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AVALIAÇÃO ESTADUAL DECULTIVARES DE MILHO
SAFRA 2010/2011
Pedro Sentaro ShiogaAntonio Carlos GeragePedro Mário de AraújoGustavo Hiroshi SeraRodolfo Bianco
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CARLOS ALBERTO RICHAGovernador do Estado do Paraná
NORBERTO ANACLETO ORTIGARASecretário de Estado da Agriculturae do Abastecimento
INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ - IAPAR
FLORINDO DALBERTODiretor-Presidente
ARMANDO ANDROCIOLI FILHODiretor Técnico-Científico
ALTAIR SEBASTIÃO DORIGODiretor de Administração e Finanças
ADELAR ANTONIO MOTTERDiretor de Recursos Humanos
INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁLondrina
2011
AVALIAÇÃO ESTADUAL DE CULTIVARES DE MILHOSAFRA 2010/2011
Pedro Sentaro ShiogaAntonio Carlos GeragePedro Mário de Araújo
Gustavo Hiroshi SeraRodolfo Bianco
BOLETIM TÉCNICO Nº 73JULHO/2011
ISSN 0100-3054
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Comitê Editorial
Rui Gomes Carneiro - CoordenadorSéphora Cloé Rezende CordeiroTelma PassiniTiago Pellini
Editor ExECutivo
Álisson Néri
rEvisão
Álisson Néri
Editor dE layout/diagramação
Nelson Maier Junior
Capa
Celso B. B. Junior
distribuição
Área de Difusão de Tecnologia - [email protected] / (43) 3376-2373
tiragEm: 1.500 exemplares
Trabalho realizado em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento do Agronegócio (FAPEAGRO).
Impresso na GrafCel.
Todos os direitos reservados.É permitida a reprodução parcial, desde que citada a fonte.É proibida a reprodução total desta obra.
INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ
Impresso no Brasil / Printed in Brazil2011
Avaliação estadual de cultivares de milho safra 2010/2011 por Pedro Sentaro Shioga e outros. Londrina: IAPAR, 2011. 111 p. il. (IAPAR. Boletim técnico, 73)
ISSN 0100-3054
1. Milho. 2. Avaliação de cultivar. 3. Melhoramento genético vegetal. 4. Brasil - Paraná. I. Shioga, Pedro Sentaro. II. Gerage, Antonio Carlos. III. Araújo, Pedro Mário de. IV. Sera, Gustavo Hiroshi. V. Bianco, Rodolfo. VI. Instituto Agronômico do Paraná, Londrina, PR. VI. Série.
CDD 633.15
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AUTORES
Pedro Sentaro ShiogaEng. Agr. M. Sc. Pesquisador da Área
de FitotecniaIAPAR - Londrina-PR
Antonio Carlos GerageEng. Agr. M. Sc. Pesquisador da Áreade Melhoramento e Genética Vegetal
IAPAR - [email protected]
Pedro Mário de AraújoEng. Agr. Ph. D. Pesquisador da Áreade Melhoramento e Genética Vegetal
IAPAR - [email protected]
Gustavo Hiroshi SeraEng. Agr. Dr. Pesquisador da Área
de Proteção de PlantasIAPAR - [email protected]
Rodolfo BiancoEng. Agr. Dr. Pesquisador da Área
de Proteção de PlantasIAPAR - Londrina-PR
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EQUIPE TÉCNICA
Técnicos Agrícolas Alvanter-Mar Pereira de Souza, Antonio Alves Ferreira (elaboração de tabelas, gráficos e análises estatísticas), Lázaro Batista Filho, Luiz E. G. Forteza, Mário Campos Kogima e Mauro Souza Santos.
AGRADECIMENTOS
À Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento do Agronegócio (FAPEAGRO), pela parceria estabelecida com o IAPAR e com as empresas obtentoras de cultivares, que permitiu maior agilidade na organização e administração das atividades.
Ao Departamento Técnico das cooperativas: Agroindustrial Cooperativa de Campo Mourão (COAMO), Cooperativa Agroindustrial de Maringá (COCAMAR) e Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (COODETEC).
À empresa de assistência técnica Agro Olímpia.Ao proprietário rural Lauro Shen, pela cessão de áreas e pelo apoio
prestado na implantação e condução dos experimentos.Aos trabalhadores operacionais e aos administradores das Estações
Experimentais do IAPAR localizadas nos municípios de Londrina, Cambará, Guarapuava, Pato Branco e Ponta Grossa (Fazenda Modelo) e Xambrê.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...............................................................................................7MATERIAL E MÉTODOS...............................................................................8RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................10
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7Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Safra 2010/2011
INTRODUÇÃOA cotação dos produtos agrícolas no mercado é fator determinante no
processo de decisão do agricultor na escolha de seus cultivos. Tendo em vista que o preço do milho estava deprimido desde a Safra 2008/2009 e que a recuperação dos preços só ocorreu em agosto/setembro de 2010, não houve tempo hábil para estimular o plantio de milho nesta safra, razão pela qual muitos produtores optaram pela cultura da soja. Em consequência, a área de cultivo do milho no Paraná sofreu redução de 17% em comparação à safra passada, somando apenas 740.684 ha, sendo esta a menor área cultivada nos últimos 57 anos. As condições climáticas foram ótimas no decorrer do ciclo da cultura, a despeito das previsões pessimistas pela influência do fenômeno La Niña no início da safra, o que contribuiu para que fosse alcançada produtividade média de 7.714 kg.ha-1 (SEAB/DERAL, 25/04/2011), superando em 2% o também excelente rendimento obtido na safra passada. Em consequência da redução acentuada na área de cultivo, a produção total do Paraná atingiu 5.713.373 toneladas, com queda de 16% em relação à safra anterior (SEAB/DERAL, 25/04/2011). Mesmo assim, merece destaque a elevada produtividade média alcançada pelos agricultores paranaenses que, além das ótimas condições climáticas no período, optaram pelo uso significativo das tecnologias disponíveis para a cultura do milho.
Confirmando o observado nas safras anteriores, a comodidade no uso e a eficácia no controle de lagartas levou a maior utilização da tecnologia do milho Bt, tendo ampla aceitação entre os agricultores. Novos eventos têm sido incorporados às cultivares, diversificando suas aplicações, tornando mais eficiente o controle de lagartas-do-cartucho e confirmando sua excelente ação sobre as lagartas-elasmo e a broca-da-cana, além de supressão das lagartas-da-espiga e lagartas-rosca. Com o aumento e continuidade do uso dessa tecnologia, tem-se observado queda significativa no número de adultos das lagartas-do-cartucho no ambiente, reduzindo ainda mais a pressão dessa praga sobre a cultura do milho. Contudo, alguns cuidados devem ser observados para manter a eficácia dessa tecnologia. Não se deve dispensar o acompanhamento e monitoramento das lavouras para a tomada de decisão quanto à necessidade de adoção de medidas complementares de controle. Cuidado absolutamente necessário para a sobrevivência dessa tecnologia é a adoção de áreas de refúgio, com a utilização de 10% da área total de cultivo com milho convencional. A coexistência com as lavouras convencionais de milho, cujo direito é assegurado aos produtores vizinhos que optam por produzir grãos de cultivares convencionais, impede a contaminação dessas lavouras com o milho geneticamente modificado. Conforme descrito na Resolução Normativa 04/07, da Comissão Técnica Nacional de Biosegurança (CTNBio), deve-se adotar o isolamento do cultivo transgênico com uma distância mínima de 100 metros ou 10 fileiras de bordadura com milho convencional, utilizando-se cultivares de mesmo ciclo e porte da cultivar transgênica, além de mais 20 metros de área em pousio ou cultivada com outras espécies vegetais.
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Boletim Técnico Nº 738
Dentre as estratégias para maximizar o potencial produtivo do milho, está a escolha de cultivares apropriadas. A adequação dessas cultivares depende de vários fatores, em consequência da interação genótipo/ambiente, o que leva às mais variadas respostas das cultivares quando da expressão de seus caracteres. Na escolha das cultivares, é preciso considerar a diversidade das propriedades rurais existentes, tendo como base informações que vão desde a fertilidade do solo até o nível tecnológico adotado pelo produtor. Assim, devem ser considerados fatores como regiões de cultivo, altitudes, épocas de plantio (cedo, normal, tarde e safrinha), previsões climáticas para a safra, sistemas de produção, nível de tecnologia do produtor, estabilidade de produção, potencial produtivo, fertilidade do solo, tipo de solo, ciclo da cultivar, população de plantas, tolerância aos herbicidas, resistência às pragas e doenças, resistência ao acamamento e quebramento, e qualidade dos grãos. Além disso, recomenda-se também ao produtor buscar estratégias que lhe deem maior segurança e estabilidade no sistema produtivo através da diversificação das cultivares na propriedade, bem como escalonamento das épocas de plantio e escolha da melhor combinação de cultivares, visando a maximizar o potencial produtivo na propriedade.
O objetivo deste trabalho foi avaliar cultivares de milho recomendadas pelas empresas de melhoramento em diferentes condições edafoclimáticas de diferentes regiões do Paraná e disponibilizar essas informações para técnicos e agricultores.
MATERIAL E MÉTODOSOs experimentos foram conduzidos em várias localidades do Paraná
de maneira a assegurar que a avaliação fosse realizada em diferentes condições edafoclimáticas, contemplando as principais regiões produtoras de milho.
As cultivares utilizadas neste trabalho (Tabela 2) foram separadas em três grupos, sendo o grupo 1 formado pelo ensaio estadual de cultivares de milho Bt resistentes às lagartas, o gupo 2 pelo ensaio estadual de cultivares convencionais e o grupo 3 pelo ensaio estadual de cultivares convencionais preliminares, composto por cultivares convencionais experimentais ainda não disponíveis para comercialização.
Os experimentos foram implantados em 13 municípios (Tabela 1). O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso com três repetições. As parcelas foram constituídas por duas fileiras de cinco metros de comprimento, espaçadas de 0,80 m entre linhas, mantendo-se, em média, cinco plantas por metro linear após o desbaste. Na coleta dos dados, as duas fileiras foram integralmente consideradas como área útil (8 m2).
A instalação dos experimentos foi realizada nas épocas de semeadura e nos sistemas de cultivo predominantes nas regiões de cultivo.
Os tratos culturais foram efetuados seguindo as recomendações técnicas das áreas de especialidades do IAPAR, utilizando-se o controle químico, quando necessário, para manter a cultura livre de competição com plantas daninhas
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Tabela 1. Municípios, colaboradores, locais de implantação e número de experimentos instalados por tipo de ensaio.
Locais Colaboradores Ensaio estadual Ensaio preliminar Ensaio Bt¹
Londrina IAPAR 1 1 1
Campo Mourão COAMO 1 1 1
Floresta COCAMAR 1 1 1
Goioerê COODETEC 1 1 1
Palotina COODETEC 1 1 1
Cascavel COODETEC 1 1 1
Pato Branco IAPAR 1 1 1
Ponta Grossa IAPAR 1 1 1
Cambará IAPAR 1 1 1
Guarapuava IAPAR 1 1 1
Xambrê IAPAR 1 1 1
Santa Helena Agricultor 1 1 1
Wenceslau Braz Agro Olímpia 1 1 1¹Cultivares geneticamente modificadas para resistência à lagarta.
e de pragas que pudessem prejudicar o milho. As sementes foram tratadas com produtos à base de neonicotinoides para proteção contra o percevejo-barriga-verde. As adubações de base e de cobertura foram efetuadas segundo recomendações técnicas para a cultura do milho.
No ensaio estadual de cultivares de milho Bt resistentes às lagartas, realizou-se controle da lagarta-do-cartucho somente nas parcelas onde houve furos nas folhas do cartucho em 15-20% das plantas. O controle químico foi efetuado utilizando-se produtos com os princípios ativos spinosade, lufenuron, novaluron, metomil, triflumurom e diflurobenzuron. Para coexistência, adotou-se o isolamento do cultivo transgênico com uma distância mínima de 100 metros ou 10 fileiras de bordadura com milho convencional de cultivares de mesmo ciclo e porte da cultivar transgênica, além de mais 20 metros de área em pousio ou cultivada com outras espécies vegetais.
As variáveis relacionadas abaixo foram utilizadas para comparação entre os tratamentos:
• Altura da planta: medida, em cm, da superfície do solo à curvatura da folha bandeira;
• Altura da espiga: medida, em cm, da superfície do solo até o ponto de inserção da espiga superior;
• Estande final: número de plantas por ha, calculado a partir do número de plantas colhidas na área útil da parcela;
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• Plantas acamadas: determinadas, em percentual, pela contagem das plantas que, na colheita, apresentavam ângulo de inclinação igual ou superior a 45º em relação à vertical;
• Plantas quebradas: determinadas, em percentual, pela contagem das plantas que, na colheita, apresentavam colmo quebrado abaixo da inserção da espiga;
• Índice de espigas: determinado pela relação do número de espigas colhidas/número de plantas colhidas na parcela;
• Ciclo: período, em dias, decorrido da emergência ao florescimento feminino (estilo-estigma) em pelo menos 50% das plantas da parcela;
• Peso de grãos: ajustado para kg.ha-1, com o grau de umidade corrigido para 14,5% a partir da pesagem dos grãos colhidos na área útil da parcela;
• Grau de umidade: determinado, em percentual, imediatamente após a pesagem dos grãos;
• Avaliação de doenças: grau de severidade das doenças foliares de ocorrência natural nos diferentes ambientes, segundo escala de notas de 1 a 9, sendo 9 a nota que representa a máxima severidade das doenças (Guia Agroceres de Sanidade, 2ª edição, 1996);
• Avaliação de pragas: 1) Lagarta-do-cartucho do milho (LCM), mediante notas de dano atribuídas a 25 plantas em sequência por parcela, conforme escala de 0 a 6, sendo: 0 = planta isenta de dano; 1 = planta com leves raspados (< 1 cm); 2 = planta com raspados grandes (≥ 1 cm); 3 = planta com pequenos furos nas folhas; 4 = planta com cartucho levemente danificado (raspados e pequenos furos); 5 = planta com cartucho moderadamente danificado (furos irregu-lares > 1 cm); e, 6 = plantas com cartuchos severamente danificados. Para o cálculo de plantas infestadas foram consideradas somente as plantas com grau de dano maior ou igual a 2. 2) Lagarta-da-espiga (LE): separação e contagem do número de espigas danificadas em 25 espigas por parcela.
RESULTADOS E DISCUSSÃOAs temperaturas máximas e mínimas diárias e as precipitações nas
estações meteorológicas localizadas em alguns municípios onde foram realizados os trabalhos estão apresentadas nas Tabelas de 3 a 10 e Fig. 1. Contrariando as previsões iniciais de baixo volume e distribuição irregular das precipitações, com base na ocorrência do fenômeno La Niña, as condições climáticas foram favoráveis em todos os estádios de desenvolvimento da planta de milho em praticamente todas as regiões de cultivo. Essas condições permitiram às plantas expressar todo o potencial produtivo, o que resultou em rendimentos médios de grãos elevados em todos os experimentos, visto que outros fatores ambientais fundamentais para definição do potencial produtivo não foram restritivos.
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Os resultados obtidos em cada local estão apresentados nas Tabelas de 11 a 46. Destacam-se os tetos de rendimentos de grãos obtidos nas localidades de Guarapuava, Campo Mourão, Pato Branco, Palotina e Ponta Grossa. Os experimentos instalados em Cascavel foram descartados em virtude de forte vendaval ocorrido na área, que causou acamamento e quebramento em praticamente 100% das plantas, comprometendo seriamente a qualidade dos resultados experimentais obtidos.
Avaliando-se os dados de acamamento e quebramento de plantas, observaram-se índices relativamente mais elevados em Guarapuava e Pato Branco, provavelmente em consequência de períodos nublados após o florescimento pleno das plantas associado à alta umidade durante a fase de maturação dos grãos ocorrida nesses locais. As diferenças encontradas nos índices mostraram variabilidade na resistência dos genótipos, reforçando a importância dessas informações para o processo de escolha de cultivares.
As principais doenças foliares registradas nesta safra foram: ferrugem branca ou tropical (Physopella zeae), ferrugem polysora (Puccinia polysora), ferrugem comum (Puccinia sorghi), mancha de Cercospora (Cercospora zeae-maydis), mancha de Phaeosphaeria (Phaeosphaeria maydis) e mancha de turcicum (Exserohilum turcicum).
A ferrugem branca, a ferrugem polysora e a mancha de turcicum foram registradas em níveis baixos de severidade. As doenças com maiores índices de severidade foram a ferrugem comum, em Guarapuava e Ponta Grossa, e a mancha de Cercospora, em Floresta e Pato Branco.
A ferrugem comum ocorreu com severidade moderada em Londrina, Campo Mourão e Pato Branco, enquanto a mancha de Cercospora apresentou severidade moderada em Londrina, Cambará, Campo Mourão, Palotina, Santa Helena, Guarapuava e Ponta Grossa.
A mancha de Phaeosphaeria ocorreu em praticamente todos os locais.As notas atribuídas às doenças nas diferentes localidades mostraram
variações significativas nos níveis de severidade nas cultivares, demonstrando a importância também dessas informações no processo de escolha de cultivares com maior nível de resistência.
A escolha de cultivares não deve se pautar exclusivamente nos dados de produtividade obtidos, pois maior lucro também é obtido quando as despesas são reduzidas. Informações contidas nesta publicação a respeito da resistência das cultivares às doenças e pragas podem e devem subsidiar técnicos e produtores no momento de eleger as cultivares preferenciais.
Quanto à infestação de lagartas, as cultivares convencionais apresentaram, em geral, níveis de infestação 5,5 vezes maiores que os das cultivares Bt e, dentre as Bt, as com tecnologia YieldGard (YG) foram 4 vezes mais infestadas que as Herculex (Hx). As cultivares DKB 240 YG, BG 7060 YG, AG 8022YG e CD 397 YG apresentaram níveis de infestação bastante elevados em comparação às demais Bt, mostrando que a praga também ataca de forma preferencial, causando danos diferenciados. Dentre as cultivares Bt, aquelas
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que apresentaram níveis de infestação mais elevados mantiveram o mesmo comportamento em quase todos os locais. Apesar de terem sido verificados níveis de dano mais elevados nas cultivares YG, as injúrias observadas (escala de dano ≤ 2) não representam necessariamente prejuízo à produção, tendo somente importância para discriminar as cultivares.
As Tabelas 47, 48 e 49 contêm as médias gerais obtidas nas diferentes localidades para todas as variáveis avaliadas nos ensaios estaduais de cultivares convencionais preliminares, ensaios estaduais de cultivares convencionais e ensaios estaduais de cultivares de milho Bt resistentes às lagartas. Nas Tabelas 50, 51 e 52 estão apresentadas as médias estaduais de rendimento de grãos (ME), a média regional (MR) e a posição relativa regional (PR) ocupada pelas cultivares em cada um dos locais. Com essas médias foram elaboradas as Figs. 2, 3 e 4, agrupando-se as cultivares em classes de acordo com suas posições relativas ocupadas nos diferentes locais. O critério de agrupamento adotado para desempenho ótimo, bom e regular foi o de posicionamento ocupado pelo genótipo no terço superior, médio e inferior, respectivamente, em cada ambiente. A análise do comportamento da cultivar com base nessas figuras permite uma boa visualização de sua adaptabilidade e estabilidade nos diferentes ambientes a que foi submetida.
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33Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Safra 2010/2011
Precipitação total mensalem outubro de 2010.
Precipitação total mensalem novembro de 2010.
Precipitação total mensalem dezembro de 2010.
Precipitação total mensalem janeiro de 2011.
Precipitação total mensalem fevereiro de 2011.
Precipitação total mensalem março de 2011.
Figura 1. Precipitação total mensal no Estado do Paraná, de outubro de 2010 a março de 2011.
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Boletim Técnico Nº 7338
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39Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Safra 2010/2011
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Boletim Técnico Nº 7340
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41Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Safra 2010/2011
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47Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Safra 2010/2011
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Boletim Técnico Nº 7348
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49Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Safra 2010/2011
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Boletim Técnico Nº 7350
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63Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Safra 2010/2011
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65Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Safra 2010/2011
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69Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Safra 2010/2011
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71Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Safra 2010/2011
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Boletim Técnico Nº 7374
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75Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Safra 2010/2011
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Boletim Técnico Nº 7376
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77Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Safra 2010/2011
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Boletim Técnico Nº 7378
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79Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Safra 2010/2011
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Boletim Técnico Nº 7380
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81Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Safra 2010/2011
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Boletim Técnico Nº 7382
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83Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Safra 2010/2011
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89Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Safra 2010/2011
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105Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Safra 2010/2011
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Boletim Técnico Nº 73110
Figura 3. Rendimento médio de grãos (kg.ha-1), adaptabilidade e estabilidade dos genótipos nos diferentes municípios, no ensaio de avaliação estadual de cultivares convencionais. IAPAR, Safra 2010/2011.
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Ótimo Bom Regular
Livro Milho_Safra_2011 14-07-11.indb 110 14/7/2011 14:39:29
111Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Safra 2010/2011
Figura 4. Rendimento médio de grãos (kg.ha-1), adaptabilidade e estabilidade dos genótipos nos diferentes municípios, no ensaio de avaliação estadual de cultivares convencionais preliminares. IAPAR, Safra 2010/2011.
AS 1598
BM 3066
RBX 9007
RBX 9004
SMX 210
DKB 250
XBX 70202
XBX 80281
SMX 490
XBX 80408
X 816
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AVALIAÇÃO ESTADUAL DECULTIVARES DE MILHO
SAFRA 2010/2011
Pedro Sentaro ShiogaAntonio Carlos GeragePedro Mário de AraújoGustavo Hiroshi SeraRodolfo Bianco
Pedro Sentaro ShiogaAntonio Carlos GeragePedro Mário de AraújoGustavo Hiroshi SeraRodolfo Bianco
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