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AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA SAÚDE Grupo 1 Anaditália Araújo Claúdio Amorim Caroline Fidalgo Virginia Ramos Douglas Mori Hugo Antonio

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Page 1: AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA SAÚDE Grupo 1 Anaditália Araújo Claúdio Amorim Caroline Fidalgo Virginia Ramos Douglas Mori Hugo Antonio

AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA SAÚDEGrupo 1Anaditália

AraújoClaúdio AmorimCaroline FidalgoVirginia RamosDouglas MoriHugo Antonio

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AVALIAÇÃO ECONÔMICAAVALIAÇÃO ECONÔMICAOs clínicos deveriam checar a pressão de

todo paciente adulto que entra no seu consultório?

A Secretaria de Saúde deveria fazer um levantamento da freqüência de escoliose em escolas secundárias?

Os indivíduos deveriam ser encorajados a fazerem um check-up anual?

Os administradores hospitalares devem adquirir qualquer novo equipamento diagnóstico?

Um novo medicamento de alto custo deve ser incorporado à lista oficial de medicamentos?

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GRUPO DE DESPESA VALOR %

Atenção Hospitalar e Ambulatorial 21.693.343.640 50,1%

Atenção Básica em Saúde 7.138.662.704 16,5%

Atenção em HIV/AIDS 1.034.408.764 2,4%

Vigilância Epidemiológica 998.252.490 2,3%

Doenças Imunopreveníveis 777.235.157 1,8%

Total geral 43.321.517.192 100%

Despesas do Ministério da Despesas do Ministério da Saúde Ano 2007Saúde Ano 2007

Fonte: FNS - Execução Orçamentária e Financeira por Grupo de Despesas Orçamento – 2007

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Custo por Ano de Vida Salvo em Intervenções em SaúdeVacinação infantil < 0Assistência pré-natal < 0Vacina antigripal para todos os cidadão 140Mamografia em mulheres de 50 anos 810Vacina contra pneumonia 12.000Mamografia anual (40 e 49 anos) 95.000Trat. intensivo cirurgias vasculares 850.000

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PERGUNTAS BÁSICASPERGUNTAS BÁSICAS

O procedimento, serviço ou programa é melhor se comparado com outro que poderia ser feito com o mesmo recurso?

As pessoas que deveriam se beneficiar com o uso dos recursos estão satisfeitas que os gastos se dêem desta forma e não de outra?

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DefiniçãoDefinição

Avaliação econômica é um processo pelo qual os custos de programas, alternativas ou opções são comparados com suas conseqüências, em termos de melhora da saúde ou de economia de recursos. É também conhecida como estudo de rentabilidade. Engloba uma família de técnicas, incluindo análise de custo-efetividade, análise de custo-benefício e análise de custo-utilidade (Mills & Drummod, 1985).

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Análise Econômica Análise Econômica ComparaçãoComparação

PROGRAMA (A)

PROGRAMA PARA COMPARAÇÃO (B)

EFEITOS (A)

EFEITOS (B)

DECISÃO

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Tanto os custos (recursos) quanto as conseqüências (efeitos) são examinados?

CARACTERÍSTICAS DAS

AVALIAÇÕES EM SAÚDE NÃO SIM

ANÁLISE OS RESULTADOS

ANÁLISE DOS CUSTOS

NÃO Estudo descritivo de

efeitos Estudo descritivo de

custo

Descrição de custo e efeito

Existe uma comparação de duas ou

mais alternativas?

SIM Avaliação de eficácia ou efetividade Análise de custo Avaliação

econômica completa

Características das Avaliações Características das Avaliações em Saúdeem Saúde

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POR QUE A AVALIAÇÃO POR QUE A AVALIAÇÃO ECONÔMICA É IMPORTANTE?ECONÔMICA É IMPORTANTE?Sem análise sistemática é difícil

identificar claramente alternativas relevantes,

Os pontos de vista para um mesmo problema variam a depender do ator considerado.

Sem nenhum esforço para mensurar, a incerteza em torno da ordem de magnitude pode ser crítica.

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CONCEITOS BÁSICOSCONCEITOS BÁSICOSAvaliação de intervenções em saúde

•Segurança – estudos experimentais e em humanos;• Eficácia – o efeito global (condições ideais);• Efetividade – o efeito real (circunstâncias usuais);• Eficiência – inclui os recursos necessários;• Disponibilidade – para as pessoas que necessitam;• Distribuição – quem ganha e quem perde.

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Análise de Custo-Análise de Custo-efetividadeefetividadeComparam duas ou mais

estratégias alternativas de intervenção para prevenção, diagnóstico ou tratamento de determinada condição de saúde.

Usado para comparar alternativas que competem entre si (Ex: escolha entre 2 anti-hipertensivos).

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Análise de Custo-Análise de Custo-efetividadeefetividadeNão atribui valor monetário aos

impactos das intervenções. Unidades de medição: nº de

doenças evitadas, internações prevenidas, casos detectados, nº de vidas salvas.

Razão de custo-efetividade: CE 12 = Custo2 – Custo1/ Efetividade 2 –

Efetividade1

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Análise de Minimização de Análise de Minimização de custoscustosÉ uma forma “limitada’’, em que

se comparam os custos de dois ou mais procedimentos alternativos para alcançar um objetivo determinado.

Pouco utilizado

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Análise de Custo-benefícioAnálise de Custo-benefícioRelação entre os custos totais de cada

intervenção e os benefícios diretos e indiretos gerados.

É a forma de análise mais abrangenteCustos e benefícios são relatados

usando uma métrica comum - atribui-se valor monetário aos benefícios ou impactos de uma ação.

“É socialmente rentável investir no projeto x?”

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Análise de Custo-benefícioAnálise de Custo-benefício

Limitação: transformação monetária do benefício clínico. Atribuir valores monetários a impactos para a saúde difícil e controverso:◦“Quanto vale salvar uma vida?”◦“Qual a disposição da sociedade a

pagar para reduzir a probabilidade de morte?”

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ACE X ACBACE X ACB ACB é de máxima utilidade nos

casos de programas de saúde que têm efeitos importantes no desenvolvimento econômico.

ACE é útil para avaliar diferentes métodos de luta contra a doença.

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Análise de Custo-utilidadeAnálise de Custo-utilidadeMedidas dos efeitos de uma

intervenção considera a medição de qualidade de vida relacionada com a saúde.

Utilizado para estudos destinados a comparar diferentes tratamento aplicados.

Unidade de medida em Anos de Vida Ajustados por Qualidade (AVAQ).

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Tomada de decisãoTomada de decisãoEscolha Decisões

Determinam a utilização e a alocação de recursos;

Trade-offs (gastar mais em alguma coisa, nos deixa com menos para gastar em outras);

Na avaliação que se segue uma intervenção, podemos coletar dados (Ex: Ensaio clínico randomizados).

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Ensaio Clínico X Avaliação Ensaio Clínico X Avaliação EconômicaEconômicaEficáciaResultado final

conhecidoTerapêutica com

utilização de placebo

Tamanho da amostra pequeno e período curto

EfetivoResultado final

distintoOpções técnicas

de referências eficientes

Determinada e efeito completo

Adaptação: Abadia & Rovira, 1994.

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Árvore de decisãoÁrvore de decisão

Fonte: Campolina A. G. et al; Revista Panamericana Salud Pulica, 2006

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Análise de sensibilidade na Análise de sensibilidade na avaliação econômica da saúdeavaliação econômica da saúde

Definição: é um procedimento que visa testar até que ponto as variações nos pressupostos e na informação de base podem afetar as conclusões (PEREIRA, 1995).

Objetivo: ponderar adequadamente a incerteza e avaliar a robustez do modelo.

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Exemplo de estudo:Exemplo de estudo:“ Custos Econômicos da diabetes nos Estados Unidos em 2002” (Nikolov et. al. in Brasil, 2008):

• Objetivos: estimar custos diretos e indiretos por perda de produtividade atribuíveis ao diabetes e calcular e comparar os gastos totais e per capta em indivíduos com e sem diabetes.

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“ “ Custos Econômicos da Custos Econômicos da diabetes nos Estados Unidos em diabetes nos Estados Unidos em 2002”2002”

Realizou-se estimativas:◦Gastos com saúde em indivíduos

com e sem diabetes Os gastos foram estratificados Frações etiológicas

◦Perda de produtividade Dias de trabalho perdidos Dias de restrição de atividades Prevalência de incapacidade permanente Mortalidade atribuível

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“ “ Custos Econômicos da Custos Econômicos da diabetes nos Estados Unidos em diabetes nos Estados Unidos em 2002”2002”

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“ “ Custos Econômicos da Custos Econômicos da diabetes nos Estados Unidos em diabetes nos Estados Unidos em 2002”2002”

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“ “ Custos Econômicos da Custos Econômicos da diabetes nos Estados Unidos em diabetes nos Estados Unidos em 2002”2002”

Após ajustes considerando diferenças populacionais os gastos foram 2,4

vezes maior entre diabéticos

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“ “ Custos Econômicos da Custos Econômicos da diabetes nos Estados Unidos diabetes nos Estados Unidos em 2002”em 2002”

Considerações

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CUSTO-EFETIVIDADECUSTO-EFETIVIDADE

ESTUDO DE CASO

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☺ ☺ ObjetivoObjetivo: : Avaliar o Custo-efetividade da Intervenção Coronariana Percutânea (IPC) em pacientes do sistema de assistência médico-hospitalar aos militares de Exército e seus dependentes☺ ☺ DesenhoDesenho: : Análise de Custo-efetividade a partir da perspectiva do provedor de serviço de saúde ☺ ☺ LocalLocal: : Brasil

Resumo

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☺ ☺ SSituaçãoituação: : ◘ ◘ Serviço de Saúde SAMMED/FUSEx

◘ OMS OCS/PSA

◘ Porque os convênios/contratos?

◘ Auditoria Comissão de Lisura de

Contas Médicas

◘ Gastos com os procedimentos nos

serviços de Hemodinâmica

Resumo

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Portaria nº 150/Cmt EB, de 27 Portaria nº 150/Cmt EB, de 27 de maio de 2009.de maio de 2009.

Diretriz para realização de Intervenção Coronariana Percutânea em pacientes do Sistema de Assistência Médico-Hospitalar aos militares de Exército e seus dependentes

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Portaria nº 150/Cmt EB, de 27 Portaria nº 150/Cmt EB, de 27 de maio de 2009.de maio de 2009.

• Recomendações para procedimentos na cardiologia intervencionista, particularmente na Intervenção Coronariana Percutânea (IPC)• Referenciada por protocolos nacionais e internacionais• Finalidade - reflete a preocupação com a eficácia, a eficiência e os benefícios pela utilização desses métodos de diagnóstico e tratamento

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Portaria nº 150/Cmt EB, de 27 Portaria nº 150/Cmt EB, de 27 de maio de 2009.de maio de 2009.

• a padronização “dos procedimentos, por meio de critérios técnicos, alicerçados em evidências, estudos, diretrizes e recomendações da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que permitam a aplicação da Intervenção Coronariana Percutânea (IPC) segura, maximizando os benefícios e o custo-efetividade” (BRASIL, 2009)

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Portaria nº 150/Cmt EB, de 27 Portaria nº 150/Cmt EB, de 27 de maio de 2009.de maio de 2009.• preocupação com a relação custo-benefício e custo-efetividade;• definição das indicações e contra-indicações para o uso dos stents farmacológicos e os stents convencionais;• indicações para Angioplastia Transluminal Coronária • apresenta os níveis de evidência e a classificação por níveis de eficácia, de eficiência e de benefícios;• estabelece as medidas administrativas a serem adotadas.

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Avaliação de Tecnologia em Avaliação de Tecnologia em SaúdeSaúde

procedimentos, equipamentos e medicamentos, envolvendo aspectos de segurança, efetividade, eficácia, factibilidade e indicações para uso, custo, custo-efetividade, bem como conseqüências sociais, econômicas e éticas de qualquer ação em saúde (1989).

Portanto, possui um enfoque interdisciplinar

Tomada de decisão quanto ao abandono ou

incorporação

O que avaliar?

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Avaliação de Tecnologia em Avaliação de Tecnologia em SaúdeSaúde

“A principal limitação, freqüentemente apontada pelos autores das avaliações, é a falta de estudos econômicos para todas as tecnologias, além da qualidade e validade questionável dos estudos existentes.”

Avaliação econômica em saúde – MS / 2008

“As técnicas de avaliação econômica dos serviços de saúde vêm gerando sobre a maior parte dos profissionais desta área sentimentos de amor e ódio.”

Maria A. Dominguez Ugá, ENSP/Fiocruz

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CONCEITO E CONTROLE DE RISCOS À SAÚDE EM RADIODIAGNÓSTICO: UMA ABORDAGEM DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Marcus Vinícius Teixeira Navarro, 2007.

Este estudo analisa o controle de riscos em radiodiagnóstico e seus condicionantes, considerando o marco regulatório vigente e identificando os diversos atores implicados nesta prática.

Avaliação de Tecnologia em Avaliação de Tecnologia em SaúdeSaúde

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Avaliação de Tecnologia em Avaliação de Tecnologia em SaúdeSaúde

Licença Sanitária Responsabilidade Técnica (Radiologista) Contratação de Técnico em Radiodiagnóstico Levantamento Radiométrico Teste de Aceitação dos Equipamentos Programa de Garantia de Qualidade Manutenção Instrumentação Técnica da Empresa de

Manutenção Registro do Equipamento Sistema Automático de Exposição Sistema Automático de Compressão Inspeção Visual do Equipamento Calibração do Equipamento Dose de Entrada na Pele Medidas de Levantamento Radiométrico Equipamentos de Proteção Individual

Utilização Dosímetro Pessoal Leituras das Dosimetrias Pessoais Visualização do Paciente e Acessos Proteção dos Chassis na Sala de

Exames Processadora Exclusiva para

Mamografia Controla Tempo e Temperatura da

Processadora Sensitometria do Processamento de

Filmes Coleta ou Tratamento dos Químicos Inspeção Visual dos Chassis e Écrans Velamento da Câmara Escura Revestimentos e Adequação da

Câmara Escura Avaliação da Imagem Padrão do

Fantom Sala de Laudos Iluminância da Sala de Laudos (< 50

lux) luminância dos Negatoscópios (>

3000nit)

Avaliação de Risco Potencial em Mamografia

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VIGILÂNCIA SANITÁRIA EM SERVIÇOS DE SAÚDE: RISCO E PROTEÇÃO DA SAÚDE EM SERVIÇOS DE HEMODIÁLISE

Handerson Jorge Dourado Leite, 2007.

o objetivo do presente trabalho é desenvolver um modelo que permita a análise e monitoramento do processo de hemodiálise pela vigilância sanitária, através de indicadores processuais de controle e incorporação de forma sistemática da noção de risco potencial.

Modelagem fuzzy

Avaliação de Tecnologia em Avaliação de Tecnologia em SaúdeSaúde

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Avaliação de Tecnologia em Avaliação de Tecnologia em SaúdeSaúdeLista de siglas das variáveis de entrada do SLFNº Variáveis de entrada Sigla1 Adequação do acompanhamento nutricional e psicológico AANP2 Adequação no armazenamento de soluções químicas AASQ3 Adequação do controle de condutividade do sistema de diálise ACCD4 Adequação da calibração de equipamentos médicos ACEM5 Adequação da conservação de equipamentos ACEQ6 Adequação dos equipamentos de climatização ADEC7 Adequação dos equipamentos de geração de energia ADEG8 Adequação dos equipamentos médicos ADEM9 Adequação do descarte de resíduos ADRD10 Adequação da estrutura física AEFI11 Adequação do exame periódico dos trabalhadores AEPT12 Adequação do fluxo nas instalações AFLI13 Adequação da limpeza das instalações ALIN

Muito Baixo (MB), Baixo (B) Médio (M), Alto (A) e Muito Alto (MA).

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AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA SAÚDE

Grupo 2Patrícia

MartinsÊnio SoaresSandra

PinheiroLuis NetoAna Pellegrini

Page 42: AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA SAÚDE Grupo 1 Anaditália Araújo Claúdio Amorim Caroline Fidalgo Virginia Ramos Douglas Mori Hugo Antonio

Avaliação Econômica em Saúde

(Medidas de Avaliação)

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Tipos de avaliação econômica em saúde

Geralmente são definidos quatro tipos de avaliação econômica em cuidados de saúde:

• Análise de Custo-Minimização (CMA)

•Análise de Custo-Efetividade (CEA)

•Análise de Custo-Utilidade (CUA)

•Análise de Custo-Benefício (CBA)

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A análise de Custo-Efetividade e Custo-Utilidade se consolidaram como técnicas predominantes de avaliação econômica em saúde a partir de 1979.

As análises de Custo-Utilidade são um tipo especial de Custo-Efetividade, na qual a medida dos efeitos de uma intervenção considera a medição de qualidade de vida relacionada com a saúde.

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A partir da década de 1990 firmou-se a tendência de padronização de conduta metodológica para os estudos, principalmente os de análise do Custo-Efetividade. Nesta mesma década a teoria do bem estar econômico foi incorporada à técnica, originando a análise do Custo-Utilidade.

A análise do Custo-Utilidade foca mais os programas individuais, ao invés de uma alocação geral de recursos.

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Os custos médicos podem ser avaliados por parâmetros de saúde não monetários em oposição aos ganhos monetários.

Nos estudos de Custo-Utilidade, a unidade de medida do desfecho clínico normalmente utilizada é a expectativa de vida ajustada para qualidade ou anos de vida ajustados pela qualidade.

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Medidas de avaliação:

• QALY (Anos-vida ajustados pela qualidade)

•DALY (Anos-vida ajustados pela incapacidade)

•SAVE (Salvar vidas jovens)

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DALY (Disability Adjusted Life of Years –

Anos de Vida Perdidos Ajustados Por Incapacidade)

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CONSIDERAÇÕES GERAIS CONSIDERAÇÕES GERAIS AntecedentesAntecedentes

• Indicadores de extensão do problema• Número de casos, incidência, prevalência,

mortalidade, etc.• Enfermidades afetam precocemente e demarcam

incapacidade• No DALY o conceito de anos potenciais de vida

perdidos por morte prematura é estendido, agregando o tempo vivido com incapacidade

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Objetivo da criação do DALYObjetivo da criação do DALY

• Carga Global da Doença

• iniciativa da Organização Mundial da Saúde/Harvard School of Public Health,

• financiada pelo Banco Mundial (custos/prioridade/financiamento)

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Indicador Carga da DoençaIndicador Carga da Doença

Objetivos: Identificar prioridades nos serviços de saúde e

pesquisa neste setor

Identificar grupos em desvantagens para intervenções

Fornecer medida comparável para intervenções, programas e para o setor de avaliação e planejamento

(Murray,1994)

Page 52: AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA SAÚDE Grupo 1 Anaditália Araújo Claúdio Amorim Caroline Fidalgo Virginia Ramos Douglas Mori Hugo Antonio

O que é o DALY?O que é o DALY?

Page 53: AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA SAÚDE Grupo 1 Anaditália Araújo Claúdio Amorim Caroline Fidalgo Virginia Ramos Douglas Mori Hugo Antonio

Indicador composto:Indicador composto:

1º. Componente – Mortalidade

2º. Componente – Morbidade

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1º. Componente / Mortalidade

Anos de Vida Perdidos por Morte Prematura

YLL, Years of Life Lost

YLL= taxa de mortalidade. anos de vida perdidos

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2º. Componente / Morbidade da

incapacidade

Anos Vividos com Incapacidade

YLD, Years of Life with Disability

YLD = Incidência da incapacidade.

Duração . Peso I

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Enquanto o DALYEnquanto o DALY

DALY = YLL + YLD

Page 57: AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA SAÚDE Grupo 1 Anaditália Araújo Claúdio Amorim Caroline Fidalgo Virginia Ramos Douglas Mori Hugo Antonio

Para além da fórmula básica Para além da fórmula básica apresentadaapresentada

Existem alguns desenvolvimentos

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Função de ponderação de idade

O valor “social” do tempo vivido nas várias idades é considerado por meio da atribuição de pesos desiguais às idades correspondentes

São concedidos pesos menores aos anos perdidos no início e no fim do ciclo de vida, por considerar maior responsabilidade social na vida do jovem e do adulto de meia idade

Page 59: AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA SAÚDE Grupo 1 Anaditália Araújo Claúdio Amorim Caroline Fidalgo Virginia Ramos Douglas Mori Hugo Antonio

Esta ponderação é também alvo Esta ponderação é também alvo de críticas:de críticas: Considerada não equânime e questionável

eticamente a valoração da vida das pessoas

(ANAND; HANSON,1996; VOS ; MATHERS et al., 2001)

Não refletir os valores sociais, já que não é validada em grandes populações

Atribuir pesos mais elevados para as idades da população economicamente ativa

Produzir diferenças no rank das principais causas de DALY

(MATHERS, et al., 2001)

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2- Ponderação das incapacidades

Atribuição de pesos à mortalidade e à certas doenças e seqüelas

Escala varia de o(zero) - estado de ótima saúde a 1(um) - estado equivalente à morte (6 níveis)

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Pontos críticosPontos críticosAs categorias definidas por

especialistas não levam em conta o modo pelo qual os indivíduos e recursos sociais compensam o nível de incapacidade experimentada

(REIDPATH, 2003; VOS; MATHERS, 2000; ARNAND; HANSON, 1997)

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Portanto, Usar um peso único para uma doença

a fim de garantir a objetividade,

não adapta o peso às populações com diferentes distribuições de gravidade,

desconsiderando o contexto ambiental, cultural e social no qual a incapacidade ocorre.

(REIDPATH, 2003; VOS; MATHERS, 2000; ARNAND; HANSON, 1997, SAYERS; FLIEDNER,1997)

Page 63: AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA SAÚDE Grupo 1 Anaditália Araújo Claúdio Amorim Caroline Fidalgo Virginia Ramos Douglas Mori Hugo Antonio

EmboraO peso fixo para as incapacidades

pretende ser igualitário

E assim contribuir para uma mais eqüânime distribuição dos recursos,

Mas, ao contrário, pode comprometer a equidade entre as diferentes regiões

(REIDPATH, 2003

Page 64: AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA SAÚDE Grupo 1 Anaditália Araújo Claúdio Amorim Caroline Fidalgo Virginia Ramos Douglas Mori Hugo Antonio

Taxa de descontoTaxa de desconto

A taxa de desconto é aplicada em relação aos

anos de vida que se perderiam no futuro

Desde que é pouco provável que todos vivam o tempo de expectativa de vida teórico

Com um painel de especialistas e base em dados de custo efetividade definiu-se taxa de desconto de 3% anual

Prática rotineira em análises econômicas

Page 65: AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA SAÚDE Grupo 1 Anaditália Araújo Claúdio Amorim Caroline Fidalgo Virginia Ramos Douglas Mori Hugo Antonio

Pontos CríticosPontos Críticos

Não há consenso sobre sua utilizaçãoNão há consenso sobre sua utilização

Entre os que são favoráveis a sua utilização não Entre os que são favoráveis a sua utilização não há consenso sobre os valores a serem há consenso sobre os valores a serem empregadosempregados

Não fica claro a razão da escolha da taxa de Não fica claro a razão da escolha da taxa de desconto: utilidade ou valor monetário.desconto: utilidade ou valor monetário.

(ANAND; HANSON,1996)(ANAND; HANSON,1996)

Page 66: AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA SAÚDE Grupo 1 Anaditália Araújo Claúdio Amorim Caroline Fidalgo Virginia Ramos Douglas Mori Hugo Antonio

VANTAGENS DO DALY

Incorpora o tempo vivido com incapacidade

Estimativas auxiliam a decisão para alocação de recursos

(LOPEZ et al. 2006; GADELHA et al 2002; MATHERS et al., 2001ANAND; HANSON,1996 )

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VANTAGENS DO DALY Integrar, validar, analisar e disseminar

informações sobre saúde

Uso de métrica comum para resumir a carga da doença nas categorias da CID

Indicador para avaliar o progresso ou

desempenho de regiões e entre elas

Participação vários especialistas para debater valores: esclarece valores e estimula a consideração de prioridades para distribuição recursos

(LOPEZ et al,2006 )

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VANTAGENS DO DALY Possibilita avaliar várias doenças simultaneamente

Realizar estimativas segundo fatores risco, custo-efetividade e projeções

Facilita a inclusão de desfechos não-fatais nos

debates sobre políticas de saúde internacionais

Torna a avaliação epidemiológica objetiva e seus resultados menos vulneráveis a grupos de pressão

Apoiar a definição de programas e políticas de saúde

Sintetiza as informações de freqüência e gravidade

(GADELHA et al,2002)

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Considerações finaisConsiderações finais

Utiliza diversas estatísticas - fontes secundárias: imprecisões

Sintetiza informações → fornecer uma visão parcial da realidade e ocultar diferenças, se constitui numa importante ferramenta para avaliação da carga de diversas doenças no nível global e regional

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Permite comparações internacionais, emprega dados epidemiológicos e estatísticos disponíveis em países desenvolvidos e em desenvolvimento

Importante ferramenta para avaliação da carga global das doenças

Considerações finaisConsiderações finais

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Considerando a escassez e finitude dos recursos, o indicador permite identificar alternativas relevantes para a tomada de decisões e auxiliar no estabelecimento de prioridades para alocação de recursos em saúde

Considerações finaisConsiderações finais

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Finalizando,Finalizando, “uma medida de resultado da saúde da população não necessita incluir todos os determinantes importantes deste resultado para serem usados nas análises que olham para o relacionamento entre os determinantes e a própria medida de resultado” (REIDPATH, 2003

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Avaliação econômica de Avaliação econômica de Custo-Utilidade: QALYSCusto-Utilidade: QALYSQuality-adjusted life years/Quality-adjusted life years/Anos de vida ajustados pela Anos de vida ajustados pela

qualidade (AVAQ)qualidade (AVAQ)

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Qualidade de Vida: conceito e Qualidade de Vida: conceito e aplicaçõesaplicações “entendida como qualidade de vida subjetiva ou qualidade

percebida pelas pessoas”; conceito ainda amorfo, não consensual, caracterizado por

subjetividade e a multidimensalidade; Aplicações diversas:

◦ Triagem e monitoramento de problemas psicossociais;◦ Estudos populacionais sobre estado de saúde;◦ Auditoria médica;◦ Medidas de resultados em serviços de saúde◦ Análise econômica de custo-utilidade (custo / qualidade

de vida)

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Qualidade de vida: abordagens Qualidade de vida: abordagens e medidase medidas Utilidade – conceito e princípio econômico

◦ Satisfação do indivíduo em conseqüência do consumo de bens e serviços de saúde (preferência por estados de saúde)

◦ Deriva da Teoria econômica da tomada de decisões sob incerteza (Neumann e Morgenstern, 1944)

Conceito empregado para indicar a satisfação obtida pelo indivíduo Conceito empregado para indicar a satisfação obtida pelo indivíduo em conseqüência do consumo de bens e serviços de saúde. Nota: em conseqüência do consumo de bens e serviços de saúde. Nota:

esse conceito é utilizado para denominar uma quantificação da esse conceito é utilizado para denominar uma quantificação da qualidade de vida das pessoas, que pode não estar baseada qualidade de vida das pessoas, que pode não estar baseada

necessariamente nas preferências dos consumidores, podendo necessariamente nas preferências dos consumidores, podendo resultar de avaliações feitas por profissionais. resultar de avaliações feitas por profissionais.

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QALY –Quality-adjusted life yearQALY –Quality-adjusted life yearEm português: anos de vida ajustados pela Em português: anos de vida ajustados pela qualidade (AVAQ). Unidade de medida qualidade (AVAQ). Unidade de medida bidimensional do bem-estar de um indivíduo ou bidimensional do bem-estar de um indivíduo ou de um grupo de pessoas que ajusta os anos de de um grupo de pessoas que ajusta os anos de vida segundo a utilidade avaliada como vida segundo a utilidade avaliada como conseqüência de estados imperfeitos de saúde. conseqüência de estados imperfeitos de saúde.

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Leva em conta tanto a quantidade como a Leva em conta tanto a quantidade como a qualidade de vida resultantes de uma intervenção qualidade de vida resultantes de uma intervenção de saúde. A suposição básica do QALY/AVAQ é que de saúde. A suposição básica do QALY/AVAQ é que há dois resultados principais associados a uma há dois resultados principais associados a uma intervenção de saúde:intervenção de saúde:

a) expectativa de vida, expressa em anos de vida ganhos;

b) qualidade de vida com saúde, segundo a qual um ano em perfeita saúde é igual a 1 e a morte é igual a zero.  A estados de saúde considerados piores do que a morte se atribuem valores negativos.

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O QALY/AVAQ é o produto aritmético da expectativa de vida e a medida da qualidade de vida dos anos remanescentes.

O QALY/AVAQ fornece um indicador para avaliar os benefícios oriundos de uma variedade de intervenções em termos de qualidade de vida e sobrevivência do paciente.

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Quando combinado com os custos das intervenções – análise de custo-utilidade – indica o custo adicional necessário para gerar um ano em perfeita saúde (um QALY/AVAQ). Comparações podem ser feitas entre intervenções que custam menos (baixo custo por QALY/AVAQ) e aquelas que custam mais (alto custo por QALY/AVAQ).

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Abordagens de qualidade de vida:

Medidas psicométricas

Medidas de preferência por estados de saúde

Instrumentos de medida:

Genéricos: Short Form Health Survey (SF-36), Nottingham Health

Survey (NHP), Sickness Impact Profile (SIP), McMaster Health Index

Questionnaire (MHQ);

Específicos: doenças crônicas (DM, DPOC, AR), determinadas

populações e funções;

Diretas (escolha pela chance, tempo e escala visual analógica ) e

Indiretas (sistema multiatributos: EuroQol 5D, Quality of Well-Being

Scale e SF-6D).

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Análise de custo-utilidadeAvaliação econômica completa que permite a comparação entre quaisquer tipos de intervenções de saúde e os efeitos dessas, medidos em Anos de Vida Ajustados pela Qualidade (Avaq). Nota: os custos de intervenções de saúde são expressos em unidades monetárias. AVAQ - Anos de vida ajustados pela AVAQ - Anos de vida ajustados pela qualidadequalidade

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O QALY/AVAQ está longe ser uma medida perfeita pois apresenta uma série de limitações técnicas e metodológicas. Ainda assim, é uma das mais usadas nas decisões de alocação de recursos em saúde.

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Alternativa ao Alternativa ao QALYs QALYs

Saved Young Life Equivalents (SAVEs)

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Como avaliar a qualidade de vida?

Instrumentos

Propriedades de medida

Aplicação Interpretação

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Saved Young Saved Young Life Equivalents Life Equivalents (SAVEs)(SAVEs)

Erik Nord (1992) sugere como unidade de medida o salvamento da vida de um jovem (e restauração da saúde), uma vez que a maior parte dos indivíduos consideram isso o máximo benefício que um indivíduo pode obter.

Os SAVEs são determinados através do Person trade-off.

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Principais vantagens do Principais vantagens do SAVESAVE

Rendimento dos valores sociais para a saúde ganhos para os indivíduos em forma mais direta;

Incorporar várias regras distribucional; Utilize facilmente unidade de medida

compreensíveis. São dependentes das características sócio

econômicas, sócio demográficas e idade. Considera o impacto de programas em grupo

(sexo, idade, etnias)

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Medição da qualidade de Medição da qualidade de vidavida

Os instrumentos gerais permitem a obtenção de valores do estado de saúde genérico dos indivíduos, independentemente de um problema ou doença específicos. Como exemplos de instrumentos gerais temos:

Quality of Well Being (QWB), EuroQol (EQ-5D);Short Form 36 Health Survey Instrument (SF-36);Short Form 12 Health Survey Instrument (SF-12);Sickness Impact Profile (SIP)(Nunes, 1998).

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BIBLIOGRAFIA:BIBLIOGRAFIA:BRASIL. Exército Brasileiro. Comandante do Exército. Portaria nº 150, de 27 de maio de 2009. Aprova a Diretriz para realização de Intervenção Coronariana Percutânea em pacientes do Sistema de Assistência Médico-Hospitalar aos militares de Exército e seus dependentes. Brasília, 2009.

BRASIL. Exército Brasileiro. Departamento Geral do Pessoal. Portaria nº 048, de 28 de fevereiro de 200. Aprova as Instruções Reguladoras para a Assistência Médico-Hospitalar aos Beneficiários do Fundo de Saúde do Exército (IR 30-38). Brasília, 2008.

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BIBLIOGRAFIA: BIBLIOGRAFIA: BRASIL. Exército Brasileiro. Departamento Geral do Pessoal. Portaria nº 759, de 20 de dezembro de 2002. Aprova as normas para implantação e funcionamento das comissões de Ética Médica, de Revisão de Prontuário Médico, de Lisura de Contas Médicas e de Controle de Infecção Hospitalar em Organizações Militares de Saúde do Exército. Brasília, 2002.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Área da Economia da Saúde e Desenvolvimento. Avaliação econômica em saúde: desafios para a gestão no Sistema Único de Saúde. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008.

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BIBLIOGRAFIA: BIBLIOGRAFIA:

MOTTA, Ana Letícia Carnevalli. Auditoria em enfermagem nos hospitais e operadoras de planos de saúde. São Paulo:Iátria, 2003.

PEREIRA, J. Glossário de economia da saúde. In: PIOLA, Sérgio F.; VIANNA, Solon M. Economia da saúde: conceito e contribuição para a gestão da saúde. Brasília: IPEA.

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BIBLIOGRAFIA: BIBLIOGRAFIA: UGÁ, Maria Alicia Dominguez. Instrumentos de avaliação econômica dos serviços de saúde: alcances e limitações. In: PIOLA, Sérgio F.; VIANNA, Solon M. Economia da saúde: conceito e contribuição para a gestão da saúde. Brasília: IPEA.

VIANNA, D.; MESQUITA, E. T. Economia da saúde: ferramenta para a tomada de decisão em medicina. Rio de Janeiro: Revista da COCERJ, 2003.

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BIBLIOGRAFIA: BIBLIOGRAFIA: Leite, H. J. D. Vigilância sanitária em serviços de saúde: risco e proteção da saúde em serviços de hemodiálise. Bahia-Brasil, dezembro 2007.  Navarro, M. V. T. Conceito e controle de riscos à saúde em radiodiagnóstico: uma abordagem de vigilância sanitária . Bahia-Brasil, dezembro 2007. 

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‘’ Lo que cuesta la enfermedad y lo que vale la salud’’(C. E. A. Wi n s l o w – Bacteriologista americano e pesquisador

em Saúde Pública).