avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de são...

38
Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo ANGELA CARVALHO FREITAS

Upload: shaeleigh-kemp

Post on 15-Mar-2016

29 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo. ANGELA CARVALHO FREITAS. Justificativa. A coqueluche é uma doença que pode levar à infecções secundárias, ao óbito ou à sequelas graves, principalmente crianças < de 1 ano; - PowerPoint PPT Presentation

TRANSCRIPT

Page 1: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no

município de São Paulo

ANGELA CARVALHO FREITAS

Page 2: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Justificativa• A coqueluche é uma doença que pode levar à

infecções secundárias, ao óbito ou à sequelas graves, principalmente crianças < de 1 ano;

• Há perda da imunidade conferida pela doença ou pela vacina;

• Além de vacinas para crianças, já há vacina segura para indivíduos maiores de 7 anos (dTpa);

• Em vários países desenvolvidos já foi introduzido o reforço vacinal na adolescência;

• A vacina já é aprovada pela ANVISA e disponível em clínicas particulares brasileiras.

Page 3: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

ObjetivosGeral • Avaliar novas estratégias de reforço vacinal contra a

coqueluche no município de São Paulo.

Específicos1. Desenvolver um modelo matemático efetivo para

simular as estratégias de controle da epidemia de coqueluche no município de São Paulo;

2. Estudar a estratégia da introdução de reforço vacinal contra a coqueluche com uma dose da vacina em adolescentes; e,

3. Estudar a estratégia da introdução de reforço vacinal contra a coqueluche com uma dose da vacina em adolescentes e uma dose em adultos.

Page 4: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Metodologia Considerando que:

• A coqueluche é uma doença que tem sua história natural bem conhecida;

• A doença está estável em nossa população; e,

• A população do município de São Paulo está estável nos últimos anos e assim deve continuar nos próximos anos;

Então:

• Foi possível formular um modelo matemático dinâmico determinístico; compartimental, do tipo SIR; e, estacionário, isto é, os parâmetros e a evolução do modelo são independentes do tempo.

Page 5: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Sp I R V

Ss

pv1(a)

pv2(a)

λ(a) γ (a)

λ(a)

α1 α2μ(a)

μd(a)

μ(a)

μ(a)

μ(a)

μ(a)

Representação esquemática da história natural da coqueluche

Métodos

Page 6: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Sistema de Equações Diferenciais Não-Linear e Não-Homogêneo

d/da (Sp) = -λ(a)*Sp - pv1(a)*Sp – µ(a)*Sp

d/da (I) = λ(a)*Sp + λ(a)*Ss – gama(a)*I – µ(a)*I – µd(a)*I

d/da (R) = gama(a)*I - alfa1*R – µ(a) *R

d/da (V) = pv1(a)*Sp + pv2(a)*Ss - alfa2*V – µ(a)*V

d/da (Ss) = - λ(a)*Ss + alfa1*R + alfa2*V - pv2(a)*Ss - µ(a)*Ss

Métodos

λi = β(ij) * Ij

Page 7: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

VariáveisSuscetíveis primários (Sp): indivíduos sem contato prévio

com a bactéria Bordetella pertussis ou com a vacina contra coqueluche

Infectados (I): indivíduos infectados e transmissores da doença

Vacinados (V): indivíduos imunes à coqueluche após vacinação

Recuperados (R): indivíduos imunes à coqueluche após doença

Suscetíveis secundários (Ss): indivíduos que retornam ao estado de susceptibilidade à bactéria Bordetella pertussis após período de imunidade adquirida pela doença ou pela vacinação.

Métodos

Page 8: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Parâmetrosλ(a) = lamdba(a) = força de infecção, varia com a idade

(a) = Gama (a) = 1/média do período de transmissibilidade (até 10a =

17.5d, >10a = 8.5d)

Alfa 1 (α1) = 1/média do tempo de imunidade após doença = 1/ 12a

Alfa 2 (α2) = 1/ média tempo de imunidade após vacina = 1/8a

pv1(a) = vacinação efetiva dos suscetíveis primários

pv2(a) = vacinação efetiva dos suscetíveis secundários

(vacinação efetiva = cobertura vacinal x eficácia da vacina)

μ(a) = mortalidade (dados do DATASUS, por faixa etária, município de SP)

μd(a) = letalidade da doença = 2% para < 1ano idade

Métodos

Obs: todos os valores foram parametrizados para mês

Page 9: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Definição da Força de Infecção (λ)λ = coeficiente de incidência da doença, por faixa etária

(casos/pessoa-mês), ajustado para melhor representar a doença no município fonte dos dados;

• Confiabilidade dos dados da Vigilância epidemiológica: melhor para menores de 1 ano (doença mais grave) e durante surtos epidêmicos (aumenta a sensibilidade do sistema de vigilância);

• São Paulo: notifica pouquíssimos casos de coqueluche; sistema de vigilância sentinela com funcionamento não adequado; sem surtos notificados nos últimos anos;

• Ribeirão Preto: notificação de surto importante em 2004/2005; maior sensibilidade da vigilância, melhores dados;

Métodos

Page 10: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Definição da Força de Infecção (λ)• Ribeirão Preto: fonte dos dados para definição do coeficiente de

incidência por faixa etária;

• Padronização direta dos dados – Referencial: proporção de infectados em cada faixa etária em relação aos menores de 1 ano, para o ano de 2005:

Métodos

• Recalculados os prováveis nº de infectados nos últimos 6 anos e o número médio de infectados, por faixa etária;

• Calculado o coeficiente de incidência: casos/pessoa-mês = λ bruto; e,

• Ajustado o valor de λ para o modelo recuperar o mesmo número médio de infectados estimado = λ por faixa etária efetivamente utilizados.

Faixa etária nº de infectados em 2005

nº de infectados / infectados nos menores de 1 ano

Menor 1 ano 26 1

1 a 4 anos 2 0,08

5 a 9 anos 6 0,23

10 a 14 anos 6 0,23

15 a 19 anos 11 0,42

20 a 39 anos 8 0,31

> 40 6 0,23

Page 11: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Faixas etárias

São 7 faixas etárias, divididas de acordo com os dados da vigilância epidemiológica:

1: < 1 ano de idade2: de 1 a 4 anos 3: de 5 a 9 anos4: de 10 a 14 anos5: de 15 a 19 anos6: de 20 a 39 anos7: > de 40 anos (até 70 anos)

Métodos

Page 12: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Solução das equações• Solução numérica• Software: Berkeley Madonna (gera nº de indivíduos em

cada compartimento do modelo, por idade)

Métodos

050

100150200250

1 2 3 4 5 6 7

Faixas etárias

vacina atual+ vacina aos 12 anos

Page 13: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

• Microsoft Excel : para considerar o contato entre as faixas etárias o cálculo do Beta foi feito através da Matriz de Contato (WAIFW)

Solução do problemaMétodos

Page 14: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Inserção de contato heterogêneo entre as diferentes faixas etárias

• Passo1: determinação do λ para cada faixa etária (dados sorológicos ou vigilância epidemiológica);

• Passo2: determinar uma estrutura para matriz de contato que melhor convier para a doença, para a população estudada e para o modelo;

• Passo3: resolver as equações diferenciais para definir os infectados por faixas etárias. Com esta distribuição calculamos os Betas, com a equação:

Métodos

λi = β(ij) * Ij

Page 15: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

β = taxa de transmissão efetiva = chance de haver um encontro entre um indivíduo suscetível com um indivíduo infectado e o indivíduo suscetível se infectar.

Dependente das características da doença e da dinâmica de contatos entre os indivíduos na população.

Consideramos que não há mudança nas características da doença e da dinâmica dos contatos, portanto os β são fixos

Inserção de contato heterogêneoMétodos

λi = β(ij) * Ij

Page 16: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Passo 2 - Matriz de contato – modelo proposto

FETA 1 2 3 4 5 6 7

1 B1 (β11) B2 (β 12) B2 (β 13) B2 (...) B5 B6 B7

2 B2 (β 21) B2 (β 22) B2 (β 23) B2 (...) B2 B6 B7

3 B2 (...) B2 B3 B3 B5 B6 B7

4 B2 B2 B3 B4 B5 B6 B7

5 B5 B2 B5 B5 B5 B6 B7

6 B6 B2 B6 B6 B6 B6 B7

7 B7 B2 B7 B7 B7 B7 B7

Métodos

Page 17: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Passo 2 – Matriz de contato - definição dos valores dos β

Métodos

7

1

7

1

7771

2221

1711

I

I

Page 18: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Passo 2 - Matriz de contato final

Métodos

1 2 3 4 5 6 7

1 8,148E-07 1,10E-08 1,10E-08 1,10E-08 4,931E-08 6,2463E-09 2,9023E-09

2 1,10E-08 1,10E-08 1,10E-08 1,10E-08 1,096E-08 6,2463E-09 2,9023E-09

3 1,10E-08 1,10E-08 5,72491E-08 5,7249E-08 4,931E-08 6,2463E-09 2,9023E-09

4 1,10E-08 1,10E-08 5,72491E-08 8,1672E-08 4,931E-08 6,2463E-09 2,9023E-09

5 4,931E-08 1,10E-08 4,93059E-08 4,9306E-08 4,931E-08 6,2463E-09 2,9023E-09

6 6,246E-09 1,10E-08 6,24634E-09 6,2463E-09 6,246E-09 6,2463E-09 2,9023E-09

7 2,902E-09 1,10E-08 2,90228E-09 2,9023E-09 2,902E-09 2,9023E-09 2,9023E-09

Page 19: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

1. Introduz-se a vacina para cálculo do novo λ, por faixa etária, considerando a repercussão dos contatos entre as faixas etárias (Excel);

2. Introduz-se as novas vacinações para resolução do sistema de equações diferenciais, através do pv1 e pv2;

3. Novo número de infectados (B. Madonna);4. Cálculo dos novos λ (Excel);3. Cálculo do novo nº de infectados (B. Madonna), novos

λ... Passos iterativos até a estabilização do novo nº de

infectados/lambdas após a introdução da nova vacinação

Métodos

Passo 3 – Simulação do modelo com repercussão do contato heterogêneo entre as faixas etárias

Page 20: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Problema no método ......Mesmo no uso da Matriz de Contato

apenas com a vacina atual....

Métodos

Page 21: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Dupla Vacinação?1. RP → ajustada → Madonna (SP) → nº Infectados (SP) → β (SP) sem vacina sem vacina

2. RP → ajustada → Madonna (SP) → nº Infectados (SP) com vacina atual com vacina atual

β(SP) Madonna c/ vac atual3. nº Infectados (SP) → “novo” → “novo” nº de infectados (SP) com vacina atual com vacina atual com vacina atual

4. Há 2 vacinações, “no lambda” e “no Maddona/Infectados”;

5. Correção do nº de infectados, ao multiplicá-lo por um fator (próximo de 2)

Métodos

Page 22: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo
Page 23: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

1. Introduz-se a vacina para cálculo do novo λ, por faixa etária, considerando a repercussão dos contatos entre as faixas etárias (Excel);

2. Introduz-se as novas vacinações para resolução do sistema de equações diferenciais, através do pv1 e pv2;

3. Novo número de infectados (B. Madonna);4. Cálculo dos novos λ (Excel);3. Cálculo do novo nº de infectados (B. Madonna), novos

λ... Passos iterativos até a estabilização do novo nº de

infectados/lambdas após a introdução da nova vacinação

Métodos

Passo 3 – Simulação do modelo com repercussão do contato heterogêneo entre as faixas etárias

Page 24: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo
Page 25: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo
Page 26: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Número de reprodução basal (RO)

• R0 = para cada caso infectado, quantos novos casos são gerados (durante seu período infectante)

• Importante fator, que possibilita introduzir o conceito da “imunidade de rebanho”

Se o R0=1, a doença se mantémSe R0<1, a doença acaba

Se R0>1, a doença se expande

Métodos

Page 27: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Número de reprodução basal (R0)

aaiii

R i d),()(N)(

1,0

Métodos

Ro por faixa etária = Ro,i

Como os dados que tinhamos era discreto:

2722212,0

1712111,0

)7()7()2()2()1()1()2(

1

)7()7()2()2()1()1()1(

1

DNDNDNR

DNDNDNR

Page 28: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Principais Suposições do Modelo1. História natural da doença é bem conhecida e

a população é grande o suficiente = Modelo Determinístico

2. As características da doença e da dinâmica de contato da população são estáveis = Modelo Estacionário ( variação dos parâmetros com a faixa etária, modelo idependente do tempo) e Beta fixo

3. Introdução de novas vacinas não altera significativamente os Betas = Beta fixo Mesmo com Novas Vacinas

Métodos

Page 29: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

4. Não há estágios intermediários de imunidade ou suscetibilidade

5. Como Ribeirão Preto e São Paulo são cidades com hábitos culturais bastante parecidos, podemos considerar as forças de infecção por faixa etária semelhante nas duas cidades (provavelmente a força de infecção da cidade de São Paulo está subestimada)

6. Há alguma simetria da transmissão da doença entre diversas faixas etárias = Matriz de Contato com apenas 7 elementos diferentes

Principais Suposições do ModeloMétodos

Page 30: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Resultados

1.Foi desenvolvido um modelo matemático determinístico dinâmico, capaz de reproduzir a epidemia de coqueluche e avaliar novos esquemas vacinais.

2.O modelo permitiu avaliar as diferenças entre as estratégias vacinais propostas para o município de São Paulo, com diferentes coberturas vacinais aos 12 anos e aos 12 e 20 anos.

Page 31: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Cobertura vacinal

10% aos 12a

35% aos 12a

70% aos 12a

35% aos 12a 70% aos 20a

<1a 0,0% 52,5% 66,1% 54,2%

1 a 4a 0,0% 55,6% 77,8% 66,7%

5 a 9a 11,1% 66,7% 77,8% 63,0%

10 a 14a 10,7% 67,9% 82,1% 71,4%

15 a 19a 10,0% 66,0% 80,0% 66,0%

20 a 39a 5,6% 61,1% 75,0% 69,4%

> 40a 4,0% 56,0% 76,0% 64,0%

Total 4,8% 59,0% 73,4% 61,8%

Tabela 1 - Redução percentual prevista para os casos de coqueluche, por faixa etária, de acordo com a cobertura vacinal adotada.

Resultados

Eficácia da vacina = 80%

Page 32: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Ro por faixas etárias (atuais)

Ro,i valor atual

Ro,1 1,75

Ro,2 0,50

Ro,3 1,31

Ro,4 0,71

Ro,5 0,61

Ro,6 0,20

Ro,7 0,13

Resultados

Page 33: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Cuidados para a análise:• O modelo consegue reproduzir o nº de

casos nos diferentes compartimentos do modelo de acordo com as idades (faixas etárias) e assim prever a repercussão de perturbadores desta dinâmica;

• Não é um modelo capaz de reproduzir a epidemia no tempo e portanto não é capaz de prever surtos ou epidemias da doença;

• Diferenças nos valores dos principais fatores que influenciaram do modelo podem modificar os resultados.

Discussão

Page 34: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Discussão

Considerando que:

1. O modelo construído é um bom modelo para representar a epidemia de coqueluche;

2. Que os parâmetros utilizados foram os melhores parâmetros disponíveis para representar a realidade;

3. Que a matriz de contato representa razoavelmente bem as possibilidades de transmissão da doença entre as faixas etárias.

Page 35: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Discussão

Podemos concluir que:

1. As faixas etárias responsáveis pela perpetuação da coqueluche na população são os menores de 1 ano e de 5 a 10 anos;

2. A vacinação nos adolescentes (12 anos) tem maior repercussão, em todas as faixas etárias, do que a vacinação nos adultos jovens (20 anos);

3. A vacinação aos 12 anos, com cobertura vacinal acima de 35%, reduz mais de 50% dos casos entre os menores de 1 ano;

Page 36: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

4. Altas coberturas vacinais aos 20 anos são necessárias para haver repercussão mediana nas outras faixas etárias, não havendo, nesta análise, benefício da vacina nesta idade;

5. Não esquecer que a cobertura vacinal atual de vacinas de rotina entre adolescentes e adultos é baixa ( <35% de cobertura vacinal contra hepatite B em adolescentes, e <10% de cobertura vacinal da dT em adultos);

6. Para melhorar o percentual de redução entre os menores de 1 ano, seria interessante o estudo de vacinação de grupos específicos (mães e familiares de RN) e vacinação periódica (a cada 8 a 10 anos).

Discussão

Page 37: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

• A vacinação aos 12 anos demonstrou ser uma boa estratégia para redução dos casos de coqueluche;

• Vacinar os adultos aos 20 anos não é uma estratégia interessante de acordo com este modelo;

• A realização de um novo modelo para estudar a estratégia de vacinar um grupo específico, que tenha contato maior com os recém-nascidos é recomendada;

Conclusão

Page 38: Avaliação de novas estratégias para reforço vacinal contra a coqueluche no município de São Paulo

Conclusão

• Melhorar os resultados gerados por este modelo é possível e depende da existência futura de melhores dados sobre a doença no município de São Paulo.

• Para uma primeira aproximação do problema, consideramos que o modelo escolhido funcionou bem.