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AUTISMO E ARQUITETURA UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - ARQUITETURA E URBANISMO TFG II - aline garavelo sede para a associação Aquarela Pró Autista Erechim - RS introdução 1 As sensações e percepções do ser humano estão diretamente rela- cionadas ao ambiente que o envolve, afetando seu comportamento. A intera- ção comportamental do homem com o ambiente contextualiza as necessida- des e a compreensão do uso dos espaços. (LAUREANO, 2017). Entendendo a importância na relação entre o meio e o indivíduo, na disciplina de TFG I foi elaborado o material teórico e gráfico a partir de estu- dos que buscam compreender as necessidades de um ambiente terapêutico voltado para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a fim de ser utilizado como forma de proporcionar um trabalho funcional nas terapias, promovendo aspectos sensoriais e de percepção, como meio de auxiliar no desenvolvimento do autista a partir da interação do indivíduo com o meio em que se insere. Assim, como continuidade, o TFG II retrata a materialização desses aspectos a partir do desenvolvimento do projeto arquitetônico para a Associação Aquarela Pró Autista, situada na cidade de Erechim-RS, conforme determi- nado como objetivo geral. E a partir dos objetivos específicos que buscou no TFG I, basicamente, compreender os aspectos de relação entre os indivíduos autistas e o meio, assim como compreender a relação da arquitetura com os aspectos sensoriais, como forma de assimilar como o ambiente pode auxiliar nas terapias de pessoas com TEA. A motivação para trabalhar com o autismo surgiu primeiramente pela vivência em relação ao tema e posteriormente, pela aproximação com a Associação Aquarela Pró Autista, a partir da participação como trabalho voluntário. transtorno do espectro autista características + PERCEPÇÃO SENSORIAL integração sensorial manifestação dos sentidos percepção sensorial hiposensível grau de autismo 2 O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é a terminologia mais atual utilizada para definir o autismo. Se trata de um transtorno do neurodesenvol- vimento, o qual apresenta um conjunto de síndromes com diferentes caracte- rísticas concomitantes que, basicamente, influenciam na capacidade de comunicação, socialização e comportamento do indivíduo. Como a manifesta- ção dessas características não ocorre uniformemente, os indivíduos com TEA apresentam inúmeras singularidades e complexidades, seja quanto a relação social, relação do indivíduo com seu meio ou aos aspectos sensoriais. A causa do autismo ainda não é comprovada cientificamente, mas há estudos que apontam a origem como relações multifatoriais que podem estar vinculadas a aspectos genéticos, bioquímicos e/ou ambientais. Segundo Russo (2017), a relação genética é referente aos estudos de gene e não ao código genético (DNA), que influenciam no desenvolvimento do cérebro e na produção de neurotransmissores, os fatores bioquímicos são relativos a alterações de compostos no neurotransmissor e os fatores ambientas diz respeito ao ambiente de convívio do indivíduo. O déficit que as pessoas com autismo possuem quanto a integração sensorial pode se manifestar de forma hipersensível ou hiposensível, ou seja, pelo excesso ou falta de estímulos. E isso vai acarretar comprometimen- to nas habilidades lúdicas e comportamentais. As características presentes no indivíduo autista, geralmente, estão relacionadas a socialização, comunicação, e aspectos sensoriais. Na linguagem, sendo verbal ou não verbal, se comunicando através de figuras e apontamentos. E mesmo aos que desenvolvem a linguagem verbal, é comum que apresentem ecolalia, ou seja, a repetição de palavras. Além disso, é comum a estereotipia, que se define pelo comportamento repetitivo; o distúrbio do sono e alimentar, resistência quanto a mudanças de rotina e a relação de percepção sensorial, sendo hiper ou hiposensível. O grau do autismo é baseado no nível de dependência do indivíduo, podendo ser: NÍVEL 1 - leve: necessitam de pouco suporte, pois geralmen- te possuem as habilidades bem desenvolvidas, mas com problemas de organização e planejamento. NÍVEL 2 - moderado: apresenta as mesmas condições anteriores, contudo em menor intensidade. NÍVEL 3 - severo: com grave déficit nas habilidades de comunicação, interação, comporta- mento e cognição reduzida. autistas neurotípicos os neurotípicos percebem as informações que constituem espaço de forma conjunta os autista percebem essas informações relativas ao espaço de forma fragmentada percepção do espaço Os indivíduos com TEA possuem uma diferenciação na forma de percepção sensorial, pois enquanto os neurotípicos conseguem perceber o espaço com base nos sentidos de forma coletiva, os autistas possuem essa percepção fragmentada. Segundo Gaines et al. (2016), a capacidade de perceber os sentidos, como olfato, visão, paladar, som, tato, movimentos (vestibular) e o senso do corpo no espaço (propriocepção) de forma conjunta é uma capacidade conhecida como integração sensorial e se torna um elemento essencial para alcançar a percepção de uma situação e saber como agir. A integração sensorial é a capacidade de conseguir perceber os sentidos de forma conjunta, sendo esta a habilidade em organizar, interpretar sensações e responder apropriadamente ao ambiente. As pessoas com TEA, possuem uma dificuldade em obter uma rápida mudança entre estímulos diferentes e isso pode gerar comportamentos repetitivos, compulsivos e até mesmo auto-lesivos. Sendo que essa disfunção na integração sensorial muitas vezes está relacionada aos atrasos na linguagem. Esses comportamentos podem ser resultados de uma tentativa do indivíduo de gerar uma experiência sensorial ou de manter o controle após uma sobrecarga sensorial. o déficit na integração sensorial nos autistas faz com que os sentidos se manifestem de forma confusa recepção dos estímulos sensoriais de forma excessiva recepção dos estímulos sensoriais de forma amena e as vezes até nula manifestação de forma hipersensível manifestação de forma hiposensível + + + visão audição olfato tato vestibular + + paladar proprioceptivo visão - Desconsidera pessoas ou objetos no ambiente; - Visualiza apenas contornos de objetos; - Gosta de cor brilhante ou luz solar intensa. audição olfato tato vestibular paladar proprioceptivo visão audição olfato tato vestibular paladar proprioceptivo percepção sensorial estatísticas hipersensível - Não responde quando é chamado pelo nome; - Gosta de ruídos; - Gosta de fazer barulhos excessivos e altos. - Ingere objetos não comestíveis; - Busca cheiros fortes; - É isento a alguns aromas. - Utiliza o toque de forma excessiva e desnecessária; - Possui resistência quanto a dor; - Possui resistência a temperaturas extremas. - Movimenta-se de forma excessiva e desnecessária; - Fica entusiasmado com tarefas que envolvam movimentos; - Inconsciente quanto a posição do corpo no espaço; - Confundem diferentes sensações com a fome; - Se incomoda com cores brilhantes e luz solar intensa; - Se distrai facilmente com movimentos; - Olha fixamente para pessoas ou objetos. - Muito sensível a ruídos altos; - Identifica os sons antes das pessoas neurotipicas; - Não gosta de ruídos de fundo. -Seletivo quanto a alimentos, só ingere a partir de texturas, cheiros ou temperatura que o agrade. - É sensível a certos tecidos; - Não se agrada com toques; - Aparenta-se desiquilibrado; - Se incomoda quando os pés ficam fora do chão ou de cabeça para baixo. - Possuem postura corporal diferente e na maioria das vezes desconfortável; - Possuem dificuldade em manipular pequenos objetos. Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS (2017), 1 a cada 160 crianças é diagnosticada com TEA. Já o Centro de Controle e Prevenção de Doen- ças – CDC (2017), indica esse diagnosti- co em 1 a cada 68 crianças. mundial nacional Segundo o estudo “Retratos do autismo no Brasil”, realizado em 2013, estima-se que a população com autismo no Brasil é de aproximadamente 2 milhões de pessoas. Segundo o estudo “Retratos do autismo no Brasil”, a população com autismo na região Sul do Brasil é de 170.000. regional 1 menina para cada 4 meninos é autista 3 autismo + arquitetura elementos de estimulação sensorial elementos construtivos conforto ambiental A integração sensorial busca propor justamente a organização das infor- mações decorrentes de diferentes sentidos, relacionando-os, para isso, utiliza-se exercícios que buscam desenvolver habilidades como audição, compreensão, equilíbrio e coordenação. Nesse sentido, a psicologia ambiental tem como objetivo relacionar os fatores e elementos ambientais como forma de influenciar nos sentidos, percepções e consequentemente nas ações dos indivíduos em relação ao meio em que se insere, a partir da apropriação do espaço. Portanto a ambiência é um fenômeno que possibilita a materialização desses atributos, pois nela expres- sam os sentidos humanos por meio das texturas, iluminação, sons e cores relacionados a dimensão cultural. + ambiental psicologia + ambiência integração sensorial desenvolvimento de habilidades Espaços que promovam a ativi- dade intelectual e incentive o relaxamento, com estimulações que possam ser controladas. multifuncionalidade layout mobiliários núcleo comercial brechó e café distâncias interpessoais Espaços ao ar livre, por promo- verem uma parte essencial da consciência ambiental do indivíduo. espaços ao ar livre Utilizar a amplidão possibilita a adaptabilidade do ambiente e permite o ajuste das distancias interpessoais. amplidão Identidade visual e legibilidade são importantes elementos de composição do espaço para estimular a independência das pessoas com TEA. identidade visual Os mobiliários contribuem, com a questão da ergonomia e podem ser utilizados como forma de promover nichos ou barreiras, destacando assim o espaço pessoal. O layout dos ambientes também estabelece um espaço seguro e funcional a partir da flexibilidade. Gifford (1997 apud Barros et al. 2005) aborda esse conceito a partir das distancias adequadas para o contato ou não-contato. A iluminação pode proporcio- nar uma interação física e lúdica das crianças, além de possibilitar atividades mais focadas ou descontraídas. As texturas e cores possibilitam um trabalho tátil e visual, desenvolvendo a consciência corporal e cognitiva do autista. texturas iluminação materiais Possibilitar diferentes texturas e percepções sensoriais, mas sem sobrecarregar o ambiente. cor O conforto térmico é um fator para manter a qualidade inter- na do ambiente, proporcionan- do a renovação do ar. conforto térmico É importante permitir ampla incidencia de luz natural, pois atribui a concepção de visão nítida e direta do mundo. Determinar a materialidade em relação a absorção de ruído, recursos e estratégias para promover qualidade acústica. conforto lumínico conforto acústico Zoneamento baseado nas percepções sensoriais do usuá- rio, ao invés de serem estipula- das por zonas funcionais gene- ralizantes. zoneamento Promover diferentes relações entre os ambientes interno e externo, auxiliando no desen- volvimento da consciência corporal e cognitiva. A utilização de cores pode estar associada a uma importante função no edifício, pois podem promover diferentes estímulos. Volume arquitetônico constituí- do de forma livre, desde que não interfira na funcionalidade e acessibilidade do espaço. volumetria Espaços dinamicos estão asso- ciados a multifuncionalidade. As paredes curvas podem ser uma estratégia para auxiliar no deslocamento do edifício. interno - externo dinamicidade + + Fachada vista a partir da Rua Acre. núcleo receptivo núcleo terapêutico núcleo admnistrativo auditório praça pública 1|9

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AUTISMO E ARQUITETURA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - ARQUITETURA E URBANISMOTFG II - aline garavelo

sede para a associação Aquarela Pró AutistaErechim - RS

introdução1 As sensações e percepções do ser humano estão diretamente rela-cionadas ao ambiente que o envolve, afetando seu comportamento. A intera-ção comportamental do homem com o ambiente contextualiza as necessida-des e a compreensão do uso dos espaços. (LAUREANO, 2017). Entendendo a importância na relação entre o meio e o indivíduo, na disciplina de TFG I foi elaborado o material teórico e gráfico a partir de estu-dos que buscam compreender as necessidades de um ambiente terapêutico voltado para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a fim de ser utilizado como forma de proporcionar um trabalho funcional nas terapias, promovendo aspectos sensoriais e de percepção, como meio de auxiliar no desenvolvimento do autista a partir da interação do indivíduo com o meio em que se insere.

Assim, como continuidade, o TFG II retrata a materialização desses aspectos a partir do desenvolvimento do projeto arquitetônico para a Associação Aquarela Pró Autista, situada na cidade de Erechim-RS, conforme determi-nado como objetivo geral. E a partir dos objetivos específicos que buscou no TFG I, basicamente, compreender os aspectos de relação entre os indivíduos autistas e o meio, assim como compreender a relação da arquitetura com os aspectos sensoriais, como forma de assimilar como o ambiente pode auxiliar nas terapias de pessoas com TEA. A motivação para trabalhar com o autismo surgiu primeiramente pela vivência em relação ao tema e posteriormente, pela aproximação com a Associação Aquarela Pró Autista, a partir da participação como trabalho voluntário.

transtorno do espectro autista

características + PERCEPÇÃOSENSORIAL

integraçãosensorial

manifestaçãodos sentidos

percepção sensorialhiposensível

grau de autismo2 O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é a terminologia mais atual utilizada para definir o autismo. Se trata de um transtorno do neurodesenvol-vimento, o qual apresenta um conjunto de síndromes com diferentes caracte-rísticas concomitantes que, basicamente, influenciam na capacidade de comunicação, socialização e comportamento do indivíduo. Como a manifesta-ção dessas características não ocorre uniformemente, os indivíduos com TEA apresentam inúmeras singularidades e complexidades, seja quanto a relação social, relação do indivíduo com seu meio ou aos aspectos sensoriais. A causa do autismo ainda não é comprovada cientificamente, mas há estudos que apontam a origem como relações multifatoriais que podem estar vinculadas a aspectos genéticos, bioquímicos e/ou ambientais. Segundo Russo (2017), a relação genética é referente aos estudos de gene e não ao código genético (DNA), que influenciam no desenvolvimento do cérebro e na produção de neurotransmissores, os fatores bioquímicos são relativos a alterações de compostos no neurotransmissor e os fatores ambientas diz respeito ao ambiente de convívio do indivíduo.

O déficit que as pessoas com autismo possuem quanto a integração sensorial pode se manifestar de forma hipersensível ou hiposensível, ou seja, pelo excesso ou falta de estímulos. E isso vai acarretar comprometimen-to nas habilidades lúdicas e comportamentais.

As características presentes no indivíduo autista, geralmente, estão relacionadas a socialização, comunicação, e aspectos sensoriais. Na linguagem, sendo verbal ou não verbal, se comunicando através de figuras e apontamentos. E mesmo aos que desenvolvem a linguagem verbal, é comum que apresentem ecolalia, ou seja, a repetição de palavras. Além disso, é comum a estereotipia, que se define pelo comportamento repetitivo; o distúrbio do sono e alimentar, resistência quanto a mudanças de rotina e a relação de percepção sensorial, sendo hiper ou hiposensível. O grau do autismo é baseado no nível de dependência do indivíduo, podendo ser: NÍVEL 1 - leve: necessitam de pouco suporte, pois geralmen-te possuem as habilidades bem desenvolvidas, mas com problemas de organização e planejamento. NÍVEL 2 - moderado: apresenta as mesmas condições anteriores, contudo em menor intensidade. NÍVEL 3 - severo: com grave déficit nas habilidades de comunicação, interação, comporta-mento e cognição reduzida. autistasneurotípicos

os neurotípicos percebem as informações que constituem

espaço de forma conjunta

os autista percebem essas informações relativas ao

espaço de forma fragmentada

percepção do espaço

Os indivíduos com TEA possuem uma diferenciação na forma de percepção sensorial, pois enquanto os neurotípicos conseguem perceber o espaço com base nos sentidos de forma coletiva, os autistas possuem essa percepção fragmentada. Segundo Gaines et al. (2016), a capacidade de perceber os sentidos, como olfato, visão, paladar, som, tato, movimentos (vestibular) e o senso do corpo no espaço (propriocepção) de forma conjunta é uma capacidade conhecida como integração sensorial e se torna um elemento essencial para alcançar a percepção de uma situação e saber como agir.

A integração sensorial é a capacidade de conseguir perceber os sentidos de forma conjunta, sendo esta a habilidade em organizar, interpretar sensações e responder apropriadamente ao ambiente. As pessoas com TEA, possuem uma dificuldade em obter uma rápida mudança entre estímulos diferentes e isso pode gerar comportamentos repetitivos, compulsivos e até mesmo auto-lesivos. Sendo que essa disfunção na integração sensorial muitas vezes está relacionada aos atrasos na linguagem. Esses comportamentos podem ser resultados de uma tentativa do indivíduo de gerar uma experiência sensorial ou de manter o controle após uma sobrecarga sensorial.

o déficit na integração sensorial nos autistas faz com que os sentidos se manifestem de

forma confusa recepção dos estímulos sensoriais de forma

excessiva

recepção dos estímulos sensoriais de forma

amena e as vezes até nula

manifestação de forma hipersensível

manifestação de forma hiposensível

+ + +visão audição olfato tato

vestibular

+ +paladar proprioceptivo

visão

- Desconsidera pessoas ou objetos no ambiente;- Visualiza apenas contornos de objetos;

- Gosta de cor brilhante ou luz solar intensa.

audição

olfato

tato

vestibular

paladar

proprioceptivo

visão

audição

olfato

tato

vestibular

paladar

proprioceptivo

percepção sensorial estatísticashipersensível

- Não responde quando é chamado pelo nome;- Gosta de ruídos;

- Gosta de fazer barulhos excessivos e altos.- Ingere objetos não comestíveis;

- Busca cheiros fortes;- É isento a alguns aromas.

- Utiliza o toque de forma excessiva e desnecessária;- Possui resistência quanto a dor;

- Possui resistência a temperaturas extremas.- Movimenta-se de forma excessiva e desnecessária;

- Fica entusiasmado com tarefas que envolvam movimentos;

- Inconsciente quanto a posição do corpo no espaço;- Confundem diferentes sensações com a fome;

- Se incomoda com cores brilhantes e luz solar intensa;- Se distrai facilmente com movimentos;

- Olha fixamente para pessoas ou objetos.- Muito sensível a ruídos altos;

- Identifica os sons antes das pessoas neurotipicas;- Não gosta de ruídos de fundo.

-Seletivo quanto a alimentos, só ingere a partir de texturas, cheiros ou temperatura que o agrade.

- É sensível a certos tecidos;- Não se agrada com toques;- Aparenta-se desiquilibrado;

- Se incomoda quando os pés ficam fora do chão ou de cabeça para baixo.

- Possuem postura corporal diferente e na maioria das vezes desconfortável;

- Possuem dificuldade em manipular pequenos objetos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS (2017), 1 a cada 160 crianças é diagnosticada com TEA. Já o Centro de Controle e Prevenção de Doen-ças – CDC (2017), indica esse diagnosti-co em 1 a cada 68 crianças.mundial

nacional

Segundo o estudo “Retratos do autismo no Brasil”, realizado em 2013, estima-se que a população com autismo no Brasil é de aproximadamente 2 milhões de pessoas.

Segundo o estudo “Retratos do autismo no Brasil”, a população com autismo na região Sul do Brasil é de 170.000.

regional

1 menina para cada 4 meninos é autista

3 autismo +arquitetura

elementos de estimulação sensorial

elementos construtivos

conforto ambiental

A integração sensorial busca propor justamente a organização das infor-mações decorrentes de diferentes sentidos, relacionando-os, para isso, utiliza-se exercícios que buscam desenvolver habilidades como audição, compreensão, equilíbrio e coordenação. Nesse sentido, a psicologia ambiental tem como objetivo relacionar os fatores e elementos ambientais como forma de influenciar nos sentidos, percepções e consequentemente nas ações dos indivíduos em relação ao meio em que se insere, a partir da apropriação do espaço. Portanto a ambiência é um fenômeno que possibilita a materialização desses atributos, pois nela expres-sam os sentidos humanos por meio das texturas, iluminação, sons e cores relacionados a dimensão cultural.

+ambientalpsicologia + ambiência

integração sensorialdesenvolvimento

de habilidades

Espaços que promovam a ativi-dade intelectual e incentive o relaxamento, com estimulações que possam ser controladas.

multifuncionalidade layout

mobiliários

núcleo comercialbrechó e café

distâncias interpessoais

Espaços ao ar livre, por promo-verem uma parte essencial da consciência ambiental do indivíduo.

espaços ao ar livre

Utilizar a amplidão possibilita a adaptabilidade do ambiente e permite o ajuste das distancias interpessoais.

amplidão

Identidade visual e legibilidade são importantes elementos de composição do espaço para estimular a independência das pessoas com TEA.

identidade visualOs mobiliários contribuem, com a questão da ergonomia e podem ser utilizados como forma de promover nichos ou barreiras, destacando assim o espaço pessoal.

O layout dos ambientes também estabelece um espaço seguro e funcional a partir da flexibilidade.

Gifford (1997 apud Barros et al. 2005) aborda esse conceito a partir das distancias adequadas para o contato ou não-contato.

A iluminação pode proporcio-nar uma interação física e lúdica das crianças, além de possibilitar atividades mais focadas ou descontraídas.

As texturas e cores possibilitam um trabalho tátil e visual, desenvolvendo a consciência corporal e cognitiva do autista.

texturas

iluminação

materiaisPossibilitar diferentes texturas e percepções sensoriais, mas sem sobrecarregar o ambiente.

cor

O conforto térmico é um fator para manter a qualidade inter-na do ambiente, proporcionan-do a renovação do ar.

conforto térmicoÉ importante permitir ampla incidencia de luz natural, pois atribui a concepção de visão nítida e direta do mundo.

Determinar a materialidade em relação a absorção de ruído, recursos e estratégias para promover qualidade acústica.

conforto lumínicoconforto acústico

Zoneamento baseado nas percepções sensoriais do usuá-rio, ao invés de serem estipula-das por zonas funcionais gene-ralizantes.

zoneamento

Promover diferentes relações entre os ambientes interno e externo, auxiliando no desen-volvimento da consciência corporal e cognitiva.

A utilização de cores pode estar associada a uma importante função no edifício, pois podem promover diferentes estímulos.

Volume arquitetônico constituí-do de forma livre, desde que não interfira na funcionalidade e acessibilidade do espaço.

volumetria

Espaços dinamicos estão asso-ciados a multifuncionalidade. As paredes curvas podem ser uma estratégia para auxiliar no deslocamento do edifício.

interno - externodinamicidade

+ +

Fachada vista a partir da Rua Acre.

núcleo receptivo

núcleo terapêutico

núcleo admnistrativo

auditório

praçapública

1|9

associação Aquarela pró autista

Localização da associação aquarela pró autistaatividades

usos e gabaritos

visuala ser explorada

regime urbanístico:plano diretor

do município de erechimfluxos viário

condicionantes

ambientes

VISUAIS

4

5

6

A Associação Aquarela Pró Autista surgiu em 2009, a partir de um grupo de pais dispostos a obter e divulgar mais conhecimento sobre o autis-mo. Assim, no ano seguinte, a associação foi oficialmente constituída, sendo que no primeiro momento foi responsável por partilhar conhecimento a partir de reuniões de estudos. No início de 2012 iniciou-se os atendimentos com objetivo de propor-cionar assistência para as pessoas com autismo e também as famílias, buscando desenvolver o máximo a capacidade e o potencial dos autistas. Com a proposta de oferecer atendimento cognitivo e terapêutico multidisci-plinar, a Aquarela Pró Autista utiliza de métodos como forma de auxiliar no desenvolvimento, como o PECS que se trata de um sistema de comunicação individual, através de imagens e o TEACCH que tem como objetivo melhorar a interação e organização do autista através do ensino estruturado, baseado no processamento visual. A entidade iniciou seu funcionamento atendendo 11 autistas, atual-mente são 37 atendidos, além da fila de espera que conta com 25 pessoas. Além disso, a associação também é procurada por famílias com suspeita de diagnóstico para orientações, avaliações e encaminhamentos. A Aquarela se mantém financeiramente através de parcerias, convênios com os munícipios próximos, doações e ações como o pedágio e brechó solidário. Figura 1: Pedágio Solidário

Fonte: Figura 1 e 2: Disponível em: <http://aquarelaproautista.org.br/ > Acesso em: 23 abril.2018.Fonte: Figura 3, 4, 5, 7 e 8: arquivo pessoal Figura 6: <http://aquarelaproautista.org.br/ > Acesso em: 23 abril.2018

Fonte: Figura 9, 10, 11, 12, 13 e 14: arquivo pessoal.

Figura 2: Brechó Solidário

Os atendimentos são realizados de segunda a sexta-feira e divididos entre o período da manhã e tarde, sendo que o plano de atendimento é reali-zado individualmente e os atendimentos possuem cerca de 30 minutos para cada atividade. Há uma demanda de ampliação, pois além dos 37 atendidos atualmente, existe uma lista de espera com 25 pessoas. As atividades desenvolvidas são:

psicóloga pedagogia arteterapiamusicoterapia

informáticaassistente social

cão terapiapsicomotricidadeatividade realizada

pela ong super patasauxilia nas interações

cognitivas e sensoriomotoras

Figura 4: sala da pedagogiaFigura 3: sala da psicóloga

Figura 5: sala da arteterapia

Figura 7: sala da psicomotricidade Figura 8: pátio externo

Figura 6: cão terapia

Na região do Alto Uruguai há algumas APAEs, mas somente a Aqua-rela como entidade caracterizada por prestar atendimento somente ao autismo, estabelecendo assim impor-tancia regional. Assim, a associação se localiza em Erechim, no bairro Santa Catarina e dentre os atendidos há pessoas dos municípios de Erebango, Ipiranga do Sul, Campinas do Sul, Gau-rama e Getúlio Vargas.

A proximidade com o eixo comercial é positiva, pois são locais em que os responsáveis utilizam enquanto esperam os atendidos nas terapias. Além disso, o entorno imediato se caracterica por ser uma área residencial, próximo a uma área verde.

mapa de bairros de Erechimsem escala

BAIRRO DE LOCALIZAÇÃODA ASSOCIAÇÃO AQUARELA PRÓ AUTISTA

BAIRRO DE LOCALIZAÇÃODO TERRENO ESCOLHIDO

FONTE: Prefeitura Municipal de Erechim

CENTRO

BAIRRO SANTA CATARINA

TRÊS VENDAS

FONTE: Imagem de satélite Mapboxsem escala

ASSOCIAÇÃO AQUARELA PRÓ AUTISTAINSTITUTO FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (IFRS)INDÚSTRIA AURORA ALIMENTOS

Av. JOSÉ OSCAR SALAZAR - eixo comercialÁREA VERDE PRÓXIMA A ASSOCIAÇÃOENTORNO IMEDIADO DE ÁREA RESIDENCIAL

a escolha do terreno

análises da área de intervenção +

condicionantes

mapa de bairros de Erechimsem escala

FONTE: Prefeitura Municipal de Erechim

FONTE: Imagem de satélite MapboxTERRENOCEMITÉRIO MUNICIPAL PIO XIIASSOCIAÇÃO BENEFICIENTE LAR DA CRIANÇA

Av. 15 DE NOVEMBRO (Via de alto fluxo que interliga a região até a Praça da Bandeira e concentra estabelecimentos de comércio e serviços).

ÁREA VERDE - PARQUE LOGINES MALINOWSKIENTORNO IMEDIADO DE ÁREA RESIDENCIAL

sem escala

ESCOLA LOURDES GALEAZZI

Rua Espírito Santo(Via de fluxo médio que interliga até a Av. 7 de Setembro, com estabelecimentos de comércio e serviços).

Como a Associação atualmente está estabelecida em um local aluga-do e o terreno não comporta as atividades já existentes, houve a necessidade de encontrar um novo local para a implantação da sede da Aquarela Pró Autista. Já que o bairro Santa Ctarina, onde se localiza atualmente a associa-ção, não possui terrenos com área suficiente, foi necessário buscar em outros bairros de Erechim. Sendo assim, o critério utilizado para a definição do terreno, foi basicamente buscar manter algumas características existen-tes na área de atual localização, sendo que o principal aspecto considerado foi buscar uma área em que o entorno imediato se configurasse como residencial, mas estivesse próximo de locais com disponibilidade de comér-cio e serviço. Assim, o terreno escolhido se localiza no bairro Centro, mais especifi-camente no cruzamento entre a Rua Anita Garibaldi e a Rua Distrito Federal. O entorno imediato se configura por uma área predominantemente residen-cial, com ruas de baixo fluxo e sem grandes interferências sonoras. No entorno mais próximo do local é existente a Associação benefi-ciente Lar da Criança, além da escola de ensino fundamental Lourdes Galeaz-zi.

O cemitério é um ponto de referência que se localiza próximo ao terreno, assim como o Parque Logines Malinowski, configurando a caracté-ristica de área verde que também é presente próximo a atual localização da associação. Além disso, a proximidade com a Av. 15 de novembro possibilita um acesso mais fácil ao centro comercial de Erechim, além de ser uma via que já possui muitos estabelecimentos de comércio e serviço, sendo que a Rua Espirito Santo apresenta esta mesma configuração e estabelece o acesso direto a Av. 7 de Setembro. Essa relação de proximidade com áreas de comércio mais estruturado possibilita que os pais possam frequentar durante o atendimento do autista.

CENTRO

Figura 9: terreno e entorno imediato Figura 10: terreno e entorno imediato

Figura 12: terreno e entorno imediato

Figura 13: terreno e entorno imediato Figura 14: terreno e entorno imediato

Figura 11: terreno e entorno imediato

melhor visualdo terreno

antena telefônica

entorno imediato somente residencial

rua acre rua alberto fehlauer rua acre

rua distrito federal

rua distrito federalrua anittagaribaldi

terreno terreno

terreno

terreno

terreno

única edificação em altura do entorno

escola e igreja

inverno

verão

Rua Anita Garibaldi

Rua Acre

área total= 5995m²

Rua Distrito Federal Rua Alfredo Fehlauer

Há um desnível entre o terreno e a rua

Edificações de 1 a 2 pav. não comprometendo a visual do terreno

TERRENOVIA

VIA CORTE AA’ esc: 1:1000

A

As edificações presentes no entorno são, em maioria, de 1 pavimento, caracterizando assim a área em questão como de baixo gabarito, com preva-lência de construções mais horizontalizadas. Assim é possivel explorar as visuais, estabelecendo uma relação harmoniosa com o entorno, sem desca-racteriza-lo. É possivel identificar que o entorno imediato apresenta um predomi-nio de uso residencial, sendo propicio para os requisitos de instalação da associação. Além disso, os poucos usos que se diferem, que estão mais próxi-mos ao terreno, não apresentam grandes interferências quanto a geração de ruídos constante.

LEGENDA:

LEGENDA:

Edificações de 1 e 2 pavimentos e uso residencial

Edificações 3 pavimentos e uso residencial

ventos dominante

declive do terreno

vento reinante

via de fluxo leve via de fluxo moderado, em horários específicos

Igreja

Edifício de 4 pavimentos e uso residencial

As vias presentes nas áreas adjacentes ao terreno apresentam fluxo leve, por se tratar de uma área que abrange grande parte do uso residencial. Sendo que a única via que apresenta um fluxo considerado moderado, é refe-rente aos horários da escola e da igreja, assim estabelecendo essa relação temporária que não prejudicaria os atendimentos da Aquarela quanto ao ruído viário.

A visual a ser mais explorada, apresenta uma conexão visual com outras áreas da cidade, como é possível verificar nas imagens, o que repre-senta um ponto importante para estabeler a relação interno-externo e possi-bilitar o desenvolvimento da consciência corporal e cognitiva dos autistas, proporcionando diferentes percepções entre o meio e o usuário.

habitação, saúde, educação e cultura, reunião, atividade física e esportes.

usos

80% subsolo, térreo e pav. intermediário e 70% demais pavimentos

5 pavimentos, limite de 18,5 m

taxa de ocupação índice de aproveitamento

altura

recuosfrente lateral fundos

2 metros

com aberturas: H/15 + 1,40m e nunca inferior a 2,00m. sem aberturas: H/23 + 1,10m e nunca inferior a 2,00m.

H/20 + 2,50m e nunca inferior a 1/10 da profundidade do lote.

1Subsolo ou qualquer pavimento observada a taxa de ocupação vigorante.

estacionamento

conformecomércio e serviços, hospeda-gem, automotivos, atividades temporarias, diversão, indús-trias e depósitos.

permissível

Fachada vista a partir da rua Distrito Federal.

auditório

núcleo admnistrativo

núcleo dinâmico e artístico

pátiointerno

núcleo terapêutico

núcleo comercialbrechó e café

núcleo cozinha e apoio

2|9

O conceito de percepção remete a forma de aprender a perceber o espaço por meio dos sentidos, a partir da proposta de que os estímulos estejam presentes na composição dos ambientes, seja objetiva ou subjeti-vamente. Assim, buscando o propósito de que o espaço seja uma forma de auxiliar no desenvolvimento sensorial das pessoas com Transtorno do Espectro Autista, em conjunto com as terapias. Dessa forma, a relação entre o indivíduo e o ambiente é fundamen-tada, principalmente, na percepção e consequentemente na estimulação dos sentidos, o que vai refletir em todo o projeto, buscando respeitar as características dos autistas. Por isso, a lógica de composição se da primeiramente a partir do entendimento das partes, para que em segundo plano seja possível uma compreensão do todo, visando constituir a integração sensorial respeitando as limitações dos usuários, estimulando o sensorial de forma legível.

PERCEPÇÃO

COMPREENDER AS PARTES

possibilitar a compre-ensão das partes a partir dos estímulos sensoriais, com a com-posição do ambiente de forma legível.

COMPREENDER o todo

as partes compreendi-das em conjunto possi-bilitará um entendimen-to do todo e uma integração na forma de perceber e responder aos estímulos.

meio e indivíduoa partir dessas compre-ensões estimular o desenvolvimento da habilidade de organizar e interpretar as sensa-ções,respondendo apro-priadamente ao ambien-te.

12

3

1 2 3

1

2

3

demandas

conceito

programa de necessidades

diretrizes

37atendidos

25na lista

de espera15profissionais

+

A demanda atual para atendimento dos autistas resulta em cerca de 70 pessoas, considerando os horários de atendimento da Associação Aquarela Pró Autista, pode-se considerar dentro desta demanda o atendimento de 14 pessoas por dia.Além disso, não há uma restrição quanto a idade, sendo que as terapias acon-tecem a partir do plano de atendimento de cada um que é baseado no nível de desenvolvimento.

5 dias da semana

manhã e tarde

atendidos por diamédia de 14

de duração de média de 30min

cada terapia

atendimentosusuários

recepção para controle e direcio-namento de acesso, ambiente aconchegante e receptivo.

pequeno auditório que possibilite local adequado para eventuais reuniões, palestras ou apresentações.

receptivo

auditório

horta + pomar, percurso sensorial, playground e pátio interno: espaços que explorem diferentes texturas e ambientes e maior interação com a vegetação.

área livre

administrativo

terapêuticoterapia ocupacional, fonoaudiologia, pedago-gia, psicologia, sala sensorial, informática e sanitário: terapias que necessitam de maior possibi-

lidade de controle de estimulos.

artísticoarteterapia e musicoterapia:

ambiência mais lúdica e dinâmica, com recursos que estimulem a criatividade, como cores, volumes, texturas.

acessoestacionamento.acesso confortavél para pedes-tres, com calçadas adequadas.

comercialbrechó + café: área de comércio para auxiliar a associação no arrecadamen-to da renda. área de espera dos responsáveis

administração, assistência social, sala dos profissionais, sala de reuniões , copa e sanitários .

1

2

3

5

6

7

9

4

psicomotricidade e fisioterapia:ambiente de caráter mais estimulante e dinâmico, estratégias projetuais que favoreçam e estimulem atividades mais ativas.

lavanderiadepósitosanitário

refeitório, cozinha e depósito de alimentos: ambiente que estabeleça diferentes relações, com o preparo do alimento e com as visuais presentes interna ou externamente.

dinâmico

cozinha

apoio

espaços de estar que possibilite a integra-ção do espaço da associação com o público, sendo uma segunda possibilidade de acesso e de espaço de espera para os responsáveis.

praça pública

10

8

12

11

acesso

comercial

receptivo

administrativo

terapêutico

artistíco

dinâmico

cozinha

apoio

auditório

área livrepraça pública

relação entre as partes e o todo A

buscar a materialização das relações entre as partes e o todo do edifício.

ESPAÇOS multifuncionais B

possibilitar a multifuncionalida-de dos espaços, a partir de recursos flexíveis.

integração dos ambientes a partir de divisórias moveis

promover relações entre ambiente interno e externo, principalmente associado a áreas vegetadas.

relação interno-externoC

espaços dinâmicos, a fim de proporcionar aspectos senso-riais e interação do invíduo com o meio.

espaços interativos/dinâmicos D legibilidade e identidade visualE

utilizar a forma/volume, cores, texturas, materiais etc para promover uma linguagem legível.

compor ambiências coerentes com as funções do espaço, enfatizando as relações sensiti-vas.

ambiênciasG

conforto ambientalF

explorar soluções para ilumina-ção e ventilação natural, eficiên-cia energética e conforto térmi-co.

cores, texturas e materiais H

composições harmonicas a partir de cores, texturas e mate-riais, sem sobrecarregar os ambientes.

zoneamentoI

zoneamento baseado nas percepções sensoriais, além de zonas funcionais, possibilitando maior legibilidade no edifício.

partido

volumetria

Circulações de simples compreensão que que promovam clareza na relação entre as partes (núcleos) e garantam maior autonomia aos autistas.

Núcleos definidos através de um zoneamento baseado nos estímulos sensoriais. Proporcio-nando clareza em relação as partes.

Todos os núcleos consolidando o todo, sendo este a unidade da associação aquarela pro autista.

recortes a partir de identificação dos núcleos

adaptação ao terreno

volumes mais horizontais

explorarvisual

visual a ser explorada

volumes mais horizontais

acessos claros e valorização das visuais

cantos arredondados, evitando quinas repenti-nas e auxiliando no deslo-camento do indivíduo com TEA.

3|9

Rua Anita Garibaldi

Rua Adalberto Feuhlauer

Rua Distrito Federal

Rua Acre

telha metálicai=5%

lajei=2%

lajei=2%

telha metálicai=5%

RU

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10

11

9 7

zoneamentosem escala 1

2

3

6 5

12+

7108

9 +

+

4 11+

ZONEAMENTO O zoneamento foi pensado para que as áreas sejam agrupadas não apenas conforme suas funções, mas também em relação aos aspectos sensoriais que cada ambiente remete. Assim, não foram estipuladas zonas funcionais generalizantes, e sim considerado, principalmente, as percepções sensoriais dos usuários. Considerando também a relação conceitual que o projeto procura trabalhar a partir da percepção, respeitando o entendimento das partes e a compreensão do todo, como forma de gerar a relação entre o meio e o indívi-duo, buscando estimular o desenvolvimento da habilidade de organizar e inter-pretar as sensações, respondendo apropriadamente ao ambiente. Dessa forma, gerar os núcleos a partir dos aspectos sensoriais e zonea-los partindo desse principio é determinante para proporcionar a percepção sensorial. Assim, os ambientes foram agrupados, em núcleos, como por exemplo o núcleo terâpeutico que aborda terapias que necessitam de um ambiente mais calmo e tranquilo para acontecerem, já que são atividades que exigem de mais foco e concentração, por isso foram agrupadas e alocadas no zoneamento em um local do terreno que não possui grandes interferencias de ruídos. Em contraponto, os núcleos artístico e dinâmico estabelecem atividades mais ativas, dinâmicas e que vão explorar a criatividade, portanto estão agrupadas e no zoneamento próximas de áreas que vão favorecer o uso e contribuir na relação dos sentidos. Além disso, foi pensado em um zoneamento que possibi-lite a gradação entre as áreas públicas e privadas.

área mais pública, conformando os acessos, estacionamen-to e praça pública e o núcleo comercial, próximo a área de acesso e a via, buscando maior visibilidade.

acesso principal, configurando uma área pública, mas com recepção para direcionamentos, área em que é possível explorar a visual como primeiro plano.

auditório e núcleo de apoio mais próximo as vias como forma de facilitar o acesso.

núcleo terapêutico e administrativo, situados em uma área mais tranquila do terreno, com presença de barreiras (praça ública e auditório) em relação as ruas, garantindo espaços com menor inteferencia sonora. Demarcados como núcleos diferentes a partir de espaços de transição e com a possibili-dade de explorar a visual, garantindo maior relação interno--externo.

núcleo artístico, dinâmico, cozinha e área livre, configurando espaços interativos entre si, seja visual ou fisicamente, explorando a relação dos espaços ao ar livre, estabelecendo conexão entre interno-externo e uma forma mais dinâmica que promova a maior interatividade e criatividade, já que são elementos que as terapias disponiveis nesses núcleos abor-dam.

receptivo

acesso

legenda

comercial123

auditório

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567

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dinâmico

cozinhaapoiopraça pública

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vista 1

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terapêutico

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auditório

administrativoterapêutico

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NÚCLEORECEPTIVO

NÚCLEOTERAPÊUTICO

NÚCLEOADMINISTRATIVO

NÚCLEOAUDITÓRIO

zoneamento núcleos - primeiro pavimentosem escala

zoneamento núcleos - segundo pavimento

projeção primeiro pav.

sem escala

NÚCLEOAPOIO

NÚCLEOCOZINHA

ÁREA LIVRE(PÁTIO INTERNO)

NÚCLEOARTISTICO

NÚCLEODINÂMICO

4|9

sala dosauditório

viacalçadavia calçada

profissionaissala de reuniõescirculação/ circulação ocupacional

sala de terapia transição

sala de informáticacafécozinha

bwc circulaçãoacesso serviço

3.000L 3.000L

recepção

elevadorprojeção da arquibancadaprojeção da

escada

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Rua Distrito Federal

Rua Acre

sala sensorial

psicóloga

bwc

wc

wc

wc

café

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brechó

cozinha

parquepiso: grama

parquepiso: terra

parquepiso: emborrachado

área descanço

horta

tanque de areia

pomar

piso: emborrachado

lajei=2%

salarecepção

pátio interno

elevador

acesso principalpiso: concreto polido

pátio externopiso: concreto polido

estacionamento

acesso veículos

acesso veículos

acesso veículos

i=20%

acesso serviço

gás

praça pública

praça pública

informáticasala

terapia ocupacional

a: 26m²

a: 23m²

a: 48m²

a: 84m²

a: 49m²

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a:5,2m²bwca:5,2m²

a: 26m²

a: 26m²

a: 27m²a: 22m² a: 17m²

a: 17m²a: 165m²

a: 32m² a: 13m²

wca: 13m²

sala fonoaudiólogasala

pedagogia

secretaria sala copa

assistência social

sala de reuniões

sala dos profissionais

auditório

palcocoxia

foyer

circulação

circulação/transição

sala

Rua Anita Garibaldi

Rua Adalberto Fehlauer

lajei=2%

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i=8,33%i=8,33%

circulação

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percurso sensorial

projeção da cobertura

projeção da cobertura

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2.00

área de apresentações

externas

A

B

B

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C

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pátio interno

parquepiso: grama

parquepiso: terra

parquepiso: emborrachado

área descanço

horta

horta

tanque de areia

pomar

piso: emborrachado

pátio externopiso: concreto polido

percurso sensorial

Rua Distrito Federal

Rua Acre

Rua Anita Garibaldi

Rua Adalberto Fehlauer

sala arteterapiaa: 48m²

a: 61m²

a: 140m²a: 23m²

sala musicoterapia

circulação/

circulação

elevadorcirculação

refeitório

cozinha

a: 20m²

a: 10m²

a: 5,6m²

de alimentosdepósito

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apresentações externas

transição circulação/transição

a: 47m²

sala fisioterapiaa: 67m² sala psicomotricidade

bwc

a: 53m²

a: 5,2m²

bwca: 5,2m²

bwca: 5,2m²

bwca: 5m²

projeção da cobertura

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A

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planta baixa - primeiro pavimento

N

escala: 1/200

planta baixa - segundo pavimentoescala: 1/200

corte AAescala: 1/200

N

claraboias de iluminação direta, proporcionando a relação de percepção quanto a iluminação natural, sendo que como as terapias locadas no primeiro pavimento necessitam de maior possibilidade de controle de estímulos, as clarabóiais estão locali-zadas nas áreas de circulação.

painés de vidro, buscando explorar a visual existe como plano de fundo na área receptiva.

segundo o dimensionamento realizado a partir da NBR 5626, é necessário reservatório para 4.000L de água, com reserva para até 2 dias. O projeto conta com 6.000L.

varanda acessada a partir do café, buscando estabelecer uma relação visual indireta com outras áreas da associação.

auditório com capacidade para 70 pessoas, configurando o volume mais vertical, assim como o núcleo comercial, locali-zado mais próximo a via, facilitando o acesso.

2.00

5.50 5.50

8.90

12.00

5|9

claraboia iluminação indireta

claraboia iluminação direta

claraboias

materiaisconcreto

madeira

vidro terra

areia

grama

proporcionar transparência, relação visual, interno - externo e consciência ambiental.

corescomo forma de promover estímulos adequados para cada ambiente.

maior sensação de conforto

superfície lisa e resistente Os materiais são meios importantes de explorar as percepções senso-riais. Segundo Laureano (2017), é interessante a utilização de superfícies lisas e resistentes como forma de garantir maior conforto aos autistas, por isso a prioridade de trabalhar com materiais com essas características. Assim, foi utilizado sistema estrutural de alvenaria convencional - pilar e viga - revestida com argamassa, para obter superfície mais lisa, além da cor branca como base neutra do edifício. Além disso, a maior parte do piso foi trabalhada com o concreto polido, possibilitando diferente textura e aspecto visual, a partir do princípio de superfícies lisas e resistentes. Diferentes texturas são de suma importância para explorar as percep-ções sensoriais a partir da materialidade, por isso embora o edifício possua em primeiro plano uma base mais neutra, como mencionado anteriormente, foi utilizada cores e texturas diferentes para propiciar diferentes relações, como o piso de madeira nas salas do núcleo terapêutico, garantindo maior sensação de conforto, as cores com a intenção de provocar estímulos referentes as atividades do ambiente, como os tons de azul e verde no núcleo terapêutico buscando estimular a calma, paciência, foco e consciência ambiental e tons de vermelho, laranja e amarelo nos núcleos artístico e dinâmico, estimulando a dinâmica, energia, criatividade.

Além da sua principal função de possibilitar a entrada de luz natural, as claraboias foram utilizadas também como forma de estabelecer uma inte-ração com o edifício. Assim, foi trabalhado com duas formas diferentes, sendo a primeira responsável por receber iluminação de forma indireta e pode ser apropriada como banco e a segunda, responsável pela recepção de luz direta que possui uma volumetria diferente e busca despertar curiosidade e o interesse quanto a forma, além de proporcionar diferentes relações e percepções a partir da observação dos ambientes de um ângulo diferente. Por isso, a cobertura sendo acessível, além de explorar a relação interno-ex-terno e todo o contexto visual do entorno, promovendo a consciência corpo-ral, cognitiva e ambiental dos autistas ainda estabelece a relação entre o indivíduo e o meio, a partir da interação com o próprio edifício.

Na área livre, foi trabalhado com diferentes materiais como a grama, areia e terra, já que muitos autistas possuem restrição quanto a essas textu-ras. Assim, utilizadas em locais de uso mais divertido, como o parque, é uma alternativa de estimular maior contato com esses elementos.

acessoprincipal via

viacalçada

pátioárea livretanque de areia

as claraboias localizada no segundo pavimento são para iluminação direta e indireta, já que são salas mais amplas e atividades mais dinâmicas que podem obter mais estímulos sensoriais. Assim, buscou-se explorar diferentes formas de relação com a luz natural, a partir de elementos que pudessem ser interativos.

conexão visual, promovendo a relação interno-externo que auxília no desenvolvimento da consciência corporal e ambiental, explorando,a partir do desnível, a visual existente para outras áreas da cidade.

claraboia de iluminação indireta, buscan-do estabelecer um ambiente bem iluminado a partir da luz natural e configurando um volume diferente na área de acesso.

1.002.00

5.50

8.90

15.00

praça públicacalçada

calçadavia

auditório

área livre

a praça pública busca explorar espaços de estar, com contato com a natureza, estabelecendo maior relação com o público externo, além de configurar um segundo acesso que direciona ao auditório.

auditório com possibilidade de abertura do palco para apresent-ções ao ar livre e área livre garan-tindo um espaço para asistir as apresentações, buscando maior interatividade e relação entre o indivíduo e o meio.

auditório com capacidade para 70 pessoas, respeitando a curva de visibilidade e os ângulos para as placas de reflexão, garantindo qualidade acústica.

1.002.003.00

5.50

8.90

15.0015.70

corte BBescala: 1/200

corte CCescala: 1/200

6|9

PRIMEIRO PAVIMENTONÚCLEO RECEPTIVO

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NÚCLEOTERAPÊUTICO

NÚCLEO terapêutico

ambientes internos

mobiliários

terapia ocupacional | fonoaudiologia | pedagogia

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NÚCLEOTERAPÊUTICO

espaços ao ar livre

amplidão

texturas cor

conforto lumínico

volumetria

interno - externo dinamicidade

salas: terapia ocupacio-nal, fonoaudióloga e

pedagogia

O núcleo terapêutico possui as terapias que necessitam de maior concentração e foco nas atividades, por isso foi utilizado cores que remetam a essas características, no interior e exterior do núcleo. A parte externa, possui a visual direcionada para uma área mais vegetada (praça pública), estabelecendo essa relação interno-externo. A fachada foi pensada como forma de diferencia-la, evidenciando um uso diferente, por isso busca remeter um caráter mais lúdico com os elemen-tos verticais coloridos que proporcionam uma dinamicidade e interatividade com o edifício e podem estabelecer um estímulo visual, tátil e sonoro.

Os ambientes internos estabelecem a mesma relação da área exter-na quanto as cores, a partir de conceitos da psicologia das cores. Há uma dinamicidade nos ambientes, a partir da multifuncionalidade sendo salas que possuem a possibilidade de integração entre elas, já que são divididas por painéis móveis, promovendo um atendimento multidisciplinar, quando necessário, já que são atividades correlacionadas. As salas possuem um layout que permite atividades no chão ou em mesas que podem ser dispostas para grupos ou individuais, já que são módulos que se encaixam de diferentes formas. Para garantir melhor produtividade nas terapias, é necessário que o ambiente seja adaptável as demandas do autista quanto aos estímulos, por isso foi trabalhado com brises móveis, possibilitando o controle da luz natu-ral, também é possível obter diferentes cenas de iluminação artificial, atra-vés dos rasgos criado no forro. Além disso, é um núcleo que possui isola-mento acústico com lã de PET.

Os mobiliários respeitam a questão da ergonomia, com mobiliários adequados para crianças e adultos. As mesas são módulos que podem ser configuradas de diferentes formas, seja coletiva ou individualmente. Os cantos arredondados foram utilizados para compor o espaço de relaxamen-to, com um mobiliário mais confortável e despojado e a delimitação do espaço com cor, proporcionando uma identidade visual quanto ao uso.

mobiliário para uso individu-al, com altura para criança e adulto, baseado no método TEACHH que determina a indicação de início, meio e fim para as atividades.

mesa - módulo individual

início

mesa - combinação de módulosdiferentes alturas

multifuncionalidade layout

mobiliários

identidade visual

texturas iluminação

cor

conforto lumínicoconforto acústico

O núcleo receptivo busca proporcionar relações interessantes com o indivíduo na área de acesso, com uma área aberta e ampla a relação entre interno-externo é bem presente, com uma cobertura que avança além dos edifícios criando um espaço convidativo, além de estabelecer uma relação visual com a paisagem existente, através dos painéis de vidro. Há também a relação visual com a praça pública que estabelece um espaço ao ar livre com áreas mais vegetadas. O volume se evidencia com os cantos arredondados, evitando assim as quinas repentinas e auxiliando os autistas quanto o deslocamento no edifí-cio, já que se tem um maior direcionamento. A claraboia de iluminação indireta, além de proporcionar um ambien-te mais iluminado, configura um volume diferente na área de acesso, buscan-do causar a curiosidade e despertar diferentes sensações e percepções atra-vés do olhar por outros ângulos.

meio

armário alto para uso mais restrito

fim

7|9

iluminaçãoconforto lumínico

SEGUNDO PAVIMENTO

1

pátio interno| arteterapia| refeitório

pátio interno

projeção primeiro pav.

NÚCLEOCOZINHA

123 4

ÁREA LIVRE(PÁTIO INTERNO)

NÚCLEOARTISTICO

conexão visual

circulação

3 sala de arteterapia

4 circulação/transição

Os ambientes estabelecem conexão visual entre si e entre a área externa, explorando as visuais como forma de buscar estimular a relação entre o indivíduo e o meio. As cores utilizadas no segundo pavimento são cores mais vibrantes e que segundo os conceitos da psicologia ambiental buscam estimular atividades mais dinâmicas e a criatividade. A iluminação natural foi amplamente explorada, através das esquadrias e claraboias que aparecem nos ambiente de buscando captar a iluminação direta e indireta, trazendo diferentes percepções.

O pátio interno configura um ambiente amplo e multifuncional, que pode se adaptar para diversas atividades. Se localiza entre o refeitório e a sala de arteterapia, por isso estabelece uma conexão visual direta entre esses ambientes e uma relação entre interno-externo.

2 cozinha e refeitório A cozinha e o refeitório são ambientes visualmente integrados entre si e com a área externa, promovendo a relação com o preparo do alimento e com as visuais presentes. A interação com esse tipo de atividade é importan-te, uma vez que estimula o aprendizado de tarefas cotidianas. Os mobiliários apresentam a questão ergonômica, sendo adequado a crianças e adultos e buscam remeter a um ambiente mais alegre com a utili-zação das cores, para que seja um espaço convidativo, já que é comum que os autistas apresentam restrição alimentar é importante que o ambiente seja agradável e estimulante.

A sala de arteterapia busca estimular a criatividade, por isso foi trabalhada a partir de um aspecto lúdico, através das cores e elementos presentes. As esquadrias funcionam como um painel pivotante e proporciona diferentes configurações para entrada de luz natural, causando assim diferentes aspec-tos e percepções no ambiente, além de remeter a um caráter dinâmico ao espaço com a interatividade do meio e usuário. A proposta para o espaço é que seja bem iluminado, portanto além da iluminação artificial, são presentes as claraboias de iluminação direta e indireta, promovendo diferentes percepções.

mobiliários compostos a partir de módulos, sendo acessivel para diferentes alturas.

No projeto, há corredores que além da função básica de espaço de circulação se configura também como um espaço de transição deum núcleo para outro. Para enfatizar essa relação e estabelecer um conforto maior eles foram trabalhados com uma dimensão um pouco mais ampla e que possa ser utilizado para outras funções também. Na imagem, o espaço de circulação faz também a transição entre o núcleo dinâmico e os sanitários, além de possuir o guarda-volumes. Assim como em todo projeto, foi trabalhado com a iluminação natural através das claraboias. Como a as atividades da associação buscam desenvolver atividades cotidianas, os sanitários foram projetados individualmente, com chuveiros, para que possa ser associado as atividades em casa, além de promover a autonomia. A identidade visual esta presente nas portas, buscando retratar um ambiente mais lúdico ao mesmo tempo de facilitar a informação por meio do visual.

Os mobiliários presentes na área do pátio interno buscam fortalecer a questão da dinamicidade e multifuncionalidade do espaço, podendo se configurar de diferentes formas. Além disso, promove aos usuários a questão da distância interpessoal, proporcionando distâncias adequadas para o contato ou não-contato com a possibilidade de apropriação do espaço de diferentes formas, seja individual ou coletivamente.

corconforto lumínico interno - externo

refeitóriopátio internosala de arteterapia

multifuncionalidade mobiliários

distâncias interpessoais

amplidão texturas

interno - externo dinamicidade

multifuncionalidade

dinamicidade

mobiliários texturascorinterno - externo

mobiliários corinterno - externo

mobiliários coridentidade visual

mesa para adultos mesa para crianças

8|9

ÁREAS EXTERNASCOBERTURA

A cobertura acessível proporciona diferentes relações entre o usuá-rio e o meio, sendo primeiramente a relação entre o interno e o externo, como forma de contemplar a paisagem existente e estabelecer relações sensoriais, assim como o desenvolvimento da consciência corporal, cogniti-vo e ambiental, favorecendo assim para o estímulo da integração sensorial, no sentido de perceber os estímulos sensoriais e saber assimilar e respon-der adequadamente aos estímulos. Além disso, há uma relação visual com o próprio edifício, sendo que a área externa ao café possui uma conexão visual com o pátio interno e a sala de arteterapia, possibilitando que os pais ou a comunidade externa observe as atividades que estão sendo desenvolvidas de forma indireta, sem que atrapalhe o rendimento das terapias. As claraboias presentes na cobertura, além de garantir a função de iluminação natural aos ambientes, proporciona uma interatividade e dina-micidade entre o usuário e o meio, provocando diferentes percepções com a possibilidade de observar o interior do edifício a partir de outra perspecti-va.

Praça pública A praça pública estabelece vários aspectos para a associação, sendo que proporciona a relação com uma área livre vegetada, com árvores de pequeno porte e arbustos, além de plantas aromáticas nos canteiros, estimulando o sensorial olfativo. O espaço promove maior integração com a comunidade externa, por configurar ambientes de estar, sendo também uma área de apoio a vizinhança que é constituída majoritariamente por edifícios residenciais. Além disso, também é um espaço de apoio aos acompanhan-tes dos atendidos da Aquarela, sendo mais uma possibilidade de ambiente de espera. A praça também é uma opção de acesso secundário, sendo que direciona diretamente ao auditório, como um espaço de chegada.

Ainda com a intenção de explorar as texturas, foi criado um percurso sensorial, com diferentes texturas, como areia, pedra, grama, madeira que pode ser utilizado como meio de brincadeiras para ajudar a processar os sentidos e a coordenação motora de forma lúdica.

A área posterior do auditório é voltada para a área livre, com o palco apresentan-do a possibilidade de se abrir para uma área de apresenta-ção ao ar livre.

área livre A área livre promove a interação com áreas mais vegetadas, com árvores frutíferas e plantas aromáticas, além de diferentes texturas, como a terra, areia e grama nas áreas do parque como forma de estimular o contato com os materiais, já que muitos autistas possuem restrições com essas texturas. Os brinquedos do parque buscam estimular vários sentidos, sobre-tudo o de propriocepção (senso do corpo no espaço), com elementos de escalada, pular e balançar, auxiliando no desenvolvimento do equilíbrio, coordenação e postura corporal. Há também brinquedos que estimulam o sentido auditivo, com a emissão de sons.

HORTA

ÁRVORES FRUTÍFERAS

PLANTAS AROMÁTICAS

PERCURSOSENSORIAL

BRINQUEDOS DE ESTÍMULO SENSORIAL

AUDITIVO

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