aula - medidas de frequencia

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Medidas de Freqüência de Medidas de Freqüência de Doenças Doenças Profª: Dra. Maria Luiza C. de Lima Profª: Dra. Maria Luiza C. de Lima Mestrando: João Luís da Silva Mestrando: João Luís da Silva Recife, 30 de março de 2011. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Departamento de Medicina Social Disciplina: Epidemiologia e Saúde Pública

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Page 1: Aula - Medidas de Frequencia

Medidas de Freqüência de Medidas de Freqüência de DoençasDoenças

Profª: Dra. Maria Luiza C. de LimaProfª: Dra. Maria Luiza C. de Lima

Mestrando: João Luís da SilvaMestrando: João Luís da Silva Recife, 30 de março de 2011.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCODepartamento de Medicina Social

Disciplina: Epidemiologia e Saúde Pública

Page 2: Aula - Medidas de Frequencia

• Quantificar a ocorrência de doenças em populações é uma questão central na investigação epidemiológica;

• Descrever o padrão de distribuição de ocorrência de doenças;

• Formular hipóteses a respeito dos possíveis fatores causais, ou preventivos;

• Identificar determinantes de doença;

• A simples contagem de indivíduos afetados consiste na medida mais básica (útil para planejadores/gestores).

Medidas de Freqüência de DoençasMedidas de Freqüência de Doenças

Page 3: Aula - Medidas de Frequencia

“Onde?”, “Quando?”, “Quem?”

• Formular hipóteses a respeito dos possíveis fatores causais, ou preventivos;

• Raciocínio epidemiológico.

Medidas de Freqüência de DoençasMedidas de Freqüência de Doenças

Page 4: Aula - Medidas de Frequencia

Incidência

• Número de casos novos de uma doença, em um dado período de tempo e local

tempo)no ponto dado (num

100.00 X (exposta) totalpop.

doença uma de novos casos de ºnIC

Medidas de Freqüência de DoençasMedidas de Freqüência de Doenças

Page 5: Aula - Medidas de Frequencia

Casos novos de tuberculose em duas cidades

Cidade Casosnovos

Períodoconsiderado

CidadeI

58 1985

CidadeII

35 1984-1985

Incidência de Tuberculose nas duas cidades:Cidade I: 58/25.000/1 ano = 232/105 / anoCidade II: 35/7.000/2 anos=17,5/7.000/1ano =250/105 /ano

População(?)

25.000

7.000

Medidas de Freqüência de DoençasMedidas de Freqüência de Doenças

Incidência

Page 6: Aula - Medidas de Frequencia

• Número total de casos de uma doença existentes em um dado local, medido em um ponto no tempo, ou durante um período de tempo.

tempo)no ponto dado (num

100.00 X (exposta) totalpop.

doença uma de casos de ºnP

Medidas de Freqüência de DoençasMedidas de Freqüência de Doenças

Prevalência

Page 7: Aula - Medidas de Frequencia

Indicadores de MORTALIDADEIndicadores de MORTALIDADE

Entre os estados brasileiros, Pernambuco é o que concentra a maior quantidade de municípios que apresentam os índices mais altos de homicídios do país, ou seja, de 29,7 a 165,3 casos em cada grupo de cem mil habitantes.

Diário de Pernambuco, 28/02/2007

Page 8: Aula - Medidas de Frequencia

Diário de Pernambuco, 2006

...está ocorrendo uma inversão da relação homem-mulher na incidência de AIDS entre as

pessoas entre 13 e 19 anos. Ao contrário das outras faixas

etárias, as meninas ultrapassam os meninos em AIDS.

Indicadores de MORTALIDADEIndicadores de MORTALIDADE

Page 9: Aula - Medidas de Frequencia

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Page 10: Aula - Medidas de Frequencia

PRINCIPAIS INDICADORES DE MORTALIDADE

Conjunto dos indivíduos que morremConjunto dos indivíduos que morremnum dado intervalo de temponum dado intervalo de tempo

O risco ou probabilidade que qualquer pessoa na população de vir a morrer, em decorrência de uma doença, é calculado pelo coeficiente de mortalidade.

Indicadores de MORTALIDADEIndicadores de MORTALIDADE

Page 11: Aula - Medidas de Frequencia

Coeficiente de Mortalidade Geral (CMG)

Nº TOTAL DE ÓBITOS EM UMA POPULAÇÃONº TOTAL DE ÓBITOS EM UMA POPULAÇÃO

POPULAÇÃO TOTALPOPULAÇÃO TOTAL

x 1.000x 1.000CGM = CGM =

Problemas mais comuns:

- Numerador: Sub-contagem de óbitos

- Denominador: incorreções no tamanho da população

Indicadores de MORTALIDADEIndicadores de MORTALIDADE

Page 12: Aula - Medidas de Frequencia

Coeficientes Específicos:

• Expressa a mortalidade segundo causacausa, , idade, sexo, idade, sexo, local de ocorrência e local de residência.local de ocorrência e local de residência.

• Formas mais comuns de apresentação:

Mortalidade segundo grupo etário (forma mais utilizada);Mortalidade por grupos de causa ou causa específica;Mortalidade por sexo.

Indicadores de MORTALIDADEIndicadores de MORTALIDADE

Page 13: Aula - Medidas de Frequencia

Mortalidade por Grupo Etário

Distribuição segundo faixa etária;

Coeficiente de mortalidade infantil.

Mortalidade por causas

Distribuição de mortalidade

segundo grupo de causas;

Coeficiente de mortalidade

materna.

Mortalidade por sexo

Indicadores de MORTALIDADEIndicadores de MORTALIDADE

Coeficientes Específicos:

Page 14: Aula - Medidas de Frequencia

Coeficiente de Mortalidade por Grupo Etário

•Revela se há predomínio de óbitos em algum grupo etário específico;

•É uma das formas mais utilizadas de estatísticas de mortalidade pois a probabilidade de morrer está muito relacionada à idade.

Nº DE ÓBITOS NO GRUPO ETÁRIONº DE ÓBITOS NO GRUPO ETÁRIO

POP. DO MESMO GRUPO ETÁRIOPOP. DO MESMO GRUPO ETÁRIO

x 100.000x 100.000

Indicadores de MORTALIDADEIndicadores de MORTALIDADE

CMGE =

Page 15: Aula - Medidas de Frequencia

Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI)

•Refere-se ao óbito de crianças nascidas vivas e falecidas antes de completarem um ano de vida, de um dado local e período;

•É o indicador mais empregado para medir o nível de saúde e de desenvolvimento social de uma região.

Ex: Recife:1980 – 77,6/1.000 NV1990 – 44,0 /1.000 NV; 2000 – 18,2/1.000 NV;2005 – 16,6 /1.000 NV

Pernambuco: 2005 – 21,2/1.000 NV;

Brasil: 2003 27,5/1000NV;

Holanda, Suécia e Japão: 5/1.000 NV

Indicadores de MORTALIDADEIndicadores de MORTALIDADE

Page 16: Aula - Medidas de Frequencia

Indicadores de MORTALIDADEIndicadores de MORTALIDADE

Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI)

Page 17: Aula - Medidas de Frequencia

Nº DE ÓBITOS DE CRIANÇAS MENORES DE 1 ANO Nº DE ÓBITOS DE CRIANÇAS MENORES DE 1 ANO DE IDADEDE IDADE

Nº DE NASCIDOS VIVOSNº DE NASCIDOS VIVOSX 1.000X 1.000CMI = CMI =

•Classificação dos coeficientes de mortalidade infantil:Classificação dos coeficientes de mortalidade infantil:

* Nº de óbitos, por 1.000 nascidos vivos

*

Indicadores de MORTALIDADEIndicadores de MORTALIDADE

Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI)

Page 18: Aula - Medidas de Frequencia

COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL NEONATAL •Indica o risco de uma criança nascida viva morrer nos primeiros 28 dias de vida.

Nº DE ÓBITOS DE CRIANÇAS NAS PRIMEIRAS 4 Nº DE ÓBITOS DE CRIANÇAS NAS PRIMEIRAS 4 SEMANAS DE VIDASEMANAS DE VIDA

Nº DE NASCIDOS VIVOSNº DE NASCIDOS VIVOS

X 1.000X 1.000CMN = CMN =

COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL PÓS-NEONATAL•Risco de morte para crianças de 28 dias a menores de 1 ano

Nº DE ÓBITOS DE CRIANÇAS DE 28 DIAS ATÉ 1 ANONº DE ÓBITOS DE CRIANÇAS DE 28 DIAS ATÉ 1 ANO

Nº DE NASCIDOS VIVOS, NO PERÍODONº DE NASCIDOS VIVOS, NO PERÍODO

X 1.000X 1.000CMPN = CMPN =

Indicadores de MORTALIDADEIndicadores de MORTALIDADE

Page 19: Aula - Medidas de Frequencia

Evolução do coeficiente de mortalidade infantil e seus componentes. Recife, 1980 a 2005.

77,6

70,4

63,3

56,8

27,7

38,8

16,6

27,4

47,1

65,265,4

56,8

44,0

38,1

43,5

35,5

25,3 24,921,2 22,4

20,4 18,2 18,415,4

52,7

67,565,7

16,2

11,7

30,330,8

35,1

31,632,333,3

38,6 31,1 31,1

25,9 26,6 27,2

21,2

19,5 18,8

17,4 18,515,5 16

15 13,3 13,1 10,7 11,1 4,9

35,0

30,1

24,9 24,7 24,7

21,517,4

16,3 16,915,9

8,6 7,96,4 5,7 6,4 5,4 5 5,3 4,7

32,533,433,9

39,1

5,10,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

-Coef. Mortalidade infantil

-Coef Mortalidade pós-neonatal

-Coef. Mortalidade neonatal

Indicadores de MORTALIDADEIndicadores de MORTALIDADE

Page 20: Aula - Medidas de Frequencia

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COEFICIENTE DE MORTALIDADE MATERNA (CMM)

•Numerador (conjunto de mortes devidas às complicações de gravidez, parto e puerpério) durante a gestação ou em um período de até uma ano após o término da gestação.

Nº DE ÓBITOS POR CAUSAS LIGADAS À GRAVIDEZ, Nº DE ÓBITOS POR CAUSAS LIGADAS À GRAVIDEZ, PARTO E PUERPÉRIOPARTO E PUERPÉRIO

Nº DE NASCIDOS VIVOSNº DE NASCIDOS VIVOS

x 100.000x 100.000

•A morte materna é uma perda evitável e as altas taxas de mortalidade materna refletem o baixo nível das condições de saúde da mulher, já que medidas adequadas de assistência pré, peri e pós-natal podem facilmente diminuir estas taxas.

O risco de morte materna no Brasil é de 2,5 a 8 vezes maior que o risco de uma mulher grávida vir a óbito nos países desenvolvidos.

Indicadores de MORTALIDADEIndicadores de MORTALIDADE

CMM = CMM =

Page 21: Aula - Medidas de Frequencia

COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR CAUSAS (CMC)

Nº DE ÓBITOS POR DETERMINADA CAUSA OU (GRUPO Nº DE ÓBITOS POR DETERMINADA CAUSA OU (GRUPO

DE CAUSAS)DE CAUSAS)

POPULAÇÃO EXPOSTA AO RISCOPOPULAÇÃO EXPOSTA AO RISCO

X 100.000X 100.000

Indicadores de MORTALIDADEIndicadores de MORTALIDADE

CMC = CMC =

Page 22: Aula - Medidas de Frequencia

COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR CAUSAS (CMC)

Indicadores de MORTALIDADEIndicadores de MORTALIDADE

Page 23: Aula - Medidas de Frequencia

10%

6%

6%

7%

8%

15%15%

33%

Outros

Doenças aparelho digestivo

Doenças infecciosas eparasitáriasDoenças endócrinasnutricionais e metabólicasDoenças aparelho respiratório

Causas externas

Neoplasias

Doenças aparelho circulatório

Mortalidade proporcional. Recife, 2005

Indicadores de MORTALIDADEIndicadores de MORTALIDADE

Page 24: Aula - Medidas de Frequencia

COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR SEXO

•Separa os óbitos por sexo, revelando diferenças marcantes entre o que ocorre no homem e na mulher.

Nº TOTAL DE ÓBITOS DE UM DADO SEXONº TOTAL DE ÓBITOS DE UM DADO SEXO

POP. DO MESMO SEXO DO PERÍODOPOP. DO MESMO SEXO DO PERÍODOX 100.000X 100.000CMS = CMS =

Indicadores de MORTALIDADEIndicadores de MORTALIDADE

Page 25: Aula - Medidas de Frequencia

Como melhorar as estatísticas de mortalidade?

Page 26: Aula - Medidas de Frequencia

Melhorando o preenchimento das declarações de óbito através da sensibilização junto aos

médicos e aos profissionais de saúde que lidam mais freqüentemente com os atestados.

Page 27: Aula - Medidas de Frequencia

FIM

[email protected]

Page 28: Aula - Medidas de Frequencia

Referências

ALMEIDA FILHO, N.; ROUQUAYROL, M. Z. Introdução à Epidemiologia. 4ª edição. Guanabara Koogan, 2006.