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ÂNGELA RODRIGUES DE ÂNGELI AVALIAÇÃO DA DUREZA E RUGOSIDADE DO ESMALTE DENTÁRIO HUMANO SUBMETIDO À AÇÃO DE DIFERENTES AGENTES CLAREADORES LONDRINA 2016

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ÂNGELA RODRIGUES DE ÂNGELI

AVALIAÇÃO DA DUREZA E RUGOSIDADE DO ESMALTE DENTÁRIO HUMANO SUBMETIDO À AÇÃO DE

DIFERENTES AGENTES CLAREADORES

LONDRINA

2016

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ÂNGELA RODRIGUES DE ÂNGELI

AVALIAÇÃO DA DUREZA E RUGOSIDADE DO ESMALTE DENTÁRIO HUMANO SUBMETIDO À AÇÃO DE

DIFERENTES AGENTES CLAREADORES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à obtenção do diploma de Graduação em Odontologia. Orientador: Prof. Dr. Márcio Grama Hoeppner.

LONDRINA

2016

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ÂNGELA RODRIGUES DE ÂNGELI

AVALIAÇÃO DA DUREZA E RUGOSIDADE DO ESMALTE

DENTÁRIO HUMANO SUBMETIDO À AÇÃO DE DIFERENTES AGENTES CLAREADORES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à obtenção do diploma de Graduação em Odontologia.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________ Prof. Dr. Márcio Grama Hoeppner

Universidade Estadual de Londrina

_________________________________ Prof. Drª. Cássia Cilene Dezan Garbelini

Universidade Estadual de Londrina

Londrina,13 de janeiro de 2017

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Dedico este trabalho aos meus pais, Suely e Almir, às minhas irmãs, Angélica e Andréia, e ao meu namorado Sérgio, que não mediram esforços para qυе еυ chegasse até esta etapa da minha vida.

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AGRADECIMENTOS

A minha família, pelo incentivo e motivação.

Ao Professor Dr. Márcio Grama Hoeppner, pela orientação, confiança e pelo

empenho dedicado à elaboração deste trabalho.

A Professora Dra. Cássia Cilene Dezan Garbelini, por compartilhar o seu tempo para

realizar a análise estatística e as correções deste trabalho.

Ao Programa de Pós-graduação, Mestrado em Odontologia da UEL, na pessoa da

Professora Dra. Solange de Paula Ramos, por permitir a utilização dos

equipamentos do laboratório de pesquisa.

Ao aluno do Mestrado em Odontologia da UEL, João Felipe Besegato, pela

prontidão em me ajudar no desenvolvimento deste trabalho.

Ao Professor Dr. Ricardo Takahashi, pela disponibilidade do seu tempo clínico e do

empréstimo do aparelho de laser.

A todos os Professores e Colegas de Curso, pois juntos trilhamos uma etapa

importante de nossas vidas, que me fizeram crescer como pessoa e profissional.

A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, colaborando

para a realização e finalização deste trabalho.

O meu muito obrigada!

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Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram

conquistadas do que parecia impossível.

Charles Chaplin

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Ângeli, Ângela. R. Avaliação da dureza e rugosidade do esmalte dentário humano submetido à ação de diferentes agentes clareadores. 2016. 33 fls. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2016.

RESUMO

O clareamento dentário é muito procurado por razões estéticas, pela diversificação dos agentes clareadores e popularização de suas técnicas, o que justifica o aumento do número de pacientes nos consultórios odontológicos. O objetivo deste estudo é avaliar in vitro os efeitos de dois agentes clareadores à base de peróxido de hidrogênio na microdureza e rugosidade superficial do esmalte dentário humano. Para isto, foram obtidas 30 amostras obtidas de pré-molares, divididos em 3 grupos (n=10), de acordo com o agente clareador utilizado: GC- Controle; GPHTiO2- Clareamento dentário com peróxido de hidrogênio a 30% acrescido de nanopartículas de dióxido de titânio fotocatalisado por laser de diodo; e GPH- Clareamento dentário com peróxido de hidrogênio a 35%. As superfícies vestibulares das amostras foram regularizadas com auxílio de lixas d´água e o polimento das mesmas foi realizado por meio de pasta diamantada e disco de feltro. As amostras foram mantidas em recipiente plástico, imersas em saliva artificial. A microdureza e rugosidade foram avaliadas T0 (antes do clareamento), T1 (após a 2ª sessão de clareamento) e T2 (7 dias após a 2ª sessão de clareamento), para isto empregou-se o teste t pareado para amostras relacionadas no GC e teste Friedman para as amostras dos grupos GPHTiO2 e GPH. Todas as análises foram realizadas em nível de significância de 5%. Observou-se que o clareamento dentário não alterou a rugosidade e a dureza superficial do esmalte independentemente do tempo de avaliação. Esse fato os torna viáveis para indicação clínica quando do clareamento dentário pela técnica de consultório. Palavras-chave: Clareamento Dental. Peróxido de Hidrogênio. Esmalte Dentário.

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Ângeli, Ângela. R. Hardness evaluation and roughness of human enamel submitted to the action of different bleaching agents. 2016. 33 fls. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2016.

ABSTRACT

Dental whitening is highly sought after for aesthetic reasons, for the diversification of bleaching agents and popularization of its techniques, which justifies the increase in the number of patients in dental offices. The objective of this study is to evaluate in vitro the effects of two hydrogen peroxide bleaching agents on the microhardness and surface roughness of human dental enamel. For this, 30 premolars samples were obtained, divided into 3 groups (n = 10), according to the bleaching agent used: GC- Control; GPHTiO2- Dental bleaching with 30% hydrogen peroxide plus titanium dioxide nanoparticles photocatalysed by diode laser; And GPH- Dental bleaching with 35% hydrogen peroxide. The buccal surfaces of the samples were regularized with the aid of a double-face diamond disc and water slides and the polishing of the samples was done using a diamond paste and a felt disc. The samples were kept in a plastic container, immersed in artificial saliva. The microhardness and roughness were evaluated T0 (before bleaching), T1 (after the 2nd bleaching session) and T2 (7 days after the 2nd bleaching session). For this purpose the paired t-test for related samples was used in GC and Friedman test for the samples of the GPHTiO2 and GPH groups. All analyzes were performed at a significance level of 5%. It was observed that tooth whitening did not alter the roughness and surface hardness of the enamel regardless of the evaluation time. This fact makes them feasible for clinical indication when dental bleaching by the office technique. Keywords: Dental Bleaching. Hydrogen peroxide. Dental Enamel.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 10

2 OBJETIVOS.................................................................................................... 12

3 MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................. 13

3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO .............................................................................. 13

3.2 OBTENÇÃO DAS AMOSTRAS ............................................................................... 13

3.3 Preparo DAS AMOSTRAS ................................................................................... 15

3.4 CLAREAMENTO DAS AMOSTRAS .......................................................................... 15

3.5 TESTES ............................................................................................................ 16

3.5.1 RUGOSIDADE SUPERFICIAL ................................................................................ 16

3.5.2 MICRODUREZA VICKERS .................................................................................... 17

3.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA ........................................................................................ 17

4 RESULTADOS ............................................................................................... 18

5 DISCUSSÃO .................................................................................................. 20

6 CONCLUSÃO ................................................................................................ 23

7 REFERÊNCIAS BLIOGRÁFICAS ................................................................. 24

ANEXO ........................................................................................................... 28

ANEXO A ........................................................................................................ 28

ANEXO B ........................................................................................................ 31

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1. INTRODUÇÃO

Dentes brancos representam cuidados pessoais com a higiene, sucesso,

status pessoal e profissional. Esse padrão de estética do sorriso justifica o aumento

do número de pacientes nos consultórios odontológicos para solucionar ou minimizar

as alterações cromáticas dos dentes pela técnica de clareamento dentário. Em

comparação aos procedimentos restauradores estéticos diretos ou indiretos, o

clareamento dentário, quando corretamente indicado, é efetivo à resolução do

problema, conservador aos tecidos dentários, de baixo custo e passível de ser

realizado num curto período de tempo (HAYWOOD, 1992).

Peróxido de hidrogênio (H2O2) e peróxido de carbamida (PC) são os agentes

oxidantes mais indicados no clareamento de dentes com vitalidade do tecido pulpar.

Em concentrações mais baixas (H2O2 de 4% a 10% e peróxido de carbamida de 10%

a 22% e) estão indicados para uso caseiro diário e em concentrações mais elevadas

(H2O2 de 20% a 38%) para uso em consultório (ALQAHTANI, 2014; HAYWOOD

1989; HAYWOOD; HEYMANN, 1991). Quanto à técnica de aplicação, os peróxidos

podem ser utilizados pelo profissional, na técnica ambulatorial (de consultório), e/ou

pelo paciente, diariamente na técnica caseira, sob a orientação e supervisão indireta

do profissional. As diferenças entre as técnicas estão na concentração, no tempo de

aplicação, na velocidade da reação de oxidação e na forma de ativação do peróxido

(BERGA et al., 2006; HAYWOOD, 1992; TREDWIN et al., 2006).

Termicamente instável e de elevado poder oxidativo, o H2O2 se dissocia em

água, oxigênio e radicais livres (SHACKELFORD et al., 2000). Por sua vez, os

radicais livres degradam as moléculas orgânicas complexas, responsáveis pela

alteração cromática dos dentes (BHUTANI et al., 2016; HANKS et al., 1993;

TREDWIN et al., 2006).

Por ter baixo peso molecular, o H2O2 se difunde pelo esmalte e dentina,

pode atingir a polpa, provocar sensibilidade trans e/ou pós-clareamento e levar os

pacientes a abandonar o tratamento clareador (DAHL; PALLESEN, 2003). Para

controlar o problema da sensibilidade dentária são propostas variações na

concentração, redução do tempo e da frequência de utilização do peróxido (GARCIA

et al., 2012), acréscimo de nitrato de potássio, fluoreto, fosfato de cálcio (CHARIG et

al., 2009; HAYWOOD et al., 2001) e/ou de dióxido de titânio (TiO2), um semicondutor

nano particulado.

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O TiO2 potencializa a ação do H2O2 e, assim, influencia diretamente na

diminuição do número de aplicações do agente clareador por consulta e no tempo

clínico das sessões (SAITA et al., 2012; SUEMORI et al., 2008; SUYAMA et al.,

2009). A ação oxidativa do H2O2 acrescido de TiO2 é foto dependente de uma fonte

de luz com irradiação apropriada (LEE et al., 2005; KISHI et al., 2011; TANO et al.,

2012). O laser (amplificação da luz por emissão estimulada de radiação) de diodo,

no comprimento de onda de 810 nm é capaz de fotocatalisar o TiO2. Em relação as

demais técnicas de clareamento, caseira e de consultório, a utilização do H2O2 com

TiO2 parece ser promissora, principalmente por que reduz o tempo necessário para

a resolução do problema estético e diminui a ocorrência de danos aos tecidos

dentários (Cintra et al., 2013), fator esse que justifica a realização do presente

estudo.

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2. OBJETIVO

Avaliar in vitro a ação de dois agentes clareadores à base de peróxido de

hidrogênio, na microdureza e rugosidade superficial do esmalte dentário humano.

Hipótese nula: Não há diferença na rugosidade do esmalte dentário humano

submetido à ação de diferentes agentes clareadores à base de H2O2 e para uso em

consultório.

Hipótese nula: Não há diferença na microdureza do esmalte dentário

humano submetido à ação de diferentes agentes clareadores à base de H2O2 e para

uso em consultório.

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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Delineamento do estudo

O fator em estudo foram as alterações estruturais qualitativas do esmalte

dentário possíveis de ocorrer em consequência da ação dos agentes clareadores

testados, tendo como desfechos a rugosidade e a microdureza superficial do

esmalte. Os dentes foram aleatorizados em três grupos, com semelhante taxa de

alocação, de acordo com o tipo de tratamento do esmalte dentário, conforme a

exposto no Quadro 1.

Quadro 1 – Delineamento experimental.

Grupo Tratamento Produto

(fabricante) N Testes

G1 (Grupo

Controle - GC)

Nenhum tratamento --- 10 Rugosidade e Microdureza

G2 (GPHTiO2)

Clareamento dentário com H2O2 30% acrescido de

TiO2, fotocatalisado a laser (comprimento de onda entre

810 nm - 980 nm)

Pearly White Smile (Heydent

GmbH, Kaufering, Germany)

10 Rugosidade e Microdureza

G3 (GPH)

Clareamento dentário com H2O2 35%

Whiteness HP (FGM Produtos Odontológicos Ltda, Joinville,

SC, Brasil)

10 Rugosidade e Microdureza

3.2. Obtenção das amostras

Para esse estudo experimental, foram utilizados pré-molares humanos

hígidos, sem trincas ou defeitos de superfície do esmalte dentário visíveis em

microscopia (40x de magnificação), obtidos após o consentimento livre e esclarecido

dos pacientes. O projeto foi submetido à apreciação e aprovado pelo Comitê de

Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina (CEP UEL) (Número do

Parecer: 1.730.528, Anexo A).

Os dentes foram limpos com curetas periodontais do tipo Gracey (Trinity

Indústria e Comércio Ltda., Jaraguá, São Paulo, Brasil) e armazenados em solução

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aquosa de timol 0,1% (Dinâmica, Piracicaba, São Paulo, Brasil). Na sequência,

foram seccionados perpendicularmente ao seu longo eixo, aproximadamente de 1 a

2 mm abaixo da junção amelo-cementário, com auxílio de um disco flexível

diamantado dupla face (7020, KG Sorensen, São Paulo, Brasil), montado em contra

ângulo, em baixa velocidade (Figura 1.A e B). Em seguida, a câmara pulpar de cada

dente foi limpa por meio de escavadores de dentina (Nº 3, Duflex, S.S. White, Rio de

Janeiro, Brasil) e limas endodônticas (K, Maillefer instruments AS-CH 1338,

Ballaigues, Suiça) (Figura 2). Conjuntamente, também foi irrigada com solução de

hipoclorito de sódio a 1% (Ciclo Farma Indústria Química, São Paulo, Brasil) e

cloreto de sódio 0,9% (Fresenius Kabi Brasil Ltda, Aquiraz, Ceará, Brasil), com

auxílio de uma seringa de irrigação (Ultradent Products Inc., Utah, USA) (Figura 3).

Figura 1.A e B – Seccionamento dentário para obtenção das amostras.

Fonte: A própria autora.

Figura 2 – Limpeza da câmara pulpar com lima endodôntica.

Fonte: A própria autora.

Figura 3 – Irrigação da câmara pulpar.

Fonte: A própria autora.

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Obtidas as amostras correspondentes a porção coronária de cada dente, as

mesmas foram armazenadas em água destilada sob refrigeração até o inicio do

experimento.

3.3. PREPARO DAS AMOSTRAS

As amostras foram posicionadas dentro de anéis obtidos a partir de tubos de

policloreto de polivinila (PVC), com a superfície vestibular voltada para a região

externa. Posteriormente, o esmalte foi planificado com lixas d’água de óxido de

alumínio com as seguintes granulações 400, 600 e 1200, montadas em uma politriz

lixadeira de velocidade variável refrigerada com água (Teclago – Tecnologia em

Máquinas Metalográficas, Vargem Grande Paulista, São Paulo, Brasil). O polimento

superficial foi obtido com pastas de diamante de 6, 3 e 1 μm e feltros (Top, Gold, e

Ram, Arotec Ind e Com Ltda), em politriz refrigerada (Teclago – Tecnologia em

Máquinas Metalográficas, Vargem Grande Paulista, São Paulo, Brasil). A cada

etapa, para a remoção de eventuais resíduos dos sistemas abrasivos, as amostras

permaneceram em cuba ultrassônica com água destilada (Unique Ind. e Co.

Produtos Eletrônicos Ltda, São Paulo, Brasil) durante 10 minutos.

3.4. CLAREAMENTO DAS AMOSTRAS

Nas amostras do GC não foi realizado nenhum tipo de tratamento. Na dos

GPHTiO2 o agente clareador foi aplicado e ativado com laser de diodo durante 15

segundos, com comprimento de onda entre 810 nm – 980 nm, e mantido em ação

por 5 minutos. Esse procedimento foi repetido três vezes. Nas amostras do GPH foi

realizada uma única aplicação do agente clareador, que permaneceu em contato

com o esmalte dentário por 40 minutos. A cada 10 minutos, com auxílio de um

microaplicador Cavibrush (FGM Produtos Odontológicos Ltda, Joinville, SC, Brasil),

o gel clareador foi movimentado para liberar eventuais bolhas de oxigênio

resultantes da reação e renovar o contato do gel com os dentes. No GPHTiO2 e GPH

foram realizadas duas sessões de clareamento, com intervalo de 7 dias, de acordo

com as recomendações dos respectivos fabricantes dos produtos, quando da sua

aplicação in vivo. Após cada sessão, as amostras foram armazenadas imersas em

saliva artificial, que foi trocada a cada 2 dias (Figura 4).

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Figura 4 – Ilustração do armazenamento das amostras em saliva artificial.

Fonte: A própria autora.

3.5. TESTES

Numa visão frontal da face vestibular das amostras, na metade esquerda foi

avaliada a rugosidade e na metade direita a microdureza (Figura 5). As medidas

foram obtidas em três tempos: T0 (antes da 1ª sessão de clareamento), T1 (após a

2ª sessão de clareamento) e T2 (7 dias após a 2ª sessão de clareamento). Exceto

para o CG, grupo em que rugosidade e microdureza superficial foram avaliadas em

T0 e T1.

Figura 5 – Ilustração representativa das regiões para realização dos testes. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_pr%C3%A9-molar_superior#/media/File:Maxillary_first_premolar.jpg e a própria autora.

3.5.1. RUGOSIDADE SUPERFICIAL

Foi utilizado um rugosímetro digital (Mitutoyo Sul América Ltda, Santo Amaro

- SP - Brasil), com valor de cut-off de 0,25 mm, velocidade de ida de 0,1 mm/s e

velocidade de volta de 1 mm/s. Em cada tempo de leitura, foram realizadas três

leituras no sentido ocluso-cervical e equidistantes nas áreas visivelmente de maior

regularidade.

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3.5.2. TESTE DE MICRODUREZA VICKERS

Em cada amostra, em cada tempo de leitura, foram registradas três

impressões, equidistantes, com penetrador tipo Vickers (Mitutoyo Sul América Ltda,

Santo Amaro - SP - Brasil), com carga de 25 gramas e tempo de 5 segundos.

3.6. ANÁLISE ESTATISTÍCA

Após o preparo, foi realizada a leitura de microdureza e rugosidade de todas

as amostras (n=50), sendo descartadas as que apresentaram valores discrepantes

que afetassem a normalidade da distribuição dos dados. A normalidade da

distribuição dos dados foi verificada pelo teste de Kolmogorov-Semirnov. Para evitar

vieses de alocação, as amostras remanescentes (n=30) foram aleatorizadas nos

grupos experimentais utilizando o site www.random.org.

Para avaliar as alterações estruturais nas amostras, antes e depois do

clareamento, empregou-se o teste t pareado no grupo GC e teste Friedman nos

grupos GPHTiO2 e GPH para as amostras relacionadas. Todas as análises foram

realizadas em nível de significância de 5%.

.

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4. RESULTADOS

As médias e desvio padrão dos valores de rugosidade e microdureza

superficial encontram-se expostos nas Tabelas 1 e 2, respectivamente.

Tabela 1 – Média e Desvio Padrão dos valores da rugosidade superficial (µm), antes

e após os diferentes tratamentos clareadores.

Grupo Tempo Média Desvio Padrão Valor de P

GC T0 0,19 0,02

0,74a T1 0,19 0,06

GPHTiO2

T0 0,21 0,04

1,00b T1 0,23 0,11

T2 0,21 0,05

GPH

T0 0,22 0,04

0,72b T1 0,19 0,04

T2 0,19 0,04 a Teste t para amostras relacionadas no GC bTeste Friedman para as amostras relacionadas nos grupos GPHTiO2 e GPH

Tabela 2 – Média e Desvio Padrão dos valores da dureza superficial do esmalte

antes e após os diferentes tratamentos clareadores.

Grupo Tempo Média Desvio Padrão Valor de P

GC T0 275,77 49,24

0,51a T1 288,5 23,46

GPHTiO2

T0 272,73 26,85

0,07b T1 247,2 22,37

T2 248,9 31,44

GPH

T0 279,3 46,87

0,27b T1 266,93 41,62

T2 273,3 32,27 a Teste t para amostras relacionadas no GC b Teste Friedman para as amostras relacionadas nos grupos GPHTiO2 e GPH

De acordo com os resultados obtidos e após a análise estatística,

comparativamente ao GC, observou-se que o clareamento dentário não alterou a

rugosidade e a dureza superficial do esmalte em GPHTiO2 e GPH . Portanto, não foi

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observada diferença estatisticamente significante antes (T0), após a segunda

sessão (T1) e sete dias após a segunda sessão de clareamento (T2) (P > 0,05).

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5. DISCUSSÃO

A análise dos resultados obtidos no presente estudo evidencia que a

hipótese nula levantada foi aceita para as variáveis de resposta rugosidade e

microdureza superficial do esmalte dentário submetido à ação de diferentes agentes

clareadores à base de H2O2.

Com relação à rugosidade e microdureza superficial do esmalte, os

resultados demonstraram que não houve alteração após o clareamento em ambos

os agentes clareadores (GPHTiO2 e GPH) em T1 e T2, pois não foram observadas

diferenças significativas nestes parâmetros quando comparados ao grupo controle

(GC). Estes resultados podem ter sido favorecidos pelo fato de que as amostras dos

GPHTiO2 e GPH foram armazenadas imersas em saliva artificial (Carmelose Sódica)

após as sessões de clareamento, com troca sistemática no intervalo de 2 dias para

não comprometer suas propriedades de remineralização e capacidade de

tamponamento, sendo, assim, capaz de neutralizar os efeitos adversos dos agentes

clareadores (CADENARO et al., 2008).

Os resultados da rugosidade do esmalte ratificam os achados de alguns

estudos, uma vez que não foram observados (DANIEL et al., 2011; CADENARO et

al., 2008) o que indicaria que, o uso adequado dos agentes clareadores de alta

concentração, conforme as orientações do fabricante, não tem efeito prejudicial à

micromorfologia da superfície do esmalte (CADENARO et al., 2008). Os resultados

do presente estudo divergem de alguns outros (McGUCKIN et al., 1992; BEN-AMAR

et al., 1995; BITTER, 1998; CARDOSO el al., 2012), pois nestes estudos a

superfície do esmalte tornou-se mais rugosa/porosa pelo processo de oxidação do

clareamento (PINTO et al., 2004). Estes poros formados na superfície do esmalte

ocorrem primeiramente pelo rompimento da matriz proteica do esmalte e

subsequentemente pela perda do material cristalino que é envolvido por esta matriz

(KWON et al., 2002).

No presente estudo, não foram constatadas diferenças na dureza do esmalte

dentário antes e após o clareamento, sendo que ambos os agentes clareadores

avaliados não foram capazes de alterar a composição da estrutura do esmalte,

portanto não ocorreu redução de sua dureza e consequentemente não teve perda

mineral. Os resultados são semelhantes aos achados de alguns estudos que relatam

que ao utilizar peróxido de hidrogênio a 35% quando aplicado isoladamente não

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produz redução da microdureza do esmalte (AYRES, et al., 2012). Resultados

discrepantes dos valores da microdureza podem estar diretamente relacionados ao

pH da solução, ao tempo de exposição e ao próprio dente, pois o esmalte é formado

por uma camada heterogênea, tanto do ponto de vista químico quanto estrutural

(CARDOSO et al., 2012). As variações podem ocorrer entre diferentes dentes e

indivíduos, sendo que a idade também é um fator que ajuda mudar as

características superficiais e de permeabilidade do esmalte (CARDOSO et al., 2012).

Diversos estudos têm mostrado diferentes resultados em relação à redução da

microdureza superficial do esmalte após o clareamento. E hoje em dia existe uma

grande variedade de protocolos de aplicação e uso destes clareadores, nota-se que

estes casos foram dependentes do tipo de produto utilizado, ou seja, depende da

sua formulação/composição (AYRES, et al., 2012).

O H2O2 é um agente químico termoinstável com alto poder oxidativo, que

pode dissociar-se em espécies reativas de oxigênio (EROs) (DANIEL et al., 2011),

oxigênio, água e radicais livres (DAHL; PALLESEN, 2003; SHACKELFORD et al.,

2000; JOINER, 2006). Essas moléculas por serem altamente reativas atuam nos

cromóforos, que são moléculas orgânicas complexas que apresentam anéis

aromáticos e longas cadeias de duplas ligações (DANIEL et al., 2011), sendo os

responsáveis pela alteração da pigmentação dos dentes (HANKS et al., 1993;

TREDWIN et al., 2006; BHUTANI et al., 2016). A ruptura destas duplas ligações,

realizada pelos radicais livres, no interior do esmalte e da dentina resulta em cadeias

menores (KWON et al., 2002; FRANCCI et al., 2010) com comprimento de onda

menor e, portanto, mais claro (SEGHI e DENRY, 1992), pois o índice de absorção

de luz pelo dente terá uma menor incidência (KWON et al., 2002).

O procedimento clareador só é possível por causa da permeabilidade que a

estrutura dental tem aos agentes clareadores (GOKAY, 2000; HANKS et al., 1993;

PASHLEY, 1988) e pelo fato de ter um baixo peso molecular, o H2O2 consegue se

difundir pelo esmalte e dentina podendo atingir a polpa e gerar sensibilidade

(SOARES et al., 2013).

O dióxido de titânio acrescido ao agente clareador à base de peróxido de

hidrogênio é uma alternativa promissora para acelerar o processo de clareamento de

dentes com alterações cromáticas (PINHEIRO, 2013) e a sua incorporação

viabilizará a redução da concentração do peróxido, favorecendo a

biocompatibilidade do produto final evitando ou reduzindo os riscos de possível

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sensibilidade pós-clareamento (SAKAI et al., 2007) e danos que a estrutura dentária

possa ocorrer. Esta nova geração de nanoclareadores viabiliza uma ação mais

rápida que as formulações tradicionais, sendo mais eficaz e seguro, pelo fato de ter

um baixo custo se torna o semicondutor mais utilizado (MEATANI et al., 2008;

SUEMORI et al., 2008).

Apesar da comprovação da efetividade dos clareadores a base de peróxido

de hidrogênio a 35% em estudos clínicos (PAULA et al., 2012) e laboratoriais

(SHANBHAG et al., 2013), pouco se conhece sobre os agentes clareadores que são

à base de peróxido de hidrogênio acrescido de dióxido de titânio. Embora o

acréscimo de TiO2 tenha como propósito acelerar a reação de oxidação, isso não o

torna mais efetivo em clarear os dentes. Além do que, a tecnologia necessária para

a obtenção e aplicação clínica do produto eleva o seu custo no mercado.

O H2O2 é a molécula ativa usada no clareamento dentário e quando o TiO2

presente no composto é ativado pela fotocatálise e exposto a irradiação ultravioleta

(UVA) são geradas elevadas concentrações de espécies reativas de oxigênio

(EROs) e de radicais livres. Portanto o mecanismo de clareamento resulta da

formação destes EROs, principalmente dos radicais hidroxila que são necessários

para a realização da quebra das moléculas pigmentadas presentes na estrutura

dental (SAKAI et al., 2007; BORTOLATTO, 2013; DANIEL et al., 2011; SAITA et al.,

2012).

Com a utilização de uma fonte emissora de luz, como por exemplo, o

LASER, o tratamento clareador torna-se mais rápido e melhora a efetividade dos

produtos testados potencializando e acelerando o processo de reação do peróxido

de hidrogênio. (REYTO, 1998; WETTER et al., 2004).

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23

6. CONCLUSÃO

Os agentes clareadores testados in vitro não promoveram alterações

significativas da rugosidade e microdureza superficial do esmalte dentário,

independentemente do tempo de avaliação. Esse fato os torna viáveis para

indicação clínica quando do clareamento dentário pela técnica de consultório.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXOS ANEXO A – Parecer Consubstanciado do CEP

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Anexo B Tabela 1 – Valores das leituras da rugosidade superficial do esmalte (µm) de cada amostra, antes e após os procedimentos de

clareamento.

Amostra GC

Amostra GPHTiO2

Amostra GPH

Leitura RT0 RT1 Leitura RT0 RT1 RT2 Leitura RT0 RT1 RT2

1

1 0,16 0,19

11

1 0,21 0,14 0,16

21

1 0,21 0,19 0,16

2 0,16 0,14 2 0,2 0,12 0,15 2 0,2 0,17 0,15

3 0,19 0,19 3 0,28 0,16 0,16 3 0,18 0,16 0,14

2

1 0,2 0,2

12

1 0,22 0,58 0,34

22

1 0,28 0,16 0,16

2 0,18 0,2 2 0,22 0,59 0,23 2 0,27 0,16 0,16

3 0,31 0,16 3 0,22 0,31 0,26 3 0,25 0,19 0,16

3

1 0,18 0,19

13

1 0,16 0,14 0,16

23

1 0,27 0,31 0,16

2 0,15 0,12 2 0,16 0,13 0,13 2 0,24 0,27 0,19

3 0,17 0,18 3 0,16 0,09 0,11 3 0,19 0,22 0,28

4

1 0,22 0,19 14 1 0,17 0,22 0,24

24

1 0,45 0,15 0,12

2 0,21 0,15

2 0,14 0,23 0,18 2 0,19 0,15 0,18

3 0,18 0,25 3 0,27 0,17 0,16 3 0,13 0,16 0,15

5

1 0,2 0,22

15

1 0,17 0,27 0,31

25

1 0,18 0,15 0,19

2 0,17 0,38 2 0,23 0,27 0,31 2 0,17 0,16 0,24

3 0,29 0,43 3 0,22 0,25 0,28 3 0,19 0,16 0,16

6

1 0,21 0,12

16

1 0,22 0,21 0,2

26

1 0,15 0,25 0,19

2 0,15 0,13 2 0,24 0,18 0,21 2 0,28 0,22 0,25

3 0,16 0,11 3 0,27 0,18 0,18 3 0,26 0,18 0,27

7 1 0,16 0,23 17 1 0,26 0,15 0,23 27 1 0,4 0,16 0,12

2 0,14 0,22 2 0,12 0,29 0,21 2 0,19 0,18 0,18

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3 0,22 0,18 3 0,12 0,26 0,21 3 0,16 0,19 0,13

8

1 0,16 0,12

18

1 0,35 0,34 0,32

28

1 0,16 0,26 0,27

2 0,18 0,15 2 0,24 0,31 0,18 2 0,22 0,28 0,25

3 0,18 0,14 3 0,24 0,28 0,16 3 0,21 0,17 0,29

9

1 0,22 0,18

19

1 0,24 0,12 0,17

29

1 0,15 0,17 0,18

2 0,2 0,18 2 0,13 0,11 0,15 2 0,25 0,17 0,19

3 0,2 0,15 3 0,14 0,17 0,16 3 0,19 0,17 0,23

10

1 0,17 0,2

20

1 0,22 0,2 0,22

30

1 0,18 0,17 0,18

2 0,21 0,19 2 0,26 0,21 0,2 2 0,15 0,15 0,16

3 0,26 0,13 3 0,2 0,18 0,17 3 0,16 0,19 0,17

Tabela 2 – Valores das leituras da dureza superficial do esmalte de cada amostra, antes e após os procedimentos de clareamento.

Amostra GC

Amostra GPHTiO2

Amostra GPH

Leitura RT0 RT1 Leitura RT0 RT1 RT2 Leitura RT0 RT1 RT2

1

1 207 214

11

1 274 243 223

21

1 312 295 261

2 217 283 2 343 230 188 2 291 291 286

3 290 274 3 316 205 178 3 287 266 275

2

1 252 359

12

1 245 265 233

22

1 333 265 299

2 272 190 2 304 277 285 2 341 263 268

3 228 250 3 337 282 253 3 157 313 318

3

1 296 315

13

1 283 236 255

23

1 209 277 263

2 268 321 2 282 237 291 2 303 283 270

3 312 288 3 260 239 272 3 322 272 259

4 1 309 274 14 1 203 261 269 24 1 370 285 367

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33

2 334 247

2 245 307 291 2 334 295 220

3 345 287 3 290 299 272 3 328 347 207

5

1 184 304

15

1 229 235 263

25

1 206 180 143

2 197 321 2 312 225 200 2 197 240 286

3 206 300 3 238 201 175 3 215 200 259

6

1 292 268

16

1 218 265 248

26

1 214 251 219

2 304 299 2 219 246 277 2 211 196 209

3 333 309 3 228 241 257 3 226 189 258

7

1 253 346 17 1 282 263 271 27 1 302 209 252

2 217 291

2 247 252 275

2 304 242 255

3 222 348 3 301 277 268 3 301 283 272

8

1 334 299

18

1 312 286 277

28

1 302 275 315

2 346 309 2 320 210 274 2 313 311 307

3 303 304 3 202 200 282 3 236 263 277

9

1 191 302

19

1 265 206 192

29

1 351 350 329

2 279 260 2 303 239 199 2 325 284 334

3 275 293 3 218 254 227 3 357 376 343

10

1 325 261

20

1 339 244 262

30

1 252 213 250

2 345 280 2 318 268 247 2 202 214 318

3 337 259 3 249 223 263 3 278 280 280