor. Buenos Aires: Paidos;

� Clawson, A. (1979) Bender Infantil, Manual de Diagnóstico Clinico. Porto

Alegre : Editora Artes Médicas Sul Lda ;

� Cunha, J. (1993) Psicodiagnóstico - R. Porto Alegre: Artes Médicas;

� Santucci, H. & Galifred - Granjon, N. (1976) Prova Gráfica de

Organização Perceptiva in Manual para o Exame Psicológico da Criança.

S. Paulo: Mestre Jou ;

� Santucci, H. & Percheux, M. (1968) Epreuve d' Organization Grapho-

Perceptive. Neuchâtel: Delachaux et Niestlé ;

� Raven, J. (1996). Standard Progressive Matrices Sets A, B, C, D & E.

Oxford: Press Ltd;

� Rey, A. (1988). Manual do Teste de Cópia de Figuras Complexas. Lisboa:

Cegoc Tea, Lda, 1º Edição;

� Zazzo, R. (1969) Manual para o Exame Psicológico da Criança.

NeuchAtel: Delachaux et Niestlé.

Page 93: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

92

Anexos:

Page 94: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

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Anexo I:

Módulo 1: Figura Complexa de Rey Tabelas:

Quadro IX Riqueza e exactidão da cópia

Pontuações Directas

Percentis 5 anos

6 anos

7 anos

8 anos

9 anos

10 anos

11 anos

12 anos

13 anos

14 anos

15 + anos

99 22 26 31 36 36 36 36 36 36 36 36 90 15 21 27 33 34 34 35 35 35 35 35 80 7 17 22 29 33 33 33 34 - - - 75 6 15 21 27 32 32 - - 33 - 34 70 5 14 20 26 31 31 32 33 32 34 33 60 4 13 19 23 29 30 30 31 31 33 32 50 3 11 14 21 28 28 28 30 30 32 31 40 2 7 13 20 25 27 26 27 28 31 30 30 - 5 - 17 23 24 24 23 27 29 29 25 - - 12 15 19 23 23 22 26 26 - 20 1 4 11 11 15 17 20 20 24 24 28 10 0 2 9 8 7 7 15 15 21 19 25 1 0 0 1 1 0 0 1 1 1 1 2

Média 5,5 11 17,1 21,37 25,05 26,45 27,27 27,52 29,3 31,03 31,17 D.Padrão 6,07 6,97 6,44 8,45 9,54 8,1 6,9 7,51 4,9 5,55 3,62 Mediana 3,64 12 15,5 22,4 28,8 29,33 29 30,67 30,67 32,92 32,36 Moda 1,5 5,5 12,5 - 32 - - 34 - 35 34

Page 95: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

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Quadro X

Tempo de Cópia (em minutos)

Pontuações Directas

Percentis 5 anos 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos 15 + anos

99 2 2 3 2 3 3 4 3 3 3 2

75 4 4 5 4 4 5 5 3 3 4 3

50 5 6 6 4 5 6 6 4 4 4 4

25 7 6 6 6 6 7 8 5 7 6 4

10 8 8 8 6 6 8 8 6 8 6 -

Média 5,4 5,7 5,65 4,4 4,8 5,9 6,1 4,4 4,95 4,85 3,9

D.Padrão 2,09 2,13 1,6 1,42 1,15 1,89 1,86 1,35 2,01 1,39 1,17

Page 96: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

95

Quadro XI

Frequência dos tipos de memória em relação à idade (em percentagem)

Tipo de Memória

Idade

(Anos) I II III IV V VI VII I + II

5 - - 15 5 40 25 15 -

6 - - 5 5 75 10 5 -

7 - - 25 20 55 - - -

8 - 5 40 15 30 10 - 5

9 - 15 25 25 25 10 - 15

10 5 10 30 20 35 - - 15

11 5 25 20 25 20 - 5 30

12 10 10 45 15 20 - - 20

13 5 15 35 40 5 - - 20

14 30 20 35 15 - - - 50

15 + 30 10 45 15 - - - 40

Page 97: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

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Quadro XIII

Riqueza e exactidão da reprodução de memória

Pontuações Directas Percentis 5 anos 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10

anos 11

anos 12

anos 13

anos 14

anos 15 +

anos 99 7 18 19 29 30 26 31 30 - - 31 90 5 7 15 15 23 22 27 26 31 29 27 80 - 6 10 11 17 19 23 24 28 28 - 75 3 - 9 9 15 18 22 23 27 27 22 70 - 5 8 7 13 16 21 21 26 26 21 60 - 4 - 6 10 14 19 19 23 25 20 50 2 3 6 5 8 12 16 15 20 23 19 40 - - 5 4 6 10 12 11 18 19 16 30 - 2 4 3 4 8 7 8 15 17 - 25 1 - - - 3 7 6 7 14 16 14 20 0 1 3 2 2 5 5 6 13 15 13 10 0 0 1 1 1 2 4 3 11 11 12 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1

Média 2,3 4,5 7,1 7,3 10,5 12,5 15,9 15,7 20,5 21,5 18,9 D.Padrão 1,6 4,17 4,63 6,75 8,47 7,03 8,52 8,71 7,25 7,04 5,41 Mediana 2,5 4 6,67 6 9 13 17,33 18 21,33 24 20 Moda 1 4,5 4,5 / 5 1,5 /

5,5 - 4 /

13,5 4,5/

13,5 - 29 18 20

Page 98: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

97

Quadro VIII

Tipos de Cópia (segundo a idade)

Idade

Percentis 5 anos 6-7 anos 8-10 anos 11-12 anos 13-14 anos 15 anos e sup.

99 IV III II II II II 75 VI V IV III III II 50 VI V V IV IV III 25 VI V V V VI IV 10 VII VII VI V VII VI

Page 99: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

98

Anexo III:

Módulo 3: Bender

Tabelas

PONTUAÇÕES TOTAIS

Idade Mediana Dispersão V.d.g.2

(Q1 - Q3)

6 anos 21,5 16 - 27

1,78

7 anos 32 25,5 - 38

1,14

8 anos 39 33 - 45

1,33

9 anos 46,5 41,5 - 53

1,15

10 anos 53 47 - 59

1,09

12 anos 59 54 - 64

0,80

14 anos 63 57 - 67

Page 100: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

99

Tabela de Diferenças de Resultados entre Rapazes e Raparigas

Rapazes Raparigas

Idade

Q1 Méd Q3 Q1 Méd Q3

6 anos 17 22,5 27,5 12,5 20 26,5 7 anos 29 34,5 40 24,5 32 36 8 anos 33 40 48 32,5 36,5 43 9 anos 41 48,5 55,5 41 45 50 10 anos 47,5 52 58 47 53 59,5 12 anos 52 58 61 56 61 67 14 anos 56 62 67 57 63 67

TABELA DE RESULTADOS PARA OS CINCO MODELOS

Mod. I Mod. II Mod. III Mod. IV Mod. V (Máx. 15

pontos) (Máx. 16 pontos)

(Máx. 12 pontos)

(Máx. 22 pontos)

(Máx. 16 pontos)

Idade Q1 Méd

Q3 Q1 Méd

Q3 Q1 Méd

Q3 Q1 Méd

Q3 Q1 Méd

Q3

6 anos 2 4 5 3 5 6,5 3 5 7 3 5 7 1 3 4,5 7 anos 4 7 9 5 7 8 5 6 8 5 7 9 2 5 8 8 anos 5 8 10 6 8 10 6 8 9 6 9 12 4 6 9 9 anos 6 9 11 8 8 11 8 10 11 7 9 13 6 8 12 10 anos 8 10,5 12 8 10 12,5 8 11 12 8,5 12 15 8 12 14 12 anos 9 11 12 10 11,5 13 9 12 12 10 15 18 11 13 15 14 anos 9 11 12 10 13 13 9 11 12 13 16 19 12 14 15

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100

Escala de Maturação

Escala de maturação, referente aos nove modelos originais (no Bender Santucci-Percheux só interessam os modelos: A, 2, 3, 4 e 7).

Page 102: Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

101

Modelos para aplicação

1

2

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102

3

4

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103

5

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104

Grelha de Cotação

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105

FOLHA DE COTAÇÃO

I 1 a

1 b

1 c

2

3 a

3 b

4

5

6

Quadrado de ponta, bastante

correcto.

Rectângulo, losango,

paralelogramo, trapézio

rectangular................................

Quadrilátero irregular

.............................

Eixo horizontal

.......................................

Tangência correcta

.................................

Quase-Tangência

....................................

Ponto de tangência no eixo

....................

Círculo igual ao modelo

.........................

Quadrado igual ao modelo

.....................

Total (máx. 15)

Tipos de revés:

3

2

1

2

2

1

2

3

3

IV 1

2

3 a

3 b

4 a

4 b

5

6

7

8

9

Maioria de pontos

...................................

Ângulo A1 correcto

................................

Ângulo A2 correcto

................................

Ângulo A2 curvo

....................................

Ângulo A3 correcto

................................

Ângulo A3 curvo

....................................

Número correcto de pontos em

todos os ângulos

...................................................

Eixo inclinado de 0 a 5º

..........................

Os 4 pontos do eixo estão

alinhados ......

Equidistância no eixo

.............................

Simetria

..................................................

Total (máx 22)

Tipos de revés:

2

1

2

1

3

2

2

3

3

3

3

II 1

2

3

4

5

6

7

8

10 elementos

...........................................

Nenhum contacto entre círculos

de um elemento

.................................................

Todos os elementos inclinados

para a esquerda

..................................................

Paralelismo dos elementos

.....................

Eixo horizontal

.......................................

Alinhamento dos círculos

superiores .....

2

1

2

3

2

1

2

3

V 1 a

1 b

2 a

2 b

3

4 a

4 b

5

6

Hexágono A correcto

.............................

Hexágono A: um ângulo

suprimido ou mal reproduzido

.....................................

Hexágono B correcto

..............................

Hexágono B: um ângulo

suprimido ou mal reproduzido

.....................................

Orientação correcta dos

hexágonos ........

Secância correcta

....................................

2

1

3

1

2

3

2

3

3

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106

Alinhamento dos círculos

inferiores ......

Comprimento total ≥ 8 cm

.....................

Total (máx. 16)

Tipos de revés:

Secância

..................................................

Hexágono A igual ao modelo

.................

Hexágono B igual ao modelo

.................

Total (máx. 16)

Tipos de revés:

III 1

2

3

4

5

6 a

6 b

7

Dois ângulos de 90º

................................

Mesmo nível de segurança dos

lados .....

Curva bem executada

.............................

Direcção bem sucedida

..........................

Colocação correcta da curva

..................

Ponto de tangência correcto

...................

Tangência

...............................................

Quadrado igual ao modelo

.....................

Total (máx. 12)

Tipos de revés:

3

1

1

1

1

2

1

3

Pontuação total (máx. 81):

Apreciação dos tipos de revés:

- Reveses normais por idade real:

- Reveses atípicos:

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Anexo IV: Módulo 4 – WISC - III

Módulo 4: WISC-III

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