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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO LIBERTAS CONSULTORIA E TREINAMENTO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DE EQUIPES AUTO-ESTIMA, IMPORTANTE FATOR EMOCIONAL NO MUNDO DAS ORGANIZAÇÕES. BÁRBARA RASHMA CAVALCANTI DE FRANÇA RECIFE 2007

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Page 1: Auto-estima: importante fator emocional no mundo das ... · do trabalhador estar inserido no mercado de trabalho atual extremamente ... Narciso era um jovem e belo rapaz que rejeitou

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO LIBERTAS CONSULTORIA E TREINAMENTO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DE EQUIPES

AUTO-ESTIMA, IMPORTANTE FATOR EMOCIONAL NO MUNDO DAS ORGANIZAÇÕES.

BÁRBARA RASHMA CAVALCANTI DE FRANÇA

RECIFE 2007

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AUTO-ESTIMA, IMPORTANTE FATOR EMOCIONAL NO MUNDO DAS ORGANIZAÇÕES.

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Monografia de Bárbara Rashma Cavalcanti de França, apresentada à Universidade Católica de Pernambuco, para obtenção de título de especialista em Gestão de equipes, com foco em dinâmica de grupos, sob a orientação da professora Maria Aparecida Craveiro Costa.

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Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto Esse eterno levantar-se depois de cada queda Essa busca de equilíbrio no fio da navalha Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo Infantil de ter pequenas coragens.

Vinicius de Morais

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Os pensamentos traduzidos em palavras junto ao empenho e

energia desprendidos constantemente na construção desse

trabalho, ofereço a todos que fizeram parte da história de

nascimento desta monografia e de meu momento pessoal,

àqueles que com uma palavra, um gesto, uma expressão e

sugestão me fizeram enriquecer os escritos e me ajudar a ser

alguém mais capaz, mais eficaz, mais humana e assim, mais feliz.

Dedico principalmente à equipe Libertas, às aulas e aos

ensinamentos que me ajudaram no sustento emocional para o

desenvolvimento de um trabalho com um tema tão significativo na

minha vida.

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RESUMO

O presente trabalho monográfico procura desenvolver um estudo teórico a respeito da

Auto-estima como diferencial emocional e comportamental no mercado de trabalho, Busca,

ainda, traçar uma história sobre o lugar das emoções nas organizações, para que o leitor

possa compreender a evolução da psique junto ao meio empresarial, e assim, as exigências

e pressão cada vez maior do mercado frente ao intelecto e psicológico dos recursos humanos

nas empresas. A presente pesquisa tem natureza bibliográfica, para isso foi desenvolvido um

diálogo entre autores da psicologia, sociologia e administração empresarial, discutindo o

conceito da auto-estima em seus mais diferenciados aspectos, junto ao histórico da evolução

do trabalho e do lugar das emoções na realidade das corporações, e por fim a discussão

frente à importância da sensação de auto-estima para o enfrentamento das novas demandas

empresariais. A partir dessa pesquisa percebemos a auto-estima como uma importante fonte

de comportamentos, pensamentos, sensações e emoções essenciais para o destaque

pessoal e profissional do individuo inserido, no mercado de trabalho atual.

Palavras – Chave: Auto-Estima. Fator Emocional. Organizações.

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ABSTRACT

This monograph develops a theoretical study of Self-Esteem as an emotional and behavioral

factor in the job market. The work further seeks to trace the history and role of emotions

within organizations, helping to comprehend the evolution of the human psyche in the

business world context; revealing ever more present demands and pressure in the market;

and confronting the intellect and psychology of Human Resource Departments. The Study is

bibliographic in nature, utilizing a dialog developed among authors of works related to

Psychology, Sociology, and Business Administration, discussing concepts involving various

aspects of self-esteem together with the history of the evolution of work, the role of emotions

in Corporate Reality, and finally, discussion of the importance of notions involving self-esteem

when confronting new business demands. From the study, we perceive self-esteem as an

important basis for behavior, thoughts, sensations, and essential emotions that help bring to

light the personal and professional characters of individuals placed in the current job market.

Key-words: Self-Esteem. Emotional Factor. Organizations.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................................08 CAPÍTULO 1 1. AUTO-ESTIMA, A EMOÇÃO DO AUTO-RESPEITO.................................................09 CAPÍTULO 2 2. O MERCADO DE TRABALHO E SUAS TRANSFORMAÇÕES................................14 CAPÍTULO 3 3. AUTO-ESTIMA COMO DIFERENCIAL NO MUNDO DAS ORGANIZAÇÕES...........21 4. CONCLUSÃO.............................................................................................................27 REFERÊNCIAS................................................................................................................30

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INTRODUÇÃO

A presente monografia intitulada Auto-Estima, importante fator emocional no mundo

das organizações é o trabalho de conclusão do curso de especialização em gestão de

equipes, promovido pela Universidade Católica de Pernambuco e Libertas Consultoria e

Treinamento.

Trata-se de um tema que visa promover uma reflexão sobre a importância da Auto-

estima como o sentimento de auto-respeito e autoconhecimento, para àqueles que estão,

e querem permanecer, ou desejam a inserção no mercado de trabalho contemporâneo.

Mercado esse, caracterizado atualmente pelas suas peculiaridades e exigências cada vez

mais crescentes frente ao trabalhador.

Essa reflexão será feita através de um estudo desenvolvido a partir de capítulos

que se comprometem em falar sobre o conceito de Auto-estima, de seu significado a nível

social, pessoal e psicológico. Sobre as transformações históricas do mercado de trabalho,

suas novas demandas e como o sujeito trabalhador pode estar inserido nessa realidade,

além de discutir sobre a importância da auto-estima como potencializadora das chances

do trabalhador estar inserido no mercado de trabalho atual extremamente competitivo e

dinâmico, devido as suas características comportamentais extremamente válidas ao

trabalhador atual. A discussão é feita através da psicologia, sociologia, e administração,

para que o diálogo entre esses autores e disciplinas possa transmitir de forma ampla a

idéia da auto-estima como real fonte de comportamentos importantes para o mercado de

trabalho atual.

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1. AUTO-ESTIMA, A EMOÇÃO DO AUTO-RESPEITO.

“Não existe julgamento de valor mais importante, fator mais decisivo para a motivação e o desenvolvimento psicológico, do que a avaliação que fazemos de nós mesmos”.

Nathaniel Branden, 1999.

O conceito da auto-estima abre a possibilidade de importantes diálogos entre as

ciências da psicologia, da saúde e área social. O dicionário Aurélio, a conceitua de forma

objetiva, como sendo o valor que damos a nós mesmos, o nosso amor próprio. As

enciclopédias eletrônicas, como a Wikipédia, discorrem mais sobre o tema quando falam

da auto-estima como a avaliação subjetiva que fazemos sobre nós mesmos, de forma

positiva ou negativa, em diferentes graus, envolvendo tanto crenças auto-significantes

como comportamentos, acrescenta, ainda, que a auto-estima pode ser construída como

uma característica permanente da personalidade ou como uma condição psicológica

temporária.

A auto-estima, em seu significado pode vir a ser confundida com conceito de

Narcisismo ou de Egocentrismo. A palavra Narcisismo é derivada da mitologia Grega.

Narciso era um jovem e belo rapaz que rejeitou a ninfa Eco, que desesperadamente o

desejava. Como punição, foi amaldiçoado de forma a apaixonar-se incontrolavelmente por

sua própria imagem refletida na água. Incapaz de levar a termo sua paixão, Narciso

suicidou-se por afogamento. Foi a partir desse mito Grego que a palavra Narcisismo

ganhou o significado de uma característica da personalidade que reflete a paixão por si

mesmo. A psicologia e psiquiatria o consideram, quando excessivo, um estado patológico;

no entanto, Freud acreditava que algum nível de Narcisismo constitui uma parte de todos

no nascimento, e Morrison acrescenta ainda que, em adultos, um nível razoável de

Narcisismo saudável permite que um sujeito equilibre a percepção de suas necessidades

em relação às de outrem. Outro fenômeno psicológico que pode ser confundido com a

auto-estima é o chamado Egocentrismo, quando o sujeito tem a sensação de ser o centro

das coisas e das pessoas, esse sentimento reflete uma atuação de superioridade.

Diferentemente da auto-estima essa sensação é caracterizada como uma tentativa de

esconder sentimentos negativos de si mesmo.

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No que diz respeito ao desenvolvimento da auto-estima na formação da personalidade

humana, são importantes os primeiros contatos do sujeito com o mundo, as suas

primeiras relações, sejam elas consigo mesmo, com o outro e com o mundo. A forma

como nos relacionamos desenvolve em nós um padrão dinâmico que tende a caracterizar

a personalidade de cada um. A relação mãe-filho, principalmente em seus primeiros anos

de vida, oferece um tipo de base à criança para que a mesma consiga elaborar seus

pontos de referência para a relação com os outros e consigo mesmo, é aí que o

sentimento da auto-estima começa a se formar. Se a criança recebe sinais positivos do

mundo, sinais que transmitam confiabilidade, segurança e sentimentos agradáveis, ela irá

se guiar por essa linha perceptiva tanto com a realidade externa, como com a interna. E à

medida que se desenvolve biologicamente e fisiologicamente, amadurece essas suas

impressões, e as reflete em suas atitudes.

Nossas experiências na infância – ou, mais precisamente, a maneira como a criança interpreta sua experiência – definem as bases do nível de auto-estima que teremos pela vida afora. Os adultos que dão a criança uma dimensão racional e coerente da realidade; que demonstram amor, respeito e confiança na capacidade e no valor da criança; que não ofendem, não debocham nem a agridem física ou emocionalmente; que sustentam padrões e valores que inspiram nela o que ela tem de melhor – esses adultos podem tornar simples e natural o caminho para uma auto-estima saudável (embora não necessária, ou invariavelmente não se pode deixar de levar em conta as decisões e as escolhas da própria criança). Os adultos que agem de maneira oposta tolhem ou, às vezes, impedem o caminho (sem a ajuda alheia) à auto-estima. (BRANDEN, 1999, p. 45).

Percebemos assim, que a identidade, que nos faz ter determinadas ações, reações,

pensamentos e sensações como a auto-estima, vai sendo construída aos poucos, através

das experiências interpessoais. Quando se vivencia a sensação de equilíbrio, aceitação e

bem estar, essas características são apreendidas como possibilidade real para o

individuo, então, as atitudes de auto-aceitação, autoconsciência e auto-respeito são

projetados na personalidade do individuo. O processo de propriocepção fornecerá dados

para a sensação genérica, a depender dessas percepções, formará uma auto-imagem

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mais ou menos positiva. Segundo Moscovici (2001), sentimentos diversos poderão aflorar

com mais freqüência, influenciando assim, a auto-estima, o autoconceito, a autoconfiança

e conseqüentemente, como o individuo vai se olhar, cuidar, valorizar, gostar.

Importante ressaltar que, dentro dessa dinâmica de formação da personalidade,

quanto mais jovens maiores são as influências do outro na formação da mesma, a

modalidade relacional mãe-filho, se configura principalmente no primeiro ano de vida,

como a primeira referência perceptivo emocional da criança, essa relação serve de

modelo condicionador das suas atitudes positivas, de sua auto-estima, comportamentos

sadios de confiança básica e aceitação dos outros e do mundo; ou por outro lado, de

desconfiança generalizada, retraimento emocional ou agressividade imotivada.

Os membros da família reforçam certas atitudes e padrões de conduta; amigos, professores, colegas de escola e de trabalho, chefes e patrões também contribuem para reforçar e modificar alguns aspectos desse modelo (...) De qualquer maneira, a família fornece padrões iniciais de relacionamento que poderão ser consolidados ou contrariados mais tarde na escola, no ambiente de trabalho, na sociedade em geral. (MOSCOVICI, 2001, p. 181).

A auto-estima, quando estimulada na formação de nossa personalidade, se

torna em nosso ego uma sensação de competência para lidar com as adversidades

do mundo externo. De acordo com Branden (1999) adquirimos a capacidade própria

de pensar, aprender, tomar decisões adequadas e reagir de maneira positiva às novas

condições. Ela estaria ligada a uma sensação de eficácia, como se o individuo com um

grau “sadio” de auto-estima tivesse uma confiança absoluta nos processos pelos quais

raciocina, compreende, aprende, escolhe, decide e orienta suas ações.

A “verdadeira” auto-estima, a que está intrínseca em nossa personalidade

funciona então, como uma sensação, e não como um sentimento que possa ser

verbalizado ou ensinado, é uma impressão difícil de discriminar e identificar, porque

nunca deixa de estar presente, pois ela funciona simplesmente como pano de fundo de

todas as outras sensações que permeiam o sujeito; funciona como o contexto básico

ou o reduto de todas as reações.

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De acordo com Branden, (Ibid) a sensação de auto-estima compõe-se de dois

elementos básicos: a sensação de eficácia, já citada anteriormente, e o respeito de si

mesmo. Auto-eficácia é a certeza da competência mental, por extensão, representa a

confiança na capacidade intelectual. O auto-respeito é a percepção de que o êxito, o

progresso e a realização cabem naturalmente a você. Por ser um modo particular de

vivenciar a si próprio, ela é mais complexa do que qualquer retrato mental que

possamos fazer de nós mesmos, ou mais profunda que qualquer sensação

passageira; a auto-estima não pode ser confundida com uma euforia passageira, ou

animação proporcionada por drogas, ou elogios, não é ilusão ou alucinação, não é um

fenômeno de bem estar. Branden (1999) coloca que se a mesma não for baseada na

realidade, construída ao longo do tempo pelo trabalho adequado da mente, não se

trata de auto-estima. A auto-estima não é um trabalho automático, ela representa uma

escolha, construída durante toda a formação de nossa personalidade e reafirmada em

atitudes diárias.

O grau de auto-estima de um sujeito pode vir a influenciar profundamente os

mais variados aspectos de sua existência, o seu modo de agir no trabalho, como são

as suas dinâmicas de relacionamento interpessoal, até pode progredir e, no aspecto

pessoal, por que tipo de pessoa irá se sentir atraído, como interage com os seus

objetos de amor, seus filhos, amigos e qual a dimensão de sua felicidade pessoal. A

auto-estima representa, portanto, simplesmente o contexto que torna dado

comportamento mais ou menos provável, mais ou menos espontâneo.

Branden (Íbid) coloca que na psicoterapia, o trabalho de despertar ou de

entender o funcionamento e grau de auto-estima no sujeito deve começar pela cura

dos traumas de infância, visto que é nela que se estruturam os padrões das emoções

para a vida do mesmo, esse processo é feito pela quebra e desmistificação dos

eventos do passado, que refletem atualmente em comportamentos não produtivos ou

inadequados, pelo rompimento dos bloqueios ou pelo alivio da ansiedade. No entanto,

só eliminar esses aspectos negativos, não produz auto-estima, da mesma forma que a

ausência de sofrimento não significa presença de felicidade, a falta de ansiedade não

significa presença de confiança. A auto-estima por sua vez, se constrói ao longo do

tempo através de atitudes especificas, formas definidas de atuar no mundo.

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Ainda segundo Branden, (Ibid) existem seis processos essenciais de

desenvolvimento da auto-estima no sujeito, que seriam: 1. A atitude de viver

conscientemente, isto é, estar aberto a qualquer informação, conhecimento ou

feedback que seja relevante para seus interesses, valores, metas e projetos. 2. A

atitude de se auto-aceitar, o desejo de ter, viver e assumir a responsabilidade pelos

seus pensamentos, sentimentos e ações, sem negar ou fugir das responsabilidades. 3.

A atitude de ter responsabilidade pessoal, perceber que nós somos os autores de

nossas escolhas e ações. 4. A atitude de ter autoconfiança, ser autentico nos

relacionamentos interpessoais. 5. A atitude de ter um propósito na vida, identificar suas

metas e seus objetivos imediatos ou de longo prazo, saber utilizar de forma adequada

as atitudes a fim de concretizar esses objetivos. 6. A atitude de ter integridade pessoal,

viver de acordo com o que você sabe, professa e faz.

A auto-estima sempre foi uma necessidade psicológica de grande importância

para o homem, desde que os indivíduos desenvolveram a sua capacidade de

autoconhecimento abstrato. Atualmente, no entanto a sensação de auto-estima

adquiriu uma importância que não existia no passado, e tornou-se uma necessidade

pessoal e econômica.

De acordo com Moscovici, (2001) as transformações aceleradas na estrutura da

família, do trabalho e, assim, da sociedade sugerem que na atualidade, em transição

para um futuro imediato, as competências mais valorizadas passam a ser aquelas que

dizem respeito às habilidades interpessoais, de comunicação, liderança e

relacionamento humano; características estas, que estão intimamente ligadas ao

conceito e sensação de auto-estima como comportamentos propulsores da

autoconfiança, auto-respeito e inteligência emocional. Percebemos então, que a

sensação e atitudes de competência emocional são absolutamente prioritárias para

bem conviver e trabalhar produtivamente com os outros, além de nos proporcionar a

possibilidade de sermos agentes de nossa própria historia de sucesso profissional.

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2. O MERCADO DE TRABALHO E SUAS TRANSFORMAÇÕES.

"O segredo do Mestre Guerreiro é saber quando lutar, assim como o segredo do artista é saber quando representar. O conhecimento

de assuntos e métodos técnicos é fundamental, mas não suficiente para garantir o sucesso, em qualquer arte ou ciência de ação e desempenho, a percepção direta do potencial do momento

é essencial para a execução de um golpe de Mestre."

Sun Bin - Discípulo direto de Wang Li

A fim de refletirmos sobre a importância da sensação de auto-estima, descrita no

capítulo anterior, ao “homem trabalhador”, àquele que está inserido no mercado de

trabalho atual, que vive a realidade da demanda desse mercado, precisamos fazer um

retrospecto histórico sobre as transformações ocorridas na dinâmica, homem - relações

de trabalho.

Iremos refletir então, sobre a historicidade do mercado de trabalho e suas

transformações mais importantes para o homem e a sociedade, entendendo, assim, o que

vem a ser o trabalho, como ele se configurava em suas primeiras relações, e como as

mesmas, vem se afirmando atualmente, quais eram as demandas ao sujeito trabalhador e

o que caracteriza as demandas atuais. O presente capítulo se resguarda então, a retratar

e refletir sobre qual o lugar do homem nas relações e nas formas de trabalho, em uma

perspectiva histórica.

O conceito de trabalho, segundo Correia, (2000) é, a ação ou o resultado de um

determinado esforço físico, realizado pelo homem para produzir os próprios bens e

serviços utilitários e necessários à própria reprodução e manutenção da espécie humana.

Essa força de trabalho pode também ser percebida como uma capacidade, que na

sociedade capitalista é tida como uma mercadoria que é comprada e vendida, numa

transação entre o trabalhador – possuidor da força de trabalho – e o capitalista – detentor

do capital. Braverman (1987) acrescenta ainda, que não se trata de apoderar-se de

materiais da natureza, e sim alterar esse estado natural e melhorar a sua utilidade.

É importante deixar claro, que a palavra “trabalho” não teve inicio com as primeiras

prestações de serviço, mas que, foi somente por volta do século XI que passou a ser

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assim denominado o oferecimento da força pessoal de alguém em favor de um outro. A

palavra “trabalho” no principio assumiu uma conotação negativa e depreciativa, devido a

sua relação com a dificuldade em viver e sobreviver nos primórdios dos tempos, pois tudo

o que é difícil de ser alcançado, é denominado de “trabalhoso”, além de a origem

etimológica da palavra vir do radical romano labor, que tem a sua equivalência com a

palavra ponos, ou seja, pena. No império Romano, por exemplo, as pessoas que

precisavam trabalhar para sustentarem-se, consideravam a sua prestação de serviço à

terceiros, uma pena imposta a eles em favor de seus senhores. Já na França, a palavra

Travail (trabalho) teve sua origem em tripaliare, que significa pena, tortura, ou fazer sofrer.

Refletindo ainda neste sentido, a palavra “operário” em sua origem, está ligada ao sentido

de restrição, seu principio encontra-se em sintonia com a palavra “escravidão”, pois em

francês ouvier, opera, opus, operarum.

Quando analisamos a palavra, partindo da língua portuguesa, como “labor” e

“trabalho”, é possível encontrar nos dicionários duas significações, a de realizar uma obra

que se expresse, que doe reconhecimento social, e que permaneça além do tempo de

vida do agente; e a de esforço rotineiro e repetitivo, sem liberdade, de resultado

consumível. 1

A história do trabalho, como podemos perceber, traz na sua essência a cultura do

trabalho de cada época. Na cultura Judaico-cristã, por exemplo, a Bíblia ensinou que a

necessidade de trabalhar para viver era o castigo imposto por Deus pela desobediência

do homem. “O homem foi condenado a ganhar o pão de cada dia com o suor do seu

rosto”. (Banden, 1999). Nas culturas pré-industriais, a dos caçadores e coletores aos

escravos feudais, não havia um mercado para mentes autônomas, o homem estava

condenado pelas circunstâncias do seu nascimento, a ser camponês, artesão ou cavaleiro

– ou esposa de um deles.

1 Conforme Dicionário Brasileiro de Língua Portuguesa, J.T., (Editora Globo).

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Seu senso de identidade, naquela época, não era fruto de suas escolhas ou ações, nem de suas realizações, mas sim da visão de si mesmo como parte integrante da ordem natural, que se presumia determinada por Deus. Vulnerável às vicissitudes da guerra, da fome e da peste, você tinha garantido ao menos um meio de vida, já determinado pela tradição. A competição era muito pequena, da mesma forma que havia muito pouca liberdade econômica, ou qualquer outro tipo de liberdade. Você não vivia em um mundo que valorizasse a autoconfiança, compreendesse a individualidade, admirasse a responsabilidade social, concebesse a liberdade política ou dos Direitos do Homem, imaginasse a inovação como um meio de vida, avaliasse a relação da mente, inteligência e criatividade com a sobrevivência, ou que abrisse espaço para a auto-estima. O sistema à base de seu bem-estar pouco exigia de você, salvo a obediência e a resignação. (BRANDEN, 1999, p. 21-22).

Com a revolução Industrial e a inclusão das máquinas no processo de produção, o

sistema capitalista que então surgiu caracterizava-se pelo mercado livre e pela

concorrência aberta, os bens e serviços eram produzidos unicamente pelo lucro, o

trabalho realizado mediante salário, e os meios de produção e distribuição de propriedade

privada. O capitalismo também gerou a presença maior dos mercadores, lojistas e

comerciantes, o “homem trabalhador” devido a esse fato, transformou-se sob vários

aspectos, de acordo com as mudanças de ordem cultural. Estas mudanças repercutiram,

como não podia ser diferente, na ordem política, social e econômica da época. O

fenômeno da mecanização da produção foi de tamanha profundidade que, aos poucos, foi

substituindo o operário pelas máquinas nas tarefas em que se podia automatizar e

acelerar pela repetição. Chiavenato, (1999) coloca que essa mecanização do trabalho

levou a divisão e a simplificação das operações, substituindo os ofícios tradicionais por

tarefas a serem executadas por pessoas sem qualquer qualificação e com facilidade de

controle por parte dos supervisores. No entanto, por mais difíceis que tenham sido os

primeiros anos da era industrial, havia a possibilidade de se ver em um emprego de

fábrica uma oportunidade – um passo a frente, uma chance de melhoria em sua qualidade

de vida, em relação as possibilidades que existiam anteriormente, porém ao “homem

trabalhador” ainda não eram exigidos novos aprendizados, não se esperava dele

inovações ou competências, a obediência e confiança ainda eram valores, não recursos.

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A chegada da industrialização, também trouxe a idéia do trabalho formalizado, onde

foram definidas as tarefas e a remuneração devida para cada atividade. No século XX, foi

instituído o contrato de trabalho, contendo as regras que regem os direitos e deveres entre

os patrões e os empregados. Foram criadas assim, as primeiras classes trabalhadoras,

com a classificação em cargos, funções, atribuições e salários. No Brasil essas normas e

leis, tiveram seu momento mais significativo no governo de Getulio Vargas, onde foi criada

a CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas, o salário mínimo, a carteira de trabalho, o

décimo terceiro salário, FGTS, aposentadoria, férias e outros, para atender as

necessidades não só dos trabalhadores, mas estendendo-as também as famílias.

Em meio a realidade da industrialização, começaram a surgir a necessidade de

reestruturação nas operações e a evolução em direção a idéia da fábrica sem

trabalhadores, onde as novas tecnologias que então surgiram, dispensariam a força de

trabalho humana e trabalhariam de forma ininterrupta. Dessa forma, de acordo com

Gonçalves e Gomes, (1993), a influência e o impacto da tecnologia fizeram com que

algumas variáveis sofressem mudanças, como por exemplo: o conteúdo, a natureza das

tarefas, as habilidades requeridas, pressões e ritmos de trabalho, interação e quantidade

de operários, localização e distribuição desses trabalhadores, horário e duração da

jornada de trabalho; é aí que o homem começa a surgir como possibilidade criativa, visto

que começou a precisar de diferentes competências para se manter no mercado de

trabalho, mesmo que as mesmas fossem ainda muito técnicas, mas já despontavam sobre

a necessidade de se trabalhar de forma diferenciada.

A evolução da tecnologia fez surgir a necessidade por parte do homem trabalhador de

conhecimentos mais técnicos e mais completos para o uso dos equipamentos de trabalho,

no entanto, a via do êxito não era o pensamento independente, mas, a questão do

cumprimento fiel das regras. O sujeito precisava apenas, não criar obstáculos e

enquadrar-se; até então essa era a fórmula do progresso.

Aos poucos, o homem trabalhador e o ideal empresarial começaram a mudar os seus

focos de ação. A partir do momento em que o capitalista, ao lidar com o trabalho

assalariado e com uma tecnologia mais avançada, sentiu uma maior necessidade de

acúmulo de capital, procurou novas formas de administrar a sua mão de obra, fazendo

uso da contabilidade e controles internos. Surgiu assim, a terceirização de mão de obra,

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onde as empresas diante de um mercado competitivo, passaram a atuar com o foco

dirigido tão somente ao negocio e as atividades consideradas de apoio, foram aos poucos

sendo transferidas para empresas externas. Diante dessa realidade de mercado

recessivo, com um número maior de demissões que de contratações, surgiu o trabalho

informal, através de serviços sem documentação ou qualquer registro. Embora sem

direitos ao trabalhador, para muitos foi, e está sendo, uma forma de saída para o sustento,

assim como as cooperativas que também apareceram para absorver essa parcela da

sociedade, onde o vínculo do trabalhador passa a ser somente com a cooperativa, mesmo

que preste serviços e esteja locado em outras empresas.

O mercado de trabalho também passou por mudanças que refletiram diretamente na

organização das empresas e nas demandas referentes ao “homem trabalhador”. A

necessidade de um fluxo maior de conhecimento e informação, segundo Branden (ibid),

determina agora as estruturas organizacionais, no lugar das antigas bases mecânicas e

preconcebidas de imposição e autoridade.

Como um apêndice da inteligência humana, a máquina substitui o poder de pensar pelo poder dos músculos. Alivia o esforço físico e, ao mesmo tempo, torna o trabalho mais produtivo. À medida que continuam os avanços tecnológicos, o pêndulo começa a oscilar a favor da mente.

(BRANDEN, 1999, p. 34). Se a mente vem ocupar essa ordem de importância, o homem começa a ser percebido

como ser criativo, de inteligência e emoções, isto é, a essência do que é o homem, agora

começa a ser tratada e levada em consideração no mundo das organizações e do

trabalho. Em contrapartida a esse ponto, temos uma “sociedade do trabalho” que exige

cada vez mais desse “homem trabalhador”. A flexibilidade, o trabalho em equipe e a

polivalência, são apenas algumas dessas exigências. A ciência, hoje, faz parte do mundo

do trabalho, os estudantes que saem das universidades precisam ter a consciência que

aquele conhecimento adquirido em sala de aula, sofre cada vez mais, um alto grau de

depreciação com relação aos avanços freqüentes impostos pela tecnologia e pela

sociedade da velocidade. O paradigma atual se reduz a: eficiência, eficácia e produção

em sua relação custo/beneficio. Essas são algumas das exigências do mundo moderno

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para os homens e organizações, e seguir por esse caminho indica a menor probabilidade

de um fracasso profissional, ou, no caso das organizações, uma falência.

Atualmente nos encontramos em uma realidade onde a força de trabalho, tem de

apresentar flexibilidade e versatilidade. Hoje temos que produzir não só a quantidade mas,

também, a qualidade, executando, muitas vezes (ou sempre) mais de uma função, reféns

da eterna busca por soluções para eventuais problemas, demonstrando uma

personalidade de iniciativa e que preza pela interação com grupos e pessoas A força

física já não é o centro do trabalho, e sim a intelectualidade, a capacidade de

concentração e ao mesmo tempo de atenção a todos os processos da organização em

que atua, e por que não, a sensação de eficácia.

A pós-modernidade então, se caracteriza pela competitividade em seus mais diversos

aspectos, estamos aqui refletindo sobre a questão do trabalho como realidade que exige a

competência para que a sobrevivência na competitividade seja sadia.

As exigências de competitividade pessoal e organizacional num ambiente globalizado, integrado pelas novas tecnologias da informação, elevaram a capacidade de inovação ao patamar de principal vantagem competitiva. As respostas não são mais simples e não vêm embaladas com nomes pomposos. Além disso, permanece a questão de como desenvolver profissionais produtivos, eficazes e felizes, com custo cada vez mais baixo. (FACCINA, 2006, p. 02).

Fazendo um retrospecto geral sobre o lugar do homem nas relações de trabalho a

partir da monografia aqui apresentada, podemos visualizar que passamos por um período da

humanidade em que a durabilidade foi extremamente valorizada, as possessões eram

duráveis, as leis que governavam a natureza eram consideradas eternas, inexistiam

transformações no mundo, as estruturas pareciam duráveis, e eram fortemente dirigidas e

vigiadas. A norma para o “homem trabalhador” era seguir os padrões, aprender e incorporar

hábitos que se arraigavam na personalidade e se repetiam automaticamente. De acordo com

Rehem (2005), esses hábitos e conhecimentos tinham utilidade para solucionar as situações

pelo resto da vida, em razão dos contextos previsíveis e duráveis em que se vivia. Os

condicionamentos eram suficientes para garantir o sucesso no trabalho e nas relações

sociais.

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Atualmente, em contrapartida a essa idéia, refletimos sobre um mundo caracterizado

pela mutabilidade constante, fluidez das estruturas, revelando uma maior flexibilidade tanto

de estruturas organizacionais quanto relacionais, Rehem (ibid), coloca ainda, que passamos

da imutabilidade e monotonia para as rotinas de um mercado aberto, onde tudo pode

acontecer a qualquer momento e, por isto, a palavra de ordem é a imprevisibilidade. Decorar

perde a prioridade diante da necessidade de criar, inovar, mudar, buscar soluções para

resolver problemas inusitados, agir proativamente, tomar iniciativas ao invés de receber

ordens e obedecer rigidamente. Bauman (apud Rehem, 2005), chama essa nova realidade de

“modernidade liquida”, aquela em que, as mudanças advindas dos avanços científicos e

tecnológicos transformam o mundo em um ritmo veloz, impondo novos relacionamentos

sociais e laborais, exigindo cada vez mais do homem maiores capacidades para enfrentar

desafios nunca antes experimentados, e dispor de emoções e percepções sadias para isso,

tais como a auto-estima.

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3. AUTO-ESTIMA COMO DIFERENCIAL NO MUNDO DAS ORGANIZAÇÕES.

"Nós somos o que fazemos repetidamente, a excelência não é um feito, e sim, um hábito."

Aristóteles

As pessoas e organizações estão intimamente ligadas em todos os seus aspectos,

principalmente, pelo simples fato de a maioria das pessoas passarem a maior parte do tempo

de suas vidas trabalhando dentro das organizações, estas dependendo daquelas para

funcionar e alcançar o sucesso. Sabemos que o trabalho nos toma tempo e energia, é

impossível não levar em conta a importância do trabalho e a influência que o mesmo exerce

sobre as pessoas. Essa relação mútua é melhor analisada quando percebemos que as

organizações também dependem, direta e irremediavelmente das pessoas, para o seu

funcionamento e permanência no mercado, os objetivos e procedimentos básicos de uma

empresa, somente são alcançados através das pessoas, são elas que lhe dão vida, impulso,

criatividade e racionalidade.

Chiavenato, (1999) coloca que, até bem pouco tempo atrás, esse relacionamento entre

pessoas e organizações era considerado de certa forma, antagônico e conflitante, entendia-

se que os objetivos dos dois não podiam caminhar juntos. As organizações tinham como

metas, o lucro, produtividade, eficácia, maximização da aplicação dos recursos físicos e

financeiros, enquanto as pessoas tinham em seus objetivos a melhoria de salários e

benefícios, a busca de um ambiente de trabalho dito confortável e seguro, desenvolvimento e

progresso pessoal. Verificou-se, no entanto, que se a organização quer alcançar esses

objetivos, ela precisa prover às pessoas, a possibilidade de realização individual, assim

ambas as partes saem ganhando, essa é uma solução que exige negociação, participação e

sinergia de esforços. Tudo funciona como uma “troca”, qualquer investimento somente se

justifica quando traz um retorno razoável.

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Na medida em que o retorno é bom e sustentado, a tendência certamente será a manutenção ou o aumento do investimento. Daí o caráter de reciprocidade na interação entre as pessoas e organizações. E também o caráter de atividade e autonomia e não mais de passividade e inércia das pessoas. Pessoas como parceiros ativos da organização e não como meros sujeitos passivos. (CHIAVENATO, 1999, p. 08).

Os “parceiros” tratados aqui são cada vez mais exigidos em suas competências, pelas

organizações, as exigências vêm passando por significativas mudanças. Hoje as empresas

necessitam de profissionais autoconfiantes, atualizados e que tragam resultados, por outro

lado as pessoas também exigem cada vez mais das organizações, a autonomia, qualidade e

reconhecimento, visto que elas constituem o meio pelo qual podem-se alcançar objetivos

pessoais, com o mínimo de esforço e conflito.

N a gestão de pessoas atual, há uma grande necessidade, que o empregado seja visto

como parceiro da organização, aquele que contribui com os seus conhecimentos,

capacidades e habilidades, proporcionando decisões e ações que dinamizam a organização.

O profissional exigido tem de usar a sua inteligência para proporcionar decisões racionais,

imprimindo o significado e rumo aos objetivos globais daquela organização. A necessidade

cada vez maior do “individuo diferenciado”, vem causando em nossa sociedade “crises” de

baixas na auto-estima, o que desqualifica cada vez mais os profissionais, visto que essa

mesma auto-estima é uma das maiores demandas atuais das organizações, pois ela pode

agir como fonte de autoconfiança, competência e inteligência emocional.

Branden,(1999) coloca que, quem duvida muito da própria capacidade de pensar, de

entender, de aprender ou de enfrentar as adversidades e os desafios básicos da vida

encontra-se em grande desvantagem – em qualquer lugar ou em qualquer época da história –

principalmente, quando se trata de enfrentar as situações novas e desconhecidas.

Complementando o raciocínio, Drummond,(2006) reconhece em suas colocações que

essas características pessoais, demandam também, educação e uma preparação por parte

dos Recursos Humanos bem maior do que se fazia anteriormente, devido a necessidade de

se ter flexibilidade, autocontrole, maior responsabilidade, capacidade para criar e inovar, e

conseqüentemente mais qualidade nos produtos e serviços.

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Como já foi sinalizada em capítulos anteriores, as mudanças que mais contribuem para

essas novas demandas foram, a passagem da economia industrial para a economia da

informação, fazendo com que a necessidade de mão de obra fosse decrescendo, surgindo

assim, a exigência por cérebros com múltiplas inteligências, que pudessem dar conta de

inovações nas mais diversas áreas de uma organização. O aparecimento das novas

tecnologias, que também contribuiu para a necessidade da crescente atualização, as

mudanças na economia global que exigem das pessoas a capacidade de resiliência, as

demandas de auto-gestão, responsabilidade, auto direção, maior consciência e compromisso

para inovar e contribuir, além da busca pela característica do empreendedorismo, são a

realidade das demandas organizacionais atuais. Todos esses fatores tem sido um desafio

constante para a auto-estima no trabalho. Por isso, a presente monografia trata dessa auto-

estima como um diferencial no mundo das organizações, pois essas mesmas organizações

tem hoje como um desafio atrair e manter pessoas qualificadas com elevada auto-estima.

Branden, (1999) traz para reflexão, a questão da dificuldade em lidar, não apenas com

as mudanças em si, mas com o ritmo em que elas surgem. O fato de as mudanças serem

cada vez mais rápidas, interferem no grau de auto-estima do sujeito, pois muitas das vezes o

mesmo não consegue acompanhá-las de forma eficaz.

Famílias, organizações e sociedades igualmente geram padrões que, uma vez estabelecidos, não cedem com facilidade ao que é novo. O status quo não começa a se alterar só porque mudanças estão a caminho, anunciando a necessidade de novos rumos de ação (...) Todavia, está claro que existem mudanças desejáveis e inexoravelmente necessárias nos indivíduos e nos grupos sociais. E a resistência que surge representa mais do que um saudável processo de homeostasia: a ansiedade gerada pela baixa auto-estima e o medo do novo e do desconhecido. (BRANDEN, 1999. p. 99)

Diante dessas novas necessidades, surgidas a partir de importantes mudanças sociais

e econômicas, e do ritmo acelerado das mesmas, aparece como fator “diferencial” a auto-

estima no campo profissional. Segundo Drumond, (2006) essa sensação promove

trabalhadores seguros, abertos a idéias novas, e que podem admitir seus erros, sem o

sentimento de fraqueza. Pessoas que são aceitas, que pensam, que expressam, criam e

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inovam, que estão dispostas a enfrentar desafios, pois assim, provam as suas capacidades,

buscam o reconhecimento e sabem reconhecer, são observadores e trabalham de forma

construtiva, valorizando os aspectos positivos e negativos das pessoas e dos

acontecimentos.

Indivíduos com auto-estima elevada conseguem trabalhar bem com normas, resolvem

problemas com maior produtividade conseguem trabalhar bem em equipe, aprendem com

todas as experiências, e são orgulhosos e satisfeitos com o trabalham que executam.

Consideram desafios como oportunidades, em vez de tragédia. Entendem a mudança não

como um fardo ou problema, mas como um meio de crescimento pessoal. Para Branden,

(1999), esta é a perspectiva que fortalece a sensação de poder pessoal em épocas

conturbadas. Esses são os “parceiros” que as organizações almejam, e que estão dispostas a

recompensar e manter no mercado de trabalho atual.

Além das qualificações intelectuais, o ser humano tem na auto-estima uma forte aliada,

ela pode ter sido construída em sua personalidade durante a vida, ou pode ser adquirida

através de um trabalho mental e comportamental sistemático, produzindo assim, um

sentimento de competência e eficácia. De acordo com Branden, (Ibid) a competência

interpessoal – tão importante no cenário das empresas atualmente – tende a ser afetada

negativamente pela falta de auto-estima.

Os que sofrem de profunda insegurança e duvidam de si mesmos tendem a um comportamento inadequado e contraproducente perante os outros, e isto significa ser super controlador e gratuitamente agressivo ou tímido e solicito demais. Em vez de se concentrarem na tarefa em si, o comum é concentrarem-se na autoglorificação ou na autodefesa; em ambas as formas, a relação com o outro é antagônica e não positiva. Muito mais do que falta de habilidade ou conhecimento técnico, esse problema tem fortes implicações para o colapso na carreira. (BRANDEN, 1999. p. 14)

Branden (Ibid) acrescenta que existem diversas correlações importantes entre a auto-

estima saudável e vários outros traços de personalidade que estão refletidos em nossos

comportamentos no trabalho. Como exemplo disso, estão os desafios constantes que

enfrentamos na realidade do mercado de trabalho, dentro das mais diferentes áreas de

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atuação. Quando enfrentamos um problema que requer de nossas mentes um certo grau de

confiança, e perseveramos no sentido de superá-lo, as chances de obter êxito são maiores e,

conseguir o que se deseja, confirma e reforçar a confiança individual. Se o acontecimento foi

um revés profissional, como por exemplo, os negócios não estão bem encaminhados, as

estratégias estão sendo falhas, promoções não acontecem, mas o sujeito enfrenta as

adversidades com uma sólida auto-estima, a tendência é aquele acontecimento não abalar a

sua estrutura emocional de forma profunda.

É inevitável em uma carreira profissional que as pessoas errem ou sofram derrotas. O

fator mais importante quando esses eventos vem a acontecer, é o estado emocional com que

o fato é encarado. O perigo está em o sujeito cair na armadilha de acusar, se justificar,

procurar um bode expiatório, negar, cruzar os braços passivamente, entrar em depressão ou

em desespero, esses são reflexos de uma baixa auto-estima, que não contribui para o

crescimento profissional e pessoal de qualquer sujeito.

Quando convivemos com grupos, de forma a interagir com consciência do próprio

valor, o provável é que despertemos nos outros o respeito e boa vontade. Com uma auto-

estima sadia, o sujeito não tende a entrar em relacionamentos antagônicos, sejam eles

profissionais ou pessoais, não surge a necessidade de se mostrar mais forte, diminuindo

aqueles que o cercam. Nas relações de trabalho, podem manifestar-se diversos sentimentos,

como a rejeição e a menos valia, quando a auto-estima não é uma sensação presente, o ser

humano acaba por repetir comportamentos de modo que as expectativas de rejeição, por

exemplo, se confirmem.

Outro fator que tem destaque como demanda para o sujeito no mundo das

organizações atuais é a capacidade de comunicação, e esta, também está intimamente

ligada à auto-estima, visto que, quando a mesma é positiva, o provável é que o sujeito tenha

uma comunicação aberta, franca e correta; para Branden, (1999) isso se dá pelo fato de que,

o individuo com uma auto-estima elevada acredita no valor do seu pensamento e a clareza

para ele, é bem vinda e não temida. “Se sua auto-estima é baixa, o provável é uma

comunicação vaga, tortuosa e insuficiente, pois você não está seguro do que pensa e sente,

e está ansioso para ouvir a resposta do seu interlocutor”.

Outro aspecto interessante da auto-estima nas relações de trabalho é a forma como as

pessoas de auto-estima alta se sentem atraídas e atraem pessoas com um mesmo nível de

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auto-estima, trazendo àquele ambiente, sensações de eficácia, competência e produtividade.

As relações nesse nível tornam-se mais prazerosas e sadias, as pessoas não tendem a

potencializar problemas ou conflitos, não se é hiper-sensível, não se reage com atitude tão

defensiva, e nem com hostilidade. A tendência maior é concentrar-se nas soluções, nas

decisões. A inveja fruto de uma visão negativa do sujeito sobre si mesmo, o leva a pensar

que a vitória do outro expõe a sua fragilidade ao mundo, ou pior, a si mesmo. A generosidade

em relação ao êxito de outrem é uma característica importante da auto-estima.

Ferrari, (2005) acrescenta, que quando amamos o que fazemos, fomentamos a

confiança e a criatividade para apontar soluções, adotamos uma opinião otimista diante dos

problemas diários e agimos de forma a valorizar constantemente o nosso “eu”, criando assim,

um ambiente de trabalho que impulsiona a criatividade e estimula as relações humanas de

forma positiva. Branden, (1999) aponta, nesse sentido para uma necessidade importante, se

uma auto-estima saudável proporciona um meio inestimável de se atuar eficazmente no

ambiente de trabalho, o oposto também se aplica, isto é, o aprendizado e a prática da ação

eficaz no trabalho podem ser uma disciplina fortalecedora de auto-estima. O trabalho aqui é

indicado como uma possibilidade de desenvolvimento pessoal, assim pode se pensar em

uma organização verdadeiramente com auto nível de desempenho.

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CONCLUSÃO

"Ainda não se levantaram as barreiras que digam ao gênio: “daqui não passarás.”"

Beethoven A auto-estima tratada no presente trabalho, é aquela que traz ao homem a

possibilidade de realização profissional e pessoal, capaz muita vezes, de poupar o homem de

algumas das frustrações que percorrem a vida do trabalhador “moderno”, como a

competitividade, sentimento de inadequação, impotência e etc. No entanto, não pretendemos

falar aqui da auto-estima como uma sensação mágica, difícil de ser alcançada, ou como um

sentimento que pode trazer o sucesso certo àqueles que o procuram.

A auto-estima foi aqui tratada como a sensação de aficácia, sensação de capacidade e

estima própria, a sensação de amor a si e de confiança na capacidade de superação, por

isso, quando bem utilizada, pode ser uma ferramenta importantíssima para o crescimento

profissional do trabalhador, um crescimento arraigado de qualidade de vida, visto que aquele

que possui uma auto-estima elevada, não coloca o seu bem estar em segundo plano na hora

de suas opções, e sim consegue fazer uma mescla de todas as exigências que o seu corpo e

a sociedade fazem, e parte para a ação de forma inteligente, responsável e eficaz. O

profissional que desenvolveu essas características em sua dinâmica psíquica, no decorrer de

sua vida, não podemos negar, apresenta um diferencial, visto que, no mínimo, o homem

precisa confiar em sua capacidade para superar as adversidades diárias do mundo das

corporações.

Podemos entender a partir das reflexões aqui supeitadas, que a auto-estima é uma

sensação de extrema importância, tanto para o trabalhador, como para a organização em que

o mesmo está inserido. Percebemos aqui, que as organizações depois de terem passado por

inúmeras transformações, a nível social, econômico e tecnológico se vêem atualmente em

uma realidade de eterna busca pela inovação, lucro e inteligência emocional por parte de seu

“recurso humano”. Exige-se da mente, do psíquico, o que demanda mais do que nunca, a

inteligência emocional, a resiliência e a capacidade de comando e direção de suas emoções.

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O trabalhador que consegue somar à sua qualificação intelectual a essas características

“diferenciadas” pode se dizer que tem todas as chances de estar inserido em um mercado de

trabalho, competitivo e que o valoriza e incentiva enquanto profissional.

Uma sociedade como a nossa, que não proporciona a estabilidade no trabalho devido

a fatos como o “boom” da tecnologia, as novas formas de empregabilidade, como a

terceirização, trabalho informal e etc, vem deixando o homem inseguro e com déficits no seu

grau de auto-estima, frente a essas dificuldades. Esse fator deixa o homem cada vez mais

longe da possibilidade da empregabilidade, pois essa mesma auto-estima que está em baixa

atualmente, quando se fala no enfrentamento do mercado de trabalho cada vez mais

exigente, pode ser fonte de características muito importantes para as atitudes de auto-

respeito, autovalorização, segurança na tomada de decisões e na comunicação com outrem,

criatividade, inovação, entre outras, que são tão valorizadas e estimadas pelas organizações

inseridas no mercado de trabalho competitivo.

Essa deteriorização do trabalho humano afeta a vida particular do trabalhador, de sua

família, e de seu relacionamento com outras pessoas, atitudes e crenças, pois o não-trabalho

tira-lhe sua identidade, ou seja, tudo que diz respeito ao seu modo de viver e à rotina diária,

afetando diretamente a sua auto-estima.

Outro fator de problemática para o trabalhador atual é o fracionamento de suas

atividades em minúsculas operações, agora o sujeito mesmo estando trabalhando, vê mais

uma forma de dissipação de seu trabalho e de sua capacidade física/mental. Se não for um

profissional “diferenciado” estará confinado a uma rotina de movimentos diários repetitivos

que estão aquém de seu potencial, assim como também poderá estar exercendo uma função

que lhe sujeite ao subemprego.

O homem encontra-se na ânsia da inserção e segurança no trabalho, visto que ele é

essencial para que o ser humano consiga concretizar seus sonhos e ideais, e é por meio dele

que se cria e constrói os bens necessários à sua sobrevivência e à de outras pessoas. A

importância do trabalho permeia não só a satisfação individual do trabalhador, ela vai mais

além e nos traz a possibilidade da construção de meios imprescindíveis à sobrevivência da

sociedade. Uma reflexão de grande relevância para o entendimento da auto-estima no mundo

das organizações é que a mesma pode ser intrínseca à personalidade, construída em sua

formação, mas também pode ser estimulada pelas organizações. O fator “Clima

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Organizacional”, incentivos, autonomia no trabalho e etc são influências que podem vir a

modificar as atitudes do sujeito em relação ao seu trabalho. A auto-estima está intimamente

ligada à qualidade de vida no trabalho, onde, dependendo do modo como se manifesta, pode

resultar no pleno desenvolvimento do sujeito e da organização, ou pode ocasionar atitudes

negativas por parte do indivíduo. A auto-estima quando em baixa impede que o trabalhador

experiencie e desenvolva todo o seu potencial na organização, tornando-o um indivíduo

improdutivo, inseguro, e que não proporciona as organizações, habilidades necessárias ao

seu próprio desenvolvimento.

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