aula5_tipologia_texto4
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TIPOLOGIA E A BUSCA DO SIGNIFICADO
TE| Prof. Sandra Catharinne Pantaleo | ARQ_PUC
Mtodos de anlise; identificao da linguagem arquitetnica; crtica ao funcionalismo
O tipo , pois, constante e se apresenta com caractersticas de necessidade; mas mesmo determinadas, elas reagem com a tcnica, com as funes, com o estilo, com
o carter coletivo e o momento individual do fato arquitetnico. (ALDO ROSSI, 1966)
Frente as limitaes do Movimento Moderno para lidar com as questes urbanas,
Aldo Rossi e Argan resignificaram os termos tipo e tipologia , numa tentativa de
elaborar um mtodo de projeto vinculado ao historicismo. Buscava constituir um
vocabulrio prprio para a arquitetura, definindo novos caminhos tanto no ato de
projetar quanto no ensino, superando o ensino da beaux art. A partir da
estabeleceu uma linguagem prpria, explorando os elementos constituintes do
vocabulrio da disciplina. H um prenncio para estudos e pesquisas relacionadas
autonomia da forma. Ope-se ao mtodo projetivo de Durand (tipologia funcional
ou modelos de formas fixas) e resgata o conceito de TIPO de QUATMERE DE
QUINCY (tipologia generativa);
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Bairro de San Bartolomio, Veneza Muratori anlise do tecido urbano
PARA QUE SERVE O MTODO TIPOLGICO?
1. ANALISAR E COMPLEMENTAR A PRODUO EXISTENTE:
Investigar o objeto arquitetnico e destacar os elementos que definem a
configurao espacial; visualizar como so agrupados, distribudos e
organizados, conformando o TODO;
2. PRODUZIR/PROJETAR;
Analisar o carter e estrutura do objeto e a partir da propor novas solues
ou utilizar sua essncia para elaborar novos projetos;
QUATRMERE DE QUINCY:
TIPO: algo mais ou menos vago que serve de
regra para o modelo;
Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149.
TIPO X MODELO
1. TIPO:
Objeto a partir do qual podem ser gerados outros objetos que no guardam
nenhuma similaridade entre si; mais ou menos vago; considera as fontes
preexistentes; h um antecedente;
2. MODELO:
Objeto que deve ser repetido como tal; preciso e determinado
ABSTRAO EM JOGO:
sntese do objeto dimenso sinttica;
um verdadeiro tipo possui carter prprio, e este
permanece impresso em sua forma;
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CONCEITO DE TIPO [QUATRMERE DE QUINCY]
1. OPOSTO AO CONCEITO DE MODELO; 2. RESULTADO DE UMA LARGA TRADIO HISTRICA;
3. CAPAZ DE MUDAR/ALTERAR;
4. INSEPARVEL DAS CONDIES HISTRICAS E CULTURAIS;
Elaborar um sistema analtico de classificao;
Para Argan: rene obras baseadas na mesma estrutura formal [abstrao e sntese];
CONCEITO DE TIPO [DURAND]
1. SISTEMA DE CLASSIFICAO DA PRODUO ARQUITETNICA; 2. CLASSIFICAO DOS ELEMENTOS ARQ. SOLUES PADRES PARA A
FORMA ARQ. SOLUO PARA O DESENHO A PARTIR DA RETCULA;
3. TIPO: EXEMPLO FIXO, IDENTIFICANDO AS CARACTERSTICAS FORMAIS;
4. TIPOLOGIA EMPREGADA INDEPENDENTE DO CONTEXTO;
Elaborou um manual tipolgico catlogo de formas vazias modelos destitudos de
contedo composies abstratas;
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Durand: ensino Escola Politcnica da Frana (sec. XIX)
A composio ser o instrumento utilizado pelos arquitetos para enfrentar a variedade de programas propostos por uma nova sociedade, pois tal
diversidade no poderia ser satisfeita com os tipos conhecidos. A composio
passa a ser o mecanismo capaz de resolver a relao entre forma e programa,
ou forma e funo, convertendo-se no conceito bsico para entender a
arquitetura do sculo XIX e seus novos edifcios de carter
institucional, tratados como monumentos e utilizados como pontos de
referncia dentro de um sistema que os relaciona a traados e infra-estruturas
nas grandes intervenes urbanas do perodo.
Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149.
Durand: templos egpcios.
Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149.
Durand: templos gregos e romanos.
Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149. Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149.
Durand: exemplos medievais.
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Durand: exemplos medievais.
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Aula 4_Sandra Pantaleo_2012
Texto 4: ______. Elementos Tipolgicos. In: CONSIGLIERI, V. As significaes em arquitetura: 1920-1990. Lisboa: Editorial Estampa, 2000. p. 147-161.
Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149. Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149.
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Durand manual tipolgico:
Partes de edifcios no so mais numerosos do que os elementos, so eles: 1) as
arcadas, e 2) os alojamentos, e 3) os portais, 4) as escadas; 5) Quartos, 6) as
galerias e 7) os tribunais.
[...] Todas as partes dos edifcios so apenas espaos limitados por paredes; por
vezes, cobertos, outras vezes descobertos. As coberturas podem ser por abbadas
e terraos, pisos e telhados;
[...] Essas peas podem ser quadradas ou retangulares, circulares ou
semicirculares. Podem ser mais ou menos extensas; h algumas que tm apenas
uma, duas ou trs grandes distncias, e outros que tm cinco ou sete ou mais;
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Durand: Tipologia de Prticos (1802)
Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149.
Durand: desenho a partir o papel milimetrado combinaes horizontais
Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149.
Durand: desenho a partir o papel milimetrado combinaes horizontais
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Durand: Leons d`Architecture donnes l cole Polythecnique (1819)
Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149.
Aula 4_Sandra Pantaleo_2012
Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149.
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Durand: Leons d`Architecture donnes l cole Polythecnique (1819)
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Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149.
TIPOLOGIA X FUNCIONALISTAS
Funcionalistas: nfase ao programa forma submetida funo;
Tipo usado de 2 maneiras:
1.Classificar os edifcios de arcordo com suas funes;
2.Destaca a capacidade do tipo como modelo;
aproximao com as definices de Durand;
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Exposio Habitao mnima (1951)
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Exposio Habitao mnima (1951)
Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149. Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149.
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Tipologia e morfologia
Crtica ao funcionalismo; Carncia de uma teoria vlida sobre a forma [Neorracionalismo];
Tipologia elemento importante para a teoria;
Investigao da cidade antigua e a continuidade histrica;
Estudos tipolgicos analisar tecidos urbanos existentes;
MURATORI investigao morfolgica e tipolgica da forma
urbana:
Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149.
Tipo situao urbana concreta para existir;
Tecido urbano condicionado a estrutura
urbana ou contexto mais amplo;
Organismo urbano interpretado a partir da
perspectiva histrica;
Mtodos de desenho a partir da anlise das
cidades histricas;
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ALDO ROSSI: tipologia e projeto arquitetnico
Identificar os tipos arquitetnicos a partir da forma urbana:
-Tipos obtidos historicamente imutveis [arqutipo JUNG]; constantes histricas;
-Dimenso cultural significado que o tipo adquire;
-Garantir a continuidade histrica da arquitetura e do urbanismo [palimpsesto];
-Crtica ao funcionalismo ingnuo;
Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149. Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149.
Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149. Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149.
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Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149. Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149.
G. C. ARGAN
- Reinterpreta o conceito de Quatrmere de Quincy vinculando aos discursos dos anos
1960: importncia histrica em oposio produo simplificada da arq. Moderna;
- Tipo: abstrao de uma srie de edifcios com caractersticas comuns;
- Processo redutivo: diagrama da estrutura formal interna; a partir dela: variaes;
- Dois momentos do projeto arquitetnico: formao do tipo e especificao da forma;
Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149.
St. Michael, Hildesheim, 1010-1033
Planta e Vista interna
Ges
Roma, 1568 - 1575
Tipologia e Projeto Processo de projeto mtodo tipolgio:
Conceito [abstrato] tipo [caminho/percurso - diagramas] projeto [concreto];
Relao entre as decises de projeto: sistema de opes unificadas - nveis;
Decises de projeto: interpretaes solues distintas;
Variao do tipo: alterao da estrutura do diagrama novo tipo;
Sistema Arquitetnico: TIPO [diagrama sntese] + ESTILO [expresso semntica];
Texto 4: LEUPEN, B. Proyeto y anlisis. Barcelona: GG, 1999. p. 132-149.