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AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS NO CORREGO BACALHAU CAUSADOS PELO ESCOAMENTO DAS ÁGUAS PLUVIAIS EM NIQUELÂNDIA-GO(1) ANDERSON MARIANO DA SILVA(2); ANTÔNIO PASQUALETTO(3) RESUMO: Foram levantados e identificados impactos ambientais pela ausência de um plano de drenagem urbana no córrego Bacalhau em Niquelândia Goiás, e posteriormente propostas medidas mitigadoras e corretivas de tais impactos, integrando o Plano Diretor de Niquelândia como ferramenta de auxilio a gestão pública municipal. Palavras-Chave: Impactos Ambientais, Bacalhau, drenagem urbana, Plano Diretor. ABSTRACT: Environmental impacts were taken and identified due to the absence of an urban drainage plan in the Bacalhau Brook in Niquelândia, Goiás. Later on diminishing and correcting measures of such impacts were proposed, integrating the Director Plan in Niquelândia as an aid tool to the municipal public management. Keywords: environmental impact, Bacalhau, urban drainage, Director Plan. _______________________________________________________________________ 1- Artigo elaborado como requisito parcial à obtenção do grau de Engenheiro Ambiental no Curso de Graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Católica de Goiás. 2- Graduando de Engenharia Ambiental da Universidade Católica de Goiás – UCG. E-mail: [email protected] 3 -Engenheiro Agrônomo, Dr., professor da Disciplina de Projeto Final de Curso. E-mail: [email protected].

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AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS NO CORREGO BACALHAU CAUSADOS PELO ESCOAMENTO DAS ÁGUAS

PLUVIAIS EM NIQUELÂNDIA-GO (1)

ANDERSON MARIANO DA SILVA(2); ANTÔNIO PASQUALETTO(3)

RESUMO: Foram levantados e identificados impactos ambientais pela ausência de um plano de drenagem urbana no córrego Bacalhau em Niquelândia Goiás, e posteriormente propostas medidas mitigadoras e corretivas de tais impactos, integrando o Plano Diretor de Niquelândia como ferramenta de auxilio a gestão pública municipal. Palavras-Chave: Impactos Ambientais, Bacalhau, drenagem urbana, Plano Diretor. ABSTRACT: Environmental impacts were taken and identified due to the absence of an urban drainage plan in the Bacalhau Brook in Niquelândia, Goiás. Later on diminishing and correcting measures of such impacts were proposed, integrating the Director Plan in Niquelândia as an aid tool to the municipal public management. Keywords: environmental impact, Bacalhau, urban drainage, Director Plan. _______________________________________________________________________ 1- Artigo elaborado como requisito parcial à obtenção do grau de Engenheiro Ambiental no Curso de Graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Católica de Goiás. 2- Graduando de Engenharia Ambiental da Universidade Católica de Goiás – UCG. E-mail: [email protected] 3 -Engenheiro Agrônomo, Dr., professor da Disciplina de Projeto Final de Curso. E-mail: [email protected].

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1. INTRODUÇÃO:

A ocupação humana desde os povos mais antigos geralmente tem se baseado na

procura de locais que possam, de alguma forma, oferecer melhores condições de vida,

como terras férteis próximas a rios, para o favorecimento da agricultura, bem como o

abastecimento de água e até mesmo como veiculo para os dejetos. Não fugindo desta

realidade, a cidade de Niquelândia em Goiás, se desenvolveu as margens de dois rios, o

Trairás e o Bacalhau. A cidade de Niquelândia, ao contrário de algumas cidades, não foi

planejada e sua origem se deu pela busca do ouro no período colonial. Como

conseqüência, o desenvolvimento desordenado da cidade acarretou em impactos no meio

ambiente.

Por isso é necessário considerar a importância antrópica de tal afluente para o

desenvolvimento dessa cidade, tendo em vista que o mesmo serviu como fonte de

abastecimento, agricultura, pesca e lazer para os primeiros habitantes.

Algumas dessas transformações ocorreram com o córrego Bacalhau, devido aos usos

antrópicos no seu entorno, caracterizado principalmente pelo lançamento de esgoto

doméstico e da rede desencadeando impactos ambientais, tais como:

• Contaminação dos mananciais superficiais e subterrâneos com os efluentes

urbanos como o esgoto cloacal, pluvial e os resíduos sólidos;

• Disposição inadequada dos esgotos cloacais, pluviais e resíduos sólidos nas

cidades;

• Inundações nas áreas próximas ao córrego;

• Erosão e sedimentação gerando áreas degradadas;

Ocupação de áreas ribeirinhas com risco de inundações e de inclinações como

morros urbanos sujeitos a deslizamento após período chuvoso.

Nesse sentido, este estudo foi desenvolvido com o intuito de avaliar os danos

ambientais no córrego Bacalhau, decorrente do escoamento das águas pluviais e seus

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impactos em Niquelândia, além de propor medidas mitigadoras visando minimizar os

impactos ambientais sobre o mesmo.

Esse estudo e importante para a compreensão de fatores significativos que

contribuem para a qualidade de vida da comunidade, como por exemplo: ajudar no

planejamento urbano das cidades, entender as causas e conseqüências desta urbanização

sem planejamento, identificar alternativas que possam ajudar na solução dos impactos

ambientais, e por isso se faz necessário seu conhecimento.

Por ser a água um assunto relevante, tendo em vista que os seres humanos

necessitam da mesma para sobrevivência, e importante a preservação da mesma. Daí a

relevância da realização desse estudo, de forma a verificar o que poderá ser feito na

intenção de proteger tal bem.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Sistemas Urbanos de Drenagem

No início, a drenagem era basicamente um complemento da irrigação, mas depois

evoluiu para uma técnica com objetivos bem definidos, como recuperar extensões de

terrenos inundados, tais como charcos, pântanos; regular a umidade do solo em pequenas

áreas de cultivo agrícola e desviar as águas do subsolo em terrenos destinados à

construção (CARDOSO, 2005).

Segundo Cardoso (2005), as técnicas modernas de drenagem exigem projetos

pormenorizados, compostos de dispositivos coletores, coletores de transporte ou galerias

e emissários, conforme sua função. Essas técnicas são consideradas métodos eficazes

para manter a salubridade de áreas urbanas ou a urbanizar, sujeitas a alagamentos e que

podem converter-se em lodaçais e alagadiços.

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A execução de obras de drenagem das áreas urbanas e adjacentes faz parte de um

conjunto de obras de infra-estrutura necessária à garantia da integridade física dos

loteamentos urbanos, evitando a perda de bens e vidas humanas (UNIVERSIDADE

FEDERAL DE CAMPO GRANDE - UFCG, 2003).

De uma maneira geral, as águas decorrentes da chuva (coletadas nas vias públicas

por meio de bocas-de-lobo e descarregadas em condutos subterrâneos) são lançadas em

cursos d’água naturais, no oceano, em lagos ou, no caso de solos bastante permeáveis,

esparramadas sobre o terreno por onde infiltram no subsolo. Parece desnecessário dizer

que a escolha do destino da água pluvial deve ser feita, segundo critérios éticos e

econômicos, após análise cuidadosa e criteriosa das opções existentes (Universidade

Federal de Campo Grande - UFCG, 2003).

De acordo com Cardoso (2005), dentre os diversos fatores decisórios que

influenciam de maneira determinante a eficiência com que os problemas relacionados à

drenagem urbana podem ser resolvidos, destacam-se a existência de:

1) meios legais e institucionais para que se possa elaborar uma política factível de

drenagem urbana;

2) uma política de ocupação das várzeas de inundação, que não entre em conflito com

esta política de drenagem urbana;

3) recursos financeiros e meios técnicos que possam tornar viável a aplicação desta

política;

4) empresas que dominem eficientemente as tecnologias necessárias e que possam se

encarregar da implantação das obras;

5) entidades capazes de desenvolver as atividades de comunicação social e promover a

participação coletiva;

6) organismos que possam estabelecer critérios e aplicar leis e normas com relação ao

setor.

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Há, além disso, a necessidade de que as realidades complexas de longo prazo em

toda a bacia sejam levadas em consideração durante o processo de planejamento das

medidas locais de curtos e médios prazos. Por fim, mas não menos importante, a

população deve ser esclarecida através da organização de campanhas educativas

(CARDOSO, 2005).

2.2 – Conseqüências da Urbanização na Drenagem de uma bacia

O comportamento do escoamento superficial direto sofre alterações substanciais

em decorrência do processo de urbanização de uma bacia, principalmente como

conseqüência da impermeabilização da superfície, o que produz maiores picos e vazões

das águas superficiais (CAMPANA, 1994).

Já na primeira fase de implantação de uma cidade, o desmatamento pode causar

um aumento do volume no escoamento e, conseqüentemente, da erosão do solo. Se o

desenvolvimento urbano posterior ocorrer de forma desordenada, estes resultados

deploráveis podem ser agravados com o assoreamento em canais e galerias, diminuindo

suas capacidades de condução do excesso de água. Além de degradar a qualidade da água

e possibilitar a veiculação de moléstias, a deficiência de redes de esgoto contribui

também para aumentar a possibilidade de ocorrência de inundações. Uma coleta de lixo

ineficiente, somada a um comportamento indisciplinado dos cidadãos, acaba por entupir

bueiros e galerias e deteriorar ainda mais a qualidade da água. A estes problemas soma-se

a ocupação indisciplinada das várzeas, aumentando os custos gerais de utilidade pública e

causando prejuízos ao setor publico. Os problemas advindos de um mal planejamento não

se restringem ao local de estudo, uma vez que a introdução de redes de drenagem

ocasiona uma diminuição considerável no tempo de concentração (CAMPANA, 1994).

Estes processos de drenagem estão inter-relacionados de forma bastante

complexa, resultando em problemas que se referem não somente às inundações, como

também à poluição, ao clima e aos recursos hídricos de uma maneira geral (CAMPANA,

1994).

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Os problemas de controle de poluição diretamente relacionados à drenagem

urbana têm sua origem na deterioração da qualidade dos cursos receptores das ágües

pluviais. Além de aumentar o volume do escoamento superficial direto, a

impermeabilização da superfície também faz com que a recarga subterrânea, já reduzida

pelo aumento do volume das águas servidas (conseqüência do aumento da densidade

populacional), diminua ainda mais, restringindo as vazões básicas a níveis que podem

chegar a comprometer a qualidade da água pluvial nestes cursos receptores, não bastasse

o fato de que o aumento do volume das águas servidas já é um fator de degradação da

qualidade das águas pluviais (TUCCI, 2000).

Segundo a Resolução CONAMA N° 001, de 23 de Janeiro de 1986, considera-se

impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do

meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das

atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:

I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

II - as atividades sociais e econômicas;

III - a biota;

IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;

V - a qualidade dos recursos ambientais.

Desta forma se faz necessária a quantificação do impacto das condições reais da

urbanização sobre o escoamento, para que se possa disciplinar a ocupação do solo,

através de uma densificação que seja compatível com os riscos de inundação. A

construção de pequenos reservatórios em parques públicos e o controle sobre a

impermeabilização dos lotes e das vias públicas devem ser adotados antes que o espaço

seja ocupado. Essas medidas, quando exercidas nos estágios iniciais da urbanização,

exigem recursos relativamente limitados. A construção de reservatórios e diques, a

ampliação das calhas dos rios e outras soluções estruturais de alto custo podem ser

evitadas com o planejamento racional da ocupação urbana. Além disso, a ampliação da

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calha dos rios é, de certa forma, um paliativo, pois há aumento da velocidade no canal, o

que pode agravar as inundações a jusante. A construção de reservatórios não é uma

solução barata e, se houver um nível de poluição significativo na água do rio, seu

represamento pode vir a se constituir em uma eventual fonte de moléstias e até de

epidemias (CAMPANA, 1994).

2.3 Planos Diretores de Drenagem Urbana

Uma estratégia essencial para a obtenção de soluções eficientes dos problemas

relacionados a drenagem urbana, é a elaboração de planos diretores. É altamente

recomendável que um plano diretor de drenagem urbana evite medidas locais de caráter

restritivo (que freqüentemente deslocam o problema para outros locais, chegando mesmo

a agravar as inundações a jusante), através de um estudo da bacia hidrográfica como um

todo. No que diz respeito às normas e aos critérios de projeto adotados, deve-se

considerar a bacia homogênea, através do estabelecimento de período de retorno

uniforme, assim como dos gabaritos de pontes, travessias, etc (TUCCI, 1993).

O plano diretor deve possibilitar a identificação das áreas a serem preservadas e a

seleção das que possam ser adquiridas pelo poder público antes que sejam ocupadas,

loteadas ou que seus preços se elevem e tornem a aquisição proibitiva. É também

fundamental o zoneamento da várzea de inundação e o estabelecimento de um

escalonamento cronológico e espacial da implantação das medidas necessárias, de forma

tecnicamente correta e de acordo com os recursos disponíveis. O plano de drenagem deve

ser articulado com as outras atividades urbanas (abastecimento de água e de esgoto,

transporte público, planos viários, instalações elétricas, etc.) de forma a possibilitar o

desenvolvimento da cidade de forma mais harmonizada possível (TUCCI, 1993).

Do plano deve também constar a elaboração de campanhas educativas que visem

informar a população sobre a natureza e a origem do problema das enchentes, sua

magnitude e conseqüências. É de capital importância o esclarecimento da comunidade

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sobre as formas de solução existentes e os motivos da escolha das soluções propostas. A

solicitação de recursos deve ser respaldada técnica e politicamente, dando sempre

preferência à adoção de medidas preventivas de maior alcance social e menor custo

(FUGITA, 1996).

A ocupação das várzeas de inundação e das áreas de armazenamento e

escoamento cuja conformação foi delineada naturalmente pelo curso d'água em seu

estado primitivo somente deve ocorrer após a adoção de medidas compensatórias, que

são, geralmente, onerosas. A solução mais racional é a preservação das várzeas, não

apenas visando problemas de inundação, como também no que diz respeito à preservação

do ecossistema e à criação de oportunidades de recreação.

Uma vez que as águas pluviais atinjam o solo, irá escoar, infiltrar ou ficar armazenada na

superfície, independente da existência, ou não, de um sistema de drenagem adequado. Se

o armazenamento natural for eliminado pela implantação de uma rede de drenagem sem a

adoção de medidas compensatórias eficientes, o volume eliminado acabará sendo

conduzido para outro local. Em outras palavras, os canais, as galerias, os desvios e as

reversões deslocam a necessidade de espaço para outros locais, ou seja, transportam o

problema para jusante (TUCCI, 2000).

Deve-se levar em conta que a qualidade e a quantidade da água são variáveis

indissociáveis e que devem sempre ser consideradas em conjunto. As conseqüências das

inundações em áreas onde a água está deteriorada são muito mais graves, pois estes locais

podem se transformar em fontes propagadoras de moléstias e enfermidades. É inviável a

construção de reservatórios de amortecimento, nessas condições. Ademais, a boa

qualidade das águas pluviais pode proporcionar recursos utilizáveis para a recarga de

aqüíferos, irrigação, abastecimento industrial, combate a incêndios e recreação, entre

outros benefícios (DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA

ELÉTRICA/COMPANHIA DE TECNOLOGIA E SANEAMENTO AMBIENTAL -

DAEE/CETESB, 1980).

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2.4 Plano Diretor de Niquelândia

Segundo o Plano Diretor do município de Niquelândia, o córrego Bacalhau, é

considerado patrimônio ambiental e cultural de todos os cidadãos niquelandenses.

O plano deixa esclarecido que o mesmo tem que ter em sua nascente preservada

num raio de 50m (cinqüenta metros), e suas margens preservadas em 30m (trinta metros),

de cada lado até a sua deságua no Lago de Serra da Mesa. Aborda ainda, que todos os

afluentes do córrego Bacalhau entre eles os córregos do Joaquim, da Chácara, Águas

Claras, Barrado, Lava Pés, da Ponte, da Usina, Monjolo, da Fonseca, devem ser

preservados, mantidas suas margens preservadas a uma faixa de 30m (trinta metros) de

cada lado, sendo vedado o uso de manilhas em sua descaracterização hídrica.

De acordo com Art. 38 do Plano Diretor, que trata do Saneamento Ambiental

Qualificado: para a consecução do Desenvolvimento Sustentável o município elaborara

os seguintes Planos:

- Gestão Integrada de Resíduos Sólidos;

- Esgotamento Sanitário;

- Drenagem

- Recuperação de Erosões e Matas Ciliares;

- Recuperação dos Lixões.

E ainda, que o município, no prazo de 01 (um) ano desenvolverá estudos, visando

a execução de obras de reestruturação do sistema de captação de águas pluviais da área

urbana de Niquelândia.

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3. METODOLOGIA

Foram feitas visitas “in loco”, em um trecho delimitado pelas coordenadas

geográficas (De Latitude 14°27´42”S Longitude 48°26´29”O, Ate Latitude 14°27´48”S

Longitude 48°25´52”O – Figura 1) possibilitando observar e fotografar os problemas

ambientais existentes.

(Figura 1 – Imagem de satélite, com destaque na área de estudo do córrego Bacalhau em

Niquelândia-GO. Fonte: GOOGLE EARTH, 2008)

Esta etapa serviu para determinar a área de maior impacto, identificando os

aspectos ambientais negativos, juntamente com os usos antrópicos existentes, a fim de se

avaliar o quanto esses usos estão interferindo na capacidade de resistência e resiliência do

fator natural em estudo. E por fim, apresentar os impactos ambientais identificados no

córrego Bacalhau, classificando-os de acordo com o tipo de efeito, probabilidade de

ocorrência, magnitude, duração, área de influência, relevância e suas respectivas medidas

mitigadoras (Tabela 1).

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Tabela 1 - Parâmetros de Avaliação Utilizados na Matriz de Impactos

TIPO Exprime o caráter da modificação causada por uma determinada ação.

POSITIVO (+) Quando o impacto de uma determinada ação for benéfico.

NEGATIVO (-) Quando o impacto de uma determinada ação for adverso.

INDEFINIDO ( ) Impacto negativo ou positivo, dependendo da forma de abordagem do mesmo.

PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Exprime a probabilidade de ocorrência do impacto, através de uma valoração gradual que se dá ao mesmo, a partir de uma determinada faixa de tempo.

BAIXA De probabilidade inexpressiva, havendo pouca chance de ocorrência.

MODERADA De probabilidade expressiva, havendo chance de ocorrência.

CERTA De probabilidade expressiva, havendo grande chance de ocorrência.

MAGNITUDE Exprime a extensão do impacto, através de uma valoração gradual que se dá ao mesmo, a partir de uma determinada ação do projeto.

BAIXA De magnitude inexpressiva, inalterando a característica ambiental considerada.

MODERADA De magnitude expressiva, porém sem alcance para descaracterizar a característica ambiental considerada.

ALTA De magnitude tal que possa levar à descaracterização da característica ambiental considerada.

DURAÇÃO Indica a permanência do impacto

CURTA De duração breve, com possibilidade de reversão às condições ambientais anteriores à ação.

ESTACIONAL Tempo médio de permanência do impacto, após a ação.

PERMANENTE Tempo grande ou permanente, de permanência do impacto, após a ação.

AREA DE INFLUÊNCIA Indica a abrangência do impacto em relação a sua localização no meio.

LOCAL De influencia centralizada em uma área relativamente pequena.

REGIONAL De influencia centralizada em uma área relativamente média.

ZONAL De influencia centralizada em uma área relativamente grande.

MITIGABILIDADE Indica a possibilidade de mitigar os impactos presentes.

POUCA Área com difícil recuperação dos impactos.

MODERADA Área com moderada recuperação dos impactos.

ALTA Área com maior chance de recuperação dos impactos.

RELEVÂNCIA Indica a importância ou significância do impacto em relação à sua interferência no meio.

BAIXA De intensidade não significativa, com interferência não implicando em alteração da qualidade de vida.

MODERADA Intensidade da interferência com dimensões recuperáveis, quando adversa, ou refletindo na melhoria da qualidade de vida, quando benéfica.

ALTA Intensidade da interferência acarreta perda da qualidade de vida, quando adversa, ou ganho, quando benéfica.

ATRIBUTO SIGNIFICADO DO PARÂMETRO DE AVALIAÇÃO

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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Avaliação Visual dos Impactos Ambientais

Ao longo do córrego Bacalhau, existem usos antrópicos que foram considerados

como indicadores de danos potenciais as águas superficiais, no âmbito da análise dos

impactos ambientais, tais como: habitações irregulares (Figura 2), lazer, despejo de

dejetos, irrigação. Tais usos acarretam em diversos impactos ambientais.

Isso deve-se a pouca sensibilização da população em relação as questões

ambientais, pois levados pelo desleixo ou por falta de conhecimento, poluem ambientes

naturais, a exemplo, foi evidenciado o lançamento de esgoto diretamente no córrego

(Figura 3).

Figura 2 – Habitações irregulares próxima Figura 3 – Lançamento de esgoto as margens do córrego. “in natura” no córrego. A pouca informação quanto a aspectos sanitários e o baixo poder aquisitivo da

população fazem com que sistemas de esgotamento sanitário não existam ou sejam

construídos de forma incorreta, afetando diretamente na intensidade dos impactos

gerados, dentre outros fatores, pela ausência de projetos executados sobre a drenagem

urbana.

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Também foi evidenciado a pouca preocupação com causas ambientais relevantes

como: erosões, assoreamento, vazão máxima aceita no corpo receptor e poder de

autodepuração do mesmo, sabendo que as águas coletadas nas galerias de águas pluviais

também são contaminadas por diferentes agentes presentes no solo urbano em geral.

Tais evidências são perceptíveis nas figuras 4 e 5, onde pode-se observar: erosões

na saída da tubulação da galeria de águas pluviais (Figura 4), nos materiais presentes nas

margens que mostram a quantidade de lixo lançado ao córrego nos períodos chuvosos

(Figura 5).

Figura 4 – Saída da galeria de águas pluviais Figura 5 – Lixo nas margens do córrego.

provocando erosão na margem do córrego.

4.2 Avaliação Sistêmica dos Impactos Ambientais

A sustentabilidade aponta à reintegração da água no meio urbano, trabalhando

junto ao ciclo hidrológico, observando aspectos ecológicos, ambientais, paisagísticos e as

oportunidades de lazer. Para isto, a engenharia tem que ser mais engenhosa, mais

generosa.

Com os resultados obtidos pode-se dizer que a sustentabilidade não pode ser

expressa em um quadro ou organograma gerencial; ela deve pautar toda ação e portanto

deve ser procurada nas relações entre pontos de vista, entre alternativas de projeto, entre

instituições.

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Desta forma foram levantados os impactos ambientais por meio de uma avaliação

sistêmica, onde os mesmos foram classificados de acordo com os parâmetros da tabela 1,

citada anteriormente, assim os impactos ambientais identificados foram separados em:

meio antrópico, meio físico e meio biótico (Fauna e Flora), de acordo com as tabelas 01,

02, 03, 04. As tabelas 05 e 06 apresentam um resumo de aplicação das medidas

mitigadoras.

De acordo com as tabelas de identificação de impactos ambientais apresentadas a

seguir, pode-se observar que o córrego Bacalhau em Niquelândia-GO vem sofrendo com

inúmeros danos ambientais de caráter físicos, antrópicos e bióticos, onde grande parte

destes danos possui medidas mitigadoras, tornando assim possível a recuperação do

córrego e a preservação do mesmo.

Na impossibilidade de aqui se estabelecer uma proposição ideal (Projeto

completo), lembra-se que as soluções se fazem no espaço local, em função de suas locais

peculiaridades. Assim, pode-se pelo menos dizer que para se alcançar propostas de gestão

que venham a ser sustentáveis, deve-se ter claro pelo menos seis princípios:

1. Não existe solução puramente tecnológica ou econômica;

2. Não existe solução simplista;

3. Não existe solução instantânea;

4. Não existe solução que seja responsabilidade de um só setor da sociedade;

5. Não existe solução possível de ser copiada;

6. Não existe solução dissociada do problema.

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Estes princípios tem nos apontado para uma direção onde deve-se construir um

espaço de articulação includente, presente toda nossa capacidade de negociação,

aceitação das diferenças e das dificuldades, dos direitos e deveres, além de exigir muita

criatividade e bom senso. Tanto na esfera individual quanto na coletiva, tanto na pública

quanto na privada. O espaço da cidadania. A maior possibilidade da sustentabilidade é

proveniente da participação da sociedade na definição de seus próprios rumos, na

construção e escolha de alternativas. Participação consciente e democrática.

4.3 Propostas de Controle Moderno e Sustentável

As medidas de controle podem ser classificadas de acordo com o componente da

drenagem em medidas:

• na fonte: que envolve o controle em nível de lote ou qualquer área

primária de desenvolvimento;

• na microdrenagem: medidas adotadas em nível de loteamento

• na macrodrenagem: soluções de controle nos principais rios

urbanos.

Essas medidas são adotadas de acordo com o estágio de desenvolvimento da área

em estudo. As principais medidas sustentáveis na fonte têm sido: a detenção de lote

(pequeno reservatório), que controla apenas a vazão máxima; o uso de áreas de infiltração

para receber a água de áreas impermeáveis e recuperar a capacidade de infiltração da

bacia; os pavimentos permeáveis. Estas duas últimas medidas minimizam também os

impactos da poluição (TUCCI, 2000).

As medidas de micro e macrodrenagem são as detenções e retenções. As detenções são

reservatórios urbanos mantidos secos com uso do espaço integrado à paisagem urbana,

enquanto que as retenções são reservatórios com lâmina de água utilizados não somente

para controle do pico e volume do escoamento, como também da qualidade da água

(TUCCI, 2002).

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Atualmente, a maior dificuldade no projeto e implementação dos reservatórios é a

quantidade de lixo transportada pela drenagem que obstrui a entrada dos mesmos. Os

volumes necessários para o amortecimento devido à urbanização (alta

impermeabilização) são da ordem de 420 a 470 m3/ha. Havendo assim a necessidade de

um plano de monitoramento associado a um plano de manutenção da rede coletora de

águas pluviais (FUGITA, 1996).

Dentre algumas medidas mitigadoras esta previsto a criação de um programa de

educação ambiental que deverá contemplar os seguintes assuntos:

• O rio como fonte de vida;

• Proibição de caça e pesca;

• Prevenção de incêndios na vegetação;

• Minimização dos danos à vegetação marginal ou não do rio;

• Preservação da fauna;

• Proibição de lançamento de dejetos, detritos ou qualquer poluente no rio;

• Proibição de captura de animais facilmente domesticáveis ou de valor comercial;

• Proibição de retirada de madeiras das margens;

• Doenças transmitidas pelo uso das águas.

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5. CONCLUSÕES

Os prejuízos devidos a ausência de um projeto de drenagem urbana na cidade de

Niquelândia - GO têm aumentado exponencialmente, reduzindo a qualidade de vida e o

valor das propriedades. Este processo é decorrência da urbanização e a conseqüente

impermeabilização junto com a canalização do escoamento pluvial.

As obras e o controle público da drenagem têm sido realizados por uma visão

local e setorizada dos problemas, gerando mais impactos do que os pré-existentes e

desperdiçando os poucos recursos existentes na cidade.

A legislação de controle é essencial para que os empreendedores ou poder público

municipal sejam convencidos a adotar as medidas na fonte, alem disso se faz necessário

maior participação e interesse por parte dos governantes que detém o poder de execução

de obras fundamentais para uma boa qualidade de vida da população.

Assim a elaboração de um Plano Diretor eficiente com a participação da

população integrando mecanismos de gestão e conscientização auxiliaria na

administração do poder público municipal e ainda refletiria sobre a qualidade de vida da

população.

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6. BIBLIOGRAFIA CAMPANA, N.; Tucci, C.E.M. "Estimativa de área impermeável de macrobacias urbanas", Caderno de Recursos Hídricos V12 nº2 p19-94, 1994. CARDOSO, A. “Introdução a drenagem urbana” - 2005, disponível no Site:http://www.ana.gov.br/AcoesAdministrativas/CDOC/ProducaoAcademica/Antonio%20Cardoso%20Neto/Introducao_a_drenagem_urbana.pdf. (trabalho interno realizado em 2005) acessado em 02/04/08. Departamento de Águas e Energia Elétrica/Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (DAEE/CETESB) - Drenagem Urbana. Segunda Edição, São Paulo (SP), 1980. FUGITA, O. e outros – "Drenagem Urbana - Manual de Projeto", Departamento de Águas e Energia Elétrica/Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental - DAEE/CETESB, 1996. Google Earth, “Imagem retirada do programa”, 2008. Plano Diretor Democrático de Niquelândia – PDDN, 2007. RESOLUÇÃO CONAMA Nº 001, DE 23 DE JANEIRO DE 1986. TUCCI, C.E.M. "Coeficiente de escoamento e vazão máxima de bacias urbanas". RBRH V5 nº1 p. 61-68. - 2000. TUCCI, C. E. M - Hidrologia. Ciência e Aplicação. EDUSP, São Paulo (SP), 1993. TUCCI, C.E.M. "Parâmetros do Hidrograma Unitário para bacias urbanas brasileiras". Artigo submetido à RBRH. 2002. Universidade Federal de Campo Grande “Saneamento e Drenagem - 2003, disponível no Site: http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Dren01.html acessado em 29/03/08.

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Tabela 05RESUMO DE APLICAÇÃO DAS MEDIDAS MITIGADORAS

MEDIDAS ÁREA DE APLICAÇÃO

- Restrição de intervenções em zonas e períodos de reprodução de Áres Reprodutivas de peixes

peixes

- Monitoramento e dispersão da fauna nas áreas erodidas Áreas de Erodidas

- Minimização das intervenções em caso de lançamento de esgoto Áreas de Lançamento de esgoto

monitoramento da qualidade de água

- Paralização ou minimização da construção de residências em zonas de risco Áreas de Risco para Residências

- Incremento a elaboração de uma política pesqueira única para a bacia Áres Reprodut ivas

- Controle de pragas e vetores Areas de Lançamento de esgoto

- Preservar o ambiente como refúgio (habitat) de especies Rio como um todo

- Implantação de programa de educação ambiental aos ribeirinhos Res idências de Ribeirinhos

Tabela 06RESUMO DE APLICAÇÃO DAS MEDIDAS MITIGADORAS

MEDIDAS ÁREA DE APLICAÇÃO

- Plano de controle dos processos erosivos na bacia Bacia

- Plano de controle e proteção das águas superf iciais Bacia

- Proteção dos taludes marginais Ao longo dos trechos críticos

- Destinação adequada dos efluentes domesticos lançados Bacia

- Investimento em saúde e saneamento básico Cidades ribeirinhas

- Elaborar plano diretor de desenvolvimento para a região Área de inf luência

- Elaboração de campanhas de incremento ao turismo Região

- Implementar plano de assistência social aos ribeirinhos Área de inf luência

- Elaborar plano de gestão político-econômico para a questão agrária Área de inf luência

- Elaborar plano de gestão para a sustentabilidade agrícola da região Área de inf luência

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Tabela 01Impactos sobre o Meio Antrópico

EFEITO AMBIENTAL TIPO DE PROBABILIDADE MAGNITUDE DURAÇ ÃO AREA DE MITIGABILIDADE RELEVÃNCIA

EFEITO DE OCORRÊNCIA INFLUÊNCIA

ATIVIDADE ECONÔMICA

Incremento de at ividades agropastoris e + Certa Alta Permanente Zonal Alta

produção agrícola

Desmatamento - Irrigação - Certa Alta Moderada Regional Pouca Alta

Alteração do valor da terra + Certa Moderada Moderada Regional Alta

COMUNIDADES

Melhoria da qualidade de vida + Moderada Moderada Permanente Regional Moderada

Melhoria da situação pública + Moderada Moderada Permanente Regional Moderada

Incremento populacional - Moderada Moderada Permanente Regional Pouca Moderada

TURISMO

Interferência na atividade de recreação - Certa Alta Permanente Regional Pouca Alta

Interferência na pesca - Moderada Moderada Permanente Zonal Pouca Alta

Incremento ao turismo + Certa Moderada Permanente Regional Alta

PAISAGEM

Alteração da paisagem - Certa Moderada Permanente Regional Pouca Moderada

SAÚDE E SANEAMENTO

Geração de resíduos sólidos - Certa Baixa Moderada Local Alta Moderada

Esgoto sanitário domestico - Certa Baixa Moderada Local Alta Baixa

Disseminação de doenças - Moderada Baixa Moderada Local Alta Baixa

Saúde ocupacional - Moderada Moderada Permanente Local Moderada Moderada

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TabelaImpactos sobre o Meio Físico

EFEITO AMBIENTAL T IPO DE PROBABILIDADE MAGNITUDE DURAÇ ÃO AREA DE MITIGABILIDADE RELEVÃNCIA

EFEITO DE OCORRÊNCIA INFLUÊNCIA

Geral

Intensificação de processos erosivos - Certo Moderada Permanente Regional Moderada Alta

Alteração na qualidade e no uso dos solos - Certo Moderada Permanente Regional Moderada Alta

Alteração na qualidade das águas superficiais - Certo Moderada Permanente Regional Moderada Alta

Planícies de Inundação

Instabilidade de taludes marginais naturais - Certo Alta Estac ional Zonal Pouca Moderada

Degradação da paisagem pela disposição do lixo - Certo Moderada Estac ional Local Moderada Moderada

Lei to dos Rios

Modificações localizadas na dinâmica do f luxo - Moderada Moderada Curta Local Moderada Moderada

das águas

Alterações na qualidade e uso das águas - Moderada Moderada Curta Zonal Alta Moderada

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Tabela 03Impactos sobre o Meio Biótico

FAUNA

EFEITO AMBIENTAL TIPO DE PROBABILIDADE MAGNITUDE DURAÇ ÃO AREA DE MITIGABILIDADE RELEVÃNCIA

EFEITO DE OCORRÊNCIA INFLUÊNCIA

2 - FAUNA

- Interferência na homeostase da comunidade

- Interferência em cadeias tróficas - Certo Alto Estacional Regional Moderada Alto

- Alteração da qualidade biótica do rio - Certo Moderado Estacional Regional Moderada Alto

- Interferência na migração e reprodução dos

peixes - Moderado Moderado Estacional Regional Moderada Alto

- Interferência em áreas de relevante interesse

ecológico - Baixa Alto Estacional Zonal Alta Alto

- Pressão antrópica sobre a comunidade

fauníst ica regional - Certo Moderado Permanente Regional Alto Alto

- Alteração de habitats aquát icos - Certo Alto Estacional Regional Pouco Alto

- Alteração de habitats terrest res - Certo Moderado Estacional Regional Moderada Moderado

- Transmigração de pragas, vetores e zoonoses - Moderado Moderado Permanente Zonal Moderada Alto

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Tabela 04Impactos sobre o Meio Biótico

FLORA

EFEITO AMBIENTAL TIPO DE PROBABILIDADE MAGNITUDE DURAÇ ÃO AREA DE MITIGABILIDADE RELEVÃNCIA

EFEITO DE OCORRÊNCIA INFLUÊNCIA

Alteração da Vegeração na Área de - Baixa Moderada Estac ional Local Alta Alta

Inundação e de preservação perman.

Alteração da Flora Nativa - Certa Moderada Permanente Regional Pouca Alta

Alteração da Flora na Área de - Baixa Moderada Curta Local Moderada Moderada

Preservação permanente

Alteração de Habitats e Nichos - Certa Alta Curta Zonal Moderada Moderada

Ecológicos

Alteração da Qualidade Biótica - Certa Moderada Permanente Regional Pouca Moderada