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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE HIDRÁULICA E TRANSPORTES LARYSSA CARRILHO MOREIRA AVALIAÇÃO DE MODELOS PARA ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA CAMPO GRANDE 2009

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE HIDRÁULICA E TRANSPORTES

LARYSSA CARRILHO MOREIRA

AVALIAÇÃO DE MODELOS PARA ESTIMATIVA DA

EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA

CAMPO GRANDE

2009

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE HIDRÁULICA E TRANSPORTES

LARYSSA CARRILHO MOREIRA

AVALIAÇÃO DE MODELOS PARA ESTIMATIVA DA

EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA

Trabalho de Conclusão de Curso em Engenharia Ambiental da

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, para obtenção do grau

de Bacharelado na área de Engenharia Ambiental.

ORIENTADOR: Prof. Dr. Teodorico Alves Sobrinho

Aprovada em:

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Teodorico Alves Sobrinho

Orientador – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Prof. Dr. Edson Kassar Mestranda Dulce B. Bicca Rodrigues

Universidade Federal de Mato Grosso do

Sul

Universidade Federal de Mato Grosso do

Sul

Campo Grande, MS

2009

iii

DEDICATÓRIA

Aos meus pais,

pelo apoio prestado durante os cinco anos de curso.

iv

AGRADECIMENTOS

A Deus que me deu força e perseverança para perseverar no Bacharelado em

Engenharia Ambiental.

Ao professor Doutor Teodorico Alves Sobrinho pela orientação prestada para a

realização deste trabalho.

A Rafael Rodrigues Garcez pela colaboração elaborando códigos no Software Excel

com o intuito de tornar mais rápida a manipulação dos dados meteorológicos.

v

SUMÁRIO

DEDICATÓRIA ........................................................................................................................iii

AGRADECIMENTOS .............................................................................................................. iv

LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................... vi

LISTA DE QUADROS ............................................................................................................ vii

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS .............................................................................viii

LISTA DE SÍMBOLOS ............................................................................................................ ix

1 RESUMO................................................................................................................................. 1

2 ABSTRACT ............................................................................................................................ 1

3 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 2

4 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................................... 4

4.1 Dados das localidades ....................................................................................................... 4

4.2 Modelos utilizados ............................................................................................................ 4

4.3-Análise dos dados ............................................................................................................. 6

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................................. 8

6 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 13

7 RECOMENDAÇÕES ............................................................................................................ 13

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 13

ANEXOS .................................................................................................................................. 16

vi

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1-Valores de evapotranspiração de referência para os diferentes métodos no período

de setembro de 2001 a setembro de 2009 ................................................................................... 8

FIGURA 2-Equação linear e coeficiente de determinação obtidos através dos diferentes

métodos em relação ao padrão no período de setembro de 2001 a setembro de 2009 para CG. 9

FIGURA 3-Equação linear e coeficiente de determinação obtidos através dos diferentes

métodos em relação ao padrão no período de setembro de 2001 a setembro de 2009 para PP .. 9

FIGURA 4-Equação linear e coeficiente de determinação obtidos através dos diferentes

métodos em relação ao padrão no período de setembro de 2001 a setembro de 2009 para TL10

FIGURA 5-Incidência de ótimos para os diversos métodos avaliados em relação ao método de

FAO-Penman Monteith. ........................................................................................................... 11

FIGURA 6-Erro padrão de estimativa anual para os diversos métodos analisados em relação

ao método padrão para três localidades do Estado de Mato Grosso do Sul durante o período de

setembro de 2001 a setembro de 2009...................................................................................... 11

vii

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1-Critérios de interpretação do índice de concordância proposto por Camargo &

Sentelhas, 1997. .......................................................................................................................... 7

viii

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

CG Campo Grande

ETo Evapotranspiração de referência

FAO Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação

FAO-BC FAO Blaney-Criddle

FAO-PM FAO-Penman Monteith

FAO-Rad FAO-Radiação

HS Hargreaves e Samani

INMET Instituto Nacional de Meteorologia

Makk Makkin

PP Ponta Porã

TL Três Lagoas

ix

LISTA DE SÍMBOLOS

r fator de correlação

R2 coeficiente de determinação

SEE erro padrão de estimativa

d índice de concordância de Willmott

c índice de desempenho

Δ declividade da curva de pressão , kPa°C-1

Rn radiação líquida total diária, MJ m-2

d-1

G densidade de fluxo de calor no solo, MJ m-2

d-1

T temperatura média diária(°C),

U2 velocidade média do vento a 2m de atura (ms-1

)

es pressão de saturação de vapor média diária, kPa

ea pressão parcial de vapor média diária, kPa

γ coeficiente psicrométrico, 0,063 kPa°C-1

b coeficiente angular da reta, depende da umidade relativa do ar e da U2

λ calor latente de vaporização (MJ kg-1

)

Tmáx temperatura máxima do ar (°C)

Tmín temperatura mínima do ar (°C)

P percentagem de horas de brilho solar diário em relação ao total do ano, h

Ra radiação extraterreste, mm d-1

Rs radiação solar, mm d-1

W fator de ponderação que depende da temperatura do bulbo úmido e do fator

psicrométrico

a,b coeficientes da equação de regressão linear

y valor de ETo do método padrão, mm d-1

x valor de ETo dos métodos avaliados, mm d-1

ŷ ETo dos métodos avaliados, mm d-1

n número de observações

Ei valor estimado para o i-ésimo evento

Oi valor do método FAO-Penman Monteith

Ō média dos valores do método FAO-Penman Monteith

1

AVALIAÇÃO DE MODELOS PARA ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE

REFERÊNCIA

Laryssa Carrilho Moreira1, Teodorico Alves Sobrinho

2

1Acadêmica de Engenharia Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul,

2Professor Doutor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

1 RESUMO

O objetivo desse trabalho foi comparar os valores de evapotranspiração de referência

obtidos através dos métodos FAO-Penman Monteith (FAO-PM), FAO-Radiação (FAO-Rad),

FAO Blaney-Criddle (FAO-BC), Makkink (Makk), Turc e Hargreaves e Samani (HS) para três

localidades: região Central, região Sul e região Nordeste do Estado de Mato Grosso do Sul. O

fator de correlação (r), o coeficiente de determinação (R2), o erro padrão de estimativa (SEE), o

índice de concordância de Willmott (d) e o índice de desempenho (c) foram calculados para

efeito de comparação estatística dos modelos. A evapotranspiração mínima e máxima medida

através do método FAO-PM foi de 4,1 e 5,73 mmd-1

para a região Central, 3,11 e 5,48 mmd-1

para a região Sul e 3,49 e 5,51 mmd-1

para a região Nordeste durante o período de setembro de

2001 a setembro de 2009. Os métodos de FAO-BC e FAO-Rad foram os que apresentaram

melhor estimativa da evapotranspiração em relação ao método de FAO-PM para as três regiões

estudadas, possibilitando sua utilização ao invés do método padrão.

UNITERMOS: manejo da irrigação, ciclo hidrológico, FAO-Penman Monteith.

MOREIRA, L.C; ALVES SOBRINHO, T. EVALUATION OF

EVAPOTRANSPIRATION REFERENCE ESTIMATION METHODS

2 ABSTRACT

The aim of this work was to compare evapotranspiration in the state of Mato Grosso do

Sul. The following methods were used: FAO-Penman Monteith (FAO-PM), FAO-Radiation

(FAO Rad), FAO Blaney-Criddle (FAO-BC), Makkink (Makk), Turc and Hargreaves and

Samani (HS). Values of the correlation coefficient (r), the coefficient of determination (R2), the

standard errors of the estimate (SEE), the index of agreement of Willmott (d) and the confidence

index (c) were calculated for statistic comparison between the methods. The max and min

2

evapotranspiration using the FAO-PM were 4,1 and 5,73 mmd-1

for Central region, 3,11 and

5,48 mmd-1

for Southern and 3,49 e 5,51 mmd-1

for Northeast during September 2001 to

September 2009. The FAO-BC e FAO-Rad methods showed the best estimates of

evapotranspiration in relation to the FAO-PM method for the studied cities, suggesting that they

could be used instead of the latter method.

KEYWORDS: irrigation management, hydrological cycle, FAO-Penman Monteith.

3 INTRODUÇÃO

A evaporação é o processo no qual a água no estado líquido é convertida em vapor de

água sendo retirada da superfície, por exemplo, dos lagos, rios, pavimentos, solos e vegetação

úmida. Já a transpiração consiste na vaporização da água contida nos tecidos vegetais e

transportada para a atmosfera. Quando esses processos ocorrem simultaneamente sem que haja

distinção entre eles, têm-se a evapotranspiração (Allen et al., 1998).

A evapotranspiração depende da umidade relativa atmosférica, da velocidade do vento,

da temperatura, da radiação solar, da pressão, da salinidade da água, da evaporação da superfície

do solo e da transpiração. O balanço de energia e equações de quantidade de movimento podem

estabelecer a relação entre os parâmetros (Garcez & Alvares, 1988).

A umidade retativa é obtida através da razão entre a pressão atual e a de saturação sendo

a pressão de saturação a pressão na qual ocorre o equilíbrio entre a quantidade de vapor que

escapa para a atmosfera e a água que retorna para o reservatório e a pressão atual a pressão que

o vapor de água exerce no ar estando ele saturado ou não. A diferença entre a pressão de

saturação e a pressão atual demonstra a capacidade evaporativa da atmosfera A velocidade do

vento é responsável pelo afastamento das massas de ar de elevada umidade e a radiação solar é a

fonte de energia do processo de evapotranspiração (Allen et al., 1998).

Segundo Carvallho et al. (2002) a evapotranspiração é um componente do ciclo

hidrológico utilizado no manejo de irrigação, modelos climáticos e em estudos hidrológicos.

A evapotranspiração da cultura é obtida através da multiplicação do coeficiente de

cultura (kc) pela evapotranspiração de referência, sendo utilizada na determinação da

quantidade de água necessária para a irrigação (Syperreck et al., 2008).

3

Doorenbos & Pruitt (1997) definiram que a evapotranspiração de referência (ETo) é a

que ocorre em uma superfície vegetada com grama de altura variando de 0,08 a 0,15 m,

apresentando crescimento, recobrindo o solo totalmente e sem carência de água.

O método de FAO-Penman Monteith (FAO-PM) estima a ETo baseado em uma cultura

hipotética recobrindo totalmente a superfície do solo com 12 cm de altura, albedo de 0,23 e

resistência aerodinâmica de 70 sm-1

(Allen et al., 1998). A equação de FAO-PM foi obtida

através da parametrização do método de Penman-Monteith realizada pela Organização das

Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e é adotada como padrão por utilizar

parâmetros aerodinâmicos e fisiológicos.

O FAO-PM contém parâmetros que não são facilmente obtidos, porém outras

metodologias de cálculo de ETo possuem equações mais simplificadas. Como exemplo de

métodos de cálculo de ETo têm-se FAO-Radiação (FAO-Rad) (Doorenbos & Pruitt, 1977),

FAO-Blaney Criddle (FAO-BC) (Sediyama, 1987), Makkink (Makk) (Makkink, 1957), Turc,

(Jensen et al., 1990), Hargreaves e Samani (HS) (Hargreaves & Samani, 1985) e Camargo

(Camargo & Sentelhas, 1997).

Os métodos de cálculo de ETo normalmente não são empregados nas condições

climáticas e agronômicas em que foram concebidos necessitando a avaliação do grau de

exatidão (Carvalho et al, 2002). Com este intuito, são realizadas comparações entre os diversos

modelos de estimativa.

A comparação entre os métodos pode ser feita utilizando-se o coeficiente de

determinação (Caravalho et al, 2002; Vescove & Turco, 2005) que estabelece a distância entre

os pontos analisados e uma reta, o índice de concordância (Fernandes et al., 2006) que mostra a

relação entre os valores do método analisado e o padrão e o índice de desempenho (Araújo et

al., 2007; Conceição, 2003; Conceição & Mandelli, 2005, Oliveira Filho, 2007; Reis et al.,

2007; Syperreck et al., 2008; Franchini, 2005) que correlaciona o índice de concordância com o

fator de correlação que é característico da equação de regressão linear.

Assim, o objetivo desse trabalho foi comparar os valores de evapotranspiração de

referência obtidos através dos métodos FAO-Penman Monteith (FAO-PM), FAO-Radiação

4

(FAO-Rad), FAO Blaney-Criddle (FAO-BC), Makkink (Makk), Turc e Hargreaves e Samani

(HS) para três localidades: região Central, região Sul e região Nordeste do Estado de Mato

Grosso do Sul. Os modelos utilizados apresentam menor número de variáveis, variáveis de

obtenção mais fácil e são obtidas através do Software “Reference Evapotranspiration

Calculator”.

4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 Dados das localidades

Os dados climáticos foram obtidos das Estações Meteorológicas Automáticas do

Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) localizadas nas regiões Central, Sul e Nordeste do

Estado de Mato Grosso do Sul-representadas pelas cidades de Campo Grande (CG), Ponta Porã

(PP) e Três Lagoas (TL), respectivamente. As coordenadas das localidades são

consecutivamente 20°27'0"S, 54°36'59,76"W e altitude de 530m; 22°31'59,88"S,

55°31'59,88"W e altitude de 650m e 20°46'59,88"S, 51°42'0"W e altitude de 313m.

A série histórica foi de setembro 2001 a setembro 2009, sendo que o ano de 2004 não

foi considerado. A quantidade de dias significativos ao longo dessa série história foi: 2154 dias

para a cidade de Campo Grande, ocasionando um desvio de 17%; 1788 dias para a cidade de

Ponta Porã, ocasionando um desvio de 31% e 2586 dias para a cidade de Três Lagoas,

ocasionando um desvio de 21%.

4.2 Modelos utilizados

As estimativas de evapotranspiração diária foram obtidas pelos métodos FAO-PM

(Alen et al., 1998), FAO-Rad (Doorenbos & Pruitt, 1977), FAO-BC (Sediyama, 1987), HS

(Hargreaves & Samani, 1985), Makk (Makkink, 1957) e Turc (Jensen et al., 1990) utilizando-se

o Software “Reference Evapotranspiration Calculator”-REF-ET (Allen, 1991) que também

estimou a radiação líquida.

A radiação líquida que é o equilíbrio entre a radiação absorvida, refletida e emitida pela

superfície da Terra e a densidade de fluxo de calor que é a energia utilizada no aquecimento do

solo são utilizadas na equação FAO-PM que é dada por: (Allen et al.,1998):

5

na qual: Δ é a declividade da curva de pressão (kPa°C-1

), Rn é a radiação líquida total diária (MJ

m-2

d-1

), G é a densidade de fluxo de calor no solo (MJ m-2

d-1

), T é a temperatura média (°C),

U2 é a velocidade média do vento a 2m de atura (ms-1

), es é a pressão de saturação de vapor

média diária (kPa), ea é a pressão parcial de vapor média diária (kPa), γ é o coeficiente

psicrométrico (0,063 kPa°C-1

).

A radiação solar, também conhecida como radiação global, é dada pela somatória entre

a radiação de ondas curtas e a a radiação difusa e o calor latente de vaporização que é a energia

requerida para transformar do estado líquido para gasoso uma massa de ar à temperatura e

pressão constantes. Esses parâmetros encontram-se inseridos na equação FAO-Rad, cuja

fórmula é: (Doorenbos & Pruitt, 1977; Allen et al., 1998)

em que: b= é o coeficiente angular da reta que depende da umidade relativa do ar e da

velocidade do vento a 2m de altura, Rs é a radiação solar (MJ m-2

d-1

), λ é calor latente de

vaporização (MJ kg-1

), γ é o coeficiente psicrométrico (0,063 kPa°C-1

).

A equação de Blaney-Criddle é considerada um método baseado na temperatura e é

dada por (Jensen et al., 1990; Sediyama, 1987):

ETo = 0,75 (0,24+0,0312T) (0,457T+8,13)p

sendo: T é a temperatura média diária (°C) e p é a percentagem de horas de brilho solar diário

em relação ao total do ano.

A radiação extraterrestre é a radiação solar recebida no topo da atmosfera eum uma

superfície horizontal, sendo apresentada na equação de Hargreaves e Samani (Hargreaves &

Samani, 1985):

ETo = 0,0023Ra(Tmáx-Tmín)1/2

(T+17,8),

na qual: Ra é a radiação extraterreste (mm d-1

), Tmáx é a temperatura máxima do ar, Tmín é a

temperatura mínima do ar e T é a temperatura média.

6

A equação de Makkink utiliza a radiação solar e a temperatura do bulbo úmido e é dada

por: (Makkin, 1957)

ETo = 0,61WRs-0,12

em que: Rs é a radiação solar (mm d-1

) e W é o fator de ponderação que depende da temperatura

do bulbo úmido e do fator psicrométrico. W = 0,407+0,0145Tu para Tu variando de 0°C a 16°C

e W = 0,483+0,01Tu com Tu variando de 16,1°C a 32°C, sendo Tu a temperatura do bulbo

úmido.

O método de Turc utiliza somente a radiação solar e a temperatura em sua equação dada

por (Jensen et al., 1990):

sendo: T é a temperatura média (°C) e Rs é a radiação solar (mm d-1

).

4.3-Análise dos dados

O fator de correlação (r), o coeficiente de determinação (R2), o erro padrão de

estimativa (SEE), índice de concordância de Willmott (d) e o índice de desempenho (c) foram

calculados para efeito de comparação estatística dos modelos (Jensen et. al, 1990; Willmott,

1991; Camargo & Sentelhas, 1997).

O método de FAO-Penman Monteith foi adotado como padrão, sendo o valor

dependente da equação de regressão linear, enquanto os demais métodos foram considerados

como independentes. A equação é: y = a+bx, na qual y é o valor de ETo do método padrão (mm

d-1

), a e b são coeficientes da equação de regressão e x é o valor de ETo dos métodos avaliados

(mm d-1

).

Através da equação de regressão linear são calculados os valores de r e R2. Carvalho et

al. (2002) utilizaram o R2 para comparar os métodos de HS, FAO-Rad e Penman ao método de

Penman-Monteith, enquanto Vescove & Turco (2005) realizaram a comparação, através dessa

metodologia, dos métodos de Radiação Solar, Makk e Tanque Classe “A”.

O índice de Willmott relaciona-se ao afastamento dos valores estimados aos observados

e é obtido pela equação: (Willmott, 1981)

7

sendo: Ei é o valor estimado para o i-ésimo evento, Oi é é valor do método FAO-Penman

Monteith e a média dos valores do método FAO-Penman Monteith.

O d foi utilizado por Fernandes et al. (2006) para avaliar os métodos do Tanque

evaporimétrico, Camargo, Makk, Radiação Solar, Jensen-Haise, Linacre, HS, Penman,

Penaman-Piche e Penman-Monteith com relação às medidas efetuadas em lisímetro.

O índice de desempenho é a multiplicação do índice de concordância de Willmott pelo

fator de correlação (Camargo & Sentelhas, 1997). Este foi adotado como critério de avaliação

dos métodos de cálculo da evapotranspiração de referência em relação ao método padrão. Os

critérios são mostrados no Quadro 1.

Quadro 1-Critérios de interpretação do índice de concordância proposto por Camargo &

Sentelhas, 1997.

Valor do índice de desempenho Desempenho

>0,85 Ótimo

0,76 à 0,85 Muito bom

0,66 à 0,75 Bom

0,61 à 0,65 Mediano

0,51 à 0,60 Sofrível

0,41 à 0,50 Mau

≤0,40 Péssimo

O índice de desempenho foi adotado como forma de interpretação da relação entre

métodos de cálculo de evapotranspiração de referência por Araújo et al. (2007), Conceição

(2003), Conceição & Mandelli (2005), Oliveira Filho (2007), Reis et al. (2007), Syperreck et al.

(2008) e Franchini (2005).

O erro padrão de estimativa dá igual peso aos métodos avaliados, indica quão bem cada

método estima a ETo do método padrão e é calculado através da expressão: (Jensen et al., 1990)

em que: y é o valor de ETo do método padrão, é a ETo dos métodos avaliados e n é o número

de observações.

8

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os valores de evapotranspiração média mensal no período de setembro de 2001 a

setembro de 2009 para as cidades de Campo Grande, Ponta Porã e Três Lagoas estimados pelos

diferentes métodos analisados estão apresentados na Figura 1.

Figura 1-Valores de evapotranspiração de referência para os diferentes métodos no período de

setembro de 2001 a setembro de 2009

A evapotranspiração mínima e máxima, medida através do método FAO-PM foi de 4,1

5,73 mmd-1

para CG, 3,11 e 5,48 mmd-1

para PP e 3,49 e 5,51 mmd-1

para TL durante a série

histórica. A equação linear e o coeficiente de determinação obtidos através dos valores de ETo

calculados pelos métodos FAO-Rad, FAO-BC, HS, Makk e Turc em relação ao método padrão

nas cidades de CG, PP e TL são apresentados nas Figuras 2, 3 e 4.

9

Figura 2-Equação linear e coeficiente de determinação obtidos através dos diferentes métodos

em relação ao padrão no período de setembro de 2001 a setembro de 2009 para CG

10

Figura 3-Equação linear e coeficiente de determinação obtidos através dos diferentes métodos

em relação ao padrão no período de setembro de 2001 a setembro de 2009 para PP

Figura 4-Equação linear e coeficiente de determinação obtidos através dos diferentes métodos

em relação ao padrão no período de setembro de 2001 a setembro de 2009 para TL

Analisando-se a incidência de ótimos obtidos através do índice de desempenho obtidos

pelos métodos avaliados, pode-se observar que os métodos de FAO-BC e FAO-Rad foram os

métodos que melhor estimaram a evapotranspiração de referência em relação ao método padrão

nas três localidades durante a série histórica (Figura 5). Com exceção de CG, a seqüência dos

melhores métodos é FAO-BC, FAO-Rad, Turc, Makk e HS. Em CG ocorreu uma inversão entre

os métodos de Turc e Makk.

11

Figura 5-Incidência de ótimos para os diversos métodos avaliados em relação ao método de

FAO-Penman Monteith.

A análise qualitativa do erro padrão de estimativa anual das três localidades estudadas

no ano de 2008 é apresentada na Figura .6

Figura 6-Erro padrão de estimativa anual para os diversos métodos analisados em relação ao

método padrão para três localidades do Estado de Mato Grosso do Sul durante o período de

setembro de 2001 a setembro de 2009.

12

Com exceção da cidade de CG, no período analisado os métodos que apresentaram

menores erros foram FAO-BC, FAO-Rad, Turc, HS e Makk. Em CG houve uma inversão entre

os métodos de Turc e HS.

Os métodos de FAO-BC e FAO-Rad apresentam menor erro e maior índice de ótimoss

em relação ao método FAO-PM. Portanto, podem ser utilizados para a estimativa da

evapotranspiração de referência quando faltam dados para o cálculo através do método padrão.

Segundo Vescove & Turco (2005) para a região de Araraquara-SP o método de Makk é

o que apresenta maior coeficiente de correlação, subestimando a evapotranspiração de

referência principalmente no período inverno-primavera. Esse comportamento é visualisado nas

localidades estudadas no Estado de Mato Grosso do Sul. Após o método de Makk para região de

Araraquara-SP encontra-se o método da Radiação Solar que superestima a evapotranspiração

especialmente no período verão-outono.

Fernandes et al. (2006) comparando diversos métodos com medidas realizadas em

lisímetros na cidade Arthur Nogueira-SP, observaram que o método de HS apesar de utilizar a

radiação solar em sua equação apresentou estimativas piores. O modelo de HS também

apresentou piores estimativas na ETo no Estado de Mato Grosso do Sul, sendo no entanto seus

valores comparados com o método de FAO-PM.

Através do índice de desempenho Araújo et al. (2007) concluíram que para a cidade de

Boa Vista-RR os melhores métodos foram o HS e Makk quando comparados em relação ao

método de FAO-PM. Ocorreu uma inversão entre o modelo de Makk e o de HS em CG, PP e

TL. Syperreck et al. (2008) e Conceição (2003) obteviveram que o método de HS para a região

de Palotina-Paraná e Baixo Rio Grande-SP ajusta-se bem em relação ao FAO-PM, ao contrário

do obtido através das localidades estudadas em Mato Grosso do Sul.

Os seguintes autores também utilizaram o índice de desempenho como forma de

avaliação dos métodos de cálculo de ETo em relação ao padrão e obtiveram que os modelos

com melhores desempenhos são: Makk e HS em Bento Gonçalves-RS (Conceição & Mandelli,

2005), FAO-BC, Turc, FAO-Rad e Makk para três localidade do Estado do Espírito Santo no

período seco (Reis et al., 2007) e FAO-BC, FAO-Rad e HS para as cidades de Dourados e

13

Ponta Porã-MS (Franchini, 2005). O índice de desempenho obtido através das regiões Central,

Sul e Nordeste do Estado de Mato Grosso do Sul segue a mesma classificação obtida por

Conceição & Mandelli (2005) e Franchini (2005) e diferem do obtido por Reis et al. (2007)

devido há uma inversão entre os métodos de Turc e FAO-Rad.

6 CONCLUSÃO

Os modelos de FAO-BC e FAO-Rad são os que apresentam melhor estimativa da

evapotranspiração, em relação ao método de FAO-PM, para as localidades estudadas o que

possibilita sua utilização ao invés do método padrão.

7 RECOMENDAÇÕES

Os métodos de cálculo de evapotranspiração de referência devem ser calibrados e

validados para os locais de estudo, através da utilização de lisímetros ou do Tanque Classe “A”.

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALLEN, R.G. et al. Crop evapotranspiration: guidelines for computing crop water

requirements-FAO Irrigation and Drainage Paper 56. Rome: FAO, 1998.

ALLEN, R.G. Reference evapotranspiration calculator.Version 2.1. Utah State University,

Logan, EUA, 1991.

ARAÚJO, W.F. Comparação entre métodos de estimativa da evapotranspiração de referência

(ETo) para Boa Vista, RR. Caatinga, Mossoró, v. 20, n. 4, p. 84-88, 2007.

CAMARGO, A.P; SENTELHAS, P.C. Avaliação do desempenho de diferentes métodos de

estimativa da evapotranspiração potencial no Estado de São Paulo. Brasil. Revista Brasileira

de Agrometeorologia, Santa Maria, v. 5. n. 1, p. 89-97, 1997.

CARVALHO, D.F. et al. Comparação entre diferentes metodologias de estimativa da

evapotranspiração de referência e sua influência na demanda máxima suplementar de irrigação

para o milho (Zea mays L.) no Estado do Rio de Janeiro. Agronomia, v. 36, n. 1/2, p. 48-55,

2002.

CONCEIÇÃO, M.A.F. Estimativa da evapotranspiração de referência com base na temperatura

do ar para as condições do Baixo Rio Grande, SP. Revista Brasileira de Agrometeorologia,

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CONCEIÇÃO, M.A.F; MANDELLI, F. Comparação entre métodos de estimativa da

evapotranspiração de referência em Bento Gonçalves, RS. Revista Brasileira de

Agrometeorologia, Santa Maria, v. 13. n. 2, p. 303-307, 2005.

DOORENBOS, J., PRUITT, W. Guidelines for predicting crop water requiriments. Rome,

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FERNANDES, A.L.T. et al. Avaliação de diferentes métodos de estimativa da

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FRANCHINI, R. G. Comparação entre métodos de estimativa da evapotranspiração de

referência para diversas localidades do Estado de Mato Grosso do Sul. Dissertação

(Mestrado em Agronomia)-Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Dourados, 2005.

GARCEZ, L.N; ALVAREZ, G.A. Hidrologia. 2 ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1988. 291p.

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MAKKINK, G.F. Ekzamento de la formulo de Penman. Netherlands Journal of Agricultural

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OLIVEIRA FILHO, C.L. Prognóstico das variáveis meteorológicas e da evapotranspiração

de referência com o modelo de previsão do tempo GFS/NCEP. 2007. 55f. Dissertação

(Mestrado em Agronomia)-Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”,Universidade de

São Paulo, Piracicaba, 2007.

REIS, E. F. et al. Estudo comparativo da estimativa da evapotranspiração de referência para três

localidades do Estado do Espírito Santo no período seco. Idesia, Chile, v. 25, n. 3, p. 75-84,

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PEREIRA, A.R; VILLA NOVA, N.; SEDIYAMA, G.C. Evapotranspiração. Piracicaba:

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SYPERRECK, V. L. G. et al. Avaliação de desempenho de métodos para estimativas de

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Agronomy, Maringá, v. 30, p. 603-609, 2008.

VESCOVE, H.V; TURCO, J.E.P. Comparação de três métodos de estimativa da

evapotranspiração de referência para a região de Araraquara-SP. Engenharia Agrícola,

Jaboticabal, v.25, n. 3, p. 713-721, 2005.

WILLMOTT, C.J. On the validation of model. Physical Geography, v. 2, p. 184-194, 1981.

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ANEXOS

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ANEXO-NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DA REVISTA IRRIGA

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO

Os trabalhos deverão ser enviados em três vias de papel A4, uma cópia em disquete

de tamanho 3 ½” ou CD no processador de textos Word for Windows em português,

espanhol ou, preferencialmente, em inglês. Usar a fonte “Times New Roman”,

tamanho 11, espaço duplo e linhas numeradas. O texto final deverá ter as dimensões

de 150 mm x 220 mm, no máximo, usando-se 12 espaços em todos os parágrafos.

TIPOS DE PUBLICAÇÃO

Artigo Científico: trabalhos de pesquisa científica inéditos e conclusivos. Os textos

devem ter 25 páginas, no máximo, incluindo figuras e tabelas e no máximo trinta

referências. Devem obedecer a seguinte seqüência: Título; Autoria; Resumo;

Unitermos; Título em inglês, seguido do Abstract e Keywords; Introdução; Material

e Métodos; Resultados e Discussão; Conclusões; Agradecimentos e Referências

Bibliográficas.

Notas Científicas: trabalhos de pesquisa científica inéditos e de interesse para uma

rápida divulgação. Devem obedecer a mesma seqüência dos artigos e não ter mais de

10 páginas.

Artigos Técnicos: referem-se à patentes, produtos e técnicas novas.

Revisão: texto sobre matéria específica e encomendada pela editoria.

ESTRUTURA DO TRABALHO

Título:- o título do trabalho, em maiúsculas, centralizado e em negrito não incluindo

nomes científicos das espécies, a menos que não haja nome comum no idioma em

que foi redigido. Os títulos das seções devem ser em maiúsculas, centralizados, em

negrito e numerados (Ex: 3 INTRODUÇÃO); os subtítulos devem ser alinhados à

esquerda (Ex: 3.1 Solo);

Autor(es):- por extenso, e em negrito, com as primeiras letras em maiúsculas. O

endereço deve ser completo, por extenso, na seguinte ordem: departamento,

instituição de origem, endereço, e-mail e em itálico;

Resumo e Abstract:- não devem conter mais de 200 palavras, com Palavras-Chave

e Keywords ao final (com no máximo 6 palavras). Estas nunca devem repetir termos

para indexação que já estejam no título. O Abstract é precedido do nome dos autores

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em negrito e em maiúsculas conforme constaria nas referências bibliográficas,

seguido do título em inglês, também em maiúsculas e em negrito.

Referências Bibliográficas: as referências são normalizadas segundo a Associação

Brasileira de Normas Técnicas- ABNT (NBR 6023). Devem incluir apenas as

mencionadas no texto e ser apresentadas em: ordem alfabética pelo sobrenome do

autor citar todos os autores separados por ; os títulos dos periódicos não devem ser

abreviados

•Livros e outras monografias:

KLAR, A.E. A água no sistema solo-planta atmosfera. 2.ed. São Paulo: Nobel,

1988. 408p.

•Capítulos de livros:

SEEMAN, J. Greenhouse climate. In: SEEMAN, J. et al. Agrometeorology. Berlin:

Springer-Verlag, 1979. p.165-178.

•Dissertações e Teses:

LOPES, M.D.C. Composição química de águas residuárias provenientes de

efluentes urbanos destinadas à irrigação. 2002. 87f. Dissertação (Mestrado em

Agronomia) – Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista,

Botucatu, 2002.

•Artigos de periódicos:

ROSA. J. A.; SMAJSTRLA, A. G.; CAMPBELL, K. L. Development and testing of

a computer model to simulate water table response to subrrigation. Irriga, Botucatu,

v. 7, n.2, p. 64-75, 2002.

•Trabalho de congresso ou similar (publicado):

MEDEIROS, J.F. de Efeito da salinidade inicial do solo e da água de irrigação sobre

a cultura do pimentão. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA

AGRÍCOLA, 27., 1998, Poços de Caldas. Anais... Lavras: Universidade Federal de

Lavras/Sociedade Brasileira de Engenharia Agrícola, 1998. p.97-99.

•Documento de acesso em meio eletrônico:

GRUPO DE ESTUDOS E SOLUÇÕES PARA AGRICULTURA IRRIGADA.

Produtos. Disponível em:

<http://www.irriga.com.br/produtos_compl.jsp?CODIGO=1>. Acesso em:

28 jun. 2005.

19

Citações no texto:

Devem ser dispostas no sistema autor-data.

As citações de autores no texto tem somente as iniciais em maiúsculas e são

seguidas do ano de publicação.

No caso de dois autores, usar & (e comercial).

Havendo mais de dois autores, citar o primeiro seguido de et al.

Exemplos: Klar (1988); Stone & Ekwue (1996); (Lopes, 2002); (Passos et al.,

1995).

As comunicações pessoais devem ser citadas apenas em nota de rodapé

Quadros, Tabelas e Figuras:-As palavras quadro, tabela e figura no texto devem

ser indicadas com inicial em maiúsculo (Tabela) e nas legendas em negrito

(Tabela).

Nas figuras, os títulos devem ser inseridos no rodapé das mesmas e, nos quadros e

tabelas, no cabeçalho.

Indicar o local de inserção das figuras, quadros e tabelas. As figuras devem ser feitas

por computador, ou caso não haja possibilidade, em papel branco ou vegetal. Os

quadros devem seguir o estilo Simples 1 da galeria de autoformatação de tabelas do

“Word for Windows”.

TRAMITAÇÃO DO MANUSCRITO

O autor receberá um aviso com data de recebimento e a de aprovação que constarão

dos trabalhos. Todos os trabalhos serão examinados por, pelo menos, dois revisores

“ad hoc” e, caso haja divergência para a aceitação, será enviado a outro(s). Tão logo

aprovado quanto ao mérito, será encaminhado à bibliotecária e à revisão de redação.

Em seguida, os autores receberão o artigo para última revisão, devendo enviar uma

carta de anuência para a publicação do trabalho. Quando o artigo tiver mais de

quatro autores, é indispensável a indicação especifica das funções de cada autor na

execução do trabalho. É vedada a reprodução dos trabalhos em outras publicações

ou sua tradução para outro idioma sem a autorização da Comissão Editorial. Caso

seja detectado conflito de interesses o artigo será enviado aos editores científicos.

Está também implícito que, no desenvolvimento do trabalho, os aspectos éticos e

respeito à legislação vigente do copyright foram também observados. Manuscritos

submetidos fora das normas não serão considerados. Após aceitação do manuscrito

para publicação, a revista Irriga adquire o direito exclusivo de copyright para todas

20

as línguas e países. Não é permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos

publicados sem a devida autorização por escrito da Comissão Editorial da Irriga.

GUIDELINES FOR AUTHORS

Original papers must be mailed in triplicate of paper A4 followed by a computer

disk 3 1/2”, or CD, using Word for Windows, in English or Portuguese or Spanish,

font “Times New Roman”, size 11, numbered lines and double space. The text must

have 150 mm x 220mm and no more than 25 pages.

TYPES OF PUBLICATONS

Article: it must follows the sequence: Title; Authors; Abstract; Keywords; Resumo;

Unitermos; Introduction; Material and Methods; Results and Discussion;

Conclusions;Acknowledgements; and References (no more than thirty).

Scientific Communications: must be umpublished and for rapid divulgation,

following the same sequence of the article with no more than ten pages and no more

than ten references.

Technical Article: they are patent, new product and technique.

Revision: text about specific subject and requested by the Editorial Commission

with no more than thirty references.

STRUCTURE OF PUBLICATIONS

TITLE: must be centralized in capital letters and bold-faced type. The titles of each

section have to be typewritten in capital letters, numbered and bold-faced typed and

centralized (3 INTRODUCTION). Subtitles must be distant two spaces from the

text and numbered (ex.: 3.1 Soil).

AUTHORS: three spaces after the title. The names must be typed in capital and

bold-faced letters, followed by the institution, address and e-mail and in italic.

ABSTRACT and RESUMO: they must contain no more than 200 words. The

Keywords and Palavras-Chave (no more than six) can not have the same words of

the title.

REFERENCES: according to the NBR 6023 - ABNT. It is convenient to consult a

previous issue or the Librarian. The authors must separated by; The titles of the

journals can not be abreviated.

FIGURES, TABLES, etc.: insertion places have to be indicated in the text. Tables

must follow the “Simple 1” style from Microsoft Word. Figures and tables cannot be

larger than 150 mm x 220 mm, which is the standard size of the text in each page.

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PUBLICATION PROCEDURE

The papers submitted to IRRIGA must be original and not simultaneously submitted

to other periodicals. The papers are reviewed by two or three referees and

evaluated,before approval, by the Editorial Committee, which is formed by experts

in the areas involved by the Journal. After the approval, the paper are sent to the

Librarian and language reviewers. Then it will be sent to the authors for the final

revision .

It is prohibited reproduction of the papers in other publications without

authorization of Editorial Committee.Irriga publishes original manuscripts that

have been submitted elsewhere. With the acceptance of a manuscript for

publication, the publishers acquire full and exclusive copyright for all languages

and countries. Unless special permission has been granted by the publishers, no

photographic reproductions, microform and other reproduction of a similar nature

may be of the journal,of individual contributions contained therein or of extracts

therefrom.