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    EM NOME DA SADE DO CORPOSOCIAL

    CARMEN LCIA SOARES

    AMARGOSA/BA

    UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECNCAVO DA BAHIACENTRO DE FORMAO DE PROFESSORES

    CURSO DE EDUCAO FSICA

    PROF ANDERSON DA CUNHA BAIA

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    Visando a constituio da identidade docente e do exerccio de

    uma prtica reflexiva pelos/as discentes, a Prtica de Ensino(PE) no curso de Educao Fsica da UFRB deve contemplaratividades desenvolvidas no espao escolar ou em outros

    ambientes educativos, objetivando de forma prioritria uma

    aproximao entre os espaos de formao e de exerccio dadocncia com nfase na articulao entre formao terica e a

    prtica pedaggica. Nessa perspectiva, a prtica de ensino seapresenta de forma transversal no currculo, incentivando a

    apropriao do exerccio de uma prtica pedaggica que

    privilegie a investigao permanente de seu cotidiano, a partir de

    demandas da profisso docente sinalizadas e trabalhadas em

    diferentes componentes curriculares.

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    Considerando algumas condies como o horrio de funcionamentodo curso (noturno) e, consequentemente, a carga horria totalreduzida, optou-se pela integrao da prtica de ensino aos

    componentes curriculares privilegiando os Ncleos de EstudosPedaggicos e de Estudos Especficos. O professor de cadacomponente curricular ser responsvel por planejar, organizar e

    averiguar o desenvolvimento da PE.

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    A Prtica de Ensino, quando realizada nos ambientes escolares,dever contemplar as diversas dimenses da docncia na escola

    como a gesto, a relao escola-comunidade e as reunies

    pedaggicas e formativas, aproximando o/a acadmico/a dadinmica desta instituio educativa. Alm de considerar estesaspectos, ser desenvolvida com base na observao,

    contextualizao, reflexo e resoluo de situaes que sedesenvolvem no exerccio de prticas educativas. Dentre s aes possveis esto as visitas de reconhecimento, entrevistas,

    observaes dirigidas, elaborao e anlise de material didtico,

    vivncias prticas de atividades didtico-pedaggicas podendo

    estar relacionadas a projetos institucionais de pesquisa e extenso,

    aes relativas a planejamento e avaliao do processo

    pedaggico. Sugere-se, ainda, a realizao de seminrios quepossam divulgar entre os/as acadmicos/as as experincias vividas

    no componente curricular, inclusive de forma interdisciplinar.

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    Captulo 2: Emnomedasadedocorposocial...

    Estrutura:Item 1 InstituioescolareeducaoFsica: contribuioparamantereprevenirasadedocorposocialItem 2 Espaoda EducaoFsicana EducaoItem 3 Asescolasdeginstica: sade,disciplinaecivismo

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    Item 1 Instituio escolar e educao Fsica: contribuio paramanter e prevenir a sade do corpo social

    - Idias presentes em meados de 1800 em pases da dupla revoluo:. Fora fsica interfere na prosperidade da nao

    . Proprietrios dos meios de produo sabiam que o vigor fsico eraessencial para o avano do capital

    . Era preciso investir no corpo do trabalhador: investimento limitado.

    . A Escola foi uma das instituies sociais que contribuiu para adisciplinarizao e adestramento do corpo.

    . A escola contribui na formao do novo homem idealizado peloEstado burgus.Na escola, interessa a autora como o contedoexerccio fsico se constri a partir de conceitos mdicos.

    . A expanso da escola primria foi uma estratgia de difuso de umsaber prprio de uma classeburguesia.

    . A escola um fenmeno acidental ou pensado?

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    . A escolasemodificaemfunodosinteressesdopoder. Nomomentodarevoluoindustrial,segundoosinteressesdocapital.. A escola legitima conceitos bsicos construdos naquele momento(liberdade, igualdade, etc), apresentando significados que sustenta asdesigualdades sociaisviso biologicista.

    . A revoluo industrial exigia um trabalhador com a formao mnima.Era preciso instruir o povo. Mas uma educao de classe!

    . A autora trabalha alguns posicionamentos de intelectuais europeus John Locke: ordem social estabelecia a existncia de ricos e pobres.Deveria ter educao para ricos e educao para pobres. Foi preceptor e

    na sua concepo de educao, utilitria, havia uma preocupao com ocorpo.

    Rousseau: postulava uma educao da elite (Emlio). No sepreocupava com a educao do povo. Vincula a educao ao ensino de

    coisas teis. Exerccio fsico tem um peso importante.

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    Condorcet: Sem ser profissional da educao, se ocupou de elaborar

    propostas educacionais. Pregava um ensino pblico, gratuito e laico.Ele obriga o Estado Francs a dar instruo ao povo. Instruo, paraele era diferente de educao. A instruo era obrigao do Estado.Pensou-se em nveis de educao, segundo a capacidade do aluno.Sustentava uma classificao de acordo com a condio de classe. Asescolas pblicas propostas eram frequentadas pela classe mdia e alta,pois os pobres precisavam trabalhar para sobreviver.

    Leppelletier: elaborou um plano nacional de educao na Frana.A pesar da educao para todos, sua proposta fica mais no discurso.

    Havia presena de exerccios fsicos. Basedow: criou uma escola inspirado nos ideais de Rousseau.Pensava na grande escola (para o povo) e na pequena escola (para aelite). Os ltimos deveriam estudar mais, porque iriam mais longe. Osprimeiros deveriam fazer mais trabalhos manuais, porque precisavam

    disso.

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    Pestallozzi: Pestallozziolhavaparaospobres,massemavisodequemfossemoutracoisa. A educaodopovodeveriaprepararparacontinuarsendopovo.

    2. O Espaoda EducaoFsicana Educao

    . Revoluo operria (1848) inicia um movimento de conquistastrabalhistas

    . Momento de grande expectativa no campo educacional

    . Momento da importncia do trabalho, mas a burguesia pensa numaeducao da elite divorciada do trabalho. Focava-se nas cincias e natcnicas modernas.

    . Sente-se a necessidade de educar o povo. Mas deve-se tomarcuidado para o trabalhador no se tornar independente e menos

    humilde.

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    . Depois de degenerar fisicamente o trabalhador, era preciso regener-lo fisicamente.

    . Renegerar o trabalhador sem alterar substancialmente sua condiode vida e de trabalho.

    . A extenso da escola primria ao povo foi visto como forma de

    controle social. O exerccio fsico ganha espao nesse tipo deformao.

    . A ginstica apresenta carter conservador e autoritrio.

    . A falta de cuidado com o corpo (doenas, por exemplo) no maiscastigo divino.

    . O espao dado a educao fsica representa um avano e um atrasopara a educao. Avano porque insere a laicidade na escola (corpono mais dirigido por questes religiosas) e atraso porque significadisciplinarizao, domesticao do corpo.

    . Educao Fsica: filha do liberalismo e do positivismo

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    . Naprimeirametadedosculo XIX a EducaoFsicasistematizadaemmtodos,ganhastatuscientficosevistacomoograndebemparatodososmales. A EducaoFsicaaserviodahigienizaodasociedade.

    . Criao,apartirde 1800,demtodosginsticos(ouescolas) Alemanha,Frana, Suciae Inglaterra(maisvoltadoaoesporte) quesotransplantadasparaoutrospases.. Independentedosmtodos,apresentavamasseguintescaracteristicassemelhantes: regenerararaa;promoversade;desenvolveravontade,coragem,fora;desenvolveramoral.

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    Escola Alem

    - Surge para cumprir funes militares, pois faltavaunidade territorial e precisavam criar um sentimento

    nacional

    - Acreditavam que o esprito nacionalista e o corpo saudvel poderia serdesenvolvido pela ginstica

    - Guts Muths: idealizador

    -> Acreditava na Ginstica organizada pelo Estado e todos os dias, para homens, mulheres e crianas mais voltado para a sade emoral.

    - FriederichJahn

    -> Alm do carter moral e da sade, Jahn acentua o carter militar

    da ginstica

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    - Cria os Turnen (movimento ginstico, paradissemina-la s massas, visando tornar os corpos geis,

    fortes e robustos; alm do carter patritico e moral.

    - O investimento no corpo dos indivduos, atravs da ginstica de

    massas, ou daquela ministrada nas escolas, considera, no limite, cadaindivduo como um soldado que repete na disciplina um gesto idntico(SOARES, 2001:56)

    - No Brasil, o mtodo alemo chegou no incio do sculo XX, atravsde imigrantes que a tinham como hbito de vida. Por volta de 1860,torna-se mtodo oficial do exrcito brasileiro. Em 1912 o mtodo substitudo pelo Francs.

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    Obstculosartificiais.

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    - A Escola Sueca

    Voltado para extirpar os vcios da sociedade, entre os quais oalcoolismo, o mtodo sueco de ginstica se colocava como o

    instrumento capaz de criar indivduos fortes, saudveis e livres devcios, porque estavam preocupados com a sade fsica e moral. Essesseriam os indivduos necessrios, j que seriam teis produo e ptria. Bons operrios, uma vez que a Sucia d inicio ao processo deindustrializao, e bons soldados, uma vez que a ameaa de guerras

    estava presente. (SOARES, 2001:57)

    - Ling foi o idealizador, e estava impregnado de nacionalismo edestinado a regenerar o povo

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    Seumtodoestavadivididoem 4 partes:

    - Pedaggica ou educativa: qualquer um poderia praticar e tinhacomo fim desenvolver o indivduo harmoniosamente, sem vcios,

    defeitos e enfermidades

    - Militar: Ginstica pedaggica + tiro e esgrima para preparar oguerreiro

    - Mdicae Ortopdica: Ginsticapedaggica,+exercciosespecficosparacadacasoespecialdedefeitosouenfermidades.

    - Esttica: Ginsticapedaggica+danaecertosmovimentossuaves.

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    -No Brasil, a ginstica Sueca que vai ser vista como exerccio fsicoimportante para ser aplicado nas escolas. Com isso, a ginstica alemfica mais reservada aos quartis e a Sueca penetra nas escolas.

    -Profissionaisespecficosparaotrabalhocomaginstica;

    -Muitainflunciadessemtodosemdiversospases,principalmenteosqueseencontravamemtemposdepaz.

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    - A Escola Francesa

    DesenvolvidaporAmoros,baseadanaginstica Sueca.

    A prtica de todos os exerccios que tornam o homem mais corajoso,mais intrpido, mais inteligente, mais sensvel, mais forte, mais

    habilidoso, mais adestrado, mais veloz, mais flexvel e mais gil.

    Predispondo-o a resistir a todas a interpries das estaes, a todas avariaes dos climas, a suportar as privaes e contrariedades da vida

    (...)

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    - A Escola Francesa

    Toda essa gama de qualidades fsicas, psicolgicas e morais seriam

    desenvolvidas e aprimoradas por este mgico contedo - a ginsticaque, alm de desenvolver essas qualidades, teriam ainda a finalidade dealcanar a sade, o prolongamento da vida e, conseqentemente, omelhoramento da espcie humana (SOARES, 2001:61)

    Preocupao com a sade da mulher (salto, porta seios, cintas, etc.)

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    -No Brasilfoioficialmenteimplantadaem 1921,entretantochegounumamissofrancesaem 1907.

    - Em 1929 foiregulamentadacomoprticaescolarobrigatria.