avaliaÇÃo da durabilidade de materiais cerÂmicos da regiÃo de … · características dos...
TRANSCRIPT
AVALIAÇÃO DA DURABILIDADE DE MATERIAIS CERÂMICOS DA REGIÃO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
Paulo César de Almeida Maia, D.Sc., UENF (P.C.A. Maia) Aline Dias Pinheiro, UENF (A. D. Pinheiro)
Jonas Alexandre, D.Sc., UENF (J. Alexandre) [email protected]
Av. Alberto Lamego, 2000, Pq. Califórnia 28013-600 Campos dos Goytacazes RJ
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo fazer a avaliação das transformações sofridas pelos
materiais cerâmicos provocadas pela exposição aos agentes de alteração. Foram
moldados corpos de prova por prensagem da argila em molde prismático e calcinados a
600ºC e 950ºC. Fez-se a alteração dos corpos de prova de forma acelerada no
laboratório ou de forma natural no campo, utilizando-se diferentes tempos, ou
intensidades, de alteração. Foram utilizados diferentes procedimentos de alteração no
laboratório: lixiviação contínua e ciclagem de umidade. Fez-se a determinação dos
seguintes parâmetros característicos dos materiais intacto e alterados: massa
específica, absorção e resistência à flexão. Os resultados indicam a variações nas
características devido aos processos de alteração das cerâmicas, permitindo uma
previsão de comportamento do material a longo prazo.
Palavras-Chave: Cerâmica vermelha, durabilidade, lixiviação, alteração.
INTRODUÇÂO
A Engenharia Civil emprega diferentes tipos de materiais de construção que,
muitas vezes, ficam expostos ao meio e assim sujeitos às modificações de suas
características pela exposição aos agentes de alteração. As modificações das
características dos materiais de construção ocorrem de modo gradativo. No entanto, a
Anais do 48º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 48th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
28 de junho a 1º de julho de 2004 – Curitiba-PR
1
literatura indica que alterações rápidas podem provocar problemas construtivos ou, até
mesmo, a ruptura de obras civis (1) (2) (3). Para a Construção Civil, pode-se considerar
que os principais agentes de alteração são de ordem climática, destacando-se as
variações de temperatura, umidade, precipitação pluviométrica e pressão atmosférica(7).
Dentre os materiais utilizados na construção civil, destaque especial merecem os
materiais cerâmicos que são, provavelmente, os mais utilizados. No entanto, devido aos
procedimentos de fabricação e às características da matéria-prima, os materiais
cerâmicos podem ser afetados significativamente pelos agentes de alteração, o que
ocasiona freqüentes problemas construtivos (1). Dentre estes problemas destaca-se a
desagregação que se caracteriza pela perda de resistência e pelo desgaste do material.
É importante salientar que, devido as diferentes características da matéria prima, dos
processos de produção e das condições do meio ambiente, o estudo da durabilidade de
materiais cerâmicos tem aplicação adequada somente a nível regional.
Deste modo, a análise da alteração e da alterabilidade e seus efeitos nas
propriedades dos materiais cerâmicos são de extrema relevância na possível previsão
do comportamento destes materiais a longo prazo.
Assim, este trabalho tem como objetivo avaliar as transformações sofridas pelos
materiais cerâmicos, provocadas pela exposição do material ao meio ambiente
exogeno. Esta avaliação é feita quantificando-se os parâmetros dos materiais
estudados com diferentes níveis de alteração. Neste sentido, existem várias
metodologias indicadas na literatura para o estudo da durabilidade de materiais de
construção (4) (5) (7). O presente trabalho utiliza uma metodologia simplificada sugerida
por Maia et al., 2000 (8), na qual as características dos materiais intacto não-alterado e
alterados de forma natural no campo ou de forma acelerada no laboratório são
correlacionadas diretamente.
MATERIAL DE ESTUDO
O material utilizado consiste de um solo argiloso coletadas na Cerâmica Primeira,
localizada em Campos dos Goytacazes, RJ. A amostragem do solo foi feita em pilhas
de estoque constituídas de sobras da prensagem das telhas (Figura 1). Deste modo,
Anais do 48º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 48th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
28 de junho a 1º de julho de 2004 – Curitiba-PR
2
pode-se considerar as amostras representativas do material utilizado na confecção das
telhas na Cerâmica.
Figura 1 - Pilhas de estoque de sobras da prensagem de telhas na Cerâmica Primeira.
Inicialmente, o solo foi seco, destorroado e quarteado, garantindo-se a
homogeneização da granulométrica e de umidade. A Figura 2 mostra a granulometria
do solo após homogeneização. Da granulometria e dos Limites de Atterberg (LL=51%,
LP=24% e IP=27%), o solo é classificado com uma argila inorgânica de elevada
plasticidade. Posteriormente, fez-se o peneiramento, descartando-se todo material
retido na peneira com abertura nominal da malha de 0,84mm, ótima para a produção de
cerâmicas vermelhas.
MOLDAGEM E PREPARAÇÃO DOS CORPOS DE PROVA
Para o estudo da durabilidade de materiais é fundamental que os corpos de
prova sejam regulares e homogêneos (9). Para isto, a moldagem dos corpos de prova foi
feita por prensagem do solo argiloso com umidade igual a 6%. A pressão de prensagem
utilizada foi de 25 MPa. Após secagem com temperatura de 110ºC, os corpos de prova
foram calcinados com temperaturas de 600ºC e 950ºC. Estas temperaturas
correspondem às temperaturas de calcinação de tijolos e telhas, respectivamente,
observadas nas cerâmicas da Região de Campos dos Goytacazes. A Figura 2 ilustra
um corpo de provas após calcinação a 600ºC.
Após moldagem, os corpos de prova foram alteradas de forma natural no campo e
de forma acelerada no laboratório. No campo, a alteração foi feita pela exposição dos
Anais do 48º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 48th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
28 de junho a 1º de julho de 2004 – Curitiba-PR
3
corpos de prova aos agentes atmosféricos de alteração. Para isto, os corpos de prova
foram dispostos em tabuleiros e levados ao campo. Uma vez por semana, os corpos de
prova foram virados a fim de se promover uma alteração uniforme nas faces dos copos
de prova. No laboratório, foram executados dois procedimentos de alteração:
0
20
40
60
80
100
0,001 0,01 0,1 1
Diâmetro (mm)
Porc
enta
gem
que
Pas
sa (%
)
0,001 0,01 10,1
argila silte areiamedia grossafina
Figura 2 - Curva granulométrica do solo utilizado para moldagem dos corpos de prova
Figura 2 - Corpo de prova após a calcinação a 600ºC.
(i) por lixiviação contínua: os ensaios de lixiviação contínua são, provavelmente, os
que melhor representam os mecanismos de alteração por carreamento de
minerais constituintes dos materiais. O equipamento mais utilizado para ensaios
de lixiviação contínua é o extrator Soxhlet. O equipamento Soxhlet permite
submeter amostras de pequenos volumes a períodos controlados de variação de
temperatura, de precipitação e de flutuação do nível da solução de lixiviação. O
equipamento convencional é constituído por manta aquecedora, balão, tubo
Anais do 48º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 48th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
28 de junho a 1º de julho de 2004 – Curitiba-PR
4
extrator e tubo condensador (Figura 3). Dentro do balão coloca-se a solução de
lixiviação. A manta aquece a solução e produz vapor que é conduzido ao topo do
tubo extrator através do tubo condutor de vapor. O vapor é condensado no tubo
condensador. No tubo extrator, a amostra é submetida a três diferentes condições
de alteração. Na primeira, o material é submetido a variações de temperatura,
enquanto é lavado continuamente pela solução condensada (Figura 3b). A solução
que passa pelo primeiro trecho é acumulada no fundo do tubo extrator. Quando o
nível da solução no tubo extrator atinge determinado ponto, ocorre o rebaixamento
da solução de lixiviação através do sifão. A solução sifonada retorna para o balão.
A segunda condição de alteração corresponde às variações do nível da solução
de lixiviação (Figura 3b). A terceira condição é de submersão permanente (Figura
3b). A temperatura média da amostra durante o ensaio é da ordem de 80°C. O
material permanentemente submerso (terceira condição) sofre níveis de alteração
inferiores aos do material nas duas primeiras condições (5). Assim, o equipamento
é adaptado para que não ocorra submersão permanente.
Tubo condensador
Tubo extrator
Tubo condutor de vapor
Entrada da água de resfriamento
Balão
Manta aquecedora
Sifão
Saída da água de resfriamento
3a condição: submersão permanente
1a condição: lavagem periódica
2a condição: variação do nível da solução
40 c
m
40 c
m
φ int
=10c
m
(a) equipamento (b) esquema construtivo
Figura 3 - Equipamento Soxhlet convencional para ensaios de lixiviação contínua.
Anais do 48º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 48th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
28 de junho a 1º de julho de 2004 – Curitiba-PR
5
(ii) por ciclos de saturação e secagem: os ensaios de ciclos de saturação e secagem
tentam reproduzir, no laboratório, a alteração do material provocada pelas
variações da umidade e da temperatura do material no campo. O ensaio de
saturação e secagem mais comum é o de saturação por submersão em água
natural ou destilada seguido de secagem ao ar ou em estufa. No presente
trabalho a submersão foi feita em água destilada a 21ºC e secagem em estufa a
110ºC. O tempo necessário para o umedecimento e para a secagem depende do
material, podendo ser previamente definido através das curvas de variação de
umidade com o tempo, obtidas a partir de ensaios de absorção e de secagem (7).
Através destes ensaios determinou-se que os estados saturado e seco dos
materiais cerâmicos estudados são alcançados para 10 horas de submersão ou
secagem, respectivamente.
Destaca-se que as condições de alteração no laboratório não são as mesmas as
condições de alteração no campo. No entanto, resultados indicados na literatura
mostram que os ensaios de lixiviação contínua e de saturação e secagem podem ser
representativos das condições de alteração no campo (6) (4).
PROGRAMA EXPERIMENTAL
O programa experimental consiste da determinação dos parâmetros físicos e
mecânico dos materiais. A caracterização física foi feita através da determinação da
perda de massa, da massa específica aparente e da absorção. Para a caracterização
mecânica fez-se a determinação da tensão de ruptura à flexão.
Destaca-se que para cada nível ou tipo de procedimento de alteração foram
executados 10 ensaios em diferentes corpos de prova a fim de se garantir uma
representatividade estatística dos resultados.
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Dos resultados, verifica-se, inicialmente, o aumento da massa específica
aparente γap com a temperatura de calcinação (Figura 4a). Observa-se, também, que a
Anais do 48º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 48th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
28 de junho a 1º de julho de 2004 – Curitiba-PR
6
massa específica γap não apresenta modificação significativa com o tempo de alteração
natural. A absorção do material intacto (0 dias de alteração) não foi significativamente
afetado pela temperatura de calcinação (Figura 4b). No entanto, observa-se uma
redução da absorção, principalmente no material calcinado a 600ºC, para nível de
alteração correspondente a 40 dias de alteração natural, aproximadamente (Figura 4b).
1,70
1,72
1,74
1,76
1,78
1,80
0 20 40 60 8
Tempo de alteração (dias)
0
ap (g
/cm
3 )
950°C
600°C
(a) massa específica aparente
18,0
18,5
19,0
19,5
20,0
20,5
21,0
0 20 40 60 8
Tempo de alteração (dias)
Abs
orçã
o (%
)
0
950°C600°C
(b) absorção
Figura 4 – Variação da massa específica aparente e da absorção com o tempo de alteração natural
Não se verifica modificação significativa da massa especifica γap com o nível de
alteração das cerâmicas alteradas no laboratório (Figura 5). No entanto, observa-se que
a absorção é afetada pelo nível de alteração no laboratório (Figura 6). Verifica-se que a
absorção da cerâmica calcinada a 950°C aumenta com o nível de alteração,
independentemente do processo de alteração no laboratório. Para a cerâmica calcinada
a 600ºC verifica-se, ao contrário, a redução da absorção com o nível de alteração.
Particularmente na lixiviação contínua, a absorção sofre significativa redução para
baixos níveis de alteração. Para níveis mais elevados de alteração observa-se aumento
gradativo da absorção. Na cerâmica calcinada com maiores temperaturas, espera-se
que os minerais estejam mais cristalizados que na cerâmica calcinadas com menores
temperaturas. Assim, devido à alteração, espera-se que ocorra nas cerâmicas com
Anais do 48º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 48th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
28 de junho a 1º de julho de 2004 – Curitiba-PR
7
menores temperaturas de calcinação a formação de uma camada superficial de óxidos
provenientes do material de alteração dos minerais ainda não totalmente cristalizados,
reduzindo a absorção. Para maiores temperaturas de calcinação, a alteração deverá
provocar o carreamento dos minerais pela ruptura do material cimentate, aumentando a
absorção.
1,70
1,72
1,74
1,76
1,78
1,80
0 50 100 150 200 250
Tempo de alteração (horas)
ap (g
/cm
3 )
950°C
600°C
(a) lixiviação contínua
1,70
1,72
1,74
1,76
1,78
1,80
0 10 20 30 4Tempo de alteração (ciclos)
0ap
(g/c
m3 )
950°C
600°C
(b) saturação e secagem
Figura 5 – Variação da massa específica aparente com o nível de alteração.
18,0
18,5
19,0
19,5
20,0
20,5
21,0
21,5
0 50 100 150 200 250
Tempo de alteração (horas)
Abs
orçã
o (%
)
950°C
600°C
(a) lixiviação contínua
18,0
18,5
19,0
19,5
20,0
20,5
21,0
21,5
0 10 20 30 4
Tempo de alteração (ciclos)
Abs
orçã
o (%
)
0
950°C
600°C
(b) saturação e secagem
Anais do 48º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 48th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
28 de junho a 1º de julho de 2004 – Curitiba-PR
8
Figura 6 – Variação da absorção com o nível de alteração.
A Tabela 1 apresenta os valores de resistência à flexão σf dos materiais não-
alterados (0 dias) e dos alterados naturalmente (80 dias). Verifica-se o aumento da
resistência à flexão com a temperatura de calcinação e com o nível de alteração.
Verifica-se que os procedimentos de alteração no laboratório provocaram a
redução de σf com o nível de alteração para elevadas temperaturas de calcinação
(Figura 7). Para a menor temperatura de calcinação, observa-se o aumento de σf para
baixos níveis de alteração com posterior redução para elevados níveis de alteração.
Das figuras 6 e 7 verifica-se que o aumento de σf é acompanhado de uma redução da
absorção. Este comportamento se justifica, provavelmente, pela formação da cada de
óxidos na superfície dos corpos de prova calcinados a 600ºC, conferindo maior
resistência à flexão.
Das figuras 6 e 7 observa-se que as variações da absorção com o nível de
alteração se refletem nas variações da resistência σf de forma não-linear e
inversamente proporcionais. Além disto, os resultados apresentados na Tabela 1 e na
Figura 7 sugerem que os materiais alterados com 80 dias de exposição aos agentes
atmosféricos ainda apresentam baixos níveis de alteração. Isto se justifica pela
observação do aumento de σf somente para baixos níveis de alteração no laboratório.
Assim, espera-se que 80 dias de alteração natural correspondam, provavelmente, a 25
horas de lixiviação contínua ou 20 ciclos de saturação e secagem (Tabela 1 e Figura 7).
Considerando que a relação entre o tempo de alteração no laboratório e o tempo de
alteração natural é linear e que o estado inicial de alteração no laboratório ou no campo
são iguais (6), pode-se fazer a previsão do comportamento do material a longo prazo,
através da extrapolação dos resultados experimentais. Por exemplo, considerando que
80 dias de alteração natural é igual a 25 horas de lixiviação contínua e dos resultados
indicados na Figura 7b, conclui-se que a resistência à flexão das cerâmicas calcinadas
à 600ºC e 950ºC após 800 dias de alteração natural é de 220KPa e 185KPa,
respectivamente. Estes valores corresponde a perdas de resistência da ordem de 22%
e 13% para as calcinadas à 600ºC e 950ºC, respectivamente.
Anais do 48º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 48th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
28 de junho a 1º de julho de 2004 – Curitiba-PR
9
Tabela 1 – Variação da resistência à flexão com o nível de alteração natural
Tensão σf (Kpa) Temperatura de calcinação 0 dias 80 dias
1020ºC 281 319 600ºC 212 231
175
200
225
250
275
300
325
0 50 100 150 200 250Tempo de alteração (horas)
f (K
Pa)
950°C
600°C
(a) lixiviação contínua
175
200
225
250
275
300
325
0 10 20 30 4Tempo de alteração (ciclos)
0
f (K
Pa)
950°C
600°C
(b) saturação e secagem Figura 7 – Variação da tensão de ruptura à flexão com o nível de alteração.
CONCLUSÕES
O trabalho apresenta resultados de ensaios de laboratório mostrando a variação
de propriedades dos materiais cerâmicos com diferentes níveis e procedimentos de
alteração. Os resultados permitem avaliar a evolução das características dos materiais
estudados com a alteração.
Os resultados indicam que os processos de alteração envolvem mecanismos
complexos provocando variações não-monotônicas nas propriedades dos materiais
cerâmicos. Este comportamento dificulta a previsão do comportamento a longo prazo
destes materiais.
As variações de absorção se refletem, aproximadamente, de forma inversamente
proporcional, não-linearmente, com a resistência á flexão.
Anais do 48º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 48th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
28 de junho a 1º de julho de 2004 – Curitiba-PR
10
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem á Cerâmica Primeira pelo fornecimento do material de
estudo, ao LAMAV-UENF por disponibilizar os equipamentos para ensaios mecânicos e
ao CNPq pelo apoio financeiro.
REFERÊNCIAS
1. Amorim, L. V.; Neves, G. A.; Oliveira, R. A.; Ferreira, H. C. Estudo da Expansão por Umidade (EPU) em Tijolos Cerâmicos Provenientes de Edifícios em Alvenaria com Falência Estrutura. Florianópolis, (2001).
2. Fookes, P. G.; Gourley, C. S.; Ohikere, C. Rock Weathering in Engineering Time. Quarterly Journal of Engineering Geology, London, vol. 21, (1988), p. 33-57.
3. Frazão, E. B.; Caruso, L. G. Síntese do Conhecimento sobre Alterabilidade de Rochas Basálticas como Material de Construção em Algumas Barragens da Bacia do Alto Paraná. Simpósio sobre a Geotecnia da Bacia do Alto Paraná, vol. II A, São Paulo, SP, (1983), p. 21-33.
4. Minette, E. Quantificação geomecânica e de alterabilidade de um diorito, Dissertação de mestrado, DEC PUC-Rio, Rio de Janeiro, RJ, (1982),.253 p.
5. Frazão, E.B. Metodologia para avaliação da alterabilidade de rochas a partir de estudo experimental em amostras de basalto da U.H.E. de Três Irmãos - Estado de São Paulo. Tese de doutoramento, Escola de Eng. de São Carlos, Universidade de São Paulo, SP, (1993), 175 p.
6. Maia, P. C. A.; Sayão, A. S. F. J.; Nunes, A. L. L. S; Antunes, F. S. Avaliação Experimental da Alteração de Enrocamentos. Solos e Rochas, 24(2), (2001), p. 129-139.
7. Maia, P. C. A. Avaliação do Comportamento Geomecânico e de Alterabilidade de Enrocamentos. Tese de Doutorado, Departamento de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, (2001), 351 p.
8. Maia, P. C. A.; Sayão, A. S. F. J.; Antunes, F. S.; Nunes, A. L. L. S. Avaliação da Alterabilidade de Enrocamentos. VII Congresso Nacional de Geotecnia, Porto, Portugal, 1, (2000), .p. 513-521.
9. Alexandre, J. - Análise de matéria-prima e composições de massa utilizada em cerâmicas vermelhas, Tese de Doutorado, fevereiro (2000).
Anais do 48º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 48th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
28 de junho a 1º de julho de 2004 – Curitiba-PR
11
DURABIBITY EVALUATION OF CERAMIC MATERIALS IN THE CAMPOS DOS
GOYTACAZES SITE
Abstract
This work intends to make an evaluation about transformations suffered by the ceramic
materials when they were exposed by alterations agents. Samples had been shaped by
pressing the clay in prismatic mould and burned in 600ºC and 950ºC. Accelerated
alterations of the samples in lab and normal acceleration in field had been made, by
using different times or intensities of alteration. Different alteration procedures in lab had
been used: continuous lixiviation and wet and dry cycles. After that, these
characteristic’s parameters of the materials intact and weathering had been pointed:
specific mass, absorption e flexion resistance. The results show variations in the
characteristics by the processes of the ceramic alteration, which allows a prediction of
the behavior material in long-term.
Key-words: Red ceramics, durability, lixiviation, weathering.
Anais do 48º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 48th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
28 de junho a 1º de julho de 2004 – Curitiba-PR
12