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Universidade Regional de Blumenau Universidade Regional de Blumenau Faculdade de Medicina Faculdade de Medicina Disciplina Medicina de Família e Comunidade I Disciplina Medicina de Família e Comunidade I Medicina de Família e Medicina de Família e Comunidade: Conceitos e Comunidade: Conceitos e Instrumentos Instrumentos Kellen Chaves da Silva Kellen Chaves da Silva Médica de Família e Comunidade Médica de Família e Comunidade

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MFC - Conceitos e Introdução

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Page 1: Aula MFC 1

Universidade Regional de BlumenauUniversidade Regional de BlumenauFaculdade de MedicinaFaculdade de MedicinaDisciplina Medicina de Família e Comunidade IDisciplina Medicina de Família e Comunidade I

Medicina de Família e Medicina de Família e Comunidade: Conceitos e Comunidade: Conceitos e InstrumentosInstrumentos

Kellen Chaves da SilvaKellen Chaves da SilvaMédica de Família e ComunidadeMédica de Família e Comunidade

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Medicina de Família e Comunidade: Medicina de Família e Comunidade: DefiniçãoDefinição

É a especialidade clínica que se ocupa da manutençãoda saúde e resolução dos problemas freqüêntes nosindivíduos, famílias ou comunidades,

independentementeda idade ou sexo e do órgão ou sistema afetado, sendo asomatória dos conhecimentos e habilidades queconstituem a disciplina médica, quando aplicados aotratamento dos pacientes e cuidados com suas famílias.

Responsável pela assistência global à saúde; fornecetratamento de saúde contínuo e abrangente para oindivíduo e sua família e integra as ciências biológica,clínica e comportamental.

(Rakel, 1997)

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Medicina de Família Medicina de Família Origens e Concepções Históricas:Origens e Concepções Históricas:

Na Inglaterra - “Médico geral” – termo secular relacionado Na Inglaterra - “Médico geral” – termo secular relacionado à prática médica. Após a II Guerra Mundial, no início dos à prática médica. Após a II Guerra Mundial, no início dos anos 50, torna-se a base fundamental do sistema Nacional anos 50, torna-se a base fundamental do sistema Nacional de Saúde deste país. de Saúde deste país.

Nos EUA, a Medicina Geral alcança o seu apogeu no início Nos EUA, a Medicina Geral alcança o seu apogeu no início dos anos 40, quando 80% dos médicos em atividade eram dos anos 40, quando 80% dos médicos em atividade eram generalistas.generalistas.

Avanço científico e Movimento Flexneriano:Avanço científico e Movimento Flexneriano: estudo estudo científico e parcializado do paciente estritamente no científico e parcializado do paciente estritamente no

ambiente dos hospitais universitários.ambiente dos hospitais universitários.XX

Movimento da Medicina Comunitária:Movimento da Medicina Comunitária: preocupação preocupação com as demandas biopsicossociais, iniciado nas escolas com as demandas biopsicossociais, iniciado nas escolas

médicas.médicas.

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Medicina de Família: Medicina de Família: Origens e Concepções HistóricasOrigens e Concepções Históricas

Em 1966, quatro relatórios lançaram as bases para a Em 1966, quatro relatórios lançaram as bases para a criação da nova especialidade nos EUA, com críticas a criação da nova especialidade nos EUA, com críticas a hiperespecialização e com sugestões de mudanças no hiperespecialização e com sugestões de mudanças no ensino médico. ensino médico.

Com o declínio no número de médicos gerais, nos anos Com o declínio no número de médicos gerais, nos anos 60, foi estimulada a criação de residências em medicina 60, foi estimulada a criação de residências em medicina de família. Em 1971 - a Academia de prática Geral passa de família. Em 1971 - a Academia de prática Geral passa a ser chamada Academia Americana de Médicos de a ser chamada Academia Americana de Médicos de Família.Família.

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Medicina de Família:Medicina de Família:Origens e Concepções HistóricasOrigens e Concepções Históricas

Na Europa, o movimento pelo renascimento da Na Europa, o movimento pelo renascimento da Medicina de Família também se fortalece. Em Medicina de Família também se fortalece. Em 1970 acontece a I Conferência Européia no 1970 acontece a I Conferência Européia no Ensino da Prática Geral. Durante a II Conferência Ensino da Prática Geral. Durante a II Conferência (1974, Holanda) é formado um grupo de trabalho (1974, Holanda) é formado um grupo de trabalho que define a função do médico e descreve os que define a função do médico e descreve os objetivos do treinamento e da formação do objetivos do treinamento e da formação do especialistaespecialista

““Necessidade de que todos os países adotem Necessidade de que todos os países adotem programas de pós-graduação, na modalidade programas de pós-graduação, na modalidade

de residência médica, em medicina de de residência médica, em medicina de família.”família.”

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O surgimento da Atenção Primária O surgimento da Atenção Primária à Saúdeà Saúde

““Primary Care” (Cuidado primário) : Primary Care” (Cuidado primário) : White, 1961. Necessidade de White, 1961. Necessidade de médicos generalistas na era da médicos generalistas na era da especialização.especialização.

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O surgimento da Atenção Primária O surgimento da Atenção Primária à Saúdeà Saúde

Contribuíram para a consolidaçãoContribuíram para a consolidação

do conceito de Atenção Primária dois do conceito de Atenção Primária dois movimentos históricos: a reformulação movimentos históricos: a reformulação do sistema de saúde canadense, em do sistema de saúde canadense, em 1974 e a Declaração de Alma Ata: 1974 e a Declaração de Alma Ata: Conferência Internacional sobre Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde; (OMS), Cuidados Primários de Saúde; (OMS), em 1978.em 1978.

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Definição de Atenção Primária em Definição de Atenção Primária em Saúde: OMS, Alma Ata:Saúde: OMS, Alma Ata:

““Assistência essencial, baseada em métodos Assistência essencial, baseada em métodos e tecnologias práticas, cientificamente e tecnologias práticas, cientificamente fundados e socialmente aceitáveis, postos ao fundados e socialmente aceitáveis, postos ao alcance de todos os indivíduos e famílias da alcance de todos os indivíduos e famílias da comunidade, mediante sua plena comunidade, mediante sua plena participação, a um custo que a comunidade e participação, a um custo que a comunidade e o país possam suportar em todas e cada uma o país possam suportar em todas e cada uma das etapas de seu desenvolvimento com um das etapas de seu desenvolvimento com um espírito de auto-responsabilidade e auto-espírito de auto-responsabilidade e auto-determinação.” determinação.”

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Atualmente:Atualmente:

a) Porta de entrada para o sistema de saúde;a) Porta de entrada para o sistema de saúde;b) Responsabilidade pelos indivíduos ao longo do b) Responsabilidade pelos indivíduos ao longo do tempo, independente da presença de doença;tempo, independente da presença de doença;c) Integralidade da atenção (atendimento c) Integralidade da atenção (atendimento integral, com articulação de assistência e integral, com articulação de assistência e prevenção);prevenção);d) Capacidade de coordenar os cuidados às d) Capacidade de coordenar os cuidados às necessidades dos indivíduos, suas famílias e necessidades dos indivíduos, suas famílias e comunidades.comunidades.

Starfield, BStarfield, B. Atenção primária – Equilíbrio entre necessidades . Atenção primária – Equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: Unesco, Ministério de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: Unesco, Ministério

da Saúde; 2002.da Saúde; 2002.

Page 10: Aula MFC 1

Medicina de Família e Comunidade Medicina de Família e Comunidade no Brasil:no Brasil:

Reconhecida pelo Ministério da Educação, por Reconhecida pelo Ministério da Educação, por intermédio da Comissão Nacional de Residência intermédio da Comissão Nacional de Residência Médica em 1981, com o nome de Medicina Geral e Médica em 1981, com o nome de Medicina Geral e Comunitária. Porém, desde 1976, tinha programas de Comunitária. Porém, desde 1976, tinha programas de formação específica em Porto Alegre (Murialdo), Rio formação específica em Porto Alegre (Murialdo), Rio de Janeiro (UERJ) e Recife (UFPE).de Janeiro (UERJ) e Recife (UFPE).

A partir da década de 90 , com a implementação do A partir da década de 90 , com a implementação do Programa Saúde da Família, houve um forte Programa Saúde da Família, houve um forte movimento de qualificação da atenção primária à movimento de qualificação da atenção primária à saúde que levou a um expressivo aumento dos saúde que levou a um expressivo aumento dos programas de residência médica em Medicina de programas de residência médica em Medicina de Família e Comunidade.Família e Comunidade.

Page 11: Aula MFC 1

Medicina de Família e Comunidade Medicina de Família e Comunidade no Brasil:no Brasil:

A estratégia saúde da família iniciou-se pelo A estratégia saúde da família iniciou-se pelo setor público (SUS – PSF, 1993) e setor público (SUS – PSF, 1993) e posteriormente foi adotada também no setor posteriormente foi adotada também no setor privado.privado.

Em 2002 nova nomenclatura: Medicina de Em 2002 nova nomenclatura: Medicina de Família e Comunidade. (CFM, AMB, CNRM, Família e Comunidade. (CFM, AMB, CNRM, SBMFC).SBMFC).

Page 12: Aula MFC 1

Princípios da Medicina de Família e Princípios da Medicina de Família e Comunidade: Wonca, 2002Comunidade: Wonca, 2002

Primeiro contato com o sistema de Primeiro contato com o sistema de saúde, prestando um acesso aberto saúde, prestando um acesso aberto e ilimitado e lidando com todos os e ilimitado e lidando com todos os problemas de saúde independente problemas de saúde independente da idade, sexo ou qualquer outra da idade, sexo ou qualquer outra característica da pessoa.característica da pessoa.

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Princípios da Medicina de Família e Princípios da Medicina de Família e Comunidade: Wonca, 2002Comunidade: Wonca, 2002

Utiliza eficientemente os recursos de Utiliza eficientemente os recursos de saúde através da coordenação dos saúde através da coordenação dos cuidados do trabalho com outros cuidados do trabalho com outros profissionais no contexto dos cuidados profissionais no contexto dos cuidados primários e da gestão da interface com primários e da gestão da interface com outras especialidades, assumindo outras especialidades, assumindo sempre que necessário um papel de sempre que necessário um papel de advocacia pelo paciente.advocacia pelo paciente.

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Princípios da Medicina de Família e Princípios da Medicina de Família e Comunidade: Wonca, 2002Comunidade: Wonca, 2002

Desenvolve uma abordagem Desenvolve uma abordagem centrada na pessoa, orientada para centrada na pessoa, orientada para o indivíduo, a sua família e a o indivíduo, a sua família e a comunidade.comunidade.

Page 15: Aula MFC 1

Princípios da Medicina de Família e Princípios da Medicina de Família e Comunidade: Wonca, 2002Comunidade: Wonca, 2002

Possui um processo de condução da Possui um processo de condução da consulta singular, estabelecendo consulta singular, estabelecendo uma relação ao longo do tempo, uma relação ao longo do tempo, através de uma comunicação através de uma comunicação efetiva entre o médico e o paciente.efetiva entre o médico e o paciente.

Page 16: Aula MFC 1

Princípios da Medicina de Família e Princípios da Medicina de Família e Comunidade: Wonca, 2002Comunidade: Wonca, 2002

É responsável pela continuidade da É responsável pela continuidade da prestação de cuidados longitudinais, prestação de cuidados longitudinais, conforme a necessidade do conforme a necessidade do paciente.paciente.

Page 17: Aula MFC 1

Princípios da Medicina de Família e Princípios da Medicina de Família e Comunidade: Wonca, 2002Comunidade: Wonca, 2002

Possui um processo próprio de Possui um processo próprio de tomada de decisões, o qual é tomada de decisões, o qual é determinado pela prevalência e pela determinado pela prevalência e pela incidência da doença na incidência da doença na comunidade.comunidade.

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Princípios da Medicina de Família e Princípios da Medicina de Família e Comunidade: Wonca, 2002.Comunidade: Wonca, 2002.

Gere simultaneamente problemas Gere simultaneamente problemas de saúde agudos e crônicos de de saúde agudos e crônicos de doentes individuais.doentes individuais.

Page 19: Aula MFC 1

Princípios da Medicina de Família e Princípios da Medicina de Família e Comunidade: Wonca, 2002Comunidade: Wonca, 2002

Promove a saúde e o bem estar Promove a saúde e o bem estar através de uma intervenção através de uma intervenção apropriada e efetiva e possui uma apropriada e efetiva e possui uma responsabilidade específica pela responsabilidade específica pela saúde da comunidade.saúde da comunidade.

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Princípios da Medicina de Família e Princípios da Medicina de Família e Comunidade: Wonca, 2002Comunidade: Wonca, 2002

Lida com problemas de saúde em Lida com problemas de saúde em suas dimensões física, psicológica, suas dimensões física, psicológica, social, cultural e existencial.social, cultural e existencial.

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Instrumentos do Médico de Família:Instrumentos do Médico de Família:

ProntuárioProntuário

GenogramaGenograma

Visita DomiciliarVisita Domiciliar

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ProntuárioProntuárioDefiniçõesDefinições

Conselho Federal de Medicina, 1988:Conselho Federal de Medicina, 1988:

Com esse novo paradigma de atenção à Com esse novo paradigma de atenção à saúde, o prontuário de família é instrumento saúde, o prontuário de família é instrumento fundamental do novo sistema, como meio e fundamental do novo sistema, como meio e indicador da melhor qualificação da atenção indicador da melhor qualificação da atenção praticada pela equipe, bem como ferramenta praticada pela equipe, bem como ferramenta à educação permanente dos seus membros, à educação permanente dos seus membros, sem deixar de ser elemento fundamental em sem deixar de ser elemento fundamental em casos de auditoria e em questões ou conflitos casos de auditoria e em questões ou conflitos legais e/ou éticos.legais e/ou éticos.

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ProntuárioProntuárioDefiniçõesDefinições

Portanto, o prontuário de família é Portanto, o prontuário de família é elemento decisivo à melhor atenção à elemento decisivo à melhor atenção à saúde dos seus membros e precisa saúde dos seus membros e precisa reunir as informações necessárias à reunir as informações necessárias à continuidade do acompanhamento continuidade do acompanhamento prestado à família ou mesmo a um dos prestado à família ou mesmo a um dos seus membros. (Massad et al., 2003)seus membros. (Massad et al., 2003)

Page 24: Aula MFC 1

Genograma:Genograma:DefiniçõesDefinições

Instrumento de avaliação familiar Instrumento de avaliação familiar que consiste num sistema de que consiste num sistema de colheita e registro de dados e que colheita e registro de dados e que integra a história biomédica e a integra a história biomédica e a história biopsicossocial do história biopsicossocial do paciente e da sua família.paciente e da sua família.

Rebelo, L.Rebelo, L. Genograma Familiar. O bisturi do Médico de Família. Genograma Familiar. O bisturi do Médico de Família. Rev Port Clin Geral 2007; 23:309-17Rev Port Clin Geral 2007; 23:309-17

Page 25: Aula MFC 1

Genograma:Genograma:DefiniçõesDefinições

Hoje, McGoldrick e Gerson são os Hoje, McGoldrick e Gerson são os autores que mais têm desenvolvido autores que mais têm desenvolvido as aplicações do genograma, as aplicações do genograma, definindo-o como “um instrumento definindo-o como “um instrumento para incorporar categorias de para incorporar categorias de informação familiar ao processo de informação familiar ao processo de resolução de problemas”.resolução de problemas”.

Page 26: Aula MFC 1

Elementos principais do Elementos principais do genograma:genograma:

Dados estruturais:Dados estruturais: nome, idade, nome, idade, profissão, situação laboral, mortes profissão, situação laboral, mortes na família citando datas e causas, na família citando datas e causas, doenças, cuidador principal e doenças, cuidador principal e assinala-se o informante (paciente).assinala-se o informante (paciente).

Dados funcionais:Dados funcionais: complementa as complementa as informações e traz uma visão informações e traz uma visão dinâmica, pois mostra a interação dinâmica, pois mostra a interação entre os membros da família.entre os membros da família.

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Genograma: Genograma: SímbolosSímbolos

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Genograma:Genograma:SímbolosSímbolos

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O que permite o genograma?O que permite o genograma?

Revisão rápida pelo médico da situação da Revisão rápida pelo médico da situação da família, como um novo casamento p. ex.família, como um novo casamento p. ex.

Sistema de registro simples importante em Sistema de registro simples importante em equipes multiprofissionais, melhorando o equipes multiprofissionais, melhorando o tratamento abrangente contínuo.tratamento abrangente contínuo.

Elaboração de um vínculo através do uso Elaboração de um vínculo através do uso dos primeiros nomes dos membros da dos primeiros nomes dos membros da família, sabendo quem vive na residência.família, sabendo quem vive na residência.

Detecta fatores de risco importantes nos Detecta fatores de risco importantes nos membros da família.membros da família.

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O que permite o genograma?O que permite o genograma?

Sensibilidade para problemas Sensibilidade para problemas psicossociaispsicossociais

Serve para conhecer e montar uma Serve para conhecer e montar uma rede de apoio eficaz para o problema rede de apoio eficaz para o problema do paciente.do paciente.

É um recurso diagnóstico de famílias É um recurso diagnóstico de famílias disfuncionais, para detecção e disfuncionais, para detecção e planejamento do contexto.planejamento do contexto.

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Visita Domiciliar:Visita Domiciliar:Um pouco da HistóriaUm pouco da História

Juramento de Hipócrates, cinco Juramento de Hipócrates, cinco séculos antes de Cristo: séculos antes de Cristo: ”Penetrando no interior dos lares, ”Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha meus olhos serão cegos, minha língua calará os segredos que me língua calará os segredos que me forem revelados, o que terei como forem revelados, o que terei como preceito de honra.”preceito de honra.”

Page 32: Aula MFC 1

Visita Domiciliar: Visita Domiciliar: Um pouco da HistóriaUm pouco da História

Grécia, há 2500 anos: médicos Grécia, há 2500 anos: médicos percorriam as cidades prestando percorriam as cidades prestando assistência às famílias, de casa em assistência às famílias, de casa em casa.casa.

Barbeiros-cirurgiões: Em 1902 Barbeiros-cirurgiões: Em 1902 Eduardo VII teria sido operado em Eduardo VII teria sido operado em sua casa.sua casa.

Page 33: Aula MFC 1

Visita Domiciliar:Visita Domiciliar:Um pouco da HistóriaUm pouco da História

Inglaterra: entre 1854 e 1856, as visitas Inglaterra: entre 1854 e 1856, as visitas eram realizadas por mulheres da eram realizadas por mulheres da comunidade, sem muita instrução, comunidade, sem muita instrução, contratadas pelo Estado, para educar as contratadas pelo Estado, para educar as famílias carentes sobre cuidados em saúde. famílias carentes sobre cuidados em saúde. Mais tarde, as enfermeiras foram as Mais tarde, as enfermeiras foram as primeiras a assumir esse papel.primeiras a assumir esse papel.

EUA: em 1951 estavam em atividade 25.461 EUA: em 1951 estavam em atividade 25.461 enfermeiras de saúde pública, 12.556 delas enfermeiras de saúde pública, 12.556 delas trabalhando com visitas domiciliares.trabalhando com visitas domiciliares.

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Visita Domiciliar:Visita Domiciliar:Um pouco da HistóriaUm pouco da História

No Brasil: relatos desde a fase No Brasil: relatos desde a fase colonial.colonial.

Em 1893: Comissão Sanitária, para Em 1893: Comissão Sanitária, para extermínio dos cortiços em SP extermínio dos cortiços em SP (febre amarela, peste bubônica)(febre amarela, peste bubônica)

““Visitadoras domiciliares”Visitadoras domiciliares” Em 1998: portaria do Ministério da Em 1998: portaria do Ministério da

Saúde introduz a Internação Saúde introduz a Internação Domiciliar.Domiciliar.

Page 35: Aula MFC 1

Visita Domiciliar:Visita Domiciliar:Um pouco da HistóriaUm pouco da História

Lei nLei n̊̊̊̊ 10.424/02 regulamenta a ̊̊̊̊ 10.424/02 regulamenta a assistência domiciliar no SUS: equipe assistência domiciliar no SUS: equipe multidisciplinar (medicina preventiva, multidisciplinar (medicina preventiva, terapêutica e reabilitadora) terapêutica e reabilitadora)

Não se pode relacionar Assistência Não se pode relacionar Assistência Domiciliar exclusivamente ao setor Domiciliar exclusivamente ao setor público. O setor privado cada vez mais público. O setor privado cada vez mais vem investindo em atenção primária vem investindo em atenção primária em saúde e em visita domiciliar. Antes em saúde e em visita domiciliar. Antes 5 empresas, hoje mais de 180.5 empresas, hoje mais de 180.

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Visita Domiciliar:Visita Domiciliar:ClassificaçõesClassificações

Os “chamados”:Os “chamados”: atendimentos de atendimentos de pacientes que, por doença aguda ou pacientes que, por doença aguda ou agudização de problema crônico ou outro agudização de problema crônico ou outro tipo de limitação, têm dificuldade de tipo de limitação, têm dificuldade de locomoção, em dado momento.locomoção, em dado momento.

Visitas Periódicas:Visitas Periódicas: referem-se em geral, a referem-se em geral, a pessoas com problemas crônicos, pessoas com problemas crônicos, devendo ser agendadas com devendo ser agendadas com antecedência e manter periodicidade antecedência e manter periodicidade variável.variável.

Page 37: Aula MFC 1

Visita Domiciliar:Visita Domiciliar:ClassificaçõesClassificações

Internações Domiciliares:Internações Domiciliares: são realizadas são realizadas após consenso entre o paciente, seus após consenso entre o paciente, seus familiares e equipe de saúde, desde que familiares e equipe de saúde, desde que haja condições físicas e psicológicas para haja condições físicas e psicológicas para tanto.tanto.

Busca Ativa:Busca Ativa: refere-se à mobilização de refere-se à mobilização de esforços no sentido de encontrar usuários esforços no sentido de encontrar usuários de difícil adesão, faltosos aos seus de difícil adesão, faltosos aos seus programas de saúde e aos serviços de programas de saúde e aos serviços de vigilância.vigilância.

Page 38: Aula MFC 1

“Não precisamos saber apenas que doença a pessoa tem, mas que pessoa tem essa doença”.

(Oliver Sacks)

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Referências Bibliográficas:Referências Bibliográficas:

1.1. Rakel, R. E. Rakel, R. E. Tratado de Medicina de FamíliaTratado de Medicina de Família. 5ª ed. Rio de . 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997. Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.

2.2. Negreiros MM, Neto JT. Negreiros MM, Neto JT. Proposta de Prontuário para as Proposta de Prontuário para as Equipes Saúde da Família.Equipes Saúde da Família. Rev. APS, v. 8, n. 2, p. 123-142, Rev. APS, v. 8, n. 2, p. 123-142, jul./dez. 2005.jul./dez. 2005.

3.3. Rebelo, L. Rebelo, L. Genograma Familiar: O bisturi do Médico de Genograma Familiar: O bisturi do Médico de FamíliaFamília. Rev Port Clin Geral n. 23, p. 309-17, 2007.. Rev Port Clin Geral n. 23, p. 309-17, 2007.

4.4. Campos, C. E. A. Campos, C. E. A. Os Princípios da Medicina de Família eOs Princípios da Medicina de Família e Comunidade.Comunidade. Rev APS, v. 8, n. 2, p. 181-190, jul./dez. 2005. Rev APS, v. 8, n. 2, p. 181-190, jul./dez. 2005.

5.5. Duncan BB, Schmidt MI, Giugliani ERJ e colaboradores.Duncan BB, Schmidt MI, Giugliani ERJ e colaboradores. Medicina Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas emAmbulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em EvidênciasEvidências. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.

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