auxiliar de processos metalúrgicos 2 - viarapida.sp.gov.br · carla cruz dos santos, empresa...
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g o v e r n o d o e s ta d o d e s ã o pa u l o
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Auxiliar de processos metalúrgicos
2
Auxiliar deProcessos
Metalúrgicos
m e t a l u r g i a
emprego
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Geraldo Alckmin
Governador
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Rodrigo Garcia
Secretário
Nelson Baeta Neves Filho
Secretário-Adjunto
Maria Cristina Lopes Victorino
Chefe de Gabinete
Ernesto Masselani Neto
Coordenador de Ensino Técnico, Tecnológico e Profissionalizante
Coordenação do ProjetoCETTPro/SDECT
Juan Carlos Dans SanchezFundação do Desenvolvimento
Administrativo – Fundap José Lucas Cordeiro
Apoio Técnico à CoordenaçãoFundação do Desenvolvimento
Administrativo – Fundap Laís Schalch
Apoio à ProduçãoFundação do Desenvolvimento
Administrativo – Fundap Ana Paula Alves de Lavos
Emily Hozokawa DiasIsabel da Costa M. N. de Araújo
José Lucas CordeiroKarina SatomiLaís Schalch
Maria Helena de Castro LimaSelma Venco
CETTPro/SDECT Bianca Briguglio
Cibele Rodrigues Silva
Textos de referênciaEdison Marcelo SerbinoIrineu de Souza Barros
Luiz Cláudio PaulaMarcos Antonio Batalha
FUNDAÇÃO PADRE ANCHIETAPresidente
João SayadVice-Presidentes
Ronaldo BianchiFernando Vieira de Mello
Diretoria de Projetos EducacionaisDiretor
Fernando José de AlmeidaGerentes
Monica Gardelli FrancoJúlio Moreno
Coordenação técnica Maria Helena Soares de Souza
Equipe EditorialGerência editorial
Rogério Eduardo AlvesProdução editorial
Janaina Chervezan da Costa CardosoEdição de texto Lígia Marques
Marcelo AlencarRevisão
Conexão EditorialIdentidade visual
João Baptista da Costa AguiarArte e diagramação
Paola NogueiraPesquisa iconográfica
Elisa RojasEveline Duarte
Ilustrações Bira Dantas
Luiz Fernando MartiniConsultoria
Marcos Antonio Batalha
Agradecemos aos seguintes profissionais e instituições que colaboraram na produção deste material:Carla Cruz dos Santos, Empresa Servimig, Empresa Signo Arte, Empresa Starrett, Fundição TUPY S.A., Graziele da
Silva Santos, Grupo Voith, Instituto de Pesquisas Tecnológicas, Neise Nogueira, Valdemar Carmelito dos Santos.
Secretaria de deSenvolvimentoeconômico, ciência e tecnologia
Caro(a) Trabalhador(a)
Estamos felizes com a sua participação em um dos nossos cursos do Programa Via Rápida Emprego. Sabemos o quanto é importante a capacitação profissional para quem busca uma oportunidade de trabalho ou pretende abrir o seu próprio negócio.
Hoje, a falta de qualificação é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo desempregado.
Até os que estão trabalhando precisam de capacitação para se manter atualizados ou quem sabe exercer novas profissões com salários mais atraentes.
Foi pensando em você que o Governo do Estado criou o Via Rápida Emprego.
O Programa é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, em parceria com instituições conceituadas na área da educação profis-sional.
Os nossos cursos contam com um material didático especialmente criado para facilitar o aprendizado de maneira rápida e eficiente. Com a ajuda de educadores experientes, pretendemos formar bons profissionais para o mercado de trabalho e excelentes cidadãos para a sociedade.
Temos certeza de que iremos lhe proporcionar muito mais que uma formação profissional de qualidade. O curso, sem dúvida, será o seu passaporte para a realização de sonhos ainda maiores.
Boa sorte e um ótimo curso!
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia
Caro(a) Trabalhador(a)
Aqui continua o nosso caminho para um novo aprendizado.
Você já conheceu as origens do seu ofício. Observou a evolução de uma metalurgia que acompanha a evolução do mundo. Descobriu quais aspectos envolvem a rotina de uma indústria metalúrgica. Entendeu, por fim, como funciona o setor metalúrgico, cujos segmentos apresentam oportunidades para os novos profissionais.
A proposta, agora, é que, com o segundo volume desta coleção, você possa aprender os saberes específicos da ocupação que escolheu exercer. O objetivo do curso é formar um profissional que possua uma visão organizada daquilo que um bom auxiliar de processos metalúrgicos precisa.
Com esse pensamento, a primeira unidade deste volume lhe oferece a oportunidade de aprender uma atividade que estará presente em qualquer trabalho metalúrgico: a verificação de medidas. No restante do livro, temas que irão ajudá-lo no momento de buscar inserção no mercado também serão comentados, sem se esquecer de tratar de alguns fatores, como qualidade e produtividade, que influenciarão (e muito!) seu trabalho.
Por isso, aproveite esta nova etapa do curso para refletir, perguntar, discutir e interagir com colegas e professores. Agora é a sua hora de buscar uma nova carreira!
Vamos voltar aos estudos?
Sum á ri o
Unidade 49
metrologia
Unidade 533
produzindo uma peça metálica
Unidade 667
segurança e prevenção de acidentes
Unidade 779
qualidade e produtividade
Unidade 885
ingresso no mercado de trabalho
dados internacionais de catalogação na publicação (cip) (bibliotecária silvia marques crb 8/7377)
P964
Programa de qualificação profissional: Metalurgia / Auxiliar de processos metalúrgicos. -. – São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2011. v. 2, il (série: arco ocupacional)
Vários autoresPrograma de qualificação profissional da Secretaria do
Emprego e Relações do Trabalho – SERT
ISBN 978-85-8028-000-5
1. Ensino profissionalizante 2. Metalurgia-técnico 3. Metalurgia – laboratório I. Título II. Série
CDD 371.30281
Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 9
unida d e 4
Metrologia
Em metalurgia, uma das atividades sempre presente é a de verifi-car medidas ou fazer medições de metais, antes ou depois de eles passarem por ensaios em laboratórios ou de serem transformados.
Como auxiliar de processos metalúrgicos, muitas vezes, você terá contato com essa atividade e, por isso, precisará conhecer a cha-mada metrologia, ciência que estuda as medidas e as medições.
Mas qual a diferença entre medida e medição?
Medida é um valor expresso em números (valor numérico) que representa as dimensões ou o tamanho de um determinado objeto (unidade física). Dizemos, por exemplo, que a medida de uma peça metálica é 10,01 mm (dez milímetros e um centésimo de milímetro).
Medição é o ato de medir, ou seja, a operação que realizamos para obter a medida. É comparar a grandeza a ser medida com outra adotada como padrão.
Os instrumentos
Para realizar cada medição, é preciso utilizar um instrumento. A escolha do instrumento depende da situação, pois cada um atende a determinada necessidade. Entre os instrumentos de medição utilizados pelo auxiliar de processos metalúrgicos, podemos destacar:
• escala (régua);
Grandeza física é um atributo de um corpo que pode ser percebido e quanti-ficado. Por exem-plo: o tamanho de uma pessoa, a mas-sa de um livro, o volume de um copo, a temperatura de um corpo, a veloci-dade de um carro...
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• trena;
• paquímetro;
• micrômetro;
Comprar foto de trenaA régua graduada e a trena são os mais simples instru-mentos de medida linear (horizontal, em linha).
Você sabia?
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• transferidor; e
Como realizar as medições?
A escolha do instrumento que será utilizado para fazer uma medição específica dependerá do que será medido e da exatidão (precisão) desejada dessa medida.
Há instrumentos que permitem maior ou menor exatidão.
Imagine, por exemplo, uma balança. Será que um fei-rante pode pesar uma porção de bananas com o mesmo tipo de balança que um farmacêutico usa no preparo da mistura de produtos para fazer um medicamento? Qual necessita de um instrumento de medição mais preciso?
• goniômetro.
O goniômetro não é utili-zado apenas na metalur-gia. Existem outras áreas que também precisam desse instrumento de me-dições angulares. Uma delas é a medicina. Assim como os auxiliares de pro-cessos metalúrgicos, os médicos também usam goniômetro, mas para acompanhar a recupera-ção de pacientes que so-frem fraturas. Com ele, é possível verificar a evolu-ção do movimento de uma articulação, por exemplo.
Você sabia?
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IvAN CARNEIRO
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Em vez de falar em exatidão, também podemos dizer que a margem de erro admissível em uma determinada medição é diferente do erro aceitável em outra. Chamamos de erro admissível, o desvio máximo que se pode tolerar para mais ou para menos.
A medida (também chamada de cota) 30 + ou – 0,1, mostrada na imagem acima, indica que o desvio máximo que se pode admitir, nesse caso, é de 0,1 (um décimo de milímetro) para mais ou para menos. Isso quer dizer que, na prática, essa peça será aceita ou poderá ser utilizada se medir:
30,0 – 0,1 = 29,9 mmaté
30,0 + 0,1 = 30,1 mm
Essa indicação (30 + ou – 0,1) também informa que o instrumento que será usado para medir a peça real deverá ter uma exatidão (ou uma resolução mínima) de um décimo de milímetro.
20,0
6
Escala 1:1
24,9
9,98
2
10f7
30 0,1+_
25 0,1+_
200,
1+ _
Margem de erro: nas medições da peça acima, o desvio máximo é de 0,1 mm para mais ou para menos.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Régua comum: os números indicam centímetros. A resolução mínima é de 1 milímetro.
Importante: resolução
A resolução de um instrumento é a menor medida que você pode ler nele. A régua abaixo, por exemplo, tem resolução de 1 milímetro, porque essa é a menor divisão que ela possui.
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Portanto, se você precisa medir uma peça com um lado de 30 mm, para a qual se admite uma variação de 0,1 mm (de 29,9 mm a 30,1 mm), o instrumento utilizado deve ter a resolução mínima de 1 décimo de milímetro.
No entanto, se você deve medir uma peça na qual a va-riação máxima permitida é de 0,05 mm, será necessário um instrumento com resolução mínima de 5 centésimos de milímetro.
Reflita: qual dos dois instrumentos será mais exato?
Veja a seguir, em detalhes, os instrumentos de medição usados pelo auxiliar de processos metalúrgicos.
Escala (régua)
As escalas existem para organizar e hierarquizar valores: do menor para o maior, do menos importante para o mais importante, da menor dureza para a maior, do menor grau
Os números deci-mais servem para indicar valores que não são inteiros. Para representá--los, utilizamos a vírgula. O algaris-mo que vem antes dela é chamado de unida-de. Os que seguem a vírgula são chamados de casas decimais. A primeira casa é a dos décimos (nela, o algarismo 1 representa um décimo de uma unidade, ou um inteiro divi-dido por dez), e a segunda, dos centésimos (nela, o algarismo 5 representa cinco centé-simos de uma unidade).
0,15centésimos de milímetro
décimos de milímetro
milímetro
Antes da instituição do sis-tema métrico decimal, as unidades de medida eram definidas de maneira arbi-trária, ou seja, sem regras ou normas, variando de um país para outro. As unida-des de comprimento, por exemplo, eram, normal-mente, derivadas das par-tes do corpo do rei de cada país. Foi assim que surgi-ram medidas padrão como a polegada, o palmo, o pé, a jarda, a braça e o passo. O sistema inglês, inclusive, foi baseado nas medidas estabelecidas pelos reis ingleses. A tarefa de mu-dar essa situação ficou pa-ra os professores Méchian e Delambre, ambos da Academia de Ciências de Paris. Eles instituíram o sistema métrico decimal no dia 7 de abril de 1795.
Você sabia?
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para o maior etc. São muitos os instrumentos de medição que podem conter uma ou mais escalas.
Por isso, nada melhor do que começar a nossa lista com a escala, ou régua graduada, que geralmente é feita de aço inoxidável. Normalmente, na parte inferior, ela apresenta as medidas em centímetros (cm) e milímetros (mm) – conforme o sistema métrico – e, na superior, apresenta as medidas em polegadas e frações – conforme o sistema inglês.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
21 43
DICANo Brasil, adota-se o sistema
métrico decimal. Por isso, neste caderno, aprenderemos a usar os instrumentos para fazer medições
utilizando esse sistema.
Sistema Métrico 1 metro = 10 decímetros = 100 centímetros = 1.000 milímetros
Sistema Inglês1 polegada = 2,54 centímetros
Trena
A trena é constituída por uma fita de aço cujas graduações são semelhantes às da escala, isto é, obedecem ao sistema métrico e ao sistema inglês. A leitura das medições segue o mesmo procedimento da régua graduada.
Porém, diferentemente da escala, a trena possui em sua extremidade uma pequena chapa metálica, dobrada em ângulo de 90o, chamada encosto de referência ou gancho de zero absoluto.
Essa chapinha mede 1 mm de espessura. Isso tem grande utilidade: o encosto de refe-rência é usado para compensar as medições externas (deslocando o encosto de 1 mm para fora da fita) e internas (somando a espessura da medição de 1 mm do encosto).
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Paquímetro
O paquímetro também é formado por uma régua graduada no sistema métrico e no sistema inglês. Sobre essa régua com encosto fixo, desliza uma régua menor chamada cursor. O cursor – a parte móvel do paquímetro – fica ajustado à régua e se movimenta livremente sobre ela com um mínimo de folga.
O cursor é dotado de uma escala auxiliar, graduada, chamada nônio ou vernier. Este permite a leitura de frações da menor divisão da escala fixa. O nônio possui uma divisão a mais que a unidade usada nessa escala. Então, se 10 mm na escala principal estão divididos em 10 partes, 10 divisões de nônio corresponderão a 9 mm da escala principal.
Trena: fita de aço com graduações semelhantes às da escala.
encosto de referência
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orelha fixa orelha móvel
nônio ou vernier em polegadas
parafuso de travacursor
bico fixo bico móvel
escala fixa de polegadas
escala fixa de milímetros
encosto fixoencosto móvel
nônio ou vernier em milímetros
impulsor haste de profundidade
O paquímetro e seus componentes.
16 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
Para melhor compreensão, observe abaixo como verificar a resolução do paquímetro e, em seguida, como fazer uma medição usando esse instrumento.
Como verificar a resolução do paquímetro em milímetros
• Nônio com 10 divisões – as 10 divisões do nônio equivalem a 1 mm da escala principal. Portanto, 1
10 = 0,1 mm (em outras palavras, cada divisão do nônio cor-responde a 1 décimo de milímetro).
• Nônio com 20 divisões – as 20 divisões do nônio equivalem a 1 mm da escala principal. Portanto, 1
20 = 0,05 mm (em outras palavras, cada divisão do nônio corresponde a 5 centésimos de milímetro).
• Nônio com 50 divisões – as 50 divisões do nônio equivalem a 1 mm da escala principal. Portanto, 1
50 = 0,02 mm (em outras palavras, cada divisão do nônio corresponde a 2 centésimos de milímetro).
Como fazer uma medição usando o paquímetro
O paquímetro pode ser usado para medir uma peça metálica em suas várias dimensões:
Medição interna.
Medição externa. Medição de profundidade.
Medição de ressalto.
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Como “ler” as medidas no paquímetro
A leitura das medidas (ou seja, a medição de uma deter-minada peça metálica) é feita em duas partes: primeiro, pela escala fixa da régua e, em seguida, pela escala auxiliar do nônio.
Os dois valores devem ser considerados ao final do pro-cedimento de medição. Isso é feito da seguinte maneira:
1º passo: cálculo da resolução
2º passo: leitura
1a leitura (escala fixa): você deve considerar – ou “ler” – o número que vem antes do zero do nônio.
2a leitura (escala do nônio): você deve considerar (ler) o primeiro traço do nônio, que coincide totalmente com algum traço da escala fixa. Depois, deve contar quantos traços tem do zero até chegar nele. No caso da foto abai-xo, são 13 traços. Em seguida, é só multiplicar o número de traços medidos (13) pela resolução do paquímetro, que foi calculada anteriormente.
menor divisão da escala fixa
no de divisões do nônio
20Resolução = 1 mm = 0,05 mm
1a leitura 2a leitura
DICANesta unidade, você aprenderá a
realizar a leitura do paquímetro na versão tradicional, ou seja,
mecânica. Mas, atualmente, já é possível contar com esse
instrumento na versão eletrônica. O chamado paquímetro digital apresenta algumas vantagens:
• Simplifica a leitura, diminuindo a probabilidade de erro.
• Pode ser usado em polegadas ou milímetros, sendo preciso
apenas mudar o modo de apresentação do resultado.
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O nônio também pode ser chamado de vernier. Sabe por quê? Esses dois nomes vêm de seus dois inventores: o português Pedro Nunes e o francês Pierre Vernier.
Você sabia?
18 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
Ou seja: 13 traços x 0,05 (resolução do paquímetro) = 0,65 mm
Portanto, a medida da peça é:
1ª leitura = 73,00 mm
2ª leitura = 0,65 mm
Leitura final = 73,65 mm
Atividade 1ExErCiTE a lEiTura Com um paquímETro no
sisTEma méTriCo Com rEsolução dE 0,05 mm
Seguindo cada um dos passos já explicados, leia as medidas a seguir e anote os resultados ao lado dos desenhos.
Compare os números que obteve com os do seu colega ao lado. Se vocês chegaram a resultados diferentes, procurem discutir a razão dessas diferenças.
Em seguida, o monitor discutirá com a classe o trabalho realizado.
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20 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
menor divisão da escala fixa
no de divisões do nônio
50Resolução = 1 mm = 0,02 mm
Paquímetro de resolução 0,02 mm
Há paquímetros com diferentes graus de resolução. Além do anterior (0,05 mm), é bastante comum o que tem resolução de 0,02 mm. O nônio, neste caso, tem 50 divisões.
1º passo: cálculo da resolução
2º passo: leitura
1a leitura (escala fixa) = 5,00 mm
2a leitura (escala do nônio) = 0,44 mm (22 x 0,02)
Leitura Final = 5,44 mm
A medição, ou “leitura das medidas”, é feita da mesma maneira, independen-temente da resolução do paquímetro.
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a)
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Atividade 2ExErCiTE a lEiTura Com um paquímETro no
sisTEma méTriCo Com rEsolução dE 0,02 mm
Seguindo cada um dos passos já explicados, leia as medidas a seguir e anote os resultados ao lado dos desenhos.
Compare os números que obteve com os do seu colega ao lado. Se vocês chegaram a resultados diferentes, procurem discutir a razão dessas diferenças.
Em seguida, o monitor discutirá com a classe o trabalho realizado.
1 22 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6
2 35 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9
10 20 30 40 50 60
40 50 60 70 80 90 100
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 5 10 15 20 25.001 in
.001 in
0,02 mm
0,02 mm
0 5 10 15 20 25
2 3 4 5 6 87 9 21 3 4 5 6 87 9 21 3 4 5 63 460 70 80 90 100 110
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
.001 in
0,02 mm
0 5 10 15 20 25
1 22 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6
2 35 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9
10 20 30 40 50 60
40 50 60 70 80 90 100
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 5 10 15 20 25.001 in
.001 in
0,02 mm
0,02 mm
0 5 10 15 20 25
2 3 4 5 6 87 9 21 3 4 5 6 87 9 21 3 4 5 63 460 70 80 90 100 110
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
.001 in
0,02 mm
0 5 10 15 20 25
1 22 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6
2 35 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9 21 3 4 5 6 7 8 9
10 20 30 40 50 60
40 50 60 70 80 90 100
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 5 10 15 20 25.001 in
.001 in
0,02 mm
0,02 mm
0 5 10 15 20 25
2 3 4 5 6 87 9 21 3 4 5 6 87 9 21 3 4 5 63 460 70 80 90 100 110
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10
.001 in
0,02 mm
0 5 10 15 20 25
22 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
Micrômetro
É um instrumento que permite fazer medições em casos que exigem resoluções ainda menores do que as do paquímetro. Ou seja, quando o paquímetro não consegue mais alcançar exatidão para uma determinada medição, o micrômetro entra em cena.
Alguns micrômetros usam o mícron, unidade de medida que corresponde a um milésimo de milímetro. Por isso, o instrumento tem esse nome.
Micrômetro de resolução 0,01 mm (1 centésimo de milímetro)
O micrômetro tem dois importantes componentes: a bainha, que apresenta duas escalas em milímetros; e o tambor, cuja escala está dividida em centésimos de milímetros.
Considerando essas escalas, a leitura do micrômetro é feita em três partes. A pri-meira, na bainha com escala de 1 em 1 mm; a segunda, na escala dos meios; e a terceira, no tambor.
O micrômetro e seus componentes.
tambor
arco faces de medição
bainhabatente fusosT
AR
RE
T
Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 23
Exemplos de leitura
a)
O paquímetro e o micrô-metro, instrumentos bas-tante usados na indústria metalúrgica, também são muito úteis para medir a espessura de revestimen-tos na construção civil.
O micrômetro foi inven-tado, em 1848, pelo fran-cês Jean-Louis Palmer. Com o decorrer do tem-po, ele foi aperfeiçoado e possibilitou medições mais rigorosas e exatas do que aquelas obtidas pelo paquímetro.
Você sabia?
Você sabia?
15
20
10
5
0 5
3515
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15
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0 5
3515
30
25
20
0 5 10 15 20
1a leitura (bainha – escala dos milímetros) = 8,00 mm
2a leitura (bainha – escala dos meios milímetros) = 0,50 mm
3a leitura (tambor) = 0,10 mm
Leitura final = 8,60 mm
b)
1a leitura (bainha – escala dos milímetros) = 23,00 mm
2a leitura (bainha – escala dos meios milímetros) = 0,00 mm
3a leitura (tambor) = 0,28 mm
Leitura final = 23,28 mm
1a leitura 3a leiturasT
AR
RE
T
2a leitura
24 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
Atividade 3ExErCiTE a lEiTura Com um miCrômETro no sisTEma méTriCo dE rEsolução dE 0,01 mm
Seguindo cada um dos passos já explicados, leia as medidas a seguir e anote os resultados ao lado dos desenhos.
Compare os números que obteve com os do seu colega ao lado. Se vocês chegaram a resultados diferentes, procurem discutir a razão dessas diferenças.
Em seguida, o monitor discutirá com a classe o trabalho realizado.
a)
b)
0 5 10 15
0 5 10 15
20
15
10
5
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0
45
40
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2520
0 5
0 5
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0 40
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3025
Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 25
0 5 10 15
0 5 10 15
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0 5 10 15
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5
c)
d)
e)
26 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
Micrômetro de resolução 0,001 mm (1 milésimo de milímetro)
Este micrômetro possui, além das escalas na bainha e tambor, uma terceira escala – chamada de nônio – na parte superior da bainha. Nela vamos ler os milésimos de milímetros.
Exemplos de leitura:
a)
1a leitura (bainha – escala dos milímetros) = 9,000 mm
2a leitura (bainha – escala dos meios milímetros) = 0,000 mm
3a leitura (tambor) = 0,410 mm
Leitura no nônio (primeiro traço coincidente com a escala no tambor) = 0,003 mm
Leitura final = 9,413 mm
1a leitura (bainha – escala dos milímetros) = 2,000 mm
2a leitura (bainha – escala dos meios milímetros) = 0,000 mm
3a leitura (tambor) = 0,010 mm
Leitura no nônio (primeiro traço coincidente com a escala no tambor) = 0,004 mm
Leitura final = 2,014 mm
b)
80
642
0
80
642
0
50
4580
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40
350 5
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0
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0
80
642
0
50
4580
642
40
350 5
80
642
0
15
5
0
45
1a leitura2a leitura
3a leitura4a leitura
IvA
N C
AR
NE
IRO
Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 27
0
68
420
0 5 10
0
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4
02
25 30 35
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25 30
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0 5 10
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0 5
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0 5
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420
0 510
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25 5 10
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0
68
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02
25 30 35
0
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4
02
25 30
20
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0 5 10
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0 510
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40
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420
25 5 10
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68
420
25 5 1
25
20
15
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0
68
4
02
25 30 35
0
68
4
02
25 30
20
15
10
5
Atividade 4ExErCiTE a lEiTura Com um miCrômETro no sisTEma méTriCo dE rEsolução dE 0,001 mm
Seguindo cada um dos passos já explicados, leia as medidas a seguir e anote os resultados abaixo dos desenhos.
Compare os números que obteve com os do seu colega ao lado. Se vocês chegaram a resultados diferentes, procurem discutir a razão dessas diferenças.
Em seguida, o monitor discutirá com a classe o trabalho realizado.
a)
c)
b)
d)
28 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
Transferidor
As medidas angulares são feitas com a ajuda desse instrumento. Por isso, antes de tudo, é importante entender como é medido um ângulo.
Um ângulo é a medida – em graus – formada pelo encontro entre dois segmentos de reta.
Todo ângulo está dividido em minuto ( ’ ) e segundo ( ” ), sendo que um grau tem 60 minutos e um minuto, 60 segundos. Usando os sím-bolos dessas medidas, temos:
1o = 60’ e 1’ = 60”
Você provavelmente se lembra do transferidor, que fez parte do seu material escolar. Ele é composto, basicamente, por uma escala circular dividida e marcada em ângulos espaçados regularmente, tal qual uma régua.
O transferidor pode ser usado nas aulas de Matemática, Engenharia, Topografia ou em qualquer outra atividade que exija a medição precisa de ângulos.
escala graduada
articulação
lâmina
corpo
IvA
N C
AR
NE
IRO
O transferidor e seus componentes.
Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 29
Goniômetro
Outro instrumento de medição muito utilizado nas indústrias metalúrgicas é o goniômetro. Assim como o transferidor, ele é utilizado para medições angulares, ou seja, para medir ângulos.
Na prática, trata-se de um transferidor com uma resolução melhor. Por isso, pode ser usado para qualquer atividade que exija uma medição mais precisa. Ele também contém, basicamente, uma escala circular dividida e marcada em ângulos regulares, tal qual numa régua.
Como usar o goniômetro
Para se chegar à medida de um ângulo usando esse instrumento, duas leituras devem ser feitas.
Na primeira, o grau inteiro, que pode ser observado na graduação superior do disco, deve coincidir com o traço zero da escala inferior (o nônio). Essa leitura pode ser feita tanto no sentido horário quanto no anti-horário, dependendo do posicionamento da peça medida.
A segunda leitura é a dos minutos, que, por sua vez, pode ser realizada a partir do zero nônio, seguindo a mesma direção escolhida na leitura dos graus.
IvA
N C
AR
NE
IRO
1a leitura
2a leitura
disco graduado régua
articulador
esquadro
disco vernier (nônio)
O goniômetro e seus componentes.
30 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
Exemplos de leitura
a)
1a leitura (escala superior) = 24o
2a leitura (escala inferior) = 10’
Resultado final = 24o 10’
b)
302010 40
3015
3015
45060
45
Sentido de leitura
6050
3040
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3015
3015
450
6045
Sentido de leitura
302010 40
3015
3015
45060
45
Sentido de leitura
6050
3040
70
3015
3015
450
6045
Sentido de leitura
1a leitura (escala superior) = 50o
2a leitura (escala inferior) = 15’
Resultado final = 50o 15’
Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 31
Atividade 5 praTiquE o uso do goniômETro
Com base no que você aprendeu, faça a leitura nos goniômetros a seguir. O zero corresponde à medida em grau e o traço mais escuro corresponde ao complemento do ângulo em minutos.
a)
b)
c)
101020
020
10010
2030
01020
1020
30 3060
060
30 3060
060
30 3006060
101020
020
10010
2030
01020
1020
30 3060
060
30 3060
060
30 3006060
101020
020
10010
2030
01020
1020
30 3060
060
30 3060
060
30 3006060
32 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
d)
e)
f)
g)
102030
400
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010
203040
100
102030
010
30 3060
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30 3060
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30 3006060
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0 151545 45
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400
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30 3060
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30 3060
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30 3006060
30 3060
0 151545 45
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400
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102030
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30 3060
060
30 3006060
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400
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102030
010
30 3060
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30 3060
060
30 3006060
30 3060
0 151545 45
Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 33
unida d e 5
Produzindo uma peça metálicaNo caderno 1, você aprendeu que a metalurgia estuda e geren-cia os metais desde a sua extração até a sua transformação em produtos adequados ao uso. Por isso, ela pode ser dividida em:
• metalurgia extrativa;
• metalurgia de transformação;
• beneficiamento;
• montagem ou aplicação.
Esses segmentos são as etapas que estruturam o trabalho me-talúrgico. Juntos, eles formam o que poderíamos chamar de “caminho metalúrgico”:
34 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 35
Nesta unidade, vamos aprender em que lugar desse ca-minho você, futuro auxiliar de processos metalúrgicos, se encontra. Antes de mais nada, já é possível afirmar: em todas as etapas pelas quais o metal passa, o auxiliar de processos metalúrgicos estará presente.
Por isso, é fundamental que você, futuro auxiliar, conheça todos os procedimentos e consiga entender como se dá a produção de uma peça metálica. O caminho metalúr-gico que você vai acompanhar a seguir mostra o fluxo de produção de dois metais utilizados na fabricação de produtos presentes no dia a dia de todos: um metal não ferroso, o alumínio, e um ferroso, o aço.
Alumínio
Entre os metais não ferrosos, o alumínio, como já vimos, é o que mais cresce em importância em todo o mundo, sendo produzido a partir de um minério específico, a bauxita.
Os metais ferrosos são aqueles que contêm fer-ro. Já os não ferrosos são aqueles que não con-têm ferro.
Você sabia?
Vamos ver a seguir os diferentes processos pelos quais passa o alumínio até a produção final de bens. A primeira fase não difere daquela por que passam os outros metais: tudo começa com a mineração.
Bauxita: minério do qual o alumínio é produzido.
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36 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
1. Mineração
Quando compramos uma latinha de refrigerante, dificilmente paramos para refletir sobre todo o impacto ambiental causado até que ela chegue às nossas mãos.
Por ser uma atividade que ocorre longe dos olhares da maioria de nós, a mineração provoca mudanças na natureza das quais nem sempre temos conhecimento.
Como auxiliar de processos metalúrgicos, é importante que você tenha conhecimento e consciência dos danos que a etapa de extração pode trazer ao planeta.
A mineração degrada a natureza.
No entanto, ao mesmo tempo que o extrativismo mineral degrada a natureza, ele também é responsável por garantir boa parte do desenvolvimento industrial. Por isso, é preciso buscar um equilíbrio entre a exploração necessária e um mínimo de degradação.
O alumínio, conforme já mencionado, é produzido a partir da bauxita, que normalmente está combinada com silício e oxigênio. Sua obtenção depende de etapas de processamento até chegar ao estado em que o consumidor final o co-nhece. A bauxita é o único minério do qual o alumínio pode ser extraído de uma
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Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 37
forma economicamente viável e sua mineração, tal como a dos demais minérios, deve buscar o equilíbrio (anteriormente citado) entre a exploração necessária e o mínimo de degradação.
Na Unidade 3, vimos que, em sua forma original, os metais estão entranhados em rochas e que as jazidas podem ser superficiais ou profundas. No Brasil, as jazidas de bauxita são superficiais, formando morros normalmente cobertos por uma vegetação que deve ser preservada. Portanto, antes de iniciar a mineração da bauxita, é necessário ter muito cuidado com a terra fértil sobre as jazidas. Ela deve ser removida junto com a vegetação e reservada para o futuro trabalho de recomposição do terreno.
As jazidas de bauxita, normalmente, se encontram em morros cobertos por uma vegetação que deve ser preservada.
Após retirada, a bauxita passará por outros dois processos metalúrgicos: refino e redução, até originar o alumínio. Como auxiliar de processos metalúrgicos, você poderá se envolver diretamente com esses dois processos, seja controlando o fluxo de matérias-primas, seja checando os equipamentos ou acompanhando a saída do produto final. Vejamos ambos os processos com mais detalhes.
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38 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
2. Refino
O refino é a primeira fase do processo de obtenção do alumínio, na qual a bauxita é transformada em alumina calcinada.
refinoBauxita Alumina calcinada
Separação da silícia (SiO2)
A primeira etapa do processo de refino é a trituração da bauxita.
Para isso, a bauxita extraída da jazida deve sofrer um processo de purificação, no qual uma substância chamada alumina é separada de outras substâncias que não favorecem a obtenção do metal.
Como ocorre essa separação?
Primeiro, a bauxita é triturada, misturada com soda cáustica e aquecida sob alta pressão. Com isso, o passo inicial terá sido dado: a alumina já estará separada da silícia.
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Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 39
As outras impurezas serão eliminadas por meio de proces-sos de filtragem, nos quais o material sólido será separado da seguinte forma: as partículas sólidas, por serem mais pesadas, ficam no fundo da mistura. A solução separada – parte que interessa para a obtenção de alumínio – é chamada, nessa fase, de aluminato de sódio.
Do tanque – primeiro recipiente onde a solução foi filtra-da – o aluminato de sódio é colocado em equipamentos chamados precipitadores, nos quais passa por um processo conhecido como cristalização, isto é: o material filtrado é concentrado para formar cristais de alumina.
Esses cristais serão lavados e secados por meio de aqueci-mento. Gera-se, assim, a alumina calcinada, um pó branco com grãos de tamanho semelhante aos do açúcar refinado e que está pronto para ser enviado para outro processo metalúrgico, o de redução.
Alumina calcinada.
A alumina (Al2O
3) é o
principal componente da bauxita. Ela também é conhecida como óxido de alumínio, porque se trata de uma composição de oxigênio e alumínio.
Óxidos são compostos bi-nários (ou seja, que contém dois elementos) formados pela combinação do oxigê-nio com outro elemento.
Você sabia?
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Conforme já citado, caberá ao auxiliar de processos metalúrgicos: acompanhar a chegada da bauxita e seu encaminhamento para os equipamentos de refino; verificar se esses equipamentos estão prontos e em ordem para receber a bauxita; e acompanhar os processos de refino até a finalização – produção da alumina calcinada.
3. Redução
A redução é o processo de transformação da alumina calcinada em alumínio metálico (Al).
Aluminacalcinada
Alumíniometálico (AI)
redução
Separação do oxigênio (O2)
Processo de redução.
As duas etapas anteriores são uma preparação para a redução, sendo que, com a mineração e o refino, o que se fez foi separar a ganga (parte da bauxita sem valor comercial) da alumina. Assim, foi separada e descartada a parte do minério que não tem valor comercial e manteve-se guardada a alumina, que dará origem ao alumínio metálico.
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Porém, ainda há a necessidade de descartar um segundo componente: o oxigênio “grudado” no alumínio.
Para que essa separação ocorra, são necessárias altas temperaturas.
Até as últimas décadas do século 19 (XIX) o processo de separação do oxigênio era inviável, pois exigia tempera-turas em torno de 2.070 oC. Porém, em 1886, Charles Martin Hall e Paul L.T. Héroult (respectivamente, um cientista norte-americano e um francês), trabalhando separadamente, descobriram que misturando ao óxido de alumínio (Al2O3) uma substância chamada criolita (hexafluoraluminato de sódio, Na3AlF6), o ponto de fusão abaixava para 950 oC.
O minério conhecido como criolita foi encon-trado pela primeira vez na Groenlândia, mas em quantidade muito peque-na. Por isso, atualmente, a criolita, essencial para obtenção do alumínio, é produzida sinteticamente.
Você sabia?
42 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
Lingotes.
Com um ponto de fusão reduzido, foi possível utilizar a eletrólise para separar o oxigênio do alumínio, possibi-litando a sua produção comercial. Em homenagem aos seus descobridores, foi dado a esse processo o nome de Hall-Héroult.
Uma vez separado, o alumínio em estado líquido é trans-portado para fornos onde será purificado ou receberá a adição de elementos de liga, de modo a adquirir proprie-dades que atendam o mercado consumidor.
Após essa etapa, o metal é vazado (distribuído) em moldes que, dependendo da forma, são chamados de lingotes, barras ou tarugos.
Eletrólise é um processo químico no qual as subs-tâncias são submetidas à ação de uma corrente elé-trica para que suas carac-terísticas sejam alteradas. É o caso do alumínio, que ao passar pela eletrólise perde o oxigênio. Esse processo é utilizado para a obtenção de vários metais.
Você sabia?
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Mais tarde, o metal passa por outros processos metalúrgicos de transformação, o que possibilita sua utilização na fabricação de inúmeros produtos.
Vamos ver, a seguir, alguns desses processos.
Galvanoplastia
É o recobrimento de um metal com uma fina camada de outro metal a fim de me-lhorar a sua aparência e a condutividade elétrica, proteger contra oxidação, diminuir o atrito, aumentar a resistência à temperatura, aumentar a dureza superficial etc.
Cromação – recobrimento de metais com cromo.
Niquelação – recobrimento de metais com níquel.
Prateação – recobrimento de metais com prata.
Douração – recobrimento de metais com ouro.
Zincagem – recobrimento de metais com zinco.
Galvanoplastia: o metal é recoberto com uma fina camada de outro metal.
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O ciclo do alumínio
Veja, a seguir, um fluxograma que nos ajudará a revisar o processo de obtenção do alumínio:
Mineraçãobauxita
Transporte Moagem Digestão Filtragem Precipitação
Calcinação
Alumina
Energia
Anodo(coque/piche)
Fluoreto/criolitaLingote Lingotamento Forno deespera
Eletrólise
Alumínio primário – é aquele produzido a partir da bauxita.
Alumínio secundário – é aquele produzido a partir de materiais reciclados.
Por que reciclar?
Como já vimos no Caderno 1, o alumínio é 100% reciclável e pode passar infinitas vezes pelo processo de reciclagem sem perder suas características originais.
Agora que conhecemos como se dá o processo de obtenção desse metal, vamos entender melhor a importância de reciclá-lo.
Alguns materiais que o homem retira do solo demoraram bilhões de anos para serem formados. Por isso, temos que aproveitá-los ao máximo, tirando o mínimo necessário da natureza, recuperando o local de mineração e, é claro, reciclando os materiais que já foram retirados.
46 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
Para produzir uma tonelada de alumínio, por exemplo, é necessário retirar de 4 a 5 toneladas de bauxita e consumir cerca de 17.000 kW/h de energia elétrica. Já na reciclagem não há retirada de bauxita e para produção de 1 tonelada de alumínio são gastos 750 kW/h, uma economia de cerca de 20 vezes. E ainda temos que considerar que não há o descarte de lixo na natureza.
Atividade 1dEsCobrindo o Caminho 1
No começo desta unidade, você relembrou o caminho metalúrgico. Logo depois, pôde perceber que a metalur-gia é cheia de caminhos e um deles é o da produção do alumínio. Agora é a sua vez: que tal construir o trajeto que a bauxita percorre, desde a sua extração (mineração) até a obtenção do alumínio metálico (Al)? Não se esqueça das “paradas”, ou seja, processos pelos quais a bauxita terá que passar.
Reciclagem do alumínio: uma economia para a indústria metalúrgica e para o meio ambiente.
DICAÉ bom lembrar que os impactos
ambientais não são causados apenas pela extração de minérios,
mas também pelo beneficiamento. O material
rejeitado, se não for devolvido à natureza de maneira correta, pode causar prejuízos incalculáveis ao
equilíbrio ecológico.
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O caminho do alumínio
48 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
Atividade 2é hora dE rECiClar!
Quando compramos uma latinha de refrigerante, dificilmente paramos para refletir sobre todo o impacto ambiental causado até que ela chegue às nossas mãos. Por isso, como você aprendeu nesta unidade, na etapa da mineração é essencial estar muito atento aos cuidados com o meio ambiente. No entanto, produzir uma peça de alu-mínio já é uma grande vantagem para o planeta: ele é 100% reciclável e pode passar infinitas vezes pelo processo de reciclagem sem perder suas características originais. Atualmente, a reciclagem de alumínio no Brasil é uma atividade que se confunde com a própria indústria do alumínio.
Esta é, portanto, a sua chance de conhecer o “caminho de volta” do alumínio. Ou seja, as etapas pelas quais esse metal, já aplicado em uma peça que foi descartada (uma lata de refrigerante, por exemplo), passa até poder se transformar no chamado alumínio secundário. Com a ajuda do seu monitor, pesquise quais são as etapas de reciclagem do alumínio e construa um trajeto, como o do exercício anterior.
O caminho da reciclagem do alumínio
Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 49
Atividade 3lingoTEs, barras ou Tarugos?
Você aprendeu que o alumínio em estado líquido é transportado para fornos onde será purificado ou receberá a adição de elementos de liga, de modo a adquirir pro-priedades que atendam o mercado consumidor. Após essa etapa, o metal é vazado (distribuído) em moldes que, dependendo da forma, são chamados de lingotes, barras ou tarugos. A escolha da forma que o alumínio assumirá, com certeza, não é aleatória. Com a ajuda do seu professor, descubra qual a diferença, para a indústria metalúrgica, entre os lingotes, as barras e os tarugos
50 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
Aço
O aço pode ser produzido por usinas integradas (em que a produção parte do minério de ferro) ou semi-integradas (em que a produção parte de sucatas ferrosas ou ferro-gusa).
Assim como acontece na produção do alumínio, o auxiliar de processos metalúr-gicos pode desenvolver suas atividades em diferentes momentos da produção do aço, sempre prezando pelo bom funcionamento dos equipamentos, a qualidade das matérias-primas e a assistência aos especialistas.
O aço é produzido a partir das seguintes matérias-primas:
1. Minério de ferro
O processo de produção do aço começa da mesma forma que o do alumínio, ou seja, com a extração do minério, nesse caso o minério de ferro. Porém, diferentemente do que acontece com a bauxita, existem diversos minérios de ferro que são utilizados na produção do aço. Entre eles podemos destacar a hematita (Fe2O3), a magnetita (Fe3O4), a goethita (FeO/OH) e a siderita (FeCO3).
Minério de ferro.
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Esses minérios caracterizam-se pela grande quantidade de ferro que está associada ao oxigênio, pela facilidade como são encontrados e pela granulometria. Essas características são importantes para o beneficiamento que os minérios sofrerão antes de chegar às usinas siderúrgicas.
Vale lembrar que os processos de beneficiamento foram aperfeiçoados com o passar do tempo. Com isso, minérios que no passado eram desprezados por causa do baixo teor de ferro ou da granulometria agora são mais bem aproveitados.
2. Carvão
O carvão vegetal ou mineral é o combustível usado para fazer a redução dos minérios, que ocorre no alto-forno. Ele fornece o calor necessário para que haja a combustão e oferece o carbono para combinar com o oxigênio do óxido de ferro, reduzindo-o. O carvão também cede o carbono, que é o principal elemento de liga do ferro-gusa.
Pó de carvão.
A granulometria refere-se ao tamanho dos cristais que formam o metal. Essa carac-terística é importante porque, para serem colocados no for-no, é preciso que os minérios tenham um tamanho adequa-do para cada processo.
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3. Fundente
É um mineral que tem como principal função combinar as impurezas contidas no minério de ferro com as cinzas produzidas pela queima do carvão, formando a escória. O fundente mais usado na indústria siderúrgica é o calcário (CaCo3).
Sucatas de ferro.
Pó de calcário.
4. Ferroliga
Também são utilizadas no processo de produção do aço as ferroligas: de cromo, de vanádio, de silício, de níquel..., além de minério de manganês e sucatas de ferro. A combi-nação do ferro com outros elementos garante propriedades diferentes para a liga.
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Escória é um subproduto metalúrgico formado essen-cialmente por silicatos. Trata--se de uma parte indesejável do processo metalúrgico. No entanto, ela pode ter vários destinos depois de resfriada, como a fabricação de cimen-to e de concreto.
Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 53
A indústria siderúrgica usa essas matérias-primas, mas não do jeito que as recebe. Antes de serem colocados nos altos-fornos, esses materiais passam por processos meta-lúrgicos que conferem a eles as propriedades necessárias para a produção do aço.
Processo metalúrgico de sinterização
Esse processo tem como finalidade aglomerar (juntar) pedaços muito pequenos de minério, que não podem ir direto ao alto-forno. Esses pedaços são chamados finos de minérios e suas dimensões variam de 0,1 mm a 8 mm.
Na sinterização, os finos de minério são misturados aos finos de carvão e fundentes, formando uma massa, que é aquecida a uma temperatura entre 1.300 oC e 1.500 oC, provocando uma semifusão. Note-se que não ocorre uma fusão, o que implicaria mudança de estado físico da mistura.
Depois de aglomerada, a massa é submetida à ação de bri-tadores, resultando em um produto poroso e de tamanho uniforme, denominado sínter.
Tal porosidade é desejável no processo, pois permite tornar o material que irá entrar no alto-forno mais permeável,
Processos metalúrgicos:
• Sinterização• Pelotização• Coqueificação• Redução
Produção do aço
• Minério de ferro • Carvão• Fundente• Ferroliga
Finos são pedaços muito pequenos de minério que não podem ir direto ao alto--forno. E britadores são equipamentos que fragmen-tam o minério.
54 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
o que é uma condição muito importante para que ocorra o processo de fusão. Uma carga não permeável impossibilitaria a penetração dos gases gerados pela combustão e assim impediria a fusão do minério no alto-forno.
Fluxograma da sinterização
Veja, a seguir, um fluxograma que nos ajudará a revisar o processo de sinterização:
Fundentes
Moinha de coque
Rejeitos industriais
Carepa, laminação elingotamento, pós metálicos
do alto-forno e aciaria,finos de cal da calcinação,
finos de coque etc.
Finos (<5mm)
Alto-forno
Tratamentomecânico
Misturador
Água
Sínter (produto)(5 a 50mm)
Finos de minériode ferro
Fluxograma esquemático do processo de sintetização
Processo metalúrgico de pelotização
Como vimos, o processo de aglutinação dos minérios para composição do sínter (sinterização) é aplicado para pedaços de minérios com dimensões entre 0,1 mm e 8 mm. Mas o que fazer com os minérios ainda menores, que medem menos de 0,1 mm? Eles são jogados fora? Não são reaproveitados? Como beneficiá-los ou aglomerá-los? Como transportá-los das mineradoras para as indústrias metalúrgicas sem que se percam, de tão pequenos?
Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 55
Considerando todos esses aspectos, pensou-se na possibilidade de aglomerá-los dentro das mineradoras ou muito próximo delas.
Para isso, é feita a seguinte mistura: finos de minérios + finos de carvão + aglome-rante (dolomita) + água. Essa mistura é colocada em tambores giratórios formando as chamadas “pelotas cruas” que, em seguida, são aquecidas a temperaturas entre 1.200 oC e 1.350 oC.
Finalizado esse processo, esses pedaços de minérios – as pelotas – podem ser utilizados nos altos-fornos.
Fluxograma da pelotização
Veja, a seguir, um fluxograma que nos ajudará a revisar o processo de pelotização:
Fundentes
Finos de minériode ferro da mina
Transporte ferroviárioou mineroduto
Virador de vagõesPátio deminérios
Moinho de bolas
Tanque dehomogeneização
Filtros avácuo
Silos deaglomerantesMisturadores
Classificação daspelotas cruas
Discos depelotamento
Forno
Peneiramento
Embarque
Aditivosespeciais
Pelota
EspessadorHidrociclones
Água
entes
Prensade rolos
Cl ifi ã
Processo metalúrgico de coqueificação
Tal como ocorre com os minérios de ferro, o carvão mineral, da forma como é retirado da natureza, não possui as características necessárias para ser usado diretamente nos altos-fornos. Para que isso possa acontecer, ele deve passar por um processo de aquecimento sob alta temperatura na ausência de ar (o que evita a sua queima). Dessa maneira, o carvão é transformado em “coque”, podendo ser utilizado nos altos-fornos.
56 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
Carvãomineral
Gás decoqueria bruto
Tratamento do gásFluxograma típico de uma coqueira com recuperação de subprodutos
Termelétricaou fornos
Gás de coqueria(coproduto)
Resíduosdo gás
Tratamento deprodutos
carboquímicos
Coprodutoscarboquímicos
(piche, alcatrão etc)
Coqueria
Coque(produto)
O aquecimento do carvão para transformá-lo em coque ocorre em câmaras (fornos) revestidas por materiais refratá-rios a temperaturas de 1.100 oC. O conjunto de câmaras de aquecimento e coqueificação recebe o nome de bateria. Os gases gerados pela queima do carvão são utilizados como combustível para alimentar o aquecimento das câmaras.
O tempo médio para a coqueificação é de 17 horas.
Esse processo gera vários subprodutos, sendo que alguns podem ser aproveitados diretamente no próprio processo – como é o caso do gás de coqueria – ou receber tratamento para serem usados na produção de piche, alcatrão etc.
Fluxograma da coqueificação
Veja, a seguir, um fluxograma que nos ajudará a revisar o processo de coqueificação:
Material refratário é aquele que resiste a altas temperaturas. É utilizado como revestimento dos recipientes onde ocorre a fusão do aço ou aque-cimento do carvão.
Você sabia?
Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 57
Processo metalúrgico de redução
Uma vez preparadas as matérias-primas – sínter, pelotas e coque – vamos ver agora como se dá o processamento do ferro-gusa, mais uma etapa para se chegar ao aço.
É no alto-forno que ocorre a redução do minério de ferro para a produção do ferro--gusa (também conhecido como ferro de primeira fusão).
No alto-forno são misturadas as matérias-primas: coque ou carvão vegetal, finos de carvão, minério, sínter e/ou pelotas e fundentes. Esses materiais são colocados de forma alternada: uma camada de coque ou carvão, uma camada de minério e/ou sínter e fundentes, uma camada de coque e assim sucessivamente.
Essa matéria-prima (também chamada de carga) é colocada pelo topo, a parte mais alta do forno. Quando ela desce, os gases gerados pela combustão do carvão com o oxigênio são captados e soprados para o interior do forno. À medida que eles sobem, provocam a fusão do minério de ferro. Na fusão, o minério deixa de ser sólido e ganha a forma líquida.
Alto-forno: onde o minério de ferro é reduzido a ferro-gusa.
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58 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
Quando liquefeito (ou seja, em estado líquido), esse material desce para a parte inferior do alto-forno e é descarregado em um vagão revestido de material refratário – também chamado de carro-torpedo. É nesse carro que se fará o transporte do metal em estado líquido (ferro-gusa) até o local onde ocorrerá a próxima etapa: a fabricação do aço.
Além do ferro-gusa, o alto-forno gera subprodutos: o gás de alto-forno, que é reu-tilizado no aquecimento do gás soprado para o interior do forno e cujo excedente é enviado para um reservatório denominado gasômetro; e a escória, que é usada em aterros e, principalmente, na fabricação de cimento.
A escória é um subproduto gerado pelo alto-forno.
Fluxograma da redução
Veja, a seguir, um fluxograma que nos ajudará a revisar o processo de redução:
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Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 59
Gasômetro
Gases
Carga
Minério ferro(granulado e/ou
sínter e/ou de pelota)
Coque oucarvão vegetal
Coque
Carvão vegetal
Pelota
Fundentes
Sínter
Minério de ferro
Termelétricaou fornos
Sistema delimpeza dos gases
Regeneradores
Ferro-gusalíquido
Ferro-gusa
Finos decarvão
Escória(coproduto)
Escória
Processo metalúrgico de fabricação do aço
O ferro-gusa, produto obtido do alto-forno, pode ser considerado um ferro de alta qualidade. Porém, ele não é adequado às operações de conformação mecânica porque tem altos teores de carbono, fósforo e enxofre.
A presença de carbono no ferro é importante para conferir maior dureza ao metal e aumentar sua resistência à tração. Porém, quando está presente em altas quan-tidades no ferro, o carbono acaba por diminuir a tenacidade do minério (ou sua resistência a impactos) e a sua adequação para processos de soldagem (soldabilidade). Por isso, é necessário retirar parte do carbono para se chegar ao nível que permite a conformação mecânica do material.
60 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
Diferentemente do carbono, o fósforo, geralmente, é uma impureza indesejável, pois fragiliza a liga. Somente em pequenas quantidades (baixos teores) ele pode ser con-siderado útil, pois facilita a usinagem e torna o minério mais resistente à corrosão.
Processo metalúrgico de fabricação do aço
Ferro-gusa Aço
Redução de:Carbono (C)Fósforo (P)Enxofre (S)
O aço é fabricado na aciaria. Nela, o ferro-gusa é colocado em um equipamento chamado conversor ou forno elétrico, juntamente com ferroligas, sucatas de aço e fundentes.
Nesse equipamento, ocorre uma injeção de oxigênio puro. Combinado com elementos químicos como o silício e o manganês, esse oxigênio provoca a elevação da tem-peratura do ferro-gusa em estado líquido e a redução do carbono e de outros elementos indesejáveis, como o fósforo e o enxofre.
As impurezas que decorrem desse processo formam a escória, que fica na superfície do conversor.
A escória é retirada antes da transferência do aço e, con-sequentemente, de seu vazamento (ou distribuição) em moldes metálicos.
Esse processo recebe o nome de lingotamento contínuo, já que se dá de forma ininterrupta.
Após o vazamento em moldes e a solidificação do aço, ele é cortado em placas, que são identificadas e estocadas em locais conhecidos como pátio de placas. Dali, elas poderão seguir para a laminação – dentro da própria usina siderúrgica – ou ser vendidas para outras empresas que irão processá-las.
DICAResistência à tração é a
resistência a esforços de forças contínuas e opostas. Tenacidade
é a capacidade de resistir a esforços de impacto. E
soldabilidade é a capacidade do metal permitir a união por
meio de solda.
Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 61
Escória sendo retirada antes da transferência do aço.
Vazamento em moldes.
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62 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
Fluxograma da fabricação do aço
Veja, a seguir, um fluxograma que nos ajudará a revisar o processo de obtenção do aço:
Cabine decontrole daoperação
Silos aéreos para matéria-prima
Lança deoxigênio
Lanças de oxigênio dereserva do cabide
Colocação eretirada de
amostradoresna sublança
Adição demateriais
Sublança
Sistema decaptação e
limpezade gases
Silos paramatéria-prima
Medição ouanicotragem
Alimentaçãode gás inerte
Lança deinjeção gás
inerte
Deslocamentopara uma outra
posição
Sistema deadição demateriais
Pote deescória
Canaleta paraadição de sucata
Sistema delimpeza de
gases, chaminéou gasômetro
Silos aéreose calcinação
Ponte rolante
Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 63
Atividade 4dEsCobrindo o Caminho ii
No começo desta unidade, você relembrou o caminho metalúrgico. Logo depois, pôde perceber que a metalurgia é cheia de caminhos, e um deles é o da produção do aço. Agora é a sua vez: que tal construir o trajeto que o minério de ferro, o carvão, o fundente e a ferroliga percorrem até a obtenção do aço? Não se esqueça das “paradas”, ou seja, processos pelos quais essas matérias-primas terão que passar.
O caminho do aço
64 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
Atividade 5dEsCubra a difErEnça
O aço pode ser produzido por usinas chamadas de integradas (em que a produção parte do minério de ferro) ou semi-integradas (em que a produção parte de sucatas ferrosas ou ferro-gusa). Com a ajuda do seu professor, descubra quais as diferenças entre essas duas usinas. Quantas etapas são necessárias para obter o aço na usina integrada? E na semi-integrada?
Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 65
Atividade 6pEloTização
Ações como a pelotização proporcionam um melhor aproveitamento daquilo que a natureza nos oferece. Explique por quê.
Atividade 7alTo-forno
É no processo de redução que o alto-forno entra em ação. Nele, são misturados o coque ou carvão vegetal, finos de carvão, minério, sínter e/ou pelotas e fundentes. Explique de que forma esses materiais são colocados no alto-forno.
Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 67
unida d e 6
segurança e prevenção de acidentesA todo momento, passamos por situações de risco: podemos pisar num buraco e levar um tombo na calçada, ou ser atropelados por um motorista que atravessa um sinal vermelho, por exemplo.
Se todos os pedestres, ciclistas, condutores de carros, ônibus, motos etc. observarem as regras de trânsito, o risco de acidente será bem menor, não é mesmo? Porém, se ninguém tomar co-nhecimento da sinalização, esse risco se torna maior.
No trabalho, os riscos de acidentes também estão presentes em maior ou menor grau, dependendo da atividade que iremos fazer.
Por isso, é fundamental que se faça uma análise dos riscos que ela oferece.
Usar equipamentos de proteção individual (EPIs) e verificar se todos os alarmes de segurança estão funcionando adequadamen-te também são passos essenciais para um trabalho mais seguro.
68 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
A prevenção de acidentes
A responsabilidade pela garantia de segurança nos locais de trabalho cabe, em primeiro lugar, à empresa e aos empregadores. Há ainda as CIPAs (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes) que cuidam dessa questão nas empresas. No entanto, cada trabalhador também deve ter sua atenção voltada para essa questão.
Assim, é importante estar atento a três áreas:
• local de trabalho;
• equipamentos; e
• pessoas.
DICAToda empresa com mais de
20 empregados deve ter uma CIPA, formada por trabalhadores eleitos pelos colegas. Você pode
se aprofundar no assunto consultando a unidade “Saúde e
segurança no trabalho”, no Caderno do Trabalhador 5 –
Conteúdos Gerais.
Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 69
O local de trabalho
Como já vimos, o trabalho do auxiliar de processos metalúrgicos acontece no chão da fábrica e os profissionais que lá trabalham estão sujeitos a vários tipos de riscos de acidente.
Por isso, assim como os profissionais devem observar procedimentos que minimizem esses riscos, as fábricas devem ter equipamentos de proteção coletiva (EPCs) e seguir procedimentos que zelem pela segurança.
Dois deles são essenciais:
• Possuir extintores de incêndio identificados com placas informativas.
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• Ter rotas de fuga sinalizadas, para minimizar as consequências no caso de incêndio ou de explosões.
A sinalização para risco de incêndio, explosões, choques elétricos, entre outros, é composta, basicamente, por informações de proibição, de alerta e de orientação e salvamento. Conheça, nas próximas páginas, alguns símbolos que você poderá encontrar no seu ambiente de trabalho.
70 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
1. Informações de proibição
Código Símbolo Significado
1 Proibido fumar
2 Proibido produzir chama
3Proibido utilizar água para apagar o fogo
4Proibido utilizar elevador em caso de incêndio
Fonte: ABNT NBR 13434-2: 2004. Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico.
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2. Informações de alerta
Código Símbolo Significado
5 Alerta geral
6 Cuidado, risco de incêndio
7 Cuidado, risco de explosão
8 Cuidado, risco de corrosão
9 Cuidado, risco de choque elétrico
Fonte: ABNT NBR 13434-2: 2004. Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico.
72 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
3. Informações de orientação e salvamento
Código Símbolo Significado
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Saída de emergência13
14
15 Saída de emergência
16 Escada de emergência
Fonte: ABNT NBR 13434-2: 2004. Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico.
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Código Símbolo Significado
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Telefone ou interfone de emergência
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H
Extintor de incêndio
24
H
Mangotinho
25
H
Abrigo de mangueira e hidrante
26 H Hidrante de incêndio
Fonte: ABNT NBR 13434-2: 2004. Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico.
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Os equipamentos
Uma das preocupações básicas que todos devem ter é com as instruções do fabricante nos momentos de ins-talação ou operação de máquinas e equipamentos. O manual de instruções que acompanha as máquinas e os equipamentos deve sempre ser seguido.
Você já sabe que o aterra-mento elétrico merece a sua atenção. Resta saber que ele não tem esse nome à toa. Se você ouvir que algum apare-lho está aterrado eletricamen-te, não duvide: significa que um dos fios de seu cabo de ligação está ligado à terra (fio terra). A finalidade desse fio é, justamente, deixar passar a corrente elétrica para o solo.
DICADesligar os equipamentos após a
utilização é uma ação de segurança.
O aterramento elétrico também merece atenção especial, pois sua função é, justamente, proteger das descargas atmosféricas o usuário dos equipamentos. Embora im-portantes, as normas e os procedimentos relacionados a esse processo costumam gerar dúvidas.
Se for o caso, a CIPA deve ser alertada para verificar se os aterramentos elétricos de máquinas e equipamentos foram realizados corretamente, pois o desconhecimento dessas técnicas pode ocasionar a queima do equipamento ou, pior, um choque elétrico no operador. Enfim, o ater-ramento elétrico eficiente constitui uma proteção tanto para o equipamento quanto para quem o manuseia.
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As pessoas
Para prevenir acidentes, os auxiliares de processos me-talúrgicos devem utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados. Mas... quais são eles?
Os equipamentos de proteção individual do auxiliar de processos metalúrgicos são:
• Capacete e protetor facial, de modo a proteger o crânio e a face.
• Óculos de proteção, para evitar que poeira, fagulhas ou reagentes químicos entrem em contato com os olhos. Caso isso ocorra, deve-se lavar os olhos com muita água e, logo em seguida, procurar um médico (na empresa ou fora dela), além de um membro da CIPA para acompanhar a ocorrência.
• Máscara respiratória, de modo a evitar contaminação por névoas tóxicas, odores de vapores, odores de gases e fumos.
• Protetor auricular para minimizar a agressão que ruídos intensos podem causar aos ouvidos.
• Luvas resistentes, adequadas ao produto que está sendo manipulado.
• Guarda-pó de algodão com mangas compridas, aventais e vestimentas especiais, de modo a proteger o tronco.
• Sapatos de couro.
• Cinto de segurança, no caso de o trabalho ser realizado em grandes alturas.
O anexo 1 da Norma Re-gulamentadora nº 15 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que dis-põe sobre atividades e operações insalubres, es-tabelece os limites máxi-mos de ruído a que os profissionais podem ficar expostos e por quanto tempo em sua jornada diária. Você pode consul-tar esses dados no site http://portal.mte.gov.br
A Norma Regulamenta-dora nº 7, igualmente do MTE, que trata do contro-le médico de saúde ocu-pacional, exige exames médicos periódicos para quem trabalha em condi-ções insalubres. O texto integral dessa norma tam-bém pode ser lido no site do Ministério do Trabalho e Emprego.
Você sabia?
76 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
DICACada EPI deve ter o respectivo Certificado de Aprovação (CA) fornecido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
guarda-pó de algodão
sapatos de couro
protetorauricular
óculos de proteção
luvas resistentes
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Atividade 1análisE dE risCo da TarEfa
Ao realizar uma tarefa de corte e dobra de uma chapa metálica (esp = 1 mm) para construção de uma caixa de ferramentas, é preciso passar pelas seguintes etapas: medição da chapa, traçagem, transporte da chapa para a guilhotina (onde a peça é cortada), corte da chapa segundo as dimensões da caixa, transporte do pedaço cortado até a dobradeira, dimensionamento da dobra, execução do dobramento, conferência das dimensões dobradas.
Levante os riscos de possíveis acidentes na realização destas atividades e como evitá-los. Lembre-se de que o uso de Equipamentos de Proteção não impede a ocorrência de acidentes.
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Atividade 2EquipamEnTos dE proTEção individual
Uma vez realizada a análise de risco relacionada às atividades do item anterior, espe-cifique os Equipamentos de Proteção Individual que devem ser usados neste trabalho.
Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 79
unida d e 7
Qualidade e produtividade
A qualidade
Qualidade é uma característica difícil de ser definida. Para você, esse conceito pode ser diferente daquele usado pelo seu colega do lado. E pode ser difícil vocês chegarem a uma mesma opinião. De qualquer forma, vamos buscar entender o que qualidade significa no dia a dia de um auxiliar de processos metalúrgicos.
A ideia de qualidade para os profissionais que atuam em uma indústria metalúrgica está relacionada à necessidade de o pro-duto atender ao que a indústria requer dele. Assim, a qualidade compreende um conjunto de requisitos e características com vistas a satisfazer certas necessidades.
Se nos lembrarmos do Caderno 1, veremos que os artesãos e negociantes do século 13 (XIII) trabalhavam em contato direto com os compradores. E, provavelmente, seu retorno em relação à qualidade dos produtos que produziam era imediato. Os produtos defeituosos eram jogados fora.
Com a divisão do trabalho por especialização e as mudanças ocorridas na forma de produção no capitalismo, não foi só o dia a dia do profissional de metalurgia que mudou bastante. O mesmo se deu com o controle de qualidade.
Novos desafios foram colocados àqueles que fabricavam e testa-vam os produtos fabricados com metal. Agora, para garantir a qualidade, era necessário especializar-se na verificação da exis-tência de defeitos no produto.
80 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
Ou seja, o que era uma das etapas, en-tre tantas pelas quais o artesão passava, tornou-se, a partir da Revolução Indus-trial, incumbência de um profissional especialista.
A produtividade
Produtividade é um conceito que inte-ressa aos empresários – aqueles que de-têm e controlam os meios de produção e lucram com o capitalismo. Isso porque significa a associação de três coisas:
• aumento da produção de bens ou produtos elaborados;
• manutenção ou melhoria dos níveis de qualidade; e
• manutenção (ou melhor, não expan-são) do número de trabalhadores e dos recursos usados na fabricação desses bens ou produtos.
Ou seja, a produtividade é alcançada quando se consegue fazer crescer o volume de produtos sem aumentar o quadro de empregados, sem aumentar os gastos e sem descuidar da qualidade.
Se há um aumento da produção e o capitalista mantém os mesmos gastos (mesmo número de funcionários e a mesma folha salarial), é fácil perceber que há um aumento de seu lucro, não?
Uma das formas de obter aumento da produtividade é a institucionalização da distri-buição de lucros entre funcionários. Ou seja, empresas dividem com os empregados (de tempos em tempos) os lucros resultantes de ganhos de produtividade. Essa é uma forma de motivar os trabalhadores para que os empresários aumentem seus lucros.
Outra forma de elevar a produtividade é chamar os trabalhadores para opinar sobre como melhorar processos e/ou participar de cursos de capacitação. Fazer cursos e discutir processos podem ser experiências importantes para você e também podem ajudá-lo a progredir na carreira.
Artesão medieval: responsável pelo controle de qualidade.
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Ouvir a opinião dos trabalhadores é uma maneira de aumentar a produtividade.
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O auxiliar de processos metalúrgicos
A ocupação de auxiliar de processos metalúrgicos está ligada ao conceito de qualidade, uma vez que a realização adequada de suas atividades levará à produção de bens com maior qualidade e à redução de eventuais problemas ou defeitos.
Existem algumas atividades que impactam mais diretamente na obtenção de qua-lidade e, por vezes, também na segurança dos trabalhadores. Por isso, é bom estar atento a eles no dia a dia:
• observar, com atenção e responsabilidade, os parâmetros para cada um dos pro-cessos, como temperatura, tempo etc.;
• fazer o ajuste e avaliação das máquinas de maneira responsável;
• cuidar da estocagem e verificação dos materiais e matérias-primas.
82 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
Em uma empresa, os auxiliares de processos metalúrgicos, ao mesmo tempo que pedem serviços de outros setores, precisam atender aos pedidos que chegam ao seu setor. Antes e depois do auxiliar, a peça passará pela mão de outros trabalhadores. É como se todos os funcionários participassem da brincadeira do telefone sem fio: em um momento é o auxiliar quem recebe a mensagem (peça), mas logo precisa repassar a mesma mensagem para as próximas pessoas da fila.
Na empresa em que você trabalhará, o solicitante de um processo metalúrgico será sempre aquele que pertence à sequência anterior à realização desse processo. Ele será, portanto, quem passará a mensagem para você, o auxiliar.
O solicitante pode ser:
• de um processo metalúrgico anterior ao que você trabalha;
• do seu próprio setor; ou
• de outra indústria metalúrgica.
O certo é que a mensagem que você irá passar para o próximo da fila, nesse telefone sem fio da metalurgia, é a de uma peça que satisfaça todos os pedidos do cliente e mantenha, assim, o seu compromisso com a qualidade.
Um produto sem qualidade equivale a uma mensagem enviada de maneira errada. Na brincadeira do telefone sem fio, se isso ocorre, o objetivo não é alcançado: descobre--se que a mensagem final não é igual à original. Na metalurgia, se o trabalho do auxiliar de processos metalúrgicos não é bem feito, vai prejudicar todas as etapas. As consequências, nesse caso, não são de brincadeira e toda a equipe sai perdendo!
Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 83
Atividade 1
Imagine a seguinte situação: em uma empresa que produz brinquedos, a previsão é triplicar a produção de carrinhos no final de um determinado ano. Porém, os carri-nhos devem ser colocados no mercado com a devida segurança. Por exemplo, seus componentes não podem se soltar facilmente. Para isso, a empresa fabricante precisa ter garantia sobre a qualidade do produto estocado e sobre a quantidade real de ma-terial. Como o auxiliar de processos metalúrgicos pode ajudar neste procedimento?
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unida d e 8
Ingresso no mercado de trabalho Agora que você já conhece as bases da ocupação de auxiliar de processos metalúrgicos, chegou a hora de se preparar para buscar seu emprego.
86 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
Atualmente, o mercado de trabalho está bastante promis-sor. Na primeira década do século 21 (XXI) – isto é, de 2001 a 2010 –, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro aumentou, em média, 2,2% por ano. A indústria foi res-ponsável por aproximadamente 29% desse crescimento.
No início de 2011, o IBGE divulgou uma pesquisa segundo a qual o emprego industrial cresceu em 13 de 14 regiões estudadas (“IBGE: emprego industrial cresce em 13 de 14 regiões”, O Estado de S. Paulo, 08 de abril de 2011). A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes) apontou, portanto, que a quantidade de trabalhadores na indústria teve crescimento em 13 dos 14 locais pesquisados. Neste cenário animador, está a indústria metalúrgica.
Outro importante aspecto desse mercado de trabalho é a diversidade de oportunidades.
Observe o gráfico abaixo. Ele mostra como a indústria de transformação – que é apenas um dos componentes do ramo metalúrgico – responde por uma fatia significativa da ocupação dos trabalhadores.
Esses números se refletem em oportunidades de trabalho para muitas ocupações na indústria e, portanto, significam boas novas para quem está em início de carreira.
O Produto Interno Bruto é a soma de toda a rique-za produzida em um país.
Você sabia?
Emprego mais aquecidoGeração de vagas formais em janeiro
Extrativamineral
Indústria detransformação
Serviços industriaisde utilidade pública
Construçãocivil
Comércio ServiçosAdministração
públicaAgropecuária
100.000
33.358
73.231
−18.130
−1.042
8.324
Total: 152.091
53.207
1.571 1.572
80.000
60.000
40.000
20.000
0
−20.000
−40.000
Saldo em janeiro 2011
DICAÉ muito importante que você não
pare de pesquisar sobre o seu mercado de trabalho. Instituições como o Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) e o
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) podem
auxiliá-lo nessa tarefa. Acesse os sites: www.seade.gov.br e www.ibge.gov.br e encontre pesquisas
que irão ajudá-lo na hora de escolher o melhor caminho
para a sua carreira.
Fonte: Valor Online. Disponível em: http://static.valoronline.com.br/sites/default/files/imagecache/media_library_bigimage//gn/11/02/arte25bra-101-emrpego-a3.jpg. Acesso em: 10 out. 2011.
Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a 87
A expressão curriculum vitae é de origem latina e significa “currículo da vida”. Ele é um documen-to no qual constam seus principais dados pessoais, sua escolaridade, seu his-tórico profissional e seus saberes informais. Suas expectativas e seus de-sejos em relação a uma colocação no mercado de trabalho também podem ser incluídos.
Você sabia?
Mas a inserção no mercado de trabalho tem relação com vários fatores. O crescimento da economia é um deles. No entanto, escolaridade formal, cursos de qualificação e ex-periência também interferem, abrindo ou fechando portas.
Há, ainda, ações que podem ajudá-lo: inscrever-se no sistema de intermediação do Governo do Estado de São Paulo – Programa Emprega São Paulo, preparar-se para uma entrevista de emprego, organizar os seus conheci-mentos e saberes na forma de um currículo, procurar dicas de locais com amigos e vizinhos. As relações pessoais, em geral, são importantes no momento de arrumar trabalho.
Fazer um currículo pessoal, no qual constem os seus co-nhecimentos, saberes e experiências, é uma forma de você se apresentar ao mercado de trabalho.
Atualmente, existem locais na internet que auxiliam os trabalhadores a formularem seus currículos. Há inclu-sive alguns bancos de dados especializados, nos quais o candidato pode elaborar seu currículo para determinada empresa ou para certa função. Da mesma forma, existe uma tendência, principalmente nas grandes indústrias, de criar seu próprio banco de currículos, guardando in-formações sobre trabalhadores para futuras contratações.
As atividades, ao final desta unidade, poderão ajudá-lo a montar seu currículo.
Salário
A remuneração é uma das principais preocupações no mo-mento de definir o tipo de ocupação ou emprego que bus-camos. Uma das primeiras perguntas que nos fazemos é: “Qual vai ser o meu salário?”. Considere essa informação no momento de decidir se o emprego lhe interessa ou não.
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Atividade 1dEpoimEnTo
Leia os depoimentos a seguir e discuta com seus colegas e com o monitor como alguns auxiliares de processos metalúrgicos ingressaram no mercado de trabalho.
André Luis Aguilar de Azevedo
Líder dos auxiliares de processos metalúrgicos
O meu trabalho é controlar os processos metalúrgicos e assegurar que o trabalho de minha equipe está ajudando todos os setores da empresa de fundição em que traba-lho. Para que isso aconteça, eu preciso avaliar diariamen-te as atividades realizadas no processo de fundição; checar as documentações; verificar se existem desvios, ou seja, comparar se o que está sendo realizado é real-mente o correto. Além disso, oriento os auxiliares para cada operação que forem realizar.
Os auxiliares que eu coordeno, além da formação exigida, precisam nutrir o desejo de se desenvolverem pessoal e profissionalmente. Afinal, uma coisa depende da outra. Por se tratar de uma área dinâmica, na qual as informa-ções são constantes, um auxiliar também precisa ter fle-xibilidade e boa comunicação para conseguir transmitir
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William Dias Barbosa de Jesus
Auxiliar de processos metalúrgicos
Qualquer tipo de ambiente de trabalho é cercado de riscos. Em uma fundição, onde eu trabalho, isso não é diferente. Aliás, aqui o grau de periculosidade é muito maior. Durante o processo de vazamento, por exemplo, eu já fui surpreendido por um erro operacional que resultou em uma queimadura na região lateral do meu pé esquerdo. As consequências só não foram piores por conta da atenção que toda a equipe teve comigo.
Atividade 2hisTória dE vida
1. Para a busca do emprego, é necessário elaborar um documento com algumas informações fundamentais sobre você: seu perfil, seus conhecimentos e o que você pretende profissionalmente. Esse documento se chama currículo. No tema “Como se preparar para o mercado de trabalho”, publicado no Caderno do Trabalhador 1 – Conteúdos Gerais, você encontra dicas preciosas para criar o seu. Depois de consultar esses conteúdos, você e seus colegas vão exercitar a elaboração de seu currículo com o auxílio do monitor.
2. Com base no que aprendeu neste curso, o que você considera necessário saber para ser um auxiliar de processos metalúrgicos? Procure organizar suas ideias começando pelas frases a seguir:
a) Um auxiliar de processos metalúrgicos deve saber:
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as informações de modo rápido e claro. E é lógico que, assim como em qualquer outra área, é preciso gostar do que faz, ou seja, ter uma postura positiva e ter a consciência de que, ao cobrar algo de alguém, devemos primeiramente dar o exemplo.
Eu também não posso parar de estudar e de me capacitar para merecer estar no posto que ocupo. Atual-mente, a própria empresa me concede um treinamento conhecido como “Academia de Liderança”, no qual aprendemos a melhorar a nossa relação com a equipe. Também estou cursando Psicologia. Sei que parece não ter muita relação com o universo metalúrgico, mas acredito que possa acrescentar muito na minha relação com os meus subordinados e, também, com os meus superiores.
90 Arco Ocupacional Me ta lu rg i a Auxiliar de Processos Metalúrgicos 2
b) Um auxiliar de processos metalúrgicos usa em suas atividades:
c) Um auxiliar de processos metalúrgicos necessita cuidar de:
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d) Um auxiliar de processos metalúrgicos deve também:
Das frases citadas na atividade anterior, procure destacar aquilo que você faz bem. Tais informações poderão fazer parte do seu currículo.
Boa sorte!
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Referências bibliográficas
BARBOSA, E. F. Gerência da Qualidade Total na Educação. Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni/UFMG, 1993.
CALLISTER JR, W. D. Fundamentals of Materials Science and Engineering. 7th ed. Nova York: John Wiley and Sons Inc, 2007.
DIETER, E. G. Metalurgia Mecânica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1988.
METALS Handbook. Metallography and Microstructures. Ohio: ASM Interna-tional, 1992. v. 9.
MOREJÓN, M. A. G. A Implantação do Processo de Qualidade ISO 9000 em Empresas Educacionais. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. 330 p.
Sites
Banas Qualidade. Definindo a qualidade. Disponível em: <http://www.banas-qualidade.com.br/qualidade.asp>. Acesso em: 3 abr. 2011.
Cartilha da Qualidade e Produtividade. Disponível em: <http://www.multidata.com.br/qualidade/Cartilha%20da%20Qualidade%20e%20Produtividade.pdf>. Acesso em: 3 abr. 2011.
O Estado de S. Paulo. “IBGE: emprego industrial cresce em 13 de 14 regiões”. Disponível em: <http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+geral,ibge-emprego-industrial--cresce-em-13-de-14-regioes,62033,0.htm>. Acesso em: 8 abr. 2011.
v i a r á p i d a e m p r e g o
Metrologia
Produzindo uma peça metálica
Segurança e prevenção de acidentes
Qualidade e produtividade
Ingresso no mercado de trabalho
www.viarapida.sp.gov.br