avaliaÇÃo clÍnica do paciente idoso emylucy paradela geriatra
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AVALIAÇÃO CLÍNICA DO PACIENTE IDOSO
Emylucy ParadelaGeriatra
GERIATRIA
MANUTENÇÃO DA SAÚDE E DAINDEPENDÊNCIA FUNCIONALPREVENÇÃOREABILITAÇÃOTRATAMENTO DE DOENÇAS E INCAPACIDADES
Síndrome da Fragilidade
• Envelhecimento –Processo – lento, progressivo e
INEXORAVEL• Vulnerabilidade
exponencialmente aumentada p/doenças e morte
Envelhecimento saudável• Significa manter ao máximo a capacidade
funcional com uma vida independente e autônoma– Autonomia: capacidade de decisão– Independência: capacidade de execução – 80% SÃO INDEPENDENTES E AUTÔNOMOS– 20% SÃO FRAGEIS
Peggy McAlpine•A centenária Peggy McAlpine faz sinal de positivo ao voar de parapente no Monte Kyrenia, no Chipre, a uma altura de 762m
vôo foi para celebrar o aniversário de 100 anos
IDOSO
• 3 GRUPOS:
– 60 a 70: velho jovem
– 71 a 80: velho velho
– Mais de 80: muito velho• Quarta idade
Matriarca da alfabetização cartográfica no Brasil Lívia de Oliveira, 83 anos
Isolina Mendes Campos em sala de aula. Aos 100 anos, ela decidiu aprender a ler e a escrever
Dra Rita Levi Montalcini 102 anos Premio Nobel para a Medicina
1986
11
Prevalência de demência
0
5
10
15
20
25
30
35
40
60-64 65-69 70-74 75-79 80-84 85-89 90 +
Age
Dem
entia
pre
vale
nce
[%]
CHCEFJAu
12
Prevalência de D. Alzheimer
Ajuda recebida
14
Prevenção
• Impedir ou postergar ao máximo o inicio de uma doença • Prevenção primaria
– Prevenir a instalação de doenças • vacinas• promoção e educação em saúde
– Detecção precoce de problemas, antecipação diagnostica.• rastreamento de HAS, DM, osteoporose, neoplasias
Prevenção secundaria
– Tratar as patologias diagnosticadas para que não ocorram complicações• HAS → AVC• DM → CEGUEIRA, INS.RENAL • Distúrbios da marcha → quedas →
fraturas → medo de cair → imobilidade com suas complicações
• Obesidade• Desnutrição
Prevenção terciária
– Tratar as seqüelas das patologias
» Reabilitação pós AVC» Fratura de fêmur
Idoso fragilizadoIdoso fragilizadoConceitoConceito
• Vulnerabilidade• Alto risco de eventos adversos:
– Dependência– Asilamento– Quedas, lesões, doenças agudas– Hospitalização– Lenta recuperação de doenças– Mortalidade
Quem é o idoso fragilizado?Quem é o idoso fragilizado?
• Muito idosos• Incapacidades• Síndromes geriátricas• O papel das co-morbidades
– Isoladamente não parecem representar o grupo de maior risco
– Não define gravidade de doença
CARACTERÍSTICAS DAS ENFERMIDADES NA IDADE
AVANÇADA
Mitos e Preconceitos
- Rotular as queixas como“coisas da idade”
- Qualquer mudança inespecífica do estado mental, mobilidade, funcional ou continência, pode ser o marcador
inicial de doenças
COMORBIDADES
Problemas ClínicosPsíquicosFuncionais Sociais
DOENÇAS CRÔNICO-DEGENERTIVAS
– Muito prevalentes– Se associam a doenças agudas -> internação– Abordagem: crônica + aguda
ETIOLOGIA MÚLTIPLA
– Conceito de “unidade diagnóstica” não se aplica– Queixa em vários aparelhos – Enfermidade específica em cada aparelho
Jeanne Calment – 122 anos
RESPOSTA IMPREVISÍVEL AO TRATAMENTO
AbsorçãoDistribuiçãoMetabolismoExcreção
FENÔMENO DO “ICEBERG”
PROBLEMAS MÉDICOS CONHECIDOS
PROBLEMAS MÉDICOS QUE PERMANECEM “SUBMERSOS”, OCULTOS E NÃO DIAGNOSTICADOS
Fenômeno do “iceberg”
- Negação das doenças pelos idosos, atribuindo ao envelhecimento- Dificuldade médica nos diagnósticos
SÍNDROMES GERIÁTRICAS ‘5 is’
IATROGENIAINSUFICIÊNCIA CEREBRALINSTABILIDADE POSTURALIMOBILIDADEINCONTINÊNCIA
CASCATA IATROGÊNICA
• → associação de droga para combater efeitos colaterais de drogas em uso.Ex: Propranolol → depressão → antidepressivo
Antipsicótico → tremores → antiparkisoniano
• MÁXIMO DE EFEITO COM MENOR Nº DE DROGAS
MEDICAMENTOS
História medicamentosa
- As reações adversas às drogas são comuns: polifarmácia - Iatrogenia por adição: tratamentos sintomáticos: tonteira, astenia, esquecimentotratar os efeitos colaterais de drogas com outras drogas)
- Iatrogenia por subtração: Omissão do tratamento adequado por descrença no sucesso terapêutico
Prescrição geriátrica
• Conheça as comorbidades (ex. urgência urinária e hipertensão- evite diuréticos).
• Informe a indicação (“para pressão”).• Escreva a data de suspensão da medicação, se
for apropriado.• Saiba se o paciente consegue ler e se
apresenta cognição intacta.
INSUFICIÊNCIA CEREBRAL
MEMÓRIA E ENVELHECIMENTO• Envelhecimento
acarreta uma lentificação dos processos cognitivos de uma maneira geral
• Idoso tem menos habilidade de armazenar novas informações, conserva-la por algum tempo e recuperá-la depois de um intervalo de tempo maior.
Isto não impede novos aprendizadosO acervo de conhecimentos continua a ser enriquecido com o passar do tempoVocabulário tende a aumentar com a idade
Enfermidades neuropsiquiátricas
• Depressão• Demência• Delirium
AVALIAÇÃO PSÍQUICA
INSTABILIDADE POSTURAL
• PRINCIPAL CAUSA DE MORTE ACIDENTAL
• AUMENTA A MORTALIDADE NOS ANOS CONSECUTIVOS
• PODE REPRESENTAR UM SINAL DE DEBILIDADE/VULNERABILIDADE FÍSICA
• MÚLTIPLAS CAUSAS
IMOBILIDADE
• Efeito “dominó”• Questão cultural• Temporária x crônica
- Múltiplas contraturas musculares- Déficit cognitivo
- Ulceras de pressão- Disfagia - Incontinência - Afasia
INCONTINÊNCIA
• URINÁRIA : 50 – 70% dos idosos institucionalizados10 – 30 % dos idosos na comunidadeMais de 50% não relatam IU na anamnese
ESTABELECIDA• IU de urgência• Esforço• Hiperfluxo• Funcional• Mista
TRANSITÓRIA• Delirium• ITU e outras infecções• Imobilidade• Impactação fecal• Endocrinopatias
INCONTINÊNCIA FECAL
ETIOLOGIA
- Dça colônica, retal e sistêmica- Efeito colateral de droga- Incapacidade funcional- Sind. de imobilidade- demência / confusão- Incontinência anorretal
DIAG. DIFERENCIAL
- Neoplasia- Doença diverticular- Doença inflam. Intestinal- Neuropatia diabética- Laxativos ou dieta
SÍNDROMES GERIÁTRICASSÍNDROMES GERIÁTRICAS
• Desnutrição• Constipação
• Ansiedade• Distúrbios do sono
• Isolamento• Ulceras de pressão• Déficits sensoriais
– visão e audição• Disfunção sexual
AVALIAÇÃO DO PACIENTE IDOSO: Busca ativa dos problemas
PSÍQUICA
CLÍNICA NUTRICIONAL
MEDICAMENTOSASOCIAL
FUNCIONAL
Avaliação Funcional
Capacidade do indivíduo em executar as atividades básicas da vida diária e as instrumentais IndependenteParcialmente dependenteDependente
Avaliação clínica
Não se considera queixa principal, mas queixas principaisHistória médica dirigida por aparelhosExame físico: cavidade oralPA deitado, sentado e em pé, exame neurológico básico toque retal
Avaliação nutricional
Detalhada anamnese nutricionalMini avaliacao nutricional PesoAlturaIMCPregas cutâneasCircunferência abdominal e do braçoLaboratório: albumina, colesterol, contagem de linfócitos
Avaliação social
A situação social do idoso apresenta uma relação muito estreita com seu estado de saúde, influindo não apenas no estado nutricional e nos recursos médicos e terapêuticos, mas também na determinação da autonomia e independênciaFamíliaRede de apoio
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Enfermeiro, médico, fisioterapeuta, assistente social, terapeuta ocupacional, psicólogo,
nutricionista, fonoaudiólogo, odontólogo entre outros
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR: Objetivos
- Planejar um programa específico para cada paciente, de acordo com suas
necessidades e potencialidades• - Reavaliar periodicamente o progresso obtido
e identificar possíveis causas de insucesso• - Integrar o paciente à comunidade
PECULIARIDADES DA AVALIAÇÃO CLÍNICA DO PACIENTE IDOSO
APARELHO RESPIRATÓRIO
Frequência respiratória
Crepitação pulmonar
Dispnéia
Taquipnéia
• É a primeira alteração óbvia a predizer o aparecimento de uma doença cardiorrespiratória
APARELHO CARDIOVASCULAR
EDEMA DE MMII: causa mais comum é a
imobilidade e não ins. cardíaca
“ICTUS CORDIS” PRESSÃO ARTERIAL
HIPOTENSÃO ORTOSTATICA
4ª BULHA
SOPROS CARDÍACOS
APARELHO DIGESTIVO
ANAMNESE
EXAME FÍSICO
ABDOME AGUDO
COLOPATIA FUNCIONAL
APARELHO DIGESTIVO
- História de constipaçãouso crônico de laxativos
- Gastrectomia prévia: dor óssea devido osteomalácia por absorção deficiente de
cálcio, déficit de vitamina B12 ou anemia por deficiência de
ferro
APARELHO NEUROLÓGICO
TESTE DE SENSIBILIDADE
PAPILEDEMA
NERVOS CRANIANOS
APARELHO NEUROLÓGICO
PUPILAS
ASSIMETRIA FACIAL
DESVIO CONJUGADO DO OLHAR
APARELHO NEUROLÓGICO
• - Sinais de irritação meníngea: Brudzinski parece ser valioso.
• - A rigidez cervical pode ser difícil de ser interpretada devido a elevada ocorrência de osteoartrose da coluna cervical
• - Reflexos tendinosos: o patelar pode ser obscurecido pela osteoartrose
• - A ausência de hiperreflexia não exclui lesão piramidal
APARELHO NEUROLÓGICO
REFLEXO MANDIBULAR
REFLEXOS TENDINOSOS
SINAIS DE IRRITAÇÃO MENINGEA
Vamos descansar
Sugestões de literatura
• SINAIS E SINTOMAS EM GERIATRIA – (2ª EDIÇÃO)– RENATO MAIA GUIMARAES, ULISSES GABRIEL V.
CUNHA
• COMPÊNDIO DE NEUROPSIQUIATRIA GERIÁTRICA – ALMIR TAVARES