avaliacao dos resultados do procel 2004

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DIVULGAÇÃO INTERNA DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E ESTUDOS DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA – DPS DIVISÃO DE SUPORTE TÉCNICO DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA – DPST Setembro de 2005 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DO PROCEL 2004

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Avaliação 2004 procel

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Page 1: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

D

D

RESU

AVALIAÇÃO DOS

LTADOS DO PROCEL

2004

DIVULGAÇÃO INTERNA

EPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E ESTUDOS DE

CONSERVAÇÃO DE ENERGIA – DPS

IVISÃO DE SUPORTE TÉCNICO DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA – DPST

Setembro de 2005

Page 2: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E ESTUDOS DE CONSERVAÇÃO DE

ENERGIA – DPS

Gerente Renato Pereira Mahler

DIVISÃO DE SUPORTE TÉCNICO DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA - DPST

Gerente Luiz Eduardo Menandro

EQUIPE DE TRABALHO

COORDENAÇÂO

Emerson Salvador

REALIZAÇÃO

Antônio Raad (Consultor)

Moisés Antônio dos Santos

Page 3: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

SUMÁRIO

I. INTRODUÇÃO .................................................................................................................4

II. METODOLOGIA E PREMISSAS BÁSICAS...................................................................5

III. PRINCIPAIS RESULTADOS E CONCLUSÕES............................................................7 III.1. SUMÁRIO EXECUTIVO.................................................................................................................... 7

III.1.1. RESULTADOS POR ÁREA......................................................................................................... 9 III.1.2 - RESULTADOS GLOBAIS......................................................................................................... 17

IV. ÁREAS DE ATUAÇÃO................................................................................................22 IV.1. TECNOLOGIA ........................................................................................................................... 22

IV.1.1. REFRIGERADORES E FREEZERS........................................................................................... 26 IV.1.2. AR-CONDICIONADO ............................................................................................................... 32 IV.1.3. MOTORES ................................................................................................................................ 37 IV.1.4. ILUMINAÇÃO........................................................................................................................... 41 IV.1.5. COLETORES SOLARES E RESERVATÓRIOS TÉRMICOS ..................................................... 46

IV.2. MARKETING & EVENTOS............................................................................................................. 51 IV.3. PROGRAMA PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA (PEE)................................................. 65 IV.4. EDUCAÇÃO .................................................................................................................................... 69 IV.5. GESTÃO ENERGÉTICA MUNICIPAL - GEM ................................................................ 81 IV.6. PROGRAMA DE EDIFICAÇÕES ........................................................................................ 93 IV.7. PROGRAMA DE SANEAMENTO .................................................................................................. 98 IV.8. PROGRAMA DE PRÉDIOS PÚBLICOS ....................................................................................... 104 IV.9. PROGRAMA INDUSTRIAL.......................................................................................................... 107 IV.10. PROGRAMA RELUZ ................................................................................................................... 113 IV.11. BIBLIOTECA................................................................................................................................ 120

V. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................122

VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................126

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Page 4: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

LISTA DE TABELAS TABELA 1 – DESEMBOLSOS REALIZADOS NO ÂMBITO DO PEE EM 2004 ......................................................... 13 TABELA 2 - RESULTADOS ANUAIS OBTIDOS PELO PROCEL 1986-2004.......................................................... 20 TABELA 3- RESULTADOS ACUMULADOS PELO PROCEL 1986 - 2004.............................................................. 20 TABELA 4 - RE F R I G E R A D OR E S E FR E E ZE R S EC O NOM I A D E EN E R G I A (GWH/A N O) E RE DU Ç Ã O

D E DE M A N DA N A PO N T A 1986-2004 ........................................................................................... 31 TABELA 5 – EF I C I Ê N C I A MÉ D I A D O S CO N D I C I O NA D O R E S D E AR .................................................... 33 TABELA 6 – DI S T R I B U I Ç ÃO D A S VE N DA S P O R SE G M E N T O D E UT I L I Z A Ç Ã O ................................. 33 TABELA 7 – RE N D I M E N T O S MÉ D I O S D E MO T O R E S D E 1999 A 2004. ............................................. 38 TABELA 8 – DADOS UTILIZADOS NOS CÁLCULOS DE ECONOMIA DE ENERGIA E REDUÇÃO DE DEMANDA....... 43 TABELA 9 - EN E R G I A EC ON O M I Z A D A E RE D U Ç Ã O DE DE M A N D A N A PO N T A DE C O R R E N T E D A

UT I L I Z A Ç Ã O D E TE C N O LO G I A S EF I C IE N T E S E M IL U M I N A Ç Ã O - AÇ Õ ES PROCEL 1996-2004 ...................................................................................................................................................... 44

TABELA 10 - CR I T É R I O PA R A CO N C ES S Ã O D A ET IQ U E T A E D O SE L O PROCEL – INMETRO 46TABELA 11 - VE N D A S D E CO L E T O R E S SO L A R E S PL AN O S, E M M 2 , N O A N O D E 2004, E VE N D A S

AC U M U L A DA S N O BR A SI L E CH I N A ............................................................................................. 47 TABELA 12 - HI S T Ó R IC O D O BO L E T I M D O PROCEL D E 1986- 2004 .............................................. 52 TABELA 13 – HISTÓRICO DOS VENCEDORES DO PRÊMIO PROCEL DE 1994 A 2003 ........................................ 54 TABELA 14 – HISTÓRICO DO NÚMERO DE ATENDIMENTOS 2000-2004 ............................................................ 55 TABELA 15 – RE S U L T A D O S D O PR Ê M IO PROCEL ED I Ç Ã O 2004 ..................................................... 59 TABELA 16 – VE N C E D OR ES D O PR Ê M IO PROCEL 2004 ..................................................................... 60 TABELA 17 – EVENTOS OU ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EM 2004 PELO PROCEL........................................ 64 TABELA 18 - DE S E M B O L SO S R E A L I Z A D O S E M 2004 N O Â M B I TO D O PEE ...................................... 68 TA B E L A 19 –NÚ M E R O DE AL U N O S MA T R I C U L AD O S N O S ENS I N O S BÁ S I C O E SU P E R I OR D E

2000 A 2004 ....................................................................................................................................... 70 TABELA 20 – NÚ M E R O D E ES T A B E L E C IM E N T O S E AL U N O S MA T R I C U L A D O S N A S

IN S T I T U I Ç ÕE S PÚ B L I C AS E PR I V A D AS D E 2000 A 2003 ......................................................... 71 TABELA 21 - MÉ D I A D E AL U N O S P O R ES T A B E L E C IM E N T O P A R A O NÍ V E L BÁ S I C O D E EN S I N O

N O A N O D E 2003 ................................................................................................................................ 72 TABELA 22 – NÚ M E R O D E AL U N O S P OR IN S T I T U IÇÃ O D E EN S IN O N A DI SC IP L I N A

“CO N S E R V AÇ Ã O E US O EF I C I E N T E DE EN E R G I A” ................................................................... 75 TABELA 23 – PROCEL N AS ES C O L A S RE S U L T A D O S 1990 – 2004 .................................................. 77 TABELA 24 – RE S U L T A D O S AC U M U L A D O S D O PR OG R A M A PROCEL N AS ESC O L A S ................. 79 TABELA 25 – RE S U L T A D O S P O R CO N C E S S I O N Á R I A E M 2004 ............................................................ 79 TABELA 26 - DA D O S C O MP A R A T I V O S D O S M U N I C Í P I O S B R A S I LE I R O S E D A RCE E M T E R M O S

P O P U L A C I O NA I S E E N E R G É T I C O S .................................................................................................. 82 TABELA 27 – RE S U M O D O S DA D O S D OS 10 PLAMGES EL A B OR A D O S E M 2001 ......................... 86 TABELA 28 – MUNICÍPIOS VENCEDORES DO PRÊMIO PROCEL CIDADE EFICIENTE EM ENERGIA ELÉTRICA ... 87TABELA 29 - RESUMO DOS DADOS DOS 41 PLAMGES R EA L I Z A D O S E M 2004 ...................................... 91 TABELA 30 – RE S U L T A D O S D O PR Ê M IO PROCEL CI D A D E EF IC I E N T E E M EN E R G I A ELÉ T R I C A

– 2004 .................................................................................................................................................. 92 TABELA 31 – CONVÊNIOS ASSINADOS EM 2004 ............................................................................................... 96 TABELA 32 – PR O J E T O S A PR O V A D O S NA C H A M A D A P Ú B L I C A D O PROCEL SANEAR - PO R

RE G I Ã O .............................................................................................................................................. 100 TABELA 33– NÚMERO DE DIAGNÓSTICOS REALIZADOS POR SEGMENTO DE 1997-2003.................................. 105 TABELA 34– NÚMERO DE DIAGNÓSTICOS REALIZADOS POR REGIÃO EM 2004 .............................................. 106 TABELA 35 – CONVÊNIOS EM ANDAMENTO COM AS FEDERAÇÕES DAS INDÚSTRIAS EM 2004........................ 110 TABELA 36- CONVÊNIOS EM ANDAMENTO COM UNIVERSIDADES E INSTITUIÇÕES PÚBLICAS EM 2004 .......... 111 TABELA 37 - SU B S T I T U I Ç Ã O D E LÂ M PA D A S N A ILU M I N A Ç Ã O PÚ B L I C A 1994 - 2004 ............. 117 TABELA 38 – PONTOS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA IMPLEMENTADOS EM 2004................................................ 118

-2-

Page 5: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1- EV O L. Nº D E MO D E L O S ........................................................................................................... 9 GRÁFICO 2- EV O L. Nº D E CA T E G O R I A S ..................................................................................................... 9 GRÁFICO 3 – ESTRUTURA DOS RESULTADOS DECORRENTE DAS AÇÕES POR ÁREA - 2004 .............................. 21 GRÁFICO 4 – ESTRUTURA DE RESULTADOS DA ÁREA DE TECNOLOGIA – SELO PROCEL - 2004..................... 21 GRÁFICO 5 - PE R F I L D O S AS S U N T O S D O “FA L E CO NO S C O” E M 2004 ............................................. 61 GRÁFICO 6 - PE R F I L D O S US U Á R I O S D O “FA L E CO NO S C O” E M 2004 ............................................. 62 GRÁFICO 7 – NÚ M E R O D E ES T A B E L E C IM E N T O S D E EN S I N O N O BR A S I L E M 2003 ...................... 69 GRÁFICO 8 – NÚ M E R O D E AL U N O S MAT R I C U L A D O S N O NÍ V E L BÁ S I C O 1998-2003 ................. 73 GR ÁF I C O 9 – EV O L U Ç ÃO AN U A L D A EC O N O M I A D E EN E R G I A EL É T R I C A PE L O PROCEL N A S

ES C O L A S N O P E R Í O D O D E 1990 A 2004 (MWH/A NO) ............................................................. 78 GRÁFICO 10 – NÚ M E R O D E MU N I C Í P I O S N O BR A S I L E N A RCE EM 2004 ...................................... 83 GRÁFICO 11 - DI S T R IB U I Ç Ã O RE G I O N A L D O S MU N I C Í P I O S IN T E G R A N T E S D A RCE E M 2004 .. 83GRÁFICO 12 – DI S T R IB U I Ç Ã O D O CO N SU M O D E EN E R G I A EL É T R IC A N O BR A SI L ....................... 84 GRÁFICO 13 – ME R C A D O DE EN E R G I A EL É T R I C A 2004 .................................................................... 107 GRÁFICO 14 - DI S T R IB U I Ç Ã O G E O G R Á FI C A D O S P O NT O S D E IP NO BR A S I L ................................. 113 GRÁFICO 15 – DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DOS PONTOS EFICIENTIZADOS PELO RELUZ ................................. 119 GRÁFICO 16 – PERFIL DO TIPO DE ATENDIMENTO REALIZADO PELA BIBLIOTECA DO PROCEL.................... 120 GRÁFICO 17 – COMPOSIÇÃO DO ACERVO DA BIBLIOTECA DO PROCEL........................................................ 121

-3-

Page 6: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

I. INTRODUÇÃO

O objetivo do presente relatório é apresentar os resultados quanti tat ivos

do PROCEL decorrentes das ações implementadas em 2004 e das ações

cumulativas desde a cr iação do PROCEL, com detalhamento dos

resultados a part i r de 1999. São apresentados também os resultados

qual i tat ivos devido às ações do Programa em cada área.

As informações e dados relat ivos aos resultados do PROCEL no período

de 1986 a 1999 foram obtidos do relatór io “Resultados do PROCEL 1999 –

Economia de Energia e Redução de Demanda na Ponta”, de agosto de

2000.

No que se refere ao trabalho de aval iação de seus resultados, o PROCEL

vem invest indo desde 1994 na capacitação de seu corpo técnico, com o

objetivo de estruturar internamente um Sistema de Aval iação de

Resultados, de maneira a obter uma melhor metodologia para anál ise de

seus projetos.

O PROCEL mantém atualmente um grupo de técnicos na área de

aval iação, que é responsável pela consol idação dos dados constantes

desse relatório. Esses dados foram obtidos a part i r de informações dos

gerentes das diversas áreas do PROCEL, associações de fabricantes,

fabricantes de equipamentos e outras entidades, que têm papel decisivo

na qual idade do conteúdo do presente relatório.

-4-

Page 7: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

II. METODOLOGIA E PREMISSAS BÁSICAS

A abordagem uti l izada nesse relatório para aval iação dos resultados de

2004 é semelhante a que vem sendo empregada nas aval iações real izadas

no período de 1996 a 2003. Uti l iza-se uma base de dados reais, referentes

às ações implementadas visando a promoção da ef ic iência energét ica no

país. Essas ações, ou conjunto de medidas, fazem parte de um elenco de

projetos desenvolvidos pelo PROCEL e, em diversos casos, contaram com

a co-part ic ipação de concessionárias de energia elétr ica, universidades,

setores da indústria, ent idades representativas de setores produtivos e

outras organizações.

Para a quanti f icação dos resultados deste ano, com algumas poucas

alterações, foram ut i l izados modelos semelhantes aos empregados nos

anos anteriores, de maneira a se obter resultados que possam ser

comparáveis ano a ano segundo uma mesma metodologia. Os modelos

desenvolvidos são consistentes com outros empregados por insti tuições

simi lares de outros países, sendo sua apl icação baseada a part i r das

medidas efetivamente implementadas, ou vendas de produtos e aparelhos

eletro-eletrônicos efic ientes que possuem Selo PROCEL. A part i r daí são

então calculadas a economia de energia decorrente no ano, em MWh, e a

redução de demanda na Ponta, em kW.

No que se refere à apropriação dos resultados, destaca-se que houve

aperfeiçoamento na definição de determinadas parcelas de economia que

se devem à inf luência do PROCEL. O aumento dessas parcelas, deve-se

principalmente ao aumento da competição entre os fabricantes na disputa

do Selo de Economia de Energia, outorgado pelo PROCEL.

Na aval iação dos resultados são consideradas a economia de energia e a

redução de demanda na ponta, a part i r das ações implementadas pelos

programas do PROCEL em cada ano em part icular. São também

contabi l izadas a economia de energia e a redução de demanda na ponta

relat ivas às ações acumuladas, a part i r dos projetos do PROCEL. Com

relação ao percentual de apropriação dos resultados de energia

economizada e redução de demanda pelo PROCEL, part icularmente, no

-5-

Page 8: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

caso do Selo PROCEL é considerado que 100% dos resultados obtidos

são devidos à inf luência direta e/ou indireta de sua atuação.

Observa-se também que são apenas contabi l izados os resultados a part i r

das ações efetivamente implementadas, em cada ano considerado. Além

disso, as ações foram anal isadas cri ter iosamente a f im de se evitar dupla

contagem de economia de energia em diferentes programas.

Destaca-se ainda que em relação aos projetos dest inados ao uso f inal

implementados nos anos anteriores e às ações real izadas em 2004, não

são considerados os meses de instalação das medidas. Em lugar disso,

considera-se que as medidas são implementadas no início de cada ano,

total izando a economia referente a um ano completo. A adoção desse

cri tér io simpl i f ica a contabi l ização dos resultados, bem como torna a

metodologia consistente com às apl icadas em outros países, no que se

refere à programas de efic iência energética.

-6-

Page 9: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

III. PRINCIPAIS RESULTADOS E CONCLUSÕES

III.1. SUMÁRIO EXECUTIVO

O Programa Nacional de Conservação de Energia – PROCEL, insti tuído

em 30 de dezembro de 1985, é o Programa do governo federal, executado

pela ELETROBRAS, destinado a promover o uso efic iente da energia

elétr ica e o combate ao seu desperdício. Os benefícios gerados pelo

Programa podem ser contabi l izados tanto pela economia de energia

quanto pelos investimentos evitados na expansão do setor elétr ico, que se

revertem em benefícios para a sociedade.

As ações de efic iência energética do PROCEL permitem atender ao

crescimento da demanda de energia elétr ica sem que a oferta seja

ampliada na mesma proporção. Isto porque estas ações têm como

conseqüência a real ização de trabalho út i l com uma quantidade menor de

energia, bem como o aumento da efic iência energética de equipamentos e

instalações em geral.

Além disso, considerando que, quanto maior o nível de at ividade

econômica maior o uso da energia e maiores os impactos ambientais deste

uso, os benefícios resultantes do Programa também se traduzem no

aumento da segurança no abastecimento de energia, na sensível

contribuição para a ef ic iência econômica e na redução de danos

ambientais causados pela expansão do sistema elétr ico.

Desde a sua implantação, o PROCEL proporcionou uma economia total de

energia estimada de 19.595 GWh e uma redução de demanda na ponta de

5.255 MW. O montante de energia conservada equivale à energia elétr ica

necessária ao atendimento de cerca de 11 milhões de residências durante

o período de um ano ou à energia t ipicamente fornecida por uma usina

hidrelétr ica com capacidade de aproximadamente 4.606 MW e

investimentos evitados, correspondentes, no sistema elétr ico brasi leiro da

ordem de R$ 13 bi lhões.

Em 2004, os projetos real izados no âmbito do PROCEL contribuíram para

uma economia de energia de 2.373 GWh e uma redução de demanda no

período de ponta de 622 MW. Estes resultados podem ser comparados à

-7-

Page 10: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

energia t ipicamente fornecida por uma usina hidrelétr ica com capacidade

de 569 MW, representando investimentos evitados para o setor elétr ico da

ordem de R$ 2,5 bi lhões.

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Page 11: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

I I I .1.1. RESULTADOS POR ÁREA

1. TECNOLOGIA – Selo PROCEL

O Selo PROCEL é o principal instrumento de indução da ef ic iência

energética em equipamentos eletroeletrônicos e de aquecimento solar no

país. Atualmente, motores elétr icos tr i fásicos, lâmpadas f luorescentes

(compactas e circulares), reatores eletromagnéticos (para lâmpadas

f luorescentes tubulares e a vapor de sódio), f reezers , refr igeradores,

aparelhos de ar-condicionado ( janela e spl i t) , coletores solares (banho e

piscina) e reservatórios térmicos são contemplados pelo Selo. A cada ano

o Selo PROCEL vem ampliando a sua atuação com a inclusão de novas

categorias de produtos, oferecendo à sociedade um ótimo instrumento

para dist inguir os modelos mais ef ic ientes em cada categoria e

conseqüentemente reduzir o consumo de energia elétr ica do país. No ano

de 2004, o Selo PROCEL foi outorgado a 1.178 modelos distr ibuídos em

18 categorias de produtos num total de 68 empresas agraciadas. Estima-

se que no ano de 2004 foram economizados 1.834.155 MWh devido ao

Programa do Selo.

Os gráficos 1 e 2 mostram, respect ivamente, a evolução do número de

categorias e modelos com Selo PROCEL no período de 1994-2004.

Gráfico 1- Evol. Nº de Modelos Gráfico 2- Evol. Nº de Categorias

- SELO PROCEL -Evolução do Nº de Modelos Premiados

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1994-1999 2000 2001 2002 2003 2004

- SELO PROCEL -Evolução do Nº de Categorias

0

4

8

12

16

20

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Fonte: Área de Tecnologia

Entre as categorias de produtos que receberam o Selo PROCEL em 2004

destacam-se:

-9-

Page 12: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Refrigeradores e f reezers – estima-se que cerca de 55% dos 5,6

milhões de modelos vendidos possuem o Selo PROCEL, o que

equivale a um total de energia economizada de 413.227 MWh/ano;

Condicionadores de ar - estima-se que cerca de 60% dos 1,4 milhão

de aparelhos de janela vendidos no país tenham o Selo PROCEL,

perfazendo um total de 251.820 MWh/ano de energia economizada;

I luminação – estima-se que cerca de 20% das 55 milhões de

lâmpadas f luorescentes compactas e circulares comercial izados no

país possuem Selo PROCEL, perfazendo uma economia de energia

de 1.072.803 MWh/ano;

Motores elétr icos – estima-se que cerca de 70% dos 1,15 milhão de

motores elétr icos de 1 a 250 cv, comercial izados no país, possuem

Selo PROCEL, perfazendo um total de 78.138 MWh/ano;

Coletores solares e reservatórios térmicos – estima-se que em torno

de 20% dos 390.000 m2 de coletores e 130.000 reservatórios

comercial izados no país foram contemplados com o Selo PROCEL,

resultando numa economia de energia total de 18.165 MWh/ano.

2. MARKETING & EVENTOS

O trabalho para a divulgação dos princípios de conservação e uso racional

da energia vem sendo conduzido através de três vertentes: o Prêmio e

Selo PROCEL, atendimento ao consumidor (si te, Call Center e “Fale

Conosco”) e a part ic ipação em eventos e veiculação de informações na

mídia sobre ef ic iência energética.

O Prêmio PROCEL 2004 abrangeu 6 categorias – micro, pequenas e

médias empresas; imprensa; prédios públ icos; empresas do setor

energét ico; indústria; e edif icações – total izando uma economia de energia

elétr ica de 39.228 MWh/ano e uma redução de demanda na ponta de 6.603

kW. Ressalta-se que na edição 2004 foram concedidos 30 prêmios,

incluindo-se menção honrosa e de destaque, num total de 112

part ic ipantes.

-10-

Page 13: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

O serviço “Fale Conosco” chegou a superar 2.500 atendimentos/ano em

2004, enquanto o Call Center (0800) apresentou uma média de 100

consultas/mês, no mesmo período.

No período de janeiro a dezembro de 2004, o número de visi tantes ao site

do PROCEL já havia ul trapassado 115.000. Ressalta-se que o número de

usuários que real izaram downloads do software Mark 4 Plus, local izado no

site do PROCEL, alcançou 4.076.

Responsável pela visibi l idade da marca PROCEL em feiras, seminários,

congressos o núcleo de eventos real iza a distr ibuição de material

específ ico do PROCEL, como folhetos e br indes. Embora os resultados,

em termos de economia de energia, sejam de di f íc i l mensuração, em 2004

o núcleo part ic ipou de 34 eventos, com um investimento direto da ordem

de R$ 2,7 milhões, distr ibuindo aproximadamente 71.000 folhetos e

br indes, divulgando os princípios de economia de energia e a própria

marca PROCEL.

3. PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA - PEE

O Projeto de Eficiência Energética (PEE), envolve recursos de US$ 11,9

milhões e está sendo f inanciado pelo Global Environment Faci l i ty – GEF

por intermédio do Banco Mundial. Esse projeto, que teve suas ativ idades

efet ivamente iniciadas em 2003, abrange os seguintes subprojetos:

I- Centro Brasi leiro de Informação em Eficiência Energética – PROCEL-

Info — implantação de um Portal , serviço de apoio ao cl iente (SAC) e uma

rede externa de apoio técnico (universidades e centros de pesquisa);

I I - Disseminação da Informação em Eficiência Energética — compreende a

real ização de cursos, elaboração de l ivros e guias técnicos e edição e

divulgação de casos de sucesso;

I I I - Aval iação do Mercado de Eficiência Energética — aval iar o potencial

de conservação de energia elétr ica no país e rever a metodologia atual de

aval iação de resultados do PROCEL;

IV- Capacitação Laboratorial — ampliar a rede de laboratórios

capacitados para o atendimento da Lei de Eficiência Energética, bem

-11-

Page 14: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

como do Programa Brasi leiro de Et iquetagem - PBE e conseqüentemente

do Selo PROCEL;

V- Plano de Marketing — estabelecer uma estratégia de market ing para a

atuação do PROCEL e desenvolver materiais de divulgação e publ ici tár ios

necessários para promoção das ativ idades desenvolvidas;

VI- Suporte à Implementação da Lei de Eficiência Energét ica — elaborar

estudos para o desenvolvimento de metodologias de padrões mínimos em

ef iciência energética, implantação de programa de metas e pr iorização de

equipamentos visando subsidiar a tomada de decisão do Comitê Gestor de

Indicadores e de Níveis de Efic iência Energét ica – CGIEE.

Em 2004, o subprojeto de “Disseminação da Informação Eficiência

Energética” foi prat icamente concluído, enquanto que o subprojeto de

“capacitação laboratorial” promoveu a capacitação dos seguintes

laboratórios: i luminação do CEPEL com instalação do goniofotômetro,

aquecedores solares da PUC/MG com a instalação do simulador solar,

bombas centrí fugas (UNIFEI) e refr igeração (CEPEL). Os demais

subprojetos foram parcialmente concluídos, sendo que o de “Aval iação do

Mercado de Eficiência Energética” real izou parte das 15.000 pesquisas

previstas, em especial , no setor residencial e também conclui a

elaboração da revisão da metodologia de aval iação de resultados do

PROCEL, enquanto que o subprojeto de “Centro Brasi leiro de Informação

em Eficiência Energética – PROCEL-Info” em fase de conclusão da versão

beta do Portal .

Além disso, os subprojetos de “Suporte à Implementação da Lei de

Eficiência Energética” e “Plano de Marketing” concluíram apenas as

etapas de l ic i tação e seleção das empresas executoras.

Ressalta-se que em 2004 o PEE despendeu recursos da ordem de R$ 13

milhões, distr ibuídos por subprojeto, conforme a tabela 1 a seguir.

-12-

Page 15: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Tabela 1 – Desembolsos Realizados no Âmbito do PEE em 2004

Subprojetos e Contratações Investimento (1000xUS$)

PROCEL-Info 985

Avaliação de Mercado 462

Disseminação de Informação e Treinamento 686

Capacitação Laboratorial 1.999

Contratação de Consultores 460

TOTAL 4.592

Fonte: DPST

4. EDUCAÇÃO – PROCEL nas Escolas

O “PROCEL nas Escolas” vem ampliando a sua atuação visando

disseminar os conceitos da conservação de energia na educação básica e

no nível superior de ensino do país. Em 2004, foi responsável por uma

economia de energia de 207.900 MWh e por uma redução de demanda na

ponta de 59.332 kW. Para isto, foram capacitados 200 mult ipl icadores, que

formaram aproximadamente 24.500 professores, e conseqüentemente, 2,5

milhões de alunos em 3.542 estabelecimentos de ensino que receberam

informações sobre os fundamentos da conservação de energia e meio

ambiente.

5. GESTÃO ENERGÉTICA MUNICIPAL - GEM

O PROCEL GEM colabora com o administrador municipal na gestão e uso

ef ic iente de energia elétr ica nos centros consumidores pertencentes à

prefeitura. Part ic ipa de vários eventos levando informações às prefei turas,

além de manter o Prêmio PROCEL - Cidade Eficiente em Energia Elétr ica,

atualmente em sua 4ª edição e apóia a Rede Cidades Eficientes – RCE em

busca pela auto-sustentabi l idade, que atualmente abrange cerca de 600

municípios. Ressalta-se que somente em 2004 foram incorporados à RCE

53 municípios, elaborados 41 PLAMGEs (Planos Municipais de Gestão

Energética) e capacitados 232 técnicos das prefei turas, sendo que apenas

dois PLAMGEs foram real izados com recursos do PROCEL.

-13-

Page 16: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

A economia de energia resultante da implementação dos projetos

vencedores do Prêmio Cidade Eficiente em Energia Elétr ica devido à

inf luência do PROCEL foi de aproximadamente 2.500 MWh/ano.

6. EDIFICAÇÕES

O PROCEL EDIFICA visa implementar projetos com vistas à divulgação e

estímulo à apl icação dos conceitos de ef iciência energética em

edif icações e viabi l izar a implementação da Lei de Eficiência Energética

(Lei 10.295/2001) nas novas edif icações. Atualmente, atua através de

convênios com universidades em 10 estados, para a capacitação e

ampliação de 13 laboratórios de conforto ambiental e ef ic iência energética

para o desenvolvimento de novas tecnologias e materiais de construção,

edição e publ icação de l ivros e desenvolvimento de projetos nas vertentes

educacional, disseminação e regulatór ia. Em 2004 foram assinados 6

convênios para estudos e projetos com um invest imento global de R$ 2,3

milhões.

7. SANEAMENTO

O PROCEL SANEAR promove ações que visam o uso eficiente de energia

elétr ica e da água em sistemas de saneamento ambiental e pelos

consumidores. Atualmente, estão sendo implementados 12 projetos-

demonstração nas cinco regiões do país, com investimento diretos da

ELETROBRÁS de R$ 7 milhões, bem como um programa tr ienal de

sensibi l ização e capacitação junto às empresas de saneamento estaduais

e municipais e convênios para implantação de laboratórios de efic iência

energét ica em hidrául ica e saneamento (LENHS) em 05 universidades

federais total izando invest imentos diretos de R$ 4 milhões.

8. PRÉDIOS PÚBLICOS

O PROCEL EPP colabora na redução dos gastos com energia elétr ica nos

Prédios Públ icos, disseminando técnicas e metodologias para repl icação

dos projetos bem sucedidos. Foi desenvolvido um Plano de Ação para

hospitais em conjunto com as empresas do Grupo Eletrobrás. Existem hoje

10 unidades hospitalares ef ic ientizadas e 4 laboratórios de ensaios em

fase de implantação. O Programa promoveu a real ização de 214

-14-

Page 17: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

diagnósticos energét icos no período de 1997 a 2004 em vários prédios

públ icos , em especial , inst i tuições de ensino.

Em 2004 foram real izados dois planos de ação (CICOP1 e Hospitais), 19

diagnóst icos energét icos e implementadas ações em 23 prédios públ icos

em todo o país nas área de saúde (hospitais), educação (insti tuições de

ensino) e administração (prédios administrat ivos).

9. INDÚSTRIA

O PROCEL Indústria objet iva fomentar ações de ef ic iência energética com

foco na redução de perdas nos sistemas motr izes instalados e aperfeiçoar

a capacitação dos trabalhadores da indústria brasi leira através da

celebração de convênios com as federações das indústr ias de vários

estados brasi leiros. No período de 2002 a 2004 foram celebrados 12

convênios, visando à formação de mult ipl icadores e treinamento de

agentes das indústrias na real ização de auto-diagnósticos energéticos.

Paralelamente, foram f irmados convênios com 12 universidades para

capacitação de laboratórios em sistemas motr izes.

Durante o ano de 2004 foram iniciados 3 convênios com as Federações

das Indústr ias dos Estados e 5 convênios com universidades públicas,

ut i l izando recursos do Fundo de Desenvolvimento Tecnológico – FDT – da

Eletrobrás para montagem de laboratórios de sistemas motr izes nessas

insti tuições. Além disso, foram treinados 19 mult ipl icadores e capacitados

596 agentes (funcionários de fábricas treinados pelos mult ipl icadores).O

investimento total da PROCEL Indústr ia em 2004 foi de R$ 3.923.492,00.

10. ILUMINAÇÃO PÚBLICA - RELUZ

Em 2004 foram ef icientizados 416.823 pontos de i luminação públ ica, como

resultado de projetos desenvolvidos em 13 unidades da federação e 419

municípios. Como resultado, contabi l izou-se uma economia de energia de

288.755 MWh e uma redução de demanda na ponta de 65.933 kW.

1 Comitê de Integração Corporativa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico – CICOP

-15-

Page 18: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

11. DOCUMENTAÇÃO - Biblioteca do PROCEL

A bibl ioteca do PROCEL vem atuando através de atendimentos tanto via e-

mail (“Fale Conosco”) e telefone quanto pessoalmente, com destaque para

os estudantes, que costumam freqüentar as suas instalações. Em média

foram real izados 30 atendimentos por mês, no ano de 2004, que se

concentraram basicamente em levantamento bibl iográfico e reprodução de

relatór ios e publ icações para o público sol ic i tante. O públ ico externo

representa aproximadamente de 64% de todos os atendimentos real izados

com destaque para as sol ic i tações via e-mail . A Bibl ioteca do PROCEL

possui atualmente um acervo de 1.880 publ icações inventariadas com

destaque para relatór ios técnicos que representam 40% de todo acervo.

-16-

Page 19: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

I I I .1.2 - RESULTADOS GLOBAIS

As tabelas 2 e 3 resumem os resultados do PROCEL durante o período

1986-2004, para todos os projetos implementados e que foram objeto de

aval iação quanti tat iva de seus resultados. A part i r das informações

obtidas e estimativas de mercado, calcula-se que no ano de 2004 o

PROCEL tenha atingido um resultado de 2.373 GWh economizados,

devido à implementação de medidas de eficiência energét ica, conforme

detalhamento apresentado nos gráficos 3 e 4. Considerando as ações

anuais acumuladas no período 1986-2004, o resultado total obt ido é de

19.595 GWh. Deve ser observado que o resultado acumulado neste

período, em termos de economia de energia, equivale a aproximadamente

6% do consumo de eletr ic idade no Brasi l para o ano de 2004.

Veri f icando a estrutura dos resultados globais decorrentes das ações

real izadas em 2004 (gráf ico 3) observa-se que os projetos na área de

tecnologia (Selo PROCEL) são responsáveis por aproximadamente 77%

dos resultados obt idos no ano, demonstrando a manutenção da ênfase

das ativ idades do PROCEL nesta área. Esta tendência de manutenção na

estrutura dos resultados indica a ênfase que tem sido dada pelo PROCEL

ao consumidor f inal em 2004, através do estímulo à aquisição de

equipamentos efic ientes e à ut i l ização racional de equipamentos elétr icos.

Para isto, o PROCEL tem uti l izado como principais instrumentos o

fortalecimento da marca PROCEL promovendo tanto o Selo PROCEL

quanto os Prêmios PROCEL nas diversas categorias.

Considerando as ações acumuladas, incluindo 2004, (cf. gráf ico 4) a área

de tecnologia representa a maior parte dos resultados alcançados com

77% do total , mantendo a tendência dos últ imos anos, seguida pelos

programas de I luminação Públ ica (RELUZ) e Educação com,

respectivamente, 12% e 9%.

Considerando os projetos e ações real izadas nas diversas áreas de

atuação, é estimado que o PROCEL seja responsável por 2.373 GWh/ano

de conservação, com base em ações real izadas em 2004. Isso equivale a

aproximadamente 0,74% do consumo total de energia elétr ica no Brasi l no

período. Conforme é i lustrado no gráfico 4, as melhorias de efic iência no

-17-

Page 20: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

segmento de i luminação contr ibuem com 58,5% desses resultados como

um todo, melhorias de ef ic iência no segmento de refr igeração

(refr igeradores e freezers) contribuem com 22,5%, de condicionadores de

ar com 13,7% (ar-condicionado de janela), de força motr iz (motores

elétr icos de indução tr i fásicos) com 4,3% e de aquecimento solar

(coletores e reservatórios térmicos) com 1,0%. Essas são as principais

áreas de atuação do PROCEL que estão voltadas para a ef ic iência de uso

de eletr ic idade no âmbito do Selo PROCEL.

O resultado obt ido de 2.373 GWh/ano de economia de energia com a

real ização das ações em 2004 é superior ao resultado obtido em 2003 em

aproximadamente 30%.

A tabela 2 apresenta as estimativas de redução demanda na ponta

decorrentes dos esforços do PROCEL entre 1986-2004. Considerando-se

apenas as ações real izadas em 2004, estimamos que o PROCEL est imulou

uma redução de demanda na ponta ou um aumento adicional de

capacidade na ponta de 613 MW.

A conservação de energia e a geração adicional de energia de 19.595

GWh/ano, acumuladas até 2004, representam energia elétr ica suficiente

para atender cerca de 11 milhões de residências, considerando que a

residência t ípica no Brasi l consome cerca de 150 kWh por mês. Por outro

lado, se essa quantidade de energia elétr ica for fornecida à indústr ias de

pequeno e médio porte, seria suf ic iente para atender cerca de 16.000

novas indústr ias com 1.433.750 trabalhadores, part indo-se da premissa

que cada indústria empregue 100 trabalhadores e tenha um consumo de

12.000 kWh/ano/trabalhador, em média.

Além disso, os 19.595 GWh/ano de conservação e geração adicional de

energia acumulados, a part i r de 1985, equivalem à energia t ipicamente

fornecida por aproximadamente 4.606 MW de capacidade hídr ica no Brasi l .

Essa est imativa baseia-se em um fator de capacidade t ípico de 56% para

usinas hidroelétr icas e inclui 15% de perdas médias na T&D para a

parcela de conservação de energia do PROCEL (que são principalmente

no nível de baixa tensão). Considerando-se somente as ações real izadas

em 2004, o resultado geral de 2.373 GWh/ano equivale à energia

-18-

Page 21: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

t ipicamente fornecida por uma usina hidrelétr ica com capacidade de 569

MW de potência.

Para determinação dos custos e benefícios econômicos dos esforços do

PROCEL foi considerado um custo de investimento máximo de US$

1.500/kW2 ( incluindo os custos de geração, T&D associados). As ações

cumulativas est imuladas pelo PROCEL, incluindo 2004, reduziram a

necessidade de investimentos pelo lado da oferta em aproximadamente R$

13 bi lhões, considerando o adiamento da construção de uma usina

hidrelétr ica de 4.606 MW, conforme pode ser observado na tabela 3.

Considerando que a ELETROBRÁS/PROCEL investiu aproximadamente R$

760 milhões em ef iciência energét ica e projetos relacionados entre 1986-

2004 (incluindo a parcela referente aos projetos real izados no âmbito da

RGR e os recursos do GEF), o retorno geral dos investimentos do

PROCEL foi de aproximadamente 17:1.

Em 2004, a usina equivalente de 569 MW corresponde a um investimento

evitado de R$ 2.492 milhões, que comparado ao investimento real izado de

R$ 94 milhões, representa um retorno de investimento aproximadamente

igual a 26:1.

2 O valor adotado para o custo de investimento de US$ 2000/kW nos últimos relatórios de avaliação foi revisto com base em informações mais atualizados encontrados, por exemplo, na publicação – “Electric Power Options in Brazil, May 2000” - Prepared for the Pew Center on Global Climate Change pp. 16, table 7- Costs and technical characteristics for selected Power Options in 2000.

-19-

Page 22: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Tabela 2 - Resultados Anuais Obtidos pelo PROCEL 1986-2004

1986-2000(b) 2001 2002 2003 2004

(1) Investimentos Eletrobrás/Procel (R$ milhões)(a)

224,3 7,6 6,0 14,2 27,2

(2) Investimentos RGR (R$ milhões) 337,3 13,6 36,0 25,1 54,0

(3) Investimentos GEF (R$ milhões) - - 0,4 1,0 12,8

(4) Investimentos Totais Realizados (R$ milhões)

561,6 21,2 42,4 40,3 94,0

(5) Energia Economizada (GWh/ano) 11.635 2.500 1.270 1.817 2.373

(6) Usina Equivalente (MW)(c)2.692 600 305 436 569

(7) Redução de Demanda na Ponta (MW)

3.181 690 309 453 622

(8) Investimento Evitado (R$ milhões) 5.194 2.113 1.339 2.007 2.492

a Refere-se somente aos recursos orçamentários do PROCEL em cada ano, não sendo considerados os salários do pessoal ELETROBRÁS/PROCEL

b Para o ano 2000 foi considerado o investimento orçado, tendo em vista a indisponibilidade de dados. c Obtida a partir de (5), considerando um fator de capacidade médio típico de 56% para usinas

hidroelétricas e incluindo 15% de perdas médias na T&D para a parcela de conservação de energia.

Tabela 3- Resultados Acumulados pelo PROCEL 1986 - 2004

TOTAL ACUMULADO 1986-2004

Investimentos Totais Realizados (R$ milhões)(d) 759,50

Energia Economizada e Geração Adicional (GWh/ano)(e) 19.595

Usina Equivalente (MW) 4.606

Redução de Carga na Ponta (MW) 5.255

Investimento Evitado (R$ bilhões) 13,14

d Inclui a parcela relativa à RGR e os Recursos do GEF.

e A energia economizada e a geração adicional acumuladas são calculadas segundo a persistência das medidas implementadas

-20-

Page 23: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Gráfico 3 – Estrutura dos Resultados Decorrente das Ações por Área - 2004

Estrutura dos Resultados Decorrentes das Ações por Área -2004

77%

9%

2%12%

Tecnologia - Selo

Educação

IP - Reluz

Marketing

Fonte: Elaboração própria

Gráfico 4 – Estrutura de Resultados da Área de Tecnologia – Selo PROCEL - 2004

Estrutura de Resultados da Área de Tecnologia - 2004

14%

58%

1% 23%4%

Refrigeradores eFreezers

Iluminação

Condicion. de Ar

Coletores eReservatórios

Motores

Fonte: Elaboração própria

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Page 24: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

IV. ÁREAS DE ATUAÇÃO

IV.1. TECNOLOGIA

Desde a sua criação, o PROCEL vem desenvolvendo e promovendo

diversas ações que têm levado a um aumento da ef ic iência energética dos

equipamentos eletroeletrônicos e de aquecimento solar comercial izados

no país.

Em 1993, foi desenvolvido pelo PROCEL o “Selo PROCEL de Economia de

Energia”, inst i tuído através de decreto presidencial, com o objetivo de

orientar o consumidor e estimular a fabricação e a comercial ização de

produtos mais efic ientes no país. Ao longo de 1994, foram estabelecidos,

em conjunto com fabricantes, consumidores (representados pelo Inst i tuto

Brasi leiro de Defesa do Consumidor – IDEC) e o Insti tuto Nacional de

Metrologia, Normalização e Qual idade Industrial – INMETRO, os cr i tér ios

para a concessão do Selo, sua marca e as bases para a real ização de

todo esse processo.

Em 1995, já apareciam no mercado brasi leiro os primeiros produtos com o

Selo PROCEL de Economia de Energia . No início, foram escolhidas três

categorias da l inha de refr igeradores: uma porta; duas portas ou

combinados e f reezer vert ical . Posteriormente, foram incorporados o

f reezer horizontal , aparelho de ar-condicionado de janela e motores

elétr icos tr i fásicos até 10 cv, hoje abrangendo até 250 cv. Posteriormente,

foram incluídos os coletores solares planos para aquecimento de água

para banho e piscina e os reservatórios térmicos. A escolha desses

equipamentos foi fei ta considerando sua part ic ipação no consumo de

energia elétr ica nacional.

Com a criação do Selo PROCEL INMETRO de Desempenho em 1998,

foram incluídos, também, os produtos de i luminação, nacionais e

importados, que respondem por cerca de 20% do consumo nacional de

energia elétr ica do país, restr i tos inicialmente às lâmpadas f luorescentes

circulares e compactas. Devido às característ icas destes produtos, foram

estabelecidos cri térios específ icos de classif icação. Da mesma forma que

ocorre com os produtos que concorrem ao Selo PROCEL de Economia de

-22-

Page 25: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Energia, esses três produtos também são submetidos a testes em

laboratórios de referência. Adicionalmente, os fabricantes acordaram em

oferecer garantia de um ano para as lâmpadas f luorescentes compactas

que obt iveram o Selo.

Com a f inal idade de estabelecer os cri tér ios técnicos e indicar os

equipamentos premiados, foi consti tuída, pela Secretaria Executiva do

PROCEL, uma Comissão de Anál ise Técnica composta por um

representante das seguintes ent idades: PROCEL, na condição de

Coordenador; Centro de Pesquisas de Energia Elétr ica – CEPEL; Inst i tuto

Nacional de Metrologia, Normalização e Qual idade Industr ial – INMETRO;

Inst i tuto de Defesa do Consumidor – IDEC; Associação Brasi leira da

Indústr ia Elétr ica e Eletrônica – ABINEE; Associação Nacional de

Fabricantes de Produtos Eletro-Eletrônicos – ELETROS; Associação

Brasi leira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Venti lação e Aquecimento –

ABRAVA; Associação Brasi leira da Indústr ia de I luminação – ABILUX.

Os cri tér ios atualmente em vigor para a concessão do Selo PROCEL de

Economia de Energia são os seguintes:

1- O produto deve fazer parte do Programa Brasi leiro de

Etiquetagem – PBE, coordenado pelo INMETRO;

2- O produto deve ser submetido anualmente a ensaios de

desempenho em laboratórios de referência indicados pelo PROCEL e pelo

INMETRO;

3- De acordo com a classif icação obt ida pelo produto no processo

de etiquetagem, recebem o Selo PROCEL de Economia de Energia os

equipamentos da faixa A. De acordo com os resultados dos testes, os

modelos são classif icados conforme a efic iência energética de A a G,

sendo os da faixa A aqueles de maior ef ic iência.

A Et iqueta que indica os resultados dos testes e a classif icação obtida

pelo produto e o Selo PROCEL de Economia de Energia têm as seguintes

formas:

-23-

Page 26: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Et iqueta Nacional de Conservação Selo PROCEL de

de Energia – ENCE Economia de Energia

Tanto a et iqueta quanto o Selo devem estar af ixados nos produtos em

exposição e nos pontos de venda, de modo a or ientar faci lmente o

consumidor.

O Selo PROCEL INMETRO de Desempenho é concedido para produtos

como lâmpadas f luorescentes circulares e compactas, reatores

eletromagnéticos para lâmpadas f luorescentes tubulares e a vapor de

sódio, reservatórios térmicos para aquecedores solares e motores

elétr icos de indução tr i fásicos. Esse Selo é outorgado anualmente aos

equipamentos et iquetados, em cada categoria, com eficiência e qual idade

iguais e acima de determinados níveis pré-estabelecidos pelo PROCEL. O

Selo tem a seguinte forma:

Selo PROCEL INMETRO de Desempenho

-24-

Page 27: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Em 2001, foram premiados 312 modelos num total de 28 empresas

part ic ipantes com equipamentos classif icados em 12 categorias:

refr igeradores comuns (uma porta) e combinados (duas portas e duas

portas Frost-Free); Freezers (horizontais e vert icais); condicionadores de

ar de janela; motores de indução tr i fásico (padrão e de al to rendimento);

coletores solares planos (banho e piscina) e lâmpadas f luorescentes

(compactas e circulares).

No ano de 2002, três novas categorias de produtos foram incorporadas à

l ista de equipamentos que receberam o Selo PROCEL em 2001, a saber:

reatores eletromagnéticos para lâmpadas f luorescentes tubulares e a

vapor de sódio e reservatórios térmicos para coletores solares. Nesse

ano, também ocorreu a formação do grupo de trabalho GT-bombas, para

início do processo de et iquetagem e do Selo PROCEL dest inado à bombas

centrí fugas, em parceria com a ABIMAQ e os fabricantes.

No ano de 2003, os Selos PROCEL de Economia de Energia e PROCEL

INMETRO de Desempenho foram outorgados a 17 categorias de produtos

para 69 empresas, com 1.268 modelos premiados, conforme l istado

abaixo:

Refrigeradores comuns (uma porta e compacto) e combinados (duas

portas e duas portas Frost-Free) ;

Freezers horizontais, vert icais e vert icais Frost-Free ;

Condicionadores de ar de janela;

Motores de indução tr i fásico das l inhas padrão e de alto rendimento;

Coletores solares planos – apl icação banho e piscina;

Reservatórios térmicos para coletores solares;

Reatores eletromagnéticos para lâmpadas tubulares e a vapor de sódio;

Lâmpadas f luorescentes compactas e circulares.

-25-

Page 28: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

IV.1.1. REFRIGERADORES E FREEZERS

A. Descrição

Inicialmente a atuação do PROCEL estava focada no segmento de

consumo através da elaboração de um acordo com os fabricantes de

eletrodomésticos, def inindo níveis mínimos de ef ic iência para

refr igeradores e f reezers . No âmbito das ações desenvolvidas pelo

PROCEL, em conjunto com CEPEL, INMETRO e fabricantes de

eletrodomésticos, foi adotado um procedimento padrão para ensaio de

refr igeradores e f reezers fabricados e comercial izados no Brasi l , para

veri f icação do nível de consumo de energia desses equipamentos. A part i r

dos resultados obtidos foi , então, criado um programa de etiquetagem,

relat ivo ao desempenho energético de refr igeradores e freezers .

Durante o ano de 1998, o PROCEL e o INMETRO elaboraram, em conjunto

com os fabricantes de refr igeradores e f reezers , a renovação do acordo

voluntário envolvendo o estabelecimento de faixas classif icadoras de

ef ic iência. Com o novo acordo, f icou estabelecido um fator de ajuste para

as faixas classif icatór ias existentes, nos dois anos subseqüentes, o que

acarretou uma melhora da efic iência dos produtos, considerando que os

mesmos se ajustaram. Esse novo acordo de efic iência energética foi

assinado em solenidade celebrada durante o Seminário Internacional de

Combate ao desperdício de energia Elétr ica “Eff icient ia 98”.

Em 2003, a premiação de f reezers vert icais, que não ocorr ia desde 20013,

foi um excelente resultado para esta categoria, sendo que dos 44 modelos

que exist iam no mercado naquele ano, 20 foram contemplados,

conseguindo atingir os índices mínimos de eficiência energética exigidos

para a concessão do Selo.

Dos refr igeradores e f reezers que receberam o Selo PROCEL em 2004, o

destaque foi para o aumento de 37% no número de modelos de

refr igeradores de uma porta. Esses equipamentos, que representam cerca

de 70% do mercado, apresentam um índice médio de ef ic iência 22%

superior em relação aos que não possuem Selo.

3 Isto se deve em boa parte pela ocorrência do racionamento, que provocou uma forte queda nas vendas para esse produto, implicando na retirada pelos fabricantes de alguns modelos do mercado.

-26-

Page 29: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

B. Metodologia e Premissas

Para aval iação das ações implementadas no segmento de refr igeradores e

f reezers , é importante destacar que o PROCEL vem atuando em duas

diferentes dimensões da questão. Essa atuação tem sido efet ivada tanto

no incentivo às medidas do aumento da ef ic iência energética de

eletrodomésticos, quanto no estímulo à ampliação da fat ia de mercado

desses equipamentos ef icientes.

Na determinação da estimativa da economia de energia e redução de

demanda na ponta decorrentes das ações desenvolvidas no segmento de

refr igeradores e freezers , é ut i l izada uma anál ise do t ipo Top-Down . Esse

t ipo de abordagem baseia-se na redução média de consumo por

equipamento, e na quantidade de equipamentos vendidos durante o ano.

A determinação do índice de ef ic iência energét ica de cada equipamento é

estabelecida através de procedimentos de ensaios definidos pelo

INMETRO / CEPEL, no âmbito do Programa Brasi leiro de Etiquetagem -

PBE. A part ir desses resultados são então elaboradas plani lhas

comparativas da evolução anual desses índices.

A seguir, é apresentada a equação para a economia de energia anual (EE)

em um determinado ano, que está sendo ut i l izada para determinar a

economia de energia de refr igeradores e f reezers :

EE (MWh/ano)= V (103 un.)x FSP x FCP x (CMEss (kWh/ano)–CMEcs (kWh/ano))

onde V são as vendas totais est imadas de refr igeradores e freezers em

milhares de unidades, FSP é a fração dos refr igeradores e f reezers que

obtiveram o Selo Procel naquele ano, FCP é o fator de crédito do Procel,

CMEss é o consumo médio de energia elétr ica de modelos sem o Selo, por

categoria, durante o período de referência (1999-2003) e CMEcs é o

consumo médio de energia elétr ica de modelos4 com o Selo no ano (2004).

Dessa forma, tomando-se por base os resultados obtidos nos ensaios

real izados no CEPEL, referentes ao consumo médio de refr igeradores e

4 Na rea l idade, t rabalha-se com c inco categor ias de equipamentos: ref r igeradores de 1 por ta , ref r igeradores de 2 por tas (combinados) , re f r igeradores compactos e f reezers ver t ica is e hor izonta is .

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Page 30: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

f reezers no período de 1999 até 2004, determina-se a economia média por

equipamento equivalente5 ut i l izando-se a média ponderada dos consumos

dos equipamentos sem o Selo, de 1999 a 2003, em comparação com o

consumo médio dos equipamentos com o Selo do ano de 2004.

Estima-se que a part ic ipação dos refr igeradores e f reezers com Selo

Procel, seja de 55%6 das vendas totais no mercado. Esse percentual está

sendo apropriado integralmente, tendo em vista que o Procel assume

como premissa que 100% dos resultados decorrentes do programa do Selo

devem ser apropriados. Esse fator tem como base direta as vendas nesse

segmento de mercado. Ressalta-se que adoção deste percentual em

100%7 não é totalmente arbitrár ia, em real idade, se fundamenta

basicamente em quatro pontos:

O Selo Procel e o Programa de Etiquetagem do INMETRO são

programas que estão sendo considerados em conjunto para efei to de

apropriação de resultados, tendo em vista a parceria permanente entre

estas insti tuições e part ic ipação do Procel em todas as etapas do

processo de etiquetagem de equipamentos que recebem o Selo.

Apesar do Procel não estar mais real izando campanhas de marketing

sistemáticas é notório que a marca Procel e, especialmente, o Selo

obtiveram uma maior visibi l idade após a crise de racionamento de

energia em 2001. Os próprios fabricantes e lojas de varejo já ut i l izam

amplamente o Selo como forte argumento de venda em seus anúncios e

publ icações, como pode ser veri f icado nos jornais e publ icações

especial izadas.

Com a introdução da Lei de Eficiência Energética todos os produtos

que recebem o Selo Procel serão compulsoriamente etiquetados de

acordo com Resolução do INMETRO. Isto amplia a inf luência do Procel

5 Equipamento v i r tua l que representa o consumo médio ponderado, pe la par t ic ipação no mercado de cada categor ia de equipamentos, dos d iversos modelos de re f r igeradores e f reezers comerc ia l izados no país . 6 Esse dado fo i obt ido a par t i r de sondagens rea l izadas pe la área de tecnolog ia junto a a lgumas empresas do setor . 7 Ressal ta-se que deve ex is t i r um fa tor de créd i to do Procel (FCP) na metodolog ia de aval iação de resu l tados e este percentua l deve ser def in ido caso a caso, ent re tanto na fa l ta de e lementos ou estudos para se def in i r o percentua l a ser apropr iado em cada caso, nesse re latór io , adota-se um fa tor de 100% de apropr iação (ou seja , FCP=1) .

-28-

Page 31: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

nas vendas de equipamentos ef icientes, haja vista a sua part ic ipação

direta no processo de etiquetagem.

Além do Procel um dos grandes Programas de Eficiência Energética no

país é o da ANEEL ( investimentos anuais da ordem de 200 milhões de

reais real izados pelas concessionárias em programas de eficiência

energét ica) que estabelece para todos os projetos que contemplem

eletrodomésticos e/ ou equipamentos a obrigatoriedade de ut i l ização de

equipamentos/ eletrodomésticos com o Selo Procel, nos casos em que

estes sejam disponíveis.

Além destes pontos supracitados poder-se-ia acrescentar ainda os

seguintes: i ) O Procel possui um programa permanente de Educação

(Procel nas Escolas) que aborda diretamente o tema do Selo Procel no

conteúdo programático; i i ) O Procel através de convênios e da RGR-

conservação f inancia projetos de eficiência energética que contemplam

equipamentos com Selo e i i i ) O Procel promove diversos eventos de

market ing que visam fortalecer a marca do Procel e conseqüentemente a

marca do Selo.

Para determinação da redução de demanda no horário de ponta, foi

considerado um fator de uti l ização médio de 1,25. A determinação desse

fator considera o maior número de vezes que se abre a porta desses

equipamentos no horário de ponta, fazendo com que o compressor seja

l igado maior número de vezes, acarretando um aumento de cerca de 25%

no consumo de energia nesse período.

Para cálculo da redução da demanda na ponta, ut i l iza-se a seguinte

fórmula:

RDP (kW) = EE x FU x 103 / 8760 horas

onde:

• EE - Economia anual de energia (MWh)

• FU - Fator de uti l ização médio na ponta, no caso 1,25

-29-

Page 32: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

-30-

C. Resultados

A tabela 4 mostra os resultados de economia de energia e redução de

demanda na ponta, ut i l izando-se a metodologia e premissas destacadas

acima. Conforme premissa adotada, a economia média por equipamento

at ingiu 134,428 kWh/ano. Considerando as premissas acima, est ima-se

que a economia total de energia alcançada no ano de 2004, devido à

venda de refr igeradores e f reezers , seja de 413.228 MWh/ano,

considerando um total de 5,59 milhões de unidades vendidas9.

Para a demanda reti rada da ponta est imamos uma redução de 58.965 kW,

considerando as vendas de refr igeradores e freezers vert icais vendidos

em 2004.

8 Este va lor fo i obt ido a par t i r da comparação do consumo médio (kWh/ano) dos equipamentos com Selo no ano de 2004 com o va lor da média dos consumos médios dos equipamentos sem Selo no per íodo 1999-2003, conforme metodolog ia descr i ta no i tem B. 9 Este va lor fo i obt ido a par t i r de dados da Pesquisa Indust r ia l Anual - PIA – Produto 2003 ( IBGE) e cons iderando-se um cresc imento de mercado de 15% de 2003 para 2004.

Page 33: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

-31-

Tabela 4 - Refrigeradores e Freezers Economia de Energia (GWh/ano) e Redução de Demanda na Ponta 1986-2004

Ano Vendas (103)

Economia por Modelo

(kWh/ano)

Economia decorrente das Ações no Ano

(GWh)

Economia decorrente de

Ações Acumuladas (GWh/ano)

Economia Anual decorrente das Ações

do PROCEL (GWh/ano)

Economia decorrente de Ações Acumuladas

do PROCEL (GWh/ano)

Redução de Demanda na Ponta (MW)

Total Decorrente das Ações Ações Ações do PROCEL Ano Acumul Ano Acumul

1986 2.328 3,35 7,8 7,8 3,12 3,1 1,11 1,11 0,45 0,451987 2.308 27,12 62,6 70,4 25,04 28,2 8,93 10,04 3,57 4,02 1988 1.931 25,06 48,4 118,8 19,36 47,5 6,91 16,95 2,76 6,781989 2.694 48,37 130,3 249,1 52,12 99,6 18,59 35,54 7,44 14,22 1990 2.760 59,78 165,0 414,1 66,00 165,6 23,54 59,09 9,42 23,631991 2.985 62,08 185,3 599,4 74,12 239,8 26,44 85,53 10,58 34,21 1992 1.879 62,53 117,5 716,9 47,00 286,8 16,77 102,30 6,71 40,921993 2.336 89,90 210,0 926,9 84,00 370,8 29,97 132,26 11,99 52,90 1994 3.383 103,38 349,7 1.276,6 139,89 510,7 49,91 182,17 19,96 72,871995 4.345 118,89 516,6 1.793,2 206,63 717,3 73,71 255,88 29,48 102,35 1996 5.648 136,72 772,2 2.565,4 308,88 1.026,2 110,19 366,07 44,08 146,431997 4.238 157,23 666,3 3.231,7 333,17 1.359,3 95,08 461,15 47,54 193,97 1998 3.958 171,38 678,4 3.910,1 339,20 1.698,5 96,80 557,95 48,40 242,371999 3.499 173,95 608,7 4.518,7 334,76 2.033,25 86.85 644.79 47,77 290,13 2003 4.000 204,22 816,9 - 449,29 - 116,56 - 64,11 - 2004 5.590 134,42 751,4 - 413,23 - 107,21 - 58,96 -

Ano = Economia decorrente das Ações no Ano Acumulado = Economia decorrente de Ações Acumuladas

Page 34: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

IV.1.2. AR-CONDICIONADO

A. Descrição

O PROCEL vem desenvolvendo diversas medidas no segmento de

condicionamento ambiental, v isando a promoção do aumento da ef ic iência

energética desses equipamentos. Nesse sentido, PROCEL, INMETRO e

CEPEL desenvolveram e implementaram desde 1994 um procedimento de

ensaio padrão para a determinação do consumo de energia e ef ic iência

energética de aparelhos de ar-condicionado de janela, no âmbito do

Programa Brasi leiro de Etiquetagem.

A part i r dos resultados dos ensaios é então outorgado o Selo PROCEL de

Economia de Energia para os modelos que se enquadrem na faixa A de

ef ic iência energét ica (modelos mais efic ientes).

O destaque neste segmento, foi a concessão, pela primeira vez, do Selo

PROCEL pra os condicionadores de ar t ipo Spli t , l inha de equipamentos que

vem crescendo expressivamente nos últ imos anos no mercado.

Em 2004, destacam-se os condicionadores de ar de 7.500 Btu/h, que estão,

em média, 40% mais ef ic ientes em relação aos de mesma capacidade que

não têm o Selo. Os modelos com essa capacidade de refr igeração

correspondem a cerca de 70% dos modelos comercial izados no mercado.

B. Metodologia e Premissas

Para est imativa da economia de energia decorrente da venda de aparelhos

de ar-condicionado de janela mais efic ientes, é empregada uma anál ise top-

down . Nessa anál ise são consideradas a melhoria na ef iciência média dos

condicionadores de ar entre 1999 e 2003 comparativamente com 2004 e o

número de unidades vendidas neste ano.

Para o cálculo da ef ic iência média dos condicionadores de ar dos anos de

referência (1999-2003), são ut i l izados os dados para a concessão do Selo

-32-

Page 35: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

PROCEL de Economia de Energia, veri f icados pelo CEPEL conforme tabela 5

a seguir.

Tabela 5 – Efic iência Média dos Condicionadores de Ar

Capacidade (Btu/hora)

Eficiência Média dos Equipamentos sem Selo (kJ/Wh)

(1999-2003)

Eficiência Média dos Equipamentos com Selo (kJ/Wh)

(2004)

Variação na eficiência

média ( % )

6.000 –12.000 7,80 10,97 40,6

12.000 – 30.000 8,97 10,33 15,2

Fonte: Elaboração própria

Para efeito de apropriação dos resultados do PROCEL considera-se que o

valor estimado de 60%10 do mercado para as vendas de ar-condicionado com

o Selo PROCEL deve ser apropriado integralmente.

As vendas de ar-condicionado de janela total izaram 1.401.342 unidades11 em

2004. A distr ibuição nas vendas por segmento de apl icação foi estimada

numa dada proporção, conforme mostrado na tabela 6 abaixo.

Tabela 6 – Distr ibuição das Vendas por Segmento de Uti l ização

Participação no Mercado por Modelo ( % )

Setor Uso (horas/ano)

6.000 - 12.000 Btu/h

18.000 - 30.000 Btu/h

RESIDENCIAL 960 80% -

COMERCIAL 2.400 - 20%

Fonte: Elaboração própria

10 Esse dado fo i obt ido a par t i r de sondagens rea l izadas pe la área de tecnolog ia junto a a lgumas empresas do setor . 11 Este va lor fo i obt ido a par t i r de dados da Pesquisa Indust r ia l Anual - PIA – Produto 2003 ( IBGE) e cons iderando-se um cresc imento de mercado de 10% de 2003 para 2004.

-33-

Page 36: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Para determinação do nível de uti l ização, em termos de número de horas por

ano, as seguintes hipóteses foram assumidas:

- Setor Residencial :

Aparelho ut i l izado 4 meses por ano; 8 horas por dia

Total = 960 horas por ano

- Setor Comercial :

Aparelho ut i l izado 8 meses por ano ; 10 horas por dia

Total = 2.400 horas por ano

No cálculo da economia de energia anual, a seguinte fórmula é uti l izada:

EE (kWh/ano) = capacid. refr ig.(Btu/h) x 0,9478 x (EER1–EER2) x horas anuais x FU

( EER1 X EER2 ) X 1000

onde:

Fator de conversão de Btu/h para kW = 0,9478

EER1 (kJ/Wh) = Eficiência Energética Média de 1999-2003

EER2 (kJ/Wh) = Eficiência Energética Média de 2004

FU (Fator de Uti l ização) = 70%

-34-

Page 37: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

C. Resultados

Com base nas premissas e dados mostrados acima, a economia anual de

energia devido à melhoria na efic iência energética de aparelhos de ar-

condicionado de janela, pode ser calculada da seguinte forma:

Categoria 6.000 - 12.000 Btu / hora

Economia anual (kWh/ano) = 9.000 x 0,9478 x 3,17 x 960 x 0,7 / ( 7,80 x

10,97 ) x 103 = 212,37

Categoria 18.000 - 30.000 Btu / hora

Economia anual (kWh/ano) = 24.000 x 0,9478 x 1,36 x 2.400 x 0,7 / (8,97 x

10,33) x 103 = 560,90

Dessa forma, temos que a economia média ponderada para as duas

categorias é:

Economia média anual = 299,50 kWh/ano por aparelho

Considerando o total de unidades vendidas em 2004 e as respect ivas

part ic ipações nas vendas totais para cada faixa de potência, ou seja, 75% e

25%, tem-se:

Economia anual = 212,37 kWh/ ano x 0,75 x 1.401.342 unidades= 223.198,83

MWh/ano

Economia anual = 560,90 kWh/ ano x 0,25 x 1.401.342 unidades= 196.502,25

MWh/ano

Tendo em vista que o PROCEL pode ser considerado como diretamente

responsável pela melhoria na efic iência desses equipamentos, foi assumida

como sendo 100% a part ic ipação do PROCEL nos resultados decorrentes

destas vendas que correspondem a 60% do mercado.

Economia anual = 419.701,08 MWh/ano x 0,60 x 100%

-35-

Page 38: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Economia anual = 251.820,65 MWh/ano

Para determinação da demanda ret irada da ponta, é considerado um fator de

coincidência na ponta de 0,8 e de 0,4, respectivamente, para os setores

comercial e residencial . Dessa forma é fei to o seguinte cálculo:

RDP = (212,37 kWh/ano x 0,4/ 960 horas) x 1.051.007 = 92.999,51 kW

RDP = (560,90 kWh/ano x 0,8/ 2.400 horas) x 350.336 = 65.500,75 kW

Considerando-se as parcelas decorrentes das vendas nos setores comercial

e residencial , a redução de demanda na ponta total é igual:

RDP = 158.500,26 kW x 0,60 = 95.100,16 kW

-36-

Page 39: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

IV.1.3. MOTORES

A . Descrição

Em 1995, o PROCEL, em conjunto com o CEPEL, INMETRO e fabricantes,

desenvolveu um procedimento padronizado para ensaio de motores de

indução tr i fásicos com a f inal idade de obter os índices de ef ic iência dos

motores disponíveis no mercado nacional. Essa iniciat iva foi desenvolvida no

âmbito do Programa Brasi leiro de Etiquetagem - PBE, abrangendo diversas

categorias de motores na faixa de potência de 1 a 200 cv. Simultaneamente,

o PROCEL deu início a um programa de dist inção e premiação dos motores

mais efic ientes do mercado, com concessão anual do “Selo PROCEL de

Economia de Energia”. A premiação tem como objetivo est imular os

fabricantes no estabelecimento de processos de aprimoramento contínuo de

seus produtos, visando a melhoria dos índices de efic iência energética.

Desde 2003, a estrutura da premiação contempla todas as potências

padronizadas, na faixa de 1 a 250 cv. Observa-se, no entanto, que a faixa

de potência de 1 a 10 cv representa cerca de 80%12 do mercado de motores

de indução tr i fásicos, sendo que o motor da l inha padrão de 10 cv, 4 pólos, é

o que possui a maior fat ia do mercado. Em 2004, este equipamento teve um

aumento de efic iência de 1% em relação à média dos equipamentos de

mesma potência fabricados desde 1995. Cabe destacar que, neste ano, os

índices de eficiência para a concessão do Selo t iveram um aumento

elevando.

B. Metodologia e Premissas

A tabela 7 apresenta os rendimentos médios dos motores standard e al to

rendimento, et iquetados de 1999 a 2004. A part i r desses dados obteve-se o

rendimento médio ponderado das part ic ipações relat ivas dos motores

standard e al to rendimento no mercado para o período de 1999 a 2003.

Posteriormente o mercado foi segmentado em duas faixas de potência e, da

mesma forma, obteve-se um novo rendimento médio ponderado pelas faixas 12 Dado obtido a partir do histórico de vendas de motores elétricos fornecidos pela ABINEE.

-37-

Page 40: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

de 1 a 10 cv e acima de 10 cv. De forma semelhante, foram fei tas as

mesmas ponderações e segmentações para o mercado no ano de 2003.

Foram adotados, para os motores padrão e a al to rendimento,

respectivamente, 90% e 10% como part ic ipação no mercado e, para as

potências, foram adotados, respectivamente, 80% e 20% para as faixas de 1

a 10 cv e acima de 10 cv. Com isso, foi real izada a comparação dos

rendimentos e obtido o ganho.

Tabela 7 – Rendimentos Médios de Motores de 1999 a 2004.

2 Polos 4 Polos 6 Polos 8 Polos<=10 86,40% 86,67% 85,66% 84,79%> 10 (até 250 cv) 92,74% 93,65% 93,52% 93,48%> 10 (até 500 cv) 82,03% 81,80% 79,47% 78,68%<=10 89,73% 90,92% 90,96% 91,18%> 10 (até 250 cv) 85,90% 86,33% 85,54% 84,71%> 10 (até 500 cv) 92,70% 93,65% 93,52% 93,48%<=10 82,20% 82,41% 80,21% 79,16%> 10 (até 250 cv) 91,73% 92,35% 92,24% 91,94%> 10 (até 500 cv) 85,36% 85,70% - -<=10 91,48% 92,42% - -> 10 (até 250 cv) 82,21% 82,24% - -> 10 (até 500 cv) 89,76% 90,23% - -<=10 85,71% 86,16% 84,96% 83,79%> 10 (até 50 cv) 92,73% 93,47% 92,95% 91,84%<=10 82,78% 83,54% 80,71% 79,04%> 10 (até 50 cv) 91,39% 92,03% 91,64% 90,68%<=10 85,71% 85,59% 84,92% 83,71%> 10 (até 250 cv) 92,82% 93,52% 93,17% 92,53%<=10 82,78% 83,29% 80,71% 78,99%> 10 (até 250 cv) 91,61% 91,56% 91,92% 91,36%<=10 85,80% 86,20% 85,20% 84,10%> 10 (até 250 cv) 92,90% 93,50% 93,20% 91,90%<=10 83,00% 83,80% 81,00% 79,80%> 10 (até 250 cv) 91,20% 91,60% 91,40% 90,80%<=10 85,80% 86,20% 85,20% 84,10%> 10 (até 250 cv) 92,90% 93,50% 93,20% 91,90%<=10 83,00% 83,80% 81,00% 79,80%> 10 (até 250 cv) 91,20% 91,60% 91,40% 90,80%

2004

Alto Rendimento

Standard

Potência(CV)TipoAno

2003

2000

Alto Rendimento

Standard

Rendimento Médio (%)

Alto Rendimento

Alto Rendimento

Standard

Standard

1999

Alto Rendimento

2002

2001

Standard

Alto Rendimento

Standard

Fonte: Área de Tecnologia

Com o intui to de est imar a economia de energia resultante, foram adotadas

as seguintes premissas:

-38-

Page 41: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Potência média do motor mais vendido (Pot) = 10 cv

Fator de carga médio dos motores (FC) = 70%

Fator de coincidência na ponta (Fcp) = 35% (estima-se que 50% das

indústrias opera na ponta e 70% dos motores estão l igados neste horário)

Ef iciência média ponderada dos motores de 1999 a 2003 (η1) = 83,49%

Eficiência média ponderada dos motores de 2004 (η2) = 83,93%

Número total de motores vendidos13 em 2004 (N) = 1.150.188

Nível médio de uso dos motores na indústria (t) = 3.000 horas/ano.

Part indo dessas premissas, pode-se fazer o seguinte cálculo:

1) Energia economizada da potência consumida, devido à maior ef ic iência

dos motores:

EE (MWh / ano) = Pot x 0,736 x (η2-η1) / (η1 x η2) x N x t x FC x 10- 3

RDP (kW) = EE x Fcp x 103 / t

C. Resultados

Com base na comparação dos rendimentos médios apresentados pelos

motores no período de 1999-2003 com o ano de 2004, foi veri f icado um

pequeno acréscimo nos rendimentos dos motores. Desta forma, serão

computados os ganhos de economia de energia e redução de demanda na

ponta devido ao aumento de rendimentos médios de motores do t ipo standard

e al to rendimento no mercado como um todo.

Para f ins de contabi l ização os resultados totais obt idos foram:

EE = 10 cv x 0,736 kW / cv x (83,93% - 83,49%) / (83,93% x 83,49%) x

1.150.188 x 3.000 horas/ano x 10- 3 = 111.626,40 MWh/ano 13 Dados do histórico de vendas de motores fornecidos pela ABINEE.

-39-

Page 42: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

RDP = 111.126,40 x 0,35 x 103/ 3.000 horas = 13.023,08 kW

A part i r disso, pode-se assumir conservat ivamente que os equipamentos com

Selo Procel representam 70% das vendas no mercado14, o que corresponde

em termos de economia de energia e redução de demanda na ponta aos

seguintes valores:

EE = 111.626,40 MWh/ano x 70% = 78.138 MWh/ano

RDP = 13.023,08 kW x 70% = 9.116 kW

Observa-se que também, neste caso, estamos considerando o fator de

crédito do PROCEL (FCP) igual a 1, ou seja, admit imos que 100% das

vendas de equipamentos efic ientes com SELO se devem exclusivamente a

ações diretas e/ou indiretas do PROCEL.

14 Dado estimado com base em sondagens realizadas junto aos principais fabricantes pela Área de Tecnologia.

-40-

Page 43: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

IV.1.4. ILUMINAÇÃO

As ações desenvolvidas pelo PROCEL, neste uso f inal, são anal isadas

separadamente: em primeiro, a economia de energia decorrente da adoção

de tecnologias eficientes em i luminação (Selo PROCEL INMETRO de

Desempenho); em segundo, o programa de ef ic ientização de sistemas de

i luminação públ ica (RELUZ), que envolve a substi tuição das lâmpadas

existentes por lâmpadas a vapor de sódio.

Cabe destacar que o uso de lâmpadas a vapor de sódio é anal isado segundo

o estímulo ao aumento do uso destas lâmpadas através de seu programa de

I luminação Públ ica (RELUZ), incluído nos f inanciamentos via RGR, cujos

resultados são contabi l izados no i tem “IV.10 Programa RELUZ” deste

relatório.

Tecnologias Eficientes em Iluminação

A. Descrição

Nesta seção, anal isaremos o impacto da economia de energia que o PROCEL

vem promovendo na difusão das tecnologias de i luminação ( lâmpadas

f luorescentes compactas e circulares) mais ef ic ientes resultante da adoção

das mesmas, como destacado a seguir.

No caso das lâmpadas f luorescentes compactas e circulares, o PROCEL tem

estimulado sua uti l ização através basicamente da divulgação do Selo na

mídia e por intermédio dos próprios fabricantes.

-41-

Page 44: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

B. Metodologia e Premissas

O estudo do t ipo top-down , c i tado anteriormente, apresenta detalhadamente

as est imativas de economia de energia anual com base em premissas l igadas

ao número de vendas, redução média de potência e horas de uso de cada

produto. Esse estudo também faz a estimativa da economia que pode ser

atr ibuída às ações do PROCEL e de seus parceiros.

Em geral, a economia de energia elétr ica (EE) que ocorre devido ao uso de

qualquer tecnologia específ ica no ano t pode ser calculada através de:

EE (MWh / ano) = N x RMP x U x FPP x 10- 3

onde N é o número estimado de produtos em uso no ano t, RMP é a redução

média de potência de consumo do produto (watts), U é o nível de uso (horas

por ano) e FPP é a fração assumida como tendo sido estimulada pelo

PROCEL. Para o cálculo da economia devido aos produtos vendidos em um

determinado ano adota-se o número de vendas est imadas (N) no lugar do

número est imado de equipamentos em uso.

A redução de demanda na ponta (RDP) pode ser calculada através de:

RDP (kW) = N x RMP x FPP x FCP x 10- 3

onde FCP é o fator de coincidência na ponta, ou seja a fração de unidades

que são assumidas estar em operação em qualquer momento durante o

horário de ponta.

O número de lâmpadas f luorescentes compactas e circulares vendidas em

2004 foi estimado através das informações obtidas junto à Secretar ia de

Comércio Exterior - SECEX, através do sistema Al iceWeb15 e de contatos

estabelecidos com agentes do setor como a ABILUX. A anál ise dos dados

fornecidos pelo sistema Al iceWeb foi fei ta considerando a quantidade de

lâmpadas importadas pelas empresas brasi leiras.

15 http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br/

-42-

Page 45: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

A tabela 8 mostra os dados básicos para o cálculo da economia de energia e

reduções de demanda na ponta. As premissas que dizem respeito à fração

estimulada pelo PROCEL são expl icadas a seguir.

Tabela 8 – Dados Utilizados nos Cálculos de Economia de Energia e Redução de Demanda

Produto Nº de vendas em 2004 (103)

Redução média16 de

potência por unidade (W)

Utilização anual

(horas/ano)

Porcentagem das vendas estimulada pelo PROCEL (%)

Fator de carga

LFC 52.414 45 2.190 20 0,4

LF Circular 2.759 48 1.500 20 0,4

Fonte: Área de Tecnologia

Em 2004, assumimos que o PROCEL e seus parceiros estimularam as vendas

de lâmpadas f luorescentes compactas e circulares com o Selo em 20% do

total comercial izado pelo mercado, sendo esse percentual apropriado

integralmente no cômputo dos resultados desta categoria17.

O percentual de 20% do mercado se traduz em 11 milhões de LFCs e

lâmpadas f luorescentes circulares, dado que foi est imado um total de 55

milhões dessas lâmpadas foram comercial izadas em 2004. Ainda para as

LFCs, destacamos que o alto nível de ut i l ização anual deve-se ao fato de a

grande maioria dessas lâmpadas ser ut i l izada no setor comercial .

Para o cálculo dos resultados de energia economizada, foram adotados como

part ic ipação nas vendas de mercado, 95% e 5% para as LFCs e lâmpadas

f lorescentes circulares, respect ivamente.

C. Resultados

A tabela 9 mostra a economia de energia elétr ica e a redução de demanda na

ponta, que deve ser creditada ao PROCEL, com base nas premissas

apresentadas. Em 2004, a economia de energia estimada total izou 1.072.803 16 A redução média de potência é estimada com base nas lâmpadas incandescentes de 60W e 75W em substituição às lâmpadas fluorescente compacta e circular, respectivamente, de 15W e 22W. 17 O Fator de Crédito do PROCEL (FCP) foi considerado igual a 1.

-43-

Page 46: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

MWh/ano e uma redução de demanda de 306.165 kW, com base nos produtos

vendidos em 2003.

Tabela 9 - Energia Economizada e Redução de Demanda na Ponta Decorrente da Uti l ização de Tecnologias Eficientes em I luminação - Ações PROCEL 1996-2004

Energia Economizada (GWh/ano)

1996 1997 1998 1999 2003 2004 Produto

Ano Acum. Ano Acum. Ano Acum. Ano Acum. Ano Ano

LFC 33,8 81,0 275,6 336,4 317 626,3 279,5 875,8 729,2 1.033,1

LF. Circulares 1,8 3,7 37,5 41,0 65,9 106,3 57,4 159,7 27,0 39,7

Total 110,7 345,9 429,35 696,8 495,3 1103,1 441.1 1467,3 756,2 1.072,8

Redução de Demanda na Ponta (MW)

1996 1997 1998 1999 2003 2004 Produto

Ano Acum. Ano Acum. Ano Acum. Ano Acum. Ano Ano

LFC 6,8 16,2 55,1 67,3 63,4 125,3 55,9 174,2 200,4 294,8

LF. Circulares 1,4 3,0 30,0 32,8 35,2 56,7 30,6 85,3 7,7 11,3

TOTA L 22,2 68,0 105,9 158,7 118,7 249,3 105,0 337,9 208,1 306,2

Fonte: Elaboração própria a part i r de dados fornecidos pela área de

tecnologia

Reatores Eletromagnéticos para Lâmpadas Fluorescentes

Em 1994, o PROCEL desenvolveu um projeto, junto com o CEPEL, para

aval iar o desempenho de reatores eletromagnéticos e para desenvolver um

novo padrão de desempenho. Além disso, o PROCEL e os fabricantes de

reatores assinaram, através de sua associação (ABILUX), um acordo

voluntário a respeito da ef ic iência de reatores fabricados a part i r de 1994.

-44-

Page 47: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Esse acordo permit iu uma melhoria de 10% na ef ic iência de reatores, em

média (Leonel l i et al , 1995).

O CEPEL real izou ensaios de desempenho de reatores eletromagnéticos

produzidos pelos mais importantes fabricantes brasi leiros de reatores. Os

ensaios real izados em 1995 não apresentaram uma melhoria de eficiência

signif icativa em relação aos testados entre 1993-94.

Os ensaios real izados pelo CEPEL em 1996, por sua vez, demonstraram que

houve uma melhoria signif icat iva no FER (fator de eficácia de reatores) entre

1995 e 1996 para muitos dos modelos testados (Teixeira, 1996). Os

fabricantes de reatores confirmam que modif icaram seus produtos e

melhoraram a ef ic iência em resposta ao acordo de 1994.

Desde 2002, o PROCEL está concedendo o Selo para todos os reatores de

part ida rápida nas potências 2x20W, 2x32W e 2x40W, que são etiquetados.

Os testes são do t ipo “passa-não-passa”, ou seja, o reator tem que

apresentar um fator de eficácia superior ao valor normatizado para cada

potência/lâmpada. A part i r de 2004 foram definidos valores maiores de fator

de eficácia para os equipamentos que recebem o Selo, conseqüentemente,

os ganhos obt idos aumentaram.

Com base nos valores atuais de fator de eficácia dos equipamentos que

receberam o Selo em 2004, comparando-os com os valores mínimos

estabelecidos por norma para cada reator, obtém-se um ganho em torno de

3,0%. Esse ganho em termos de fator de eficácia pode ser traduzido como

uma redução proporcional no consumo de energia para os novos sistemas de

i luminação que entram no mercado a cada ano. Nesse caso, há uma

dif iculdade em se estimar a energia economizada a part i r do ganho obtido

por esses equipamentos.

-45-

Page 48: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

IV.1.5. COLETORES SOLARES E RESERVATÓRIOS TÉRMICOS

A. Descrição

O processo de etiquetagem para coletores solares teve inicio no ano de

1996, quando ocorreu a primeira reunião do GT-Sol. Enquanto que os

primeiros modelos et iquetados somente apareceram no mercado dois anos

depois, em 1998. O Selo PROCEL de Economia de Energia foi inicialmente

concedido aos coletores solares Soladur, da Pol isol , e Solarem, da Tuma

Industr ial, o que ocorreu no ano de 2000.

A primeira reunião do GT-Sol para o processo de et iquetagem dos

reservatórios térmicos foi real izada no ano de 1998. A et iqueta e o Selo

PROCEL INMETRO de Desempenho foram inicialmente concedidos para 11

fabricantes, num total de 43 modelos no ano de 2002. Na fase inicial , todo

equipamento que recebia a et iqueta do PBE também recebia o Selo, porém

em meados de 2003 houve uma mudança nos cri tér ios para atr ibuição da

et iqueta e do Selo tornando mais rígida a obtenção da etiqueta, conforme

pode ser veri f icado na tabela 10 abaixo.

Tabela 10 - Cri tério para Concessão da Etiqueta e do Selo PROCEL – INMETRO

Cri tér ios para concessão da Etiqueta e do Selo PROCEL – INMETRO

Perda Específ ica de Energia Mensal (kWh/mês/l i tro) Volume do Reservatório Et iqueta Selo PROCEL – INMETRO

100 <= 0,31 <= 0,25

150 <= 0,29 <= 0,23

200 <= 0,28 <= 0,22

250 <= 0,27 <= 0,21

300 <= 0,27 <= 0,21

400 <= 0,25 <= 0,19

500 <= 0,24 <= 0,18

>= 600 <= 0,21 <= 0,15

Fonte: Site do INMETRO - http//www.inmetro.gov.br.

-46-

Page 49: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

O Programa Brasi leiro de Etiquetagem para coletores solares estabelece

cri tér ios específ icos para comparar a ef ic iência dos di ferentes modelos de

coletores disponíveis no mercado nacional.

A uti l ização dos dados de um coletor et iquetado permite agi l izar os cálculos

dos pré-projetos, possibi l i tando uma adequação, de uma forma rápida e

segura, das necessidades da instalação.

O mercado desse equipamento no Brasi l é considerável, como mostram os

dados da tabela 11. A t í tulo comparat ivo, são ci tadas as vendas, em metros

quadrados, no ano de 1999 e as vendas acumuladas desde 1975 na

Alemanha, país da Europa que mais ut i l iza esses sistemas, assim como o

total das vendas européias e as respectivas vendas acumuladas.

Tabela 11 - Vendas de Coletores Solares Planos, em m2, no ano de 2004, e Vendas Acumuladas no Brasi l e China

País Vendas

(1000 x m2)

Vendas acumuladas

(1000 x m2)

Brasi l 390 2.860

China 8.000 -

Fonte: ABRAVA, 2005

Atualmente, o mercado brasi leiro de coletores solares gira em torno de 400

mil m2/ano, sendo que cerca de 80% são et iquetados e aproximadamente

20% do mercado possuem o Selo PROCEL de Economia de Energia.

O mercado para reservatórios térmicos atualmente é de aproximadamente

130 mil unidades/ano18, sendo que 20% são et iquetados e possuem selo

PROCEL INMETRO de Desempenho.

18 Este valor foi estimado com base na premissa de que são necessários 100l/m2 para atendimento do sistema de aquecimento solar e considerando-se também um reservatório padrão de 300l. Como em 2004 foram vendidos 390 mil m2 de área coletora, conseqüentemente, 390.000 m2x100l/m2 / 300l = 130.000 unidades.

-47-

Page 50: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

B. Metodologia e Premissas

Com base nos ensaios de efic iência real izados pelo Grupo de Estudos em

Energia Solar – GREEN-Solar (PUC/MG) e Insti tuto de Pesquisas

Tecnológicas – IPT/SP em 2004 e nos dados fornecidos pela ABRAVA, no

que diz respeito as vendas de coletores solares para banho e piscina e

reservatórios térmicos, podemos calcular a economia de energia obt ida e a

redução de demanda na ponta associada.

Dessa forma, calculando-se a produção média mensal específ ica

(kWh/mês/m2) de energia dos equipamentos comercial izados nos anos de

2000 até 2003 (equipamentos sem Selo) e no ano de 2004 (equipamentos

com Selo) é possível determinar as produções médias mensais de mercado

para esses períodos, obtendo-se assim, por di ferença entre essas produções,

a economia média mensal para o ano de 2004. Ressalta-se que para se

determinar a economia média por equipamento, ut i l iza-se a média ponderada

das produções específ icas de energia dos equipamentos sem o Selo de 2000

a 2003 em comparação com a produção específ ica dos equipamentos com o

Selo de 2004 pela part ic ipação dos coletores (piscina e banho) no mercado

(respectivamente, com 10% e 90%).

Para o cálculo da demanda ret irada da ponta foi ut i l izada uma metodologia

que compara o ganho com o uso desse equipamento em relação ao uso do

chuveiro elétr ico equivalente.

No caso dos reservatórios térmicos para obtermos a energia economizada,

simi larmente o que foi real izado para os coletores solares, foram comparadas

as perdas médias mensais especif icas (kWh/mês.l i t ro) para os períodos de

2001-2003 e de 2004.

Foi estimado também uma part ic ipação de 20%, para coletores e

reservatórios térmicos, decorrente das vendas de equipamentos com Selo

PROCEL no mercado e conseqüentemente o mesmo valor percentual de

apropriação dos resultados de economia de energia, já que creditamos ao

-48-

Page 51: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Procel 100% desse percentual em função das vendas desse segmento como

nas demais categorias. Esses percentuais foram obtidos a part i r de consultas

a ABRAVA, bem como a part i r de entendimentos f i rmados com a área

responsável pelo condução do Programa do Selo.

C. Resultados

Para o cálculo da economia de energia dos coletores solares decorrente das

ações do PROCEL ut i l iza-se a seguinte equação:

EE (MWh/ano)= ((PMS – PMC) x 12 x N x PS) / 1000

Onde PMS é a produção média mensal específ ica sem o Selo (kWh/mês/m2),

PMC a produção média mensal específ ica com o Selo (kWh/mês/m2), N

vendas anuais de coletores (m2) e PS a part ic ipação do Selo PROCEL no

mercado.

Assim sendo,

EE = ((82,39 - 69,98) x 12 x 390.000 x 0,20) / 103

EE = 11.613 MWh / ano

Para o cálculo da redução de demanda na ponta dos coletores solares adota-

se uma média 2,5 m2 de área coletora por residência, um fator de diversidade

na ponta de 20% e considera-se a ut i l ização de uma potência auxi l iar de

1.500W para os sistemas de aquecimento solar.

Assim sendo, a seguinte equação pode ser ut i l izada:

RDP (kW) = ((N / AM) x FD x PS x (CHM-PAUX))/1000

Com AM sendo a área média, CHM o chuveiro médio por residência, FD como

fator de diversidade e PAUX a potência auxi l iar.

Portanto:

-49-

Page 52: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

RDP = 390.000 / 2,5 x 0,20 x 0,20 x (4.400 – 1.500) / 1000

RDP = 18.096 kW

Para o cálculo da energia economizada dos reservatórios térmicos adota-se

um reservatório médio de 300 l i tros como padrão do mercado, haja vista que

o mesmo representa em torno de 70% das vendas totais do mercado.

A economia de energia para os reservatórios térmicos é dada por:

EE (MWh/ano)= ((PM02 – PM03) x 12 x N x PS x 300 l i t ros) / 103

Sendo PM02 a perda média mensal específ ica (kWh/mês.l i t ro) no período de

2001 a 2003 e PM03 a perda média mensal específ ica (kWh/mês.l i tro) para o

ano de 2004. Ficando:

EE = ((0,23 - 0,16) x 12 x 130.000 x 0,20 x 300) / 103

EE = 6.552 MWh/ano

Por f im, a redução da demanda na ponta atr ibuída aos reservatórios térmicos

calcula-se por meio de:

RDP (kW) = EA x PS x 103 /(T * FC)

Sendo EA (MWh) a economia anual de energia e T o período de ut i l ização

anual.

RDP = 32.760 x 0,20 x 103 / (8760h * 0,40)

RDP = 1.870 kW

Para f ins de contabi l ização dos resultados do PROCEL e a part i r dos dados

apresentados veri f ica-se que a economia de energia total devida à

comercial ização de coletores solares e reservatórios térmicos mais efic ientes

foi de 18.165 MWh, enquanto que a redução de demanda na ponta obt ida

com a ut i l ização desses equipamentos foi de 19.966 kW.

-50-

Page 53: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

IV.2. MARKETING & EVENTOS

A. Introdução

A área de market ing e eventos desenvolve ações visando ampliar a atuação

do PROCEL junto aos diversos púbicos consumidores e parceiros, bem como

fortalecer a marca PROCEL no mercado por intermédio de dois instrumentos

básicos: o Selo e o Prêmio PROCEL. Uma estratégia importante que vem

sendo adotada é desenvolver para cada públ ico específ ico ( industrial ,

comercial , concessionárias, etc.) uma abordagem de comunicação, além das

abordagens genéricas como campanhas publ ic i tárias, com o objet ivo de

promover as ações e reforçar a marca do PROCEL, bem como ampliar o

Prêmio e o Selo PROCEL para novas categorias e equipamentos,

respectivamente.

B. Descrição

Durante nove anos, desde a sua criação, o PROCEL foi considerado e

conduzido como um programa com um único enfoque: o tecnológico, de

engenharia. A atuação do PROCEL até 1994 não contemplava a vertente de

market ing no planejamento de suas ações. Assim, a part i r desse ano, as

estratégias traçadas para o Programa passaram a ser um misto de

estratégias técnicas com estratégias mercadológicas.

No ano de 1986 foi editado o pr imeiro Bolet im do PROCEL (ofic ialmente

Informativo ELETROBRÁS do Programa Nacional de Conservação de Energia

Elétr ica) visando dar maior divulgação às ações do PROCEL e criar um novo

canal de comunicação com os diversos públ icos. Um histór ico do boletim

desde a primeira edição até o presente pode ser veri f icado na tabela 12 a

seguir.

-51-

Page 54: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Tabela 12 - Histór ico do Boletim do PROCEL de 1986- 2004

ANO EDIÇÕES OBSERVAÇÕES

1986 1 a 3 Existe uma edição preliminar, ou seja, anterior a de nº 1, sem data e sem número.

1987 4 e 5

1988 6 ao 16

1989 17 ao 26

1990 27 e 28

1991 29

1992 30 e 31

1993 32 e 33 +

Edição Extra (s/ nº)

A Edição extra foi publicada para divulgar as principais ações desencadeadas entre agosto/ dezembro de 1993, por conta da promulgação da Lei 8631 de 04/03/1993, onde foi definido que a parcela dos recursos da Reserva Global de Reversão – RGR deveria ser alocada para conservação de e.e.

1994 34 e 35

1995 36 e 37

1996 38 a 42 Até a edição 38 o Boletim era impresso a 2 cores (preto/ laranja); da edição 39 a 44 a 2 cores (preto/verde).

1997 43 a 46 A partir da edição 45, o Boletim passou a ser impresso a 4 cores.

1998 47 a 50

1999 -

2000 51e 52 Desde o ano 2000, a tiragem média das edições é de 4.000 exemplares.

2001 53 a 60

2002 61 a 66

2003 67 Edição publicada em maio.

2004 68 e 69

Fonte: Área de Market ing do PROCEL

Em 1993 foi lançado o Prêmio Nacional de Conservação e Uso Racional de

Energia com objetivo de reconhecer e premiar, a cada ano, representantes

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Page 55: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

dos diversos segmentos da sociedade que se destacaram na criação de

projetos ou na implementação de ações que visem ao combate ao

desperdício de energia. O Decreto presidencial , de 8/12/93, estabelece as

seguintes categorias: transportes; comércio e serviços; empresas do setor

energét ico; imprensa; micro, pequenas e médias empresas; órgãos e

empresas da administração pública; indústria; edif icações.

Uma aval iação do histór ico do processo de premiação, desde a real ização do

primeiro prêmio em 1994, mostra que houve uma evolução tanto em termos

do número de categorias quanto no número de part ic ipantes. A tabela 13

abaixo apresenta os premiados nas diversas categorias no período de 1994 a

2003.

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Page 56: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Tabela 13 – Histórico dos Vencedores do Prêmio PROCEL de 1994 a 2003

Categoria Ano

Setor Energético

Micro, Pequena e Média Empresa

Indústria Edificações Imprensa Órgão e Empresas da Administração Pública

1994 CEMIG - - - - -

1995 CPFL Grafdil Impressos Ltda

- - - -

1996 CEMIG

Grafdil Impressos Ltda.

Duralux Indústria e Comércio Ltda.

CSN – Cia. Siderúrgica Nacional

- - -

1997 COELBA

Cerâmica Argibem Ltda.

ICCEA – Ind Controladores Elétricos Automáticos

Brasilit S.A.

Luiz Antonio Reis Silvana Laynes de Castro

- -

1998 COELBA - Cecrisa Revestimento Cerâmico

- Consuelo Martins (Jornal O Dia)

-

1999/2000

COELBA LIGHT CEMIG

-

Ajinomoto Trikem S/A Samarco Mineração Cia. Açúcar. Vale Rosário

- - -

2001/2002 CEMIG - SADIA S.A (Paraná)

-

Mirelle de França (Jornal O Globo)

-

2002/2003 CEMIG ELEKTRO

Werner Fábrica de Tecidos S.A. - RJ

Vicunha Têxtil – CE

Mário Hermes Viggiano - DF

Micheline Batista – Diário de Pernambuco

UFF – Universidade Federal Fluminense

Fonte: Raad (1999) e site do PROCEL

A part ir de 1997, o PROCEL iniciou diversas campanhas publ ici tár ias

específ icas na televisão e em outdoors. Estas campanhas, de âmbito

nacional, foram real izadas por três anos consecutivos tendo como objet ivos

-54-

Page 57: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

principais: conscientizar os consumidores sobre o combate ao desperdício de

energia; reduzir o consumo no horário de ponta; f ixar a marca PROCEL (seu

nome, símbolo gráfico, slogan e identidade) e dar maior notoriedade ao Selo

PROCEL de Economia de Energia.

O PROCEL promove, real iza e part ic ipa de vários eventos, sempre at ingindo

os mais diversos públ icos, e ressaltando o tema do uso racional de energia

elétr ica. Entre 1997 e 2002 houve a part ic ipação e promoção de mais de 103

eventos, sendo que o EFICIENTIA-98 foi um dos maiores eventos do mundo,

já real izado, sobre o tema conservação de energia elétr ica.

Desde 2000, não vêm sendo real izadas campanhas específ icas pelo

PROCEL, tendo sido apenas veiculados anúncios na mídia impressa.

Em maio de 1999 foi lançado o site do PROCEL, com a f inal idade divulgar

seus programas de: educação, prédios públ icos, i luminação públ ica (RELUZ),

gestão energética municipal, saneamento, residencial , comércio e indústrias

,e também, difundir as medidas de uso ef iciente e racional de energia

elétr ica, indicando as formas mais adequadas de uti l ização de equipamentos

elétr icos e eletrodomésticos.

Em 2000 foi desenvolvido o serviço de “Fale Conosco” disponível no si te do

Procel que já atendeu cerca de 8.000 usuários no período de 2000 a 2004,

conforme tabela 14 a seguir.

Tabela 14 – Histórico do Número de Atendimentos 2000-2004

Ano Número de Atendimentos 2000 500 2001 (racionamento) 2.500 2002 589 2003 1.796 2004 2.502 Total 7.887

Fonte: Área de Market ing & Eventos do PROCEL

-55-

Page 58: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Em janeiro de 2001 foi lançado o programa CBN Ecologia, um convênio

real izado entre ELETROBRÁS/PROCEL e rádio CBN que consist ia na

produção e veiculação de uma série de 120 programas de educação

ambiental visando à disseminação, no terr i tór io nacional, de cultura de

combate ao desperdício de energia elétr ica e de preservação do meio

ambiente. O CBN Ecologia foi apresentado, em rede nacional, em duas

edições diárias - às 9h30min e 21h30min - apresentando entrevistas com

técnicos e formadores de opinião das áreas de energia e gestão ambiental. O

programa foi veiculado até agosto de 2001, tendo sido retomado em março

de 2003.

No ano de 2001 a ELETROBRÁS/PROCEL passou a patrocinar o Prêmio

Jovem Cient ista e Jovem Cient ista do Futuro, com intui to de incentivar novas

pesquisas no meio acadêmico e também promover a temática da conservação

de energia, que já foi contemplada por duas vezes como tema do Prêmio em

1989 (Conservar Energia: Um desafio dos Anos 90) e 2001 (Energia Elétr ica:

Geração, Transmissão, Distr ibuição e Uso racional). Os trabalhos premiados

na 18ª edição do Prêmio, em 2001, na área de uso racional de energia,

foram: Desenvolvimento de Modelos Matemáticos e de Ferramentas Para Uso

Racional de Energia Elétr ica (estudo matemático e de ferramentas

computacionais que permitem, por meio de simulações, aumentar a efic iência

energét ica das edif icações); Racionamento x Uso Racional (elaboração de

um questionário para saber se a população l imitou o consumo somente pela

força do racionamento ou se combateu o desperdício mudando

conscientemente hábitos de consumo) e Consumo de Energia Elétr ica da Vi la

Cordazzo (consist iu na real ização de uma pesquisa num bairro carente para

veri f icar os hábitos de consumo de energia, onde se constatou uma fal ta de

consciência sobre a importância de se economizar energia).

O software MARK IV foi relançado na versão Windows e com novos módulos

(cogeração, tubulações e ar-condicionado central) em maio de 2002.

Em agosto de 2002, foi cr iado o serviço de l igação gratui ta “0800-560506,

com o objet ivo de atender à demanda crescente de informações sobre

-56-

Page 59: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

conservação de energia. O contrato com a prestadora do serviço f inal izou em

fevereiro de 2003. Atualmente, tendo em vista a não renovação do contrato

com a empresa de Call Center , este serviço (0800-560506) vem sendo

operado em caráter provisório pela área de market ing.

-57-

Page 60: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

C. Metodologia e Premissas

A maioria das ações da área de Market ing é de caráter essencialmente

qual i tat ivo o que dif iculta uma quanti f icação de resultados em termos de

energia economizada e redução de demanda na ponta.

Os resultados referentes aos serviços “Fale Conosco” serão apresentados

qual i tat ivamente na forma de gráficos.

No que se refere à apropriação dos resultados do Prêmio PROCEL,

considera-se que o PROCEL possui inf luência direta e/ou indireta nas ações

de efic iência energét ica desenvolvidas nos projetos part ic ipantes. As ações

inf luenciadas diretamente pelo PROCEL, através de convênios e/ou contratos

de f inanciamento, como por exemplo, o programa de ef icient ização de

sistemas de i luminação públ ica RELUZ, PROCEL nas Escolas, são

contabi l izadas nas respectivas seções deste relatório, sendo seus resultados

expurgados dos valores globais apresentados.

A inf luência do PROCEL no desenvolvimento das ações que estão incluídas

nos programas de conservação de energia elétr ica, mas que não fazem parte

de contratos e/ou convênios específ icos, é est imada em cerca de 25%, com

base em pesquisas real izadas pelo PROCEL junto aos part ic ipantes do

Prêmio.

Assim, a part i r da economia total de energia, ret i ra-se a parcela decorrente

de ações inf luenciadas diretamente pelo PROCEL e, considera-se que o

PROCEL seja responsável por 25% dos resultados obt idos.

-58-

Page 61: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

D. Resultados

A economia de energia e a redução de demanda totais decorrentes das ações

desenvolvidas pelos projetos part ic ipantes do Prêmio PROCEL 2004

correspondem, respectivamente, a 39.228 MWh/ano e 6.603 kW. Desse total ,

já foram descontadas as economias relat ivas às ações que foram diretamente

inf luenciadas pelo PROCEL, através de outros programas, as quais já estão

contabi l izadas em outras seções deste relatór io. A tabela 15 apresenta a

economia de energia e a demanda reti rada da ponta a serem apropriadas

como resultado da inf luência do Prêmio PROCEL nos projetos desenvolvidos

pelos concorrentes ao prêmio.

Tabela 15 – Resultados do Prêmio PROCEL Edição 2004

Categorias Economia Total

de Energia (MWh/ano)

Redução de Demanda

(KW)

Indústr ia 108.520,20 11.041,90

Empresas do Setor Energético19 NA NA

Órgãos e Empresas da Administração Públ ica 48.158,31 15.370,04

Micro, Pequenas e Médias Empresas 233,32 ND

Total 156.911,83 26.411,94

Participação do PROCEL (25%) 39.227,96 6.602,98

Fonte: Elaboração própria

A tabela 16 a seguir apresenta os vencedores do Prêmio PROCEL 2004 nas

respectivas categorias.

19 Considerando que as concess ionár ias de energ ia são obr igadas por le i a invest i rem 0,5% da Recei ta Operac ional L íqu ida em Programas de Ef ic iênc ia energét ica os resu l tados desta categor ia não serão apropr iados.

-59-

Page 62: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Tabela 16 – Vencedores do Prêmio PROCEL 2004

Categoria Colocação

Setor Energético

Micro, Pequena e Média Empresa

Indústria Edificações Imprensa Órgãos e Empresas da Administração Pública

1º Lugar

CEMIG (Grande Porte)

ELEKTRO (Médio Porte)

Werner Fábrica de Tecidos S.A.- RJ

Vicunha Têxtil – CE

COSAN – S/A – Usina da Serra - Ibaté/SP

Mário Hermes Viggiano (Projeto Casa Autônoma Brasília - DF)

Micheline Batista (Diário de Pernambuco)

UFF - Universidade Federal Fluminense

2º Lugar AES-SUL (Médio Porte)

DISBRAL - GO

Sadia S.A.– PR -

Heliane Rosenthal (Jornal do Commercio -PE)

Furnas Centrais Elétricas S/A

3º Lugar -

Frigossol - Frigorífico Sol Nascente Ltda. - MT

Sociedade Michelin Ind. e Com. - RJ

-

Marcelo Couto e Odete Barbosa – (Revista ABRAVA – SP)

UFPE - Universidade Federal de Pernambuco

Menção Honrosa

COPEL (Grande Porte)

Imesul Metalúrgica Ltda. - MS

Sadia S.A. - SP

Alexandra Lichtenberg & Maria Fernanda da Silveira (Projeto ECOHOUSE - Urca, Rio de Janeiro)

Jornal O Globo - RJ

SEINPE - Secretaria de Energia, Industria Naval e do Petróleo - RJ

Menção de Destaque

SULGIPE (Pequeno Porte)

- - - - -

Menção Especial

Furnas Centrais Elétricas S/A

- - - - -

Projeto Inovador - - - - -

CAGECE - Companhia de Água e Esgoto do Ceará

Fonte: Elaboração própria a part i r do folder “Prêmio Nacional de

Conservação e Uso Racional de Energia 2004

-60-

Page 63: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Ressalta-se que em 2004 foram concedidos 30 prêmios, incluindo-se menção

honrosa e de destaque, num total de 112 part ic ipantes.

O número de usuários que real izaram downloads do software Mark 4 Plus

alcançou 4.076 em 2004.

O serviço “Fale Conosco” recebe uma média de 200 e-mai ls por mês

concentrados basicamente em sol ic i tação de material didát ico ( l ivros, CDs,

guias técnicos, manuais, etc.) e busca de informações técnicas, conforme

pode ser observado no gráfico 5 a seguir.

Gráfico 5 - Perf i l dos Assuntos do “Fale Conosco” em 2004

Perfil dos Assuntos do Fale Conosco

9%

77%

6% 5% 1% 2%

Mark IV Plus Dúvidas Solicitação de MaterialInformação Técnica Selo PROCEL Educação

Fonte: Elaboração própria a part i r de uma amostra20 dos e-mails recebidos durante o ano de 2004

O gráfico 6 mostra o perf i l dos usuários do “Fale Conosco” que basicamente

compreende o meio acadêmico e empresarial .

20 Essa amostra fo i obt ida com base em cerca de 30% dos e-mai ls recebidos, tendo em v is ta aumentar o intervalo de conf iança.

-61-

Page 64: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Gráfico 6 - Perf i l dos Usuários do “Fale Conosco” em 2004

Perfil dos Usuários do Serviço Fale Conosco

28%

14%

31%

27%

Particular Profissional/Consultores Professores/Estudantes Empresas

Fonte: Elaboração própria a part i r de uma amostra dos e-mails recebidos

durante o ano de 2004

Em 2004, o site do PROCEL foi acessado por 115.000 visi tantes, enquanto

que o serviço "Fale Conosco" disponibi l izado no próprio site recebeu 2.502

consultas. Nesse mesmo período, o serviço de “0800” recebeu cerca de 100

l igações por mês, assim, distr ibuídas: 60% Luz no Campo, 30% RELUZ e

10% PROCEL. No caso do PROCEL as perguntas estão mais relacionadas a

área de educação.

O boletim do PROCEL teve apenas duas edições no ano de 2004, com uma

t iragem média de 4.500 exemplares.

Em 2004 ainda, foi iniciado o processo de l ic i tação para contratação de uma

empresa para elaborar um Plano de Marketing para o Procel, contemplando a

-62-

Page 65: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

anál ise do ambiente onde o Procel atua e de sua atual si tuação, bem como a

definição de seus objet ivos e a determinação das ações a serem real izadas

junto aos seus diferentes públ icos-alvo.

Destacam-se também como real izações de 2004: promoção da 20ª edição do

Prêmio Jovem Cientista, cujo tema foi “Produção de Al imentos: Busca de

Soluções para a Fome.”, que contou com 303 pesquisas inscri tas – 209 da

categoria Graduados e 94 na categoria Estudantes -, e mais 418 trabalhos

real izados por estudantes do Ensino Médio, contr ibuindo para o

desenvolvimento científ ico do País; elaboração da campanha “Gaste Energia

no Esporte. Economize Energia em Casa” 2004/2005, desenvolvida em

parceria com a FUNCEFET, cujo objet ivo foi desenvolver junto ao cot idiano

da população uma ampla campanha informativa, estabelecendo mais um

canal para a inserção social das polít icas do uso racional e ef ic iente de

energia elétr ica formuladas pela Eletrobrás/ Procel; e aprovação do

patrocínio ao projeto cultural “Mangueira Carnaval 2005” do Grêmio

Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, com o enredo

“Mangueira Energiza a Avenida. O Carnaval é Pura Energia e a Energia é o

Nosso Desafio”, visando promover a inclusão social de at ividades recreat ivas

em um evento conhecido internacionalmente.

No ano de 2004 houve a part ic ipação em 34 eventos e feiras divididos em

setoriais, insti tucionais e pontuais, conforme mostra a tabela 17 a seguir.

Além da part ic ipação em eventos e feiras com a distr ibuição de brindes e

folhetos que total izaram 71.255 i tens, a área também real izou uma série de

at ividades conforme pode ser veri f icado nesta mesma tabela.

-63-

Page 66: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Tabela 17 – Eventos ou Atividades Desenvolvidas em 2004 pelo PROCEL

FOLHET. BRINDES

1 CBPE - Congresso Brasileiro de Planejamento Energético mar MG 70.000,00 0 950

2 Marcha dos Prefeitos à Brasília mar DF 199.600,00 4.500 2.3003 Reunião DP - Apresentação Procel mar RJ 750,00 0 0

4 IX CBM - Congresso Brasileiro de Municípios abr BA 58.740,00 2.000 2.600

5 IX SIMPOLUX – Simpósio Brasileiro de Iluminação Eficiente abr SP 47.700,00 2.000 1.850

6 CASAPRONTA - Salão do móvel mai SC 110.000,00 1.200 7007 ASSEMAE - 34ª Assembléia Nacional mai RS 59.980,00 1.100 300

8 IX ENIE – Encontro Nacional de Instalações Elétricas jun SP 48.400,00 5.900 2.700

9 Cerimônia convênio Reitores - DPE jun DF 7.515,00 0 20010 Cerimônia Convênio Saneamento - DPE jun DF 11.915,00 0 200

11 1º Simpósio “Água e Energia no Oeste Paulista” jun SP 20.000,00 2.000 0

12 UNIGRANRIO - Comemoração de Aniversário da Universidade RJ 0,00 800 1.000

13V SINCONEE – Seminário Nacional da Gestão da Informação e do Conhecimento Setor de E. Elétrica - DE

jul MG 40.000,00 1.200 1.050

14 I Simpósio Nacional de Energia Solar Fotovoltaica jul RS 15.000,00 0 0

15 Seminário Internacional de Educação: Brasil Competitivo jul DF 25.000,00 0 0

16 ENTAC'04 jul SP 40.000,00 2.600 2.000

17 V Encontro de Efic. Energética e Pesquisa e Desenvolvimento ago SC 35.000,00 650 2.700

18 5º Encontro de Energia de Negócios de Energia da Fiesp/Ciesp ago SP 65.000,00 1.700 800

19 Congresso de Educação Municipal set MG 49.530,00 385 36020 Rio Centro Negócios (SEBRAE) set RJ 450,00 900 900

21 Feira Internacional da Ind. Elétrica e Eletrônica set BH 0,00 2.000 2.100

22 Seminário de Geração Distribuída set RJ 20.000,00 0 023 Torneio Jornal dos Sports out RJ 1.300.000,00 0 8.00024 Reunião SME - assina convênio out BH 0,00 0 025 Feira da Indústria do Pantanal out MS 2.720,00 800 95026 Regata Escola Naval out RJ 0,00 650 1.300

27 1º Sem. sobre Tecnologias Sustentáveis para Geração Localizada de Energia out RJ 22.000,00 800 300

28 CBE - Congresso Brasileiro de Energia out RJ 99.860,00 2.200 87029 Programa Qualidade Rio nov RJ 0,00 0 60030 GT-Luz Reunião nov RJ 2.900,00 0 14031 Solenidade entrega Prêmio/Selo dez RJ 282.000,00 2.000 1.00032 Reunião Procel dez RJ 550,00 0 0

33 Prêmio Procel - acompanhamento das categorias anual RJ 0,00 0 0

34 MARKETING ESPORTIVO - coordenação dos atletas patrocinados pelo Procel anual RJ 46.935,00 0 0

2.681.545,00 35.385 35.870TOTAL:

LOCAL INVEST. INDIRETOEVENTO MÊS INVEST. DIRETO (R$)

Fonte: Área de Market ing & Eventos do Procel

-64-

Page 67: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

IV.3. PROGRAMA PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA (PEE)

A. Introdução

A Divisão de Suporte Técnico de Conservação de Energia (DPST),

responsável pela administração dos recursos provindos do Global

Environment Faci l i ty – GEF, tem como objet ivo dar suporte técnico às ações

e ativ idades do PROCEL, bem como a aval iação de seus resultados. Para

tanto faz uso de recursos f inanceiros da ordem de US$ 12 milhões, de forma

a proporcionar o desenvolvimento de diversas ativ idades de suporte e

capacitação, ut i l izando os serviços de empresas de consultor ia e consultores

contratados para tal f im, por intermédio do Programa das Nações Unidas

para o Desenvolvimento (PNUD).

O Projeto de Eficiência Energética (PEE) está sendo f inanciado pelo GEF

por intermédio do Banco Mundial . Esse projeto, que teve suas ativ idades

efet ivamente iniciadas em 2003, abrange os seguintes subprojetos:

1) Centro Brasi leiro de Informação em Eficiência Energética – PROCEL-Info;

— elaboração de um portal ,

2) Disseminação da Informação e Treinamento — compreende a real ização

de cursos, elaboração de l ivros e guias técnicos e divulgação de casos de

sucesso;

3) Aval iação do Mercado de Eficiência Energética— aval iar o potencial de

conservação de energia elétr ica no país e rever a metodologia atual de

aval iação de resultados do PROCEL;

4) Capacitação Laboratorial — ampliar a rede de laboratórios capacitados

para o atendimento da Lei de Eficiência Energética, bem como do Programa

Brasi leiro de Etiquetagem - PBE e conseqüentemente do Selo PROCEL;

5) Plano de Marketing — estabelecer uma estratégia de market ing para a

atuação do PROCEL e desenvolver materiais de divulgação e publ ici tários

necessários para promoção das ativ idades desenvolvidas;

-65-

Page 68: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

6) Suporte à Implementação da Lei de Eficiência Energética — elaborar

estudos para o desenvolvimento de metodologias de padrões mínimos em

ef iciência energética, implantação de programa de metas e prior ização de

equipamentos visando subsidiar a tomada de decisão do Comitê Gestor de

Indicadores e de Níveis de Eficiência Energética – CGIEE e propor as ações

necessárias para o planejamento, implementação, aval iação e monitoramento

da Lei de Ef ic iência Energética no curto, médio e longo prazos.

B. Metodologia

Os projetos citados estão sendo desenvolvidos ut i l izando consultoria

contratada pela ELETROBRÁS através do PNUD, por meio de l ic i tação

nacional e internacional.

As consultorias contratadas, além de desenvolverem os projetos, deverão

treinar o pessoal próprio da ELETROBRÁS para garantir a continuação dos

trabalhos, posteriormente à implementação dos projetos.

C. Resultados

Em 2004 cada uma das ações e ativ idades do PEE encontra-se em diferentes

fases de andamento, desde processo l ic i tatório até à efetiva execução de

at ividades de convênios já estabelecidos, conforme relacionado a seguir:

1) Centro Brasileiro de Informação em Eficiência Energética – PROCEL-Info

Este subprojeto objet iva fornecer informações qual i f icadas sobre ef ic iência

energética, interagir com a comunidade científ ica na troca de informações

sobre energia e est imular negócios na área de ef ic iência energética. Prevê a

implantação de um Portal , de um núcleo denominado “Serviços, Conteúdo e

Market ing- SCM”, de uma rede externa de apoio técnico (universidades e

centros de pesquisa), do Serviço de Atendimento ao Cl iente (SAC), e de um

comitê gestor (Eletrobrás e parceiros). Em 2004, foram concluídas

aproximadamente 60% das atividades deste subprojeto.

-66-

Page 69: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

2) Disseminação de Informação de Eficiência Energética

Este subprojeto compreendeu o desenvolvimento de três at ividades, a saber,

real ização de cursos de treinamento, elaboração de guias técnicos e edição

de casos de sucesso, visando divulgar conceitos e prát icas de uso racional e

ef ic iente de energia. Em 2004, foram ministrados 86 cursos, sobre 18

di ferentes temas e treinados 2.650 interessados; elaborados 4 l ivros e 4

manuais (ef ic iência energética em sistemas de ar-condicionado,

bombeamento, refr igeração industrial e comercial e vapor) e 1 guia técnico

(gestão energética), , além de 5 casos de sucesso (Mult ibrás/SC, Vicunha

Têxti l /CE, Sabesp/SP, Marinha-Almirante Tamandaré/RJ, HSBC/PR, Mabu

Thermas e Resort/PR). Este subprojeto está praticamente concluído.

3) Avaliação do Mercado de Eficiência Energética

Este subprojeto tem a f inal idade de obter est imativas dos potenciais de

conservação de energia elétr ica e redução de demanda máxima, em

diferentes setores da economia, para isso estão sendo real izadas cerca de

15.000 pesquisas de campo em 18 estados e 20 concessionárias. O

subprojeto contempla, ainda, estudos sobre os reflexos do racionamento,

determinação dos impactos sócio-ambientais das ações de ef ic iência

energética, elaboração de um simulador de potenciais de efic iência

energét ica, considerando vários cenários, além da atual ização da

metodologia de aval iação de resultados do Procel. Em 2004, os trabalhos

real izados representavam aproximadamente 40% das at ividades totais

previstas.

4) Capacitação Laboratorial

Este subprojeto visa capacitar laboratórios em universidades e centros de

pesquisa, para et iquetagem de equipamentos, dando suporte a Lei de

Eficiência Energética. Em 2004 foram f inal izados os seguintes projetos:

laboratório de i luminação com instalação do goniofotômetro, laboratório de

aquecedores solares com a instalação do simulador solar, laboratório para

ensaios em bombas centrí fugas e o laboratório de Refrigeração. Outros

-67-

Page 70: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

desembolsos foram real izados referentes aos processos iniciais de aquisição

para outros laboratórios, como os laboratórios de i luminação da UFF,

LACTEC, PUC-RS e da UCIEE.

5) Plano de Marketing

Este subprojeto compreende a elaboração e execução de um plano de

market ing para divulgação do Centro Brasi leiro de Informação em eficiência

Energética e demais projetos do PROCEL. Este subprojeto real izou em 2004

as etapas de l ic i tação e seleção da empresa executora.

6) Recomendações Para Implementação da Lei de Eficiência Energética

Este subprojeto consiste na elaboração de diversos estudos que darão

suporte à regulamentação para os principais equipamentos e

eletrodomésticos contemplados pela Lei de Eficiência Energética. Em 2004,

foram real izadas as at ividades de l ici tação e seleção da empresa executora.

A tabela 18 apresenta os recursos já desembolsados durante o ano de 2004

para os diferentes t ipos de subprojetos e contratações.

Tabela 18 - Desembolsos real izados em 2004 no âmbito do PEE

Subprojetos e Contratações Investimento (1000xUS$)

PROCEL-Info 985Avaliação de Mercado 462Disseminação de Informação em EE e Treinamento 686

Lab. Simulador Solar (PUC/MG) 469Lab. de Iluminação (CEPEL) 770Lab. de Bombas Centrífugas (UNIFEI) 153Lab. de Refrigeração (CEPEL) 564Lab. de Cavitação e Válvulas (UNIFEI) 31

Capacitação Laboratorial

Outros laboratórios 12Contratação de Consultores 460TOTAL 4.592

Fonte: DPST – Divisão de Suporte Técnico de Conservação de Energia

-68-

Page 71: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

IV.4. EDUCAÇÃO

A. Panorama da Educação no Brasi l

De acordo com os dados do Inst i tuto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais Anísio Teixeira (INEP) estavam matr iculados, em 2004, cerca

de 50 milhões de alunos no nível básico de ensino (fundamental e médio). Os

níveis fundamental e médio correspondem a 11 séries, 8 no fundamental e 3

no médio sendo que o fundamental representa cerca de 80% do total de

alunos matriculados no ensino básico. Na educação básica públ ica, estão

cerca de 90% do total dos alunos deste nível de ensino.

O total de estabelecimentos de ensino básico no Brasi l corresponde a

289.182. O percentual de estabelecimentos relat ivos ao nível fundamental é

de aproximadamente 92%. As insti tuições públ icas representam

aproximadamente 91% do total de estabelecimentos. No gráfico 7 pode-se

observar o número de estabelecimentos no ensino básico.

Gráfico 7 – Número de Estabelecimentos de Ensino no Brasi l em 2003

Número de Estabelecimentos de Ensino

19543 16304

246568

67670

50000

100000

150000

200000

250000

300000

Fundamental Médio

PúblicoPrivado

Fonte: INEP/MEC.

-69-

Page 72: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Existem matr iculados no ensino superior cerca de 4,0 milhões de alunos.

Sendo que 40% dos alunos são de insti tuições públ icas. O número de

insti tuições de ensino superior no Brasi l era, em 2003, de 1.859, sendo que

11% representam o ensino públ ico.

As tabelas 19 e 20 apresentam a evolução dos dados consol idados de

número de alunos matr iculados e estabelecimentos do ensino básico e

superior no Brasi l para o período 2000 a 2004.

Tabela 19 –Número de Alunos Matr iculados nos Ensinos Básico e Superior de 2000 a 2004

NÍVEIS

ANO 2000 2001 2002 2003 2004*

FUNDAMENTAL 42.147.052 41.732.072 41.469.140 40.615.794 34.012.434

MÉDIO 8.292.723 8.526.035 8.852.688 9.072.942 9.169.357

SUPERIOR 2.694.245 3.030.754 3.479.913 3.887.022 -

Fonte: Elaboração própria a part i r de dados obtidos junto ao INEP/MEC.

*Não estão disponíveis os dados para os ensinos rural e superior.

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Page 73: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Tabela 20 – Número de Estabelecimentos e Alunos Matr iculados nas Inst i tuições Públ icas e Privadas de 2000 a 2003

NÍVEIS

ANO 2000 2001 2002 2003 Estabelecimentos 274.919 266.208 254.630 246.568Público Alunos Matriculados 38.922.478 38.485.254 38.195.538 37.298.941Estabelecimentos 18.494 18.492 19.214 19543

FUNDAMENTAL Privado Alunos Matriculados 3.224.574 3.248.818 3.273.602 3.316.853

Estabelecimentos 13.168 14.667 15.651 16.304Público Alunos Matriculados 7.131.475 7.404.277 7.721.966 7.945.425Estabelecimentos 6.288 6.374 6.601 6.767

B Á S I C O MÉDIO

Privado Alunos Matriculados 1.161.248 1.121.758 1.130.722 1.127.517Estabelecimentos 176 183 195 207

Público Alunos Matriculados 887.026 939.225 1.051.655 1.136.370Estabelecimentos 1.004 1.208 1.442 1.652SUPERIOR

Privado Alunos Matriculados 1.807.219 2.091.529 2.428.258 2.750.652

Fonte: Elaboração própria a part i r de dados obtidos junto ao INEP/MEC.

-71-

Page 74: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

A tabela 21 abaixo mostra a média de alunos por estabelecimento para os

níveis fundamental e médio (nível básico) de ensino por região para o ano de

2003.

Tabela 21 - Média de Alunos por Estabelecimento para o Nível Básico de Ensino no ano de 2003

Ensino Fundamental

Região Quantidade de Estabelecimentos

Quantidade de Alunos Matriculados

Média de Alunos por Estabelecimento

Norte 43.019 4.359.588 101,34Nordeste 134.822 15.558.686 115,40Sudeste 49.460 13.162.111 266,12Sul 27.815 4.827.188 173,55Centro-Oeste 10.995 2.708.225 246,31Brasil 266.111 40.615.798 152,63

Ensino Médio

Região Quantidade de Estabelecimentos

Quantidade de Alunos Matriculados

Média de Alunos por Estabelecimento

Norte 1.747 731.923 418,96Nordeste 6.095 2.585.769 424,24Sudeste 9.811 4.007.674 408,49Sul 3.502 1.274.119 363,83Centro-Oeste 1.916 640.952 334,53Brasil 23.071 9.240.437 400,52

Ensinos Fundamental e Médio

Região Quantidade de Estabelecimentos

Quantidade de Alunos Matriculados

Média de Alunos por Estabelecimento

Norte 44.766 5.091.511 113,74Nordeste 140.917 18.144.455 128,76Sudeste 59.271 17.169.785 289,68Sul 31.317 6.101.307 194,82Centro-Oeste 12.911 3.349.177 259,40Brasil 289.182 49.856.235 172,40

Fonte: Elaboração própria a part i r de dados obtidos junto ao INEP/MEC.

-72-

Page 75: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

No gráf ico 8 pode-se observar a evolução do número de alunos matr iculados

no nível básico no Brasi l , desde 1998.

Gráfico 8 – Número de Alunos Matr iculados no Nível Básico 1998-2003

Nível Básico de Ensino

49.713.816

50.321.82850.258.107

50.439.775

49.250.000

49.500.000

49.750.000

50.000.000

50.250.000

50.500.000

2000 2001 2002 2003

Fonte: Elaboração própria a part i r de dados obtidos junto ao INEP/MEC.

B. Descrição

A atuação do PROCEL na área de Educação até 1994 contemplava a

apl icação da metodologia “Turma da Mônica”, que consist ia em ministrar uma

aula de 1 hora e meia para alunos da 5ª série nas Escolas de 1º Grau. As

aulas eram proferidas por técnicos das Concessionárias, os quais eram

capacitados por prof issionais da Companhia Paul ista de Força e Luz – CPFL,

com recursos do PROCEL.

A part i r de 1995 o PROCEL iniciou a implantação de uma nova metodologia,

denominada “A Natureza da Paisagem- Energia”, que consiste na apl icação

de um Programa de Educação Ambiental que reforça os conceitos

fundamentais de qual idade de vida, conservação de energia, mudanças de

hábitos de consumo de energia elétr ica e cidadania como princípios primários

para a preservação ambiental.

-73-

Page 76: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

A part i r daí, com a apl icação da nova metodologia, foi também alterada a

forma da mult ipl icação do tema, pois nesta nova etapa o PROCEL

desenvolveu um intenso programa de capacitação de técnicos mult ipl icadores

das concessionárias, em cursos de 32 horas, que por seu turno passaram a

treinar os professores, que têm a missão de passar os conceitos de

Conservação de Energia Elétr ica aos alunos dos níveis fundamental e médio.

Em novembro de 1997 a ELETROBRÁS/PROCEL f irmou convênio com a

Sociedade de Incentivo e Apoio ao Gerenciamento Ambiental – SIGA visando

o desenvolvimento do projeto “ENERGIA – 21, Educação e Combate ao

Desperdício, Educação Ambiental”, considerando os seguintes produtos:

elaboração de uma série de 16 programas com, aproximadamente 28 minutos

de duração cada, para veiculação em TV, formatados em dois blocos de 14

minutos, ut i l izando a fusão de duas l inguagens: f icção e

reportagem/documentário; cr iação de um CD-ROM reunindo as informações

mais relevantes levantadas para a série de programas de TV, com textos

imagens e sons integrados. Os programas foram veiculados na TV Futura, TV

Escola do MEC e Circuito CNI no período compreendido entre novembro de

1997 e abri l de 1998.

No que tange o Ensino Superior, em 1994, a discipl ina “Conservação e Uso

Eficiente de Energia” foi introduzida regularmente em algumas das principais

insti tuições de ensino superior do país. Essa discipl ina vem sendo,

esporadicamente, apl icada aos cursos de graduação em Engenharia Elétr ica

e Mecânica e de Produção com carga horária de 60h, conforme mostrado na

tabela 22.

-74-

Page 77: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Tabela 22 – Número de Alunos por Inst i tuição de Ensino na Discipl ina “Conservação e Uso Eficiente de Energia”

Ano

Univers.

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

USP 240 40 40 40 40

UPE 30 40 40 40 40

UnB 60 40 40 40 40

UFRJ 117 40 40 40 40

UNIFEI 200 40 40 40 40 40

UFES 27 40 40 40 40

UFSC 50 40 40 40 40

UFPE 30 40 40 40 40

UFF 39 40 40 40 40

UFMG 29 40 40 40 40

PUC/MG 30 40 40 40 40

Fonte: Elaboração própria, a part i r de dados fornecidos pela área de

educação do PROCEL.

Para o ensino técnico, especialmente no CEFET-RJ, está sendo desenvolvida

a discipl ina “Meio Ambiente e o Desperdício de Energia”, com carga horária

de 40h, para ser ministrada aos alunos do segundo e terceiro ano das áreas

de Eletrotécnica, Eletrônica, Mecânica e Civi l .

Em novembro de 2002 foram promovidos dois cursos de sensibi l ização para o

combate ao desperdício de energia, para as associadas do Movimento das

Donas de Casa MDC-MG e entidades de defesa do consumidor de outros

estados, num total de 60 part ic ipantes.

-75-

Page 78: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

C. Metodologia e Premissas

Atualmente ainda não se dispõe de um levantamento de campo junto aos

alunos part ic ipantes das ativ idades do “PROCEL nas Escolas” que permita

determinar a redução do consumo residencial de energia destes alunos.

Desta forma, de maneira conservativa, a quanti f icação dos resultados será

fei ta como anteriormente, onde foi considerada a média dos resultados

obtidos pelas concessionárias, equivalente a redução de 6,93 kWh/mês21 na

conta de energia por aluno treinado, ou a redução de 83,16 kWh/ano. Os

dados foram coletados pelos próprios alunos à época da instrução, e após

dois meses pelas concessionárias (COPEL, CPFL, CEEE e CEMIG) através

da anál ise de suas contas de energia. A metodologia uti l izada para a

quanti f icação da energia economizada e da demanda deslocada da ponta é a

seguinte:

1- Economia de Energia no Ano (GWh/ano):

N x EM x 10- 6

onde,

N = Número de alunos treinados no ano

EM = Economia média de energia por aluno ≈ 84 kWh/ano

2- Redução de Demanda na Ponta (MW):

EE x 1000

U x FC

onde,

21 Foi considerada a média dos resultados obtidos pela COPEL e CEEE (6KWh/mês/aluno) e pela CEMIG (8,77 kWh/mês/aluno), medidos em 1995 (COPEL e CEEE) e 1996 (CEMIG), equivalente a 6,93 kWh/mês de redução de desperdício por aluno treinado. Atualmente, para determinação do numero de alunos treinados adota-se como média 700 alunos por escola.

-76-

Page 79: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

EE = Economia de Energia no Ano (GWh/ano)

U = Tempo de ut i l ização no ano = 8.760 h/ano

FC = Fator de Carga, adotando-se para o setor residencial de 40%.

D. Resultados

A tabela 23 mostra a evolução na quantidade de alunos treinados pelo

PROCEL nas Escolas, bem como a economia de energia e redução de

demanda da ponta no período de 1990 a 2004, devido as ações do programa.

Tabela 23 – PROCEL nas Escolas Resultados 1990 – 2004

ANO Quant. de Alunos

Quant. de Alunos Acumulada

Economia Anual

kWh/aluno

Economia Total

MWh/ano

Economia Acumulada

MWh/ano

Demanda Retirada da Ponta Anual (MW)

Demanda Retirada da Ponta Acumulada (MW)

1990 100.000 100.000 83,16 8.316 8.316 2,37 2,37

1991 150.000 250.000 83,16 12.474 20.790 3,56 5,93

1992 170.000 420.000 83,16 14.137 34.927 4,03 9,97

1993 180.000 600.000 83,16 14.969 49.896 4,27 14,24

1994 200.000 800.000 83,16 16.632 66.528 4,75 18,99

1995 200.000 1.000.000 83,16 16.632 83.160 4,75 23,73

1996 271.948 1.271.948 83,16 22.615 105.775 6,45 30,19

1997 319.276 1.591.224 83,16 26.551 132.326 7,58 37,76

1998 692.308 2.283.532 83,16 57.572 189.899 16,43 54,19

1999 900.000 3.183.532 83,16 74.844 264.743 21,36 75,55

2000 1.500.000 4.683.532 83,16 124.740 389.483 35,60 111,15

2001 2.000.000 6.683.532 83,16 166.320 555.803 47,47 158,62

2002 1.500.000 8.183.532 83,16 124.740 680.543 35,60 194,22

2003 3.000.000 11.183.532 83,16 249.480 930.023 71,20 265,42

2004 2.500.000 13.683.532 83,16 207.900 1.137.923 59,33 324,75

Fonte: Elaboração própria, a part i r de dados fornecidos pela área de

educação do PROCEL.

-77-

Page 80: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Pode-se observar pelo gráf ico 9 como o PROCEL vem ampliando a cada ano

sua atuação, sendo responsável por uma economia cada vez maior de

energia elétr ica.

Gráf ico 9 – Evolução Anual da Economia de Energia Elétr ica pelo PROCEL nas Escolas no período de 1990 a 2004 (MWh/ano)

0

30 .000

60.000

90.000

120.000

150.000

180.000

210.000

240.000

270.000

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Fonte: Elaboração própria, a part i r de dados fornecidos pela área de

educação do PROCEL.

No total , acumulado desde 1995, foram obtidos os resultados da tabela 24

para escolas, professores e alunos. Desde 1995, a metodologia do “PROCEL

nas Escolas” foi ut i l izada em 6,3% das escolas e beneficiou 24% dos alunos

dos níveis fundamental e médio de ensino.

-78-

Page 81: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Tabela 24 – Resultados Acumulados do Programa PROCEL nas Escolas

1995-2001 2002 2003 2004

Escolas 7.000 1.300 4.000 3.542

Professores 51.000 9.000 36.000 24.500

Alunos 5.883.532 1.500.000 3.000.000 2.500.000

Fonte: Elaboração própria, a part i r de dados fornecidos pela área de

educação do PROCEL.

Os resultados, por concessionária, do ano de 2004 em termos de alunos

treinados e escolas beneficiadas, são mostrados na tabela 25.

Tabela 25 – Resultados por Concessionária em 2004

CONCESSIONÁRIAS ESCOLAS ALUNOS

CEEE 100 70.000 ELETROSUL 300 210.000 CELESC 200 150.000 COPEL 300 210.000 SANTA CRUZ 50 35.000 GUARAPUAVA 50 40.000 ELEKTRO 250 170.000 CPFL 200 150.000 CEMIG 300 210.000 DME-PC 30 21.000 CELG 200 140.000 CEB 200 140.000 FURNAS 912 639.000 ENERSUL 200 140.000 COELCE 150 105.000 CIA BOA VISTA 100 70.000

TOTAL 3.542 2.500.000

Fonte: Elaboração a part i r de dados fornecidos pela área de educação do PROCEL.

-79-

Page 82: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Analisando as tabelas apresentadas, veri f ica-se que o “PROCEL nas

Escolas” está ampliando a cada ano sua atuação. Em 2004, foi responsável

por economia de energia da ordem de 208 milhões de kWh e pela redução

de 59.000 kW na ponta. A economia de energia acumulado22 desde 1990,

chega a 1,14 bi lhões de kWh, e a demanda reti rada da ponta 324.000 kW.

Para alcançar a esses resultados, o PROCEL real izou 8 (oi to) cursos de 32

horas de carga horária para capacitar os mult ipl icadores das concessionárias

de energia elétr ica no âmbito do PROCEL/Educação (Educação Básica), bem

como a real ização de 2 (dois) cursos de reciclagem para técnicos da CPFL e

CELESC, que por sua vez, capacitaram 24.500 professores abrangendo um

total de 3.500 escolas, além de 12 universidades.

Ressalta-se que foi iniciada em 2004 a reformulação e atual ização do

Programa PROCEL nas Escolas que consiste na revisão e atual ização do

material didático, criação de um site visando troca de experiências e

implantação do ensino a distância. Também, foi reaf irmado o Acordo de

Cooperação Técnica entra MME e MEC visando dar insti tucional idade às

ações do PROCEL e do CONPET na área de Educação, em todo sistema

educacional brasi leiro, em acordo com as diretr izes da polí t ica nacional de

educação ambiental do MMA. Além disso, foi real izado um convênio com o

Inst i tuto Efort (SP) para assessoria no planejamento e engajamento do

PROCEL/ Educação, junto aos órgãos normatizadores da educação no Brasi l

e ANEEL.

Além das at iv idades do PROCEL nas escolas e das discipl inas nos cursos

técnicos e superior, a área de educação real iza ativ idades tais como:

part ic ipação em eventos, ministrando palestras em seminários e aulas

inaugurais; sensibi l ização de funcionários das empresas por meio de uma

jornada de 8 horas sobre conservação e uso adequado de energia,

treinamentos e cursos e apoio a outras áreas do uso f inal do PROCEL.

22 Os resu l tados energét icos acumulados não cons ideram a pers is tênc ia das ações do “Procel nas Escolas” , apenas representam a soma dos resu l tados em cada ano, o que não s ign i f ica que este va lor representa a economia obt ida com o Programa para um ano especí f ico.

-80-

Page 83: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

IV.5. GESTÃO ENERGÉTICA MUNICIPAL - GEM

A. Introdução

No Brasi l , existem 26 estados e o Distr i to Federal com um total de 5.561

municípios com aproximadamente 180 milhões de habitantes. O total de

municípios integrantes da Rede Cidades Eficientes em Energia Elétr ica

(RCE) em 2004 era de 607, ou seja, aproximadamente 11% do total de

municípios, conforme pode ser veri f icado na tabela 26. Observa-se, também,

pela tabela 26, que somente os municípios do estado do Amapá e o Distr i to

Federal não part ic ipam da RCE. Verif ica-se, ainda, que existe uma

concentração de municípios na região Sudeste e Nordeste representando

75% do total da RCE.

-81-

Page 84: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Tabela 26 - Dados comparativos dos municípios brasi leiros e da RCE em termos populacionais e energét icos

Total de Municípios

Municípios na RCE

População Residente

Consumo EE no Brasil (GWh)

Norte 449 31 14.373.260 17.018 Acre 22 1 630.328 381 Amapá 16 - 3.138.726 482 Amazonas 62 3 547.400 3.141 Pará 143 9 6.850.181 10.743 Rondônia 52 7 1.562.085 1.199 Roraima 15 1 381.896 352 Tocantins 139 10 1.262.644 720 Nordeste 1.793 216 50.427.274 47.333 Alagoas 102 7 2.980.910 3.062 Bahia 417 136 13.682.074 14.495 Ceará 184 19 7.976.563 5.591 Maranhão 217 6 6.021.504 8.444 Paraíba 223 9 3.568.350 2.550 Pernambuco 185 18 8.323.911 7.066 Piauí 223 4 2.977.259 1.325 Rio Grande do Norte 167 7 2.962.107 2.694 Sergipe 75 10 1.934.596 2.106 Sudeste 1.668 237 77.374.720 159.310 Espírito Santo 78 8 3.352.024 6.287 Minas Gerais 853 112 18.993.720 36.893 Rio de Janeiro 92 35 15.203.750 27.747 São Paulo 645 82 39.825.226 88.383 Sul 1.188 97 26.635.629 50.593 Paraná 399 40 10.135.388 17.171 Rio Grande do Sul 496 27 10.726.063 19.877 Santa Catarina 293 30 5.774.178 13.545 Centro-Oeste 466 26 12.770.141 16.277 Distrito Federal 1 - 2.282.049 3.465 Goiás 246 11 5.508.245 6.581 Mato Grosso 141 10 2.230.702 3.313 Mato Grosso do Sul 78 5 2.749.145 2.918 Brasil 5.564 607 181.581.024 290.531

Fonte: Elaboração Própria a part i r de dados do IBGE/2004, Boletim de

Mercado e Carga Própria Anual ELETROBRÁS/2002 (consumo ano-base

2001) e informações da área de GEM.

-82-

Page 85: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

No gráf ico 10, pode-se observar o número de municípios divididos por região

em relação aos municípios part ic ipantes da RCE no ano de 2004.

Gráfico 10 – Número de Municípios no Brasi l e na RCE em 2004

-

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

2.000

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Total de MunicípiosMunicípio no RCE

Fonte: Elaboração própria a part i r de informações obtidas da área de GEM.

No gráfico 11, pode-se observar a distr ibuição regional do número de municípios part ic ipantes da RCE em 2004.

Gráfico 11 - Distr ibuição Regional dos Municípios Integrantes da RCE em 2004

Municípios por Região na RCE

5%

36%

39%

16%

4%

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

-83-

Page 86: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Fonte: Elaboração própria a part i r de informações obtidas da área de GEM.

A distr ibuição do consumo de energia elétr ica no Brasi l em 2001, por região

geográf ica, pode ser veri f icada no gráfico 12.

Gráfico 12 – Distr ibuição do Consumo de Energia Elétr ica no Brasi l

Consumo de Energia Elétrica no Brasil 6%

17%

55%

16%

6%

Centro-Oeste

Sul

Sudeste

Nordeste

Norte

Fonte: Bolet im Mercado e Carga Própria Anual 2002 - ELETROBRÁS

B. Descrição

Até 1996 a atuação do PROCEL junto aos municípios baseava-se em ações

pontuais. A part i r deste ano, com a assinatura do primeiro convênio entre a

ELETROBRÁS/PROCEL e o Insti tuto Brasi leiro de Administração Municipal-

IBAM, esta atuação foi consol idada. Este convênio previa a real ização dos

seguintes trabalhos: ef ic ientização dos sistemas de i luminação pública nos

municípios brasi leiros, elaboração de material didático para capacitação

municipal, l inha de estudos e publ icações sobre cidades efic ientes,

ef ic ient ização do prédio do IBAM, revisão do modelo de código de obras do

IBAM, seminários e cursos.

-84-

Page 87: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Em 1998, durante o Seminário Internacional de Combate ao Desperdício de

Energia Elétr ica “EFFICIENTIA 98”, real izado no Rio de Janeiro, foi lançada

a Rede Cidades Eficientes em Energia Elétr ica (RCE). O projeto foi

concebido pela ELETROBRÁS, no âmbito do PROCEL, em parceria com o

IBAM, e contou com o apoio do Programa ALURE, da Comissão Européia. A

RCE é uma rede na qual os municípios part ic ipantes podem trocar

informações sobre formas de gestão ef ic iente, tecnologias, experiências e

projetos de efic iência energética. A parceria entre o PROCEL e o IBAM foi

renovada em 1999, por meio de um novo Convênio, e garant iu o apoio do

PROCEL para a cont inuidade da Rede. Um dos produtos obtidos no âmbito

do Programa ALURE – Projeto BRACEL – foi o Guia Técnico “Gestão

Energética Municipal – Subsídios ao Combate do Desperdício de Energia

Elétr ica”. Este guia técnico foi atual izado em 2004, incluindo a experiência

adquir ida a part i r de 1997.

De 1997 a 2001, foram real izados 19 Planos Municipais de Gestão da

Energia Elétr ica (PLAMGES). Cinco desses PLAMGES foram real izados no

âmbito do convênio com o Fundo Brasi leiro para o Desenvolvimento

Sustentável (FBDS), ampl iando assim a base de parceiros do programa de

GEM do Procel. Estes PLAMGES foram elaborados nas cidades de Piraí,

Quatis, Pinheiral , Porto Real e Barra Mansa, todas no estado do Rio de

Janeiro. Outros quatro, no âmbito do convênio com o IBAM, no Rio de

Janeiro, Salvador, Piracicaba e Governador Valadares para val idação da

metodologia. Os 10 PLAMGES real izados em 2001, em parceria com o IBAM,

estão descri tos na tabela 27.

-85-

Page 88: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Tabela 27 – Resumo dos Dados dos 10 PLAMGES Elaborados em 2001

Consumo Previsto em 2004* (MWh)

Município PopulaçãoConsumo em 2001 (MWh) Sem PLAMGE

(MWh) Com PLAMGE**

(MWh)

Economia de Energia com

PLAMGE (MWh)

Cascavel (PR) 245.066 22.099 27.007 22.311 4.696

Carazinho (RS) 59.894 6.062 7.493 5.840 1.653

Dourados (MS) 164.949 3.880 4.175 4.125 50

Guarulhos (SP) 1.071.299 71.840 73.645 57.190 16.455

Itabaianinha (SE) 390.573 1.416 1.640 948 692

Natal (RN) 712.317 25.904 29.987 26.990 2.997

Nazaré da Mata (PE) 29.825 1.724 2.044 1.579 465

Parauapebas (PA) 71.651 7.518 9.411 7.772 1.639

Paraguaçu (MG) 18.943 1.435 1.502 1.370 132

Serra (ES) 322.518 29.760 48.127 39.353 8.774

Total 3.087.035 171.638 205.031 167.478 37.553

* Com exceção de Carazinho (RS) e Nazaré da Mata (PE) onde o consumo

previsto é para 2005.

** Supondo que todas as ações dos PLAMGEs sejam implementadas.

Fonte: CD-ROM Planos Municipais de Gestão de Energia Elétr ica

Em 2000 foi criado o Prêmio Cidade Eficiente em Energia Elétr ica, com o

objetivo de incentivar os municípios a adotarem uma postura permanente na

busca da melhoria da ef ic iência energét ica. O Prêmio é concedido às

prefeituras municipais que mais se destacam em ações e iniciat ivas

ef ic ientes no uso da energia elétr ica.

-86-

Page 89: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Os vencedores da três edições do Prêmio PROCEL Cidade Eficiente em

Energia Elétr ica encontram-se l istados na tabela 28 abaixo.

Tabela 28 – Municípios Vencedores do Prêmio PROCEL Cidade Eficiente em Energia Elétrica

Ano

Categorias

2000/2001 2002/2003 2003/2004

Educação Santa Helena (PR) Paracambi (RJ) Paracambi (RJ)

GEM Rio de Janeiro (RJ) Natal (RN) Elói Mendes (MG)

IP Santo André (SP) Vitór ia (ES) Florianópolis

(SC)

IP - RELUZ - Paracambi (RJ) Bagé (RS)

Legislação - Rio de Janeiro (RJ) -

PP Santa Helena (PR) Pelotas (RS) Paracambi (RJ)

PP – Novas

Eduficações - - Palmas (TO)

Saneamento - Piracicaba (SP) Imbé (RS)

Promoção da

Efic iência

Energética

- - Cabo de Santo

Agostinho (PE)

Fonte: Elaboração própria a part i r de dados fornecidos pela área de GEM

Em 2001, no âmbito do convênio ELETROBRÁS/PROCEL e IBAM, foi lançado

o “Manual Para Elaboração de Planos Municipais de Gestão da Energia

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Elétr ica”, v isando orientar os técnicos das prefei turas sobre a elaboração do

plano energético do seu município.

A part i r de 2003, com a reorganização do programa PROCEL GEM foi

assinado um novo convênio com o IBAM que prevê basicamente os seguintes

pontos: manutenção, divulgação e marketing do escri tór io técnico da RCE;

real ização do Prêmio Cidade Eficiente em Energia Elétr ica; busca de auto-

sustentabi l idade para a RCE; real ização de 06 (seis) cursos na área de

ef iciência energét ica; e elaboração do Boletim Informativo da RCE. Além

disso, atuando de forma isolada, foram propostos pelo PROCEL GEM mais 3

convênios para os municípios de Goiânia/GO, Dois Irmãos do Buri t i /MS e

Criciúma/SC com o objetivo de real izar PLAMGES e projetos educacionais.

Estes convênios juntamente com o convênio do IBAM representam

investimentos globais da ordem de 1 milhão de reais.

C. Metodologia e Premissas

O PROCEL GEM visa assessorar e capacitar tecnicamente as prefeituras

para que elas possam melhor gerir a energia elétr ica ut i l izada nas unidades

consumidoras de sua responsabi l idade. Para isso, ut i l iza-se de uma

metodologia própria para a implementação de Planos Municipais de Gestão

da Energia Elétr ica (PLAMGEs) e de um software para controle dos gastos e

contas de energia do município, o Sistema de Informações Energéticas

Municipais (SIEM).

A part i r de 2004 o PROCEL GEM, começou a estabelecer novas parcerias,

como a FUNCOGE e a USAID, visando diversi f icar e segmentar o

atendimento aos municípios, especialmente os menores.

As ações de PROCEL GEM não podem ser apenas medidas em termos de

energia economizada, uma vez que sua principal ferramenta – o PLAMGE – é

um instrumento estratégico sob o ponto de vista polít ico e administrat ivo do

município, já que indica ações a serem tomadas para que se at inja um

cenário de efic iência energética.

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O primeiro passo para apl icar a metodologia do PLAMGE é criar uma Unidade

de Gestão Energética Municipal (UGEM), que reúne uma equipe com a

f inal idade de acompanhar os projetos da Prefei tura, preparar, apresentar e

implementar ações de efic iência energét ica nos setores de administração

públ ica (prédios públ icos, i luminação públ ica, educação, legislação, etc.) ,

bem como assessorar a administração na orientação das ações dos agentes

privados no Município. O município é responsável pela capacitação da equipe

da UGEM.

O próximo passo é implementar o SIEM, um sistema computacional de

informações sobre o consumo de energia no município. Essas informações

possibi l i tam o acompanhamento de dados e de indicadores energét icos de

unidades consumidoras, permit indo anál ises comparativas por t ipo, classe,

grupo etc.

Por f im deve-se elaborar o Plano Municipal de Gestão de Energia Elétr ica

(PLAMGE). Ele busca levantar e organizar as diferentes at ividades

desenvolvidas pela Prefeitura para identi f icar as áreas com potencial de

redução de consumo de energia elétr ica, através de diagnóst icos e da

criação e anál ise de indicadores de consumo, indicando e priorizando as

ações de ef ic iência. As medidas são posteriormente apl icadas, visando o uso

racional da energia sem perda da qual idade do serviço ofertado, dentro da

competência do Poder Municipal. O PLAMGE permite também a

implementação de novas ativ idades com qual idade ambiental e ef ic iência

energét ica.

Depois de veri f icada, junto aos municípios, a efet iva real ização das ações

previstas no PLAMGE, os resultados obtidos podem ser aval iados. A

aval iação é fei ta medindo-se e comparando-se o consumo de energia antes e

depois da implementação das ações propostas no PLAMGE, por t ipo de

projeto (educação, i luminação públ ica, saneamento etc.). Devido a sua

atuação junto aos municípios na implementação das ações de GEM, o

PROCEL irá apropriar um percentual desse total de economia de energia.

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Page 92: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

A economia de energia resultante da implementação dos projetos vencedores

do Prêmio Cidade Eficiente em Energia Elétr ica também será contabi l izada

como resultado da área de GEM, pois considera-se que o PROCEL possui

inf luência direta e/ou indireta nas ações de eficiência energética

desenvolvidas pelos municípios nesses projetos. As ações inf luenciadas

diretamente pelo PROCEL, através de convênios e/ou contratos de

f inanciamento, como por exemplo, o Programa de I luminação Pública

Ef iciente – RELUZ, PROCEL nas Escolas, entre outras são contabi l izadas

nas respectivas seções deste relatório, sendo seus resultados expurgados

dos valores globais apresentados.

Existe uma inf luência do PROCEL nos projetos de eficiência energética

desenvolvidos pelas prefei turas, que será veri f icada a part i r de uma nova

metodologia de medição de resultados. De qualquer forma a apropriação

desses resultados se justi f ica uma vez que o PROCEL presta grande apoio

aos municípios em todas as etapas da apl icação da metodologia de GEM,

desde a assinatura do convênio até a elaboração do PLAMGE. Além disso, a

ELETROBRÁS/PROCEL foi responsável pela criação da RCE, em parceria

com o IBAM, no âmbito do Projeto ALURE com a Comissão Européia,

garantindo a troca de informações sobre projetos de ef ic iência energét ica

entre os municípios brasi leiros.

Assim, a part i r da economia total de energia ret ira-se a parcela decorrente de

ações diretamente inf luenciadas pelo PROCEL (RELUZ, Sanear, EPP e

PROCEL nas Escolas) e apropria-se parte dos resultados obtidos pelo

município.

D. Resultados

A economia de energia devido à implementação dos projetos propostos nos

PLAMGEs real izados em 2004 será objeto de verif icação posterior

considerando que o horizonte de planejamento dos PLAMGEs é 2004-2008. A

economia de energia estimada com a implantação desses PLAMGEs em 2008

é de 173.472 MWh.

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Page 93: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

A tabela 29 apresenta um resumo dos dados de potencial de economia de

energia e ganhos f inanceiros que poderão ser obt idos com a implementação

das ações previstas nos 41 PLAMGEs real izados em 2004. Ressalta-se que

apenas dois PLAMGEs foram real izados com recursos do PROCEL e os

demais desenvolvidos pelas concessionárias no âmbito dos PEEs da ANEEL.

Tabela 29 - Resumo dos Dados dos 41 PLAMGEs real izados em 2004

Fonte: Dados fornecidos pela área de GEM.

A economia de energia elétr ica e a redução de demanda na ponta resultantes

dos projetos vencedores do Prêmio PROCEL Cidade Eficiente em Energia

Elétr ica 200323 foram, respectivamente, 2.483,95 MWh/ano e 502 kW. A

tabela 30 mostra os resultados apropriados pelo PROCEL como resultado do

23 Em função das características do Prêmio, os projetos contemplados são referentes às ações realizadas no ano anterior à premiação. Portanto, os valores de energia economizada e redução de demanda na ponta vem sendo apropriados com um ano de defasagem.

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Prêmio, por categoria. O projeto referente à categoria “I luminação Públ ica”

consta na tabela porque não foi real izado no âmbito do RELUZ.

Tabela 30 – Resultados do Prêmio PROCEL Cidade Eficiente em Energia Elétr ica – 2004

Categorias Economia Total de Energia (MWh/ano)

Redução de Demanda na Ponta (KW)

Saneamento 767,98 133,33

Prédios Públicos 167,82 75,34

Iluminação Pública 9.000 1.800

Total 9.935,80 2.008,67

Participação do PROCEL (25%) 2.483,95 502,17

Fonte: Folder com os vencedores do Prêmio Cidade Eficiente em Energia

Elétr ica e área de GEM

Em 2004, o PROCEL GEM, também realizou as seguintes ações: cadastro de

22 projetos no Banco de Experiências Municipais em Eficiência Energética;

atual ização dos guias técnicos de I luminação Públ ica Eficiente e de Gestão

Energética Municipal; capacitação de 232 técnicos na metodologia

ELETROBRÁS/IBAM; publ icação de 04 art igos em congressos; divulgação de

04 Boletins Informativos da RCE; e real ização uma pesquisa de aval iação do

PROCEL GEM e dos PLAMGEs elaborados.

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Page 95: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

IV.6. PROGRAMA DE EDIFICAÇÕES

A. Descrição

Desde 1985, o PROCEL f inancia projetos na área de conservação de energia

em edif icações nos setores residencial , comercial e de serviços. Esses

projetos incluem pesquisas de posse e uso de eletrodomésticos; elaboração

de l ivros e estudos para ampliar o nível de conhecimento técnico do setor;

capacitação de laboratórios para ensaios; part ic ipação em feiras e

exposições do setor; pesquisa para o desenvolvimento de novas tecnologias

e materiais de construção, etc.

Em março de 1996, foi fei ta uma tentat iva de consol idar as informações

referentes ao estado da arte de ef ic iência energética em edif icações. Esse

trabalho teve como objet ivos def inir as ações do PROCEL na área de

edif icações e servir de referência para profissionais da área, dando origem

ao relatório “Ef iciência Energética em Edif icações: Estado da Arte”. Nele,

fez-se uma revisão bibl iográf ica das pesquisas real izadas no Brasi l e no

exterior em ef iciência energética de edif icações.

Ainda em 1996, foi assinado um convênio entre a ELETROBRÁS e a

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Esse convênio previa

apl icação da metodologia desenvolvida pelo PROCEL para o Projeto 06

Cidades, a adaptação do software Visual DOE 2.0 ao Brasi l , a diagramação

do l ivro “Ef iciência Energética na Arquitetura” e elaboração de um CD-ROM

relativo ao l ivro, estudos de ot imização energética usando a metodologia de

aval iação energética predial do PROCEL, elaboração de manuais relat ivos à

ef ic iência energética na arquitetura e elaboração de relatór ios técnicos de

casos de sucesso e material de apoio técnico ao desenvolvimento da área de

edif icações do PROCEL.

Em 1997, a categoria Edif icações foi efet ivamente promovida no Prêmio

PROCEL de Economia de Energia, est imulando arquitetos e engenheiros civis

a elaborar projetos efic ientes quanto ao uso da energia elétr ica. O Prêmio

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Page 96: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

para essa categoria não foi concedido nos anos subseqüentes, e somente

voltou a ser promovido em 2002/2003.

Em 11 de julho de 2002, foi real izado o workshop “Plano de Ação para

Eficiência Energética em Edif icações”, no qual part ic iparam representantes e

especial istas de diversos segmentos da sociedade. Nessa ocasião, foram

apresentadas e discut idas diversas propostas que deram origem ao Plano de

Ação para Ef ic iência Energét ica em Edif icações, lançado em setembro de

2003, em Brasí l ia, no IV Encontro Nacional de Eficiência Energética do Setor

Elétr ico e Pesquisa e Desenvolvimento, promovido pela ABRADEE

(Associação Brasi leira das Distr ibuidoras de Energia Elétr ica). Esse Plano de

Ação representou a retomada pelo PROCEL das at ividades na área de

Edif icações.

Ressalta-se que as edif icações são responsáveis por cerca de 48% do

consumo de energia elétr ica no Brasi l , considerando-se os setores

residencial , comercial e público. Grande parte dessa energia é consumida

para prover conforto ambiental aos usuários. O potencial de economia em

edif icações existentes é de até 30%, chegando a 50% em prédios novos, ou

seja, nas edif icações em que se considera a ef iciência energética desde a

fase de projeto.

A maioria das edif icações apresenta grande desperdício de energia, por não

considerar, desde o projeto arquitetônico, passando pela construção, até à

ut i l ização f inal, os importantes avanços ocorr idos nas áreas de arquitetura

biocl imática, materiais, equipamentos e tecnologia construt iva vinculados à

ef ic iência energét ica.

B. Resultados

O PROCEL EDIFICA visa implementar projetos com vistas à divulgação e ao

estímulo à apl icação dos conceitos de ef ic iência energética em edif icações e

viabi l izar a implementação da Lei 10.295/2001 promovendo a ef ic iência

energét ica nas novas edif icações. Está atuando com convênios com

universidades nos 10 maiores estados para a capacitação e ampliação de 13

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Page 97: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

laboratórios de conforto ambiental e ef ic iência energét ica, com invest imentos

globais da ordem 2,5 milhões para o desenvolvimento de novas tecnologias e

materiais de construção, edição e publ icação de l ivros e desenvolvimento de

projetos nas áreas de educação e regulação. Dentre as ações em andamento

no âmbito do PROCEL EDIFICA destacam-se as seguintes:

Capacitação dos Laboratórios de Conforto Ambiental das

universidades: UFRJ, UFF, UFPel, UFMG, UFRN, UFMS.

Complementação dos laboratórios de Conforto Ambiental das

universidades: UFAL, UFRGS, UNB-FUB e UFSC-ARQ.

Complementação dos Laboratórios de Eficiência Energética das

Faculdades de Engenharia Civi l da UFBA e UFSC-LabEEE.

Complementação do Laboratório de Sistemas Térmicos da Faculdade

de Engenharia Mecânica da PUC-PR.

Convênio com a COPPETEC para construção do Centro de Energia e

Tecnologia Sustentáveis - CETS.

Publ icação da segunda edição do l ivro “Eficiência Energética na

Arquitetura”.

Destaca-se ainda a part ic ipação na aval iação do Prêmio PROCEL 2004

categoria Edif icações.

A tabela 31 apresenta os convênios que foram assinados em 2004, num total

de 6 convênios para estudos e projetos com um investimento global de R$

2.293.249,22.

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Tabela 31 – Convênios Assinados em 2004

PROCEL EDIFICA - Eficiência Energética em Edificações ECV 004-2004 - ELETROSUL - Implantação do projeto denominado Centro de Demonstração em Eficiência Energética ELETROSUL – CDEEE

R$ 177.167,22

AET-01 Implantação do projeto denominado "Centro de Demonstração de Eficiência Energética em Habitação Unifamiliar"; inauguração da maquete e do site e inauguração da Casa Eficiente.

ECV-007/2004 - UFSC/FEESC - Convênio para Coordenação de vertente Subsídio à Regulamentação do PROCEL EDIFICA

R$ 739.360,00

AET-01 Desenvolvimento de uma metodologia para criação de uma base nacional de dados sobre o consumo específico de energia; definição da metodologia; levantamento dados em campo e estruturação da base de dados.

AET-02 Elaboração de regulamentação e classificação de edificações eficientes; metodologia e arquivos climáticos; simulações; análise da regulamentação e definição de limites e redação final.

AET-03 Levantamento da Experiência Internacional e Pesquisa bibliográfica e Redação do documento.

AET-04 Coordenação técnica da vertente “subsídio à regulamentação do plano de ação para eficiência energética em edificações do PROCEL EDIFICA” e coordenação da vertente e análise de propostas.

AET-05 Base de Dados para Apoio ao Projeto de Edificações Eficientes, Definição da Metodologia, Montagem das bases de dados climáticos, de materiais e equipamentos e Estruturação da base de dados.

ECV-033/2004 - UFAL/FUNDEPES - Promover o desenvolvimento da vertente Educação do Plano de Ação para Eficiência Energética em Edificações – EEE do programa PROCEL EDIFICA

R$ 513.820,00

AET 01 Coordenação Técnica da Vertente Educação do Plano de Ação para Eficiência Energética em Edificações do PROCEL EDIFICA, Coordenação da Vertente Educação e Reuniões de Coordenação.

AET 02

Capacitação Laboratorial, Elaboração de padrão mínimo de laboratório para o curso de Arquitetura e engenharia, Lançamento da chamada pública pela Eletrobrás, Assinatura dos convênios entre a Eletrobrás e as universidades e Acompanhamento da montagem dos laboratórios.

AET 03

Desenvolvimento de linhas de pesquisa em Eficiência Energética em Edificações – EEE, Elaboração de um estudo identificando as pesquisas já desenvolvidas na área de EEE, Definição de termo de referência para chamada de projetos de pesquisa em EEE, Lançamento da chamada pública pela Eletrobrás, Elaboração e assinatura dos convênios entre a Eletrobrás e as instituições e Acompanhamento e sistematização dos resultados das pesquisas.

AET 04

Criação de Curso de aperfeiçoamento em Eficiência Energética em Edificações – EEE, Definição das disciplinas e respectivos conteúdos e ementas, Elaboração e assinatura dos convênios entre a Eletrobrás e as instituições e Acompanhamento e assistência para montagem dos cursos.

AET 05

Ciclo de palestras em Eficiência Energética em Edificações para docentes de projeto de arquitetura, Definição do conteúdo e enfoque das palestras, Definição dos locais, acompanhamento e assistência para a preparação do ciclo palestras e infra-estrutura para a realização dos 4 ciclos de palestras (Eletrobrás).

AET 06 Elaboração de Publicações e Material Didático em Eficiência Energética em Edificações – EEE, Levantamento do Estado da Arte das publicações nacionais relacionadas à EEE, Lançamento da chamada pública pela Eletrobrás, Elaboração e assinatura dos convênios entre a Eletrobrás e as instituições para a

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execução das 4 publicações, Acompanhamento do desenvolvimento das publicações, Lançamento das publicações pela Eletrobrás, Elaboração dos textos do material didático para o curso de aperfeiçoamento e para o ciclo de palestras para docentes e Impressão do material didático pela Eletrobrás.

ECV-034/2004 - UFSC - Atualização e complementação do conteúdo do livro Eficiência Energética na Arquitetura

R$ 216.624,00

ECV-044/2004 - IAB - Elaboração dos Cadernos de Boas Práticas em Arquitetura – Eficiência Energética

R$ 397.730,00

Elaboração dos Cadernos de Boas Práticas em Arquitetura – Eficiência Energética, Definição de critérios e metodologia para análise das edificações, Aprovação do formato piloto pela Eletrobrás e Elaboração dos textos e montagem dos fascículos.

ECV-047/2004 - UNIFACS - Elaboração de Procedimentos para Construção de Edificações Populares Energeticamente Eficientes e Avaliação dos Projetos de Habitação Populares da Caixa Econômica Federal

R$ 248.548,00

AET 01

Elaboração de Procedimentos para Construção de Edificações Populares Energeticamente Eficientes e Avaliação dos Projetos de Habitação Populares da Caixa Econômica Federal, Levantamento das tipologias e simulações e Elaboração dos novos projetos e cartilhas.

Fonte: PROCEL EDIFICA

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IV.7. PROGRAMA DE SANEAMENTO A. Descrição

A ELETROBRÁS, no âmbito do PROCEL, atua desde 1996 na área de

saneamento ambiental, apoiando ações de ef iciência energética e combate

ao desperdício de energia. No início do programa, até f inal de 1997, foram

real izadas ações estratégicas que incluíram acordo de cooperação técnica

com a CIDA (Canadian International Development Agency), estabelecimento

de projetos pi loto, estudos de ot imização energética e visi tas técnicas.

No Plano de Ação do PROCEL 1998-1999, a estratégia da área de

saneamento para atingir as metas de economia de energia foi baseada na

real ização de vários projetos-pi loto junto às concessionárias de saneamento

distr ibuídas pelas cinco regiões brasi leiras. Esses projetos estavam previstos

em parceria com a Secretaria de Polí t ica Urbana – SEPURB/ Diretoria de

Saneamento – DESAN, do ant igo Ministér io de Planejamento e Orçamento

(MPO). O plano de ação previa também treinamento para capacitação de

técnicos de concessionárias; adequação do software ECON sobre inversor de

freqüência; adequação do software SCADA, pelo CEPEL, para supervisão e

controle de concessionárias de saneamento; dentre outras propostas.

Algumas das ações ci tadas acima foram implementadas nos anos seguintes,

incluindo a publ icação do Guia Técnico “Ef iciência Energética nos Sistemas

de Saneamento”, em parceria com o IBAM. Depois disso, a área de

saneamento passou por um período de reestruturação, retomando as

at ividades somente em 2002, quando se iniciou um processo de

conhecimento do setor com a part ic ipação em alguns eventos e a real ização

de um workshop lançando as diretr izes básicas da área de saneamento do

PROCEL. A motivação para a aproximação com esse segmento foi a

existência de recursos f inanceiros do BIRD/GEF para investimentos em

projetos de ef iciência energética.

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Page 101: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

A part i r de 2003, com a insti tuição do Programa Nacional de Eficiência

Energética em Saneamento Ambiental – PROCEL SANEAR, o enfoque das

at ividades foi ampliado, envolvendo não só questões de conservação de

energia elétr ica mas também aquelas relat ivas à conservação de água.

Nesse sentido, foi consol idada importante parceria com o Ministér io das

Cidades, que coordena os Programas PNCDA (Programa Nacional de

Combate ao Desperdício de Água) e PMSS (Programa de Modernização do

Saneamento Ambiental) , por intermédio da sua Secretaria Nacional de

Saneamento Ambiental – SNSA.

Para o desenvolvimento das ações integradas de ef ic iência energética e

hidrául ica no setor de saneamento ambiental, a ELETROBRÁS/PROCEL

promoveu, em agosto de 2003, a "1ª Oficina de Trabalho em Eficiência

Energética no Setor de Saneamento Ambiental” , em que part ic iparam

diversos especial istas. Como resultado das discussões geradas foi

consolidado o Plano de Ação do PROCEL SANEAR 2004/2005, que vem

sendo implementado e amplamente divulgado desde então. As ações

definidas no Plano de Ação estão organizadas em quatro vertentes:

Inst i tucional, Capacitação/Educação, Tecnologia e Financiamento.

Ressalta-se que mais de 2% do consumo total de energia elétr ica do Brasi l , o

equivalente a 7 bi lhões de kWh/ano, são consumidos por prestadores de

serviços de água e esgotamento sanitário em todo o País.

Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento –

SNIS, o País perde 44,81% da água distr ibuída em relação à água captada

(referência 2003). Essa quantidade de água seria sufic iente para abastecer

simultaneamente países como a França, a Suíça, a Bélgica e o norte da

I tál ia. As elevadas perdas de água têm relação direta com o desperdício de

energia elétr ica.

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Page 102: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

B. Resultados

Deve-se ci tar como principal resultado da área de saneamento a real ização,

em parceria com a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do

Ministério das Cidades – SNSA/MCIDADES, do processo de chamada públ ica

de projetos de conservação e uso racional de energia elétr ica e água no

setor de saneamento ambiental. Esse processo teve o objet ivo de selecionar

propostas de projetos em ef iciência energética, em todo o Brasi l , para

investimento de cerca de R$ 7 milhões neste setor.

A real ização da “Chamada Públ ica de Projetos de Conservação e Uso

Racional de Energia Elétr ica e Água no Setor de Saneamento Ambiental”,

teve como resultado as informações apresentadas na tabela 32.

Tabela 32 – Projetos aprovados na chamada públ ica do PROCEL SANEAR - por Região

Recursos (R$)

Região Nº de Projetos Valor Total ELETROBRÁS

Retorno Esperado do

Invest imento a Valor Presente

(R$)

População benef iciada

Nor te 2 1 .472.841,00 1.793.361,31 8.666.735,00 500.000

Nordeste 3 2 .763.454,00 1.080.761,24 6.985.969,00 383.700

Centro-

oeste 2 1 .367.664,00 1.178.272,45 3.355.876,00 78.371

Sudeste 3 3 .088.754,00 1.547.605,00 11.492.203,50 231.248

Sul 2 1 .897.951,00 1.400.000,00 8.865.437,00 245.359

Total 12 10.590.664,00 7.000.000,00 39.366.220,5024 1 .438.678

Fonte: Procel SANEAR

24 O montante dos benef íc ios dos pro je tos será re invest ido em novas ações de uso ef ic iente de energ ia e lé t r ica e água nos prestadores de serv iços selec ionados na Chamada Públ ica, conforme compromisso estabelec ido no Plano de Trabalho de cada uma.

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Page 103: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

O resultado (em termos de energia economizada e redução de demanda na

ponta) da implementação dos projetos selecionados pelo processo de

chamada públ ica iniciada em 2003, ainda, será veri f icado quando estiverem

concluídas as ações previstas em cada projeto.

As seguintes ações foram implementadas pelo PROCEL SANEAR em 2004:

Assinatura de Protocolo de Cooperação Técnica entre o Ministério das

Cidades e o Ministér io de Minas e Energia para o desenvolvimento de

medidas conjuntas, visando à redução do consumo de energia elétr ica

e de água nos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento

sanitário;

Consol idação do Plano de Ação do PROCEL SANEAR – 2004/2005,

estruturado através das vertentes tecnológica, capacitação,

insti tucional e de f inanciamento, que vem sendo implementado e

amplamente divulgado, contando permanentemente com a contribuição

integrada de diversas insti tuições l igadas ao setor, além de

universidades e órgãos governamentais;

Real ização de 3 seminários de sensibi l ização de 60 dir igentes

(módulos de 8 horas) e capacitação de 141 gerentes (módulos de 40

horas) que atuam nos prestadores de serviços de saneamento

ambiental das cinco regiões do País, sobre o tema “Conservação de

energia elétr ica nos componentes dos sistemas de abastecimento de

água e de esgotamento sanitár io”;

Real ização de dois cursos de 120 horas (teoria e prática) pela

Universidade Federal de I tajubá – UNIFEI, onde foram treinados 45

técnicos especial istas que atuam na área de saneamento sobre o tema

“Novas tecnologias e procedimentos operacionais efic ientes”.

Destaca-se ainda as ações iniciadas em 2004, e que terão continuidade

nos anos subseqüentes:

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Page 104: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Intensa art iculação com as principais inst i tuições dos setores de

saneamento ambiental e elétr ico, de forma a otimizar a atuação dos

programas voltados para a conservação de energia elétr ica e água, e

evitar a superposição da ut i l ização dos recursos públ icos para f ins

semelhantes;

Part ic ipação no grupo de trabalho interministerial para elaboração do

Anteprojeto de Lei da Polít ica Nacional de Saneamento Ambiental;

Estabelecimento de convênios com prestadores de serviços de

saneamento ambiental das cinco regiões do País para a implantação

dos 12 Projetos Demonstração em Conservação e Uso Racional de

Energia Elétr ica e Água, selecionados por meio de Chamada Públ ica, a

serem desenvolvidos e amplamente divulgados como “casos de

sucesso” pelo PROCEL SANEAR, com base nas ações implementadas,

visando a sua repl icação em escala nacional;

Sensibi l ização e Capacitação dos gestores que atuam nos prestadores

de serviços de saneamento ambiental, em parceria com a Associação

Brasi leira de Engenharia Sanitár ia e Ambiental – ABES, visando inseri r

a temática da conservação de energia elétr ica em todos os

componentes dos sistemas de abastecimento de água e de

esgotamento sanitário;

Treinamento dos técnicos especial istas que atuam na área, de forma a

faci l i tar a assimilação de novas tecnologias e procedimentos

operacionais ef ic ientes;

Elaboração de guias técnicos, incluindo a revisão de publ icações

existentes na área de saneamento ambiental;

Estruturação e Implantação de Programa de Capacitação Laboratorial

de universidades brasi leiras e centros de pesquisa, para uso

mult idiscipl inar e formação de prof issionais em diversos níveis

( técnico, graduação e pós-graduação) com enfoque no uso ef ic iente

-102-

Page 105: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

integrado de energia elétr ica e água. Esses laboratórios (Laboratór ios

de Eficiência Energética em Hidrául ica e Saneamento - LENHS)

deverão se const i tuir em centros de excelência regional abrangendo as

cinco regiões do País, servindo também como suporte técnico ao MME,

MCIDADES e aos prestadores de serviços de saneamento na coleta de

dados e medições in loco. Ressalta-se que cada universidade receberá

o aporte da Eletrobrás de R$ 800.000,00, total izando R$ 4 milhões a

serem investidos nos LENHS.

-103-

Page 106: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

IV.8. PROGRAMA DE PRÉDIOS PÚBLICOS

A. Descrição

As ações de ef iciência energética em prédios públ icos foram iniciadas em

1997 pela ELETROBRÁS/PROCEL visando reduzir o desperdício de energia

nos níveis federal, estadual e municipal.

Atualmente o PROCEL-EPP (Programa de Eficiência Energética nos Prédios

Públ icos) tem por objet ivo implantar projetos-pi loto com potencial de

repl icação em larga escala, implementar ações de sensibi l ização,

capacitação, divulgação, projetos-demonstração, e real izar parcerias com

outros setores.

Ressalta-se que o consumo de energia do poder públ ico corresponde a

aproximadamente 11.500 GWh/ano, o Procel EPP estima em cerca de 20% o

potencial de economia de energia no setor o que possibi l i tar ia uma economia

total de MWh.

B. Resultados

O Procel EPP desenvolve, dentre outras, as seguintes ações: apoio aos

agentes envolvidos; promoção de projetos-demonstração; normatização e de

infra-estrutura e apoio às concessionárias de energia em projetos de

conservação de energia.

Em 2004 foram real izados dois planos de ação (CICOP e Hospitais), 19

diagnóst icos energét icos e implementadas ações em 23 prédios públ icos em

todo o país nas área de saúde (hospitais), educação ( inst i tuições de ensino)

e administração (prédios administrat ivos).

Foram real izadas diagnósticos energét icos e implementação de projetos de

ef ic iência energética no Hospital Celso Ramos (PR), na Santa Casa de

Misericórdia (RS) e no Hospital Clóvis Sarinho (RN). Também foram

desenvolvidas at iv idades de treinamento, sensibi l ização, capacitação dos

-104-

Page 107: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

administradores, na área da saúde, para que seja incluída a ef ic iência

energét ica nos novos projetos de edif icações.

Foram real izados diagnósticos energét icos e implementação de projetos de

ef ic iência energét ica, em prédios públ icos e insti tuições de ensino, nos

seguintes estados: Bahia, no Centro Administrat ivo da Bahia; São Paulo, no

Palácio dos Bandeirantes; Rio de Janeiro - Fórum, UERJ, Palácio

Universi tár io, Casa do Estudante, Teatro Municipal, Centro Administrat ivo

São Sebastião, IPLAN, Arquivo Nacional, Base Aérea do Campo do Afonsos,

Banco do Brasi l , Palácio do Buri ty, Arquivo Nacional/RJ; Pernambuco -

Centro Administrat ivo do Recife, SUDENE, Universidade Federal de

Pernambuco; Ceará - Universidade Federal do Ceará, Paraná, Minas Gerais,

Brasí l ia (DF) - Câmara dos Deputados e Senado, Banco Central (DF), Caixa

Econômica Federal, Palácio do Planalto, Ed. Almirante Tamandaré-MM e

Universidade Federal Mato Grosso.

A tabela 33 apresenta o número de diagnóst icos real izados por segmento no

período de 1997 a 2003.

Tabela 33– Número de diagnósticos realizados por segmento de 1997-2003

Categoria Nº de Diagnósticos Participação Percentual por Segmento

Prédios Administrativos 26 13%

Hospitais 35 17%

Instituições de Ensino 84 42%

Usinas e Subestações 56 28%

Total 201 100

Fonte: PROCEL EPP

A tabela 34 apresenta a distr ibuição geográfica, por região, do número de

diagnósticos real izados em 2004.

-105-

Page 108: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Tabela 34– Número de Diagnósticos Realizados por Região em 2004

Região Nº de Diagnósticos Participação Percentual por Segmento

Centro-Oeste 3 22%

Nordeste 2 14%

Norte 2 14%

Sudeste 5 36%

Sul 5 14%

Total 14 100%

Fonte: PROCEL EPP

-106-

Page 109: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

IV.9. PROGRAMA INDUSTRIAL

A. Introdução

O Programa Industr ial v isa dar suporte aos diversos segmentos industriais na

melhoria do desempenho energético de suas instalações. Atualmente, com

foco no projeto de ot imização de sistemas motr izes, seleciona indústrias

interessadas em part ic ipar do Programa, implementando as medidas de

ef ic iência energética ident i f icadas em suas plantas pela sua própria equipe,

treinada e cert i f icada pela ELETROBRÁS/PROCEL, além de divulgar os

resultados que permitam a mult ipl icação de projetos bem sucedidos. O

Programa prior iza sistemas motr izes, tendo em vista a sua part ic ipação

bastante elevada no consumo do setor industr ial , que corresponde a cerca de

30% do consumo total de energia elétr ica do país.

O consumo total do mercado de energia elétr ica em 2004 total izou 320.772

GWh, sendo que o setor industrial corresponde a 45,5% conforme pode ser

veri f icado no gráf ico 13 abaixo.

Gráfico 13 – Mercado de Energia Elétr ica 2004

Mercado de Energia Elétrica 2004

24,5%

15,5%

9,7% 45,5%4,8%

Industrial

Residencial

Comercial

Público

Outros

Fonte: ELETROBRÁS - Informe de Mercado 44 – Dezembro de 2004

-107-

Page 110: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

B. Metodologia

O PROCEL INDÚSTRIA é desenvolvido em conjunto com as Federações

Estaduais de Indústr ias por meio de convênios. Cada convênio é dividido em

quatro etapas que visam: identi f icar os maiores potenciais de economia de

energia elétr ica; capacitar mult ipl icadores e agentes industr iais em ef iciência

energét ica; elaborar diagnósticos energét icos detalhados e ações de

melhoria em plantas industr iais e acompanhar a implementação das ações de

melhoria e divulgar os seus resultados.

A metodologia adotada pelo PROCEL baseia-se no comprometimento das

indústrias com a implementação das medidas de ef iciência energética

identi f icadas pelos seus próprios agentes, treinados gratui tamente por

mult ipl icadores devidamente capacitados pela ELETROBRÁS/PROCEL, por

meio de curso mult idiscipl inar, com 176 horas de duração, de Redução de

Perdas em Sistemas Motr izes. Além dessas ações estão previstos no

convênio o desenvolvimento de Projetos-Demonstração, que transformarão

um número l imitado de indústr ias em modelos de ef iciência energética para

seus respectivos segmentos.

O cri tér io de seleção das empresas privi legia os seguintes aspectos:

potencial de economia de energia; motivação da alta gerência para

implementação das medidas recomendadas pelo projeto; e potencial

mult ipl icador no segmento industrial respectivo.

No sentido de prestar suporte e perenizar essas ações real izadas

diretamente com as indústrias, o Programa implanta através de convênios

com Universidades, laboratórios de sistemas motr izes para f ins didát icos e

complementarmente, f inancia bolsas de estudo para desenvolvimento de

trabalhos de graduação e pós-graduação, no tema Eficiência Energética em

Sistemas Motr izes Industr iais.

O Programa inclui , ainda, at iv idades nas áreas de treinamento técnico e

gerencial com o suporte do Centro de Pesquisas Elétr icas da ELETROBRÁS

(CEPEL).

-108-

Page 111: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

-109-

C. Resultados

Conforme veri f icado, não houve economia de energia e redução de demanda

na ponta decorrentes das ações desenvolvidas no âmbito do Procel Indústr ia

em 2004, pois nesse ano ocorreram, basicamente, assinaturas de convênios,

cujos resultados quanti tat ivos serão observados nos anos seguintes (tr iênio

2005-2007). Entretanto, diversos resultados quali tat ivos já foram observados,

especialmente, a real ização de estudos setoriais, treinamentos e Workshops

de sensibi l ização.

Durante o ano de 2004 foram iniciados 3 convênios com as Federações das

Indústr ias dos Estados e 5 convênios com universidades públ icas, ut i l izando

recursos do Fundo de Desenvolvimento Tecnológico – FDT – da Eletrobrás

para montagem de laboratórios de sistemas motrizes nessas insti tuições.

Além disso, foram treinados 19 mult ipl icadores e capacitados 596 agentes

(funcionários de fábricas treinados pelos mult ipl icadores), conforme pode ser

veri f icado na tabelas 35 e 36 a seguir.

Page 112: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

-110-

Tabela 35 – Convênios em andamento com as Federações das Indústrias em 2004

Nº de prof iss ionais capac i tados N° do

Convênio Região

Federação das

Indúst r ias

Estudos Setor ia is

(subsetores ident i f icados) Mul t ip l icadores (2004)

Mul t ip l icadores (2002-2004)

Agentes (2004)

Agentes (2002-2004)

ECV – 880/2003 S FIESC (SC)

Al imentos e bebidas, têxt i l , papel e ce lu lose,

meta lurg ia, minera is não-metá l icos

- 18 - -

ECV – 903/2002 NE FIEC (CE)

Têxt i l , A l iment íc io e Bebidas, Minera is não-

Metá l icos e Couro e Calçados

- 10 160 172

ECV – 907/2002

NE F IEPE (PE) Al iment íc io, Minera is não-Metá l icos e Químico

- 15 41 52

ECV – 957/2004 NE FIEB (BA)

Químico/pet roquímico/ re f ino, metalúrg ico,

a l imentos e bebidas, papel /ce lu lose

18 18 75 75

ECV – 908/2002

CO F IEMT (MT) Madei ra , a l imentos e minera is não metá l icos

- 18 213 246

ECV – 958/2004 CO F IEMS (MS) Fr igor í f ico, esmagadores

de so ja e cur tumes 18

ECV – 909/2002 N F IEAM (AM)

Bebidas, Duas Rodas, E le t ro-e le t rôn ico,

Meta lúrg ica e P lást icos - 10 97 145

ECV – 959/2004 N FIEPA (PA

Mineração, Minera is não metá l icos, madei ra

ECV – 916/2002 SE FIEMG

Têxt i l , A l iment íc io, E let ro-e le t rôn ico, Fundição,

Meta lurg ia e Mineração - 18 10 10

TOTAL 36 19 29 39

Fonte: PROCEL INDÚSTRIA

Page 113: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Tabela 36- Convênios em andamento com Universidades e Instituições Públicas em 2004

Região Instituição

Universidade Federal do Amazonas – UFAM

Inst i tuto de Tecnologia da Amazônia – UTAM Norte

Universidade Federal do Pará – UFPA

Universidade Federal da Bahia - UFBA

Universidade Federal de Pernambuco-UFPE Nordeste

Universidade Federal do Ceará - UFC

Universidade Federal de Mato Grosso -UFMT

Centro Federal de Educação Tecnológica do Mato Grosso

CEFET- MT

Centro-Oeste

Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS

Universidade Federal de Uberlândia - UFU Sudeste

Universidade Federal de São João Del Rei - UFSJ

Sul Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC

Fonte: PROCEL INDÚSTRIA

O número de indústr ias part ic ipantes at ingiu 93 unidades nesse período,

sendo que um número semelhante de diagnóst icos energéticos, em sistemas

motr izes, deve ser alcançado.

A implantação dos laboratórios nas inst i tuições conveniadas visa custear um

total previsto de 55 bolsas de estudo para engenheiros eletr ic istas,

distr ibuídas em 5 de doutorado, 15 de mestrado e 35 de graduação, no tema

-111-

Page 114: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

otimização de sistemas motr izes industriais. A part i r disso, espera-se a

di fusão dos conceitos de ef ic iência energética no meio acadêmico e

industrial ; a cr iação de índices de efic iência energética para os sistemas

motr izes implementados; a aval iação das oportunidades de economia de

energia nestes sistemas; a real ização de cursos de extensão, consultorias e

palestras, capacitando profissionais para desenvolverem consultor ias em

ef iciência energética e aval iar o potencial de economia de energia em

sistemas motr izes.

O investimento do Procel Industria em 2004 foi de R$ 1.853.592,00 em 3

federações e de R$ 2.069.900,00 em 5 universidades, perfazendo um total de

R$ 3.923.492,00.

Destacam-se, ainda, a anál ise dos projetos e visi ta técnica aos part ic ipantes

do Prêmio Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia 2004 –

Categoria Indústr ia – Modal idade Energia Elétr ica e o desenvolvimento de

metodologia para real ização dos auto-diagnóst icos pelos agentes industriais

no âmbito dos convênios com as Federações das Indústr ias, através de

visi tas técnicas a 4 unidades industr iais do Pólo Industrial de Manaus.

-112-

Page 115: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

IV.10. PROGRAMA RELUZ

A. Panorama da IP no Brasi l

A i luminação públ ica no Brasi l corresponde a aproximadamente a 3,2% do

consumo total de energia elétr ica do país. Isto equivale a um consumo de

10,3 bi lhões de kWh/ano e a uma demanda de ponta de 2.150 MW.

Há aproximadamente 13,1 milhões de pontos de i luminação públ ica

instalados no país segundo o últ imo levantamento cadastral real izado pelo

PROCEL/ELETROBRAS, junto às distr ibuidoras de energia elétr ica.

No gráfico 14, veri f ica-se a distr ibuição geográfica dos pontos de i luminação

públ ica no país. Ressalta-se que quase a metade desses pontos se local izam

na Região Sudeste.

Gráfico 14 - Distr ibuição geográf ica dos pontos de IP no Brasi l

Fonte: Área de Iluminação Pública - RELUZ

-113-

Page 116: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

B. Descrição

A ELETROBRÁS, através do Programa Nacional de Conservação de Energia

Elétr ica - PROCEL, tem incentivado a apresentação de projetos, com o

objetivo de melhorar a eficiência dos serviços públ icos l igados ao uso da

energia elétr ica. A I luminação Públ ica é um serviço essencial para a

qual idade de vida nos centros urbanos, por se const i tuir em um dos vetores

para a segurança e desenvolvimento sócio-econômico dos municípios.

A part i r da cr ise de energia do ano de 2001, a necessidade de

implementação do Programa Nacional de I luminação Pública Ef iciente -

RELUZ tornou-se ainda mais evidente, tendo em vista a sua principal

característ ica: redução de demanda no horário de ponta do sistema elétr ico -

19:00 h às 21:00 h - devido à modernização das redes de i luminação públ ica.

Neste contexto, buscando-se um signif icativo potencial de melhoria da

ef iciência energét ica nos sistemas de i luminação públ ica, e de modo a

ampliar os benefícios destes projetos a toda população urbana, a

ELETROBRÁS insti tuiu o Programa Nacional de I luminação Públ ica Ef iciente

- RELUZ, com o apoio do Ministério de Minas e Energia. O RELUZ prevê

investimentos da ordem de R$ 2 bi lhões por parte da ELETROBRÁS para

tornar ef ic ientes 5 milhões de pontos de i luminação públ ica e instalar 1

milhão de novos pontos no País até 2010.

O f inanciamento do RELUZ conta com recursos da Reserva Global de

Reversão - RGR, um fundo f inanceiro formado pela contr ibuição das

concessionárias de energia elétr ica e gerido pela ELETROBRÁS. A Lei nº

10.438, de 26.04.2002, prorrogou a uti l ização da RGR pela ELETROBRÁS

até o f inal de 2010.

Além de estar diretamente l igada à segurança públ ica no tráfego, a

i luminação públ ica, embeleza as áreas urbanas, destaca e valoriza

monumentos, prédios, paisagens e áreas de lazer e orienta percursos.

-114-

Page 117: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

O projeto de ef icientização de sistemas de i luminação públ ica consiste,

pr incipalmente, na subst i tuição de lâmpadas incandescentes, mistas e vapor

de mercúrio por lâmpadas a vapor de sódio de alta pressão nas potências

correspondentes. Outros equipamentos substi tuídos ou instalados são: relés,

reatores eletromagnéticos, ignitores, economizadores de energia, luminárias

e braços.

B. Metodologia

Na quanti f icação da economia de energia e da demanda reti rada da ponta

obtidas no período anal isado ut i l iza-se a seguinte metodologia:

Economia de Energia (GWh/ano) = N x {[(P1 + R1) - (P2 + R2)] x U} / 109,

Demanda Retirada da Ponta (MW) = N x {[(P1 + R1) - (P2 + R2)] x FC} / 106,

onde:

N = nº de pontos substi tuídos

P1 = potência da lâmpada substi tuída (W)

R1 = potência do reator substi tuído (W)

P2 = potência da lâmpada eficiente (W)

R2 = potência do reator ef ic iente (W)

U = tempo de ut i l ização das lâmpadas no ano = 12 h/dia x 365 dias/ano =

4.380 horas/ano

FC = fator de coincidência na ponta, ou seja, a porcentagem lâmpadas

assumidas l igadas simultaneamente na ponta = 1,0

Embora a vida úti l de uma lâmpada a vapor de sódio seja cerca de 5 anos, é

assumido que a part i r do momento que ocorre a subst i tuição há necessidade

da troca do t ipo de luminária; e ao f im da vida úti l da lâmpada a mesma será

substi tuída por outra também eficiente.

-115-

Page 118: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

-116-

C. Resultados

A part i r da metodologia apresentada podem ser veri f icados os resultados

obtidos pelo PROCEL no período de 1994 a 2004 em termos de economia de

energia, de ret irada de demanda na ponta a cada ano, e em termos do total

acumulado até 2004.

A economia de energia e a redução de demanda totais decorrentes das ações

desenvolvidas no âmbito do RELUZ em 2004 correspondem respectivamente

a 288.755 MWh/ano e 65.993 kW. A tabela 35 apresenta os resultados

obtidos entre 1994 e 2004.

Este total foi obt ido através da implementação de 416.823 pontos de

i luminação públ ica em 419 municípios espalhados em todas as regiões do

Brasi l , tendo como custo total de investimento no valor de R$ 54 milhões25

sendo que R$ 40,5 milhões f inanciados pela ELETROBRÁS.

Vale ressaltar que os pontos de i luminação públ ica contabi l izados foram

aqueles que já foram supervisionados pela equipe de engenheiros do RELUZ

da ELETROBRÁS.

A evolução do número de pontos subst i tuídos e correspondentes resultados

em termos de energia economizada e redução de demanda na ponta no

período de 1994 a 2004 pode ser observada na tabela 37 a seguir.

25 Este dado fo i obt ido a par t i r do documento “Demonstrações F inancei ras de 2004” (d isponíve l no s i te da ELETROBRAS na seção de Relações com os Invest idores) .

Page 119: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

-117-

Tabela 37 - Substi tuição de Lâmpadas na I luminação Públ ica 1994 - 2004

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000/

2001 (1)

2002 2003 2004

Nº de Pontos Substituídos no Ano 19.408 38.255 33.032 121.373 267.458 426.351 18.775 69.062 413.143 416.193

Economia de Energia por Lâmpada (kWh/ano) 278,24 295,12 350,87 411,62 383,22 384.48 - - - -

Economia de Energia por Instalações no Ano (GWh/ano) 5,40 11,29 11,59 49,96 102,50 163,92 18,27 25,56 144,71 288,75

Economia de Energia devido às Instalações Acumuladas (GWh/ano) 95,09 106,38 117,97 167,93 270,43 434,35 452,62 478,18 622,89 911,64

Demanda Retirada da Ponta por Lâmpada (W) 64,41 64,04 77,80 99,93 90,04 89,00 - - - -

Demanda Retirada da Ponta por Instalações no Ano (MW) 1,25 2,45 2,57 11,56 24,08 37,94 4,17 5,84 33,06 65,93

Demanda Retirada da Ponta devido às Instalações Acumuladas (MW) 21,91 24,36 26,93 38,49 62,57 100,51 104,68 110,52 144,12 210,05

(1) Os anos de 2000 e 2001 foram contabilizados juntos, tendo em vista que os dados disponíveis para esses anos não estão

desagregados.

Nota:

Page 120: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

A tabela 38 apresenta a quantidade de pontos de i luminação ef ic iente

implementados em cada estado abrangido pelo Programa RELUZ no ano

de 2004.

Tabela 38 – Pontos de Iluminação Pública Implementados em 2004

ESTADO Nº DE PONTOS

Roraima 2.580

Rondônia 664

Ceará 7.891

Rio Grande do Norte 4.676

Paraíba 6.486

Pernambuco 13.110

Bahia 4.951

Espírito santo 5.585

Rio de janeiro 17.205

Minas gerais 50.584

São Paulo 165.616

Santa Catarina 17.705

Rio grande do sul 107.065

Distrito federal 12.705

Total 416.823

Fonte: Área de Iluminação Pública - RELUZ

O gráf ico 15 apresenta a distr ibuição espacial por região dos pontos de

i luminação públ ica no país.

- 118 -

Page 121: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Gráfico 15 – Distribuição Regional dos Pontos Eficientizados pelo RELUZ

Distribuição de Pontos Eficientizados por Região

1% 9%3%

57%

30%

Norte Nordeste Centro-oeste Sudeste Sul

Fonte: Elaboração própria a part i r de dados fornecidos pela área de IP

No ano de 2004 além dos resultados acima descri tos, também foram

real izados o seminário do RELUZ, a revisão do Guia Técnico de

I luminação Pública Ef iciente e o desenvolvimento de uma metodologia de

amostragem de pontos implementados para veri f icação e

acompanhamentos dos projetos de IP.

- 119 -

Page 122: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

IV.11. BIBLIOTECA A bibl ioteca do PROCEL vem atuando através de atendimentos tanto via e-

mail (“Fale Conosco”) e telefone quanto pessoalmente, com destaque para

os estudantes, que costumam freqüentar as suas instalações. Em média

foram real izados 30 atendimentos por mês, no ano de 2004, que se

concentraram basicamente em levantamento bibl iográfico e reprodução de

relatór ios e publ icações para o público sol ic i tante. O públ ico externo

representa aproximadamente 64% de todos os atendimentos real izados,

com destaque para as sol ic i tações via e-mail , conforme pode ser

observado no gráfico 16 que apresenta o t ipo de atendimento real izado

pela bibl ioteca desagregado em usuários internos e externos.

Gráfico 16 – Perfil do Tipo de Atendimento Realizado pela Biblioteca do PROCEL

Tipo de Atendimento

180

20

80

303050

150

020406080

100120140160

Usuário Interno Usuário Externo

E-mail

Telefone

Local

Fonte: Biblioteca do PROCEL

Em 2004 foram inventariadas cerca de 1.880 publ icações no acervo da

bibl ioteca com destaque para relatór ios técnicos que representam 40% de

todo acervo conforme pode ser veri f icado no gráfico 17 a seguir.

- 120 -

Page 123: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Gráfico 17 – Composição do Acervo da Biblioteca do PROCEL

Composição do Acervo da Biblioteca

25%

23%40%

3% 5% 4%

Livros

Teses

Relatórios

Cd's

Fitas VHS

Seminários

Fonte: Biblioteca do PROCEL

- 121 -

Page 124: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

V. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo de aval iação de resultados está dando continuidade ao

trabalhos reiniciados em 2003, após um período de três anos consecutivos

de interrupção parcial , de 2000 até 2002, sem uma aval iação mais

profunda dos resultados do Programa, retomando as anál ises mais

completas e detalhadas.

Por incluir muitas premissas e est imativas que envolvem julgamentos ou

que estão baseadas em dados l imitados este estudo deve ser atual izado

sistematicamente, incorporando novos dados e informações através de

levantamentos posteriores ou até mesmo alterando premissas que se

veri f icarem equivocadas. Nesse sentido, são recomendadas as seguintes

ações, a f im de melhorar a qual idade das aval iações a serem real izadas

em 2005 e nos anos subseqüentes.

Todas as Áreas

1. Elaborar uma revisão dos relatórios de aval iação de resultados, tendo

por objetivo expl ic i tar os ganhos energéticos anuais e acumulados

obtidos por cada do Programa Procel, em especial, nos úl t imos cinco

anos.

2. Rever os ganhos energét icos acumulados do Procel e de cada área

individualmente considerando-se a persistência das medidas ao longo

do tempo.

Área de Tecnologia

1. Condução de estudos de campo a f im de veri f icar o real consumo de

energia elétr ica de refr igeradores/ f reezers , motores elétr icos e

condicionadores de ar em condições normais de uso e instalação;

2. Real ização de um levantamento de mercado detalhado sobre as

possibi l idades de obtenção de dados primários e secundários confiáveis

sobres vendas de equipamentos eletrodomésticos e eletrônicos

comercial izados no País;

- 122 -

Page 125: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

3. Estrei tar relações com inst i tuições de pesquisa como o IBGE

visando a obtenção dos dados disponíveis sobre o histór ico de vendas dos

principais equipamentos eletro-eletrônicos do País;

4. Real izar estudos no sentido de verif icar a possibi l idade de se

incorporar aos resultados obt idos pelo PROCEL os ganhos devido à

evolução da efic iência média dos equipamentos em decorrência do

Programa Brasi leiro de Etiquetagem (PBE);

5. Aprimorar as metodologias e melhorar as premissas uti l izadas para

obtenção dos resultados de economia de energia e redução de demanda

na ponta para as tecnologias de coletores solares e reservatórios

térmicos;

6. Desenvolver metodologia específ ica para determinar os ganhos de

energia e demanda devido à premiação com o Selo PROCEL de reatores

eletromagnéticos, para lâmpadas f luorescentes tubulares e a vapor de

sódio, com fator de eficácia acima de um valor preestabelecido;

7. Introduzir na metodologia de aval iação do Programa do Selo

parâmetros que permitam a adequada contabi l ização do crescimento

natural da efic iência energét ica, ou seja, desagregar o crescimento

vegetativo do crescimento decorrente exclusivamente das ações do

Selo/Etiquetagem.

Área de Educação

1. Com base nos dados do censo escolar obt idos junto ao MEC/INEP

atual izar e compatibi l izar as premissas adotadas na metodologia do

“PROCEL nas Escolas” para o número de alunos por escola,

professores por escola, etc;

2. Real izar estudos de campo (monitoramento das contas conjugado com

pesquisas) a f im de val idar o valor ut i l izado para economia média por

aluno treinado (6,93 kWh/aluno/mês) no âmbito do Programa;

3. Real izar estudos a f im de veri f icar o nível de persistência da economia

de energia devido às ações do PROCEL nas Escolas junto à sociedade;

- 123 -

Page 126: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

4. Rever a metodologia de cálculo da economia de energia, devido ao

PROCEL nas Escolas, considerando aspectos como dupla contagem,

persistência das ações, fator de carga do segmento residencial , etc.

Área Industrial

1. Real izar um levantamento de dados diretamente com os usuários do

Mark IV plus para veri f icar o nível de ut i l ização do software e os

resultados obtidos decorrentes da apl icação das medidas recomendadas

pelo mesmo;

2. Elaborar uma metodologia específ ica para apropriação de resultados

decorrentes do programa industr ial do PROCEL.

Market ing/ Eventos

1. Elaborar metodologia específ ica para apropriação de resultados

decorrentes das ações de market ing e eventos;

2. No caso do Prêmio PROCEL já existe uma apropriação de resultados

com relação aos projetos concorrentes, entretanto deve-se elaborar uma

metodologia especif ica tendo por base premissas bem fundamentadas e

um nível percentual de apropriação, em termos de energia economizada,

estabelecido para cada categoria. Para def inir os percentuais de

apropriação tomar como base as pesquisas real izadas com os

part ic ipantes em cada categoria.

Gestão Energética Municipal - GEM

1. Elaborar metodologia específ ica para apropriação de resultados

decorrentes das ações de GEM, considerando todos os PLAMGEs já

real izados e os ainda por implementar;

2. Real izar um levantamento de campo com as prefeituras part ic ipantes

dos PLAMGEs já real izados a f im de veri f icar se foram implementadas

medidas de conservação de energia decorrentes da execução de tais

Planos.

- 124 -

Page 127: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

Área de Edif icações

1. Elaborar metodologia específ ica para apropriação de resultados

decorrentes das ações de Edif icações, considerando todos os convênios já

assinados e o Plano de Ação do Programa de Edif icações.

PEE/ GEF

1. Real izar um estudo visando estabelecer metodologias específ icas para

apropriação de resultados decorrentes dos subprogramas do PEE do

BIRD/GEF;

2. Real izar estudos para melhorar as metodologias de aval iação

existentes e identi f icar formas al ternat ivas de obtenção de dados

primários para subsidiar as metodologias de aval iação de resultados.

- 125 -

Page 128: Avaliacao Dos Resultados Do Procel 2004

VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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