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CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE – QUESTÕES DA ESAF COMENTADAS PROFESSOR MORAES JUNIOR www.pontodosconcursos.com.br 1 Auditor-Fiscal da Receita Federal – 2003 – Questões Comentadas e Resolvidas 168- Quando o Contador registra, no fim do exercício, uma variação cambial para atualizar a dívida em moeda estrangeira; quando faz provisão para crédito de liquidação duvidosa; ou quando faz um lançamento de ajuste do estoque ao preço de mercado está apenas: a) cumprindo a sua obrigação profissional. b) executando o regime contábil de competência. c) cumprindo o princípio fundamental da prudência. d) satisfazendo o princípio fundamental da entidade. e) seguindo a convenção do conservadorismo. Comentários (i) Princípio da Prudência: a. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido (art. 10, da Resolução CFC n o 750, de 29/12/1993); b. O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade (art. 10, § 1º, da Resolução CFC n o 750, de 29/12/1993); c. Observado o disposto no art. 7º (Princípio do Registro pelo Valor Original), o Princípio da PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA (art. 10, § 2º, da Resolução CFC n o 750, de 29/12/1993); e d. A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando, para definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau variável (art. 10, § 3º, da Resolução CFC n o 750, de 29/12/1993). e. Resolução CFC n o 774, de 16/12/1994: A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA – de forma a obter-se o menor Patrimônio Líquido, dentre aqueles possíveis diante de procedimentos alternativos de avaliação – está restrita às variações patrimoniais posteriores às transações originais com o mundo exterior, uma vez que estas deverão decorrer de consenso com os agentes econômicos externos ou da imposição destes. Esta é a razão pela qual a aplicação do Princípio da Prudência ocorrerá concomitantemente com a do Princípio da COMPETÊNCIA, conforme assinalado no parágrafo 2º, quando resultará, sempre, variação patrimonial quantitativa negativa, isto é, redutora do Patrimônio Líquido. A prudência deve ser observada quando, existindo um ativo ou um passivo já escriturados por determinados valores, segundo os Princípios do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL e da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA, surge dúvida sobre a ainda correção deles. Havendo formas alternativas de se calcularem os novos valores, deve-se

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Auditor-Fiscal da Receita Federal – 2003 – Questões Comentadas e Resolvidas 168- Quando o Contador registra, no fim do exercício, uma variação cambial para atualizar a dívida em moeda estrangeira; quando faz provisão para crédito de liquidação duvidosa; ou quando faz um lançamento de ajuste do estoque ao preço de mercado está apenas: a) cumprindo a sua obrigação profissional. b) executando o regime contábil de competência. c) cumprindo o princípio fundamental da prudência. d) satisfazendo o princípio fundamental da entidade. e) seguindo a convenção do conservadorismo. Comentários

(i) Princípio da Prudência:

a. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido (art. 10, da Resolução CFC no 750, de 29/12/1993);

b. O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menor

patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade (art. 10, § 1º, da Resolução CFC no 750, de 29/12/1993);

c. Observado o disposto no art. 7º (Princípio do Registro pelo Valor Original), o

Princípio da PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA (art. 10, § 2º, da Resolução CFC no 750, de 29/12/1993); e

d. A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando, para definição dos

valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau variável (art. 10, § 3º, da Resolução CFC no 750, de 29/12/1993).

e. Resolução CFC no 774, de 16/12/1994: A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA – de forma a obter-se o menor Patrimônio Líquido, dentre aqueles possíveis diante de procedimentos alternativos de avaliação – está restrita às variações patrimoniais posteriores às transações originais com o mundo exterior, uma vez que estas deverão decorrer de consenso com os agentes econômicos externos ou da imposição destes. Esta é a razão pela qual a aplicação do Princípio da Prudência ocorrerá concomitantemente com a do Princípio da COMPETÊNCIA, conforme assinalado no parágrafo 2º, quando resultará, sempre, variação patrimonial quantitativa negativa, isto é, redutora do Patrimônio Líquido.

A prudência deve ser observada quando, existindo um ativo ou um passivo já escriturados por determinados valores, segundo os Princípios do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL e da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA, surge dúvida sobre a ainda correção deles. Havendo formas alternativas de se calcularem os novos valores, deve-se

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optar sempre pelo que for menor do que o inicial, no caso de ativos, e maior, no caso de componentes patrimoniais integrantes do passivo. Naturalmente, é necessário que as alternativas mencionadas configurem, pelo menos à primeira vista, hipóteses igualmente razoáveis. A provisão para créditos de liquidação duvidosa constitui exemplo da aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA, pois sua constituição determina o ajuste, para menos, de valor decorrente de transações com o mundo exterior, das duplicatas ou de contas a receber. A escolha não está no reconhecimento ou não da provisão, indispensável sempre que houver risco de não-recebimento de alguma parcela, mas, sim, no cálculo do seu montante. Cabe observar que o atributo da incerteza, à vista no exemplo referido no parágrafo anterior, está presente, com grande freqüência, nas situações concretas que demandam a observância do Princípio da PRUDÊNCIA. Em procedimentos institucionalizados, por exemplo, em relação aos “métodos” de avaliação de estoques, o Princípio da PRUDÊNCIA, raramente, encontra aplicação. No reconhecimento de exigibilidades, o Princípio da PRUDÊNCIA envolve sempre o elemento incerteza em algum grau, pois, havendo certeza, cabe, simplesmente, o reconhecimento delas, segundo o Princípio da OPORTUNIDADE.

Para melhor entendimento da aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA cumpre lembrar que: - os custos ativados devem ser considerados como despesa no período em que ficar caracterizada a impossibilidade de eles contribuírem para a realização dos objetivos operacionais da Entidade; - todos os custos relacionados à venda, inclusive aqueles de publicidade, mesmo que institucional, devem ser classificados como despesas; - os encargos financeiros decorrentes do financiamento de ativos de longa maturação devem ser ativados no período pré-operacional a partir do momento em que o ativo entrar em operação.

(ii) Regime de Competência: princípio contábil, que deve ser, na prática, estendido a

qualquer alteração patrimonial, independentemente de sua natureza e origem. Por este princípio, as receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem os seus fatos geradores, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.

(iii) Princípio da Entidade:

a. O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição (art. 4o, da Resolução CFC no 750, de 29/12/1993).

b. O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma

ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE,

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mas numa unidade de natureza econômico-contábil (art. 4o, Parágrafo Único, da Resolução CFC no 750, de 29/12/1993).

(iv) Convenção do Conservadorismo (ou Prudência): entre os conjuntos alternativos de

avaliação do patrimônio, igualmente válidos segundo os Princípios Fundamentais, a Contabilidade escolherá o que apresentar menor valor atual para o ativo e o maior para as obrigações.

Resolução Quando o Contador registra, no fim do exercício, uma variação cambial para atualizar a dívida em moeda estrangeira; quando faz provisão para crédito de liquidação duvidosa; ou quando faz um lançamento de ajuste do estoque ao preço de mercado está apenas cumprindo o princípio fundamental da prudência, de acordo com a Resolução CFC no 774, de 16/12/1994. O concursando poderia ficar em dúvida em relação à alternativa que cita a Convenção do Conservadorismo. De acordo com essa convenção, será escolhido entre os conjuntos alternativos de avaliação do patrimônio, o que representar menor valor atual para o ativo e o maior para as obrigações. Entretanto, a Convenção do Conservadorismo não pode ser adotada nesta questão pois não ocorreu uma incerteza, isto é, alternativas igualmente válidas para o cálculo do valor das variações. Um exemplo de aplicação da Convenção do Conservadorismo ocorre quando há a ocorrência de devedores duvidosos e existem duas possibilidades de cálculo (igualmente válidas) para a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa: uma no valor de R$ 10.000,00 e outra no valor R$ 15.000,00. Portanto, pela Convenção do Conservadorismo, deve-se adotar o valor de R$ 15.000,00, que representa uma menor valor para o ativo. GABARITO: C 169- No sistema contábil abaixo apresentado só faltou anotar as despesas incorridas no período. Todavia, considerando as regras do método das partidas dobradas, podemos calcular o valor dessas despesas. Componentes valores Capital R$ 1.300,00 Receitas R$ 1.000,00 Dívidas R$ 1.800,00 Dinheiro R$ 1.100,00 Clientes R$ 1.200,00 Fornecedores R$ 1.350,00 Prejuízos Anteriores R$ 400,00 Máquinas R$ 1.950,00 Com base nos elementos apresentados, pode-se afirmar que o valor das despesas foi a) R$ 200,00 b) R$ 400,00 c) R$ 800,00 d) R$ 1.200,00 e) R$ 1.400,00

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Comentários

(i) Balancete de Verificação: o balancete é a relação de contas e saldos extraídos do livro Razão e sua finalidade é verificar se o total de débitos é igual ao total de créditos. Existem dois tipos de balancetes: Balancete de Verificação Inicial e Balancete de Verificação Final.

a. Balancete de Verificação Inicial: levantado antes do encerramento das contas de

resultado (antes a apuração contábil do lucro ou prejuízo do exercício). Ou seja, neste tipo de balancete, haverá contas patrimoniais e de resultado; e

b. Balancete de Verificação Final: levantado após a apuração do resultado do exercício

e de sua distribuição. Por conseguinte, neste balancete só haverá contas patrimoniais.

(ii) Método das Partidas Dobradas: método de escrituração bilateral, ou seja, no registro de determinado fato contábil, pelo menos um elemento será debitado e pelo menos um elemento será creditado (para todo débito há pelo menos um crédito e vice-versa, o que possibilita o controle de todos elementos patrimoniais e de resultado relacionados).

Resolução I – Balancete de Verificação:

Conta Devedora Credora Classificação

Capital 1.300 Patrimônio Líquido Receitas 1.000 Receita – Conta de Resultado Dívidas 1.800 Passivo Circulante Dinheiro 1.100 Ativo Circulante Clientes 1.200 Ativo Circulante Fornecedores 1.350 Passivo Circulante Prejuízos Anteriores 400 Patrimônio Líquido – Retificadora Máquinas 1.950 Ativo Permanente Despesas X Despesa – Conta de Resultado

TOTAL 4.650 + X 5.450 Saldo das contas de natureza devedora = Saldo das contas de natureza credora ⇒ ⇒ 4.650 + Despesas (X) = 5.450 ⇒ Despesas = 5.450 -4.650 = 800 GABARITO: C 170- A Nossa Empresa comprou vários objetos por sete mil reais, mas só pagou metade na hora, deixando o restante para pagar um mês depois, o que fez com desconto de vinte por cento. Os empregados dessa empresa recebem apenas duzentos e trinta reais de comissões, mas pagam oitenta reais de refeições feitas na própria empresa. Como essa firma começou a operar com um capital de apenas dois mil reais, podemos dizer que agora ela só possui capital próprio de: a) R$ 2.000,00 b) R$ 2.550,00 c) R$ 6.300,00 d) R$ 7.000,00 e) R$ 7.550,00

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Comentários

(i) Capital Próprio = Patrimônio Líquido Resolução Nossa Empresa

1. Comprou objetos = R$ 7.000,00 (pagou metade na hora e o restante um mês depois, o que fez com desconto de 20%)

2. Empregados:

a. Comissões recebidas = R$ 230,00 b. Refeições pagas = R$ 80,00

3. Capital Social (inicial) = R$ 2.000,00 Capital próprio = ?

I – Compra de objetos por R$ 7.000,00, pagando metade a vista e metade um mês depois com 20% de desconto: I.1 – Lançamento do ato da compra: Mercadorias (Ativo Circulante) a Diversos a Caixa (Ativo Circulante) 3.500 a Duplicatas a Pagar (Passivo Circulante) 3.500 7.000 I.2 – Lançamento no pagamento do restante do valor com 20% de desconto: Desconto Obtido = 20% x 3.500 = 700 Duplicatas a Pagar (Passivo Circulante) a Diversos a Caixa (Ativo Circulante) 2.800 a Descontos Obtidos (Receita) 700 3.500 II – Operações com Empregados: II.1 - Pagamento de Comissões: Comissões (Despesa) a Caixa (Ativo Circulante) 230 II.2 – Ressarcimento de Refeições: Caixa (Ativo Circulante) a Ressarcimento de Refeições (Receita) 80 III – Cálculo do Resultado do Exercício:

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Receitas: Descontos Obtidos 700 Ressarcimento de Refeições 80 (-) Despesas: Comissões (230) Resultado do Exercício 550

Todo o Resultado do Exercício será transferido para a conta Lucros Acumulados. IV – Determinação do Capital Próprio (Patrimônio Líquido): Capital Social 2.000 Lucros Acumulados 550 Patrimônio Líquido 2.550

Esta questão, provavelmente, foi anulada por não informar o custo das refeições dos empregados, que deveria ser incorporado ao resultado como despesa (só foi informado o valor do ressarcimento).

GABARITO: B (ANULADA) 171- A empresa de Comércio Geral apresenta, em 30 de setembro, o balancete abaixo descrito: C o n t a s s a l d o s Ações de Outras Companhias R$ 1.500,00 Bancos conta Movimento R$ 2.000,00 Capital Social R$ 8.500,00 Clientes R$ 2.500,00 Custo das Mercadorias Vendidas R$ 1.700,00 Duplicatas a Pagar R$ 3.700,00 Duplicatas a Receber R$ 1.400,00 Duplicatas descontadas R$ 1.100,00 Duplicatas protestadas R$ 1.000,00 Empréstimos Concedidos R$ 1.300,00 Fornecedores R$ 2.900,00 Insubsistências Passivas R$ 900,00 Juros Passivos R$ 600,00 Mercadorias R$ 3.800,00 Móveis e utensílios R$ 5.200,00 Prejuízos Acumulados R$ 100,00 Provisão p/ Perdas em Investimentos R$ 300,00 Provisão para Imposto de Renda R$ 700,00 Receitas Antecipadas R$ 400,00 Reserva de Reavaliação R$ 800,00 Receitas de Vendas R$ 2.000,00 Serviços Prestados R$ 1.600,00 Se fosse elaborar o Balanço Patrimonial nessa data, com esses valores, o Contador, certamente, apuraria: a) ativo total no valor de R$ 17.600,00 b) passivo exigível no valor de R$ 7.300,00 c) patrimônio líquido no valor de R$ 10.000,00

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d) ativo circulante no valor de R$ 9.900,00 e) lucro líquido no valor de R$ 300,00 Comentários

(i) Superveniências Ativas: são fatos inesperados e inevitáveis aumentando o Ativo e Patrimônio Líquido. É uma conta de resultado (receita - conta de natureza credora). Exemplos: recebimento de prêmio de loterias, recebimento de herança, nascimento de rebanho, entre outros.

(ii) Superveniências Passivas: são fatos inesperados e inevitáveis causando aumentos do

Passivo (aumento de obrigações) e diminuição do Patrimônio Líquido. São contas de resultado (despesa - conta de natureza devedora). Exemplos: dívidas devido a perda em processos judiciais, registro de pagamento de avais, aumento de dívida devido a desvalorização da moeda nacional em relação à estrangeira, entre outros.

(iii) Insubsistências Ativas: fatos que não podem mais existir por qualquer motivo causando

um aumento do Patrimônio Líquido. Representam receitas (contas de natureza credora). Exemplos: Perdão de uma dívida - insubsistência DO PASSIVO.

(iv) Insubsistências Passivas: fatos que não mais podem existir, isto é, deixam de existir por

qualquer motivo. Como as insubsistências são passivas (negativas), causam uma diminuição do Patrimônio Líquido. Logo, são contas de despesas (natureza devedora). Exemplos: Morte de um animal (baixa na conta semoventes), perdão de direitos, prescrição na cobrança de uma duplicata a receber e outras perdas de ativo (ex: incêndio, inundação, furtos, etc) – insubsistências DO ATIVO.

(v) Insubsistência do Ativo: corresponde ao desaparecimento de um bem ou direito

(insubsistência passiva), ou seja, é uma conta de despesa.

(vi) Insubsistência do Passivo: corresponde ao desaparecimento de uma dívida (insubsistência ativa), ou seja, é uma conta de receita.

(vii) Duplicatas Protestadas: conta de natureza devedora, pertencente ao Ativo Circulante.

Resolução Empresa: Comércio Geral I – Determinação do Resultado do Exercício:

Receitas de Vendas 2.000 Serviços Prestados 1.600

Receita Líquida 3.600 (-) Custo das Mercadorias Vendidas (1.700)

Lucro Bruto 1.900 (-) Insubsistências Passivas (900) (-) Juros Passivos (600) Lucro Líquido do Exercício 400 (transferido para Lucros Acumulados)

II – Cálculo do saldo final da conta Lucros/Prejuízos Acumulados:

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Saldo Inicial = Prejuízos Acumulados = (100) Lucro Líquido do Exercício (LLEx) = 400 Saldo Final (Lucros Acumulados) = Saldo Inicial + LLEx = (100) + 400 = 300 III – Elaboração do Balanço Patrimonial: Ativo Passivo Ativo Circulante Passivo Circulante Bancos conta Movimento 2.000 Duplicatas a Pagar 3.700 Clientes 2.500 Fornecedores 2.900 Duplicatas a Receber 1.400 Provisão para IR 700 (-) Duplicatas Descontadas (1.100) 7.300 Duplicatas protestadas 1.000 Empréstimos Concedidos 1.300 Resultado de Exercícios Futuros Mercadorias 3.800 Receitas Antecipadas 400 10.900 400 Ativo Permanente Patrimônio Líquido Ações de Outras Companhias 1.500 Capital Social 8.500 (-)Provisão p/ Perdas em Invest. (300) Reserva de Reavaliação 800 Móveis e utensílios 5.200 Lucros Acumulados 300 6.400 9.600 Total do Ativo 17.300 Passivo Total 17.300 Passivo Exigível = Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo ⇒ ⇒ Passivo Exigível = 7.300 + 0 = 7.300 GABARITO: B 172- Eis aí as contas extraídas do balancete de verificação da empresa Emenes Ltda., em 31.12.2002: Componentes valores Aluguéis Ativos R$ 900,00 Adiantamento a Fornecedores R$ 1.000,00 Caixa e Bancos R$ 1.200,00 Capital Social R$ 3.000,00 Clientes R$ 1.500,00 Contas a Pagar R$ 2.400,00 Custo da Mercadoria Vendida R$ 300,00 Depreciação Acumulada R$ 650,00 Descontos Concedidos R$ 340,00 Descontos Obtidos R$ 220,00 Duplicatas a Receber R$ 1.600,00 Duplicatas Descontadas R$ 1.350,00 Empréstimos Obtidos R$ 1.040,00 Fornecedores R$ 2.100,00 Insubsistência Ativa R$ 160,00 Impostos R$ 280,00 Impostos a Recolher R$ 450,00

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Juros Passivos R$ 120,00 Máquinas e Equipamentos R$ 2.010,00 Mercadorias R$ 1.380,00 Móveis e Utensílios R$ 2.250,00 Prejuízos Acumulados R$ 900,00 Provisão p/ Devedores Duvidosos R$ 400,00 Provisão p/ Imposto de Renda R$ 200,00 Receitas de Serviços R$ 300,00 Receitas de Vendas R$ 260,00 Reserva de Reavaliação R$ 1.000,00 Reserva Legal R$ 840,00 Salários R$ 750,00 Salários a Pagar R$ 180,00 Seguros R$ 90,00 Superveniências Passivas R$ 80,00 Veículos R$ 1.850,00 Com base nas contas e saldos acima, podemos dizer que, mesmo o balancete de verificação não estando fechado corretamente, ele apresenta: a) Ativo no valor de R$ 12.790,00 b) Passivo no valor de R$ 7.720,00 c) Patrimônio Líquido no valor de R$ 3.940,00 d) Saldos Devedores no valor de R$ 15.650,00 e) Saldos Credores no valor de R$ 13.250,00 Resolução Empresa: Emenes Ltda I – Balancete de Verificação:

Conta Devedora Credora Classificação Aluguéis Ativos 900 Receita – Conta de Resultado Adiantamento a Fornecedores 1.000 Ativo Circulante Caixa e Bancos 1.200 Ativo Circulante Capital Social 3.000 Patrimônio Líquido Clientes 1.500 Ativo Circulante Contas a Pagar 2.400 Passivo Circulante Custo da Mercadoria Vendida 300 Despesa – Conta de Resultado Depreciação Acumulada 650 Ativo Permanente – Retificadora Descontos Concedidos 340 Despesa – Conta de Resultado Descontos Obtidos 220 Receita – Conta de Resultado Duplicatas a Receber 1.600 Ativo Circulante Duplicatas Descontadas 1.350 Ativo Circulante - Retificadora Empréstimos Obtidos 1.040 Passivo Circulante Fornecedores 2.100 Passivo Circulante Insubsistência Ativa 160 Receita – Conta de Resultado Impostos 280 Despesa – Conta de Resultado Impostos a Recolher 450 Passivo Circulante Juros Passivos 120 Despesa – Conta de Resultado

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Máquinas e Equipamentos 2.010 Ativo Permanente Mercadorias 1.380 Ativo Circulante Móveis e Utensílios 2.250 Ativo Permanente Prejuízos Acumulados 900 Patrimônio Líquido - Retificadora Provisão p/ Devedores Duvidosos

400 Ativo Circulante - Retificadora

Provisão p/ Imposto de Renda 200 Passivo Circulante Receitas de Serviços 300 Receita – Conta de Resultado Receitas de Vendas 260 Receita – Conta de Resultado Reserva de Reavaliação 1.000 Patrimônio Líquido Reserva Legal 840 Patrimônio Líquido Salários 750 Despesa – Conta de Resultado Salários a Pagar 180 Passivo Circulante Seguros 90 Despesa – Conta de Resultado Superveniências Passivas 80 Despesa – Conta de Resultado Veículos 1.850 Ativo Permanente

Conta Credora = ? 200 ? TOTAL 15.650 15.650

Saldos Devedores = 15.650 (*) Para calcular o resultado do exercício e elaborar o balanço patrimonial seria necessário conhecer a característica da conta credora que falta para fechar o balancete de verificação (R$ 200,00), que pode ser conta de receita, conta retificadora do Ativo ou conta do Passivo. GABARITO: D 173- Na microempresa do meu Tio, no mês de outubro, os salários somados às horas-extras montaram a R$ 20.000,00. Os encargos de Previdência Social foram calculados em 11%, a parte do segurado, e em 22%, a parcela patronal. Ao contabilizar a folha de pagamento, o Contador deverá fazer o seguinte registro: a) Salários e Ordenados

a Salários a Pagar 20.000,00 Previdência Social a Previdência Social a Recolher 6.600,00

b) Salários e Ordenados

a Salários a Pagar 17.800,00 Previdência Social a Previdência Social a Recolher 6.600,00

c) Salários e Ordenados

a Salários a Pagar 17.800,00 Previdência Social a Previdência Social a Recolher 4.400,00

d) Salários e Ordenados

a Salários a Pagar 17.800,00 Salários a Pagar a Previdência Social a Recolher 2.200,00

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Previdência Social a Previdência Social a Recolher 4.400,00

e) Salários e Ordenados

a Salários a Pagar 20.000,00 Salários a Pagar a Previdência Social a Recolher 2.200,00 Previdência Social a Previdência Social a Recolher 4.400,00

Comentários

(i) Operações com Pessoal:

a. Folha de Pagamento: documento elaborado, ao final de cada mês, pelas entidades que possuem empregados, indicando os nomes dos seus empregados, salários brutos, descontos e valores líquidos a serem pagos;

b. Salário Bruto: engloba o salário mensal, as horas extras, gratificações, comissões,

entre outros (Despesas de Salários), e é chamado de remuneração. O lançamento a ser efetuado é:

Despesas de Salários (Despesa – Conta de Resultado) a Salários a Pagar (Passivo Circulante)

c. Quando os salários forem pagos, normalmente, no início no mês seguinte (salários

referentes ao mês anterior), o seguinte lançamento será efetuado:

Salários a Pagar a Caixa ou Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)

d. Descontos:

i. Retenções: valores descontados do salário bruto que serão repassados a terceiros. Ex: Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), Contribuições para Previdência – Empregado (INSS), Contribuição Sindical, entre outros. Ex: Lançamento de Contribuição para Previdência (parcela do empregado) na contabilização da folha de pagamentos.

Salários a Pagar a INSS a Recolher (Passivo Circulante)

ii. Compensações: valores descontados do salário bruto que não serão

repassados a outras entidades (representam créditos do empregador junto aos empregados). Ex: Adiantamento de salários.

Ex: Lançamento de Adiantamento de Salários Adiantamento de Salários (Ativo Circulante) a Caixa (ou Banco Conta Movimento)

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Ao contabilizar a folha de pagamentos: Salários a Pagar a Adiantamento de Salários

e. Salário-Família: De acordo com a Constituição de 1988, é direito dos trabalhadores

urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei (art. 7o, XII). Entretanto, apesar do pagamento do salário-família para trabalhadores de baixa renda ser uma obrigação do Governo, quem paga, efetivamente, é a entidade empregadora, o que gera um crédito a ser compensado com as obrigações da empresa perante a Previdência Social;

f. Salário Líquido = Salário Bruto + Salário-Família – Descontos;

g. Encargos Sociais: atualmente, existem dois encargos sociais (INSS Patronal e

FGTS), que são calculados sobre o valor bruto da folha de pagamentos e representam despesas operacionais (gastos com salários do pessoal da administração ou vendas) ou custos (gastos com a mão-de-obra em uma empresa industrial ou prestadora de serviços) para a empresa. O lançamento a ser realizado é:

Encargos Sociais (Despesa – Conta de Resultado) Diversos

a INSS a Recolher a FGTS a Recolher

Resolução Microempresa do meu Tio Mês de outubro:

Salários + Horas-Extras = R$ 20.000,00 INSS Empregado = 11% INSS Patronal = 22%

Lançamento da folha de pagamento: I – Lançamento dos Salários + Horas-Extras:

Salários e Ordenados (Despesas) a Salários a Pagar (Passivo Circulante) 20.000

II – Cálculo do INSS a Recolher (INSS Segurados): INSS a Recolher (11%) = 11% x 20.000 = 2.200

Salários a Pagar (Passivo Circulante) a INSS a Recolher (Passivo Circulante) 2.200

III – Cálculo dos Encargos Sociais e Trabalhistas (INSS Patronal):

INSS Patronal (20%) = 20% x 20.000 = 4.000

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Encargos Sociais (Despesa – Conta de Resultado) a INSS a Recolher 4.000

IV – Alternativa correta:

e) Salários e Ordenados a Salários a Pagar 20.000,00 Salários a Pagar a Previdência Social a Recolher 2.200,00 Previdência Social a Previdência Social a Recolher 4.400,00

GABARITO: E 174- Temos como tarefa observar o Patrimônio Líquido das empresas Hexa Comercial e Hepta Comercial, em 31.12.02, no qual podemos verificar os seguintes elementos: Rubrica empresa Hexa empresa Hepta Capital social R$ 150.000,00 R$ 120.000,00 Ações emitidas 15.000 unidades 12.000 unidades Reservas e lucros R$ 30.000,00 R$ 12.000,00 Ativo Permanente R$ 140.000,00 R$ 150.000,00 Investimentos R$ 72.000,00 R$ 37.000,00 Ações do BB R$ 10.000,00 R$ 6.000,00 Ações de Hepta R$ 52.800,00 ------------------ No exercício social de 2002: - a empresa Hexa obteve lucro líquido de R$ 50.000,00; - a empresa Hepta obteve lucro líquido de R$ 40.000,00; - a empresa Hexa distribuiu dividendos de 20%; e - a empresa Hepta distribuiu dividendos de 20%. Com base nessas informações, ao examinarmos a escrituração da empresa Hexa, devemos encontrar um lançamento assim registrado: a) Dividendos a Receber

a Ações da Empresa Hepta Comercial vlr. dividendos a nosso favor R$ 3.200,00

Salários a Pagar 2.200 (II) 20.000 (I)

17.800

Salários e Ordenados 20.000 (I)

20.000

Enc. Sociais e Trab. 4.000 (III)

4.000

INSS a Recolher 2.200 (II)

4.000 (III) 6.200

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b) Dividendos a Receber a Receita com Dividendos vlr. dividendos a nosso favor R$ 3.200,00

c) Ações da Empresa Hepta Comercial

a Dividendos a Receber vlr. dividendos a nosso favor R$ 3.200,00

d) Dividendos a Receber

a Ações da Empresa Hepta Comercial vlr. dividendos a nosso favor R$ 4.000,00

e) Dividendos a Receber

a Receita com Dividendos vlr. dividendos a nosso favor R$ 4.000,00

Comentários

(i) As participações permanentes no capital de outras sociedades são classificadas no Ativo Permanente da investidora e podem ser avaliadas pelo método de equivalência patrimonial ou pelo método do custo de aquisição.

(ii) Somente se o investimento não se enquadrar no Método de Equivalência Patrimonial,

deve ser adotado o Método de Custo de Aquisição.

(iii) De acordo com o art. 248. da Lei no 6.404/76, são avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial:

a. Os investimentos relevantes em sociedades controladas; e b. Os investimentos relevantes em sociedades coligadas sobre cuja administração a

investidora tenha influência, ou de que participe com 20% ou mais do capital social da investida.

Além disso, o parágrafo único do art. 247, da Lei no 6.404/76 determina que o investimento é relevante quando:

i. Em cada sociedade coligada ou controlada, o valor contábil do investimento for igual ou superior a 10% do valor do Patrimônio Líquido da investidora; e

ii. No conjunto das sociedades coligadas e controladas, o valor contábil dos

investimentos for igual ou superior a 15% do valor do Patrimônio Líquido da investidora

(iv) Sociedades Coligadas: as sociedades são coligadas se uma empresa participa com 10%

ou mais do capital da outra empresa sem controlá-la, sendo irrelevante, se a participação no capital assegura ou não direito a voto.

a. De acordo com o art. 243 da Lei no 6.404/76, a coligação só ocorre se a participação

for direta e o controle pode ocorrer com participação direta ou indireta.

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b. Entretanto, de acordo com Instrução CVM 247/96, são também equiparadas a coligadas as seguintes sociedades:

i. Quando uma empresa participe indiretamente com 10% ou mais do capital

votante de outra, sem controlá-la; e

ii. Quando uma empresa participe com 10% ou mais do capital votante de outra, sem controlá-la, independentemente do percentual de participação do capital.

(v) Sociedade Controlada: é a empresa cuja controladora, diretamente ou por intermédio

de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e poder de eleger a maioria dos administradores.

(vi) Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial: o valor do investimento avaliado

pelo Método de Equivalência Patrimonial é obtido aplicando-se a percentagem de participação no capital social sobre o valor do patrimônio líquido da investida. Logo, sempre que o patrimônio líquido da investida variar, a investidora deverá ajustar o valor do investimento. Se o ajuste aumentar o valor do investimento, haverá um ganho de equivalência patrimonial (receita operacional). Por outro lado, se ajuste diminuir o valor do investimento, haverá uma perda de equivalência patrimonial (despesa operacional). Os lançamentos seriam os seguintes:

a. Ganho de Equivalência Patrimonial:

Participações Permanentes (Ativo Permanente) a Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita)

b. Perda de Equivalência Patrimonial

Perda de Equivalência Patrimonial (Despesa) a Participações Permanentes (Ativo Permanente)

(vii) Com relação à contabilização dos dividendos de investimentos avaliados pela

equivalência patrimonial:

Lançamento: Caixa ou Dividendos a Receber (Ativo Circulante) a Investimentos Permanentes (Ativo Permanente)

Resolução Empresa: Hexa Comercial (investidora) Empresa: Hepta Comercial (investida) No exercício social de 2002: - a empresa Hexa obteve lucro líquido de R$ 50.000,00; - a empresa Hepta obteve lucro líquido de R$ 40.000,00; - a empresa Hexa distribuiu dividendos de 20%; e - a empresa Hepta distribuiu dividendos de 20%. I – Cálculo do Patrimônio Líquido da empresa Hexa e da empresa Hepta (em 31/12/02) – antes da apuração do resultado do exercício:

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Patrimônio Líquido (Hexa) = Capital social + Reservas e lucros ⇒

⇒ Patrimônio Líquido (Hexa) = 150.000 + 30.000 ⇒ ⇒ Patrimônio Líquido (Hexa) = 180.000 Patrimônio Líquido (Hepta) = Capital social + Reservas e lucros ⇒

⇒ Patrimônio Líquido (Hepta) = 120.000 + 12.000 ⇒ ⇒ Patrimônio Líquido (Hepta) = 132.000 II – Verificação da relevância do investimento da empresa Hexa: Percentual = Ações de Hepta/Patrimônio Líquido de Hexa = 52.800/180.000 = 29,3%

Logo, o investimento da empresa Hexa (Ações de Hepta) é relevante, pois o seu percentual em relação ao Patrimônio Líquido é maior que 10%.

III – Determinação do percentual de participação de Hexa em Hepta: Percentual de Participação = Ações de Hepta/Patrimônio Líquido de Hepta ⇒ ⇒ Percentual de Participação = 52.800/132.000 = 0,4 = 40%

Logo, Hexa possui 40% das ações de Hepta e o investimento deve ser avaliado pelo Método de Equivalência Patrimonial.

IV – Cálculo de Ganho de Equivalência Patrimonial: Lucro Líquido de Hepta = 40.000 Ganho de Equivalência Patrimonial = 40% x Lucro Líquido de Hepta = 40% x 40.000 ⇒ ⇒ Ganho de Equivalência Patrimonial = 16.000 Lançamento em Hexa : Ações de Hepta (Ativo Permanente) Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita) 16.000 V – Cálculo dos Dividendos a Receber em Hexa: Dividendos Distribuídos por Hepta = 20% x Lucro Líquido de Hepta = 20% x 40.000 ⇒ ⇒ Dividendos Distribuídos por Hepta = 8.000 Dividendos a Receber em Hexa = 40% x Dividendos Distribuídos por Hepta ⇒ ⇒ Dividendos a Receber em Hexa = 40% x 8.000 = 3.200 Lançamento em Hexa: Dividendos a Receber (Ativo Circulante) a Ações de Hepta (Ativo Permanente) 3.200

a) Dividendos a Receber a Ações da Empresa Hepta Comercial vlr. dividendos a nosso favor R$ 3.200,00

GABARITO: A

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175- A firma Rinho Ltda. apresenta as seguintes rubricas vinculadas ao resultado do exercício: COFINS R$ 180,00 Custo da Mercadoria Vendida R$ 2.800,00 Despesas Financeiras R$ 600,00 ICMS s/ Vendas R$ 720,00 PIS s/ Faturamento R$ 60,00 Receita Operacional Bruta R$ 6.000,00 Salários e Ordenados R$ 1.000,00 Com base nos dados apresentados, pode-se dizer que a empresa apresenta: a) Receita Líquida de Vendas R$ 5.280,00 b) Receita Líquida de Vendas R$ 2.240,00 c) Lucro Operacional Bruto R$ 5.040,00 d) Lucro Operacional Líquido R$ 2.240,00 e) Lucro Operacional Líquido R$ 640,00 Comentários

(i) Lei no 6.404 (Lei das Sociedades Anônimas), de 15/12/1976: Demonstração do Resultado do Exercício

Receita Bruta (-) Deduções da Receita Bruta (=) Receita Líquida (-) Custo das Mercadorias/Produtos/Serviços Vendidos/Prestados (=) LUCRO BRUTO (-) Despesas c/ Vendas (-) Despesas Financeiras (+) Receitas Financeiras (-) Despesas Gerais e Administrativas (-) Outras Despesas Operacionais (+) Outras Receitas Operacionais (=) LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL (+) Receitas Não-operacionais (-) Despesas Não-operacionais (-) Despesa com Provisão da CSLL (Contribuição Social sobre o Líquido) (=) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (-) Despesa c/ Provisão do Imposto de Renda (-) Despesa c/ Participações Societárias sobre o Lucro Participações de Debêntures Participações de Empregados Participações de Administradores

Participações de Partes Beneficiárias (=) LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO Lucro/Prejuízo Líquido por Ação Resolução Empresa: Rinho Ltda

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I – Elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): Receita Operacional Bruta 6.000 (-) ICMS s/ Vendas (720)

(-) PIS s/ Faturamento (60) (-) COFINS (180)

Receita Líquida de Vendas 5.040 (-) Custo da Mercadoria Vendida (2.800) Lucro Operacional Bruto 2.240 (-) Despesas Financeiras (600)

(-) Salários e Ordenados (1.000) Lucro Operacional Líquido 640 GABARITO: E 176- Observemos os seguintes fatos administrativos: aluguel de R$ 200,00 mensais que foi contratado em 30 de agosto de 2002, mas foi pago apenas até 30 de novembro do mesmo ano; compra de mercadorias por R$ 4.000,00, tendo sido vendido no mesmo ano 40% do volume adquirido, com lucro de 15%; salário de dezembro de R$ 500,00 com INSS de 11% dos empregados e 20% dos empregadores e FGTS de 8%. Considerando o registro contábil correto desses eventos, podemos dizer que eles reduziram o lucro do ano de 2002 no valor de a) R$ 1.000,00 b) R$ 1.200,00 c) R$ 1.255,00 d) R$ 1.440,00 e) R$ 1.680,00 Comentários

(i) Regime de Competência: princípio contábil, que deve ser, na prática, estendido a qualquer alteração patrimonial, independentemente de sua natureza e origem. Por este princípio, as receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem os seus fatos geradores, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.

Resolução I - Aluguel de R$ 200,00 mensais que foi contratado em 30 de agosto de 2002, mas foi pago apenas até 30 de novembro do mesmo ano:

I.1 – Lançamento nos meses de setembro, outubro e novembro: Despesas de Aluguel (Despesa) a Caixa (Ativo Circulante) 200 I.2 – Lançamento no mês de dezembro: como a questão pediu o registro contábil correto, deve-se adotar o Regime de Competência (o fato gerado do aluguel de dezembro ocorreu, independentemente do pagamento ter sido efetuado). Despesas de Aluguel (Despesa)

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a Aluguéis a Pagar (Passivo Circulante) 200 Logo, o total de despesas de aluguel do período foi: Despesas de Aluguel = 3 x 200 (set, out e nov) + 200 (dez) = 800

II - Compra de mercadorias por R$ 4.000,00, tendo sido vendido no mesmo ano 40% do volume adquirido, com lucro de 15%: II.1 – Compra de mercadorias por R$ 4.000,00: Mercadorias (Ativo Circulante) a Caixa (Ativo Circulante) 4.000 II.2 – Venda de 40% das mercadorias adquiridas com lucro de 15%: Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) = 40% x 4.000 = 1.600 Lucro = 15% x CMV = Receita de Vendas – CMV ⇒ ⇒ Receita de Vendas = 1,15 x CMV = 1,15 x 1.600 = 1.840 Lançamentos: Caixa (Ativo Circulante) a Receita de Vendas (Receita) 1.840 CMV (Despesa) a Mercadorias (Ativo Circulante) 1.600 III - Salário de dezembro de R$ 500,00 com INSS de 11% dos empregados e 20% dos empregadores e FGTS de 8%: INSS Empregados (11%) = 11% x 500 = 55 INSS Empregadores (20%) = 20% x 500 = 100 FGTS (8%) = 8% x 500 = 40 Lançamentos: Despesas de Salários (Despesa) a Salários a Pagar (Passivo Circulante) 500 Salários a Pagar (Passivo Circulante) a INSS a Recolher (Passivo Circulante) 55 Encargos Sociais e Trabalhistas (Despesa) a Diversos a INSS a Recolher (Passivo Circulante) 100 a FGTS a Recolher (Passivo Circulante) 40 140 IV – Determinação do Resultado do Exercício: Receita de Vendas 1.840

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(-) CMV (1.600) Lucro Bruto 240 (-) Despesas de Aluguel (800) (-) Despesas de Salários (500) (-) Enc. Sociais e Trabalhistas (140) Prejuízo Líquido do Exercício (1.200) GABARITO: B 177- As contas que computam os eventos de estoque, compras e vendas, tiveram o seguinte comportamento em setembro: Vendas R$ 100.000,00 Compras R$ 60.000,00 ICMS sobre vendas R$ 12.000,00 ICMS sobre compras R$ 7.200,00 ICMS a Recolher R$ 4.800,00 Fretes sobre Compras R$ 5.000,00 Fretes sobre Vendas R$ 7.000,00 Estoque Inicial R$ 30.000,00 Estoque Final R$ 40.000,00 Com base nos valores dados no exemplo, o lucro bruto alcançou o valor de a) R$ 45.200,00 b) R$ 47.400,00 c) R$ 52.400,00 d) R$ 40.200,00 e) R$ 33.200,00 Comentários

(i) Compras Brutas = Valor da Compra + II + IPI – ICMS – PIS a Recuperar

a. Todos os gastos da empresa comercial com as mercadorias adquiridas para revenda integram o valor da compra (Fretes, Seguros, etc.);

b. Compra de mercadoria importada: a empresa também pagará o imposto de

importação (II).

(ii) Compras Líquidas = Compras Brutas + Fretes + Seguros – Deduções

i. As dedução das compras são contas retificadoras das contas brutas;

ii. Ocorrendo Desconto Comercial ou Incondicional, o ICMS incidirá no valor líquido da operação;

iii. Não há deduções das compras brutas quando ocorram Descontos

Condicionais ou Financeiros; e

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iv. Caso as compras tenham sido totalmente devolvidas e tenha existido frete na compra, este frete será considerado Despesa Operacional (Perda com Fretes). Se a devolução for parcial, a perda com frete será proporcional à devolução.

(iii) Inventário Periódico:

a. Mercadorias Disponíveis para Venda = Estoque Inicial (EI) + Compras Líquidas (C);

b. Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) = EI + C – EF

EI = Estoque Inicial; C = Compras Líquidas; e EF = Estoque Final.

c. Resultado com Mercadorias (RCM) = VL – CMV

VL = Vendas Líquidas; e CMV = Custo das Mercadorias Vendidas.

(iv) Vendas Brutas: valor original da operação de venda

(v) Vendas Líquidas (VL) = Vendas Brutas – Deduções

a. Deduções (contas retificadoras da receita bruta):

- Devoluções de Vendas; - Abatimentos sobre Vendas; - Descontos Incondicionais Concedidos; - Impostos sobre Vendas (ICMS, ISS e IE); e - Contribuições Sociais sobre Vendas (PIS e Cofins).

Resolução Lucro Bruto = ? I – Cálculo da Compras Líquidas: Compras Líquidas = Compras – ICMS s/ Compras + Frete s/ Compras ⇒ ⇒ Compras Líquidas = 60.000 – 7.200 + 5.000 = 57.800 II – Cálculo do Custo das Mercadorias Vendidas (CMV): CMV = Estoque Inicial + Compras Líquidas – Estoque Final ⇒ ⇒ CMV = 30.000 + 57.800 – 40.000 = 47.800 III – Determinação do Lucro Bruto: Vendas 100.000

(-) ICMS sobre vendas (12.000) Receita Líquida de Vendas 88.000 (-) CMV (47.800)

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Lucro Bruto 40.200 GABARITO: D 178- Abaixo temos contas de resultado da empresa Elamex S/A. C o n t a s v a l o r Vendas de Mercadoria para o Brasil R$ 200.000,00 Vendas de Mercadorias para o exterior R$ 100.000,00 Receitas com Prestação de Serviços R$ 80.000,00 Vendas Canceladas R$ 20.000,00 Descontos Incondicionais R$ 15.000,00 Imposto de Circulação de Mercadorias R$ 45.000,00 Imposto Sobre Serviços R$ 4.000,00 Receitas Financeiras R$ 10.000,00 Custo da Mercadoria Vendida R$ 120.000,00 Despesas Administrativas R$ 30.000,00 Segundo a legislação cabível, a COFINS deve ser calculada no fim do exercício social à alíquota de 3%. Ao ser efetuado o cálculo correto dessa contribuição, com base nos dados acima, deverá ser contabilizado a crédito de COFINS a Recolher o valor de a) R$11.100,00 b) R$ 7.650,00 c) R$ 7.350,00 d) R$ 6.900,00 e) R$ 5.880,00 Comentários

(i) Pela legislação atual, que rege as sociedades tributadas pelo lucro presumido, temos que apenas determinar a base de cálculo da Cofins sobre as operações que envolvam receitas:

a. Receita Bruta ou Faturamento Bruto: todas as receitas geradas pela atividade

principal da sociedade, exceto receitas imunes (principalmente as exportações e demais receitas imunes definidas na Constituição Federal).

b. Deduções da Receita: Devoluções de Vendas, Descontos Incondicionais, IPI

sobre Vendas, ICMS em substituição tributária, etc.

c. Demais Resultados e Ganhos de Capital: receitas operacionais, além de outros ganhos de capital.

(ii) Após a promulgação das leis 10.637/2002 e 10.833/2003, a PIS e a Cofins passaram a

incidir de forma não-cumulativa para as sociedades tributadas pelo lucro real, de forma muito semelhante ao ICMS. A diferença entre a PIS e a COFINS não-cumulativas e o ICMS é percebida em pequenos detalhes:

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a. Crédito sobre o Ativo Imobilizado: ICMS (48 vezes mensais) / PIS e Cofins (Depreciação).

b. PIS/Cofins: admitem créditos sobre aluguéis, leasing (em algumas condições), etc.

c. Forma de Cálculo: ICMS (inclusa no preço) / PIS e Cofins (sobre o montante).

d. Destaque na Nota Fiscal: ICMS (há destaque) / PIS e Cofins (não há destaque).

Resolução Empresa: Elamex S/A Cofins (3%) = ? I – Determinação da Base de Cálculo da COFINS (As exportações são imunes): a questão não menciona se a empresa é tributada pelo lucro presumido ou pelo lucro real. Entretanto, pela alíquota utilizada (3%), conclui-se que a tributação é pelo lucro presumido.

Vendas de Mercadorias para o Brasil 200.000 Receitas de Prestação de Serviços 80.000 Receitas Financeiras 10.000 (-) Vendas Canceladas (20.000) (-) Descontos Incondicionais (15.000) Base de Cálculo da COFINS 255.000 Cofins (3%) = 3% x 255.000 = 7.650

GABARITO: B (*) 178.A- Caso a Empresa Elamex S/A fosse tributada com base no lucro real (Cofins = 7,6%), calcule a Cofins a Recolher.

Vendas de Mercadorias para o Brasil 200.000 Vendas de Mercadorias para o exterior 100.000 Receitas c/ Prestações de Serviços 80.000 Vendas Canceladas 20.000 Descontos Incondicionais 15.000 ICMS 45.000 Depreciação 4.000 Receitas Financeiras 10.000 Compras 120.000 Despesas Administrativas 30.000

I – Cálculo do Cofins a Recolher

Vendas de Mercadorias para o Brasil 200.000 Receitas c/ Prestação de Serviços 80.000 Receita Bruta 280.000 (-) Vendas Canceladas (20.000) (-) Descontos Incondicionais (15.000) (+) Receitas Financeiras 10.000 Base de Cálculo da Cofins a Recolher 255.000

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Cofins a Recolher (7,6%) = 7,6% x 255.000 = 19.380 II – Cálculo da Cofins a Recuperar Compras 120.000 Depreciação 4.000

Base de Cálculo da Cofins a Recuperar 124.000 Cofins a Recuperar (7,6%) = 7,6% x 124.000 = 9.424 III – Cofins a Recolher – Cofins a Recuperar = 19.380 – 9.424 ⇒ ⇒ Cofins a Recolher = 9.956

IV – OBS: A não-cumulatividade da Cofins só vale para empresas tributadas pelo Lucro Real.

179- Assinale abaixo a opção que contém a afirmação correta. a) O lucro da pessoa jurídica será arbitrado quando o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido. b) Lucro presumido é uma forma simplificada de apuração da base de cálculo dos tributos com o imposto de renda e da contribuição social, aplicável a todas as pessoas jurídicas que fizerem opção para esse fim. c) Lucro real é o lucro líquido do período apurado na escrituração comercial, mas diferente do lucro contábil, porque é ajustado pelas adições, exclusões e compensações. d) Lucro arbitrado é a forma utilizada pelo fisco apenas no caso em que o contribuinte se recusar ou dificultar o acesso da autoridade fiscal à documentação comprobatória das atividades. e) Lucro contábil é aquele apurado na contabilidade mas que não serve de base para a tributação do imposto de renda porque é conhecido apenas como lucro escritural. Comentários

(i) Lucro Real: é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal. A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das leis comerciais (art. 247, do RIR/99).

(ii) Lucro Presumido: é uma forma de tributação simplificada para a determinação da base

de cálculo do imposto de renda e da CSLL das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas à apuração do lucro real, no ano calendário.

(iii) Lucro Arbitrado: O imposto de renda devido trimestralmente será determinado com

base nos critérios do lucro arbitrado quando (art. 530, do RIR/99):

a. a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para:

i. identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou

ii. determinar o lucro real.

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b. o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal, ou deixar de apresentar o Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária, quando optar pelo lucro presumido e não mantiver escrituração contábil regular;

c. o contribuinte optar indevidamente pelo lucro presumido;

d. o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e

apurar o lucro da sua atividade separadamente do lucro do comitente, residente ou domiciliado no exterior;

e. o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizadas para resumir, totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário; e

f. o contribuinte não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou

deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal, nos casos em que o mesmo se encontre obrigado ao lucro real.

(iv) Lucro Contábil = Lucro Líquido do Exercício

Resolução I – Análise das Alternativas: a) O lucro da pessoa jurídica será arbitrado quando o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido. A alternativa é VERDADEIRA, de acordo com art. 530 do RIR/99. b) Lucro presumido é uma forma simplificada de apuração da base de cálculo dos tributos com o imposto de renda e da contribuição social, aplicável a todas as pessoas jurídicas que fizerem opção para esse fim.

O Lucro Presumido pode ser aplicável às pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas à apuração do lucro real, no ano calendário. Logo, não são todas as pessoas jurídicas que podem optar pelo lucro presumido. A alternativa é FALSA.

c) Lucro real é o lucro líquido do período apurado na escrituração comercial, mas diferente do lucro contábil, porque é ajustado pelas adições, exclusões e compensações.

Não necessariamente o Lucro Real será diferente do Lucro Contábil, visto que pode haver adições que acabem anulando as exclusões e, o resultado final acabe sendo igual ao lucro contábil. Além disso, pode ser que não tenha adições ou exclusões a fazer e o lucro real seja, por essa razão, igual ao lucro contábil. A alternativa é FALSA.

d) Lucro arbitrado é a forma utilizada pelo fisco apenas no caso em que o contribuinte se recusar ou dificultar o acesso da autoridade fiscal à documentação comprobatória das atividades.

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O art. 530 do RIR/99 enumera vários casos em que o lucro arbitrado deve ser adotado.

A alternativa é FALSA. e) Lucro contábil é aquele apurado na contabilidade mas que não serve de base para a tributação do imposto de renda porque é conhecido apenas como lucro escritural.

O lucro contábil não é admitido pela legislação fiscal para a apuração do Imposto de Renda, porque existem divergências entre esta legislação e a legislação societária. Ou seja, o motivo de não se admitir o lucro contábil para a apuração do IR são divergências entre as legislações e não porque o lucro contábil é conhecido como lucro escritural. De acordo com parágrafo 2º do art 177 da Lei 6.404/76: "A companhia observará em registros auxiliares, sem modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam métodos ou critérios contábeis diferentes ou determinem a elaboração de outras demonstrações financeiras." A alternativa é FALSA.

GABARITO: A 180- A empresa Comércio Losso Ltda. renovou o seu estoque de mercadorias, que estava a zero em 20 de agosto, adquirindo 100 unidades ao custo unitário de R$ 3,80 e mais 200 unidades a R$ 4,80, dia 29/08. Durante o mês de setembro, a empresa vendeu: 100 unidades no dia 03; 80 unidades no dia 10; e 120 unidades no dia 25. No mesmo mês, a empresa comprou: 50 unidades no dia 05 e mais 140 unidades no dia 15. As aquisições de setembro foram realizadas ao custo unitário de R$ 5,00 e não sofreram nenhuma tributação. As vendas de setembro foram realizadas ao preço unitário de R$ 8,00, sofrendo tributação de ICMS a 12%. Com base, exclusivamente, nos dados apresentados, podemos dizer que o estoque de mercadorias, em 30 de setembro, terá o valor de: a) R$ 660,00, se for avaliado pelo critério PEPS. b) R$ 660,00, se for avaliado pelo critério UEPS. c) R$ 760,00, se for avaliado pelo critério Preço Médio. d) R$ 794,20, se for avaliado pelo critério Preço Médio. e) R$ 950,00, se for avaliado pelo critério PEPS. Comentários

(i) Métodos de Apuração do Custo do Estoque: Preço específico, PEPS ou FIFO, UEPS ou LIFO e Custo Médio Ponderado Móvel (utilizados no sistema de inventário permanente, onde, a cada venda, é possível saber o custo das mercadorias vendidas).

a. Preço Específico: o custo de cada unidade do estoque é o preço efetivamente pago

para cada item. Normalmente, este método é utilizado para mercadorias de valor significativo, distinguíveis entre si, como por exemplo, em uma revenda de automóveis usados;

b. PEPS ou FIFO (Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai, First-In-First-Out):

por este método, à medida que ocorrem as vendas, vai-se dando baixa no estoque a

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partir das primeiras compras (mercadorias mais antigas), ou seja, vendem-se ou consomem-se antes as primeiras mercadorias compradas;

c. UEPS ou LIFO (Último que Entra é o Primeiro que Sai, Last-In-First-Out): ao

contrário do método PEPS, dá-se primeiro a saída da mercadorias mais recentes, ou seja, das últimas mercadorias que foram adquiridas; e

d. Custo Médio Ponderado Móvel: através deste método, o custo médio de cada

unidade em estoque é alterado pelas compras de outras unidades por um preço diferente (a cada nova aquisição de mercadorias, uma nova média é calculada).

(ii) Legislação do Imposto de Renda: permite, apenas, a utilização dos métodos do preço

específico, do custo médio ponderado móvel ou do PEPS, não permitindo, para fins fiscais, a utilização do UEPS.

Resolução Dados:

Empresa: Comércio Losso Ltda. Compras: isentas de tributação; Vendas: ICMS a 12% 1 - Existências anteriores (20/08): 100 unidades ao custo unitário de R$ 3,80; 2 – Existências anteriores 2 (29/08): 200 unidades ao custo unitário de R$ 4,80; 3 – Primeira venda (03/09): 100 unidades; 4 – Primeira compra (05/09): 50 unidades ao custo unitário de R$ 5,00; 5 – Segunda venda (10/09): 80 unidades; 6 – Segunda compra (15/09): 140 unidades ao custo unitário de R$ 5,00; 7 – Terceira venda (25/09): 120 unidades. Estoque de mercadorias em 30/09 = ?

I – Método PEPS

Entrada Saída Saldo Valor Valor Valor

Data Quant.

Unitário Total Quant.

Unitário Total Quant.

Unitário Total EI

(01/09) 100

200 3,80 4,80

380 960

1.340 3 (*1)

(03/09) 100 3,80 380 200 4,80 960

4 (05/09)

50 5,00 250 200 50

4,80 5,00

960 250

1.210 5 (*2)

(10/09) 80 4,80 384 120

50 4,80 5,00

576 250 826

6 (15/09)

140 5,00 700 120 190

4,80 5,00

576 950

1.526 7 (*3) 120 4,80 576 190 5,00 950

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(25/09) Soma 190 950 300 1.340 190 5,00 950

(*1) A primeira venda foi de 100 unidades. Logo, sairão do estoque as 100 unidades do estoque inicial adquiridas em 20/08. (*2) A segunda venda foi de 80 unidades. Logo, sairão do estoque as 80 unidades do estoque inicial adquiridas em 29/08. (*3) A terceira venda foi de 120 unidades. Logo, sairão do estoque as 120 unidades restantes do estoque inicial adquiridas em 29/08. Estoque Final (PEPS) = 190 unidades ao custo unitário de R$ 5,00 = R$ 950,00 a) R$ 660,00, se for avaliado pelo critério PEPS. – A alternativa é FALSA. e) R$ 950,00, se for avaliado pelo critério PEPS. - . – A alternativa é VERDADEIRA. II – Método UEPS

Entrada Saída Saldo Valor Valor Valor

Data Quant.

Unitário Total Quant.

Unitário Total Quant.

Unitário Total EI

(01/09) 100

200 3,80 4,80

380 960

1.340 3 (*1)

(03/09) 100 4,80 480 100

100 3,80 4,80

380 480 860

4 (05/09)

50 5,00 250 100 100 50

3,80 4,80 5,00

380 480 250

1.110 5 (*2)

(10/09) 30

50 4,80 5,00

144 250 394

100 70

3,80 4,80

380 336 716

6 (15/09)

140 5,00 700 100 70 140

3,80 4,80 5,00

380 336 700

1.416 7 (*3)

(25/09) 120 5,00 600 100

70 20

3,80 4,80 5,00

380 336 100 816

Soma 190 950 300 1.474 100 70 20

3,80 4,80 5,00

380 336 100 816

(*1) A primeira venda foi de 100 unidades. Logo, sairão do estoque 100 unidades do estoque inicial adquiridas em 29/08.

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(*2) A segunda venda foi de 80 unidades. Logo, sairão do estoque 30 unidades do estoque inicial adquiridas em 29/08 e 50 unidades adquiridas na primeira compra. (*3) A terceira venda foi de 120 unidades. Logo, sairão do estoque as 120 unidades da segunda compra. Estoque Final (PEPS) = R$ 816,00 (vide tabela acima) b) R$ 660,00, se for avaliado pelo critério UEPS. – A alternativa é FALSA. III – Método do Custo Médio (Preço Médio)

Entrada Saída Saldo Valor Valor Valor

Data Quant.

Unitário Total Quant.

Unitário Total Quant.

Unitário Total EI

(01/09) 300 4,47 (*1)

1.340

3 (03/09)

100 4,47 447 200 4,47 894

4 (05/09)

50 5,00 250 250 4,57 (*2) 1.142,5

5 (10/09)

80 4,57 365,6 170

4,57

776,9

6 (15/09)

140 5,00 700 310 4,76 (*3) 1.475,6

7 (*3) (25/09)

120 4,76 571,2 190 4,76 904,4

Soma 190 950 300 1.383,8 190 4,76 905,7 (*1) Preço Unitário = (100 x 3,80 + 200 x 4,80)/300 = 4,47 (*2) Preço Unitário = (200 x 4,47 + 50 x 5)/250 = 4,57 (*3) Preço Unitário = (170 x 4,57 + 140 x 5)/310 = 4,76 Estoque Final (Preço Médio) = R$ 904,40 (vide tabela acima) c) R$ 760,00, se for avaliado pelo critério Preço Médio. – A alternativa é FALSA. d) R$ 794,20, se for avaliado pelo critério Preço Médio. – A alternativa é FALSA. GABARITO: E 181- Assinale abaixo a opção que contém a afirmação incorreta. a) As obrigações em moeda estrangeira com paridade cambial deverão ser convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio do dia do balanço. b) O preço de mercado de bens do almoxarifado e de matérias-primas é o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado.

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c) Os investimentos em participação no capital de outras sociedades deverão ser avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis, se esta perda estiver comprovada como permanente. d) Uma provisão para ajuste ao valor de mercado deve ser feita sempre que os produtos do comércio da companhia estiverem com custo superior ao preço de mercado. e) O ativo diferido deverá ser avaliado pelo valor do capital aplicado, menos o saldo das contas que registram sua amortização. Comentários

(i) Critérios de Avaliação do Ativo (art. 183, da Lei no 6.404/76):

a. os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores mobiliários não classificados como investimentos, pelo custo de aquisição ou pelo valor do mercado, se este for menor; serão excluídos os já prescritos e feitas as provisões adequadas para ajustá-lo ao valor provável de realização, e será admitido o aumento do custo de aquisição, até o limite do valor do mercado, para registro de correção monetária, variação cambial ou juros acrescidos.

b. os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da

companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior.

c. os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado

os avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas.

d. os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender

às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior.

e. os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo

da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão.

f. o ativo diferido, pelo valor do capital aplicado, deduzido do saldo das contas que registrem a sua amortização.

g. Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor de mercado (art. 183, § 1º):

i. das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam

ser repostos, mediante compra no mercado;

ii. dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro;

iii. dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros.

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(ii) Critérios de Avaliação do Passivo (art. 184, da Lei no 6.404/76):

a. as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto sobre

a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados pelo valor atualizado até a data do balanço.

b. as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão

convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço.

c. as obrigações sujeitas à correção monetária serão atualizadas até a data do balanço.

(iii) Resultados de Exercícios Futuros (art. 181, da Lei no 6.404/76): Serão classificadas como resultados de exercício futuro as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes.

Resolução I – Análise das Alternativas: a) As obrigações em moeda estrangeira com paridade cambial deverão ser convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio do dia do balanço. A alternativa é VERDADEIRA. b) O preço de mercado de bens do almoxarifado e de matérias-primas é o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado. A alternativa é VERDADEIRA. c) Os investimentos em participação no capital de outras sociedades deverão ser avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis, se esta perda estiver comprovada como permanente.

Os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado os avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial, serão avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente. Ou seja, a alternativa, da forma como está descrita, está incorreta, pois não faz a ressalva da Equivalência Patrimonial. A alternativa é FALSA.

d) Uma provisão para ajuste ao valor de mercado deve ser feita sempre que os produtos do comércio da companhia estiverem com custo superior ao preço de mercado. A alternativa é VERDADEIRA, e está de acordo com o Princípio da Prudência. e) O ativo diferido deverá ser avaliado pelo valor do capital aplicado, menos o saldo das contas que registram sua amortização. A alternativa é VERDADEIRA.

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GABARITO: C 182- Em primeiro de novembro a Nossa Firma adquiriu cinco conjuntos de mesas com quatro cadeiras, para pagamento em 60 dias. O preço total foi R$ 10.000,00, sendo R$ 1.000,00 por mesa e R$ 250,00 por cadeira. Segundo o costume usual os móveis brasileiros têm expectativa de vida útil de dez anos, mas o proprietário falou e disse: “vou cuidar para que a depreciação dos bens de uso seja feita em 12 anos”. A empresinha da questão usa como mobília dois dos conjuntos adquiridos e os outros três foram destinados à revenda. No dia 31 de dezembro os bens foram inventariados com base em pesquisa válida que encontrou preço líquido de mercado de R$ 900,00 para as mesas e de R$ 300,00 para as cadeiras. Com base nestes dados e informações, adotando-se os critérios legais de avaliação de ativos, podemos dizer, com certeza, que no Balanço Patrimonial os cinco conjuntos em epígrafe contribuirão com um custo de a) R$ 9.620,00 b) R$ 9.800,00 c) R$ 9.820,00 d) R$ 10.020,00 e) R$ 10.500,00 Comentários

(i) As taxas anuais de depreciação normalmente admitidas pela Legislação Fiscal para uso normal de bens em turno de oito horas diárias são:

Vida Útil Taxa Anual de Depreciação

Edifícios 25 anos 4% Máquinas e Equipamentos 10 anos 10% Instalações 10 anos 10% Móveis e Utensílios 10 anos 10% Veículos 5 anos 20% Bens de Informática 5 anos 20%

(ii) A Legislação Fiscal admite que a empresa adote taxas diferentes de depreciação, desde que sejam baseadas em um laudo oficial de alguma entidade oficial de pesquisa científica ou tecnológica (art. 310, § 2º, do RIR/99). Entretanto, não haverá problema algum se a empresa adotar taxas de depreciação menores que as admitidas pela Legislação Fiscal.

Resolução Nossa Firma 01/novembro:

- Adquiriu 5 conjuntos de mesas com 4 cadeiras (pagamento em 60 dias); - Preço total = R$ 10.000,00 (R$ 1.000,00 por mesa e R$ 250,00 por cadeira); - Costume usual: Móveis brasileiros - vida útil = 10 anos; - Proprietário falou e disse: “a depreciação dos bens de uso será feita em 12 anos”; - Usa como mobília: dois dos conjuntos adquiridos; - Outros três: destinados à revenda.

31/dezembro:

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- Bens foram inventariados: preço de mercado de R$ 900,00 para as mesas e de R$ 300,00 para as cadeiras.

Balanço Patrimonial: os cinco conjuntos contribuirão com um custo = ? I – Aquisição dos Conjuntos (01/nov): 2 conjuntos para uso e 3 conjuntos para revenda (pagamento em 60 dias) I.1 – O pagamento ocorrerá em 01/janeiro. I.2 – Valor do Conjunto: Valor do Conjunto = 1.000 (mesa) + 4 x 250 (cadeiras) = 2.000 I.3 – Lançamentos: Diversos a Duplicatas a Pagar (Passivo Circulante) a Mercadorias (Ativo Circulante) – 3 conjuntos 6.000 a Móveis e Utensílios (Ativo Permanente) – 2 conjuntos 4.000 10.000 II – Determinação da Taxa de Depreciação: II.1 – Costume usual: Vida Útil = 10 anos Taxa de Depreciação = 1/Vida Útil = 1/10 = 0,1 = 10% ao ano II.2 – Proprietário da Empresa: Vida Útil = 12 anos

Taxa de Depreciação = 1/Vida Útil = 1/12 ao ano (poderá ser utilizada esta taxa de depreciação, pois, apesar de não ser o costume usual, os encargos de depreciação por ano serão menores – custo menor gera um maior lucro ou um maior prejuízo).

III – Cálculo dos Encargos de Depreciação: só os 2 conjuntos de mesas e cadeiras destinados ao uso sofrerão depreciação (os 3 conjuntos destinados à revenda não sofrem depreciação). Período: 01/nov a 31/dez = 2 meses = 2/12 anos = 1/6 anos Base de Cálculo = Valor de Aquisição = 4.000 Encargos de Depreciação = Período x Taxa de Depreciação x Base de Cálculo ⇒ ⇒ Encargos de Depreciação = 1/6 x 1/12 x 4.000 = 55,56 Lançamento: Encargos de Depreciação (Despesa) a Depreciação Acumulada (Ativo Permanente) 55,56 IV – Determinação das Provisões: Em 31/dezembro:

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Valor de Mercado das Mesas = 900 Valor de Mercador das Cadeiras = 300

Logo, deve ser realizada uma provisão para ajuste ao valor de mercado das mesas colocadas para revenda, de acordo com o art. 183, da Lei no 6.404/76. O valor das cadeiras não sofrerá provisão, pois o valor de mercado é maior:

Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado = 3 conjuntos x (1.000 – 900) = 300 Lançamento: Despesas com Provisão (Despesa) a Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado (Ativo Circulante) 300 V – Custo dos conjuntos no Balanço Patrimonial: V.1 – Conjuntos destinados à revenda: Valor Contábil = Valor de Aquisição – Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado ⇒ ⇒ Valor Contábil = 6.000 – 300 = 5.700 V.2 – Conjuntos destinados ao uso: Valor Contábil = Valor de Aquisição – Depreciação Acumulada ⇒ ⇒ Valor Contábil = 4.000 – 55,56 = 3.944,44 Valor Contábil Total dos Conjuntos = 5.700 + 3.944,44 = 9.644,44 GABARITO: ANULADA 183- A empresa Comércio Industrial Ltda. comprou 250 latas de tinta ao custo unitário de R$ 120,00, tributadas com IPI de 5% e ICMS de 12%. Pagou entrada de 20% e aceitou duas duplicatas mensais de igual valor. A tinta adquirida foi contabilizada conforme sua natureza contábil funcional, com a seguinte destinação: 50 latas para consumo interno; 100 latas para revender; e 100 latas para usar como matéria-prima. Após efetuar o competente lançamento contábil, é correto afirmar que, com essa operação, os estoques da empresa sofreram aumento no valor de a) R$ 31.500,00 b) R$ 30.000,00 c) R$ 28.020,00 d) R$ 27.900,00 e) R$ 26.500,00 Comentários

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(i) ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação)

a. Legislação do ICMS: imposto por dentro, ou seja, já está embutido no valor da

operação; b. Caso o frete e seguro estejam inseridos na nota fiscal, o próprio fornecedor está

transportando as mercadorias, logo, incide ICMS e IPI sobre o valor do frete e do seguro. Caso o frete e o seguro sejam cobrados por outra empresa (Ex: Empresa Transportadora), sobre esses valores não incidirão ICMS e IPI. Regra geral, quando não for dito sobre o frete e o seguro, considera-se que foi realizado por uma empresa transportadora;

c. O valor do ICMS pago ao fornecedor por ocasião da compra corresponde a um

direito da empresa (ICMS a Recuperar);

d. O valor do ICMS que a empresa recebe de um cliente por ocasião da venda de mercadorias representa uma obrigação (ICMS a Recolher);

b. Lançamentos:

i. Compras de Mercadorias:

Diversos a Caixa Mercadorias ICMS a Recuperar

ii. Vendas de Mercadorias:

Caixa a Receita Bruta Vendas ICMS sobre Vendas a ICMS a Recolher

c. Se a conta “ICMS a Recuperar” (Ativo Circulante) for maior que a conta “ICMS a Recolher”, a diferença de saldo entre as duas contas, no final do período de apuração, será classificada como “ICMS a Recuperar”. Caso contrário (ICMS a Recuperar < ICMS a Recolher), a diferença entre as duas contas será classificada como “ICMS a Recolher” (Passivo Circulante).

(ii) IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)

a. Imposto de competência federal; b. Como incide sobre produtos industrializados, é devido pelas empresas industriais e

por empresas a equiparadas a industriais; c. Constituição de 1988: ICMS e IPI são impostos não-cumulativos, ou seja, são

compensados em cada operação com o montante cobrado em operações anteriores;

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d. Legislação do IPI: imposto por fora, logo, não integra a Receita Bruta de Vendas;

e. Caso o frete e seguro estejam inseridos na nota fiscal, o próprio fornecedor está

transportando as mercadorias, logo, incide ICMS e IPI sobre o valor do frete e do seguro. Caso o frete e o seguro sejam cobrados por outra empresa (Ex: Empresa Transportadora), sobre esses valores não incidirão ICMS e IPI. Regra geral, quando não for dito sobre o frete e o seguro, considera-se que foi realizado por uma empresa transportadora;

f. Lançamentos:

i. Compras de Mercadorias (empresa industrial):

Diversos a Caixa Estoque de Matérias-Primas IPI a Recuperar

ii. Vendas de Mercadorias (empresa industrial):

Caixa a Diversos a Receita Bruta Vendas a IPI a Recolher

Resolução Empresa: Comércio Industrial Ltda. Compra: 250 latas de tinta ao custo unitário de R$ 120,00 (20% de entrada) IPI = 5% e ICMS = 12%. Destinação:

- 50 latas para consumo interno; - 100 latas para revender; e - 100 latas para usar como matéria-prima.

Saldo da conta Estoques após contabilização da compra das tintas = ? I – Custo Unitário = 120 (já está com o ICMS embutido). II – Consumo Interno: o ICMS e o IPI não são recuperáveis. 50 latas de tintas x R$ 120,00 6.000 (+) 5% de IPI = 5% x 6.000 300 Consumo Interno 6.300 III – Latas p/ Revenda: empresa comercial, ou seja, apenas o ICMS será recuperável. 100 latas de tinta x R$ 120,00 12.000 (+) 5% de IPI = 5% x 12.000 600 (-) 12% de ICMS = 12% x 12.000 (1.440)

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Latas p/ Revenda 11.160 IV – Latas p/ Matéria-Prima: empresa industrial/equiparada à industrial, ou seja, o ICMS e o IPI serão recuperáveis. 100 latas de tinta x R$ 120,00 12.000 (+) 5% de IPI = 5% x 12.000 600

(-) 5% de IPI = 5% x 12.000 (600) (-) 12% de ICMS = 12% x 12.000 (1.440) Latas p/ Matéria-Prima 10.560 V – Cálculo do Estoque: Estoque = Consumo Interno + Latas p/ Revenda + Latas p/ Matéria-Prima ⇒ ⇒ Estoque = 6.300 + 11.160 + 10.560 = 28.020 GABARITO: C 184- Assinale abaixo a opção que contém a asserção verdadeira. a) A Nota Promissória é um título de crédito autônomo, próprio para operações mercantis de compra e venda entre pessoas físicas. b) O sacado na Nota Promissória é o credor, enquanto que na Duplicata o sacado é o devedor. c) A Duplicata é um título de crédito próprio para transações financeiras, que só é emitido por pessoas jurídicas. d) A Nota Promissória e a Duplicata são títulos de crédito, sendo que na primeira o emitente é também chamado sacado; e na segunda, o emitente é também chamado sacador. e) A Triplicata é um título de crédito de emissão obrigatória, mas apenas quando houver o extravio da segunda Duplicata. Comentários

(i) Duplicata: é um título formal de crédito com característica comercial, emitido pelas empresas em decorrência da compra e venda de mercadorias ou prestação de serviços. É emitida pelo credor (emitente – sacador - vendedor da mercadoria) contra o devedor (sacado - comprador), pelo qual se deve ser remitida a este último para que a assine (aceite), reconhecendo seu débito.

(ii) Triplicata: é um título de emissão obrigatória quando ocorrer perda ou extravio da

Duplicata.

(iii) Nota Promissória: é um título de crédito autônomo, próprio para operações financeiras, podendo ser emitida tanto por pessoas físicas quanto por pessoas jurídicas, onde a pessoa física/jurídica emitente (sacado) se compromete a pagar a outra uma certa quantia em dinheiro num determinado prazo. Por se tratar de título emitido pelo devedor (sacado) a favor do credor (sacador), dispensa a formalidade do aceite.

Resolução I – Análise das Alternativas:

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a) A Nota Promissória é um título de crédito autônomo, próprio para operações mercantis de compra e venda entre pessoas físicas.

A Nota Promissória também pode ser emitida para operações mercantis entre pessoas jurídicas ou entre pessoas jurídicas e pessoas físicas. A alternativa é FALSA.

b) O sacado na Nota Promissória é o credor, enquanto que na Duplicata o sacado é o devedor.

O sacado na Nota Promissória e na Duplicata é o devedor. Cabe ressaltar que a expressão “sacado”, normalmente, só é utilizada para operações com duplicatas e letras de câmbio. Entretanto, a banco examinadora também considera esta expressão para as notas promissórias. A alternativa é FALSA.

c) A Duplicata é um título de crédito próprio para transações financeiras, que só é emitido por pessoas jurídicas.

As duplicatas são títulos de crédito próprios para operações com mercadorias ou serviços. A alternativa é FALSA.

d) A Nota Promissória e a Duplicata são títulos de crédito, sendo que na primeira o emitente é também chamado sacado; e na segunda, o emitente é também chamado sacador. A alternativa é VERDADEIRA. e) A Triplicata é um título de crédito de emissão obrigatória, mas apenas quando houver o extravio da segunda Duplicata.

A Triplicata é um título de crédito de emissão obrigatória, mas apenas quando houver o extravio da Duplicata, ou seja, não após o extravio da segunda duplicata que se emite a triplicata. A alternativa é FALSA.

GABARITO: D 185- Ao examinarmos a carteira de cobrança da empresa Gaveteiro S/A., encontramos diversas duplicatas a receber, algumas ainda a vencer, no valor de R$ 120.000,00; outras já vencidas, no valor de R$ 112.000,00; mais algumas em fase de cobrança, já protestadas, no valor de R$ 111.000,00 e outras descontadas em Bancos, no valor de R$ 98.000,00. Também havia uma Provisão para Créditos Incobráveis com saldo credor de R$ 4.000,00. Pelo conhecimento que temos da empresa e de sua carteira de cobrança, sabemos que a experiência de perda com esses créditos tem sido de cerca de 4%, sendo correto um provisionamento deste porte. Feitas as provisões e contabilizadas corretamente, com base em 4% dos devedores duvidosos, é correto dizer que a Demonstração do Resultado do Exercício conterá como despesa dessa natureza o valor de a) R$ 9.720,00 b) R$ 9.640,00

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c) R$ 8.760,00 d) R$ 5.800,00 e) R$ 5.280,00 Comentários

(i) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa: é o valor provisionado ao final de cada exercício social para cobrir, no exercício seguinte, perdas decorrentes de não recebimento de direitos da empresa (Ex: Duplicatas a Receber, Clientes). O valor da provisão é obtido a partir da aplicação de um percentual (baseado em estudos realizados tendo por base as perdas ocorridas nos últimos exercícios) sobre os valores dos direitos existentes na época do Balanço Patrimonial.

a. Lançamentos:

i. Constituição da Provisão:

Despesa com Provisão (Despesa) a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo Circulante)

ii. Perda Consumada:

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo Circulante) a Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)

iii. Reversão da Provisão:

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo Circulante) a Reversão de Provisão (Receita)

Resolução Empresa Gaveteiro S/A Duplicatas a receber:

- Duplicatas a Vencer = R$ 120.000,00; - Duplicatas Vencidas = R$ 112.000,00; - Duplicatas Protestadas = R$ 111.000,00; - Duplicatas Descontadas = R$ 98.000,00.

Provisão p/ Créditos Incobráveis = saldo credor de R$ 4.000,00. Perda com esses créditos = estimada em 4% Provisão p/ Créditos Incobráveis = ? I – Determinação da Base de Cálculo da Provisão p/ Créditos Incobráveis:

Duplicatas a Receber a Vencer 120.000 Duplicatas a Receber Vencidas 112.000 Duplicatas Protestadas 111.000

Base de Cálculo da Provisão p/ Créditos Incobráveis 343.000 Provisão p/ Créditos Incobráveis = 4% x 343.000 = 13.720

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Como já havia um saldo credor de R$ 4.000,00 na conta Provisão p/ Créditos Incobráveis, o valor da despesa com essa Provisão no exercício será de R$ 9.720,00 (R$ 13.720,00 – R$ 4.000,00).

Lançamento: Despesa com Provisão p/ Créditos Incobráveis

a Provisão p/ Créditos Incobráveis 9.720 GABARITO: A 186- A máquina ALFA foi comprada por R$ 130.000,00 em 01/10/2001 e a máquina BETA foi comprada pelo mesmo preço, em 01/04/2002. Ambas as máquinas têm durabilidade igual: deverão ser usadas durante dez anos. O desgaste físico desses bens deverá ter contabilização anual. Assim sendo, na Demonstração de Resultado do Exercício de 2002, elaborada em 31.12.02, constarão Encargos de Depreciação no valor de a) R$ 3.250,00, referente à máquina BETA. b) R$ 9.750,00, referente à máquina ALFA. c) R$ 13.000,00, referente à máquina BETA. d) R$ 16.250,00, referente à máquina ALFA. e) R$ 22.750,00, referente a ambas as máquinas. Comentários

(i) Taxa de Depreciação = 1/Vida Útil do Bem. (ii) Valor Residual: valor provável da realização do bem após ser totalmente depreciado.

Caso o valor residual seja diferente de ZERO, deverá ser subtraído do valor do custo de aquisição do bem a ser depreciado. Este resultado é que servirá de base de cálculo para a taxa de depreciação.

(iii) Vedações à depreciação de acordo com a Legislação do Imposto de Renda:

a. Terrenos, salvo em relação a benfeitorias e construções; b. Bens que aumentam de valor com o tempo, como antiguidades e obras de arte; c. Bens para os quais sejam registradas cotas de amortização ou exaustão; e d. Bens móveis ou imóveis que não estejam intrinsecamente relacionados à produção

ou comercialização de bens e serviços.

(iv) Método das Quotas Constantes ou Método Linear ou Método da Linha Reta: método de depreciação onde a depreciação acumulada é diretamente proporcional ao tempo, ou seja, é uma função linear. Pode-se calcular a depreciação, por este método, de duas formas:

i. Aplica-se a taxa constante sobre o valor depreciado; ou ii. Divide-se o valor depreciado pelo tempo de vida útil.

(v) Lançamento: Encargos de Depreciação:

Despesas com Depreciação (Despesa)

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a Depreciação Acumulada (Ativo Permanente – Conta Retificadora) Resolução Máquina ALFA: Valor de Aquisição = R$ 130.000,00 em 01/10/2001; Máquina BETA: Valor de Aquisição = R$ 130.000,00, em 01/04/2002. Vida Útil das Máquinas = 10 anos (desgaste físico desses bens deverá ter contabilização anual) Demonstração de Resultado do Exercício de 2002: Encargos de Depreciação = ? I – Determinação da Taxa de Depreciação: Taxa de Depreciação = 1/Vida Útil = 1/10 anos = 0,1 = 10% ao ano II – Determinação dos Encargos de Depreciação em 2002: I.1 – Máquina ALFA: adquirida em 01/10/2001 Período = jan/2002 a dez/2002 = 1 ano Base de Cálculo = Valor de Aquisição = 130.000 Encargos de Depreciação (ALFA) = Taxa x Período x Base de Cálculo ⇒ ⇒ Encargos de Depreciação (ALFA) = 10% x 1 ano x 130.000 = 13.000 I.2 – Maquina BETA: adquirida em 01/04/2002

Período = abril/2002 a dez/2002 = 9 meses = 9/12 anos =3/4 anos = 0,75 anos Base de Cálculo = Valor de Aquisição = 130.000 Encargos de Depreciação (BETA) = Taxa x Período x Base de Cálculo ⇒ ⇒ Encargos de Depreciação (BETA) = 10% x 0,75 anos x 130.000 = 9.750 I.3 – Encargos de Depreciação em 2002: Enc. Depreciação (2002) = Enc. Depreciação (ALFA) + Enc. Depreciação (BETA) ⇒ ⇒ Enc. Depreciação (2002) = 13.000 + 9.750 = 22.750 GABARITO: E 187- Fomos chamados a calcular os dividendos a distribuir, no segundo semestre, da empresa Rentábil. A empresa é uma sociedade anônima e os seus estatutos determinam que os dividendos devem ser o mínimo obrigatório de acordo com a lei, mas não estabelecem o valor percentual sobre o lucro líquido. Os valores que encontramos para montar a base de cálculo foram: reserva estatutária de R$ 6.500,00, participação de administradores no lucro de R$ 7.000,00, participação de empregados no lucro de R$ 8.000,00, Provisão para o Imposto de Renda e CSLL de R$ 95.000,00 e lucro líquido, antes do imposto de renda, de R$ 180.000,00. Ficamos com o encargo de calcular o valor da reserva legal e do dividendo mínimo obrigatório. Feitos os cálculos corretamente, podemos afirmar com certeza que o dividendo será no valor de

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a) R$ 15.000,00 b) R$ 16.625,00 c) R$ 30.000,00 d) R$ 33.250,00 e) R$ 35.000,00 Comentários

(i) De acordo com a Lei no 6.404/76, com alterações realizadas pela Lei no

10.303/01:

a. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de acordo com as seguintes normas (art. 202):

i. metade do lucro líquido do exercício diminuído ou acrescido dos seguintes

valores: 1. importância destinada à constituição da reserva legal;e 2. importância destinada à formação da reserva para contingências e

reversão da mesma reserva formada em exercícios anteriores.

Lucro Líquido do Exercício (LLEx) (-) Importância destinada à Reserva Legal (-) Importância destinada à Reserva de Contingências (+) Reversão da Reserva de Contingências

Base de Cálculo dos Dividendos Obrigatórios Dividendos Obrigatórios = 50% x Base de Cálculo dos Dividendos Obrigatórios

b. Os lucros não destinados para Reserva Legal, Reservas Estatutárias, Reservas para

Contingências, Retenção de Lucros e Reserva de Lucros a Realizar deverão ser distribuídos como dividendos (art. 202, § 6º). Ou seja, a partir das alterações efetuadas pela Lei no 10.303/01, é vedado à empresa (companhia aberta ou fechada) manter na conta Lucros Acumulados os lucros sem destinação específica. Caso, após a constituição das Reservas de Lucros e do cálculo do dividendo mínimo obrigatório, ainda ocorra lucro remanescente, ele deverá ser distribuído como um dividendo complementar.

(ii) Reserva Legal: reserva imposta pela Lei no 6.404/76 cuja finalidade é assegurar a

integridade do capital social e somente pode ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital social.

a. Lançamento: Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido)

a Reserva Legal b. Os prejuízos acumulados, caso existam, devem ser deduzidos da base da cálculo da

reserva legal; c. Antes de qualquer destinação (com exceção da compensação de prejuízos

acumulados, se houver) do lucro líquido, 5% devem ser aplicados na constituição da

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reserva, que não poderá exceder a 20% do capital social realizado, ou seja, se a reserva legal atingir 20% do capital social realizado, não poderá mais ser constituída.

Resolução Empresa: Rentábil. Dividendos devem ser o mínimo obrigatório de acordo com a lei, mas não estabelecem o valor percentual sobre o lucro líquido. Reserva Estatutária = R$ 6.500,00 Participação de Administradores = R$ 7.000,00 Participação de Empregados = R$ 8.000,00 Provisão para o Imposto de Renda e CSLL = R$ 95.000,00 Lucro Líquido antes do Imposto de Renda = R$ 180.000,00 Dividendos a Distribuir = ? I – Determinação do Lucro Líquido do Exercício: Lucro antes do Imposto de Renda 180.000 (-) Provisão para o Imposto de Renda e CSLL (95.000) Lucro após o Imposto de Renda 85.000 (-) Participação de Empregados (8.000) (-) Participação de Administradoras (7.000) Lucro Líquido do Exercício 70.000

(transferido para conta Lucro Acumulados) Resultado do Exercício (Receita) a Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 70.000

II – Constituição da Reserva Legal: Reserva Legal = 5% x Lucro Líquido do Exercício = 5% x 70.000 = 3.500 III – Determinação da Base de Cálculo do Dividendo Mínimo Obrigatório:

Lucro Líquido do Exercício (LLEx) 70.000 (-) Importância destinada à Reserva Legal (3.500) (-) Importância destinada à Reserva de Contingências 0 (+) Reversão da Reserva de Contingências 0

Base de Cálculo dos Dividendos Obrigatórios 66.500 IV – Cálculo do Dividendo Mínimo Obrigatório: como o estatuto é omisso, o percentual utilizado para o cálculo dos Dividendos será de 50%. Dividendos Obrigatórios = 50% x Base de Cálculo dos Dividendos Obrigatórios ⇒ ⇒ Dividendos Obrigatórios = 50% x 66.500 = 33.250 (*) (*) Observe que a Banca Examinadora não considerou a alteração que a Lei no

10.303/01 realizou na Lei no

6.404/76, alterando o § 6º do art. 202: Os lucros não destinados para Reserva Legal, Reservas Estatutárias, Reservas para Contingências, Retenção de Lucros e Reserva de Lucros a Realizar deverão ser distribuídos como dividendos (art. 202, § 6º). Ou seja, a partir das alterações efetuadas pela Lei no 10.303/01, é vedado à empresa (companhia aberta ou fechada) manter

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na conta Lucros Acumulados os lucros sem destinação específica. Caso, após a constituição das Reservas de Lucros e do cálculo do dividendo mínimo obrigatório, ainda ocorra lucro remanescente, ele deverá ser distribuído como um dividendo complementar. Considerando esta alteração, os dividendos a distribuir seriam: Lucros Acumulados 70.000 (-) Reserva Legal (3.500) (-) Reserva Estatutária (6.500) (-) Dividendo Mínimo (33.250) Saldo de Lucros Acumulados 26.750 Dividendos a Distribuir = Dividendo Mínimo + Saldo de Lucros Acumulados ⇒ ⇒ Dividendos a Distribuir = 33.250 + 26.750 = 60.000 GABARITO: D

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Auditor-Fiscal da Receita Federal – 2003 - Lista de Questões Comentadas na Aula 168- Quando o Contador registra, no fim do exercício, uma variação cambial para atualizar a dívida em moeda estrangeira; quando faz provisão para crédito de liquidação duvidosa; ou quando faz um lançamento de ajuste do estoque ao preço de mercado está apenas: a) cumprindo a sua obrigação profissional. b) executando o regime contábil de competência. c) cumprindo o princípio fundamental da prudência. d) satisfazendo o princípio fundamental da entidade. e) seguindo a convenção do conservadorismo. 169- No sistema contábil abaixo apresentado só faltou anotar as despesas incorridas no período. Todavia, considerando as regras do método das partidas dobradas, podemos calcular o valor dessas despesas. Componentes valores Capital R$ 1.300,00 Receitas R$ 1.000,00 Dívidas R$ 1.800,00 Dinheiro R$ 1.100,00 Clientes R$ 1.200,00 Fornecedores R$ 1.350,00 Prejuízos Anteriores R$ 400,00 Máquinas R$ 1.950,00 Com base nos elementos apresentados, pode-se afirmar que o valor das despesas foi a) R$ 200,00 b) R$ 400,00 c) R$ 800,00 d) R$ 1.200,00 e) R$ 1.400,00 170- A Nossa Empresa comprou vários objetos por sete mil reais, mas só pagou metade na hora, deixando o restante para pagar um mês depois, o que fez com desconto de vinte por cento. Os empregados dessa empresa recebem apenas duzentos e trinta reais de comissões, mas pagam oitenta reais de refeições feitas na própria empresa. Como essa firma começou a operar com um capital de apenas dois mil reais, podemos dizer que agora ela só possui capital próprio de: a) R$ 2.000,00 b) R$ 2.550,00 c) R$ 6.300,00 d) R$ 7.000,00 e) R$ 7.550,00 171- A empresa de Comércio Geral apresenta, em 30 de setembro, o balancete abaixo descrito: C o n t a s s a l d o s Ações de Outras Companhias R$ 1.500,00

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Bancos conta Movimento R$ 2.000,00 Capital Social R$ 8.500,00 Clientes R$ 2.500,00 Custo das Mercadorias Vendidas R$ 1.700,00 Duplicatas a Pagar R$ 3.700,00 Duplicatas a Receber R$ 1.400,00 Duplicatas descontadas R$ 1.100,00 Duplicatas protestadas R$ 1.000,00 Empréstimos Concedidos R$ 1.300,00 Fornecedores R$ 2.900,00 Insubsistências Passivas R$ 900,00 Juros Passivos R$ 600,00 Mercadorias R$ 3.800,00 Móveis e utensílios R$ 5.200,00 Prejuízos Acumulados R$ 100,00 Provisão p/ Perdas em Investimentos R$ 300,00 Provisão para Imposto de Renda R$ 700,00 Receitas Antecipadas R$ 400,00 Reserva de Reavaliação R$ 800,00 Receitas de Vendas R$ 2.000,00 Serviços Prestados R$ 1.600,00 Se fosse elaborar o Balanço Patrimonial nessa data, com esses valores, o Contador, certamente, apuraria: a) ativo total no valor de R$ 17.600,00 b) passivo exigível no valor de R$ 7.300,00 c) patrimônio líquido no valor de R$ 10.000,00 d) ativo circulante no valor de R$ 9.900,00 e) lucro líquido no valor de R$ 300,00 172- Eis aí as contas extraídas do balancete de verificação da empresa Emenes Ltda., em 31.12.2002: Componentes valores Aluguéis Ativos R$ 900,00 Adiantamento a Fornecedores R$ 1.000,00 Caixa e Bancos R$ 1.200,00 Capital Social R$ 3.000,00 Clientes R$ 1.500,00 Contas a Pagar R$ 2.400,00 Custo da Mercadoria Vendida R$ 300,00 Depreciação Acumulada R$ 650,00 Descontos Concedidos R$ 340,00 Descontos Obtidos R$ 220,00 Duplicatas a Receber R$ 1.600,00 Duplicatas Descontadas R$ 1.350,00 Empréstimos Obtidos R$ 1.040,00 Fornecedores R$ 2.100,00 Insubsistência Ativa R$ 160,00 Impostos R$ 280,00 Impostos a Recolher R$ 450,00

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Juros Passivos R$ 120,00 Máquinas e Equipamentos R$ 2.010,00 Mercadorias R$ 1.380,00 Móveis e Utensílios R$ 2.250,00 Prejuízos Acumulados R$ 900,00 Provisão p/ Devedores Duvidosos R$ 400,00 Provisão p/ Imposto de Renda R$ 200,00 Receitas de Serviços R$ 300,00 Receitas de Vendas R$ 260,00 Reserva de Reavaliação R$ 1.000,00 Reserva Legal R$ 840,00 Salários R$ 750,00 Salários a Pagar R$ 180,00 Seguros R$ 90,00 Superveniências Passivas R$ 80,00 Veículos R$ 1.850,00 Com base nas contas e saldos acima, podemos dizer que, mesmo o balancete de verificação não estando fechado corretamente, ele apresenta: a) Ativo no valor de R$ 12.790,00 b) Passivo no valor de R$ 7.720,00 c) Patrimônio Líquido no valor de R$ 3.940,00 d) Saldos Devedores no valor de R$ 15.650,00 e) Saldos Credores no valor de R$ 13.250,00 173- Na microempresa do meu Tio, no mês de outubro, os salários somados às horas-extras montaram a R$ 20.000,00. Os encargos de Previdência Social foram calculados em 11%, a parte do segurado, e em 22%, a parcela patronal. Ao contabilizar a folha de pagamento, o Contador deverá fazer o seguinte registro: a) Salários e Ordenados

a Salários a Pagar 20.000,00 Previdência Social a Previdência Social a Recolher 6.600,00

b) Salários e Ordenados

a Salários a Pagar 17.800,00 Previdência Social a Previdência Social a Recolher 6.600,00

c) Salários e Ordenados

a Salários a Pagar 17.800,00 Previdência Social a Previdência Social a Recolher 4.400,00

d) Salários e Ordenados

a Salários a Pagar 17.800,00 Salários a Pagar a Previdência Social a Recolher 2.200,00 Previdência Social a Previdência Social a Recolher 4.400,00

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e) Salários e Ordenados

a Salários a Pagar 20.000,00 Salários a Pagar a Previdência Social a Recolher 2.200,00 Previdência Social a Previdência Social a Recolher 4.400,00

174- Temos como tarefa observar o Patrimônio Líquido das empresas Hexa Comercial e Hepta Comercial, em 31.12.02, no qual podemos verificar os seguintes elementos: Rubrica empresa Hexa empresa Hepta Capital social R$ 150.000,00 R$ 120.000,00 Ações emitidas 15.000 unidades 12.000 unidades Reservas e lucros R$ 30.000,00 R$ 12.000,00 Ativo Permanente R$ 140.000,00 R$ 150.000,00 Investimentos R$ 72.000,00 R$ 37.000,00 Ações do BB R$ 10.000,00 R$ 6.000,00 Ações de Hepta R$ 52.800,00 ------------------ No exercício social de 2002: - a empresa Hexa obteve lucro líquido de R$ 50.000,00; - a empresa Hepta obteve lucro líquido de R$ 40.000,00; - a empresa Hexa distribuiu dividendos de 20%; e - a empresa Hepta distribuiu dividendos de 20%. Com base nessas informações, ao examinarmos a escrituração da empresa Hexa, devemos encontrar um lançamento assim registrado: a) Dividendos a Receber

a Ações da Empresa Hepta Comercial vlr. dividendos a nosso favor R$ 3.200,00

b) Dividendos a Receber

a Receita com Dividendos vlr. dividendos a nosso favor R$ 3.200,00

c) Ações da Empresa Hepta Comercial

a Dividendos a Receber vlr. dividendos a nosso favor R$ 3.200,00

d) Dividendos a Receber

a Ações da Empresa Hepta Comercial vlr. dividendos a nosso favor R$ 4.000,00

e) Dividendos a Receber

a Receita com Dividendos vlr. dividendos a nosso favor R$ 4.000,00

175- A firma Rinho Ltda. apresenta as seguintes rubricas vinculadas ao resultado do exercício: COFINS R$ 180,00

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Custo da Mercadoria Vendida R$ 2.800,00 Despesas Financeiras R$ 600,00 ICMS s/ Vendas R$ 720,00 PIS s/ Faturamento R$ 60,00 Receita Operacional Bruta R$ 6.000,00 Salários e Ordenados R$ 1.000,00 Com base nos dados apresentados, pode-se dizer que a empresa apresenta: a) Receita Líquida de Vendas R$ 5.280,00 b) Receita Líquida de Vendas R$ 2.240,00 c) Lucro Operacional Bruto R$ 5.040,00 d) Lucro Operacional Líquido R$ 2.240,00 e) Lucro Operacional Líquido R$ 640,00 176- Observemos os seguintes fatos administrativos: aluguel de R$ 200,00 mensais que foi contratado em 30 de agosto de 2002, mas foi pago apenas até 30 de novembro do mesmo ano; compra de mercadorias por R$ 4.000,00, tendo sido vendido no mesmo ano 40% do volume adquirido, com lucro de 15%; salário de dezembro de R$ 500,00 com INSS de 11% dos empregados e 20% dos empregadores e FGTS de 8%. Considerando o registro contábil correto desses eventos, podemos dizer que eles reduziram o lucro do ano de 2002 no valor de a) R$ 1.000,00 b) R$ 1.200,00 c) R$ 1.255,00 d) R$ 1.440,00 e) R$ 1.680,00 177- As contas que computam os eventos de estoque, compras e vendas, tiveram o seguinte comportamento em setembro: Vendas R$ 100.000,00 Compras R$ 60.000,00 ICMS sobre vendas R$ 12.000,00 ICMS sobre compras R$ 7.200,00 ICMS a Recolher R$ 4.800,00 Fretes sobre Compras R$ 5.000,00 Fretes sobre Vendas R$ 7.000,00 Estoque Inicial R$ 30.000,00 Estoque Final R$ 40.000,00 Com base nos valores dados no exemplo, o lucro bruto alcançou o valor de a) R$ 45.200,00 b) R$ 47.400,00 c) R$ 52.400,00 d) R$ 40.200,00 e) R$ 33.200,00 178- Abaixo temos contas de resultado da empresa Elamex S/A. C o n t a s v a l o r

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Vendas de Mercadoria para o Brasil R$ 200.000,00 Vendas de Mercadorias para o exterior R$ 100.000,00 Receitas com Prestação de Serviços R$ 80.000,00 Vendas Canceladas R$ 20.000,00 Descontos Incondicionais R$ 15.000,00 Imposto de Circulação de Mercadorias R$ 45.000,00 Imposto Sobre Serviços R$ 4.000,00 Receitas Financeiras R$ 10.000,00 Custo da Mercadoria Vendida R$ 120.000,00 Despesas Administrativas R$ 30.000,00 Segundo a legislação cabível, a COFINS deve ser calculada no fim do exercício social à alíquota de 3%. Ao ser efetuado o cálculo correto dessa contribuição, com base nos dados acima, deverá ser contabilizado a crédito de COFINS a Recolher o valor de a) R$11.100,00 b) R$ 7.650,00 c) R$ 7.350,00 d) R$ 6.900,00 e) R$ 5.880,00 179- Assinale abaixo a opção que contém a afirmação correta. a) O lucro da pessoa jurídica será arbitrado quando o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido. b) Lucro presumido é uma forma simplificada de apuração da base de cálculo dos tributos com o imposto de renda e da contribuição social, aplicável a todas as pessoas jurídicas que fizerem opção para esse fim. c) Lucro real é o lucro líquido do período apurado na escrituração comercial, mas diferente do lucro contábil, porque é ajustado pelas adições, exclusões e compensações. d) Lucro arbitrado é a forma utilizada pelo fisco apenas no caso em que o contribuinte se recusar ou dificultar o acesso da autoridade fiscal à documentação comprobatória das atividades. e) Lucro contábil é aquele apurado na contabilidade mas que não serve de base para a tributação do imposto de renda porque é conhecido apenas como lucro escritural. 180- A empresa Comércio Losso Ltda. renovou o seu estoque de mercadorias, que estava a zero em 20 de agosto, adquirindo 100 unidades ao custo unitário de R$ 3,80 e mais 200 unidades a R$ 4,80, dia 29/08. Durante o mês de setembro, a empresa vendeu: 100 unidades no dia 03; 80 unidades no dia 10; e 120 unidades no dia 25. No mesmo mês, a empresa comprou: 50 unidades no dia 05 e mais 140 unidades no dia 15. As aquisições de setembro foram realizadas ao custo unitário de R$ 5,00 e não sofreram nenhuma tributação. As vendas de setembro foram realizadas ao preço unitário de R$ 8,00, sofrendo tributação de ICMS a 12%. Com base, exclusivamente, nos dados apresentados, podemos dizer que o estoque de mercadorias, em 30 de setembro, terá o valor de: a) R$ 660,00, se for avaliado pelo critério PEPS. b) R$ 660,00, se for avaliado pelo critério UEPS. c) R$ 760,00, se for avaliado pelo critério Preço Médio. d) R$ 794,20, se for avaliado pelo critério Preço Médio. e) R$ 950,00, se for avaliado pelo critério PEPS.

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181- Assinale abaixo a opção que contém a afirmação incorreta. a) As obrigações em moeda estrangeira com paridade cambial deverão ser convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio do dia do balanço. b) O preço de mercado de bens do almoxarifado e de matérias-primas é o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado. c) Os investimentos em participação no capital de outras sociedades deverão ser avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis, se esta perda estiver comprovada como permanente. d) Uma provisão para ajuste ao valor de mercado deve ser feita sempre que os produtos do comércio da companhia estiverem com custo superior ao preço de mercado. e) O ativo diferido deverá ser avaliado pelo valor do capital aplicado, menos o saldo das contas que registram sua amortização. 182- Em primeiro de novembro a Nossa Firma adquiriu cinco conjuntos de mesas com quatro cadeiras, para pagamento em 60 dias. O preço total foi R$ 10.000,00, sendo R$ 1.000,00 por mesa e R$ 250,00 por cadeira. Segundo o costume usual os móveis brasileiros têm expectativa de vida útil de dez anos, mas o proprietário falou e disse: “vou cuidar para que a depreciação dos bens de uso seja feita em 12 anos”. A empresinha da questão usa como mobília dois dos conjuntos adquiridos e os outros três foram destinados à revenda. No dia 31 de dezembro os bens foram inventariados com base em pesquisa válida que encontrou preço líquido de mercado de R$ 900,00 para as mesas e de R$ 300,00 para as cadeiras. Com base nestes dados e informações, adotando-se os critérios legais de avaliação de ativos, podemos dizer, com certeza, que no Balanço Patrimonial os cinco conjuntos em epígrafe contribuirão com um custo de a) R$ 9.620,00 b) R$ 9.800,00 c) R$ 9.820,00 d) R$ 10.020,00 e) R$ 10.500,00 183- A empresa Comércio Industrial Ltda. comprou 250 latas de tinta ao custo unitário de R$ 120,00, tributadas com IPI de 5% e ICMS de 12%. Pagou entrada de 20% e aceitou duas duplicatas mensais de igual valor. A tinta adquirida foi contabilizada conforme sua natureza contábil funcional, com a seguinte destinação: 50 latas para consumo interno; 100 latas para revender; e 100 latas para usar como matéria-prima. Após efetuar o competente lançamento contábil, é correto afirmar que, com essa operação, os estoques da empresa sofreram aumento no valor de a) R$ 31.500,00 b) R$ 30.000,00 c) R$ 28.020,00 d) R$ 27.900,00 e) R$ 26.500,00 184- Assinale abaixo a opção que contém a asserção verdadeira.

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a) A Nota Promissória é um título de crédito autônomo, próprio para operações mercantis de compra e venda entre pessoas físicas. b) O sacado na Nota Promissória é o credor, enquanto que na Duplicata o sacado é o devedor. c) A Duplicata é um título de crédito próprio para transações financeiras, que só é emitido por pessoas jurídicas. d) A Nota Promissória e a Duplicata são títulos de crédito, sendo que na primeira o emitente é também chamado sacado; e na segunda, o emitente é também chamado sacador. e) A Triplicata é um título de crédito de emissão obrigatória, mas apenas quando houver o extravio da segunda Duplicata. 185- Ao examinarmos a carteira de cobrança da empresa Gaveteiro S/A., encontramos diversas duplicatas a receber, algumas ainda a vencer, no valor de R$ 120.000,00; outras já vencidas, no valor de R$ 112.000,00; mais algumas em fase de cobrança, já protestadas, no valor de R$ 111.000,00 e outras descontadas em Bancos, no valor de R$ 98.000,00. Também havia uma Provisão para Créditos Incobráveis com saldo credor de R$ 4.000,00. Pelo conhecimento que temos da empresa e de sua carteira de cobrança, sabemos que a experiência de perda com esses créditos tem sido de cerca de 4%, sendo correto um provisionamento deste porte. Feitas as provisões e contabilizadas corretamente, com base em 4% dos devedores duvidosos, é correto dizer que a Demonstração do Resultado do Exercício conterá como despesa dessa natureza o valor de a) R$ 9.720,00 b) R$ 9.640,00 c) R$ 8.760,00 d) R$ 5.800,00 e) R$ 5.280,00 186- A máquina ALFA foi comprada por R$ 130.000,00 em 01/10/2001 e a máquina BETA foi comprada pelo mesmo preço, em 01/04/2002. Ambas as máquinas têm durabilidade igual: deverão ser usadas durante dez anos. O desgaste físico desses bens deverá ter contabilização anual. Assim sendo, na Demonstração de Resultado do Exercício de 2002, elaborada em 31.12.02, constarão Encargos de Depreciação no valor de a) R$ 3.250,00, referente à máquina BETA. b) R$ 9.750,00, referente à máquina ALFA. c) R$ 13.000,00, referente à máquina BETA. d) R$ 16.250,00, referente à máquina ALFA. e) R$ 22.750,00, referente a ambas as máquinas. 187- Fomos chamados a calcular os dividendos a distribuir, no segundo semestre, da empresa Rentábil. A empresa é uma sociedade anônima e os seus estatutos determinam que os dividendos devem ser o mínimo obrigatório de acordo com a lei, mas não estabelecem o valor percentual sobre o lucro líquido. Os valores que encontramos para montar a base de cálculo foram: reserva estatutária de R$ 6.500,00, participação de administradores no lucro de R$ 7.000,00, participação de empregados no lucro de R$ 8.000,00, Provisão para o Imposto de Renda e CSLL de R$ 95.000,00 e lucro líquido, antes do imposto de renda, de R$ 180.000,00. Ficamos com o encargo de calcular o valor da reserva legal e do dividendo mínimo obrigatório. Feitos os cálculos corretamente, podemos afirmar com certeza que o dividendo será no valor de a) R$ 15.000,00 b) R$ 16.625,00 c) R$ 30.000,00 d) R$ 33.250,00

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e) R$ 35.000,00

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GABARITO: 168 – C 169 – C 170 – ANULADA 171 – B 172 – D 173 – E 174 – A 175 – E 176 – B 177 – D 178 – B 179 – A 180 – E 181 – C 182 – ANULADA 183 – C 184 – D 185 – A 186 – E 187 - D

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BIBLIOGRAFIA

FIPECAFI, Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações (aplicável às demais sociedades). 6a Edição. São Paulo. Editora Atlas. 2003. Coleção Saraiva de Legislação. Lei das Sociedades Anônimas. 8a Edição. São Paulo. Editora Saraiva. 2004. MOURA RIBEIRO, Osni. Contabilidade Geral Fácil – Para cursos de contabilidade e concursos em geral. 4a Edição. 4a Tiragem (2005). São Paulo. Editora Saraiva. 2002. LUIZ FERRARI, Ed. Contabilidade Geral – Série Provas e Concursos. 5a Edição. 3a Tiragem. Elsevier Editora. 2005. VICECONTI, Paulo Eduardo Vilchez & NEVES, Silvério das. Contabilidade Avançada e Análise das Demonstrações Financeiras. 12a Edição. São Paulo. Editora Frase. 2003. FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade Avançada e Intermediária. Rio de Janeiro. Editora Ferreira. FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade Básica. 3a Edição. Rio de Janeiro. Editora Ferreira. 2004. JUND, Sergio. Auditoria: Conceitos, Normas, Técnicas e Procedimentos. 6a Edição. Rio de Janeiro. Editora Impetus. 2004.