Boletim Epidemiológico Parecis ANO II N° I Janeiro/Fevereiro 2009

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Aumento no número de focos do mosquito da DDEENNGGUUEE sugere que a população não esta fazendo sua parte.

Todo mundo sempre tem alguma dúvida sobre a dengue, o importante é tirar essas dúvidas e ser ativo na luta contra o mosquito da dengue.

A dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, infectado pelo vírus, esse mosquito costuma picar durante o dia, principalmente no

início da manhã e no fim da tarde. Os sintomas da dengue incluem: febre, dor de cabeça, dor no

corpo, nas juntas e atrás dos olhos. A pessoa com dengue pode também apresentar manchas vermelhas pelo corpo, coceira e vômitos.

Os sintomas da dengue duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição, mesmo estando curada.

A equipe de Agentes Ambientais e de Controle de Endemias tem a difícil tarefa de, a cada dois meses, fazer pelo menos uma visita a cada domicílio da cidade em busca de focos do mosquito Aedes aegypti. E os resultados destas visitas são preocupantes, há um progressivo aumento do número de residências onde se podem encontrar locais ideais para procriação do mosquito transmissor da dengue.

Gráfico 01: Número de casos suspeitos de dengue em Campo Novo no último bimestre de 2008 e primeiro bimestre de 2009.

Gráfico 02: Número domicílios com focos do mosquito da dengue em Campo Novo no último bimestre de 2008 e primeiro bimestre de 2009.

Fonte: Vigilância Epidemiológica

Podemos observar um aumento de 60% no número de notificações de dengue no primeiro bimestre de 2009, o que é preocupante levando em consideração que é apenas o início da temporada de chuvas. Já o aumento no número de focos foi superior a 10% neste período. Falta de conscientização e apoio da população para manter seus terrenos livres de lixo e entulho e não jogar lixo em terrenos baldios podem ser as causas desse aumento.

O que a Secretaria de Saúde está fazendo? Desde antes do início do período crítico da dengue a Secretaria

de Saúde, através do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, Vigilância Sanitária e todas as Unidades Básicas de Saúde vêm desenvolvendo ações que visam conscientização da população acerca da importância de manter seus domicílios livres de criadores do mosquito da dengue; panfletagem em escolas, veiculação de notícias na mídia acerca do mosquito e da doença; borrifação de bloqueio na ocorrência de novos casos; borrifação de pontos estratégicos e nos bueiros (mais de 100 em todo o município) durante a madrugada.

Aumenta o número de casos de Diarréia em Campo Novo

Nas últimas semanas Campo Novo tem apresentado um importante aumento do número de casos de diarréia. Historicamente em época de calor e chuvas é encontrado um aumento do número de casos de diarréia de origem viral.

Este tipo de diarréia costuma durar entre dois e 14 dias. Os sintomas são: aumento do número de evacuações e fezes líquidas; vômitos, febre e dores abdominais também são comuns. Esta doença costuma ter um curso benigno, desde que a pessoa mantenha-se bem hidratada. Gráfico 03: Número de casos de diarréia por semana epidemiológica em Campo Novo. Fonte: Vigilância Epidemiológica

A Vigilância Epidemiológica e Sanitária entrevistou os pais das crianças hospitalizadas, realizou visita domiciliar, buscou informações junto ao Departamento de Água, realizou coleta de água em vários pontos da cidade e, até o momento não foi encontrado uma fonte de contaminação, o que ajuda a comprovar a origem viral destes casos. Além destas medidas, foi pedido ajuda à mídia (jornais, rádio e televisão) para divulgar as seguintes informações:

Medidas para evitar a diarréia: - Utilizar sempre água fervida ou filtrada, seja para beber, preparar sucos ou mamadeiras; - Impedir que as crianças brinquem nas águas que ficam acumuladas em poças durante e após as chuvas; - Utilizar o Hipoclorito fornecido nas unidades de saúde para tratar a água antes de beber (modo de uso no verso).

Sinais e Sintomas de desidratação grave - Olhos fundos - Olheiras - Boca seca - Inquietação - Choro sem lágrimas -Sede intensa

Caso a criança apresente estes sintomas, ou ainda se ela beber com dificuldade ou for incapaz de ingerir líquidos, procurar a unidade de saúde ou hospital imediatamente.

Para evitar a desidratação - Oferecer uma quantidade maior de líquidos; - Crianças que estão no peito devem continuar recebendo leite materno; - Caso a criança apresente vômitos, aumentar a quantidade de vezes que o líquido é ofertado, diminuindo o volume; - Logo após o início da reposição de líquidos é normal que aumente um pouco o número de episódios de diarréia; - O soro de reidratação oral, oferecido gratuitamente em todas as unidades de saúde deve ser utilizado sempre após cada episódio de diarréia.

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Prefeitura de Campo Novo do Parecis - Secretaria Municipal de Saúde - Departamento de Vigilância Epidemiológica

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Nascidos Vivos

Até o dia 28 de fevereiro de 2009, nasceram neste

município 68 crianças, destas: - Menos de 3% foram de baixo peso; - 29% foram de mães adolescentes (12 a 19 anos); - 4,4% são de mães que não fizeram nenhuma

consulta de pré-natal e quase 70% fizeram quatro ou mais consultas.

Mortalidade

Foram notificados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) 12 óbitos e destes, 01 em mulher e 11 em homens. Do total de óbitos 02 são em menores de menores de um ano. As principais causas de óbito na população geral foram Acidente Veicular (25%) e Afogamento (16,6%).

Fonte: Vigilância Epidemiológica Dados tabulados em 11/03/09, sujeitos a alterações.

Segue abaixo telefone e e-mail para contato em caso de dúvidas ou sugestões

Expediente: O Boletim Epidemiológico Parecis é uma publicação oficial do Departamento de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Saúde do Município de Campo Novo do Parecis. Prefeito: Mauro Valter Berft Secretária de Saúde: Solange Viana Garcia da Rosa Coordenador de Vigilância Epidemiológica: Enfº Carlos Alberto Teixeira Colaboradores: Irene Mendes Rocha Rosângela Pereira Lemes Sandro Cattaneo Endereço eletrônico: vigilanciaepidemiologicacnp@hotmail.com Telefones: 3904-2108/3904-2098

Caramujo Africano O caramujo-africano foi introduzido no Brasil na década de 80 para substituir o escargot na culinária. Os animais dessa espécie se alastraram por quase todo o Brasil, estabelecendo grandes

populações e se tornando séria praga agrícola, especialmente no litoral. Atacam e destroem plantações, com danos maiores em plantas de pequenos agricultores (mandioca e feijão). O caramujo africano pode ainda hospedar vermes causadores de doenças (meningite e perfuração intestinal). No ano de 2007 foram enviados caramujos coletados em nosso município para análise no Laboratório do Estado, em Cuiabá. Em nenhuma das amostras foi encontrado o verme causador de doenças, mesmo assim todo cuidado dever ser tomado ao se manusear os caramujos. Como eliminar o Caramujo Africano? A orientação é para que os próprios moradores façam o recolhimento dos caramujos, esta tarefa é segura, desde que tomados alguns cuidados: O manuseio dos caramujos deve ser realizado com a proteção de luvas ou sacos plásticos nas mãos (verifique se o saco e as luvas não estão furados). * Coloque os caramujos africanos em sacos plásticos e pise em cima com calçado adequado (tênis ou botas) para quebrar as conchas. * Após esses procedimentos os caramujos devem ser enterrados em valas de 80 cm, jogando cal virgem em cima dos caramujos mortos nos sacos (cuidado, pois a cal virgem pode causar queimaduras a pele). Depois cubra a vala com terra. Atenção: essas valas devem estar distantes de poços ou cisternas, na dúvida, as conchas quebradas podem ser mandidas em sacos plásticos e desperzadas para o recolhimento pelo caminhão de lixo. * Lave as mãos após esses procedimentos * Outra forma de eliminar os caramujos é colocá-los em uma mistura de água com sal (5 colheres de sal para cada litro de água), por três horas. Após mortos as conchas devem ser colocadas em sacos plásticos, amassadas e enterradas.

O que não fazer: * Nunca tocar a concha ou o corpo dos caramujos sem proteção; * Não “jogar sal” sobre os caramujos, além de ser não ser muito efetivo sai mais caro e contamina o solo e lençol freático. * O uso de moluscidas (veneno para matar caramujos) não é recomendado, pois além de eliminar os caramujos nativos, corre-se o risco de contaminações em adultos e crianças.