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1 AVALIAÇÃO DO PERCENTUAL DE GORDURA EM PRATICANTES DE CROSSFIT E TREINAMENTO RESISTIDO: uma pesquisa ex post facto. Mara Nataly Chaves dos Santos Acadêmica do CEDF/UEPA [email protected] Maurílio de Souza Coimbra Júnior Acadêmico do CEDF/UEPA [email protected] Carlos Dornele Rocha Orientador do CEDF/UEPA [email protected] Resumo O objetivo do presente estudo foi identificar diferenças no percentual de gordura corporal em praticantes de Crossfit e treinamento resistido. A amostra está composta por 18 voluntários fisicamente ativos, com prática regular mínima de 06 meses e máxima de 12 meses, de ambos os sexos, com idade entre 19 e 35 anos. O estudo optou por uma pesquisa ex post facto, submetendo os indivíduos a uma avaliação antropométrica das seguintes variáveis: estatura (cm); massa corporal total, massa magra (kg) e relativa (%); gordura absoluta (kg) e relativa (%); além do índice de massa corporal (kg/m²). Foi encontrada diferença significativa na variável percentual de gordura no grupo de Crossfit. Essa diferença foi acentuada ao comparar apenas os voluntários do sexo masculino, de ambos os grupos, sendo identificada menor média no grupo de Crossfit. Entretanto, no grupo feminino de treinamento resistido foi identificada diferença significativa na variável de percentual de gordura quando comparado ao grupo feminino de Crossfit. Palavras-chave: Avaliação. Gordura Corporal. Crossfit. Treinamento Resistido. INTRODUÇÃO É apreciável a crescente popularidade das diversas modalidades de treinamento físico nos últimos anos. Essa crescente demanda ao treinamento, pode ser resultante de uma série de fatores, como: a busca pela satisfação estética, ou necessidade de manutenção da saúde através da redução da gordura subcutânea (OLIVEIRA et al., 2011); a diminuição do estresse diário; a melhora do condicionamento físico; evitar o aparecimento de doenças decorrentes do sedentarismo (GUISELINI, 2013); dentre outros objetivos comumente pretendidos por praticantes de exercícios físicos. São comuns discussões nos âmbitos acadêmico-científicos, acerca de

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AVALIAÇÃO DO PERCENTUAL DE GORDURA EM PRATICANTES DE

CROSSFIT E TREINAMENTO RESISTIDO: uma pesquisa ex post facto.

Mara Nataly Chaves dos Santos Acadêmica do CEDF/UEPA

[email protected]

Maurílio de Souza Coimbra Júnior

Acadêmico do CEDF/UEPA [email protected]

Carlos Dornele Rocha

Orientador do CEDF/UEPA [email protected]

Resumo O objetivo do presente estudo foi identificar diferenças no percentual de gordura corporal em praticantes de Crossfit e treinamento resistido. A amostra está composta por 18 voluntários fisicamente ativos, com prática regular mínima de 06 meses e máxima de 12 meses, de ambos os sexos, com idade entre 19 e 35 anos. O estudo optou por uma pesquisa ex post facto, submetendo os indivíduos a uma avaliação antropométrica das seguintes variáveis: estatura (cm); massa corporal total, massa magra (kg) e relativa (%); gordura absoluta (kg) e relativa (%); além do índice de massa corporal (kg/m²). Foi encontrada diferença significativa na variável percentual de gordura no grupo de Crossfit. Essa diferença foi acentuada ao comparar apenas os voluntários do sexo masculino, de ambos os grupos, sendo identificada menor média no grupo de Crossfit. Entretanto, no grupo feminino de treinamento resistido foi identificada diferença significativa na variável de percentual de gordura quando comparado ao grupo feminino de Crossfit. Palavras-chave: Avaliação. Gordura Corporal. Crossfit. Treinamento Resistido.

INTRODUÇÃO

É apreciável a crescente popularidade das diversas modalidades de

treinamento físico nos últimos anos. Essa crescente demanda ao treinamento, pode

ser resultante de uma série de fatores, como: a busca pela satisfação estética, ou

necessidade de manutenção da saúde através da redução da gordura subcutânea

(OLIVEIRA et al., 2011); a diminuição do estresse diário; a melhora do

condicionamento físico; evitar o aparecimento de doenças decorrentes do

sedentarismo (GUISELINI, 2013); dentre outros objetivos comumente pretendidos

por praticantes de exercícios físicos.

São comuns discussões nos âmbitos acadêmico-científicos, acerca de

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métodos de treinamento novos e tradicionais. O maior ponto de atrito, é facilmente

perceptível quando determinadas pesquisas apontam que, esta ou aquela

modalidade, merece ser mais difundida, porque pode promover melhores resultados,

melhor segurança, conforto, dentre outros aspectos.

Preocupado com a crescente discussão acerca dos benefícios e riscos do

programa Crossfit, nos campos acadêmico e científico; e pela baixa quantidade de

estudos que comparem esse programa com o treinamento resistido tradicional, no

que tange ao percentual de gordura em seus praticantes, o objetivo do presente

estudo consiste em identificar diferenças no percentual de gordura corporal em

praticantes de Crossfit e treinamento resistido. Traz um levantamento da literatura

especializada sobre a gordura corporal e seus impactos na saúde; a relação entre

exercícios físicos e emagrecimento; abordagem científica sobre Crossfit, treinamento

resistido e uma análise ex post facto1 de 18 praticantes regulares das modalidades

supracitadas, em uma academia e uma box2, na cidade de Belém do Pará.

Apresenta, ainda, o plano de treinamento específico de cada grupo participante da

pesquisa.

MATERIAIS E MÉTODOS

AMOSTRA

A amostra foi composta por 18 voluntários fisicamente ativos, com prática

regular mínima de 06 meses e máxima de 12 meses, de ambos os sexos, com idade

entre 19 e 35 anos. Os voluntários foram divididos em dois grupos: grupo 1) Crossfit;

grupo 2) Treinamento resistido. Esses grupos foram subdivididos em quatro grupos,

sendo: grupo 1) masculino (n=5); grupo 1) feminino (n=4); grupo 2) masculino (n=5);

grupo 2) feminino (n=4).

Os praticantes de Crossfit foram frequentadores da box Gold Wolf CrossFit, e

os praticantes de treinamento resistido foram frequentadores da academia New Life

Fitness Club, ambos localizados na cidade de Belém. Todos os voluntários

assinaram termo de consentimento livre e esclarecido de acordo com a Resolução

1 Ex post facto, “a partir do fato passado” em tradução literal. Isso significa que neste tipo de pesquisa

o estudo foi realizado após a ocorrência de variações na variável pesquisada. Como já ocorreu, o pesquisador não dispõe de controle sobre a variável independente. 2 Box, “caixa” em tradução literal. Nome designado ao espaço onde é praticada a modalidade

Crossfit. Originada nos EUA, sua prática é realizada em espaços semelhantes a uma caixa de cimento com barras, pesos e cordas em seu interior, por isso a expressão.

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do Conselho Nacional de Saúde nº 466/12.

CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Os voluntários deveriam possuir prática regular mínima de 06 meses e

máxima de 12 meses em uma das modalidades pesquisadas; ser alunos da

academia New Life Fitness Club ou da box Gold Wolf CrossFit; e se tivessem

praticado outra modalidade de treinamento antes de iniciar o Crossfit ou o

treinamento resistido, deveriam estar inativos por no mínimo 06 meses.

CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Foram considerados critérios de exclusão a prática simultânea de

modalidades, a frequência irregular, o período de inatividade inferior a 06 meses,

idade inferior a 18 anos e superior a 35 anos.

PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS

Foram avaliadas as seguintes variáveis antropométricas: estatura (cm);

massa corporal total, massa magra (kg) e relativa (%); gordura absoluta (kg) e

relativa (%); além do índice de massa corporal (kg/m²).

A estatura foi aferida por meio de estadiômetro modificado, utilizando fita

antropométrica da marca RMC. Para determinação do peso corporal, os voluntários

foram posicionados em pé, no centro da plataforma da balança, em posição ereta,

com os pés na largura dos quadris, membros superiores ao longo do corpo, e o olhar

em um ponto fixo à sua frente, utilizando a balança G-TECH modelo GLASS 7 FW,

com capacidade para 150 kg e graduação de 100 gr. O índice de massa corporal

(IMC) foi calculado pela fórmula (kg/m²), recursos sugeridos conforme Guedes e

Guedes (2006).

As dobras cutâneas foram aferidas por adipômetro PRIME MED, modelo

PRIME NEO II, com pressão constante de 9,8g/mm² na superfície de contato e

sensibilidade de 0,5mm. As dobras cutâneas mensuradas foram: triciptal, supra-

ilíaca e abdominal para homens; e subescapular, supra-ilíaca e coxa para mulheres.

Foi utilizada a tabela de Guedes, apoiada por Petrostki (MOLINARI, 2000), para

identificar o percentual de gordura.

PROCEDIMENTO DE ANÁLISE DE DADOS

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A análise de dados foi realizada pelo método estatístico descritivo a partir da

apresentação dos dados coletados em tabelas demonstrativas de cada grupo,

separadas por sexo e modalidade, com a média e o desvio padrão de cada variável.

Para a comparação dos resultados, foram utilizados gráficos demonstrativos,

contendo os valores das médias entre os grupos, com o objetivo de identificar qual

grupo obteve melhores resultados nas variáveis investigadas. O valor de

significância adotado foi de 5%.

A GORDURA CORPORAL E O IMPACTO NA SAÚDE

Pinheiro, Freitas e Corso (2004) apontam o acúmulo excessivo de gordura

corporal como uma maneira simplificada de definir a obesidade. Este acúmulo de

gordura provoca diversos prejuízos à saúde dos indivíduos, tais como: dificuldades

respiratórias, problemas dermatológicos, distúrbios do aparelho locomotor, auxílio no

desenvolvimento de enfermidades possivelmente letais (dislipidemias, doenças

cardiovasculares, diabetes tipo II e até mesmo câncer). Devido seu crescimento, se

tornou uma preocupação para os órgãos responsáveis pela saúde pública no Brasil.

Para o Ministério da Saúde (2011), a obesidade é um dos fatores de risco em

comum modificáveis para o desenvolvimento das Doenças Crônicas Não

Transmissíveis (DCNT), estando também relacionada a quatro grupos principais de

DCNT: circulatórias, câncer, respiratórias e diabetes.

Em 2008, aproximadamente 63% dos óbitos no mundo foram decorrentes de

DCNT. A maior parte das mortes causadas por DCNT estão atribuídas às doenças

do aparelho circulatório (DAC), ao câncer, à diabetes e às doenças respiratórias

crônicas. Os principais fatores que levam ao surgimento das DCNT, incluem fatores

de risco modificáveis, como o tabagismo, o consumo nocivo de bebida alcoólica, a

inatividade física e a alimentação inadequada – sendo estes dois últimos fatores,

preponderantes para o desenvolvimento da obesidade. (MINISTÉRIO DA SAÚDE,

2011)

No Brasil, apenas cerca de 15% da população adulta realiza atividade física

no período de lazer. Este baixo nível de prática física, contribui para o aumento da

prevalência do excesso de peso e obesidade em adultos, representando 48% e 14%

da população, respectivamente. (BRASIL, 2011 apud. MINISTÉRIO DA SAÚDE,

2011)

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Observando as informações relatadas, faz-se necessária a compreensão do

papel do exercício físico na redução do acúmulo excessivo de gordura corporal, e

sua relação com a promoção da saúde.

EXERCÍCIO FÍSICO E EMAGRECIMENTO

De acordo com Moreno, Liberali e Navarro (2009), o exercício físico,

concomitante à reeducação alimentar, apresenta efeitos positivos no tratamento e

prevenção da obesidade, e é apontado como importante ferramenta não

medicamentosa nos atuais programas de emagrecimento ao reduzir o percentual de

tecido adiposo em indivíduos praticantes.

Jakicic et al. (2002) indicam alguns dos mecanismos por meio dos quais o

exercício físico pode auxiliar na perda ou manutenção da massa corporal, sendo

eles: aumento da taxa metabólica basal (TMB), aumento da massa muscular,

elevação do consumo de oxigênio e otimização do processo de mobilização de

gordura.

Em profunda análise e revisão de literatura, Gentil (2010) identifica as

estratégias mais adequadas para o emagrecimento, e aponta que a utilização do

treinamento aeróbio não é tão eficiente quanto se acredita em reduzir a massa

corporal, nem em promover alterações na composição corporal. O autor conclui, a

partir da análise dos processos fisiológicos em diversos tipos de treinos e seus

resultados práticos, que os treinamentos intensos e/ou intervalados produzem

alterações mais positivas na redução da gordura corporal em longo prazo.

Concomitantemente, Prata (2015) notabiliza o treinamento intervalado de alta

intensidade (caracterizado por sessões de treino com cerca de 90% do VO2máx

intervaladas com sessões de repouso) como um método eficaz não somente na

melhoria do peso corporal, mas também nas capacidades aeróbia e anaeróbia, na

componente cardiovascular, e na diminuição da resistência à insulina.

Em outro estudo, Cunha, Barbosa e Martins (2016) discorrem sobre outra

estratégia que também pode ser utilizada no emagrecimento, denominada

treinamento concorrente. Segundo os autores, este treinamento tem como

característica a execução de treino aeróbio e treino de força em uma mesma sessão.

Apesar de alguns estudos apontarem interferências do treinamento aeróbio sobre o

treinamento de força, o treinamento concorrente pode trazer benefícios aos seus

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praticantes, como a melhora de desempenho em atividades de longa duração e

controle ponderal (CUNHA; BARBOSA e MARTINS, 2016), contribuindo, desta

forma, para a redução do peso corpóreo.

O QUE É CROSSFIT?

De modo fundamental, antes de compreender o que é o programa Crossfit, e

quais os seus riscos e benefícios, se faz necessário compreender em qual pilar o

seu conceito de treino é moldado. Este pilar, em síntese, é o treinamento funcional.

De acordo com Monteiro e Carneiro (2010), o treinamento funcional foi criado

nos Estados Unidos por diferentes autores desconhecidos, e tem sido amplamente

difundido no Brasil. Para os autores, o princípio do treinamento funcional é preparar

o organismo de maneira íntegra, segura e eficiente, através do fortalecimento do

centro corporal, popularmente conhecido como CORE (em inglês, o termo significa

centro ou núcleo. Logo, “centro do corpo”).

Por se tratar de um método de exercícios que representam a volta à utilização

de padrões fundamentais do movimento – como agachar, empurrar, puxar, saltar,

girar, lançar, etc. –, o treinamento funcional envolve e integra todo o corpo,

buscando produzir gestos motores específicos em diferentes planos de movimento

(MONTEIRO e CARNEIRO, 2010). De forma contrária, os autores apontam o

treinamento de resistência tradicional – popularmente conhecido como Musculação –

como um “trabalho isolado do corpo para gerar um gesto motor específico”.

A partir do contexto apresentado, e com base no GUIA DE TREINAMENTO

CROSSFIT (2016), é possível definir o Crossfit como um treinamento funcional de

alta intensidade constantemente variado. Seu objetivo, desde o início do programa,

tem sido direcionado a forjar um condicionamento físico geral e inclusivo,

preparando seus praticantes para realizar, com sucesso, qualquer tarefa física

exigida. Assim, de acordo com o GUIA DE TREINAMENTO CROSSFIT (2016), seu

programa de treinamento é uma tentativa intencional de otimizar a competência

física em dez domínios conhecidos: resistência cardiorrespiratória, resistência

muscular, força, flexibilidade, potência, velocidade, coordenação, agilidade,

equilíbrio e precisão.

Por não se tratar de um programa de condicionamento físico especializado, o

Crossfit apresenta uma grande variedade de métodos e rotinas de treinos

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diversificadas, denominadas WOD (Work of the Day), em que o praticante encontra

uma nova rotina a cada dia de treino (COSTA, 2014). Para isso, o programa utiliza

exercícios de ginástica e de levantamento de peso olímpico (LPO), além de realizar

o treinamento cruzado com diversas modalidades esportivas, com a finalidade de

expressar e aplicar o condicionamento físico adquirido por seus praticantes. (GUIA

DE TREINAMENTO CROSSFIT, 2016)

Tratando-se de pesquisas científicas acerca do programa, Smith et al. (2013),

selecionaram 43 indivíduos de ambos os sexos (23 homens e 20 mulheres) de todos

os níveis de aptidão aeróbia e composição corporal. O objetivo do estudo foi verificar

os efeitos de 10 semanas de um programa de treino Crossfit, que envolviam

agachamentos, levantamentos terra, arranco, arremesso e levantamento acima da

cabeça, todos executados o mais rápido possível. Após o período de 10 semanas,

foi verificada melhora significativa no VO²máx e diminuição de gordura corporal.

No que se refere à incidência de lesões, Tibana, Almeida e Prestes (2015)

analisaram alguns estudos associados, e concluíram que, apesar de poucos estudos

publicados até o recente momento, a prática do Crossfit parece não aumentar a

incidência de lesões - já que as taxas de lesões reportadas foram semelhantes ao

levantamento de peso olímpico, levantamento básico e ginástica, e menor quando

comparada a esportes de alto contato como o Rugby. Além disso, os autores

apontam para melhorias adaptativas no sistema cardiovascular, neuromuscular e na

composição corporal a partir do treinamento.

TREINAMENTO RESISTIDO

Fleck e Kraemer (2006 apud OLIVEIRA et al., 2011) conceituam o

treinamento resistido como um método que envolve ação voluntária do músculo

esquelético contra alguma forma de resistência externa, que pode ser realizada pelo

corpo através de pesos livres ou máquinas.

A partir de estudos profundos de materiais relacionados e dedicados ao

treinamento físico em geral, Zart e Marcelino (2012) apontam para princípios e

variáveis associadas ao treinamento com pesos, sendo estes, os pontos cruciais que

diferenciam um treino de resultados excelentes daqueles de resultados ínfimos. Elas

são: a escolha dos exercícios, ordem de execução dos mesmos, intensidade e

volume aplicados, velocidade de execução e intervalos de descanso entre os

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exercícios e as sessões de treinamento e sua periodização. Da mesma forma,

Prestes et al. (2010) incluem na lista de variáveis, o tipo de ação muscular realizada

nos exercícios - concêntrica, excêntrica e isométrica - associada ao impacto da

mesma sobre as respostas de adaptação ao treinamento.

Diversamente do programa Crossfit, na literatura são encontrados vários

estudos que apontam para os benefícios decorrentes do treinamento resistido. Em

levantamento realizado por Prestes et al. (2010), são destacados: aumento de força

máxima, potência, resistência muscular, da coordenação, velocidade, agilidade,

equilíbrio e prevenção de lesões. Ademais, outros benefícios evidenciados nos

estudos incluem as melhorias dos sistemas cardiovascular, endócrino, lipídico,

composição corporal, estresse fisiológico, aumento da densidade mineral óssea,

controle da taxa metabólica de repouso e da pressão arterial.

PLANOS DE TREINAMENTO PARA OS GRUPOS EXPERIMENTAIS

GRUPO 1: CROSSFIT

Os praticantes do grupo de Crossfit foram alunos da box Gold Wolf CrossFit.

O objetivo dos treinos foi direcionado à melhora do condicionamento físico e da força

muscular, com frequência semanal de cinco a seis vezes. A duração dos treinos foi

de cerca de 1 hora, sendo dividido em três momentos: 1) aquecimento; 2) explicação

dos exercícios, correção de execução, e exercícios de força e/ou ginástica; e 3)

trabalho do dia (WOD, ou, Work of the Day), cuja duração foi de cerca de 8 a 30

minutos. Os métodos utilizados foram simultâneos, e variados diariamente. Variavam

entre: exercícios de ginástica; de levantamento de peso olímpico (LPO); treinamento

cardiorrespiratório; treino por tempo (for time), sendo executado o mais rápido

possível; maior carga (1RM); maior número de repetições (AMRAP); e contra o

tempo (EMOM), onde o objetivo consiste em executar um número específico de

repetições em um determinado tempo.

GRUPO 2: TREINAMENTO RESISTIDO

Já os praticantes de treinamento resistido, foram alunos da academia New

Life Fitness Club. O objetivo dos treinos foi direcionado à hipertrofia muscular, com

frequência semanal de três a cinco vezes. A duração dos treinos foi de cerca de 1

hora. Os métodos utilizados envolviam séries estáveis (3 x 4-6RM, 3 x 8-12RM, 3 x

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12-15RM), Pausa e Descanso, Bi-set, Tri-set, Drop-set e Circuitos. Os exercícios

utilizados foram: agachamentos, leg press, mesa flexora, levantamentos stiff e terra,

supino reto, supino inclinado, tração frontal, desenvolvimento com barra e

abdominais.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

APRESENTAÇÃO DOS DADOS

As tabelas apresentam os resultados das avaliações antropométricas obtidas

pelos diferentes sexos, em cada modalidade.

Tabela 1: Valores referentes ao grupo 1 masculino.

HOMENS

VOLUNTÁRIO

(Nº)

MC

(KG)

ESTATURA

(CM)

IMC

(KG/M²)

G

(%)

PG

(KG)

MM

(%)

PM

(KG)

1 84,6 178 26,7 17,94 15,177 82,06 69,423

2 93,1 189 26,1 21,44 19,96 78,56 73,139

3 69,7 162 26,6 10,17 7,088 89,83 62,612

4 89,4 176 28,9 14,61 13,061 85,39 76,339

5 82,1 178 25,9 14,03 11,519 85,97 70,581

MÉDIA 83,78 176,6 26,84 15,64 13,361 84,36 70,419

DESVIO

PADRÃO 8,95 9,63 1,20 4,26 4,73 4,26 5,11

MC = massa corporal; IMC = índice de massa corpórea; G = gordura; PG = peso gordo;

MM = massa magra; PM = peso magro.

O grupo 1 masculino apresentou média de 15,64% (±4,26) no percentual de

gordura, 84,36% (±4,26) no percentual de massa magra, e 26,84 (±1,20) no índice

de massa corpórea.

Tabela 2: Valores referentes ao grupo 1 feminino.

MULHERES

VOLUNTÁRIO

(Nº)

MC

(KG)

ESTATURA

(CM)

IMC

(KG/M²)

G

(%)

PG

(KG)

MM

(%)

PM

(KG)

1 61,6 159 24,4 27,59 16,995 72,41 44,605

2 69,3 176 22,4 26,45 18,33 73,55 50,97

3 61 158 24,4 28,37 17,306 71,63 43,694

4 70,8 165 26 24,41 17,282 75,59 53,518

MÉDIA 65,675 164,5 24,3 26,71 17,478 73,3 48,684

DESVIO

PADRÃO 5,09 8,27 1,47 1,72 0,55 1,72 5,6

O grupo 1 feminino apresentou média de 26,71% (±1,72) no percentual de

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gordura, 73,3% (±1,72) no percentual de massa magra, e 24,3 (±1,47) no índice de

massa corpórea.

Tabela 3: Valores referentes ao grupo 2 masculino.

HOMENS

VOLUNTÁRIO

(Nº)

MC

(KG)

ESTATURA

(CM)

IMC

(KG/M²)

G

(%)

PG

(KG)

MM

(%)

PM

(KG)

1 67,300 168 23,1 21,98 14,331 78,02 50,869

2 72,300 169 25,3 21,86 15,805 78,14 56,495

3 69,500 167 24,9 19,97 13,879 80,03 55,621

4 72,100 169 25,2 20,11 14,499 79,89 57,601

5 77,800 176 25,1 21,3 16,571 78,7 61,229

MÉDIA 71,800 169,8 24,7 21,04 15,017 78,98 56,363

DESVIO

PADRÃO 3,93 3,56 0,92 0,95 1,13 0,98 3,74

O grupo 2 masculino apresentou média de 21,04% (±0,95) no percentual de

gordura, 78,98% (±0,98) no percentual de massa magra, e 24,7 (±0,92) no índice de

massa corpórea.

Tabela 4: Valores referentes ao grupo 2 feminino.

MULHERES

VOLUNTÁRIO

(Nº)

MC

(KG)

ESTATURA

(CM)

IMC

(KG/M²)

G

(%)

PG

(KG)

MM

(%)

PM

(KG)

1 54,3 159 21,5 24 13,032 76 41,268

2 59,3 164 22,2 23,09 13,762 76,91 45,838

3 62 159 24,5 25,24 15,649 74,76 46,351

4 64,1 162 24,4 25,75 16,506 74,25 47,594

MÉDIA 59,925 161 23,2 24,75 14,737 75,48 45,263

DESVIO

PADRÃO 4,23 2,45 1,53 0,89 1,61 1,2 2,76

O grupo 2 feminino apresentou média de 24,75% (±0,89) no percentual de

gordura, 75,48% (±1,2) no percentual de massa magra, e 23,2 (±1,53) no índice de

massa corpórea.

COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS

Os resultados foram comparados a partir da média obtida em cada grupo. Os

gráficos seguintes apresentam os valores médios dos grupos avaliados. O Gráfico 1

apresenta a comparação entre os grupos de Crossfit (n=9) e treinamento resistido

(n=9).

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Neste gráfico, o grupo 1 apresentou diferença significativa na variável do

percentual de gordura, com a média de 20,56% contra 22,59% do grupo 2, e

variação percentual de 8,99%. Na comparação entre os valores de massa magra,

novamente o grupo 1 apresentou melhor resultado, porém não significativo, com

média de 79,44% contra 77,42% do grupo 2, e variação de 2,54%. Já na variável

IMC, o grupo 2 apresentou diferença significativa, com média de 24,0 contra 25,7 e

variação percentual de 6,65%.

O Gráfico 2 apresenta a comparação entre o grupo feminino de Crossfit (n=4)

e o grupo feminino de treinamento resistido (n=4).

GRUPO 1 - CROSSFIT GRUPO 2 - TREINAMENTO RESISTIDO

% G 20,56 22,59

% MM 79,44 77,42

IMC 25,7 24

20,56 22,59

79,44 77,42

25,7 24

Comparação entre grupos

GRUPO 1 - CROSSFIT GRUPO 2 - TREINAMENTO RESISTIDO

% G 26,71 24,52

% MM 73,3 75,48

IMC 24,3 23,2

26,71 24,52

73,3 75,48

24,3 23,2

Comparação entre o sexo feminino

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Na comparação entre o sexo feminino, foi identificada diferença significativa

apenas na variável percentual de gordura. Nesta, o grupo 2 apresentou média de

24,52% contra 26,71% do grupo 1, com variação percentual de 8,20%. Na

comparação entre valores de massa magra, o grupo 2 apresentou média de 75,48%

contra 73,30% do grupo 2, e variação de 2,88%. E na comparação dos valores de

IMC, o grupo 2 apresentou média de 23,2 contra 24,3 com variação percentual de

4,93%.

A diferença positiva encontrada no grupo feminino de treinamento resistido,

apesar de divergir da comparação entre os grupos, pode ser apoiada em estudos.

Tavares e Gheller (2016), em revisão da literatura, evidenciam que o treinamento

resistido tem importante papel em programas de atividade física, possibilitando,

dentre diversos outros benefícios, a redução da gordura corporal.

O Gráfico 3 apresenta a comparação entre o grupo masculino de Crossfit

(n=5) e o grupo masculino de treinamento resistido (n=5).

Na comparação entre os voluntários do sexo masculino, foi identificada

diferença significativa para o grupo 1 nas variáveis de gordura e massa magra,

enquanto o grupo 2 apresentou diferença significativa no IMC. O grupo 1 apresentou

média de 15,64% no percentual de gordura, contra 21,04% do grupo 2, com

variação percentual de 25,66%. Na comparação entre valores de massa magra, o

grupo 1 apresentou média de 84,36% contra 78,98% do grupo 2, com variação de

GRUPO 1 - CROSSFIT GRUPO 2 - TREINAMENTO RESISTIDO

% G 15,64 21,04

% MM 84,36 78,98

IMC 26,8 24,7

15,64 21,04

84,36 78,98

26,8 24,7

Comparação entre o sexo masculino

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6,38%. E na comparação dos valores de IMC, o grupo 2 apresentou média de 26,8

contra 24,7, com variação percentual de 7,84%.

Os resultados deste estudo sugerem que as diferenças encontradas no

percentual de gordura dos grupos de Crossfit e Crossfit Masculino podem estar

relacionados com estudos como de Jakicic et al. (2002), que aponta a massa magra

- identificada em maior valor nestes grupos - como um dos mecanismos

responsáveis pela perda ou manutenção da massa corporal. Além disso, outros

autores apontam que o treinamento intervalado de alta intensidade (PRATA, 2015),

ou a concorrência de métodos de treinamento (CUNHA, BARBOSA e MARTINS,

2016) - ambos utilizados na metodologia do Crossfit -, são tão eficientes na redução

da gordura e peso corporal quanto somente a utilização de treinamento contínuo ou

métodos isolados, respectivamente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que, de uma forma geral, o método de treinamento Crossfit é

capaz de promover redução mais significativa na variável percentual de gordura do

que o treinamento resistido. Entretanto, observa-se que esse resultado não se

confirma quando o tratamento for realizado especificamente para o gênero feminino,

haja vista, que esse grupo apresentou melhor redução no percentual de gordura

com a utilização do treinamento resistido.

Os resultados desta pesquisa demonstram que mais investigações devem ser

realizadas acerca dos métodos Crossfit e Treinamento Resistido, preferencialmente

tendo a participação de um número maior de sujeitos para que seja possível melhor

observar as diferenças entre os grupos, sexos, e realizar maior aprofundamento na

literatura especializada para fundamentar os resultados. Recomenda-se ainda que

sejam realizadas, principalmente, pesquisas experimentais controladas com pré e

pós-testes.

EVALUATION OF THE PERCENTAGE OF FAT IN CROSSFIT PRACTITIONERS

AND RESISTANCE TRAINING: an ex post facto research.

Abstract The objective of the present study was to identify differences in the percentage of

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body fat in crossfit and resistance training. The sample consisted of 18 physically active volunteers, with minimum regular practice of 06 months and maximum of 12 months, of both sexes, aged between 19 and 35 years. The study opted for ex post facto research, subjecting individuals to an anthropometric evaluation of the following variables: height (cm); Total body mass, lean mass (kg) and relative mass (%); Absolute fat (kg) and relative fat (%); Besides the body mass index (kg / m²). There was a significant difference in the percentage of fat in the crossfit group, with a lower mean. This difference was accentuated when comparing only the male volunteers, of both groups, being identified lower average in the crossfit group. However, in the female resistance training group, a significant difference was found in the variable fat percentage when compared to the female crossfit group. Keywords: Evaluation. Body fat. Crossfit. Resistance Training.

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