avaliação dos riscos ambientais causados por atividades turísticas no povoado da lapinha, santana...
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AVALIAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS CAUSADOS POR ATIVIDADES TURÍSTICAS NO POVOADO DA LAPINHA, SANTANA DO RIACHO / MGAutor: Márcio Marques Aguiar FerreiraTRANSCRIPT
FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL
Autor: Márcio Marques Aguiar Ferreira
AVALIAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS CAUSADOS POR ATIVIDADES
TURÍSTICAS NO POVOADO DA LAPINHA, SANTANA DO RIACHO / MG
Belo Horizonte / MG
2011
MÁRCIO MARQUES AGUIAR FERREIRA
AVALIAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS CAUSADOS POR ATIVIDADES
TURÍSTICAS NO POVOADO DA LAPINHA, SANTANA DO RIACHO / MG
Monografia apresentada ao programa de Pó-
Graduação em Engenharia Ambiental da Faculdade de
Engenharia de Minas Gerais, como requisito parcial
para obtenção de titulo Especialista em Engenharia
Ambiental. Linha de pesquisa: Gestão de planejamento
para danos das atividades turísticas.
Orientador: Professor André Pereira Rosa.
Belo Horizonte / MG
2011
Dedico esta monografia à minha família que sempre me apoiou, e às pessoas que estiveram ao meu lado.
RESUMO
O presente trabalho acadêmico aborda a questão das atividades turísticas em pequenos povoados com atrativos naturais. Este estudo possui como temática a situação das atividades turísticas que são inseridas sem o devido planejamento e controle sócio ambiental, como é o exemplo do povoado da Lapinha, pertencente ao município de Santana do Riacho, situado no estado de Minas Gerais. Busca-se demonstrar as principais interferências ambientais através de análises estatística e respectivamente de dados científicos referente a esse tema. Este fato nos remete a uma análise do contexto sócio ambiental, avaliado por aspectos caracterizados como, posterior ao surgimento do advento do turismo nesta localidade. O tema traz a discussão de pontos relevantes para a sustentabilidade ambiental do local, possibilita descrever a relevância da preocupação pelo aumento dos resíduos gerados, disposição e local do aterro controlado, aborda a falta de infra estrutura para o turismo vindo relatar demais pontos negativos estabelecidos por ausência de controle e política ambiental adequada. Prevê as possibilidades de riscos sócios ambientais associados com as atividades turísticas através de uma abordagem direta no local, fornecidas por pesquisas in loco, registros de imagens, dados estatísticos.
ABSTRACT
This scholarly work addresses the issue of tourism activities in small towns with natural attractions. This study has as its theme the situation of tourism activities that are inserted without proper environmental planning and controlling shareholder, as is the case of Lapinha village, the municipality of Santana do Riacho, located in Minas Gerais. It also demonstrates the major environmental interference by the statistical analysis of scientific data respectively relating to this subject. This fact leads us to an analysis of the social environment, characterized as rated by aspects, after the emergence of the advent of tourism in this area. The theme brings the discussion of issues relevant to the environmental sustainability of the site allows to describe the relevance of concern for the increase in waste generated, disposal and the landfill site, addresses the lack of infrastructure for tourism report coming too negative points established by absence of control and appropriate environmental policy. Provides the potential for environmental risks associated with partners tourism activities through a direct approach on site, provided by on-site research, registry files, statistical data.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 Mapa de Localização - S.R/MG ...............................................................10
FIGURA 2 Local de captação da água para o consumo no povoado da Lapinha - S.R/MG .....................................................................................................10
FIGURA 3 Perímetro Urbano - Lapinha - S.R/MG ....................................................11
FIGURA 4 Aterro Controlado - S.R/MG .....................................................................28
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 Quantidade de estabelecimentos e leitos disponíveis - Lapinha – S.R/MG ...................................................................................................15
TABELA 2 Quantidade de: Estabelecimentos comerciais, domicílios, moradores e media estimada de turistas - Lapinha - SR/MG ........................................16
TABELA 3 Dados da vulnerabilidade dos recursos hídricos - S.R/MG .....................19
TABELA 4 Vulnerabilidade natural associada à disponibilidade natural de água S.R/MG .....................................................................................................20
TABELA 5 Saúde - S.R/MG ......................................................................................20
TABELA 6 Saneamento - S.R/MG ............................................................................20
TABELA 7 Educação - S.R/MG ................................................................................21
TABELA 8 Distribuição espacial da população - S.R/MG .........................................21
TABELA 9 Resultado dos danos ambientais Lapinha - S.R/MG ..............................27
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................07 2. OBJETIVOS ..........................................................................................................09 2.1 Objetivo geral.....................................................................................................09 2.2 Objetivos específicos .......................................................................................09 3. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................09 3.1 Características gerais do sitio estudado e localização .................................09 3.2 Dados para o planejamento das atividades que envolvem o turismo .........13 3.3 Analise da utilização dos recursos naturais e ocupação local......................15 3.4 Relações entre riscos ambientais e atividades turísticas .............................17 3.5 A utilização do Z.E.E-S.R/MG ...........................................................................18 3.6 Licenciamento ambiental para criação de um pólo turístico em S.R/MG.....22
4. METODOLOGIA ...................................................................................................23 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ..........................................................................26 5.1 Diagnostico da situação encontrada Lapinha - S.R/MG.................................26 5.2 Avaliação dos resíduos sólidos e do aterro controlado – S.R/MG................28 5.3 O impacto do deslocamento por trilhas – S.R/MG .........................................29 5.4 Aumento do numero de imóveis no perímetro urbano - Lapinha..................30 6. RECOMENDAÇÕES / MEDIDAS DE CONTROLE ..............................................31 6.1 Gestão ambiental sustentável - S.R/MG...........................................................31 6.1.1 PCRS - Programa de controle resíduos sólidos e PNRS - Política Nacional dos Resíduos Sólidos .............................................................................................33 6.1.2 Proposta da introdução de programa para a educação ambiental ...........34 6.1.3 O controle das ocupações sazonais de turistas - S.R/MG .........................35 6.1.4 Planejamento e implantação da coleta seletiva ..........................................36 6.1.5 Caracterização da área para uma usina de compostagem ........................38 6.1.6 Logística reversa e responsabilidade compartilhada .................................39 6.2 Implantação de um pólo turístico em S.R/MG ................................................40 7. SANEAMENTO BASICO - SR/MG .......................................................................42 7.1 Política de saneamento básico ........................................................................42 7.2 Plano diretor e o saneamento básico local .....................................................43 7.3 Plano de saneamento básico para municípios de pequeno porte................44
8. CONCLUSÃO .......................................................................................................47 9. REFERÊNCIA BIBLIIOGRÁFICA .........................................................................48
7
1. INTRODUÇÃO
O planejamento do turismo, atividade que envolve relações sócio-espaciais,
encontra a possibilidade de reflexão sobre as formas para o melhor aproveitamento
dos recursos naturais, incluindo nessa discussão, propostas e medidas que buscam
manter o equilíbrio entre essas relações.
Aos fatores que delineiam e tornam preocupantes os problemas abordados neste
trabalho, tem como ênfase à questão ambiental, visto que o desenvolvimento da
atividade turística em localidades que possuem atrativos ecológicos como
cachoeiras, grutas, matas nativas, rios e lagos e que não apresentam infra-estrutura
básica para sustentá-lo, são cada vez mais freqüentes.
Desta forma, torna-se imprescindível a manutenção e proteção dessas áreas,
através do controle das formas de utilização dos recursos naturais pelo turismo. A
exploração destes atrativos, sem o devido controle, está associada ao aumento de
danos ambientais, entre eles a geração de resíduos.
Um fator de preocupação é o destino final desses materiais, configurando uma
posição de responsabilidade socioambiental entre comércio, órgãos públicos e
setores privados envolvidos com a atividade turística, que utilizam os locais como
atrativos naturais.
No povoado da Lapinha os riscos ambientais provindos do turismo ecológico não
têm sido estudados e monitorados de forma sistemática e os problemas acarretados
desta situação, indicam a importância de se buscar através de uma discussão
temática a contribuição efetiva destas relações.
A realidade vigente de falta de infra-estrutura local da região difere das riquezas dos
recursos naturais existentes que são preponderantes para sobrevivência da
comunidade local. Este ambiente enquanto sustentável na diversidade ecológica e
8
em equilíbrio natural com o povoado atualmente é valorizados pela qualidade de
vida existente.
No entanto quando saturado pelo grande contingente de pessoas que visitam esta
localidade, passa-se a observar alterações ambientais gerados por intervenções
antrópicas e que passam a causar Impactos sobre a população local.
Conhecer a forma como se desenvolve a atividade turística no povoado da Lapinha
torna-se importante para verificar até que ponto tal atividade vem se desenvolvendo
de forma sustentável, considerando os impactos dela decorrentes e a necessidade
de preservação do ecossistema local.
Um dos aspectos de analise para a avaliação local é a geração dos resíduos
deixados nos atrativos ou no perímetro do povoado, expressa a preocupação com o
incremento da atividade turística, considerando os impactos que estes resíduos vêm
promovendo nesse local.
Discorre neste estudo demais explicações referentes aos aspectos ambientais da
ocupação local, saneamento básico, cobertura vegetal e dos recursos hídricos que
serão correlacionados ao contingente de turistas através de dados das interferências
negativas.
O tema abordado torna-se determinante para se definir diretrizes de planejamento e
manutenção das atividades turísticas da região, integrando-as ao equilíbrio
ambiental, segundo os princípios do desenvolvimento local sustentável, o que
justifica a elaboração de um projeto definitivo para a segurança social e ambiental
desta região através dos dados sócio-espaciais e ambientais observados, que
especificam os problemas da exploração e uso das áreas e seus recursos naturais.
2. OBJETIVOS
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2.1 Objetivo geral
Avaliar os riscos ambientais causados pelo aumento das atividades turísticas na
comunidade de Lapinha em Santana do Riacho / MG.
2.2 Objetivos específicos:
Identificar os principais aspectos e impactos relacionados com o aumento das
atividades turísticas em Lapinha – S.R/MG.
Levantar estudos de dados para propostas de soluções e medidas de
controle.
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Características gerais do sitio estudado e localização
O povoado da Lapinha em Santana do Riacho/MG, pertence à bacia hidrográfica do
rio das Velhas se localiza na sub bacia do rio Cipó e micro bacias dos córregos da
Lapinha e Mata-Capim, que juntos formam a Lagoa da Lapinha na porção meridional
do Espinhaço.
A figura 1 ilustra a delimitação do perímetro urbano da cidade de Santana do Riacho
e do povoado da Lapinha. Representa a identificação dos elementos topográficos e
hidrográficos a localização do aterro controlado o local de captação da água que
abastece o povoado. O trecho em linha vermelha refere ao acesso que liga a sede
da cidade de Santana do Riacho ao povoado da Lapinha.
10
O acesso a partir de Belo Horizonte pode ser realizado pela MG-424, até a cisão da
MG-010, aproximadamente 120 km (NNE) de Belo Horizonte e de coordenadas 19°
07” 20’(S) e 43°40”30’(W).
Figura 1 : Mapa de localização do povoado da Lapinha. Fonte: IBGE – Carta Geológica de Baldim, folha SE-23-Z-C-III.
A figura 2 demonstra o local onde é feita a captação da água que abastece o
povoado. A água é captada na superfície e armazenada em um reservatório e
posteriormente canalizada até a caixa de água do povoado.
Figura 2 - Local de captação da água que abastece o povoado da Lapinha. Fonte: Dados de campo. Dezembro/2010
11
Este fator remete também a adequação e infra-estrutura do comércio e residências
próximas à lagoa da Lapinha e outros cursos d´agua, por possibilitarem o risco de
alteração na qualidade da água assim como do lençol freático, através de seus
escoadouros domésticos e do comércio já que muitas delas, não possuem
tratamento do esgoto e fossas sépticas, conforme apresentado na figura 3.
Figura 3 – Perímetro urbano do povoado da Lapinha Próximo a Lagoa. Fonte: Dados trabalho de Campo – Dezembro 2010.
Que segundo ZORATTO:
O maior fator de deterioração do meio ambiente está, no entanto, associado aos esgotos oriundos das atividades urbanas. Os esgotos contêm nitrogênio e fósforo, presentes nas fezes e urina, nos restos de alimentos, nos detergentes e outros subprodutos das atividades humanas. (ZORATTO, 2006 p.4)
A região em questão foi decretada como área de preservação ambiental (APA) –
Morro da Pedreira, estabelecida pelo Presidente da República José Sarney, Decreto
nº 98.891/90.
Possui como características o bioma de Cerrado que “predomina vegetação típica
de campos rupestre de altitude”. (CAIAFA, 2003, p.77)
12
De clima “tropical de altitude com verões frescos e estação seca bem definida. As
temperaturas médias anuais ficam em torno de 21,2°C e apresenta precipitação
média anual de 1622 mm”. (IBAMA, 2008, sp.)
O relevo estudado na região da Lapinha constitui formas mais elevadas da região
em estudo com pontos máximos de 1680m de altitude conhecido como Pico do
Breu, e 1670 m Pico da Lapinha.
Destaca no mapa geológico, Fogaça e Mourão (1977, s.p), Supergrupo Espinhaço
Meridional e Setentrional – quartzitos laminados brancos acinzentados.
Configura no compartimento da área em estudo, vertentes acentuadas seguidas por
platôs e depressões com grande número de nascentes perenes e intermitentes, que
contribuem para formação da lagoa da Lapinha. Estes aspectos do relevo são
confirmados pela geologia do compartimento estudado, segundo as representações
seguintes de SAADI:
Em escala regional o planalto Meridional da Serra do Espinhaço enquadraria toda região localizada entre a nascente do rio Cipó que se estende até a Bahia. (SAADI, 1995). As formas de relevo resultantes de sua esculturação pela dissecação fluvial são representadas, majoritariamente, por cristas, escarpas e vales profundos adaptados às direções tectônicas e estruturais. No trecho meridional de direção NNW-SSE (Serra do Cipó). (SAADI, 1995 p. 41)
Outros dados importantes e que se referem ao âmbito estudado é sobre a economia
já que a região não possui indústrias ou empresas de pequeno ou médio porte,
portanto a produção na região é predominantemente básica de produção rural de
subsistência. Atualmente esta região também tem como renda o turismo ecológico.
Concede no contexto histórico a existência em S.R/MG de sítios arqueológicos
conhecidos como o grande abrigo de Santana do Riacho, dados pelos vestígios
encontrados que explica PROUS:
13
Dentre os vestígios encontrados em Santana do Riacho, destacam-se a coleção de aproximadamente 40 esqueletos sepultados, cujas morfologias e datações são compatíveis com os esqueletos anteriormente encontrados no Carste de Lagoa Santa, e que correspondem à ocupação humana mais antiga da América do Sul, denominada de “População de Lagoa Santa” (PROUS, 1992/1993).
Muitos destes vestígios, como as pinturas rupestres, encontram-se próximos aos
locais utilizados para atrativos naturais como dentro das grutas e cavernas
espalhadas pela região, em rochas próximas as trilhas utilizadas por pessoas, nas
proximidades das cachoeiras onde encontra os paredões dos sítios arqueológicos
mencionados.
Quanto à população “o município de Santana do Riacho apresenta 4.023 habitantes,
e uma área de 676,7 km²” (IBGE, 2010). Estima-se que o povoado da Lapinha
possui aproximadamente 380 moradores.
3.2 Dados para o planejamento das atividades que envolvem o turismo
Em décadas anteriores o modelo ambiental da região de Santana do Riacho que
inclui o povoado da Lapinha, convergia positivamente para uma melhor qualidade de
vida dos habitantes, assim como para a produção existente que representava
menores riscos ambientais, este fato era considerado a partir do isolamento dos
atrativos naturais em virtude do difícil acesso ao povoado.
Contudo na última década os espaços antes inacessíveis e de pouco interesse,
passaram a ser explorados por atividades turísticas, conhecidas como eco turísticas.
As atividades do turismo planejado devem operar através de um nível avançado de
sustentabilidade ambiental, potencializando a perpetuação da conservação da
qualidade de vida ambiental daquela região, caracterizada pelas relações entre o
lugar, atrativos naturais (paisagem) e atividade turística, como destaca
SUERTEGARAY:
14
Isto implica em compreender o lugar através de nossas necessidades existenciais quais sejam, localização, posição, mobilidade, interação com os objetos e/ou com as pessoas. Identifica-se esta perspectiva com a nossa corporeidade e, a partir dela, o nosso estar no mundo, no caso, a partir do lugar como espaço de existência e coexistência. (SUERTEGARAY, 2001, p.93).
Este fato reforça a preocupação sobre a conservação do local e a valorização e
integração do homem do campo nas atividades turísticas, impedindo a expropriação,
emprego informal, fuga e deteriorização cultural ou a perda das atividades antes
existentes.
Atualmente a atividade turística passou a ser uma fonte econômica para o povoado
da Lapinha. Paulatinamente o turismo está se tornando a principal fonte de renda
onde muitas pessoas prestam serviços em bares, restaurantes, pousadas,
campings, como guias turísticos, transportes e diversos serviços aos turistas.
Desta forma, justifica-se conhecer a maneira como essa atividade se desenvolve e
até que ponto pode ser considerada sustentável. De acordo com RUSCHMANN:
O turismo deve ser considerado como fator de desenvolvimento prioritário em todas as localidades nas quais ele se constitui a maior fonte de renda e a base de existência da maioria dos empreendimentos que dependem direta ou indiretamente da atividade. Com base da idéia de que não há perspectivas de implantação de indústrias e de transformação da localidade em pólo econômico com rendimento de outros setores produtivos, o desenvolvimento do patrimônio turístico deve direcionar todas as ações de planejamento. O turismo é visto como atividade não tradicional e suas diretrizes de desenvolvimento são originarias de outros campos da atividade econômica; porém já apresenta um corpo teórico substancial que pode fundamentar cientificamente as mais amplas discussões e decisões sobre o seu planejamento. (RUSCHMANN, p. 165, 1999)
As relações turismo e meio ambiente, culmina atualmente em debates de gestão
ambiental determinadas na busca de soluções para as principais áreas com
interferências antrópicas. Destacando-se para subsidiar diretrizes de planejamento e
manutenção das atividades turísticas.
15
Sabe-se que através de um maior controle das atividades do turismo e na busca de
adequar ou corrigir as interferências, sejam culturais ou ambientais, estas atividades
poderão ser um fator de desenvolvimento sustentável.
3.3 Analise da utilização dos recursos naturais e ocupação local - S.R/MG.
Entre os anos de 1995 a 2010, surgiram 91 estabelecimentos. Em 1995 a
capacidade de carga era de 50 pessoas, em 2010 a capacidade de carga é de 595
pessoas.
Atualmente estima-se que o local receba uma população média de três vezes maior
que a capacidade existente no povoado, ou seja, 2200 pessoas durante os períodos
de feriados, como o carnaval.
Na tabela 1 é possível avaliar a capacidade máxima de atendimento local para os
visitantes assim como o numero de leitos disponíveis.
Tabela: 1 - Quantidade de estabelecimentos e leitos disponíveis – SRS Lapinha - S.R/MG
Estabelecimentos 1998 2002 2008 2010 Media
Chalés 0 14 41 44 2,2 pessoas por Chalé
Pousadas 2 4 9 13 2,3 pessoas por quarto
Áreas de Camping 1 3 4 5 45 pessoas por área
Casas Veraneios 8 14 36 40 08 pessoas por casa
Total de Leitos p/ os turistas 141,2 342,2 702,9 851,1
Fonte: Dados de Campo Jan/2011 *Sete quartos por pousada
Acerca do aumento dos habitantes, o planejamento das atividades turísticas requer
estudos que estabeleçam as relações dos usos dos recursos naturais, que venham
definir através da economia ambiental o melhor aproveitamento destas áreas.
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Contudo advêm com este cenário informações sobre como vem se desenvolvendo
as atividades turísticas em S.R/MG (Tabela 2).
Tabela 2 - Quantidade de: Estabelecimentos comerciais, domicílios, moradores e media estimada de turistas - Lapinha - S.R/MG.
Especificações 1995 2000 2007 2010
Moradores locais 210 250 340 380
Comércio local 4 8 20 26 Domicílios locais Media estimada de turistas
40 50
60 800
180 2000
250 2200
Fonte: Dados de campo 2008/2009/2010/2011
Outro aspecto constituído neste estudo se refere aos passeios turísticos. Pode-se
identificar os danos ambientais nas trilhas e atrativos naturais devido aos resíduos
sólidos que são deixados pelas pessoas que percorrem as trilhas, possibilitando o
acúmulo de resíduos dispersos ou espalhados durante seus deslocamentos ao
longo da área.
Relaciona-se também a está atividade como risco ambiental a formação de novas
trilhas por passeios ditos ecológicos, pois as mesmas propiciam processos erosivos
por funcionarem como canais concentradores do fluxo de água superficial
provenientes de fenômenos pluviais.
As contribuições diretas pelas atividades turísticas existentes estão estabelecidas
como conseqüências identificadas pelo fator de falta de planejamento.
Os aspectos encontrados conduzem aos motivos das interferências no meio natural
do povoado da lapinha, estabelece uma explicação através dos dados estatísticos
que envolvem o crescimento local dado por ações de exploração das atividades
turísticas que desvalorizam o meio físico e as atividades de campo, sobre este
aspecto constata SAMPAIO:
17
É nessa ótica que o planejamento oferece um novo modelo para políticas governamentais, com estratégias concretas de intervenção corretivas, baseadas nos postulados interdependentes de eficiência econômica, eqüidade social e prudência ecológica e um novo critério de racionalidade social baseado na critica ao efeito de externacionalização de custos sócio ambientais, exercido pelo modelo puramente econômico. (SAMPAIO, 2004, p.27)
O equilíbrio e preservação ambiental do ecossistema da região da Lapinha e a
manutenção das atividades turísticas, prediz exclusivamente sobre o planejamento e
controle do espaço sócio ambiental utilizado, ao serem apurados os problemas
sócios ambientais através da metodologia utilizada se possam entender fatores
como o aumento dos resíduos gerados durante os feriados e estabelecer as etapas
gradativas sobre os demais problemas existentes a partir destas atividades
3.4 Relações entre riscos ambientais e atividades turísticas
O povoado da Lapinha é um local privilegiado por seus recursos naturais, e por este
fato começou a receber um número considerável de turistas em determinadas
épocas do ano, como em feriados, fins de semanas e férias, em busca de lazer e
descanso.
O foco principal dessas pessoas são passeios ditos ecológicos, e este fato
desencadeia melhores recursos econômicos para o povoado uma vez que a
atividade turística permite a inserção de famílias nas atividades do setor.
Este aspecto fortalece o conceito para o princípio do equilíbrio sócio ambiental, entre
as atividades turísticas, comunidade local e atrativos naturais. Tendo vista a
preocupação do melhor aproveitamento pelas atividades turísticas, direcionados
para a conservação ambiental, melhoria e manutenção da qualidade de vida local.
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Um ponto de estudo versa sobre a alteração da qualidade da água que é consumida
e utilizada pelas pessoas no povoado. A captação é feita à montante do córrego da
Lapinha e próximo a está área, a jusante do mesmo córrego, existem atrativos
naturais que são utilizados pelas atividades turísticas, estabelecendo o risco de
alteração na qualidade da água que abastece o povoado e devido à possibilidade de
utilização do local de captação da água para outros fins.
Conforme Gonçalves (apud ZORATTO, 2003, p.03), sobre o risco de “transmissão
de diversos organismos patogênicos (bactérias, vírus, protozoários e helmintos), via
contaminação de águas utilizadas para recreação, em fontes de abastecimentos de
água para o consumo humano e irrigação” é cada vez mais comum.
Outros aspectos estão associados ao turismo sem planejamento em virtude do
numero de pessoas que freqüentam atualmente e utilizam o mesmo espaço físico
sem determinada infra estrutura.
3.5 A utilização do Z.E.E-S.R/MG.
O desenvolvimento sustentável da região pode ser alcançado através do
planejamento junto as atividades turísticas, sendo evidente a necessidade de
ferramentas que propõem as orientações através de dados de campo como é o caso
do Z.E.E/MG (Zoneamento Ecológico Econômico).
Um indicador para o posicionamento adequado desta postura que pode delinear
sobre o devido controle compatível para a região em estudo que propõem “o uso e
destinação do solo, propriedade e posse da terra, proteção e uso da natureza,
zoneamento e gestão compartilhada de rios ou corpos d’água, de domínios
florísticos, de unidades do solo ou subsolo.” (Z.E.E/MG, 2010, s.p)
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No ZEE Estadual, os dois eixos temáticos representam a relação do homem com a natureza (critérios ecológicos e critérios sócio-econômicos), além de serem importantes para o desenvolvimento regional, identificando conflito de usos e recursos. Pode, portanto, ser utilizado como cenário alternativo para consolidação de potencialidades econômicas, recuperação de áreas degradadas, ocupação territorial integrada e ordenada, bem como para o planejamento dos projetos de infra-estrutura influenciados pela adoção de modelos (parâmetros) de desenvolvimento social, econômica, cultural e ambientalmente sustentáveis, com sensível melhoria na qualidade de vida da população. (Z.E.E – Zoneamento Ecológico Econômico de Minas Gerais - 2010)
Sendo nestas mudanças entendidas como necessárias para o incremento do
turismo tornar-se controlável, são esclarecidas através do conceito referente as
tensões geradas como fatores abordados por resiliências, sobre o ponto de vista do
aspecto cultural e sócio ambiental associada ao desenvolvimento e ocupação destes
locais de acordo com Munn (apud PAIVA, 2008 p.4)
O conceito de “Resiliência” pode ser definido como a capacidade de um sistema (ecológico, econômico, social) para absorver as tensões criadas por perturbações externas, sem que se altere. O conceito de “Resiliência” para a ecologia é a capacidade de um sistema suportar perturbações ambientais, de manter sua estrutura e padrão geral de comportamento quando modificada sua condição de equilíbrio. (MUNN, 1979)
Pode ser destacado que, esta mesma região antes isolada e de difícil aceso até
seus recursos naturais, “principalmente os recursos hídricos”, atualmente passaram
fazer parte dos roteiros turísticos do Parque Nacional da Serra do Cipó e da Estrada
Real.
O potencial hídrico da região é caracterizado pelas tabelas 03 e 04 S.R/MG – Z.E.E /
MG (2010).
Tabela 03: Vulnerabilidade dos Recursos Hídricos S.R/MG
Classe Área (ha) Per(%)
Alta 52013.5 77%
Media 15662.3 24%
Fonte: Z.E.E / MG
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Tabela 04: Vulnerabilidade natural Associada à Disponibilidade Natural de Água Superficial S.R/MG
Classe Área (ha) Per(%)
Alta 63302.8 94%
Media 4380.52 7%
Fonte: Z.E.E / MG
Sobre a questão do aceso, considera como fator para discussão do planejamento
ambiental, a pavimentação e asfaltamento da estrada que liga o município S.R/MG à
capital e a outros centros urbanos do estado.
Até o ano de Dezembro de 2010 eram 36 km de estrada não pavimentada que antes
restringiam dificultando o aceso das pessoas em determinadas localidades.
A partir da pavimentação em 2011 desta estrada, um grande percentual da
população pode ser inserido no processo de benéficos e serviços, como por
exemplo, o aceso a serviços essenciais com maior rapidez a exemplo da saúde,
educação e saneamento.
As tabelas 05, 06 e 07 - Z.E.E/MG dispõe os dados do município de S.R/MG.
Tabela 05: Saúde S.R/MG
Índice Nome Valor
3.3.4.1 Estado de Saúde 0.09%
3.3.4.2 Acesso e utilização de serviços 0.554%
Fonte: Z.E.E/MG 2010
Tabela 06: Saneamento S.R/MG
Índice Nome Valor
3.3.5.1 Existência de tratamento de esgoto p/ mais de 50% da população Não
3.3.5.2 Disposição adequada do lixo p/ mais de 70% da população Não
3.3.5.2.1 Existência de aterro sanitário Não
3.3.5.2.2 Existência de usina de compostagem Não Fonte: Z.E.E/MG 2010
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Tabela 07: Educação S.R/MG
Índice Nome Valor
3.3.2.1 Índice de escolaridade 87,26%
3.3.2.2 Índice de Qualidade de Ensino 0.17500%
3.3.2.3 Índice de acesso a Escola 0.976%
Fonte: Z.E.E/MG 2010
Entretanto como conseqüência subentende-se a possibilidade de risco ambiental na
ocupação gradativa dos povoados por aqueles que exploram sem controle as
atividades turísticas. Inicialmente este processo se da através de especulação
imobiliária, com a compra das terras ou casas dos nativos estes que terminam
normalmente expropriados dos locais de origem.
São oito os povoados do município de S.R/MG que concentram maiores
possibilidades de ocupação desordenada e com isso gerariam outros problemas
ambientais, Varginha, Curral Queimado, Melo, Mato Grande, Mangabeiras, Lapinha,
Rio de Pedras, Val da Lagoa e Usinas.
Tabela 08: Distribuição Espacial da População S.R/MG
Índice Nome Valor
3.2.1.1 Percentual da população urbana 46,22%
3.2.1.1.1 População total 37,39%
3.2.1.1.2 População Urbana 46,22
Fonte: Z.E.E / MG 2010
Observa que estes povoados estão localizados próximos aos Rios, Parauna, Rio
Cipó, Riachinho, Rio de Pedras e Lagoa da Lapinha. Ambientes propícios para
atividades turísticas com diversos atrativos naturais.
Outra preocupação se refere ao avanço dos condomínios e loteamentos próximos às
áreas de preservação ambiental, APA - Morro da Pedreira e do Parque Nacional da
Serra do Cipó. Grandes empreendimentos para ocupação habitacional destacam-se
22
ao longo da rodovia MG 10, seguindo de Lagoa Santa e Jaboticatubas até o Distrito
da Serra do Cipó.
3.6 Licenciamento ambiental para a criação de um pólo turístico em S.R/MG.
O licenciamento ambiental direcionado aos setores que envolvem atividades
turísticas apresenta para S.R/MG a solução eficaz que constitui no melhor controle
para o desenvolvimento sustentável para a região.
Visto o mesmo ser regulado pelo decreto 99.274/90 que dispõem sobre a criação de
estações ecológicas e áreas de preservação ambiental.
Através do licenciamento ambiental das atividades é possível assegurar e proteger o
patrimônio natural dos atrativos (cachoeiras, lagos, rios e nascentes, matas e grutas)
e melhorar a qualidade de vida existente e economia ambiental.
O estudo e elaboração desta avaliação se fazem necessário para caracterizar as
interferências das atividades turísticas, prevendo as conseqüências sociais e
ambientais dos empreendimentos nas comunidades locais do município S.R/MG.
É nesta proposta de trabalho que sustentara o futuro melhor para as localidades que
atualmente estão desprovidas de infra-estrutura necessária para receber os
empreendimentos.
Através das etapas resolução CONAMA 237/07 - (LP), (LI) e (LO) que o meio
ambiente e população poderão contar com determinada segurança e garantia de
sobrevivência em um futuro breve.
23
Esta avaliação é determinante para as perspectivas atuais existentes na região
devido ao crescimento progressivo do turismo, dados relatam o aumento do fluxo de
pessoas, circulação de mercadorias, e novos empreendimentos.
São muitas as vantagens concebidas pelo licenciamento ambiental entre elas pode
se destacar a segurança ambiental, social e econômica, regularização das
atividades públicas e privadas, legalidade ambiental para os empreendimentos
governamentais e privados, reflexos positivos no desenvolvimento sustentável da
região e melhores recursos financeiros disponíveis para investimentos.
A importância do licenciamento ambiental para as atividades turísticas está na
regulamentação das atividades que sucedera com perspectiva de proposta para
criação de um pólo turístico nas categorias de turismo ecológico, histórico, de
aventura, cientifico e o turismo rural.
Entre as características que integram a necessidade de licenciamento para as
atividades turísticas no município S.R/MG destacam a existência no município do
PNSC, a área preservação ambiental APA - Morro da Pedreira e por fazer parte do
circuito histórico da estrada real, ser privilegiada por um grande potencial hídrico
superficial, além de contar com uma represa que possibilita atividades turísticas,
apresenta também vegetação endêmica nos campos rupestres de bioma do Cerrado
localizado na Serra do Espinhaço - MG.
4. METODOLOGIA
Durante os anos de 2008 / 2009 / 2010 / 2011 nos períodos de maior movimentação
turística em S.R/MG, foram realizados estudos de campo com o intuito de analisar
os aspectos de interferências ambientais associadas as atividades turísticas.
24
Foi confeccionada uma carta hipsiometrica a partir da identificação dos pontos de
analise em coordenadas UTM concebida através da carta topográfica de Baldim
com auxilio de ferramentas de georeferenciamento.
Nestas datas foi gerado relatórios através da observação de campo sobre a
quantidade de pessoas que o local recebe e a quantidade de pessoas que o local
comporta.
Foi possível verificar através de observação de campo o acumulo de resíduos
inorgânicos em área não preparada sendo feito o registro através de imagens
fotográficas do local.
Realizou-se uma pesquisa com moradores naturais e residentes no local que
representa uma amostra in loco sobre como vem sendo realizada a ocupação e
utilização dos atrativos naturais e do perímetro do povoado da Lapinha.
Foram elaboradas duas tabelas com as informações registradas para explicar o
aumento gradativo do numero de estabelecimentos comerciais e de turistas, após os
anos de 2008 até 2011.
Foi verificado in loco o limite da capacidade de carga do local através da contagem
dos estabelecimentos de Chalés, Pousadas, áreas para camping e casas de
veraneios.
Foram feitos dois relatório em 2008 / 2009 durante os feriados de carnaval sobre as
ocorrências de desabastecimento básico de alimentos, água potável para consumo
humano e energia elétrica nos estabelecimentos da Lapinha.
Foi utilizado dados de referencia do Z.E.E de S.R/MG para fazer uma breve análise
local, que caracteriza as áreas de vulnerabilidade ambiental dos recursos hídricos
superficiais e a disponibilidade da água superficial.
25
Com a utilização do Z.E.E de S.R/MG pode relatar as características da região
sobre o saneamento a educação e a saúde da população do município de S.R/MG.
Através de registros de imagens foi verificada a forma de como se dá a captação de
água para o povoado da Lapinha - S.R/MG.
Foram feitos registros de imagens do aterro controlado nos anos de 2008 / 2009 /
2010 / 2011.
É verificada a tendência de ocupação das residências e comércios próximos a
margem da lagoa, registrado através de imagem fotográfica.
Através de pesquisa cientifica foram abordados os riscos ambientais sobre o uso
dos atrativos naturais, descaracterização do ambiente rural, utilização das trilhas em
excesso.
É feita uma abordagem sobre a depredação do patrimônio histórico de sítios
arqueológicos do grande abrigo de Santana do Riacho e do patrimônio natural APA -
Morro da Pedreira.
È verificada as informações de moradores sobre perdas de espécies nativas
endêmicas do bioma do cerrado em campos rupestres, (Canela-de-Ema, Bromélias,
Sempre Vivas e orquídeas) e o afugentamento da fauna local próximos aos atrativos
naturais utilizados por um grande numero de pessoas em atividades turísticas.
Foi elaborada uma tabela que caracteriza os aspectos e impactos associados as
atividades turísticas.
É utilizada a legislação ambiental como proposta para o S.G.A e agendas 21 para o
município de S.R/MG alem de um exemplo para o projeto de pólo turístico.
26
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1 Diagnósticos da situação encontrada - Lapinha - S.R/MG.
A transfiguração do espaço na Lapinha prediz inicialmente os novos conceitos de
consumo exacerbado de produtos impostos e expostos aos nativos desta região,
associado às atividades turísticas intensificadas pelos visitantes do local. Que lhe
atribuem à poluição difusa do espaço utilizado nos dias de descanso e de lazer,
detectada visualmente após estas datas a partir do aumento na quantidade de
resíduos recolhidos no local.
Entende-se que para a continuidade do desenvolvimento local através das
atividades turísticas deverá existir uma integração permanente que assegure o
equilíbrio do ecossistema.
Dentro da concepção de proteção socioambiental, esta avaliação vem abordar a
necessidade de controle na concentração dos turistas nos atrativos, até que um
planejamento acerca dessas atividades seja estudado e aplicado.
Em acordo a estas premissas sobre as possibilidades de danos gerados pelas
atividades turísticas, torna-se necessário integrar as partes envolvidas no processo
de desenvolvimento, ou seja, inserir e adaptar somente as formas de turismo
compatíveis aos recursos naturais existentes, afirma CAVACO:
Respeitar a capacidade de carga e acolhimento tendo como princípio a conservação dos recursos locais, físicos e humanos, diminuindo custos e elevando os benefícios com as atividades desenvolvidas. (CAVACO, 2001 p. 105)
27
ASPECTO ORIGEM E FATORES GERADORES MEDIDAS DE CONTROLE
Resíduos sólidos deixados Embalagens provindas do comercio e das Cumprimento da legislação ambiental.
em locais inapropriados residências. Campanhas educativas p/ turistas e comunidade.
O consumo exacerbado de produtos Implantação da logística reversa.
que possuem embalagens plásticas, vidros, Definir locais para receber os resíduos separados.
pet e isopor. Propor um selo de qualidade ambiental.
A pessoa que transporta as embalagens propor retorno das embalagens p/ locais
até os atrativos naturais. Implantar a coleta seletiva.
Descarte de embalagens em locais não preparados.
Excesso de turistas na Lapinha.
Aumento do numero de Pisoteio repetitivo na mesma vegetação de Definir um período de utilização das trilhas.
pessoas que utilizam as borda em determinadas trilhas que dão Capacitar e organizar os guias para a melhor
trilhas. acesso aos atrativos naturais da Lapinha. utilização das trilhas.
Abertura de novas trilhas. Orientação dos grupos de turistas no local.
Estipular um numero de acesso de pessoas
diários que passariam pelas trilhas.
Permitir o tempo necessário para a recuperação
e resiliência da vegetação pisoteada.
Definir metas ambientais para os guias e
agencias de turismos que utilizam os atrativos.
Grande contingente de Excesso de turistas para recreação no atrativo. Restringir o numero de visitantes.
pessoas que utilizam e Falta de guias qualificados. Visitas somente com guias preparados.
visitam os atrativos Atrativos naturais sem infra estrutura básica. Catalogar os recursos naturais existentes.
naturais hídricos da Espaço físico insuficiente no atrativo. Definir a forma de controle p/ utilização.
Lapinha em S.R/MG. Desconhecimento do turista sobre o local de Incentivar o turismo ecológico e cientifico.
recreação. Informar e direcionar os visitantes como
proceder e o que levar nos passeios ecológicos.
Atrativos turísticos Falta de guias qualificados p/ orientar o turista. Informar e direcionar os visitantes como
próximos a áreas do Atrativos naturais sem sinalização. proceder dentro da grutas, cavernas e lapas.
patrimônio histórico Cavernas, grutas e lapas sem infra estrutura. Visitas somente com guias preparados.
de S.R/MG. Pinturas rupestres em Lapas sem proteção. Incentivar o turismo aventura e cientifico, seguro.
Falta de informação sobre os sítios Sinalizar os locais de importância arqueológica e
arqueológicos existentes no locais. espeleologia.
Deslocamento e permanência Excesso de turistas que deslocam se aos atrativo. Incentivar o turismo ecológico e o turismo
das pessoas nos atrativos Quantidade de pessoas que permanecem responsável.
naturais da Lapinha S.R/MG nos atrativos. Guias preparados p/ orientar os turistas.
Limitar o numero de pessoas e de grupos por dia.
Ocupação desordenada Utilização de fossas comuns próximo ao lago Plano diretor elaborado de acordo com a realidade
próximo as margens do lago da Lapinha. socioambiental ambiental da Lapinha.
da Lapinha. Escoadouros domésticos e comerciais Restrição para novos empreendimentos próximo
lançados diretos no solo ou nos cursos d água a Lagoa da Lapinha e aos outros cursos d água.
fluvial próximos ao lago da Lapinha. Definições de compensações para
Aumento do numero de residências e de empreendimentos á existentes no local.
comércios próximos a lagoa. Fiscalização ambiental municipal mais rigorosa.
Ocupação desordenada do Falta saneamento ou tratamento dos escoadouros Plano diretor elaborado de acordo com a
perímetro urbano do povoado residenciais e comerciais. realidade socioambiental da Lapinha.
da Lapinha. Construções sem planejamento no perímetro do Restrição para empreendimentos que
povoado da Lapinha de Casas de Veraneios, descaracteriza o povoado.
Pousadas, Chalés e residências. Definições de compensações
para novos empreendimentos na Lapinha.
Excesso de turistas Turismo sem planejamento e sem controle. Incentivar o turismo ecológico com maior segurança.
no perímetro do povoado Falta de planejamento municipal p/ o turismo local. Definir diretrizes ambientais que regulam o uso
da Lapinha. Infra estrutura básica de saneamento insuficiente dos ambientes comunitários propondo horários.
p/ atender um numero maior de turistas. Propor uma logística para a visitação no povoado.
Excesso de capitação de turistas por parte dos Instalar recipientes adequados para recebimento
estabelecimentos que ultrapassam a própria dos resíduos orgânicos e inorgânicos.
capacidade de carga. Propor a diminuição da capacidade de carga dos
Consumo exagerado de produtos provindos de dos estabelecimentos. Pousadas, Chalés,
embalagens. áreas de Camping e de casas de veraneios.
Propor codico de etica e postura p/ os estabelecimentos
comerciais e p/ os turistas.
Despejo do resíduos Aumento de volume dos resíduos orgânicos e Propor a criação de uma usina de compostagem.
orgânicos e inorgânicos inorgânicos nos feriados e no período de férias. Implantar a coleta seletiva para o município.
em área não preparada. O solo da área não é isolado p/ receber os resíduos. Elaborar uma logística para recolher, acondicionar
Resíduos ficam expostos em vala comum que não é e transportar os resíduos.
recoberto por terra de imediato. Políticas publicas de acordo com a legislação vigente.
Propor consórcios com municípios visinhos.
Infra estrutura atual do aterro Área não é cercada ou segura. Utilizar uma área aprovada segundo
controlado do município A capacidade do aterro esgotada. a determinação da lei. Copam DN 92/2006
de S.R/MG e do Distrito da Os taludes estão em processo de erosão. Possibilitar projetos de consórcios
Serra do Cipó. Proliferação de vetores de agentes patogênicos. Aterro muito próximo a estrada (30 mts.) e parcerias com os vizinhos.
Infiltração do Chorume no solo.
Percolação do chorume pelos cursos fluviais.
Excesso de veículos Excesso de veículos automotor nos feriados e férias. Restringir o numero de veículos nos feriados.
automotores dentro do Espaço insuficiente p/ a quantidade de veículos. Propor um estacionamento ecológico fora dos
perímetro urbano da Lapinha. Ruídos de rádios e motores dos veículos em excesso. limites do povoado.
Propor outros meios de acesso ao povoado.
Propor políticas publicas como o código de ética p/
o turista que visita o local com veiculo automotor.
Fonte: Resultados de dados de campo 2008 / 2009 / 2010 / 2011- S.R/MG
Fácil acesso de catadores e animais.
Disputas pelo espaço físico ocupado por veículos entre os moradores e os motoristas.
Transito excessivo de veículos na via publica principal do povoado e na praça central.
Ruído de motores de veículos em excesso.
Espaço insuficiente p/estacionamentos de veículos.
Espaço publico ocupado por veículos.
Desvalorização do meio ambiente rural.
Poluição sonora dos rádios dos veículos.
Desaparecimento da cultura local.
Proliferação de moscas e vetores de doenças.
Poluição do solo.
Consumo exarcebado de produtos por parte dos turistas.
Transporte publico insuficiente.
Saneamento básico e banheiros p/ higiene pessoal insuficientes.
Excesso de ruído diurno e noturno.
Acumulo de esgotamento sanitário lançados no solo do perímetro urbano da Lapinha.
Elevado nível de ruído
Afugentamento das espécies da fauna.
Surgimento de doenças na comunidade local por via de contaminação da água.
Descaracterização do meio ambiente rural para o meio ambiente urbano.
Poluição da água do lago da Lapinha.
Alteração da liminologia do ambiente aquático do lago da Lapinha.
Alteração da qualidade da água que é utilizada para recreação turística.
Transmissão de doenças através da utilização da água poluída.
Depredação dos ambientes naturais das cavernas, grutas e lapas.
Interferências no meio biótico das grutas, cavernas e lapa.
Desaparecimento do patrimônio histórico e cultural do Grande abrigo de
Santana do Riacho /MG (Sitio Arqueológicos e Pinturas rupestres.)
Alteração da liminologia dos ambientes aquáticos do Lago da Lapinha, cachoeiras e rios.
Alteração da qualidade da água para utilização e para o consumo humano.
Interferência nos ambientes aquáticos e matas ciliares.
Redução na cobertura vegetal próximo e nas bordas das trilhas que são utilizadas.
Contribui p/ formação de sulcos e ravinas nos cursos d água fluvial q/ seguem as trilhas.
Resíduos inorgânicos deixados dispersos pelas trilhas ou nos campos.
Erosões acentuadas em áreas mais inclinadas.
Compactação do solo ocorrida pelo pisoteio excessivo.
Resiliência impossibilitada p/ reconstituição da vegetação atingida pelo pisoteio.
IMPACTO
Aumento da quantidade de resíduos descartados no perímetro e entorno do povoado
e nos atrativos naturais.
Excesso de resíduos gerados p/ a capacidade de carga do aterro controlado de S.R/MG
Proliferação de vetores de doenças como moscas e ratos.
Poluição do solo.
Tabela 03 - Resultados do aumento das atividades turísticas na região de Santana do Riacho / MG.
Desabastecimento de água e desabastecimento de alimentos básicos.
Desabastecimento de energia elétrica.
Aumento da violência e consumo de drogas ilícitas.
Poluição e obstrução dos cursos d água.
Poluição visual.
Contaminação do solo.
Contaminação da água superficial. Contaminação do lençol freático.
Introdução de hábitos dos grandes centros urbanos no povoado da Lapinha.
Desaparecimento da cultura local e alteração na produção rural.
Resíduos expostos em vala comum e não coberto por terra de imediato.
Percolação do chorume.
Excesso de resíduos acumulados nos recipientes localizados nas vias e praça.
Retirada temporária dos moradores nativos da região de seu ambiente natural.
Risco para a saúde.
Proliferação de vetores (ratos e moscas) que transmitem doenças.
Produção de resíduo liquido Chorume.
Contaminação dos cursos fluviais.
28
5.2 Avaliações dos resíduos sólidos e do aterro controlado de S.R/MG
As evidencias referente aos dados de campo pesquisados sobre, o aumento do
numero de visitantes associados ao descarte de resíduos que são gerados pela
população sazonal em períodos de ferias e feriados, defini-se como resultado do
acumulo de resíduos sólidos verificados in loco como danos ambientais em Lapinha
- S.R/MG.
Sobre este fato é também confirmado pela apuração a falta de preparo na logística,
transporte, disposição e manuseio na coleta, separação e controle dos resíduos
gerados alem da área do recebimento não estar preparada para este fim.
A partir destes fatores estabelece uma ordem de danos ambientais específicos como
a contaminação do solo, água superficial e subterrânea, riscos a saúde humana
atribuídos ao aumento dos resíduos. (Figura 4)
Figura 4 – Local de recebimento dos resíduos urbano e rural de S.R/MG Fonte: Dados de trabalho de campo, Dezembro 2010.
29
De acordo com as normas deliberativas do Conselho Estadual de Política Ambiental
(COPAM 118, 2008, sp.) “deverão ser adotados medidas para o controle das áreas
de disposição de lixo urbano”. E que os municípios com população inferior a 5.000
habitantes devem se ajustar aos requisitos mínimos da lei estadual.
As possibilidades de alterações ambientais em debate têm como catalisador o
advento turístico, atribui, portanto o aumento destes resíduos como reflexos do fluxo
de pessoas em local não preparado para receber as atividades turísticas.
5.3 O impacto do deslocamento por trilhas em Lapinha S.R/MG
O deslocamento das pessoas com maior freqüência por trilhas, quando normalmente
buscam pelos atrativos naturais, levam ao desgaste das bordas da vegetação em
trilhas, compactação do solo, pisoteio e perdas de espécies nativas da vegetação.
Fato este observado pela freqüência e numero de visitantes nos atrativos naturais,
que utilizam as trilhas como aceso, relata a pesquisa realizada no PNSC por
FIGUEREDO:
Com a realização do experimento e os resultados obtidos constatou-se que o pisoteio sobre a vegetação de borda causa grande impacto nas trilhas eco turística. Foi possível perceber visualmente que nos dois sítios de amostragem acima de 100 passos a degradação sobre a vegetação é mais intensa, e os seus fatores de resistência e resiliência são inferiores aos das raias de menor número de pisoteio. (FIGUEREDO, 2008 p.11)
Este estudo busca com a investigação teórica obter as referencias necessárias que
direciona para a necessidade de projetar uma economia ambiental na região da
Lapinha, tendo o intuito de compatibilizar e proteger os recursos naturais do local
tornando o seu uso sustentável.
30
Determina que para esta discussão as atividades turísticas é o principal agente
causador do pisoteio excessivo na vegetação, depredação da flora, uso em excesso
das trilhas na Lapinha - S.R/MG.
5.4 O aumento no numero de imóveis no perímetro urbano - Lapinha – S.R/MG
O aumento do numero de construções comerciais e residenciais dentro do perímetro
urbano do povoado retrata o crescimento do interesse comercial em particular
direcionado para as atividades turísticas.
Empreendimentos como pousadas, chalés, casas de veraneios, casas de aluguel
para turistas, áreas de Camping, sítios, restaurantes, bares e lojas. Refleti o
contrataste do rural com os estabelecimentos comerciais e casas que atendem as
demandas turistas, atualmente o numero de casas superam ao numero de
habitações dos nativos.
Em alguns destes empreendimentos as ocupações são irregularidades como, por
exemplo, o fato de estar próxima a lagoa, ou no limite de distancia das construções
próximo a serras. Em outros casos implica a falta de condições para o saneamento
básico para a ocupação e funcionamento do estabelecimento no local.
Explica sobre o impacto gerado por estes empreendimentos que desobedecem ao
limite dado por lei que estipula 100 metros da margem de corpos d água, segundo
PAIVA:
Como o aumento da quantidade de lixo produzido, o lançamento de esgoto sem tratamento prévio nos corpos d’água, resultado da falta de estrutura sanitária da maior parte dessas comunidades, rápido e desordenado aumento da população. Paiva apud (ARAUJO; MOURA, 2007, p. 94)
31
Este fato remete a necessidade de uma política para o controle urbano com
planejamento ambiental sustentável, através de um plano diretor com a participação
da comunidade local, que definirá parâmetros e limites para novos empreendimentos
e ocupações na região.
6. RECOMENDAÇÕES E MEDIDAS DE CONTROLE
6.1 Gestão ambiental sustentável – S.R/MG
Sobre o desenvolvimento promovido pelas atividades turísticas em S.R/MG e região
estabelece que, devam ser gerenciados e orientados através de diretrizes que
almejam condições de proteção e segurança sócio ambiental.
No atual estagio de desenvolvimento turístico é importante definir medidas eficientes
que possam proporcionar o equilíbrio econômico e sócio ambiental, visto que as
atividades turísticas ainda encontram se no inicio de implementação e utilização do
espaço territorial de S.R/MG.
Uma maneira de conceber estas ações seria viabilizar a agenda 21 local através de
um processo participativo envolvendo governo municipal e sociedade civil local.
A elaboração do plano local tem como objetivo buscar diretrizes através de projetos
e ações efetivas que sustentem a base para a gestão responsável das atividades
econômicas associadas ao turismo.
Apresenta em primeiro momento a formação e organização de um fórum para um
diagnostico sócio ambiental, contendo resultados de estudos realizados sobre os
riscos sócios ambientais existentes devido o aumento das atividades turísticas no
território de S.R/MG.
32
Cabe para está gestão propostas de agendas 21em S.R/MG direcionadas para as
atividades turísticas, resíduos sólidos, estabelecimentos comerciais, educação
ambiental, patrimônio natural dos recursos hídricos, patrimônio natural da APA –
Morro da Pedreira, patrimônio cultural e histórico do grande abrigo de Santana do
Riacho, ocupação desordenada, transporte local, saneamento e educação
ambiental.
Em outro momento avalia-se que os princípios da política municipal de
desenvolvimento sustentável devem estar de acordo com a legislação vigente para
operar e conceber todas as propostas e medidas sugeridas pela sociedade.
Com isso implantar de forma integrada as diretrizes elaboradas em conjunto com a
Legislação Ambiental, Lei orgânica municipal, plano diretor, lei de parcelamento, lei
de uso e ocupação do solo, código de obras, código de posturas, código tributário,
código sanitário e política nacional de recursos sólidos (PNRS).
Por ultimo as metas e ações devem estar adotadas pelo planejamento municipal e
social que estabelece um SGA, como por exemplo, Sistema de Gerenciamento
Ambiental para a preservação de mananciais, controle de efluentes liquido, limpeza
urbana, coleta e disposição de resíduos, drenagem ecológica, redução de
desperdícios, reciclagem de rejeitos, uso do solo, controle de atividades eco
turísticas, controle de poluição visual e sonora e das outras formas de degradação
ambiental.
Lembrando da necessidade de disposição de equipes técnicas multidisciplinares
para a realização deste trabalho, assim como instituições e programas do governo
estadual e federal que possibilitaram conduzir o município para promover a gestão
ambiental sustentável através da participação popular de S.R/MG.
33
6.1.1 PCRS - Programa de controle dos resíduos sólidos e PNRS - Política
Nacional dos Resíduos Sólidos
Considerado como um grande avanço para as questões sócias ambientais no Brasil
a aprovação da lei dos resíduos sólidos sancionada pelo governo federal em 02 de
agosto de 2010, traz perspectivas eficazes e que possibilita um controle efetivo junto
a sociedade.
Entre os instrumentos legais aprovados estabelece para este trabalho a citação
daqueles com maior relevância para cidade de S.R/MG, considerando os aspectos
de porte populacional e tipo de atividade econômica presente.
Alem de tender ao caráter de desenvolvimento econômico e social, destina ao poder
público local organizar e prestar direta e indiretamente os serviços de coleta e
destinação final de resíduos sólidos urbanos.
Contudo retrata neste conjunto a responsabilidade compartilhada que direciona ao
consumidor as ações e procedimentos ao gerar resíduos sólidos entendendo que
devera disponibilizar ou devolver seus resíduos gerados para coleta.
Diante do contexto desta realidade que é abordada, a produção existente partindo
das atividades turísticas que exploram os recursos naturais, sejam as empresas ou
cidadãos comuns, passam a estar inseridos neste objeto que regula legalmente os
princípios para a utilização com sustentabilidade, observando parâmetros como na
redução, gerenciamento, disposição dos resíduos de embalagens, origem e destino.
Uma forma que apresenta ser eficiente é levar para o conhecimento da população
de S.R/MG, a maneira correta de descarte dos resíduos, através da participação das
escolas publicas, posto de atendimento medico, agencia de correio, das igrejas,
associações comunitárias e sindicatos rural da cidade.
34
Estas informações devem ser efetuadas por agentes capacitados para explicar sobre
o assunto nas eventuais duvidas que surjam durante os estagio inicial do programa.
Dois pontos em comuns devem ser orientados para os comerciantes, distribuidores e
consumidores o primeiro ponto e explicar como os consumidores devem efetuar a
devolução de produtos e embalagens sujeitos à logística reversa aos comerciantes e
distribuidores e o segundo é o de explicar como os comerciantes e distribuidores
devem proceder para a devolução dos produtos e embalagens entregues pelos
consumidores.
Este trabalho se faz necessário visto o aumento dos resíduos sólidos em pequenas
localidades, cujo incremento turístico possibilita a necessidade de responsabilidade
compartilhada, visto as atividades turísticas sem planejamento ou controle nestes
locais perante a utilização do meio e do descarte de resíduos sólidos.
6.1.2 Proposta da introdução de programa para a educação ambiental
As Informações básicas que fundamentam e vem fortalecer a educação em seus
demais princípios no município de S.R/MG, possibilitam atender aos valores
educacionais envolvidos com os processos diretos de desenvolvimento sustentável
da região, destaca Parreira (2005), sobre a necessidade de educação ambiental
coletiva para moradores e turistas da Lapinha S.R/MG e região.
Considerando neste ponto a realidade da educação municipal e em especial a dos
povoados, que concentram a importância ambiental, histórica e cultural da região,
sobretudo vincular ao processo de educação ambiental das escolas ao estudo da
unidade de conservação APA - Morro da Pedreira e dos sítios arqueológicos do
grande abrigo de Santana do Riacho.
35
Para garantir o caráter permanente do processo educativo ambiental como sendo
factível, deve-se associar aos projetos de educação ambiental o planejamento
participativo e gestão compartilhada, junto à comunidade local e as ações previstas
para o sistema de gerenciamento ambiental SGA do município.
Neste processo deve-se e traçar objetivos com linhas de ações executáveis como
exemplo realizar campanhas educativas em campo direcionadas para os turistas,
envolver os comerciantes locais para conscientização ambiental para preservação
dos recursos naturais.
Estas ações podem ser administradas em parceria através dos órgãos do governo
como exemplo a S.E.E/MG, IBAMA, SEMAD, UFMG e do PNSC, que podem ceder
o suporte técnico necessário para formalizar uma base teórica e pratica para a
educação ambiental no município.
6.1.3 O controle das ocupações sazonais de turistas em Lapinha - S.R/MG.
Paralelo as atividades turísticas que são motivadas pelo uso dos atrativos naturais
existentes na região, está o efeito de como ocorre a ocupação sazonal no povoado
e entorno.
Nas variáveis obtidas através da visualização in loco para o reconhecimento dos
pontos básicos do estudo, revela dados da atual ocupação, utilização e infra
estrutura oferecida.
Os empreendimentos locais como as pousadas, restaurantes, bares, Chalés e casas
de veraneios, verificou que são construídos em locais próximo à corpos d’água,
margem de córregos e da margem da lagoa, próximo a inclinação de serras,
próximos as grutas e cavernas.
36
Assim como este, outros fatores também foram observados como exemplo a
incompatibilidade da arquitetura construída para o local e a inexistência de
saneamento básico e projetos para o tratamento dos escoadouros das casas e
comércios.
O excesso de turistas na ocupação e utilização do espaço, sucedendo com isto
novas instalações sazonais que aumentam consideravelmente as interferências
ambientais na região.
Uma maneira solucionar e evitar a ocupação sem planejamento por pessoas,
atividades turísticas e empreendimentos seria a tomada de definições mais
criteriosas e rigorosas estabelecidas por leis municipais que assegura ao meio
ambiente equilíbrio permanente com as formas de produção da localidade.
Com isto as medidas devem proporcionar a regulamentação, fiscalização e
monitoramento para os processos de utilização e ocupação prevendo assegurar os
meios de produção local e economia ambiental.
Estas definições visa buscar em oferecer melhor infra estrutura e serviços para um
numero de turistas adequado com a realidade local do perímetro urbano do povoado
e dos atrativos naturais.
6.1.4 Planejamento e implantação da coleta seletiva
A Coleta Seletiva é o sistema de recolhimento de materiais recicláveis servindo
também como base no processo de educação ambiental com intuito de implantar um
conjunto de praticas para adequação de hábitos.
37
O controle adotado estabelece um relacionamento direto com o saneamento,
educação, saúde e turismo, trazendo iniciativas conjuntas de caráter efetivo e
permanente.
Algumas vantagens deste trabalho podem ser citadas para cidade de S.R/MG como,
por exemplo, ao diminuir a poluição do solo e da água, ao prolongar a vida útil do
aterro do município, ao diminuir gastos com limpeza urbana e em aspectos sociais
como geração de emprego e renda.
O processo para a efetivação municipal de um programa de coleta seletiva eficiente
deve seguir passos importantes de planejamento, implantação e manutenção.
Como informa Santos et. al. (apud MOTTA, 2003 s.p) sobre este aspecto e que pode
ser aplicado ao município de S.R/MG, averiguar da existência de pessoas
interessadas em fazer esse trabalho, conhecer os resíduos do local, conhecer as
instalações físicas da região de trabalho, conhecer as entidades que trabalham com
recicláveis, contabilizar o setor operacional de equipamentos e viabilidade do
programa e como formar parcerias.
A implantação da coleta seletiva é um processo contínuo que exige muita dedicação
e trabalho é necessário envolver toda a sociedade. No caso do município de
S.R./MG, a implantação da coleta seletiva deve ser feita com a participação e
integração dos envolvidos nas atividades turísticas e todos que usufruem dos
recursos naturais direta ou indiretamente.
Uma maneira eficiente de direcionar este trabalho para a população de S.R/MG é
detalhando como é feita a separação dos resíduos e explicar qual o destino final dos
mesmos. Nesta etapa é de fundamental importância à participação das escolas,
agencia do correio, posto de saúde e das igrejas católicas, evangélicas da região.
Contudo é necessário um profissional competente e experiente no setor de coleta
seletiva para a implantação deste programa na área urbana e rural.
38
Outra possibilidade para o município de S.R/MG é a busca por auxilio e apoio ou
mesmo uma parceria com a SLU/BH em diversos aspectos em estudo desde a
campanha para implantação e mobilização social até a definição da logística de
transporte e destino.
Este mesmo programa possui como referencia a meta estadual da secretaria do
meio ambiente do estado de Minas Gerais (SEMAD) explica a coordenadora técnica
do Minas sem Lixões Luiza Helena Pinto da FIP (Fundação Israel Pinheiro): Sobre o
programa Minas sem lixões e a meta para 2011 referindo a destinação adequada
dos resíduos sólidos urbanos.
6.1.5 Caracterização da área para uma usina de compostagem
Atualmente a área que encontra o aterro controlado esta estagnada é também um
local inapropriado para receber os resíduos devidos vários fatores de riscos
ambientais registrados in loco conforme apresentado no item 5.1 pg. 27 da tabela
09.
No entanto devido parte da área ainda ser utilizável comporta neste estudo o debate
para efetivação no local de uma usina de compostagem. Observa que esta área
encontra-se fora do local utilizado para enterrar os resíduos porem dentro dos limites
do aterro.
Dentre as principais vantagens do funcionamento da usina de compostagem neste
local, destaca o fácil acesso para os turistas que tem como destino os principais
pontos turísticos de S.R/MG.
Detalhes importantes como amostras referente a logística de recebimento dos
resíduos, distancia das comunidades próximas, quantidade de geração de resíduos
39
da população e quantidade de geração de resíduos em feriados deve ser estudados
para melhores ajustes e viabilidade do projeto.
O local deverá ser totalmente cercado por muros, iluminação noturna, os ambientes
devem ser separados das áreas de trabalho como exemplo os refeitórios e
banheiros para higienização dos operários e catadores.
Um bom exemplo de usina licenciada é o da cidade de São Joaquim de Bicas / MG.
A mesma serve como referencia devido ao histórico de população sazonal nos
feriados ultrapassar a capacidade de carga no local.
Possibilita desta forma entender parâmetros e estudar a melhor maneira para a
implantação de uma usina de compostagem em S.R/MG.
Dados como a área de separação dos resíduos, área das baias, área de
peneiramento e limpeza, local onde é realizado o peneiramento do composto
orgânico seco, equipamentos mecânicos utilizados, saída do produto final, área livre
para disposição de rejeitos sólidos e o local da bacia de contensão para o chorume.
É importante ressaltar a participação do distrito da Serra do Cipó referindo sobre
quantidade dos resíduos e da distancia de 30 km da Usina de Compostagem.
6.1.6 Logística reversa e responsabilidade compartilhada
A geração de resíduos partindo das atividades turísticas que exploram os recursos
naturais, não esta fora do contexto da realidade concebida pela logística reversa.
Para o município de S.R/MG a logística reversa dos resíduos sólidos, direciona as
obrigações e responsabilidade dos geradores de resíduos seja por empresas
privadas, publicas ou as pessoas comuns.
40
Este aspecto merece determinada ênfase para a questão do aumento dos resíduos
sólidos em pequenas localidades. Pois o incremento turístico possibilita este
acréscimo.
Portando a necessidade de responsabilidade compartilhada é vista como uma
solução para o fim do descarte de resíduos sólidos pelos turistas em pontos
inapropriados nas localidades do município de S.R/MG.
O controle é consumado quando os consumidores passam efetuar a devolução de
produtos e embalagens sujeitos à logística reversa aos comerciantes e
distribuidores.
Conseqüentemente os comerciantes e distribuidores efetuam a devolução dos
produtos e embalagens entregues pelos consumidores aos fabricantes e
importadores que darão destinação ambientalmente adequada aos produtos e
embalagens.
6.2 A implantação de um pólo turístico para- S.R/MG
As relações de intenções para efetivar a criação de um pólo turístico em S.R/MG,
parte do pressuposto de conceber uma infra estrutura necessária em locais onde
existe uma concentração maior de turistas.
No entanto para estas localidades é exigido um mínimo de intervenções e alteração
do meio ambiente.
Portanto sobre a área de abrangência deste pólo denota características especificas
para realizar se dentro do território municipal de S.R/MG, que possui diversos
povoados (Lapinha, Rio de Pedras, Mangabeiras, Curral Queimado, Varginha,
41
Usina, etc.) com aspectos de interesse no conjunto para as modalidades turísticas
existentes junto a sustentabilidade.
Uma área que tem condições de receber está intervenção é a cidade sede de
S.R/MG, entre os principais motivos pode destacar a importância econômica e
histórica para a população, por apresentar os principais acesos para os roteiros
turísticos, por ter mão de obra e serviços básicos no local, e por apresentar ser um
melhor controle dos recursos naturais e atrativos turísticos a partir do ponto de
desembarque do turista.
O SGA do município S.R/MG deve desenvolver incitativas para a capacitação de
mão de obra, certificados para a qualidade ambiental e parcerias com outras
instituições, constitui o principio de propostas para o melhoramento sócio ambiental
e urbanístico da sede do município através dos programas e projetos de infra
estrutura que venha assegurar a qualidade de vida para a população urbana, rural e
para os turistas.
Contudo antecede a este controle a concepção de conceber o saneamento básico
para a população através da construção de uma ETE / ETA. E paulatinamente atingir
as demais proposições para melhoramento da cidade sede com o intuito de
transforma lá no centro estruturado para turistas com as atividades econômicas
sustentáveis neste setor.
Como exemplo pode destacar o trabalho realizado para a criação do Pólo Turístico
do Vale do Jequitinhonha em 2010, (PRODETUR / NE-II / MG) que possui
características parecidas referente ao desenvolvimento com sustentabilidade
daquela região em estudo.
Observa que para as ações existentes a necessidade de realização de estudos mais
detalhados de EIA/RIMA que venha trazer segurança para implantar um pólo
turístico local.
42
O exemplo do programa do Vale do Jequitinhonha, as principais ações que visam
solucionar são direcionadas primeiramente pelas áreas de atuação municipal como
gestão de uso se ocupação do solo, gestão ambiental, gestão do turismo, gestão
fiscal, gestão de ativos culturais, transporte e administrativas.
Entretanto o programa citado foi elaborado para atingir ao nível de nove cidades do
Vale do Jequitinhonha nordeste de Minas Gerais.
O estudo de caso que está sendo proposto para a criação do pólo turístico abrange
exclusivamente a cidade de S.R/MG, devido ao nível de importância da
biodiversidade existente no local, devido o nível de importância histórica dos sítios
arqueológicos do grande abrigo Santana do Riacho, e devido à localização e
proximidade de grandes centros urbanos da Grande BH.
Esta proposta objetiva em seu conjunto o planejamento, monitoramento e controle
das atividades turísticas através do S.G.A municipal, do qual virá fortalecer a região
dentro dos principais circuitos e roteiros turísticos do estado.
7. SANEAMENTO BÁSICO
7.1 Política de Saneamento Básico
A política existente para os serviços de saneamento básico deve orientar-se pelo
principio consolidado no Art. 23 da Constituição Federal que atribui a União,
Estados, Distrito Federal e Municípios a competência comum na promoção de
programas para a melhoria do Saneamento Básico.
Devendo o plano de saneamento básico estar estruturado para contemplar e
propiciar o desenvolvimento regional, articulando em particular com a melhoria da
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saúde, habitação, combate e erradicação da pobreza. E assim estar em
conformidade com o parágrafo único do Art. 48 da lei 11.445/07.
Outro aspecto que determina do Art. 52 da mesma Lei é que o plano deverá
abranger os quatro componentes do Saneamento Básico:
Abranger o abastecimento de água, o esgotamento sanitário, o manejo de resíduos sólidos e manejo de águas pluviais. Bem como, outras ações de saneamento básico de interesse para a melhoria da salubridade ambiental, incluindo o provimento d banheiros e unidades hidrosanitárias para populações de baixa renda. Estabelece ainda que o plano deva tratar especificamente das ações da União relativas ao saneamento básico nas áreas indígenas, nas reservas extrativistas da União e nas comunidades quilombolas. (art.52 §1º incisos I e II)
7.2 Plano Diretor de Saneamento Básico – S.R/MG
A elaboração do plano diretor de Saneamento Básico para S.R/MG e região devem
abranger a micro bacia hidrográfica do Riachinho e parte de outras duas maiores
bacias a do rio Parauna e do rio Cipó.
A primeira etapa deverá fazer a coleta e reunião de dados existentes direcionados
para a elaboração do plano da área como, por exemplo, sobre as demandas de
água disponíveis e diagnósticos sanitários das comunidades.
As diretrizes do plano diretor, para o município são estabelecidas visando a
alocação dos recursos hídricos disponíveis na área. Uma forma de dar ênfase para
esta questão em S.R/MG é estabelecer medidas disciplinadoras dos usos das águas
e de controle da poluição, bem como o diagnóstico de graus de tratamento das
descargas de esgotos e as normas e recomendações para preservação de
condições sanitárias desejáveis na área em questão, para os horizontes do plano,
geralmente fixados em 30 anos.
44
7.3 Plano de Saneamento básico para municípios de pequeno porte
Os relatos de perspectivas concebidas por estudos referentes ao desenvolvimento
do turismo de Minas Gerais condicionam a região em estudo como grande potencial
econômico direcionado para o segmento de turismo ecológico.
No entanto algumas cidades em sua área urbana não contam com saneamento
básico de água e esgoto como é o caso de S.R/MG, que possui a capitação de água
canalizada de forma irregular e insuficiente para o abastecimento da população,
retrata também que os escoadouros domésticos e comerciais de esgoto são
destinados para fossas comuns.
Como forma de orientar observa as obrigações legais que “os planos municipais de
saneamento deverão estar de acordo com a Lei 11.445/07, que propiciará o acesso
aos recursos e financiamentos junto ao governo federal”.
A Lei n. 11.445/2007 estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e a política federal de saneamento básico. O município como titular dos serviços públicos de saneamento básico (abastecimento de água, esgotamento sanitários, drenagem e manejo de águas pluviais urbanas e limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos) tem obrigação de formular a política e elaborar o seu Plano Municipal de Saneamento Básico (arts. 9o. e 19 da referida Lei).
Esta definição vem fortalecer as buscas por medidas e iniciativas do executivo e
legislativo municipal em praticarem aprovações legais e cabíveis aos planos de
saneamento de água e esgoto, drenagem urbana e destino correto aos resíduos
gerados.
Outro recurso disponível que trata de saneamento básico municipal confere na lei
11.107/05 e se refere sobre os consórcios públicos. Visto proximidade da sede da
cidade de S.R/MG com outros três centros urbanos, Baldim, Distrito de Serra do
Cipó, Distrito de São Jose de Almeida, assim como muitos povoados e vilas no
entorno destes centros com numero considerável de habitantes.
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Entende como oportunidade nestes dados de referencia para ajustes partindo de um
estudo mais detalhado, para a logística de transporte dos matérias recolhidos,
melhor local para recebimento dos resíduos urbanos entre outros aspectos, sócios,
econômicos e ambientais.
Segue as considerações para um estudo detalhado com a intenção verificar o
abastecimento publico de água e tratamento de esgoto com orientações através de
relatórios que descrevem as situações existentes.
Estes aspectos são referencias de empresas privadas que desempenham este
trabalho, sugerido para cidades de pequeno porte como é o caso do município de
S.R/MG e região.
Detalhamento e estudo do projeto para tratamento de água e abastecimento local:
Levantamentos de dados e serviços de campo;
Estudos populacionais;
Obras de captação e tomada;
Sistema de adução;
Instalações de tratamento de água;
Redes de distribuição;
Instalações de recalque;
Reservatórios de grande e pequeno porte;
Instalações especiais e projetos complementares;
Estudos de impacto ambiental;
Detalhamento executivo;
Inspeção de equipamentos e acompanhamento técnico de obras;
Preparação de manuais de operação e manutenção;
Controle adicional para meio rural ou comunidade de pequeno porte:
46
Destino de dejetos;
Destino de lixo domiciliar;
Controle de artrópodes e roedores;
Saneamento de alimentos;
Saneamento de escolas;
Saneamento de locais de banho;
Saneamento em indústrias;
Detalhamento e estudos para sistemas de esgotos sanitários:
Levantamentos de dados e serviços de campo
Estudos populacionais
Redes de coletores
Emissários
Interceptores
Estações elevatórias
Estações de tratamento
Instalações especiais
Estudos de impacto ambiental
Detalhamento executivo
Preparação de manuais de operação e manutenção
Reconhecendo que nestes investimentos o município deva contar com recursos para
financiamentos junto aos órgãos federais e estaduais. Em parte pode ser justificada
a não adesão de muitos municípios por não possuírem recursos suficientes para
programar e implantar as medidas exigidas pelas leis.
Especifica-se que torna necessário remediações referente a orientações básicas,
como por exemplo, fornecer suporte técnico, administrativo e legislativo. Perfazendo
com isto integração comum de cunho político, administrativa entre os municípios e
estados, levando o suporte necessário nestas ações para o alcance das pequenas
prefeituras conquistarem suas metas através de ações realizáveis.
47
8. CONCLUSÃO
Nesta analise sobre os riscos ambientais associados às atividades turísticas em
Lapinha - S.R/MG possibilita entender os motivos da necessidade e o porquê de um
planejamento detalhado para a região.
Evidência a preocupação para que a população e o meio ambiente tenham o mínimo
de interferências, que são projetadas por conceitos predominantemente econômicos
voltados apenas para a rentabilidade a partir da exploração local, oferecendo
grandes riscos à comunidade e ao meio ambiente.
O não planejamento deturpa a verdadeira intenção do turismo, levando o mesmo a
ser um predador dos ecossistemas e dos aspectos sócio culturais. Cabe aos setores
envolvidos com as atividades turísticas, corrigirem e/ou mitigarem os efeitos
negativos assim como implantar, administrar e manter o nível de conscientização de
economia ambiental sustentável.
Contudo é importante lembrar sobre a complexidade de dependência econômica e
exclusiva sobre as atividades turísticas, estudos relatam a necessidade de otimizar
outros setores econômicos, que venham alternar com os períodos de atividades
turísticas.
As interferências verificadas nos pontos de estudo atestam para a inexistência de
infra-estrutura adequada para receber o atual e um contingente maior de turistas.
Este fator foi comprovado através resultados in loco com observação detalhada das
interferências e respectivos danos e sua origem.
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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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