avaliação do quantitativo de sementes dispersadas por pássaros nos arredores da fáb. do...
DESCRIPTION
O foco deste trabalho foi quantificar sementes dispersadas por pássaros nos arredores da Fábrica do Conhecimento em Paracambi, e mostrar a importância destes animais na regeneração natural das matas. Foram utilizados 3 poleiros artificiais a 5, 350 e 700 metros do Parque Natural Municipal do Curió, para conhecer a influencia da urbanização na quantidade de sementes dispersadas. As sementes coletadas foram quantificadas e separadas por morfoespécies por 3 meses em 2010. Foram encontradas 490 sementes de 14 morfoespécies. Os pássaros mais freqüentes: Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) e o Sanhaço-cinzento (Thraupis sayaca). De acordo com o Índice de Shannon-Wiener, o poleiro mais próximo do parque obteve a maior diversidade de sementes. O poleiro mais distante do parque obteve a menor diversidade. Estes resultados demonstraram a influência da urbanização na dispersão de sementes por pássaros.TRANSCRIPT
1
FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO (FAETEC)
INSTITUTO SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE PARACAMBI (IST)
CURSO DE TECNÓLOGO EM GESTÃO AMBIENTAL
AVALIAÇÃO DO QUANTITATIVO DE SEMENTES DISPERSADAS POR
PÁSSAROS NOS ARREDORES DA FÁBRICA DO CONHECIMENTO NA
CIDADE DE PARACAMBI – RJ
IONE DOS SANTOS OLIVEIRA
MARIA ANGELICA DE ANDRADE CORRÊA E CASTRO
Paracambi
Junho de 2011
2
FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO (FAETEC)
INSTITUTO SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE PARACAMBI (IST)
CURSO DE TECNÓLOGO EM GESTÃO AMBIENTAL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)
AVALIAÇÃO DO QUANTITATIVO DE SEMENTES DISPERSADAS POR
PÁSSAROS NOS ARREDORES DA FÁBRICA DO CONHECIMENTO NA
CIDADE DE PARACAMBI – RJ
IONE DOS SANTOS OLIVEIRA
MARIA ANGELICA DE ANDRADE CORRÊA E CASTRO
Trabalho de conclusão de
curso apresentado como requisito
parcial para obtenção de título de
Tecnólogo em Gestão Ambiental sob
a orientação do Prof. Dr. Daniel
Vazquez Figueiredo.
Paracambi
Junho de 2011
3
FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO (FAETEC)
INSTITUTO SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE PARACAMBI (IST)
CURSO DE TECNÓLOGO EM GESTÃO AMBIENTAL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)
AVALIAÇÃO DO QUANTITATIVO DE SEMENTES DISPERSADAS POR
PÁSSAROS NOS ARREDORES DA FÁBRICA DO CONHECIMENTO NA
CIDADE DE PARACAMBI – RJ
APROVADO EM 13/06/2011
Prof. Dr. Daniel Vazquez Figueiredo - IST - Paracambi
(Orientador)
Prof. Dr. Cléber Barreto Espindola – Universidade Severino Sombra
(Banca Examinadora)
Prof. Dr. Jadier de O. C. Júnior - IST - Paracambi
(Banca Examinadora)
Paracambi
Junho de 2011
4
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus por nos ter dado forças suficientes para superar os obstáculos
e alcançar mais esta vitória.
Ao Professor Doutor Cléber Barreto Espíndola pela idéia da elaboração deste
trabalho e ao Professor Doutor Daniel Vazquez Figueiredo por ter nos orientado.
Agradecemos também as nossas famílias, amigos, colegas de turma, professores e
todos aqueles que de alguma forma colaboraram com a elaboração deste trabalho.
5
SUMÁRIO
1. Introdução .................................................................................................................. 10
2. Revisão de Literatura ................................................................................................. 12
2.1. Paracambi ......................................................................................................... 12
2.2. Parque do Curió ............................................................................................... 12
2.3. Dispersão de sementes ..................................................................................... 13
2.4. Recuperação das áreas degradadas
.................................................................. 14
2.5. Importância dos poleiros na regeneração das florestas
.................................... 15
3. Objetivos ................................................................................................................... 16
3.1. Objetivo Geral .................................................................................................. 16
3.2. Objetivo Específico .......................................................................................... 16
4. Materiais e Métodos .................................................................................................. 17
5. Resultados e Discussão ............................................................................................. 21
6. Conclusões ................................................................................................................ 25
7. Referências Bibliográficas ........................................................................................ 26
8. Anexos ....................................................................................................................... 29
6
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. Localização dos pontos de instalação dos poleiros artificiais nos arredores
da Fábrica do Conhecimento, Paracambi-RJ. Imagem do Google Earth ...... 18
Figura 2. Local de instalação do poleiro 1. Cerca de 5 metros da Mata do Curió......... 18
Figura 3. Local de instalação do poleiro 2. Cerca de 350 metros da Mata do Curió .... 19
Figura 4. Local de instalação do poleiro 3. Cerca de 700 metros da Mata do Curió .... 19
Figura 5. Registro fotográfico do pouso de pássaros nos Poleiros. A: Sabiá-laranjeira
(Turdus rufiventris); B. Fotografia do Sanhaço-cinzento (Thraupis sayaca) 23
7
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1. Quantidade de sementes coletadas por poleiros e porcentagem sobre cada
morfoespécie encontrada ...............................................................................
21
Tabela 2. Resultados obtidos através da aplicação do Índice de Shannon-Wiener (H’)
na amostragem obtida em cada poleiro ......................................................... 22
8
RESUMO
A regeneração natural induzida consiste em induzir um determinado ecossistema a
reagir e se recompor. Isso acontece através da geração de pequenos núcleos que passam a
gerar conectividade entre si e se expandir. Como exemplo, pode se citar a implantação de
poleiros e abrigos naturais ou artificiais que atraiam pássaros e morcegos para uma
determinada região. Os animais fazem o transporte de sementes que germinam
espontaneamente no solo e iniciam o processo de regeneração florestal da área selecionada.
Este trabalho teve como foco principal quantificar as sementes dispersadas por pássaros
nos arredores da Fábrica do Conhecimento em Paracambi, com o intuito de mostrar a
importância destes animais na regeneração natural das matas. Para isto, foram utilizados
três poleiros artificiais com 5, 350 e 700 metros de distância do Parque Natural Municipal
do Curió (PNMC), sendo um em frente a Escola Villa Lobos, outro na saída da Fábrica do
Conhecimento e um na rua Capitão Achiles, respectivamente, a fim de se conhecer a
influencia da urbanização na quantidade de sementes dispersadas. As sementes coletadas
foram separadas por morfoespécies e quantificadas durante agosto a novembro de 2010.
Sendo assim, foram encontradas um total de 490 sementes de 14 morfoespécies diferentes.
No poleiro 1: 59 sementes de 7 morfoespécies; no poleiro 2: 422 sementes de 6
morfoespécies; no poleiro 3: 9 sementes de 5 morfoespécies. Os pássaros mais freqüentes
durante o período de realização do trabalho foram o Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) e
o Sanhaço-cinzento (Thraupis sayaca), sendo registrados através de fotografias. De acordo
com o Índice de Shannon-Wiener, no poleiro 1 foi obtida a maior diversidade de sementes
(Máxima diversidade = 0,8451). Este poleiro está mais próximo ao PNMC e sofreu menor
influencia da urbanização. A urbanização pode interferir no transito de pássaros
dispersores de sementes e isto pode ser observado no quantitativo e diversidade (Máxima
diversidade = 0,6990) de sementes encontradas no poleiro 3. A partir dos resultados
apresentados foi possível demonstrar a influência da urbanização no processo de dispersão
de sementes por pássaros.
PALAVRAS CHAVE: Poleiros artificiais, dispersão de sementes, regeneração natural
9
ABSTRACT
The induced natural regeneration consist on induce an ecosystem to react and
recover itself. It happens through the generation of small cores that start to generate
connectivity between themselves and expand. As an example may be mentioned the
deployment of perches and Natural or artificial shelters that attract birds and bats for a
given region. The animals carry seeds that germinate spontaneously in the soil and begin
the process of forest regeneration of the selected area. This job had as main focus quantify
the seeds dispersed by birds in the vicinity of the Fábrica do Conhecimento in Paracambi,
in order to show the importance of these animals in natural regeneration of forests. For this
purpose, were used three artificial perches with 5, 350 and 700 meters away from Parque
Natural Municipal do Curió (PNMC), one in front of Escola Villa Lobos, another at the
exit of the Fábrica do Conhecimento and one on the Capitão Achilles street, respectively,
in order to know the influence of urbanization on the the amount of dispersed seeds. The
collected seeds were separated by morphospecies and quantified during August to
November 2010. Therefore, have been found a total of 490 seeds of 14 different
morphospecies. On the perch 1: 59 seeds of 7 morphospecies; On the perch 2: 422 seeds of
6 morphospecies; On the perch 3: 9 seeds of 5 morphospecies. The most frequent birds
during the period of the study were the Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) and Sanhaço-
cinzento (Thraupis sayaca), recorded with photographs. According to the Shannon-Wiener
index, on the perch 1 was obtained the higher diversity of seeds (Maximum diversity =
0.8451). This perch is closest to PNMC and suffered minor influences of urbanization.
Urbanization can affect the transit of spreader birds and this can be observed in the
quantity and diversity (Maximum diversity = 0.6990) of seeds found in the perch 3. From
the results was possible to demonstrate the influence of urbanization in the process of seeds
dispersal by birds.
KEY WORDS: Artificials perches, seeds dispersion, natural regeneration
10
1. INTRODUÇÃO
Para o desenvolvimento da humanidade, há sempre a utilização de recursos
naturais. E, com o crescimento acelerado, o homem vem utilizando-se destes recursos de
forma desarmônica com a natureza, destruindo-a. É desta forma, que a Mata Atlântica foi e
tem sido devastada, para construção de cidades e para satisfazer as diversas necessidades
dos homens. O problema é que ao desmatar as florestas modifica-se toda sua estrutura
física e biológica, tanto pelas modificações estruturais, como por exemplo a fragmentação
ou retirada seletiva das plantas que lhes servem de alimento, tanto quanto pela total
descaracterização da área, causando uma drástica diminuição da fauna principalmente das
espécies frugívoras. Por isso, é importante promover a regeneração de mais habitats e fazer
corredores ecológicos para interação dos pássaros de fragmentos de diversas matas,
aumentando com isso a variabilidade genética e a estabilidade das diversas populações.
Segundo Guimarães (2006), a Mata Atlântica está reduzida a 7% de sua cobertura
florestal original, mas mesmo assim é um dos 34 biomas mais ricos do planeta. E algumas
partes desta, vem aos poucos se regenerando, pois, nestes locais, o homem já percebeu que
depende dos recursos naturais para sua própria sobrevivência e conforto, e vem procurando
conciliar bens e recursos, e de pouco em pouco vem se empenhando para evitar o
desmatamento, utilizando madeiras de reflorestamento para diminuir a degradação da mata
e aumentar sua regeneração. Uma das formas desta regeneração é a Regeneração Natural.
Esta pode ocorrer de forma totalmente alheia à participação do homem ou, pode se utilizar
técnicas de regeneração natural induzida que, além de inovadoras e econômicas, estas
trazem resultados ambientais superiores, uma vez que tendem a reproduzir de maneira
mais rápida e fiel a forma e a função dos ambientes originais (Embrapa Florestas, 2005),
além de propiciar uma maior diversidade.
Segundo Martins (2001), florestas com maior diversidade apresentam maior
capacidade de recuperação de possíveis distúrbios, melhor ciclagem de nutrientes, maior
atratividade à fauna, maior proteção ao solo de processos erosivos e maior resistência à
pragas e doenças. O único ponto contra a regeneração natural é que esta é uma forma de
regeneração florestal lenta e que propicia baixa diversidade biológica, no entanto, quando a
regeneração é induzida, pode-se aumentar a diversidade biológica. Deste modo, além da
utilização de métodos que incentivem a introdução de novas espécies no ambiente, deve-se
controlar as espécies invasoras, como algumas espécies de capim e trepadeiras, pois estas
11
podem atrapalhar no desenvolvimento das árvores e até mesmo nas sementes dispersadas
pelas aves (Martins, 2001).
Uma floresta que sofre algum tipo de dano passa por estágios sucessionais, que
correspondem à evolução da vegetação do local danificado de acordo com o passar do
tempo. As condições ecológicas modificam-se até que se tornem estáveis. Estes estágios
sucessionais estão divididos em: vegetação pioneira, secundária inicial, secundária tardia e
clímax. É importante o estabelecimento de espécies vegetais no estágio inicial (vegetação
pioneira e secundária inicial) para o desenvolvimento das espécies secundárias (secundária
tardia). As espécies do estágio inicial são mais rústicas e recuperam as condições de solo
para o desenvolvimento de espécies do estágio secundário, que propiciam o ambiente ideal
para a germinação das sementes de espécies climáticas, tolerantes a sombra nas fases
iniciais de desenvolvimento (Caldato et al., 1996).
Segundo Végas (2010), a regeneração natural induzida ou nucleação consiste em
induzir um determinado ecossistema a reagir e se recompor. Isso acontece através da
geração de pequenos núcleos que passam a gerar conectividade entre si e se expandir.
Como exemplo pode se citar a implantação de poleiros e abrigos naturais ou artificiais que
atraiam pássaros e morcegos para uma determinada região. Os animais fazem o transporte
de sementes que germinam espontaneamente no solo e iniciam o processo de regeneração
florestal da área selecionada.
12
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Paracambi
A cidade de Paracambi está localizada no estado do Rio de Janeiro a 75 km da
capital do estado e foi emancipada no ano de 1960. Está na divisa entre a Baixada
Fluminense e o Sul Fluminense, e fez parte do Ciclo do Vale do Café (Abreu, 20--?).
Segundo estimativas do IBGE 2010, a cidade possui 47.074 moradores e tem área
de 180 km². A cidade se desenvolveu após a construção da estrada de ferro e a instalação
da Fábrica Têxtil Brasil Industrial S.A.
A cidade fica a 50 metros de altitude, com verões quentes e chuvosos e invernos
frios e secos. Tem clima médio anual de 23ºC.
2.2. Parque do Curió
O Parque Natural Municipal do Curió situa-se no município de Paracambi e está
localizado entre as coordenadas geográficas 22036’39” S, 43
042’33” W e constitui o
principal corpo florestal do Município. Sua área está inserida no Domínio da Floresta
Atlântica e a formação predominante é de Floresta Ombrófila Densa Submontana. O
Parque foi criado através do Decreto Municipal nº 1.001 de 29 de Janeiro de 2002, definido
como Unidade de Proteção Integral. Segundo a WWF, este tipo de unidade representa que
“não podem ser habitadas pelo homem, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus
recursos naturais - em atividades como pesquisa científica e turismo ecológico, por
exemplo”. A área inicial do Parque era de 1.100 ha, entretanto, a Lei Municipal nº 921 de
30 de abril de 2009, alterou a área total para 913,96 ha (Paracambi, 2010).
O Parque Natural Municipal Curió faz divisa com as cidades de Mendes e
Engenheiro Paulo de Frontin e está localizado entre as Reservas Biológicas do Tinguá e
Bocaina (Paracambi, 2010).
No parque foram reconhecidas algumas cachoeiras como a Cachoeira no Rio dos
Macacos e a Cachoeira Bonjacá e também diversas nascentes e mananciais. E as espécies
vegetais das quais as mais comuns são: canelas (Nectandra sp. e Ocotea sp.), o angico
(Piptademia rígida), bignoniáceas dos gêneros Jacaranda, Tecoma e Tabebuia, o murici
(Vochysia tucanorum), o jacatirão (Miconia theaezans), o pau-de-candeia (Plathymenia
foliolosa) e o tapiá (Alchornea triplinervia), sendo também encontradas lianas, epífitas e
13
palmeiras, dentre muitas outras. Dentre as aves foram encontrados espécies endêmicas
como: maritacas Aratinga leucophtalmus e Pyrrhura frontalis, o periquito Forpus
xanthopterigius e o papagaio charão (Amazona pretrei), jacús (Penelope obscura), bicos de
lacre (Estrilda astrild), variadas espécies de beija-flor (Phaetornis sp), inhambuaçus
(Crypturellus obsoletus), trinca-ferros (Saltador maximus), o tié sangue (Ramphocelus
brasilius) e sanhaços (Thraupis sp) (Paracambi, 2010).
Praticamente não há moradores no Parque, apenas nas imediações, mas ocorrem
atividades dentro dele como visitações públicas e pesquisas científicas.
2.3. Dispersão de Sementes
Mutualismo é uma relação ecológica entre seres vivos de espécies diferentes
causando benefícios para ambos, é o que ocorre entre as aves e as plantas (Argel-de-
Oliveira, 2009). Com o mutualismo as aves têm proveito através da alimentação (dos
frutos, néctar, etc.) e abrigo (nas estruturas vegetais), e as plantas se beneficiam através da
reprodução (polinização), transporte (levando suas sementes e pólen) e proteção (as aves
podem se alimentar de insetos e outras pragas).
A endozoocoria (animais que distribuem as sementes das plantas digeridas por eles)
ocorre principalmente por aves frugívoras, que são aquelas que se alimentam somente da
polpa dos frutos, deixando as sementes intactas, diferentes dos granívoros que não comem
a polpa e comem as sementes destruindo-as e aproveitando seus nutrientes. Por isso, as
aves frugívoras são as mais importantes para a elaboração deste trabalho, pois são os
maiores dispersores de sementes, isso não quer dizer que as granívoras não dispersam
sementes, pois, ocasionalmente, podem engolir sementes inteiras.
As aves, assim como os morcegos, são os animais que mais dispersam sementes em
uma floresta, pela sua capacidade de ir mais distante, são mais rápidos que outros animais
e por serem maiores (do que insetos, por exemplo) têm capacidade de carregar mais
sementes. As de bico largo podem comer sementes maiores, algumas espécies voam para
longe dispersando sementes para outras regiões e algumas permanecem no mesmo
ambiente, sendo também importante para as espécies locais e endêmicas. (Argel-de-
Oliveira, 1998).
Cerca de 90% das plantas utilizam animais frugívoros na dispersão de suas
sementes (Ambiente Brasil, 20--?).
14
Segundo Argel-de-Oliveira (1998), as características dos frutos mais digeridos
pelas aves são os: imaturos com colorido verde e sabor ácido, partes comestíveis com
colorido forte no fruto maduro, fruto maduro sem cheiro e sementes protegidas por testa
dura, amarga ou tóxica.
As aves são importantes na dispersão de espécies pioneiras em áreas abertas tanto
dentro de florestas, como em regiões desmatadas pelo homem, aumentando a cobertura
vegetal (Argel-de-Oliveira, 1998) e possibilitando o desenvolvimento e perpetuação de
espécies vegetais que necessitam de mais umidade e sombra, dando início ao processo de
sucessão ecológica (Ambiente Brasil) e causando naturalmente melhorias no solo e na água
do local.
A dispersão de sementes por animais é uma atividade ecológica fundamental e
comum nas florestas tropicais do mundo todo. Este mecanismo ajuda a manter as florestas
vivas e ricas em ambientes que, muitas vezes, sofreram impactos pela presença do homem
(Souza, 2008).
2.4. Recuperação de áreas degradadas
O conceito de área degradada se dá pela exploração desordenada dos solos, aliada à
destruição da cobertura vegetal, intensificando a erosão e, consequentemente, a perda de
fertilidade dos mesmos (Almeida et al, 1998), exigindo que sua recuperação ocorra
somente com a intervenção humana.
As principais causas da degradação se dá pela agricultura, devido ao desmatamento,
ocupações para plantação, criação de gado em áreas indevidas, irrigação de plantações em
áreas de declínio de forma a acelerar o curso da água, etc. A abertura de estradas, além do
desmatamento, deve ser feito o corte de forma a controlar a drenagem de águas pluviais
evitando processos erosivos. E, a expansão das cidades que causam o desmatamento e,
consequentemente, o assoreamento de rios, a impermeabilização do solo, as poluições
diversas, dentre outros.
A recuperação de áreas degradadas tem por objetivo transformar a área degradada
em um local harmonizado com o meio ambiente, ou seja, de acordo com a finalidade dada
ao local, estar de acordo com a natureza.
A finalidade da recuperação se dá da seguinte forma: Restauração, associado à ideia
de reprodução das condições exatas do local, tais como eram antes de serem alteradas pela
intervenção; Recuperação, associado à ideia de que o local alterado seja trabalhado de
15
modo que as condições ambientais situem-se próximas às condições anteriores à
intervenção, ou seja, trata-se de devolver ao local o equilíbrio dos processos ambientais ali
atuantes anteriormente; Reabilitação, associado à ideia de que o local alterado deverá ser
destinado a uma dada forma de uso do solo, de acordo com projeto prévio e em condições
compatíveis com a ocupação circunvizinha, ou seja, trata-se de reaproveitar a área para
outra finalidade (Galli et al., 2000).
2.5. Importância dos poleiros na regeneração de florestas
Os poleiros artificiais podem ser utilizados como um dos primeiros passos para a
regeneração de uma área degradada. Esta regeneração é de forma natural induzida, ou seja,
o homem interfere somente na implantação dos poleiros e deixa que a natureza faça o
restante sozinha.
Os poleiros servem como ponto de descanso para os pássaros e também como um
corredor ecológico, fazendo com que estes passem mais vezes pelo local dispersando as
sementes que comem em matas próximas, aumentando o banco de sementes do local,
intuindo que este se regenere de forma parecida a anterior.
A grande vantagem desta técnica, quando comparada às técnicas tradicionais de
recobrimento vegetal, está no fato de que a composição da vegetação que cobrirá a área
será semelhante a das áreas adjacentes e também pelo seu baixo custo. E, como
desvantagem, está a lenta cobertura do local pela vegetação, a necessidade de uma fonte de
sementes próxima e da presença de dispersores de sementes no local (Griffith. et al, 2000).
Neste trabalho, a ideia da utilização dos poleiros artificiais foi para coletar as sementes
dispersadas pelos pássaros e verificar a influência destes nas áreas estudadas.
16
3. OBJETIVOS
3.1. OBJETIVO GERAL
Quantificar as sementes dispersadas por pássaros nos arredores da Fábrica do
Conhecimento em Paracambi.
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Instalar três poleiros nos arredores da Fábrica do Conhecimento;
Quantificar e separar as sementes coletadas por morfoespécies;
Verificar em qual ponto estudado ocorreu a maior quantidade e variedade de
sementes dispersadas.
Fotografar os principais pássaros dispersores nos pontos de estudo;
Avaliar a influência da urbanização no processo de dispersão de sementes por
pássaros.
17
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Para realizar este trabalho, foram construídos três poleiros utilizando os seguintes
materiais:
Bambu Verde (Bambusa vulgaris);
Tecido tipo TNT (Tecido Não Tecido)
Barbante
Folhagem do próprio Bambu Verde e de Palmeira Areca (Dypsis lutescens).
Com o Bambu Verde (Bambusa vulgaris) de aproximadamente seis centímetros de
diâmetro e três metros de altura, foram construídos dois pontos de pouso medindo um
centímetro de diâmetro e oitenta centímetros de comprimento, sendo que este fica
atravessado em forma de cruz no bambu central resultando em quarenta centímetros de
ponto de pouso para cada lado, e foi utilizado TNT (Tecido Não Tecido) medindo 80 cm²,
preso com barbante nas tiras de bambu com o mesmo tamanho dos pontos de pouso para
coletar os excrementos. Foi utilizada uma cobertura feita com a folhagem de bambu e folha
de palmeira. O tecido TNT utilizado como coletor ficou a uma distância do ponto de pouso
de cinquenta centímetros e do ponto de pouso para a cobertura ficou uma distância de
trinta centímetros.
A fim de atrair os pássaros dispersores de sementes foram utilizadas iscas com
frutas, tais como: banana, mamão, maçã, goiaba, laranja e manga, das quais foram retiradas
as sementes para que não houvesse erro amostral.
Os poleiros foram fincados no solo em aproximadamente cinquenta centímetros de
profundidade.
Foram construídos três poleiros, distribuídos no entorno da Fábrica do
Conhecimento (Figura 1). O poleiro 1 foi instalado a 5 metros da Mata do Curió em frente
a Escola de Música Villa Lobos (Figura 2); O poleiro 2 estava localizado no caminho da
entrada da fábrica a, aproximadamente, 150 m da entrada à esquerda e a 10 m do rio Ipê, e
a, aproximadamente, 350 m da mata do Parque do Curió (Figura 3); O poleiro 3 foi
instalado na rua Capitão Achiles nº 120 a, aproximadamente, 700 m da mata (Figura 4).
18
Figura 1. Localização dos pontos de instalação dos poleiros artificiais nos arredores da
Fábrica do Conhecimento, Paracambi RJ. Imagem do Google Earth.
Figura 2. Local de instalação do poleiro 1. Cerca de 5 metros da Mata do Curió.
19
Figura 3. Local de instalação do poleiro 2. Cerca de 350 metros da Mata do Curió.
Figura 4. Local de instalação do poleiro 3. Cerca de 700 metros da Mata do Curió.
As visitas, para observação dos pássaros e colocação das frutas nos poleiros, foram
realizadas de segunda-feira à sexta-feira no horário de 7:30 h às 9 h, com início no dia 18
de agosto até 24 de novembro de 2010. Foram realizadas capturas de imagens dos pássaros
com máquinas fotográficas nos modelos: Yashica EZ F9 Zoom, Kodak EasyShare ZD710
e fotografia por celular Sony Ericsson modelo E580i.
A instalação dos poleiros foi realizada no dia 18 de agosto de 2010 e a retirada em
24 de novembro do mesmo ano. As coletas das sementes foram realizadas nos dias:
17/09/2010, 24/09/2010, 01/10/2010, 25/10/2010 e 24/11/2010.
20
Para a separação das sementes coletadas foram utilizadas pinças e estas foram
armazenadas em caixas plásticas medindo 7,5 x 5,5 cm com 8 divisórias. Em cada divisão
foram colocadas as sementes de acordo com os dias de coleta.
No primeiro mês não foram constatadas muitas sementes, mas após este período
passamos a recolher sementes (que foram separadas de outros resíduos) que foram
guardadas em caixas plásticas. Foram três caixas, sendo uma para cada poleiro e cada
divisória correspondia a um dia de coleta de sementes. Estas sementes foram separadas,
contadas e anotadas de acordo com suas características.
Encontramos, no meio de alguns dejetos dos pássaros, restos de insetos, o que
indica que aves insetívoras estiveram ali para descanso ou eram aves onívoras (que têm
alimentação variada) que estiveram ali também para se alimentar das frutas. Estes pássaros
são tão importantes quanto as frugívoras na dispersão de sementes, pois o consumo de
frutas pode ser o mesmo de uma ave que só se alimenta de sementes. Ademais, são poucos
os pássaros que se alimentam unicamente de frutas.
Para a análise da diversidade de sementes obtida na amostragem dos poleiros foi
utilizado o Índice de Shannon-Wiener, calculado com o auxílio do programa estatístico
Biostat 5.0.
O Índice de Shannon-Wiener (H’) estima a diversidade de variáveis categóricas em
uma população, avaliando os aspectos da riqueza e eqüitabilidade, os quais dizem respeito
ao número de categorias da variável em questão e às proporções de cada uma destas,
respectivamente. A uma população com maior número de categorias que outra é atribuída
maior riqueza, e a uma população com mais homogeneidade nas proporções de suas
categorias é atribuída maior eqüitabilidade. O índice poderá ser efetuado para k amostras
(Ayres et al., 2007).
21
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com a metodologia empregada foi possível encontrar um total de 490 sementes,
sendo de 14 morfoespécies, sendo a Semente 01 a mais coletada com um total de 85,51%
do total de sementes (Tabela 1).
No poleiro 1 foram encontradas 59 sementes de 7 morfoespécies diferentes. No
poleiro 2 foram encontradas 422 sementes de 6 morfoespécies diferentes. A Semente 01
também foi encontrada no poleiro 1 e somou um quantitativo de 419, sendo a semente mais
frequente do trabalho. Ademais, as Sementes 10, 11 e 12 foram coletadas no poleiro 3,
somando 2, 20 e 8 sementes , respectivamente (tabela 1). No poleiro 3 foram encontradas 9
sementes de 5 morfoespécies, sendo a semente 13 a mais frequente.
Tabela 1 – Quantidade de sementes coletadas por poleiros e porcentagem sobre
cada morfoespécie encontrada.
Sementes* Poleiro 1 Poleiro 2 Poleiro 3 %
01 27 392 - 85,51
02 1 - - 0,20
03 1 - - 0,20
04 1 - - 0,20
05 20 - - 4,08
06 1 - - 0,20
07 8 - - 1,63
08 - 2 - 0,41
09 - 2 - 0,41
10 - 1 1 0,41
11 - 19 1 4,08
12 - 6 2 1,63
13 - - 4 0,82
14 - - 1 0,20
Total 59 422 9 100,00
* No anexo 1 estão as fotografias das sementes encontradas.
A partir dos resultados obtidos foi possível empregar o Índice de Shanon-Wiener a
fim de avaliar a diversidade de espécies encontrada em cada poleiro. O Índice de Shanon-
22
Wiener é completo, pois além de considerar o número de espécies, considera a proporção
de cada espécie em relação ao todo, normalizando os dados e diminuindo a probabilidade
de erros dos cálculos (Rodrigues, 2008).
A Tabela 2 mostra os resultados obtidos após a aplicação do Índice de Shannon-
Wiener (H’), na amostragem dos poleiros analisados no presente trabalho.
Tabela 2. Resultados obtidos através da aplicação do Índice de Shannon-Wiener (H’) na
amostragem obtida em cada poleiro.
Poleiro 1 Poleiro 2 Poleiro 3
Tamanho da Amostra 59 422 9
Número de Categorias 7 6 5
Índice de Shannon-Wiener 0.5523 0.1449 0.6198
Máxima diversidade 0.8451 0.7782 0.6990
Homogeneidade 0.6536 0.1862 0.8867
Heterogeneidade 0.3464 0.8138 0.1133
A amostragem do poleiro 1 resultou em H’ = 0.5523. Neste foi possível encontrar a
maior quantidade de morfoespécies (7) e consequentemente a maior diversidade (0.8451).
A diversidade de sementes encontrada no poleiro 3 foi menor que no poleiro 1. Entretanto,
a análise dos resultados resultou em H’ 0,6198, valor superior ao encontrado no poleiro 1.
Isto pode ser explicado devido a alta homogeneidade (0,8867) da amostragem do poleiro 3
(Tabela 2). O tamanho da amostra do poleiro 2 foi 422, contudo o índice de Shannon-
Wiener foi baixo, H’ 0,1449, pois a Semente 1 (Anexo 1) foi muito frequente e tornou a
homogeneidade amostral baixa (0,1862).
Todos os dias eram vistos pássaros nos poleiros, o que representa a frequência
destes no mesmo. Os pássaros mais vistos foram o Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) e o
Sanhaço-cinzento (Thraupis sayaca), o que representa que foram os principais dispersores
de sementes na área analisada. Como no poleiro 3 houve um número total de sementes
muito baixo, significa provavelmente a movimentação urbana afasta a presença destes
pássaros.
O Sanhaço-cinzento (Thraupis sayaca) vive em paisagens abertas com árvores e
arbustos, plantações tanto em campos ou área de cultivo. Costuma frequentar a parte baixa
da vegetação da borda da mata. Ocupa áreas urbanas, inclusive grandes centros, e é comum
em jardins e pomares (Terra da Gente, 2010).
23
O Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) é uma ave que convive bem com ambientes
modificados pelo homem, seja no campo ou na cidade, desde que tenha oportunidades de
encontrar abrigo e alimento. É uma ave de ambientes abertos, preferindo viver em bordas
de matas, pomares, capoeiras, entorno de estradas, praças e quintais, sempre por perto de
água abundante. É um pássaro territorial: demarca uma área geográfica quando está em
processo de reprodução e não aceita a presença de outros pássaros da espécie. (Wikiaves,
2011).
Figura 5. Registro fotográfico do pouso de pássaros nos poleiros. A: Sabiá-laranjeira
(Turdus rufiventris); B: Sanhaço-cinzento (Thraupis sayaca).
Sendo assim, é possível que as sementes encontradas no estudo não sejam oriundas
do Parque do Curió, mas sejam provenientes da vegetação presente nos arredores da
Fábrica do Conhecimento.
A facilidade de alimentos e abrigo, que o homem disponibiliza aos pássaros, pode
ser um dos motivos da urbanização destes animais. Segundo Azevedo (1995), no estudo
realizado na Universidade Federal de Santa Catarina, tanto o Sabiá laranjeira como o
Sanhaço-cinzento são comuns em diversos ambientes, como no pomar do departamento de
botânica, em áreas abertas ajardinadas e áreas arborizadas do Campus estudado.
Nos poleiros 1 e 2 houveram algumas intervenções. No poleiro 1 foi constatado a
invasão de micos e no poleiro 2 invasão de gambás, este fato ocorreu devido as frutas
colocadas como chamariz aos pássaros, que também atraíram estes animais, ocorrendo
quebra do ponto de pouso e da base onde era prendido o TNT, com isso, foi necessário a
colocação de frutas com mais frequência nos poleiros. Este evento foi relatado por pessoas
que viram o ocorrido. No poleiro 2, também havia carrapichos na parte de baixo do TNT
provavelmente de um gambá que tentava ter acesso aos frutos.
A B
24
Por causa do acesso de animais este estudo pode ter alguma margem de erro,
principalmente quanto ao número de sementes coletadas, pois estes invasores podem ter
feito cair algumas sementes que estavam no coletor ou espantado alguns pássaros.
Através destes dados, concluímos sobre a importância da preservação dos pássaros
que fazem a dispersão de sementes, gerando assim o aumento da vegetação, colaborando
na regeneração natural.
Nos estudos de Griffith et al. (2000), foram instalados poleiros artificiais por um
período de seis meses em uma área recém desmatada utilizada para plantio comercial de
Eucaliptus camaldulensis Denhn. e uma mata ciliar alterada. Nos poleiros foram coletadas
um grande número de sementes, provavelmente porque os poleiros aumentaram a
complexidade do local do estudo. A diferença no estudo de Griffith et al. (2000) para este
em questão, é o bioma e o tempo de realização do estudo.
De acordo com a Lei nº 9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidade
de Conservação da Natureza – SNUC, corredores ecológicos são porções de ecossistemas
naturais ou seminaturais, ligando unidades de conservação, que possibilitam entre elas o
fluxo de genes e o movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a
recolonização de áreas degradadas, bem como a manutenção de populações que demandam
para sua sobrevivência áreas com extensão maior do que aquela das unidades individuais.
Os poleiros artificiais podem ser utilizados como elo entre fragmentos de mata,
sendo, inicialmente, utilizados por pássaros que se deslocarão de um fragmento ao outro
utilizando os poleiros como ponto de pouso e dispersando sementes que resultará em um
corredor ecológico, possibilitando que outras espécies animais voltem a habitar outros
fragmentos, inclusive próximo a áreas urbanas. Segundo Dias (2008), poleiros artificiais
funcionam como corredores e trampolins ecológicos dentro de uma nova perspectiva de
manejo ambiental das paisagens, sendo uma estrutura auxiliar e catalisadora na
recuperação de áreas, sendo significativo o aumento no aporte de diásporos zoocóricos.
25
6. CONCLUSÕES
Foram instalados 3 poleiros, um a 5, outro a 350 e um último há 700 metros da
Mata do Curió;
Foram encontradas um total de 490 sementes, sendo de 14 morfoespécies
diferentes;
Segundo o Índice de Shannon-Wiener, os seguintes resultados foram obtidos:
poleiro 1, maior diversidade; poleiro 2, maior heterogeneidade; e poleiro 3,
maior homogeneidade amostral;
Os principais dispersores de sementes foram o Sabiá (Turdus rufiventris) e o
Sanhaço (Thraupis sayaca), pois foram os pássaros avistados e fotografados com
maior frequência;
O desmatamento obriga os pássaros a irem para as cidades onde encontram
maior facilidade de alimentos e abrigo que o homem disponibiliza. Este pode ser
um dos motivos da urbanização destes animais.
26
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU, Antonio I. C. A rica história de Paracambi. 20--?. Disponível em:
<www.portalparacambi.com/cidade.htm>. Acesso em: 20 ago. 2010.
ALMEIDA, D.L. de; ARONOVICH, S.; CAMARGO FILHO, S.T.; CARVALHO, S.R.
de; DIAS, P.F.; FRANCO, A.A. Recuperação de Áreas Degradadas do Estado do Rio
de Janeiro. Seropédica: Embrapa Agrobiologia. 1998. (Embrapa-CNPAB. Documentos,
76). Disponível em: <www.cnpab.embrapa.br/publicacoes download/doc076>. Acesso em:
19 abr. 2011.
AMBIENTE BRASIL. Dispersão de Sementes e a Fertilização das Florestas. 20--?.
Disponível em: <http://ambientes.ambientebrasil.com.br/natural/artigos/
dispersao_de_sementes_e_a_fertilizacao_das_florestas.html >. Acesso: 20 jul. 2010.
ARGEL-DE-OLIVEIRA, Maria M. Aves que plantam: Frugivoria e dispersão de
sementes por aves. Bolm CEO, (13): 9-23. 1998. Disponível em:
<www.marthaargel.com.br/ornitologia/frugivoria.htm>. Acesso: 20 jul. 2010.
AYRES, M; AYRES JR, M; AYRES, D. L; SANTOS, A. A. S. Aplicações estatísticas
nas áreas das ciências biomédicas. Belém-PA. 2007
AZEVEDO, Tânia R. Estudo da avifauna do campus da Universidade Federal de
Santa Catarina (Florianópolis). Florianópolis. 1995. Disponível em:
<www.biotemas.ufsc.br/volumes/pdf/restaurados/8_2/7-35.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2011.
BRASIL. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II,
III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação
da Natureza e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do
Brasil. Brasília, 18 jul. 2000. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9985.htm>. Acesso em: 11 mai. 2011.
27
CALDATO, L. C.; CROCE, D. M.; FLOSS, P. A.; LONGHI, S. J. Estudo da
regeneração natural, banco de sementes e chuva de sementes na reserva genética
florestal de Caçador, SC. 1996. Santa Maria. Ciência Florestal. V.6. n.1, p.27-38.
Disponível em: <www.ufsm.br-cienciaflorestal-artigos-v6n1-art4v6n1.pdf>. Acesso em:
02 jun. 2010.
DIAS, Cristiano R. Poleiros artificiais como catalisadores na recuperação florestal.
Seropédica. UFRRJ. 2008. Disponível em:
<www.if.urffj.br/inst/monografia/cristiano_roberto_dias.pdf>. Acesso em: 11 mai. 2011.
EMBRAPA FLORESTAS. Regeneração natural é utilizada para recuperar áreas de
preservação e reservas legais. 2005. Disponível em:
<www.embrapa.br/imprensa/noticias/2005/setembro/foldernoticia.2005-08-15.8960961186
/noticia.2005-09-21.0037652767/>. Acesso em: 02 jun. 2010
GALLI, L F; GONÇALVES, J C; NOFFS, P S. Recuperação de Áreas Degradadas
da Mata Atlântica. São Paulo. Série Recuperação. Caderno nº 03. 2000. CESP.
Disponível em: <www.em.ufop.br/ceamb/petamb/cariboost_files/
rec_20areas_20mata_20atlantica.pdf>. Acesso em: 19 abr. 2011.
GRIFFITH, J. J.; GUEDES, M. C.; JÚNIOR, P. M.; MELO, V. A.; OZÓRIO, T. F.;
SILVA, E.; SOUZA, A. L. Efeito de poleiros artificiais na dispersão de sementes por
aves. Viçosa-MG. Revista Árvore, v.24, n.3, p.235-240,2000. 2000. Disponível em:
<books.google.com.br/books?id=bTqaAAAAIAAJ&pg=PA236&dq=semente+aves&hl=pt
-BR&ei=3WI4TO2rK4T6lwfF-KHVBw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=
6&ved =0CEcQ6AEwBTgK#v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 10 jul. 2010.
GUIMARÃES, André L. Plantadores de florestas podem beneficiar a Mata Atlântica –
Empresas e ambientalistas integram esforços para a conservação e os negócios.
Revista Opiniões. Instituto BioAtlântica. 2006. Disponível em:
<http://www.bioatlantica.org.br/Plantadores%20de%20florestas%20podem%20beneficiar
%20a%20Mata%20Atlantica.pdf>. Acesso em: 02 jun. 2010.
28
IBGE Cidades. 2010. Disponível em: <www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1>.
Acesso em: 10 jan. 2011.
MARTINS, Sebastião V. Recuperação de matas ciliares. Viçosa – MG. Editora Aprenda
Fácil. 2001. Disponível em: <www.arvoresbrasil.com.br/
?pg=reflorestamento_mata_ciliar_tecnicas>. Acesso em: 02 jun. 2010.
Paracambi (RJ). Prefeitura. Plano de Manejo do Parque Natural Curió de Paracambi.
Paracambi. Rio de Janeiro: Prefeitura de Paracambi. 2010. Volume 1. Pág. 44.
Paracambi (RJ). Prefeitura. Plano de Manejo do Parque Natural Curió de Paracambi.
Paracambi. Rio de Janeiro: Prefeitura de Paracambi. 2010. Volume 2. Pág. 270.
RODRIGUES, William C. Apostila de Estatística aplicada. 6ª edição. Pag. 49. 2008.
SILVEIRA, Alex. Proteção Integral. Disponível em: <www.wwf.org.br/
informacoes/questoes_ambientais/unid/protint/>. Acesso em: 20 ago. 2010.
SOUZA, Luciane L. Importância da dispersão de sementes por animais na Amazônia.
Tefé – AM. Universidade do Estado do Amazônas. 2008. Disponível em:
<http://www.canalciencia.ibict.br/pesquisas/pesquisa.php?ref_pesquisa=90>. Acesso em:
18 out. 2010.
TERRA DA GENTE. Sanhaço-cinzento. Disponível em:
<http://eptv.globo.com/terradagente/0,0,2,116;4,sanhaco-cinzento.aspx>. 2010. Acesso
em: 20 abr. 2011.
VÉGAS, Cintia. Técnica de nucleação recupera meio ambiente. SOBRADE –
Sociedade Brasileira de Recuperação de Áreas Degradadas. 2010. Disponível em:
<www.sobrade.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=27&Itemid=37>.
Acesso em: 23 mar. 2011.
WIKIAVES. Sabiá-laranjeira. 2011. Disponível em: <www.wikiaves.com.br/sabia-
laranjeira>. Acesso em: 20 abr. 2011.
29
8. ANEXOS
Semente 1 Semente 2
Semente 3 Semente 4
Semente 5 Semente 6
1 cm
30
Semente 7 Semente 8
Semente 9 Semente 10
Semente 11 Semente 12
31
Semente 13 Semente 14