aulas upe - módulo 3 - parte 1 - resistência

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  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

    1/66

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Apresentao

    Prof. Alexandre Nicolaos Simos ([email protected])

    Graduado em Engenharia Naval e Ocenica, em 1995

    Mestrado e Doutorado em Engenharia Naval pela EPUSP-PNV,

    respectivamente em 1997 e 2001

    Pesquisador Visitante da Universidade de Michigan Ann Arbor em1999

    Ps-Doutoramento pela USP em 2002

    Professor Doutor junto ao Departamento de Engenharia Naval eOcenica da EPUSP desde 2002. Cursos ministrados:

    Mecnica dos Meios Contnuos (grad.)

    Mtodos Computacionais para Engenharia I (grad.)

    Princpios Gerais do Projeto de Veleiros (grad.)

    Hidrodinmica I (ps-grad.)

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Apresentao

    Pesquisa

    rea: Hidrodinmica de Sistemas Ocenicos

    Foco: Modelagem Analtica e Numrica

    Linhas Atuais:

    Estudo de Movimentos de 2a Ordem de Sistemas Ocenicos em Ondas(EPUSP/Petrobras)

    Estimao de Espectro Direcional de Ondas a partir dos Movimentos de umNavio Estacionrio (EPUSP/Petrobras)

    Interao Hidrodinmica nas Foras de Correnteza de um Sistema FPSO-

    Aliviador (EPUSP/Petrobras) Modelo de Air Gappara Plataformas Semi-Submersveis (EPUSP/Petrobras)

    Desenvolvimento de um programa de predio de velocidades (VPP) esimulador de manobra de veleiros (FAPESP)

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Apresentao

    Extenso

    Projeto e Construo deum Veleiro-Escola paraDeficientes Fsicos

    EPUSP/FEVESP/FINEP

    www.veleiro.usp.br

    http://www.veleiro.usp.br/http://www.veleiro.usp.br/
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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    O Mdulo 3: Parte I

    Data Perodo Horrios Assunto

    22/02/2007Quinta-feira

    Noite

    18:30h 19:20h Apresentao: Professor, alunos e mdulo 3

    19:20h 20:10h Resistncia ao Avano: Introduo

    20:10h 21:00h Resistncia Friccional

    21:00h 21:50h Resistncia de Presso Viscosa

    23/02/2007Sexta-feira

    Noite

    18:30h 19:20h Resistncia por Gerao de Ondas

    19:20h 20:10h Mtodos para Estimativa de Resistncia

    20:10h 21:00h Ensaios em Tanque de Provas

    21:00h 21:50h Estimativa de Potncia

    24/02/2007Sbado

    Manh

    08:00h 08:50h Comportamento no Mar: Introduo

    08:50h 09:40h O Ambiente Martimo: Ondas

    09:40h 10:10h Ondas Regulares

    10:10h 11:00h Ondas Irregulares

    Tarde

    13:00h 13:50h O Conceito de Espectro de Energia

    13:50h 14:40h Espectros de Energia Padro

    14:40h 15:30h Aspectos de Gerao de Ondas do Mar

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    O Mdulo 3: Parte II

    Data Perodo Horrios Assunto

    01/03/2007Quinta-feira

    Noite

    18:30h 19:20h Reviso dos Tpicos Anteriores

    19:20h 20:10h Equaes de Movimento e Perodos Naturais

    20:10h 21:00h Funes de Transferncia dos Movimentos

    21:00h 21:50h Exemplos

    02/03/2007Sexta-feira

    Noite

    18:30h 19:20h Clculo dos Movimentos: Cruzamento Espectral

    19:20h 20:10h Exemplo

    20:10h 21:00h Perodo de Encontro

    21:00h 21:50h Estabilizadores

    03/03/2007Sbado

    Manh

    08:00h 08:50h Manobrabilidade: Introduo

    08:50h 09:40h Modelagem Hidrodinmica

    09:40h 10:10h Ensaios em Tanque de Provas

    10:10h 11:00h Testes de Mar

    Tarde

    13:00h 13:50h Lemes: Principais Tipos

    13:50h 14:40h Foras e Torque

    14:40h 15:30h Discusso e Encerramento

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

    7/66Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoIntroduo

    Complexidade: Foras oriundas de efeitos da viscosidade dofluido e interao entre efeitos viscosos e de ondas

    Ainda hoje, o modelo de clculo se baseia em ensaios em tanquede provas

    Resistncia Hidrodinmica: Fora que se ope ao movimento

    de um corpo flutuante ou submerso

    Junto com o estudo de hidrostticae estabilidade, um dos tpicosfundamentais da Arquitetura Naval

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

    8/66Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    O Problema da Viscosidade

    Sir Isaac Newton

    V

    V

    y

    V

    V

    V

    V

    y

    dy

    dV

    Philosophiae Naturalis Principia (1687)

    Resistncia ao AvanoIntroduo

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

    9/66Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Somente 150 anos depois a equao de movimento do fluido foiformulada em sua forma atual, incluindo os efeitos da viscosidade(tenses de cisalhamento):

    zzzzz

    zz

    yz

    xz

    y

    yyyy

    z

    y

    y

    y

    x

    y

    xxxxx

    zx

    yx

    xx

    gz

    v

    y

    v

    x

    v

    z

    p

    z

    vv

    y

    vv

    x

    vv

    t

    v

    gz

    v

    y

    v

    x

    v

    y

    p

    z

    vv

    y

    vv

    x

    vv

    t

    v

    gz

    v

    y

    v

    x

    v

    x

    p

    z

    vv

    y

    vv

    x

    vv

    t

    v

    2

    2

    2

    2

    2

    2

    2

    2

    2

    2

    2

    2

    2

    2

    2

    2

    2

    2

    1

    1

    1

    Equaes de Navier-Stokes (1822)

    Propriedades da gua:

    /sm10

    salgada)(guakg/m1025doce)(guakg/m1000

    26

    33

    Resistncia ao AvanoIntroduo

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

    10/66Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    At hoje, no h soluo geral das equaes de Navier-Stokes

    Mesmo sua soluo numrica, atravs de algoritmos de CFD(Computational Fluid Mechanics), ainda muito limitada para oproblema de interesse (escoamento em torno do casco de umnavio)

    Resistncia ao AvanoIntroduo

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

    11/66Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoIntroduo

    Alternativas para reduzir a resistncia?

    1 - Planeio

    Requisito Bsico:Baixo Peso

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

    12/66Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Alternativas para reduzir a resistncia?

    2 - Hidroflios

    Resistncia ao AvanoIntroduo

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Nosso Foco: Navios Mercantes

    Resistncia ao AvanoIntroduo

    Requisito Bsico:Alta Capacidade de Carga

    Resistncia Elevada Alta Potncia de Motor

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Projeto de um navio:

    Geometria do casco j se encontra bem estabelecida para garantir um

    bom compromisso entre capacidade de carga, resistncia, estabilidade

    e conforto;

    Necessidade de se prever a resistncia ao avano de forma precisa

    para se determinar a potncia requerida de motor;

    Para isso precisamos conhecer os mtodos para clculo da resistncia

    ao avano.

    Resistncia ao AvanoIntroduo

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Componentes da Resistncia ao Avano

    Resistncia ao AvanoComposio

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Adimensionais que definem as caractersticas de resistncia

    Nmero de Reynolds

    Nmero de Froude

    Resistncia ao AvanoParmetros Importantes

    WLWLn

    VLVL

    R

    Caracteriza osefeitos viscosos

    WLn gL

    V

    F

    Caracteriza a

    gerao deondas

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Anlise Dimensional: Metodologia para identificao dosparmetros de controle de um problema em funo das varveispresentes Consiste em escrever a quantidade procurada em funo das

    quantidades bsicas: Massa (M) Comprimento (L)

    Tempo (T)

    Problema de Resistncia ao Avano de uma embarcao -Variveisenvolvidas:

    Velocidadeda embarcao (V); Tamanho da embarcao, que pode ser representado por L;

    Densidade do fluido( );

    Viscosidade do fluido( ); Acelerao da gravidade(g);

    Pressodo fluido sobre o casco (p);

    Resistncia ao AvanoParmetros Importantes

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Escrevemos a fora de resistncia (R), em funo das variveis doproblema

    Escrevemos cada varivel em funo das quantidades bsicas:

    E chegamos a:

    Resistncia ao AvanoParmetros Importantes

    fedcba pgLVR

    fed

    c

    ba

    LT

    M

    T

    L

    LT

    ML

    T

    L

    L

    M

    T

    ML

    2232

    fed

    Vp

    gLVVL

    LVR

    2

    2

    22

    222,,

    V

    p

    gL

    VVLf

    LV

    R

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia Friccional

    Componente de resistncia oriunda do atrito do fluido sobre ocasco

    Em ingls: Friction Resistance Notao:Rf

    Coeficiente de Resistncia Friccional:

    Modelo de Clculo: Fora equivalente sobre uma placa plana lisade mesma superfcie SW

    )(2/1 2

    00 n

    W

    FF Rf

    VS

    RC

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia Friccional

    Essa parcela de fora depende do escoamento na chamadacamada-limite

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia Friccional

    Como j havia antecipado Newton, a fora de atrito sobre a placadepender diretamente da viscosidade e da variao da velocidademdia do fluxo na chamada camada-limite.

    Visualizao da camada limite laminar em placa plana(Rn= 500):Condio de aderncia e espessura da camada limite.

    0.99V

    dy

    dV

    dy

    dV

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia Friccional

    A taxa de variao da velocidade na camada-limite depende dascaractersticas do fluxo, se laminar ou turbulento

    Experincia de Reynolds: Transio do escoamento em dutos.a) escoamento laminar (Rn= 1150); b) escoamento turbulento (Rn= 2520).

    Baixos valores de

    vazo/viscosidade

    VD/

    Altos valores devazo/viscosidade

    VD/

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia Friccional

    Taxa de variao da velocidade na camada-limite

    0.0

    0.1

    0.2

    0.3

    0.4

    0.5

    0.6

    0.7

    0.8

    0.9

    1.0

    0.0000 0.2000 0.4000 0.6000 0.8000 1.0000 1.2000

    v1/U

    x2/

    Blasius Turb

    Laminar

    Turbulento

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia Friccional

    Coeficiente de Atrito em Placa Plana

    Frico em placa plana sobre regime laminar e turbulento

    CL Turbulenta

    Transio

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia Friccional

    Em geral, no estudo de navios os nmeros de Reynolds sobastante elevados, tipicamente acima de 108.

    A camada-limite sobre o casco , assim, turbulenta. A funo que representa o coeficiente de atrito de uma placa plana

    em regime turbulento a chamada Linha de Schoenherr (1932):

    ITTC (1957): Nova aproximao levando em conta a influncia das

    formas usuais de cascos sobre o atrito.

    ).(log)(

    242.00102/1

    0

    Fn

    F

    CRC

    210

    2 )2(log

    075.0

    2/1

    nW

    FF

    RVS

    RC

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia Friccional

    ITTC (1957) X Schoenherr

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia Friccional

    CURIOSIDADE

    O menor atrito proporcionado pelo fluxo laminar levou a pesquisas

    sobre mecanismos de reduo da turbulncia na camada-limite, dando

    origem, por exemplo, ao desenvolvimento de:

    Mecanismos baseados na descarga de polmeros de cadeia-longa

    Revestimentos (shark-skin)

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia de Presso Viscosa

    Componente de resistncia oriunda do efeito da viscosidade sobre

    o campo de presso no casco

    Em ingls: Viscous-Pressure Resistance

    Notao:RVP

    Modelo de Clculo: No h mtodo direto para clculo dessaparcela. Uma estimativa da mesma pode ser obtida a partir deensaios em tanque de provas

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia de Presso Viscosa

    Desprezando os efeitos da viscosidade, a presso no fluido se

    relaciona com a velocidade do fluxo atravs da Equao de

    Bernoulli

    Nesse caso, o campo de presses sobre um corpo tal que a forade arrasto, obtida pela integral do campo de presso, NULA(Paradoxo de DAlembert)

    As regies de proa e popa so regies de presso mais elevada,enquanto o centro uma regio de presso menor

    cteghvp 2

    2

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia de Presso Viscosa

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia de Presso Viscosa

    Na realidade, porm, a presena da camada-limite altera o campo

    de presso

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia de Presso Viscosa

    Uma das principais alteraes decorre da separao da camada-

    limite, formando uma esteira rotacional jusante do escoamento.

    A separao normalmente ocorre quando o fluxo prximo ao corpo

    enfrenta um aumento mais intenso do campo de presso.

    Separao da camada limitena superfcie de um corpo rombudo;(a) corpo sem ponto saliente; (b) com ponto saliente (Batchelor (1970)).

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

    34/66

    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia de Presso Viscosa

    Em geral, quanto mais rombudo o corpo, maior a tendncia

    separao e maior a esteira

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

    35/66

    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia de Presso Viscosa

    A esteira provoca uma reduo do campo de presso na regio de

    popa do corpo.

    A diferena de presso entre proa e popa origina o que chamamos

    de arrasto de forma.

    sem viscosidade

    com viscosidade

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

    36/66

    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia de Presso Viscosa

    A resistncia de presso viscosa resulta, basicamente:

    Da modificao do campo de presso;

    Da gerao dos turbilhes (vrtices) na esteira;

    Os mtodos empregados para clculo da resistncia normalmente

    incorporam essa parcela atravs de um coeficiente de forma(k) do

    casco:

    Esse coeficiente obtido atravs de ensaios em tanque de provas.

    )1( kCC FV

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

    37/66

    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia de Ondas

    Componente de resistncia oriunda da gerao de ondas pelo

    casco. A quebra das ondas geradas, especialmente a onda de

    proa, tem influencia sobre a resistncia. Por essa razo costuma-

    se divid-la em gerao e quebra de ondas

    Em ingls: Wave Resistance(wave-makinge wave-breaking)

    Notao:RW

    Modelo de Clculo: No h mtodo direto para clculo dessa

    parcela. obtida em ensaios de tanque de provas juntamente com

    a parcela de presso viscosa.

    Mtodos numricos so capazes de fornecer uma boa previso da

    parcela de gerao de ondas, mas no recuperam os efeitos de

    wave-breaking.

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia de Ondas

    Gerao de ondas: perturbao do campo de presso do fluido

    (hidrosttico)

    cteghvp

    2

    2

    Aumento da presso Elevao da Superfcie

    Reduo da presso Depresso na Superfcie

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

    39/66

    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia de Ondas

    Estudo de Wigley (1931): Identificao dos sistemas de ondas

    Primrio(comprimento

    fixo)

    Secundrio(comprimento

    varia comV)

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia de Ondas

    A combinao das componentes forma o trem de ondas

    caracterstico:

    19,5o

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia de Ondas

    A amplitude de onda gerada varia tipicamente com V2

    A energia de onda varia com aA2

    Assim:

    Sobre essa variao mdia, h outra imposta pelo padro de

    interferncia do sistema secundrio

    4

    22/1V

    VSRC

    W

    wW

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia de Ondas

    Construtiva

    Destrutiva

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia de Ondas

    Curva tpica de resistncia de ondas (CW x Fn)

    construtiva

    construtiva

    destrutiva

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia de Ondas

    Acima de uma certa velocidade,a onda de proa quebra e issoinfluencia a composio dosistema de ondas.

    Em geral, o efeito um aumentode resistncia.

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia de Ondas

    Bulbos de proa so dispositivosprojetados para reduzir aamplitude da onda de proa e,assim, a resistnciaRW

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia Total

    Alm das trs principais componentes de resistnciahidrodinmica, algumas outras merecem destaque:

    Resistncia Aerodinmica Atrito e separao da camada-limite aerodinmica sobre o casco emerso e

    super-estrutura;

    Normalmente incorporada atravs de modelos simplificados (ex ITTC1978).

    Resistncia Adicional em Ondas (Added Waves Resistance) Acrscimo de resistncia do navio quando navegando em ondas;

    No h mtodo direto para seu cmputo; Estimativas baseadas em ensaios de reboque em ondas;

    Como medida de projeto, algumas vezes considera-se um coeficiente deaumento de resistncia em ondas.

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoResistncia Total

    Proporo caracterstica entre as componentes de resistncia ao avano

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoMtodos de Clculo

    Estimativas Preliminares:

    Sries Sistemticas

    Conjunto de regresses sobre resultados experimentais;

    Ensaios de modelos com variao sistemtica dos parmetros geomtricos

    (L/B, B/T, CB, CP, etc); Sries para navios mercantes (ex. Srie 60, Srie de Taylor) desenvolvidas at a

    dcada de 70;

    A maioria das sries para navios mercantes se encontra ultrapassada.

    Regresses Estatsticas Baseadas em resultados obtidos para um grande conjunto de navios de

    diferentes tipos;

    Ex: Holtrop-Mennen, Lap-Keller, Hollenbach;

    So encontradas em diversos sistemas de CAD de aplicao naval.

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoMtodos de Clculo

    Estimativas Preliminares:

    Navio Semelhante

    Comparao com navio semelhante (parent ship), caso exista;

    Fator de converso mais comum: Coeficiente de almirantado

    Potncia

    V3/23

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoMtodos de Clculo

    Determinao da Resistncia: Ensaios emTanque de Provas

    Realizados nos chamados tanques de reboque (towing-tanks)

    No Brasil: Tanque da Diviso de Transportes do Instituto de Pesquisas

    Tecnolgicas do Estado de SP (IPT)

    Dimenses

    L: 240 m

    B: 6 m

    H: 5 m

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoMtodos de Clculo

    Emprego de Modelos em Escala Reduzida

    Fator de escala:

    l

    rm L

    L

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoMtodos de Clculo

    Problema: Impossvel manter a semelhana deRn eFnsimultaneamente

    Impondo a igualdade deFn:

    Impondo a igualdade deRn:

    r

    n

    rrmmm

    n RLVLV

    R

    rm

    rrm

    VL

    LVV l

    r

    nr

    r

    m

    mm

    n FgL

    V

    gL

    VF

    l

    r

    r

    mrm V

    L

    LVV

    Invivel

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoMtodos de Clculo

    EXEMPLO: Navio Petroleiro (escala 1:100)

    m/s03,1m

    V

    m/s3,10kn20

    m16

    m40

    m200

    r

    r

    r

    r

    pp

    V

    T

    B

    L

    m16,0

    m40,0

    m00,2

    m

    m

    m

    pp

    T

    B

    L

    Mesmo Fn

    Mesmo Rn m/s1030mV

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoMtodos de Clculo

    EXEMPLO: Navio Petroleiro (escala 1:100)

    m/s3,10

    m16

    m40

    m200

    r

    r

    r

    r

    pp

    V

    T

    B

    L

    m/s03,1

    m16,0

    m40,0

    m00,2

    m

    m

    m

    m

    pp

    V

    T

    B

    L

    Semelhana de RWr

    n

    m

    n FF 23,0

    906,2606,2 ERERr

    n

    m

    n Diferena no nvel deturbulncia dacamada-limite

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoMtodos de Clculo

    Necessidade de garantir

    a turbulncia na

    camada-limite do

    modelo

    Dispositivo: Excitadores

    de Turbulncia

    Pinos

    Faixas de Areia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoMtodos de Clculo

    Metodologia para clculo da resistncia a partir dos ensaios:

    Proposta Original: William Froude (1870)

    Separao dos efeitos viscosos e de ondas

    Procedimento para determinar

    Similaridade de Froude:

    r

    TR

    mrVV .l

    r

    n

    m

    n FF

    )()( nWnFT FCRCC

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoMtodos de Clculo

    Proposta Original: William Froude (1870)

    Procedimento

    1. Mede-se a resistncia total do modelo com velocidade

    2. Desconta-se a parcela friccional (placa-plana) para obter a

    resistncia de ondas

    3. Como

    l

    rm VV

    r

    n

    m

    n FF

    )(0m

    n

    m

    F

    m

    T

    m

    W RCCC

    2)(2/1 mm

    W

    mTm

    TVS

    RC

    ).(log242.0

    010

    0

    m

    F

    m

    nm

    F

    CR

    C

    mW

    rW CC

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoMtodos de Clculo

    Proposta Original: William Froude (1870)

    Procedimento

    4. Calcula-se o coeficiente de resistncia total do navio:

    5. Obtem-se a resistncia total do navio para velocidade de avano rV

    mW

    rn

    rF

    rT CRCC )(0

    r

    T

    rr

    W

    r

    T CVSR2)(

    2

    1

    ).(log242.0 0100

    rF

    rn

    r

    F

    CRC

    Problema: No considera a resistncia de presso viscosa, que

    tambm varia com o nmero de Reynolds

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoMtodos de Clculo

    Comparao entre medidas em Escala Real e em Escalas Reduzidas

    CVP

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoMtodos de Clculo

    Metodologia proposta pela ITTC 1978

    Baseada no Mtodo de Froude, com alguns aprimoramentos:

    Mantm similaridade de Froude:

    CF calculado pela linha ITTC 1957:

    Incluso da resistncia de presso viscosa atravs de um fator de

    formak

    Incluso de fator de rugosidade do casco CAdo navio real

    Incluso de um fator de resistncia aerodinmica CAAdo navio real:

    mr VV .l

    2

    10 )2(log

    075.0

    n

    FR

    C

    AAAWFT CCCCkC )1(

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoMtodos de Clculo

    Procedimento ITTC 1978

    1. Mede-se a resistncia total do modelo:

    2. Desconta-se o coeficiente de resistncia viscosa para obter o

    coeficiente de resistncia de ondas:

    3. Calcula-se o coeficiente total do navio real:

    4. Resistncia total do navio:

    AAAm

    Wr

    Fr

    T CCCCkC )1(

    mr VV .l

    2

    10 )2(log

    075.0

    m

    n

    m

    FR

    C

    W

    TAA

    S

    AC 001.0

    m

    F

    m

    T

    m

    W CkCC )1(

    2)(2/1 mm

    W

    m

    TmT

    VS

    RC

    2

    10 )2(log

    075.0

    r

    n

    r

    FR

    C

    novos)(cascos00041.0AC

    r

    T

    rr

    W

    m

    TCVSR 2)(

    2

    1

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoMtodos de Clculo

    Procedimento ITTC 1978

    5. O fator de forma, considerado o mesmo para o modelo e o navio real,

    obtido a partir da seguinte regresso sobre os resultados de

    ensaios com diferentes velocidades:

    mF

    bmn

    mF

    mT

    C

    Fak

    C

    C )()1(

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    Especializao em Engenharia Naval Mdulo 3: Hidrodinmica

    Resistncia ao AvanoPotncia Requerida

    Potncia Efetiva: Potncia requerida para o navio se deslocar

    com velocidade de avano constante V

    Em ingls, Effective Horse Power(EHP)

    A potncia instalada para mover o navio com velocidade V

    dever ser maior em virtude de fatores como eficincia do

    propulsor, eficincia da transmisso, eficincia do motor, entreoutros.

    Maiores detalhes sero vistos no Mdulo 5

    VREHP T

  • 7/31/2019 Aulas UPE - Mdulo 3 - Parte 1 - Resistncia

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    Resistncia ao AvanoPotncia Requerida

    Exemplo: Estudo de resistncia de um navio indicaram que o

    coeficiente de resistncia total para uma velocidade de 15 ns

    CT=0,0032.

    Sabendo que Lpp = 140m, SW = 3300m2

    , calcule a potncia efetiva(EHP).

    Considerar: = 1025 kg/m3