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Avaliação do portifólio: uma proposta de avaliação inclusiva1
Solange Khauam Colaço Maricatto2
[email protected] Maria Irene Pellegrino de Oliveira Souza3
Resumo: O presente artigo é um relato de uma pesquisa-ação cujo objetivo era pesquisar uma proposta de avaliação inclusiva nas aulas de arte a partir do portifólio realizada na escola Colégio Estadual Professor Malvino de Oliveira no ano de 2009. Adotando como referencial teórico Hernández, Buoro, Grace, Cathy & Elizabeth Shores, Chiovatto, Kincheloe, Gadotti e Lorrosa, entre outros, propõe o portifólio como uma modalidade de avaliação (e ao mesmo tempo instrumento de coleta de dados), que considera o outro e percebe como este pensa e constrói as relações de aprendizagem em que os estudantes co-responsáveis pelos resultados obtidos. Conclui que é possível utilizar a avaliação tanto como instrumento de aprimoramento docente, como contribuição na formação do cidadão consciente e, consequentemente, na melhoria da escola.
Palavras-chave: avaliação; ação docente; portifólio.
Abstract: The present article is a relate from a action-survey whose scope was to research a proposal of inclusion in the art class from portfolio carried out in Colégio Estadual Professor Malvino de Oliveira in the year of 2009. Adapting as theorical reference from Hernàndez, Buoro, Grace, Cathy & Elizabeth Shores, Chiovatto, Kincheloe, Gadotti e Lorrosa, among others and proposes a portfolio as an avaliation modality( and at the same time be a way of datum collect) that consider the other( the fellow) and perceive how ther once thinks and build up the relation of learning in which the students are co-responsible for obtained resuets. It concluded tha's possible to make use of avaluation litter as an instrument of teaching improving or as a contribution in the conscious citizen development and, consequently, in the improvemait of the school.
Key-words: avaluation; work teacher; portfolio
Introdução
Pisar o chão da escola há anos ministrando a disciplina de arte
levou-me a buscar apoio em relação à avaliação, pois percebi que sempre
ficava com a sensação de ter sido injusta com algum aluno, por mais que
esclarecesse sobre os critérios adotados. Foi a partir dessa observação em
sala de aula, que decidi pela proposta de avaliação por portfólio, visando
1 O presente artigo é conclusão, ou melhor, é uma reflexão sobre o projeto de intervenção na escola, parte obrigatória do Programa de Desenvolvimento Educacional. 2 Professora PDE do ano de 2008, atuante no município de Porecatu.3 Professora do Departamento de Arte Visual da UEL e orientadora deste projeto.
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responder a essas e a outras questões. Vale lembrar que minha participação
no PDE4 foi decisiva para a elaboração da presente proposta de avaliação
inclusiva.
Durante o primeiro semestre do ano de 2009 pude experimentar e
aprofundar esta prática, através de um convite a reflexões, buscando uma nova
estratégia de avaliação.
Fundamentos teórico–metodológicos do ensino de Arte
As diferentes formas de pensar a Arte e seu ensino são frutos das
relações socioculturais, econômicas e políticas. É preciso que o ensino de arte
reflita sobre a finalidade da educação e por isso, os objetivos, os conteúdos e a
metodologia adotada deve contribuir para a ampliação da diversidade de
pensamento e a vivência com a criação artística. Não é por acaso que o
conhecimento estético se relaciona com objeto artístico e constitui um processo
de reflexão nos diferentes momentos históricos e a formação social em que se
manifesta.
O conhecimento da produção artística está relacionado aos
processos do fazer e da criação. Além disso, tal conhecimento considera o
artista no processo de criação das obras, as condições que subsidiam a
produção, o saber científico e o nível técnico alcançado, a maneira como a
obra é disponibilizada ao público.
O objeto artístico torna possível o conhecimento da realidade do
indivíduo criador quanto ao contexto histórico e social em que este vive e cria
suas obras. A arte pode revelar aspectos do real em relação a individualidade
humana. É preciso esclarecer que a existência humana é objeto específico da
arte.
Podemos dizer que a arte é uma forma sensível que revela a
visão de mundo construída pela percepção do artista. A arte é um
conhecimento de um aspecto específico da realidade do homem como ser vivo
e concreto, com idéias e concepção de mundo.
4 Programa de Desenvolvimento Educacional voltado para os professores da Rede Pública Estadual do Paraná cujo objetivo é a formação continuada visando a melhoria da escola.
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O Ensino de Arte e as imagens
Em todo processo de aprendizagem o professor tem se esforçado
em buscar o que desperta a atenção nos estudantes e este desafio está em
trabalhar concepções que possibilitem uma aprendizagem significativa.
Para Arnheim (1980, p.195) o pensamento visual é indivisível,
assim, a visão inteligente não pode se limitar ao atelier de arte, que isola e cria
uma distância da realidade, mas ao contrário, tal visão necessita da
experiência cotidiana atenta e crítica.
Nas funções cognitivas existem a organização e invenção visual
que resultam da percepção sensória do mundo exterior na elaboração da
experiência do pensamento visual e intelectivo, e o educador deve estar apto a
observar a mente pensante e perceptiva nas aspirações, paixões e temores do
ser humano total.
O conhecimento deve ter como base todo processo educativo do
jovem, buscando no estudo o que vai de encontro aos seus anseios, desde que
se considere a noção de arte em sua complexidade, na multiplicidade de níveis
de significado sempre renováveis.
Para Ostrower (1996, p.23) a complexidade é uma qualidade
essencial que caracteriza certos fenômenos da arte e toda esta estrutura faz
com que o seu estudo tenha relevância e qualidade.
É fato extraordinário que as mensagens visuais possam ser
legíveis e ter sentido para nós e que elas se articulam através de elementos
formais e que não é necessária a erudição para uma obra ser entendida e sim
a sensibilidade. Nisto a atividade estética tem o poder de reunir o que está
disperso, arrumar e criar uma composição, e o primeiro motor da criação é a
imagem visual.
Os recursos ou procedimentos criativos são meios de
concretização da obra, são formas de ação que envolvem a manipulação e a
transformação da matéria. Por isso, o desenvolvimento da criatividade e do
senso estético é, e será cada vez mais, um requisito importante para se
ingressar, permanecer e ter sucesso no novo mundo do trabalho.
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E no trabalho educacional o senso estético é uma maneira
permanentemente válida de apreender o mundo e atuar sobre ele, através de
atividade dotada de sentido. Isto é, especialmente válido quando consideramos
como objetivo da educação a realização das potencialidades do ser humano e
a sua preparação para a cidadania e o trabalho.
O ensino pelas imagens propõe pessoas que sejam criativas, que
raciocinem e resolvam problemas e, sobretudo, que sejam capazes de auto
determinar-se assumindo responsabilidades e correndo riscos, criando seu
próprio futuro.
A leitura pressupõe um olhar construtor de significação e o aluno
é levado a interpretar, a fazer associações, a partir da maneira como a arte se
faz e se mostra a ele.
O estudo das obras de arte pode levar a conhecer também o
contexto histórico no qual elas estão inseridas, muito embora, a obra de arte
não tenha prazo de validade e sua complexidade permita conhecer o homem
ainda que esteja distante de seu tempo.
O pensamento visual e verbal são necessários para a
interpretação de obras, pois a apropriação de imagens da arte é uma prática
familiar na arte contemporânea. Segundo Parsons (1999) a visão
contemporânea é a de que pode haver muitas formas significativas de
interpretação de uma obra de arte. Para esse autor isso é possível,
Desde que há diferentes contextos que podem ser relevantes para um trabalho, pode haver muitas interpretações dele e elas não necessariamente excluem-se umas às outras. Um espectador pode achar cada uma dessas interpretações razoável porque cada uma delas pode ser justificada em relação a um contexto diferente. Mesmo não enfatizando que os próprios contextos têm de ser reconstruídos pelos espectadores, há espaço considerável para diferentes e bem fundadas interpretações. (PARSONS, 1999, p. 9)
A compreensão da Arte reflete a sociedade contemporânea:
complexa, exigente, atenciosa, carregada de emoção e sensível. E as obras de
arte encarnam interesses comuns, unem diversos pensamentos, relacionam
contextos e são suscetíveis a várias interpretações. E o estudo da arte
promove entendimento de uma sociedade pluralista com diferentes histórias e
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valores. E a tarefa do ensino da arte é o de investigar os meios pelos quais os
estudantes encontram significados em obras de arte, como relacionam as
múltiplas interpretações sobre elas.
Frange (2003, p.38) assegura que na contemporaneidade,
precisamos de aportes filosóficos, estéticos, antropológicos, sociológicos,
culturais e contextuais para que possamos penetrar nas imagens. Esta
complexidade fascina ao despertar para suas múltiplas significações, unidos os
discursos visuais e verbais de um mesmo artista ou de outros artistas. A obra
de um artista contém toda a história da Arte, pois traz junto toda a vivência
construída, incessantemente. A autora diz ainda que a Arte na
contemporaneidade está ancorada muito mais em dúvidas, do que em
certezas, desafia levanta hipóteses e antíteses, em vez de confirmar teses.
As transformações nas concepções que têm orientado o ensino
de Arte enfrentam o desafio de refletir sobre seus processos e noções
contemporâneas. Conforme Tourinho (2003, p.33) o Ensino da Arte não está
em busca de soluções, e sim em busca de provocações e a avaliação no
ensino da Arte é uma provocação que deve nos atrair.
Uma das funções da Arte na escola é expressar o modo de ver o
mundo nas linguagens artísticas dando forma e colorido. E por isso, quando se
compreende o contexto dos materiais utilizados, as propostas e a pesquisa dos
artistas é também uma forma de se pensar sobre a Arte, refletir sobre o olhar.
No questionamento de Pillar (2003, p.73), ver é atribuir significado
e o significado está relacionado ao sentido que se dá à situação, às relações
que estabelecemos entre as nossas experiências e o que estamos vendo. O
sentido vai ser completado pelo contexto e pelas informações que o leitor
possui, e o que é descrito contribui para a interpretação que o leitor conferiu,
em um determinado momento e lugar.
Para Pillar (2003, p.75) a imagem é, hoje, um componente central
da comunicação. Com a multiplicação, ampla difusão e sua repetição infinita,
estes dispositivos fazem com que, por intermédio de sua materialidade, uma
imagem prolongue sua existência no tempo. Por isso, nas leituras das imagens
a diversidade de significados, o contexto, as informações, as vivências dão
sentido para cada imagem. É preciso apreciá-la na diversidade de sentidos.
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O olhar de cada um está impregnado com experiências
anteriores, associações, lembranças, fantasias e interpretações. O que se vê
não é o dado real, mas aquilo que se consegue captar e interpretar, acerca do
visto e do que nos é significativo. (PILLAR, 2006)
Os professores de arte necessitam aprofundar seus
conhecimentos, organizar materiais visando favorecer o conhecimento em
Artes Visuais, pois, há um percurso que engloba a análise, a informação
histórica e a contextualização, propriamente dita.
Espera-se que o ensino de arte dê conta de habilitar o aluno a
produzir uma imagem e ser capaz de ler uma imagem e seu contexto, pois
estas habilidades estão inter-relacionadas, o desenvolvimento de uma ajuda no
desenvolvimento da outra.
Ana Mae Barbosa (2003, p.17-20) ressalta que o sentido da Arte
mudou e que ela pode ser percebida pelos professores, no compromisso com a
cultura e com a história, na ênfase entre o fazer, a leitura de obra de Arte e a
contextualização histórica, social, antropológica e estética da obra. Assim,
desenvolver a percepção e a imaginação, apreender a realidade do meio
ambiente, desenvolver a capacidade crítica, analisar a realidade e desenvolver
a criatividade são atributos do ensino de arte.
Ainda, a vivência com a arte permite desenvolver qualidades
como a elaboração e a flexibilidade, a seleção, reelaboração a partir do
conhecido e a modificação de acordo com o contexto. Questionar o que a obra
nos diz, aqui e agora em nosso contexto. Interagir com diferentes culturas e
reconhecer que a imagem é de fundamental importância, não só para o
desenvolvimento da subjetividade, mas também para o desenvolvimento
profissional.
Tourinho (2003, p.33) comenta que a perspectiva relacional e
contextual do ensino da Arte poderia reativar uma teorização sobre a
importância das diferenças individuais, fator que a escola pública é bastante
presente, mas que muitas vezes não é considerado.
Conforme Ostrower (1998, p.26), a Arte representa um caminho
de conhecimento da realidade humana e hoje em dia os campos de
conhecimento se ramificam de tal modo, tornando-se tão vastos e tão
especializados, que é praticamente impossível ter-se noção de uma coerência
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espiritual em nossa época, coerência esta que se estenderia das formas de
raciocínio às formas de sensibilidade, abrangendo ciência e arte.
Pode-se dizer que Arte é a linguagem natural da humanidade, que
representa uma via de acesso a este mundo interior, de sentimentos, reflexões
e valores de vida, a única maneira de expressá-los é também comunicá-los aos
outros.
A Arte é uma necessidade de nosso ser, tanto espiritual quanto
físico. Está presente em todas as culturas na história da humanidade, desde os
tempos mais remotos até os tempos presentes. Refere-se à própria condição
humana e certos questionamentos sobre a realidade de nosso viver. Ela
sempre formula uma visão de mundo e tem uma linguagem própria que é
expressiva em si, como as cores, linhas e formas.
Toda criação na Arte envolve um processo de transformação,
essencialmente dinâmico e flexível. A cada nova linha, a cada cor, o contexto
se altera e os seus significados também. A natureza intuitiva passa a se
desenvolver quando se inicia a execução de uma obra, pois, surgem as
associações, possibilidades, imaginação, empatia, reunindo o consciente e o
inconsciente, tudo que a pessoa sabe e o que sente, o que ela é, integrando
tudo em sua personalidade. Assim, todos os processos criativos se originam
em uma intensa inquietação pessoal, uma plenitude que procura rumos e
ordenações para expressar-se.
A aprendizagem do olhar
Segundo Martins (2006) nossas escolhas e nosso modo de
provocar experiência são os responsáveis por nos mover para olhar aquilo que
antes não víamos, ou ainda, para nos pasmar, nos assombrar.
Para Vergara (s.d.), a idéia de experiência estética está
intimamente ligada à construção da consciência do olhar, como uma
experiência da consciência ativa. Uma experiência, um caminho que leve a
pensar na vida, a linguagem da arte, provocando leitores de signos.
Os objetos como obra de arte deixam de ter valor pela excessiva
valorização da pintura por nossa cultura, mesmo assim é preciso apresentar
obras contemporâneas através de objetos do cotidiano e coleções pessoais de
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miniaturas. Essa é uma tarefa para o professor como curador, pois, ao
adentrar a sala de aula e levarmos junto as imagens, somos semelhantes aos
curadores e cabe a nós sermos os mediadores entre estas e nossos alunos.
Para Parsons (1999), o estudo da arte promove em sua mais alta
sofisticação, o tipo de entendimento exigido por uma sociedade pluralista, na
qual grupos podem coexistir com diferentes histórias, valores e pontos de vista.
Tiburi (s.d.) complementa que para ver, olhar, é preciso pensar, e
com essa questão torna-se cada vez mais fundamental a excelência de seu
exercício no mundo das artes.
Finalidade da avaliação
As avaliações no cotidiano não se diferenciam entre intenção e
resultado, pois ambos têm como objetivo ensinar e o indivíduo, antes mesmo
de nascer, já passa por avaliações. Algo tão comum em nossas vidas deveria
ser tratado com maior clareza, entretanto, não é o que acontece,
principalmente quando o assunto é avaliação na disciplina de arte.
A avaliação deve contribuir para um futuro social qualificado para
o professor e a escola. Enquanto um projeto intencional e planejado como
referência para uma aprendizagem continuada na sala de aula deve apresentar
critérios definidos e estratégias claras, a fim de poder organizar o trabalho
docente.
Espera-se que os critérios sejam definidos pela intenção, pois
articulam as etapas da ação pedagógica. Os instrumentos de avaliação devem
ser pensados de acordo com o que se oferece para avaliar os critérios
estabelecidos.
Investigar para intervir, eis a avaliação do processo de ensino e
aprendizagem, e, devido a isto, a clareza dos critérios de avaliação, os
encaminhamentos metodológicos e a seleção de conteúdos fornecem
oportunidade de expressar conhecimento acerca do desenvolvimento do aluno.
É preciso refletir sobre a prática pedagógica da avaliação, para
que esta promova um salto de qualidade no ensino, pois o acesso ao
conhecimento é um benefício social, ao qual todos têm direito e é a razão de
ser da escola.
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A avaliação é feita para compararmos o lugar que o aluno ocupa
no momento e o lugar onde deveria estar, pois só podemos mudar o que bem
conhecemos, e com tal diagnóstico estabelecer estratégias que nos
encaminhem para uma situação mais favorável. Com isso é possível valorizar a
diversidade de conhecimentos e o processo de sua construção e socialização.
Na modalidade formativa a avaliação serve para o professor
reorientar suas práticas para que o aluno compreenda sua aprendizagem.
Avaliar para localizar a necessidade do aluno e para atender a superação e
desenvolver sua capacidade de aprender, de garantir o acesso ao
conhecimento, de promover e de incluir o aluno e acima de tudo, para
aprimorar a prática docente.
A avaliação deve ser contínua e por isso a importância de avaliar
um processo e não um produto, verificando os vários estágios de
desenvolvimento dos alunos.
O que se espera de uma avaliação transformadora é que seus
resultados façam parte de um diagnóstico, e que dessa análise da realidade
sejam tomadas decisões para superar problemas.
A concepção de avaliação para a disciplina de Arte, presente nas
Diretrizes Curriculares para a Educação Básica é diagnóstica e processual,
pois pertence a todos os momentos da prática pedagógica. A avaliação
processual deve incluir formas de avaliação de aprendizagem do ensino, como
a auto-avaliação dos alunos, por exemplo.
De acordo com a LDB (n.9.394/96, art.24,inciso V) “a avaliação é
contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre
os de eventuais provas finais”.
A avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de
medição da apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens
socialmente significativas para o aluno.
Nas Diretrizes Curriculares estaduais para a Educação Básica a
avaliação está presente como importante instrumento para a reflexão da prática
pedagógica, pois possibilita uma abordagem formadora em que a
aprendizagem é o fim desse processo. As decisões que são tomadas permitem
no processo educativo o acesso ao conhecimento. Com isso, a escola fica mais
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próxima da comunidade e dos alunos e contribui para a compreensão de suas
dificuldades.
Desse modo, a ação pedagógica pode contribuir para a formação
de sujeitos que se apropriam do conhecimento para compreender as relações
humanas.
O método de avaliação proposta nessas Diretrizes inclui
observação e registro do processo de aprendizagem, com avanços e
dificuldades percebidos na apropriação do conhecimento pelos alunos. Assim,
o aluno deve elaborar seus registros de forma sistematizada com
oportunidades para refletir e discutir sua produção e a dos colegas, que é uma
forma de socializar o conhecimento adquirido.
Avaliação através do portfólio
A partir da observação em sala de aula, sobre a dificuldade em se
avaliar de maneira justa, eqüitativa, a proposta de avaliação por portfólio, vem
responder a essas questões.
Conforme Alvarenga e Araújo (2006) relatam, os portifólios
documentam o desenvolvimento e as habilidades do indivíduo, pois na sua
construção está caracterizado o processo que envolve auto-reflexão do aluno e
o induz à auto-avaliação.
Para Haip e Hurnsker (1997, p. 227), o portfólio é como uma
coletânea de trabalhos, que demonstram o crescimento, as crenças, as
atitudes e o processo de aprendizagem de um aluno, como reflexões sobre os
temas importantes tratados em sala de aula, conteúdos em evidência, relatório,
síntese de discussões, produções escritas e gravadas que devem ser a base
para a avaliação contínua e evolutiva do progresso dos alunos em relação ao
aprendizado.
Este trabalho por portfólio convida o aluno a contar a história do
seu trabalho, força-o a questionar-se, e a base da educação é ensinar o aluno
a pensar a partir da capacidade de síntese de informação, a partir da análise e
avaliação. Outro aspecto que se destaca é o elemento sócio-emocional de
reflexão, melhora a auto-estima, do auto conceito positivo, da auto confiança,
quando os estudantes percebem o progresso.
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Para Alvarenga e Araújo (2006) avaliar por portfólio demanda
tempo, paciência e prática. Decisões sobre quais trabalhos são informativos ou
quais objetivos são mais importantes para documentar, requerem certa
aprendizagem por parte do professor e do aluno.
Pilloto e Mognol (2007) afirmam que estamos em uma geração de
avaliação cuja principal característica é a negociação e o consenso é buscado
entre pessoas com diferentes valores, respeitando-se os dissensos
identificados, num processo interativo e negociado. As autoras referem-se às
pesquisas internacionais, na área, que enfatizam a importância da avaliação
formadora, na qual os alunos analisam seu próprio desempenho por meio da
auto crítica, além da produção de pastas de atividades, reflexões, diálogo entre
professor e aluno, e posição de trabalhos, ensaios, fotografias e outros
registros como fonte de análise para o processo de avaliação.
Na metodologia pautada na aprendizagem, cabe a todos os
envolvidos no processo, sejam eles, alunos ou professores, atuarem como
avaliadores. É necessário participar de uma comunidade, na qual a negociação
e a troca são a base do planejamento e entrelaçá-lo ao dia-a-dia.
(MAGDALENA e COSTA, 2003.)
Neste interjogo, deixamos de ser os donos da verdade e
passamos a ser companheiros dos alunos, podendo escutá-los, e muitas
vezes, contribuir no florescer do processo de conhecimento, que possibilitará
uma ação mais efetiva na escola. Nesse interjogo, o diálogo ocupa lugar de
destaque, principalmente, quando ocorre em torno daquilo que é produzido em
sala de aula, pois os estudantes ao expressarem suas opiniões vão adquirindo
mais confiança no próprio aprendizado. Em relação a isso, as palavras de
Bondía são esclarecedoras:
Eu creio no poder das palavras, na força das palavras, creio que fazemos coisas com as palavras e, também, que as palavras fazem coisas conosco. As palavras determinam nosso pensamento porque não pensamos com pensamentos, mas com palavras, não pensamos a partir de uma suposta genialidade ou inteligência, mas a partir de nossas palavras. (2002, p.2)
A velocidade com que os fatos acontecem, tudo ao redor
inconstante, agitado, faz com que o silêncio e a memória, se afastem da
experiência significativa, tão necessária para a aprendizagem escolar.
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Precisamos estar receptivos, disponíveis, abertos para sermos sujeitos da
experiência, aquele que expõe, e que se propõe.
Bondía (2002) afirma que quando falamos em fazer uma
experiência isso não significa precisamente que nós a façamos acontecer,
fazer significa aqui: sofrer, padecer, tomar o que nos alcança receptivamente, e
aceitar, à medida que nos submetemos a algo.
O saber da experiência é o que se adquire no modo como alguém
vai respondendo ao que vai lhe acontecendo ao longo da vida, e como vamos
dando sentido ao que nos acontece. A experiência, como diz Bondía (2002),
não é o caminho até um objetivo previsto, até uma meta que se conhece, é
uma abertura para o desconhecido. É a diferença das palavras que pode
revelar uma diferença em nossos gestos, ações e comportamentos.
E neste caminhar de palavras e imagens vou construindo um
olhar leitor, selecionando e capturando leituras, que nos fazem pensar e nos
revelam múltiplas interpretações.
E estas reflexões nos fazem olhar para nós mesmos e pensar a
nossa prática e quais caminhos estamos seguindo e se estamos efetivamente
fazendo uma mediação cultural que provoca a experiência estética.
Neste processo de busca de uma melhor aprendizagem no ensino
de arte, vem de encontro uma nova forma de avaliar uma estratégia, que
diversifica e contribui para uma aproximação do conhecimento e da experiência
do aluno. A prática do portifólio, para Nunes (1999), contribui para o
desenvolvimento integral dos alunos, dotando-os da capacidade de investigar,
de espírito crítico, do pensamento divergente, capacidade de resolver
problemas.
O autor completa que o portifólio é uma sistemática e organizada
coleção de evidências usadas pelos professores e alunos, onde não faltam
análises e reflexões sobre suas aprendizagens.
Para Hernández (2000), o que definitivamente particulariza o
portifólio, é o processo constante de reflexão, de contraste entre as
pluralidades educativas e as atividades realizadas para sua concepção, a
maneira como cada aluno explica seu próprio processo de aprendizagem,
como diálogo com os problemas e temas da série.
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O autor garante que cada portifólio é uma criação única e é uma
forma de avaliação dinâmica realizada pelo estudante e que reflete seu
desenvolvimento e suas mudanças através do tempo.
A avaliação por portifólio é para Hernández recolher da melhor
maneira o processo vivido pelo aluno, pronunciar-se sobre seu valor, utilizá-lo
como referencial e guia para melhorar os processos de aprendizagem e
compreensão dos alunos, empregá-lo como elemento de reflexão no momento
de planejar as atividades de ensino.
Caracterização do grupo
Este projeto foi desenvolvido no Colégio Estadual Malvino de
Oliveira, na cidade de Porecatu, com a turma do 3º ano do ensino médio, no
período da manhã, com 26 alunos de uma condição sócio-econômica de classe
média baixa e de idades entre 16 e 17 anos, morando na região central da
cidade, próxima do colégio. A duração do trabalho foi de um bimestre.
A proposta de trabalho girou em torno dos DVD´s de dois artistas:
Amélia Toledo e Leonilson. Ambos apresentam questões relativas à coleções
e, a faixa etária dos alunos com os quais realizei esta pesquisa-ação é
extremamente adequada para se tratar desse assunto. Eles têm o hábito de
guardar marcas das experiências sobre as quais passam, assim, é um
guardanapo da lanchonete onde conheceu uma menina, a caixa de fósforos da
pizzaria que foi com os amigos, a capa do CD preferido, cadernos com as
assinaturas dos amigos, enfim, são guardados para recordar. Assim, acreditei
que poderia desenvolver portifólios que mostrassem o processo de
desenvolvimento das idéias propostas em aula.
De fato, meus alunos abraçaram a idéia de criar coleções e foram
esclarecidos sobre a importância de adquirirem o hábito de refletir acerca
dessas experiências, e, preferencialmente, fazendo isso através de textos.
O hábito de pensar por escrito, ou melhor, de escrever tudo o que
se pensa a respeito de algo pode desenvolver habilidades de argumentação e
observação e por isso, contribui com o desenvolvimento da percepção, do olhar
– dos sentidos. Desse modo, sempre após um estímulo na aula eu solicitava
aos estudantes que fizessem uma análise das obras apresentadas e posterior
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reflexão por escrito. Para se ter uma idéia desse exercício vejamos o que diz
uma aluna sobre o DVD de Amélia Toledo:
“Amélia Toledo faz arte por diversos meios: natureza, espelhos, conchas,
aquarelas, etc. Ela traz a paisagem para dentro do objeto e nos ensina a
encontrar a mesma em todo o lugar. As pedras têm todo um olhar profundo,
recordando as montanhas como os cristais. A espontaneidade é o princípio
vital para a arte e se torna fundamental e indispensável. Um dos seus projetos
é contar histórias para crianças e os personagens desse enredo a natureza já
criou. A paixão pelos astros é muito importante, no olhar das bolhas faz pensar
e refletir. Os elementos naturais fazem com que a arte fique leve e com
qualidade.” (V5.).
Dentro da pesquisa realizada procurei explorar diversas
alternativas a fim de sensibilizar os alunos, pois queria perceber como eles se
relacionavam com as diversas linguagens da arte.
Dando continuidade ao trabalho, após compartilharem com os
colegas as coleções que cada um fazia, procuramos brincar com o acaso,
considerando que as coleções trazidas para a sala de aula mais pareciam as
imagens de um caleidoscópio, e para construirmos algo concreto, fizemos
diversas experiências com garrafas pet contendo líquidos coloridos projetadas
no retroprojetor. Essa experiência promoveu muitos exercícios de percepção e
culminou com a produção de poesias. A seguir apresento uma destas:
“Água
Água colorida e cristalina Seu movimento nos lembra,O batimento de um coraçãoCom sua áura com tanta vida.”
Passa-nos tranqüilidade De uma praia deserta O movimento sereno Das ondas quebrando na praia
No movimento do compassoDe uma bela cançãoEm cada movimento Uma nova imagem
Criando uma nova atraçãoQue nos lembra do brilho do sol O brilho de um olhar Ó... águas serenas”
5 A fim de proteger a identidade dos alunos, utilizarei apenas a inicial do primeiro nome de cada um.
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(A.)
Após essa experiência, continuamos a procurar colecionar aquilo
que a natureza nos oferece, assim, os alunos trouxeram flores, plantas, carvão,
terra, sementes e tudo o que conseguiram juntar para traduzir a nossa região.
Decidimos que produziriam pinturas explorando o que cada um desses
materiais poderia oferecer.
Pude observar com Hernández (2000) que a realização de um
diário reflexivo constitui uma ferramenta de inquestionável interesse para
reconstruir o processo e assim revelar a importância de encontrar um fio
condutor que organize a seleção de evidências que deverão passar a fazer
parte do portifólio.
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Observando essas três pinturas anotamos a presença do
estereótipo que tem espaço marcante na vida dos alunos. A escola seria um
ótimo espaço para discutirmos essa presença, entretanto, dificilmente é
combatido, pois está ligado ao gosto e à prática escolar.
O estereótipo está presente na televisão, nos livros didáticos, nas
histórias em quadrinhos, na família, etc. É necessário criar possibilidades a fim
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de mostrar aos alunos que podemos tirar proveito dos estereótipos sem
contudo nos tornarmos reféns destes. Talvez se promovêssemos discussões e
reflexões a esse respeito, provavelmente possibilitaríamos o desenvolvimento
de um olhar mais crítico em relação a isso. Nosso desejo é que os
estereótipos sejam combatidos em uma prática constante da inquietação e
mudança na maneira de encarar a própria vida, com resultados que
surpreendam e inovem.
Apesar da presença apontada – o estereótipo – , entendemos que
as experiências dos alunos permitiram maior envolvimento com os trabalhos e
também a preocupação em construir algo coerente, com objetivo claro. Isso se
expressa nas palavras da aluna:
“Neste trabalho percebi como podemos fazer Arte de forma diferente, com
elementos naturais. Essas cores puras deixam o desenho bem mais delicado,
suave, com muita naturalidade. Utilizei elementos como flores, café, chá mate,
urucum e folhas de plantas. A coloração foi diversa, com as rosas obtive a cor
violeta e das folhas a cor verde. Além da naturalidade o trabalho ficou com um
leve aroma.” (V.)
Seguindo os passos de Amélia Toledo e atendendo aos pedidos
dos alunos decidimos trabalhar, a partir da música popular brasileira, pinturas a
guache, e é curioso como as coisas fluíram, independente de idade e sexo,
pois percebemos que todos os alunos se envolveram muito com essa proposta
e muitas discussões brotaram daí. Esta aluna diz:
“A música simplesmente nos inspira na hora de pintar, se a música é alegre
nossa pintura será alegre, se ela é triste nossa pintura será triste, é assim que
funciona, o grupo fica mais reunido, criamos novas idéias para pintar e é muito
bom. É o tipo de terapia, você pode demonstrar o que sente através da
pintura.” (J.)
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O DVD do artista Leonilson resultou em trabalho proveitoso, mais
reflexivo, pois esse artista fala de arte e vida. E ao analisar as obras dele esse
aluno disse coisas sobre as quais nunca havia falado:
“Ele era um artista plástico que gostava de mexer com a imaginação, e as
pequenas coisas da vida, gostava de criar objetos, desenhos e imagens
diferentes, misturava muito as cores, dando vida e alegria a seus trabalhos. Em
cada obra que fazia era uma mensagem que escrevia, ele despertava o
interesse e a curiosidade das pessoas pelas suas obras, seus desenhos, cores
e escritas, ele gostava muito de cores em metais em suas obras. O que ele faz
são objetos de curiosidades. Em cada obra ele queria passar algum
sentimento, alguma mensagem, muitas das suas obras ele fazia em pano, um
pequeno pedaço de pano, para ele se transformava em obra, em uma bela
arte, ele ousava nos desenhos e nos significados ele gostava muito de passar
verdade em suas obras, era uma de suas frases preferidas. “O meu trabalho é
uma observação de mim mesmo.” Ele se observava quando fazia seus
trabalhos. Ele dizia que não precisava falar para expressar algum sentimento.”
(L.)
A fala do aluno nos mostra que é necessário reconhecermos nas
imagens e objetos possibilidades para serem utilizadas como produto artístico
e cultural cheio de significados. E no encontro deste olhar, do existir, da
experiência alongada no tempo e no espaço, ligado à contemplação da obra,
ela nos faz pensar. É familiarizando-nos com esta prática que construiremos o
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hábito de ler imagens. Como diz Frange (2003), as imagens estão no mundo,
não são imagens do mundo.
De fato, os alunos se impressionaram com as obras de Leonilson,
uma vez que o futuro não é dilema de poucos. As palavras dessa outra aluna
são reveladoras:
“Futuro Você sabe seu dia de amanhã? Não, você só pode ter certeza do que
aconteceu no seu passado. E o seu futuro como será? Você já tem planos?
Você sabe o que fará de sua vida? Isso é complicado, você não sabe nada, um
acontecimento pode mudar sua vida completamente, por isso viva
intensamente cada momento, como se fosse o último, diga sempre para as
pessoas que você gosta palavras amorosas, pois pode ser a última vez que
você irá vê-los. Você pode ter planejado seu futuro inteiro, porem, cuidado a
vida pode mudar seu destino como você nunca imaginou. O mundo muda o
tempo todo e com isso muda sua vida, como diz o poema: estude como se
fosse viver eternamente, e viva como se fosse morrer amanhã. (A.C.)
O portifólio, por ser uma coleção de registros, permite que tanto o
professor, como o aluno façam uma reflexão sobre tudo o que é produzido
durante o processo de construção do mesmo, isto leva os envolvidos
inevitavelmente à auto-avaliação. Sobre tal característica do portifólio, Kish e
outros (1997) destacam que o portifólio como elemento moral de reflexão que
pode facilitar o questionamento ético que guia as ações das pessoas, incentiva
a reflexão moral, questiona e forma uma visão de mundo, permite um
pensamento crítico, que são a base desse processo.
As palavras da aluna referendam o que dizem os autores sobre as
potencialidades do portifólio:
“Nestes trabalhos realizados aprendi me auto-avaliar, a criar Arte, a ter novas
idéias. Ao ver as obras de Amélia Toledo, que usa materiais naturais que
passam a leveza, paz em cada composição. O artista Leonilson em suas obras
descrevia em seu cotidiano, tudo o que sentia, escrevia em poesias. No
portifólio realizado, me fez lembrar coisas que passam despercebidas no meu
dia-a-dia, que foi ótimo lembrá-lo, através de um diário. Por fim foi muito
prazeroso desenvolver estes trabalhos de Amélia Toledo e Leonilson. Entre
trabalhos de escrita, coleção, desenhos de atração e estranhamento com
elementos naturais fez com que conhecêssemos a verdadeira essência de sua
beleza e necessidade” (V)
A reflexão da aluna mostra que lidar com a arte é construir um
olhar sensível e crítico, para perceber como os elementos estéticos trazem
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significados diversos e o que está por trás de uma obra. Ser capaz de refletir
sobre o lugar em que se vive: a escola, a praça, o próprio cotidiano.
Conclusão
Procurar caminhos mais adequados para avaliar apontou para
diversas questões, entre elas, a de que não é possível mais descartar o que
pensam os alunos sobre avaliação e sobre o processo de construção do
próprio conhecimento.
A questão central desta pesquisa era o portifólio como recurso
para a realização de uma avaliação inclusiva e isso de fato aconteceu, pois
houve mudança de comportamento nas aulas a partir dessa proposta. Desse
modo, acreditamos ter alcançado o objetivo da PDE, pois o fato de ter sido
realizada uma pesquisa-ação promoveu grande melhora na ação docente e
consequentemente, na participação dos estudantes na sala de aula.
Como toda pesquisa, esta não se acaba aqui, pois os próprios
alunos querem continuar alimentando seus portifólios e de minha parte sei que
não é mais possível adotar prática avaliativa diferente desta que acabo de
relatar. Assim, pelo que percebi até aqui é possível ter indicações daquilo que
alunos e professores julgam positivo no avaliar e ser avaliado.
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