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PROF.º ABRAHÃO LIMEIRA DE OLIVEIRA NUTRICIONISTA TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

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Page 1: AULA_4_ENZIMAS

PROF.º ABRAHÃO LIMEIRA DE OLIVEIRANUTRICIONISTA

TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

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ENZIMAS

Também chamadas de ênzimos ou diástases, são proteínas que apresentam a extraordinária capacidade de catalisar reações químicas.

A descoberta das enzimas data do século XIX, quando se iniciavam os estudos sobre a digestão dos alimentos.

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Os trabalhos de purificação de enzimas começaram depois de 1920. A primeira enzima a ser cristalizada foi a urease, em 1926, por Summer.

Hoje, mais de cem enzimas já foram obtidas sob forma cristalina, e mais de quinhentas têm sido relativamente bem purificadas.

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COENZIMAS E GRUPO PROSTÉTICO

As coenzimas são substâncias orgânicas, de baixo peso molecular que não fazem parte da molécula enzimática, mas cooperam com a enzima propriamente dita na catálise das reações químicas.

Obs.: Existe, contudo, uma classe de substâncias semelhantes às coenzimas que se acha firmemente ligada à molécula da enzima, chamada grupo prostético. O seu modo de atuar é bastante semelhante ao da coenzima.

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ATIVAÇÃO E INIBIÇÃO DE ENZIMAS

Existem substâncias ativadoras necessárias para a ocorrência de certas reações enzimáticas. As coenzimas, grupos prostéticos e substâncias ativadoras formam os chamados cofatores enzimáticos.

Existem ainda substâncias inibidoras que diminuem ou eliminam a atividade das enzimas.

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CARACTERÍSTICAS DAS ENZIMAS

A especificidade é uma característica importante das enzimas, isto é, determinada enzima só aceita como substrato determinada(s) substância(s).

Pode-se ter a exoenzima e a endoenzima, conforme sua esfera de atividade seja fora ou dentro da célula que a produziu.

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A velocidade de uma reação enzimática é influênciada pela concentração do substrato, pH, concentração da enzima, temperatura e presença de ativadores ou inibidores.

E + S ES E + P

Onde: E = enzima; S = Substrato; ES = Complexo enzima substrato; P = Produto

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Toda enzima possui um “centro ativo”, local onde se processam as reações químicas. Acredita-se que os aminoácidos que constituem o centro ativo formam na superfície da enzima uma espécie de “orifício”, ao qual o substrato pode ajustar-se.

O orifício, por sua vez, deve possuir um formato definido, que acomode algumas moléculas, como os substratos e os inibidores, mas rejeite outras espécies de moléculas e impeça-as de entrar em contato ativo com a enzima.

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CLASSIFICAÇÃO

As enzimas, à medida que foram sendo identificadas, receberam nomes que o investigador lhes atribuía, sem que houvesse a preocupação de uma sistematização.

Observava-se, muitas vezes, tão-somente o sufixo Ase, como indicativo de uma enzima.

Entretanto, restaram ainda algumas enzimas cujos nomes, consagrados pelo uso, nem mesmo essa regra observaram.

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Numa tentativa de sistematização, uma comissão da União Internacional de Bioquímica estabeleceu as normas da nomenclatura enzimática em 1964 (IUB, 1965).

Ela é feita de tal maneira que, à sua leitura, se pode saber quais os substratos envolvidos e qual a reação que se passa.

Entretanto, a substituição dos nomes triviais pelos oficiais, esses mais complexos do que aqueles, somente se dará com o tempo, na prática diária.

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As enzimas são classificadas em seis grupos:

1.Oxidoredutases2.Trasferases3.Hidrolases4.Liases5.Isomerases6.Ligases ou Sintetases

Obs.: Cada um desses grupos é subdividido em subgrupos.

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ENZIMAS NA TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

Na tecnologia de alimentos, as enzimas são muito importantes e sua obtenção para diversas finalidades poderá ser feita a partir de microrganismos, vegetais superiores ou animais.

Muitas enzimas são indesejáveis no alimento e, por isso, devem ser inativadas. A inativação de enzimas pelo calor é largamente utilizada na industria alimentícia, recebendo tal tratamento o nome de blanching, ou branqueamento térmico.

Algumas enzimas importantes em tecnologia de alimentos são:

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AMILASES

São enzimas que atuam sobre a ligação de polímeros da glucose (glucans) como amido, glicogênio etc., transformando-os em moléculas de menor peso molécular.

São enzimas que podem ser obtidas por microrganismos, mas normalmente o são através do malte (cevada ou outro cereal germinado), sendo importantes na fabricação de bebidas obtidas a partir de cereais e na panificação.

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INVERTASES

São enzimas que atuam sobre a sacarose, transformando-a em uma mistura de açúcares redutores (glucose e frutose).

As leveduras caracterizam-se por possuírem essas enzimas e são utilizadas na fermentação alcoólica ou produção industrial de invertases.

A atividade dessas enzimas pode ser determinada por polarimetria, formação de grupos redutores e um método que utiliza glucose-oxidase.

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LACTASE

A lactase (b-galactosidase) ataca a lactose, transformando-a em glucose e galactose.

Apresenta importância porque esse açúcar do leite, de poder adoçante baixo, pode ser transformado em açúcares com poder adoçante bem maior.

Serve também para reduzir o teor de lactose em leites para fins dietéticos.

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ENZIMAS PÉCTICAS

As enzimas pécticas têm sido relativamente bem estudadas por causa da sua importância na indústria de alimentos.

Elas são utilizadas para facilitar a filtração e clarificação de sucos de frutas (maçã e uva) e na produção de pectinas de baixa metoxilação ou ácidos galacturônicos.

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Elas são indesejáveis quando podem ocasionar o excessivo amolecimento (abrandamento) de muitas frutas e hortaliças, na formação de precipitados nos sucos de laranja e tomate e na diminuição da consistência da massa de tomate.

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ENZIMAS PROTEOLÍTICAS

PAPAÍNA

É uma das enzimas proteolíticas mais utilizadas no amolecimento de carnes, no tratamento de cerveja para evitar formação de precipitado e como auxiliar de digestão.

É extraída do látex do mamoeiro (Carica papaya) daí recebendo o seu nome.

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RENINA OU QUIMOSINA

É encontrada no estômago (quarto estômago) de bezerros e já foi sua principal fonte de obtenção. É talvez a enzima proteolítica de maior utilização, principalmente na elaboração de queijos, em que é veiculada pelo coalho.

Hoje em dia, a sua obtenção a partir de microrganismos é uma realidade e é o método mais empregado.

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FICINA

BROMELINA

PEPSINA

TRIPSINA; QUIMOTRIPSINA

CARBOXIPEPTIDASE; AMINOPEPTIDASE

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GLUCOSE-OXIDASE

É uma enzima obtida principalmente de Aspergillus niger, que oxida a glucose para ácido glucônico, com a produção de água oxigenada.

Comercialmente, a glucose-oxidase é utilizada na remoção de traços de glucose e de oxigênio. A enzima catalase deve ser incluída para decompor a água oxigenada, produto da reação.

A glucose-oxidase pode também ser utilizada analiticamente na determinação de glucose.

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PEROXIDASE

É uma enzima que catalisa reações do tipo:

AH + H2O2 AOH + H2OEm que AH pode ser um fenol, ácido ascórbico etc.

Pelo fato de ser facilmente determinada e por ser uma das enzimas mais resistentes ao calor, a peroxidase é utilizada como indicação de blanching em muitos produtos, principalmente vegetais a serem congelados.

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CATALASE

Assim como a peroxidase, é uma enzima que contém o núcleo ferro-porfirina. A mais conhecida das reações da catalase envolve uma oxidação-redução bimolecular, em que uma molécula de H2O2 é oxidada para o O2 e a outra é reduzida para H2O.

2H2O2 2H2O + O2

Tambem pode ser usada como indicadora do processo de branqueamento.

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POLIFENOL-OXIDASES

São enzimas responsáveis pelo escurecimento enzimático em muitos produtos por exposição de sua estrutura ao ar do ambiente.

A polifenol-oxidase tem duas diferentes atividades catalíticas, ambas envolvendo oxigênio. Elas são chamadas de atividades cresolase e catecolase.

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LIPOXIDASE

A lipoxidase ou lipoxigenase catalisa a oxidação de ácidos graxos poliinsaturados, por oxigênio molecular. Entre esses ácidos, estão o linoléico, o linolênico e o araquidônico. São importantes por gerarem produtos rançosos e destruírem ácidos graxos essenciais.

É utilizada em panificação para proteger a farinha, já que os hidroperóxidos formados podem oxidar pigmentos (carotenóides e clorofilas), formando produtos incolores.

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OBRIGADO !!