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+ ÁLGEBRA LINEAR ESPAÇOS VETORIAIS

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Page 1: Aula04-Algebra Linear - Espacos Vetoriais - 2014.2 · PDF fileIntrodução à álgebra linear com aplicações. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2006. Title: Aula04-Algebra Linear

+

ÁLGEBRA LINEAR ESPAÇOS VETORIAIS

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+INTRODUÇÃO

n  Ao final do século XIX, após o estabelecimento das bases matemáticas da teoria de matrizes, foi observado pelos matemáticos que várias entidades matemáticas que eram tratadas de forma diferentes possuíam propriedades semelhantes, motivando-os a criarem uma teoria que viabilizasse um tratamento uniforme a tais entidades.

n  Como exemplo, vetores pertencentes ao R2 e ao R3, funções polinomiais e funções diferenciáveis apresentam as mesmas propriedades de adição e da multiplicação por escalar, observadas para o caso matricial.

n  Tal constatação deu origem à definição de Espaço Vetorial.

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+INTRODUÇÃO

n  Sabe-se que o conjunto:

n  É interpretado geometricamente como sendo o plano cartesiano. Um par (x, y) pode ser um ponto, onde x e y são coordenadas, ou pode ser encarado como um vetor, onde x e y são componentes (ou coordenadas).

n  Essa mesma ideia, estende-se para espaço tridimensional R3, e para espaços superiores, R4, R5, …, Rn.

n  Assim quádruplas de números (x1, x2, x3, x4) pode ser vistas como pontos ou vetores no espaço R4 de quarta dimensão.

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Introdução Antes de definir espaço vetorial vamos reescrever os vetores no espaço em notação matricial. Dado um ponto P(x,y,z) no espaço associado a um vetor pode ser escrito da seguinte forma.

V é um conjunto no espaço.

3321 }/),,{( RRRRRxxxxV i =××=∈=

Ex.: P(2,4,3)

P(x, y, z)

x

y

z

v

0

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Desta forma:

Vetor nulo no espaço R3

Vetor oposto em R3

Operações com vetores no espaço V=R3 Dados: e

Soma:

⎥⎥⎥

⎢⎢⎢

=

000

0

⎥⎥⎥

⎢⎢⎢

=−

zyx

v

⎥⎥⎥

⎢⎢⎢

=

z

y

x

uuu

u

⎥⎥⎥

⎢⎢⎢

=

z

y

x

vvv

v

⎥⎥⎥

⎢⎢⎢

+

+

+

=

⎥⎥⎥

⎢⎢⎢

+

⎥⎥⎥

⎢⎢⎢

=+

zz

yy

xx

z

y

x

z

y

x

vuvuvu

vvv

uuu

vu

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Produto de um vetor com um escalar:

⎥⎥⎥

⎢⎢⎢

=

312

u

⎥⎥⎥

⎢⎢⎢

=

510

v⎥⎥⎥

⎢⎢⎢

=+

222

vu Exemplo:

ux

y

vz

vu +

⎥⎥⎥

⎢⎢⎢

=

z

y

x

kukuku

uk Exemplo:

⎥⎥⎥

⎢⎢⎢

=

320

u 2=k

⎥⎥⎥

⎢⎢⎢

=

⎥⎥⎥

⎢⎢⎢

=

640

320

2uk

u2

u

x

y

z

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Vetores no Rn

1 2 3( , , ,..., ),nv x x x x=

Adição:

Multiplicação por escalar:

1 2 3 1 2 3

1 1 2 2 3 3

( , , ,..., ) ( , , ,..., )( , , ,..., )

n n

n n

v u x x x x y y y yx y x y x y x y

+ = +

= + + + +

1 2 3

1 2 3

( , , ,..., )( , , ,..., )

n

n

ku k x x x xkx kx kx kx

=

=

1 2 3( , , ,..., ) nnu y y y y R= ∈ k R∈e

Operações

1 2 3( , , ,..., )nv x x x x=Representação:

INTRODUÇÃO

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Definição: Espaço vetorial é um conjunto V, não vazio, , no

qual estão definidas duas operações:

O Conjunto V com essas duas operações é chamado espaço vetorial real (ou espaço vetorial sobre R) se forem verificados os seguintes axiomas...

Soma:

Multiplicação por escalar: VvuVvu ∈+=>∈,

VkvRkVv ∈=>∈∈ ,

Espaço Vetorial

≠ ∅V

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AXIOMAS: A) Em relação a adição:

A3) Elemento Neutro:

( ) ( ), , ,u v w u v w u v w∀ ∈ + + = + +V

, ,u v u v v u∀ ∈ + = +V

0 , 0 0u u u u∃ ∈ ∀ ∈ + = + =V V

( ) ( ) ( ) 0u u u u u u∀ ∈ ∃ − ∈ + − = − + =V V

A2) Comutativa:

A1) Associativa:

A4) Elemento Oposto:

Espaço Vetorial

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AXIOMAS: M) Em relação a Multiplicação por Escalar:

M3)

M2)

M1)

M4)

( ) ( ), ,v v vα β α β αβ∀ ∈ ∈ ⇒ =R V

( ), ,u u u uα β α β α β∀ ∈ ∈ ⇒ + = +R V

( ), ,u v u v u vα α α α∀ ∈ ∈ ⇒ + = +R V

( )1 1v v v∃ ∈ ∀ ∈ ⇒ =R V

!u,v"V e !!,! " R

Espaço Vetorial

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n Observações:

1.  Os elementos do conjunto dos reais são chamados ESCALARES.

2.  Os elementos do Espaço Vetorial são chamados VETORES.

3.  Nesta disciplina estaremos sempre trabalhando com Espaços Vetoriais Reais.

Espaço Vetorial

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Subespaço Vetorial

Sejam V um espaço vetorial e S um subconjunto não-vazio de V. O subconjunto S é um subespaço vetorial de V se S é um espaço vetorial em relação à adição e à multiplicação por escalar definidas em V.

Teorema: Um subconjunto S, não-vazio, de um espaço vetorial V é um subespaço vetorial de V se estiverem satisfeitas as condições: I)  Para quaisquer u, v ∈ S, tem-se:

II) Para quaisquer α ∈ R, u ∈ S, tem-se:

u + v ∈ S

αu ∈ S

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+Exemplos

n  1) Sejam V = R2 e S = {(x, y) ∈ R2 / y = 2x} ou S = {(x, 2x); x ∈ R}, isto é, S é o conjunto dos vetores do plano que têm a segunda componente igual ao dobro da primeira. Verifique se S é subespaço vetorial de R2. n  Evidentemente, S ≠ Ø , pois (0, 0) ∈ S

n  Verifiquemos as condições ( I ) e ( II )

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+Exemplos

n  Esse subespaço S representa geometricamente uma reta que passa pela origem

Observemos que ao tomarmos dois vetores u e v da mesma reta, o vetor soma u + v ainda pertence a reta. E se multiplicamos um vetor u da reta por um número “a” , a≠0, o vetor “au” ainda estará na reta.

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+Exemplos

n  2) Sejam V = R2 e S = {(x, 4 – 2x); x ∈ R}. Verifique se S é subespaço vetorial de R2.

Solução:

n  Se escolhermos os vetores: u = (1,2) ∈ S e v = (2, 0) ∈ S

n  Tem-se:

n  I ) u + v = (1, 2) + (2, 0) = (3, 2) S

n  II ) αu = α (1, 2) = (α, 2α) S , para α ≠ 1 !

!

Portanto, S não é subespaço vetorial de R2

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+Observação

!

Após estes dois exemplos de retas sugerem:

!

!

!

n  Para qualquer subconjunto S de um espaço vetorial V, que: sempre que o 0 S, S não é subespaço de V.

n  No entanto, não nos enganemos pensando que, se 0 ∈ S, S é subespaço, pois podemos ter 0 ∈ S sem que S seja subespaço. É o caso do subconjunto: S = {(x , |x|); x ∈ R} R2

n  Observemos que (0, 0) ∈ S e que, se tomarmos os vetores u = (3, 3) e v = (–2, 2) de S, teremos:

n  I ) u + v = (3, 3) + (–2, 2) = (1, 5) S

n  II ) αu S , para α < 0 Portanto, S não é subespaço vetorial de R2

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Combinação Linear

e os escalares Vvvv n∈,,, 21 …Definição:

naaa ,,, 21 …

Qualquer vetor v ∈ V da forma:

nnvavavav +++= …2211

é uma combinação linear dos vetores: Vvvv n∈,,, 21 …

Sejam os vetores

Ex:

kjiv 342 ++=v

ij

k

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+Exemplos n  1) No espaço vetorial P2 dos polinômios de grau ≤ 2, o

polinômio v = 7x2 + 11x – 26 é uma combinação linear dos polinômios: v1 = 5x2 – 3x +2 e v2 = –2x2 + 5x – 8

n  Se v é uma combinação linear, então:

n  V = a1v1 + a2v2 , encontrar a1 e a2

n  7x2 + 11x – 26 = a1(5x2 – 3x +2) + a2(–2x2 + 5x – 8) n  5a1 – 2a2 = 7 n  –3a1 + 5a2 = 11 n  2a1 – 8a2 = –26

n  Logo:

n  v = 3v1 + 4v2

a1 = 3 e a2 = 4

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+Exemplos n  2) Para os problemas abaixo, consideremos R3, os seguintes

vetores: v1 = (1, –3, 2) e v2 = (2, 4, –1)

n  A ) Escrever o vetor v = (–4, –18, 7) como combinação linear dos vetores v1 e v2. n  Resposta: v = 2v1 – 3v2

n  B ) Mostrar que o vetor v = (4, 3, –6) não é combinação linear dos vetores v1 e v2. n  Resposta: v não é combinação linear de v1 e v2.

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+Bibliografias

n  STEINBRUCH , A. e WINTERLE, P. Álgebra Linear, Makron Books, São Paulo, 1987;

n  BOLDRINI, J.L., COSTA, Sueli I. R., FIGUEIREDO, Vera Lucia, Wetzler, Henry G. – Álgebra linear – 3a edição – Ed. Harbra – São Paulo SP - 1989.

n  STEINBRUCH , A. e WINTERLE, P. Álgebra Linear, Makron Books, São Paulo, 1987;

n  KOLMAN, Bernard. Introdução à álgebra linear com aplicações. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2006.