aulas, discussões, conteúdos

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Disciplina: Filosofia da(s) Ciência(s) 60 hs – 15 encontros Pluralidade – ética/estética da disciplina; Ciência enquanto pluralidade; O que é Ciência? – Comprovação, Método, oposição aos mitos, (Complexidade?) O que é Filosofia da Ciência? Filosofia não necessita de comprovação empírica; argumentação/demonstração; Epistemologia(?); Pensamento a respeito da ciência; Ciência pós-Segunda metade do século XX (Complexidade); Contraposição à Ciência Moderna; Etnociências; Surgimento de novos estatutos; Discursos sobre a ciência; (Política, ética, estética - aesthesis); Modernidade: Segurança, conhecimento indubitável, Progresso, melhoria da condição de vida; ideia de validade universal da ciência; Pós-modernidade: Dúvida, complexidade, insegurança; sem fundo histórico; vazio; Romper com o fenomênico (demonstrável) Kantiano (Séc. XVIII); O motor da ciência, hoje, é o dinheiro das grandes empresas; Criação de novos mercados; Fim do espanto e admiração e início da motivação pelo K - sobrevivência; ( Quem financia a ciência hoje?) Texto I – Que é a Ciência? (ZIMAN, John) – Conhecimento público. Edusp (1979). pp. 17-28; [Discussão: o que é e o que não é ciência.] Dispositivo cultural (Constructo) – Ciência, religião, arte, filosofia, direito, técnicas em geral; Ciência e outras formas cognatas do pensamento (Religião, filosofia, direito...) se equiparam; (cheiro de Boaventura de Sousa Santos – Ecologia dos Saberes) – Ciência é informação; dispositivo informacional; ela não age no corpo, mas dirige-se

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Anotações da disciplina Filosofia da Ciência feitas pelo discente d

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Page 1: Aulas, discussões, conteúdos

Disciplina: Filosofia da(s) Ciência(s)

60 hs – 15 encontros

Pluralidade – ética/estética da disciplina; Ciência enquanto pluralidade;

O que é Ciência? – Comprovação, Método, oposição aos mitos, (Complexidade?)

O que é Filosofia da Ciência? Filosofia não necessita de comprovação empírica; argumentação/demonstração; Epistemologia(?); Pensamento a respeito da ciência;

Ciência pós-Segunda metade do século XX (Complexidade); Contraposição à Ciência Moderna; Etnociências; Surgimento de novos estatutos;

Discursos sobre a ciência; (Política, ética, estética - aesthesis);

Modernidade: Segurança, conhecimento indubitável, Progresso, melhoria da condição de vida; ideia de validade universal da ciência;

Pós-modernidade: Dúvida, complexidade, insegurança; sem fundo histórico; vazio;

Romper com o fenomênico (demonstrável) Kantiano (Séc. XVIII);

O motor da ciência, hoje, é o dinheiro das grandes empresas; Criação de novos mercados;

Fim do espanto e admiração e início da motivação pelo K - sobrevivência; (Quem financia a ciência hoje?)

Texto I – Que é a Ciência? (ZIMAN, John) – Conhecimento público. Edusp (1979). pp. 17-28;

[Discussão: o que é e o que não é ciência.]

Dispositivo cultural (Constructo) – Ciência, religião, arte, filosofia, direito, técnicas em geral;

Ciência e outras formas cognatas do pensamento (Religião, filosofia, direito...) se equiparam; (cheiro de Boaventura de Sousa Santos – Ecologia dos Saberes) – Ciência é informação; dispositivo informacional; ela não age no corpo, mas dirige-se primeiro à mente; Todos são coisas imateriais (ciências, artes, direito);

Onde elas são dessemelhantes? Ciência é o domínio do ambiente (Concepção vulgar); Ciência e seus produtos; (na verdade, esse é o resultado dela); Ciência não é tecnologia; (Pensar as revoluções tecnológicas pelas quais passou a humanidade – Revolução neolítica; Tecelagem, Cerâmica, Sementes e domesticação dos animais);

Penicilina não é ciência, assim como a catedral não é a religião; Não confundir ciência com seus produtos; (Ver o Pensamento Selvagem [a ciência do concreto], C. Levy Strauss;

“A ciência é o estudo do mundo material” (vulgar) – ideia de verdade, concretude;

Filosofia da natureza; Cientista é, antes de tudo, um imaginador;

Ciência é o método experimental; Bacon e a apologia do empírico;

A ciência e os não-saberes;

Page 2: Aulas, discussões, conteúdos

Século XIX – Ciência e Progresso – Todo tipo de conhecimento quer ganhar o status de ciência;

Texto II – O que é ciência, afinal? CHALMERS, Alain. – Para a próxima aula;

Por que a ciência ganhou tamanha importância?

Filosofia da Ciência – Criar email da sala –

Avaliação: Texto/esboço justificando o interesse do aluno sobre a filosofia da ciência;

Prazo: 13/10/2014

EMENTA:

Parte II

A PROBLEMÁTICA DA TÉCNICA; A MÁQUINA (um agenciamento – Frederic Vendeon);

Parte III

A CIÊNCIA E SUA RELAÇÃO COM A TÉCNICA (é possível fazer ciência sem a técnica?);

Metodologia:

Abordagem interdisciplinar; antropologia e sociologia da ciência (para além da filosofia da ciência);

Bibliografia: Filosofia da Ciência: Pascal

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Aula II (22/09/2014)

Discussão da ementa

Unidade II – Técnica e Máquina

2.1 O conceito de máquina e técnica;

2.2 A técnica enquanto dispositivo que teria antecedido à ciência

Unidade III

3.1 A ciência e sua relação com ao técnica;

Page 3: Aulas, discussões, conteúdos

3.2 A ciência como um dos dispositivos técnicos;

3.3 A tecnociência e seu(s) descontroles;

3.4 A II Guerra, a eugenia, a transgenia e a criogenia;

Conjunto de conhecimentos, teorias e hipóteses referentes ao mesmo objeto e domínio, que mais constrói do que constata; Provisoriedade; as teorias mudam; Nenhuma ciência é eterna; (há evolução na ciência?) Conjunto ordenado; Progresso a partir de Refutações e conjecturas(hipóteses); (Popper - falsificada); do contrário, seria um dogma; “Nem tudo que é verdadeiro é científico; (Verbete Ciência - Dicionário);

Parece-me que todo os tipos de saberes reivindicam o estatuto de ciência; nosso discurso é pré-darwiniano: “Ciência é algo sofisticado e natureza é algo rude. Logo, somos anti-naturais quando nos colocamos numa perspectiva tecnicista;

O que é a natureza? Coisas ou processos? Parmênides ou Heráclito: as coisas são ou estão em devir;

Concepções da Natureza:

A. Coisa estúpida, passiva, sem reação; Ela sofreria os efeitos da ação humana; XVII – Bacon e Descartes;

B. Algo mecânico, legaliforme; (Newton) C. Algo que comporta processos criativos em consonância com processos da cultura;

Somo seres naturais: O que nos diferencia dos outros seres? Necessidade de Transcendência;

Popper: “Marxismo e psicanálise não são ciências.”

Ciência – saber seguro, certezas; Física quântica é uma ciência?

Comentários: Evolução da ciência como a produção da sua crítica; Desconfiança como produto de uma evolução?

Há evolução na ciência?

O prof. Organizou um questionário de 05 perguntas a partir da leitura de CHALMERS – O que é a ciência afinal?

O nosso imaginário – literatura – projetou uma ideia de ciência; o mito do ‘cientista’; CIÊNCIA E PRESTIGIO; AURA SOCIAL SOBRE A CIÊNCIA E TUDO QUE SE RELACIONA A ELA; Ciência = promessa de certeza; Universidade se aliou à ideia de ciência (e ao seu prestígio);

Page 4: Aulas, discussões, conteúdos

P/ próxima aula: Quem foi Feyerabend e o que ele defendia mas que Chalmers não admitia?

Denilton Carlos Gaio (Departamento de Física da UFMT)

O conceito de INÉRCIA e sua importância;

Renascimento, Grandes Navegações, - Astronomia entre os babilônios; Entre os povos indígenas;

Astronomia e tempo; Vida – colheita, plantação (agricultura)

Fixação, domesticação dos animais pelo uso dos animais;

Parmênides de Eléia (514 – 450 a.C.)

Dica: Série Cosmos e Carl Sagan (youtube)

Aristóteles (Século IV a.C) e sua Ciência (animismo) – Divisão de Mundo Sublunar (Imperfeito, com os elementos Fogo, ar, água e terra) e Sobrelunar ou supralunar (Perfeito); Ideia de centro da terra;

F= Força R= Resistência [Quanto menor a resistência, maior a velocidade]; sem força não há movimento;

Não existe vazio / vácuo;

IMPETUS – Exemplo: jogar bola para cima

Supralunar: éter (Planetas – estrelas errantes)

Quem salva as aparências? Ptolomeu (Al Magesto)

Aristóteles e as místicas;

Ética Cósmica - Movimentos naturais – Não-mudança;

Copérnico: o Sol no centro do Universo; Adaptação da ideia do Ptolomeu (?)

Kepler – astrônomo dinamarquês; Leis de Kepler;

Galileu Galilei (1564 – 1642): 1609 – Luneta – experimentação (Primeira Vez);

Com a visão supralunar, começa a cair o mundo aristotélica;

Sem força (atrito) o movimento será constante; (Galileu)

Descartes – Propositor do conceito de inércia; Mas Newton é quem formula o conceito de forma consistente, a partir do conceito de força; Para Newton, não há a divisão entre mundo sub e supralunar;

Galáxia, galáxias, grupos de galáxias,

Mecânica Clássica – Newton – Filosofia Natural; Alicerce da Física; Força, Massa, Movimento;

A questão da representação dos fenômenos científicos: dificuldades; Quando se discutiu isso; noção de verdade; Rastro da verdade; Desconfiança com relação ao homem ter chegado à lua;

Newton inventa o mundo e sua ideia de universalidade a partir da extensão das leis;

Page 5: Aulas, discussões, conteúdos

Heisenberg; Mecânica Quântica, incerteza;

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24/11/2014

Nos constituímos enquanto seres técnicos (Sloterdijjk sobre Heidegger)

“O teorema central da antropotécnica diz: o homem é, no fundo, um produto e

só pode ser compreendido — dentro dos limites do saber atual — na medida em que

forem identificados os procedimentos de sua produção” (06)

Pensar com Heidegger contra Heidegger (06)!!!!!

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15/12/2014

Peter Sloterdijk – regras para o parque humano;

Antropotécnicas – técnicas que incidem no corpo do ser humano;

Projeto Zaratustra e o super-homem nietzschiano;

O que nos fez humanos?

Domesticação e seleção (de embriões e outros);

Educação, domesticação, produção do homem; Arte de entrelaçar, compor, governar;

Política é lidar com os fios, ou seja, com aquilo que os humanos oferecem; (Platão, A República)

Domesticar – domus, domar; apequenar; domesticamos e somos domesticados, endireitados, lobo que vira cão;

NIetszche –

Heidegger – o homem tem de se libertar da técnica; o homem é o pastor do homem;

Você não pode virar cão;

O homem se faz por meio de procedimentos tecnológicos;

O humanismo faliu (1946) – Heidegger;

Page 6: Aulas, discussões, conteúdos

Heidegger – Novo adestramento (discordância/polêmica com Sloterdijk) – em “Regras para o Parque Humano”; Contestação da negação da transitividade entre o humano e a técnica; Heidegger – técnica deve ser rechaçada; Tecnófobo; Pense sobre a técnica para deixa-la fora do seu mundo;

Carta sobre o humanismo – Ataque de H. ao cristianismo, marxismo e ao existencialismo; ilusões sobre a essência do humano; Existencial-ontológico (modo correto, segundo H.; O que é o homem? Ser e tempo – definir o homem como um animal racional; negava H a transitividade entre o animal e o homem; o homem não tem animalidade no homem; o homem é um ser dado, e não uma travessia, como aparece no Zaratustra de Nietzsche; a essência do homem não uma coisa zoológica ou biológica; o homem está mais perto de deus do que do animal; o homem opera o mundo; por isso o humano é ontologicamente diferenciado dos animais e plantas; cuidar do ser; o essencial não é o homem, mas o ser; guardar o ser e corresponder ao ser; o lugar, a clareira; o lugar em que o chamado se revela;

Império da técnica – Heidegger; radicalização do conceito de técnica; domestica-te a ti mesmo, assim como doméstica o teu próximo; Domestica uma planta e se auto-domestique, discipline;

Política (os Pensadores, p. 320 – Livro 06); e República de Platão (Lições de antropotécnica) – Política é a arte de unir e separar; Dirigente é quem sabe separar, distinguir, discriminar. O que não mistura alhos com bugalhos;

Pastoreio = cuidado (pastoreio do ser)

Ciência e valor+Rubem Mariconda;

Page 7: Aulas, discussões, conteúdos