aula de higiene e segurança do trabalho

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CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE MINAS DISCIPLINA: HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO INTRODUÇÃO À SEGURANÇA E HIGIENE OCUPACIONAL

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Aula sobre higiene e segurança do trabalho, contendo as normas e leis, aplicado a mineração.

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  • CURSO DE GRADUAO EM ENGENHARIA DE MINAS

    DISCIPLINA: HIGIENE E SEGURANA DO TRABALHOINTRODUO SEGURANA E HIGIENE OCUPACIONAL

  • INTRODUO SEGURANA E HIGIENE OCUPACIONALBREVE HISTRICO- Poucos relatos sobre acidentes e doenas do trabalho at o incio da Revoluo Industrial (Trabalho escravo e manual).- O aumento da produtividade com o advento da mquina a vapor e a concentrao de vria pessoas em um mesmo estabelecimento fizeram surgir com rapidez os riscos de acidentes e doenas originadas do trabalho.- Condies de trabalho precrias e jornadas de trabalho excessivas (15 a 16 horas dirias) provocaram reaes por parte do proletariado desencadeando movimentos sociais, influenciando o surgimento de medidas legais. Assim, em 1833, o parlamento ingls decretou a lei das fbricas, que proibia o trabalho noturno aos menores de 18 anos e limitava a jornada de trabalho em 12 horas por dia e 69 semanais.

  • INTRODUO SEGURANA E HIGIENE OCUPACIONALBREVE HISTRICO- As primeiras leis de acidente do trabalho surgiram na Alemanha, em 1884, estendendo-se logo a vrios pases da Europa, at chegar ao Brasil pelo Decreto Legislativo 3.724, de 15/01/1919.- A criao da OIT (Organizao Internacional do Trabalho) pelo Tratado de Versailles, favoreceu o surgimento de vrias normas sobre proteo sade e integridade fsica do trabalhador. As convenes da OIT ratificadas pelo Brasil incorporam-se legislao interna do pas. Essas convenes versam sobre diversos temas relacionados preveno de acidentes e doenas do trabalho. Por exemplo:Conveno n. 152 segurana e higiene nos trabalhos porturiosConveno n. 162 - utilizao do asbesto com segurana.

  • INTRODUO SEGURANA E HIGIENE OCUPACIONAL No Brasil, a higiene e a segurana do trabalho foram elevadas hierarquia constitucional em 1946 (art. 154, VIII). Em 1977, a Lei 6514, regulamentada pela Portaria 3214/78, deu nova redao ao captulo V, da CLT, avanando nas exigncias prevencionistas. A Constituio Federal, promulgada em 1988, tambm ampliou os dispositivos relativos matria, entre os quais, destacam-se:Art. 7: So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social:XXII reduo dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de sade, higiene e segurana;XXIII adicional de remunerao para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;XXVIII seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenizao a que este est obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

  • INTRODUO SEGURANA E HIGIENE OCUPACIONALPREVENO DE ACIDENTES NO TRABALHO

    A preveno de acidentes o propsito primrio de um programa de segurana, permitindo a continuidade das operaes e a reduo dos custos de produo. Neste sentido, a preveno de acidentes de trabalho no s um imperativo social e humano, seno tambm um bom negcio. Como prevenir, significa impedir um evento, tomando medidas antecipadas, a anlise causal dos acidentes o mais importante passo na preveno dos mesmos.

  • INTRODUO SEGURANA E HIGIENE OCUPACIONALRISCOS PROFISSIONAISD-se o nome de riscos profissionais s condies inseguras, inerentes ao ambiente de trabalho, ou prpria execuo das vrias atividades profissionais, que direta ou indiretamente possam provocar acidentes do trabalho.Entre as condies inseguras inerentes ao ambiente mencionam-se: rudo e calor excessivos; presena de gases, vapores e poeiras txicas; iluminao deficiente; etc. So chamados riscos de ambiente.Entre as condies inseguras inerentes execuo das atividades mencionam-se: mquinas desprotegidas; pisos defeituosos ou escorregadios; empilhamentos precrios; etc. So chamados riscos de operao ou riscos de local.

  • INTRODUO SEGURANA E HIGIENE OCUPACIONALRISCOS PROFIISIONAISDe forma geral, os riscos de ambiente podem provocar doenas do trabalho ou molstias profissionais nos trabalhadores, enquanto os riscos de execuo ou riscos de local podem causar leses nos trabalhadores, tais como cortes, fraturas, escoriaes, queimaduras, etc.Foi mencionado que os riscos profissionais podem provocar direta ou indiretamente os acidentes do trabalho. Diretamente, por exemplo, no caso de uma exposio a um gs nocivo que produzir uma intoxicao no trabalhador. Indiretamente, por exemplo, no caso de fratura ocasionada por uma queda em escada mal iluminada. Deve-se observar que, tanto a queda, que produz uma leso do tipo traumtica, como a exposio poeira, que produzir uma molstia profissional, devem ser consideradas acidentes do trabalho.

  • INTRODUO SEGURANA E HIGIENE OCUPACIONALACIDENTES, CAUSAS E CONSEQUNCIASDo ponto de vista legal, considera-se acidente do trabalho aquele que ocorrer pelo exerccio do trabalho, a servio da empresa, provocando leso corporal, perturbao funcional ou doena, que cause a morte ou a perda ou reduo permanente ou temporria da capacidade para o trabalho.A legislao considera ainda diversas condies especiais em que a ocorrncia interpretada como acidente do trabalho, como os acidentes que se verificam fora dos limites da empresa, estando o funcionrio a servio da firma; os acidentes de trajeto, que se verificam no trajeto residncia-empresa ou vice-versa; alm de outros casos excepcionais.

  • INTRODUO SEGURANA E HIGIENE OCUPACIONALACIDENTES, CAUSAS E CONSEQUNCIASDo ponto de vista da preveno de acidentes, o acidente do trabalho pode ser definido como uma ocorrncia inesperada, que interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo til, e/ou danos materiais, e/ou leses nos trabalhadores.Portanto, mesmo ocorrncias que resultem unicamente em perda de tempo, devem ser encaradas como acidentes do trabalho. Esse critrio se justifica se considerarmos que, muitas vezes, as leses e os danos materiais no ocorrem por uma questo de sorte.

  • INTRODUO SEGURANA E HIGIENE OCUPACIONALACIDENTES, CAUSAS E CONSEQUNCIASAlm das condies inseguras (riscos profissionais) abordadas, os acidentes do trabalho podem tambm ser causados por atos inseguros, que so as causas dos acidentes que residem exclusivamente no fator humano. Neste caso, os acidentes decorrem da execuo de tarefas de uma forma contrria s normas de segurana.Alguns exemplos de atos inseguros so:Recusa do funcionrio de utilizar equipamentos de proteo individual (EPI), fornecidos pela empresa;Utilizar de maneira incorreta ferramentas manuais;Utilizar equipamentos defeituosos;No obedecer sinais ou instrues de segurana.

  • INTRODUO SEGURANA E HIGIENE OCUPACIONALACIDENTES, CAUSAS E CONSEQUNCIAS

    Em resumo, tem-se:Causas dos Acidentes de Trabalho:Condies InsegurasAtos InsegurosConsequncias dos Acidentes de Trabalho:Perda de tempoDanos materiaisLeses nos trabalhadores

  • INTRODUO SEGURANA E HIGIENE OCUPACIONALCLASSIFICAO DAS LESESLeses Imediatas: so aquelas em que os traumas fsicos ou estados patolgicos se observam imediatamente, ou no espao de algumas horas, aps a ocorrncia do acidente. o caso das leses traumticas como cortes, fraturas, escoriaes, queimaduras e choques eltricos e tambm das intoxicaes agudas com substncias nocivas.Leses Mediatas : so aquelas em que os estados patolgicos demoram meses, s vezes anos, para se manifestarem. o caso das intoxicaes crnicas e da maioria das doenas profissionais que decorrem de exposies constantes e prolongadas a agentes ambientais agressivos.

  • INTRODUO SEGURANA E HIGIENE OCUPACIONALCLASSIFICAO DAS LESESAlguns exemplos bastante conhecidos de doenas profissionais so: a silicose, resultante da exposio poeira de slica livre e cristalina; o benzolismo, que resulta da exposio a vapores de benzeno; o saturnismo, resultante da exposio a fumos de chumbo; surdez profissional, etc. A comprovao de nexo de causa e efeito entre doena e exerccio do trabalho dispensvel para diversos processos industriais e profissionais, relacionados em portaria ministerial (Portaria n 10 do MTPS de 23/11/64) em virtude de serem peculiares ou inerentes a esse exerccio.Dessa relao no constam doenas, que, embora possam resultar do exerccio de determinadas atividades, exigem verificao minuciosa do nexo causal.

  • INTRODUO SEGURANA E HIGIENE OCUPACIONALCLASSIFICAO DAS LESESDeve-se observar que as intoxicaes agudas com substncias txicas no trabalho podem levar rapidamente a estados patolgicos que tambm devem ser considerados doenas profissionais. Em tais casos, as doenas do trabalho passam a constituir leses imediatas.Isto ocorre, por exemplo, quando um operrio fica exposto a altas concentraes de xidos de nitrognio em operaes de solda eltrica. Estes gases so altamente irritantes, porm os primeiros sintomas de sua ao podem aparecer algum tempo aps a exposio, quando o operrio j se encontra em casa. Este, ao se sentir mal, procura um mdico que constata a formao de edema pulmonar, doena grave que pode levar o paciente a morte em questo de horas.

  • INTRODUO SEGURANA E HIGIENE OCUPACIONALCLASSIFICAO DAS LESESEm casos dessa natureza, a origem da doena passa geralmente desapercebida, sendo atribuda a outros fatores, no relacionados com sua verdadeira causa que foi a exposio ocupacional aos gases txicos. Neste caso, o edema pulmonar deveria ser classificado como doena profissional.Conclui-se que acidentes desta natureza ocorrem e no so diagnosticados corretamente devido ausncia de pessoal especializado em Sade Ocupacional (Engenheiros de Segurana e Mdicos do Trabalho).Por este e outros motivos, pode-se concluir tambm que, as estatsticas de acidentes do trabalho apresentaro nmeros inferiores realidade.

  • INTRODUO SEGURANA E HIGIENE OCUPACIONALLESO INCAPACITANTEConsidera-se leso incapacitante, qualquer leso, includas as doenas profissionais, que ocasione a morte ou incapacidade permanente, ou que impea o acidentado de desempenhar normalmente suas funes, por um dia no mnimo, excludo o dia do acidente.Para efeito de cadastramento e levantamento estatstico dos acidentes, s so consideradas as leses incapacitantes, tambm chamadas acidentes com perda de tempo. No se computam, portanto, os pequenos acidentes, que exigem apenas cuidados ambulatoriais. Contudo, a influncia desses acidentes menores na produtividade no deve ser menosprezada pelo profissional de segurana, que deve dar toda ateno ao seu controle.

  • INTRODUO SEGURANA E HIGIENE OCUPACIONALLESO INCAPACITANTEAs leses incapacitantes, segundo uma escala decrescente de gravidade, se classificam em 4 categorias, de acordo com as caractersticas seguintes:

    Morte: Fatalidade resultante de uma leso no trabalho, independente do tempo transcorrido desde o acidente.

    Incapacidade Total Permanente: Resultado de qualquer leso no trabalho que no ocasione a morte mas que incapacite permanentemente a um trabalhador de desempenhar qualquer ocupao lucrativa, ou que resulte em:

  • INTRODUO SEGURANA E HIGIENE OCUPACIONALLESO INCAPACITANTE

    Perda anatmica ou impotncia funcional, em suas partes essenciais, de mais de um membro, conceituando-se como partes essenciais a mo e o p.

    Perda da viso de um olho e reduo simultnea de mais da metade da viso do outro.

    Leses orgnicas ou perturbaes funcionais graves e permanentes de qualquer rgo vital, ou quaisquer estados patolgicos reputados incurveis que determinem idntica incapacidade para o trabalho.

  • INTRODUO SEGURANA E HIGIENE OCUPACIONALLESO INCAPACITANTE

    Incapacidade Parcial Permanente: Resultado de qualquer leso no trabalho, que no ocasione morte ou incapacidade total permanente, mas que provoque perda ou inutilizao de qualquer membro ou parte de um membro do corpo, ou qualquer incapacidade permanente de funes do corpo ou parte sua.

    Incapacidade Temporria: Resultado de qualquer leso no trabalho, que no ocasione morte ou incapacidade permanente, porm ocasione o afastamento do trabalhador por um ou mais dias, de suas atividades profissionais.

  • INTRODUO SEGURANA E HIGIENE OCUPACIONALPROGRAMAS DE SEGURANA, SADE E GESTO DE RISCOSAlguns dos programas que buscam o gerenciamento mais amplo dos fatores de riscos profissionais, do meio ambiente e da qualidade de vida que esto sendo, atualmente, implantados pelas empresas e regulamentados pela legislao: PPRA (Programa de Preveno dos Riscos Ambientais); PCMSO (Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional); PCMAT (Programa de Condio e Meio Ambiente na Indstria da Construo Civil); PGR (Programa de Gerenciamento de Risco na Indstria da Minerao); PCA (Programa de Conservao Auditiva) e PPR (Programa de Proteo Respiratria).

  • CURSO DE GRADUAO EM ENGENHARIA DE MINAS

    DISCIPLINA: HIGIENE E SEGURANA DO TRABALHO

    CADASTRO E ESTATSTICA DE ACIDENTES

  • CADASTRO E ESTATSTICA DE ACIDENTESINTRODUOO cadastro de acidentes pode ser definido como um conjunto de informaes e dados sobre a ocorrncia de acidentes de uma empresa. Visa a anlise das causas pessoais e mecnicas e as circunstncias dos acidentes ocorridos. Alm do mais, o cadastro de acidentes serve para:

    Avaliar se o programa de segurana est sendo bem orientado e bem conduzido;Criar interesse na preveno de acidentes;Determinar as fontes principais dos acidentes;Fornecer informaes sobre os atos e condies inseguras.

  • CADASTRO E ESTATSTICA DE ACIDENTESINTRODUO

    A NB-18 da ABNT estabelece definies, convenes e regras para a organizao de estatsticas comparveis de acidentes do trabalho. Os padres de comparao so: Coeficiente de Frequncia de Acidentes (CF) e Coeficiente de Gravidade dos Acidentes (CG).

  • CADASTRO E ESTATSTICA DE ACIDENTESCOEFICIENTE DE FREQUNCIA

    O Coeficiente de Frequncia expressa o nmero de acidentes com perda de tempo (acpt), ocorridos em um milho de homens-horas trabalhadas.

    A expresso do Coeficiente de Frequncia :CF = (X / Y).106

    onde, X = n de acidentes com perda de tempo Y = n de homens-horas trabalhadas no perodo

  • CADASTRO E ESTATSTICA DE ACIDENTESCOEFICIENTE DE FREQUNCIA

    EXEMPLO:

    Se em uma determinada indstria, por exemplo, ocorreram 10 acidentes com perda de tempo, e se foram trabalhadas 200.000 homens-horas no perodo, obtemos:

    CF = (10 / 2.105).106

    CF = 50,00

    Obs.: o CF deve ser computado at a segunda casa decimal.

  • CADASTRO E ESTATSTICA DE ACIDENTESCOEFICIENTE DE GRAVIDADEO Coeficiente de Gravidade representa a perda de tempo, resultante dos acidentes, em nmero de dias, ocorridos em um milho de homens-horas trabalhadas. A gravidade das leses , dessa forma, medida pelos dias de trabalho perdidos, em decorrncia de acidentes. No caso de incapacidade permanente, somam-se os dias debitados correspondentes leso que gerou a incapacidade (anexo 1 da Portaria 32).A expresso do Coeficiente de Gravidade : CG = [(A + B) / Y] . 106 onde, A = n de dias perdidos decorrentes de acidentes B = n de dias debitados por incapacidade permanente Y = n de homens-horas trabalhadas no perodo

  • CADASTRO E ESTATSTICA DE ACIDENTESEXEMPLO:Se na indstria do exemplo anterior, as 10 leses incapacitantes provocaram um total de 200 dias perdidos, obteremos o seguinte Coeficiente de Gravidade:

    CG = (200.106) / (2.105) = 1.000

    Obs.: Recomenda-se que o CG seja aproximado ao nmero inteiro aproximado.

    Se no exemplo dado, incluirmos uma leso da qual resultou a perda de dois dedos da mo cuja carga de dias debitados corresponde a 750 dias, teremos:CG = [(200+750).106] / (2.105) = 4.750

  • CADASTRO E ESTATSTICA DE ACIDENTESVARIVEIS DOS COEFICIENTES DE FREQUNCIA E GRAVIDADE

    As variveis que intervm nos clculos dos coeficientes de frequncia e gravidade, definidas pela NB-18 da ABNT, so:

    Homens-Horas Trabalhadas: o nmero que exprime a soma de todas as horas efetivamente trabalhadas por todos os empregados do estabelecimento, inclusive de escritrio, admistrao, vendas, etc. So as horas em que os empregados esto sujeitos a se acidentarem em trabalho. No nmero de homens-horas trabalhadas devem ser includas as horas extras e excludas as horas remuneradas no trabalhadas, tais como as decorrentes de faltas abonadas, licenas, frias, enfermidades e descanso remunerado.

  • CADASTRO E ESTATSTICA DE ACIDENTESVARIVEIS DOS COEFICIENTES DE FREQUNCIA E GRAVIDADE

    Dias Perdidos: o total de dias em que o acidentado fica incapacitado para o trabalho em consequncia de acidente com incapacidade temporria. Os dias perdidos so corridos, contados do dia imediato ao dia do acidente at o dia da alta mdica inclusive. Portanto, na contagem dos dias perdidos se incluem os domingos, os feriados ou qualquer outro dia em que no haja trabalho na empresa.. Conta-se tambm qualquer outro dia completo de incapacidade, ocorrido depois do retorno ao trabalho e que seja em consequncia do mesmo acidente.

  • CADASTRO E ESTATSTICA DE ACIDENTESVARIVEIS DOS COEFICIENTES DE FREQUNCIA E GRAVIDADE

    Dias Perdidos Transportados: So os dias perdidos durante o ms em decorrncia de acidentes do ms anterior (ou de meses anteriores).

    Dias Debitados por Reduo de Capacidade ou Morte: o nmero de dias que convencionalmente se atribui aos casos de acidentes de que resulte morte, incapacidade permanente total ou incapacidade permanente parcial, representando a perda total ou a reduo da capacidade para o trabalho, conforme a tabela anexa Portaria 32.

  • CADASTRO E ESTATSTICA DE ACIDENTESTABELA DE DIAS DEBITADOS

    A tabela de dias debitados uma tabela utilizada com o fim exclusivo de permitir a comparao da reduo da capacidade resultante dos acidentes entre setores de uma mesma empresa, entre diversas empresas e entre empresas de pases que adotem a mesma tabela. A perda de tempo constante da tabela representa uma perda econmica tendo por base a vida mdia ativa do trabalhador, estimada em 20 anos ou 6.000 dias. A tabela, que constitui o anexo 1, usada internacionalmente e foi organizada pelo International Accident Board and Commision.

  • CADASTRO E ESTATSTICA DE ACIDENTESAPRESENTAO DAS ESTATSTICAS

    As estatsticas de acidentes no so compiladas unicamente com fins de investigao e estudo da preveno dos acidentes. Embora seja esta a razo principal, tambm importante que todos os interessados conheam devidamente qual a situao existente no tocante aos acidentes, para alert-los e estimular seu interesse ajudando-os a adquirir a conscincia da segurana. Para alcanar esta finalidade pode ser conveniente apresentar os dados estatsticos no somente em cifras (por meio de tabelas, por exemplo), mas tambm em forma grfica (utilizando histogramas de frequncia e gravidade), que indiscutivelmente chama melhor a ateno.

  • CURSO DE GRADUAO EM ENGENHARIA DE MINAS

    DISCIPLINA: HIGIENE E SEGURANA DO TRABALHO

    RECONHECIMENTO, AVALIAO E CONTROLE DOS RISCOS AMBIENTAIS

  • RECONHECIMENTO, AVALIAO E CONTROLE DOS RISCOS AMBIENTAIS

    1. AGENTES AMBIENTAISSo os fatores que podem desencadear doenas do trabalho.Segundo sua natureza, podem ser classificados em: agentes fsicos, agentes qumicos, agentes biolgicos e agentes ergonmicos.A ocorrncia de doenas do trabalho depender da natureza e intensidade do agente ambiental; da suscetibilidade do indivduo ao agente; e de certas caractersticas, tais como, a durao do processo e o tempo de exposio.Tais fatores devem ser considerados em conjunto, para uma anlise real do risco que os agentes ambientais oferecem sade dos trabalhadores.

  • RECONHECIMENTO, AVALIAO E CONTROLE DOS RISCOS AMBIENTAIS

    1.1 Agentes FsicosOs agentes fsicos causadores em potencial de doenas ocupacionais so: rudo, vibrao mecnica, temperaturas extremas, presses anormais, radiaes ionizantes e no ionizantes.

    1.2 Agentes QumicosSo agentes ambientais que podem causar doenas ocupacionais devido sua ao qumica sobre o organismo dos trabalhadores. Podem ser encontrados nas formas slida, lquida ou gasosa, como, por exemplo: poeiras, solventes, gases e vapores.

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    1.3 Agentes BiolgicosSo microorganismos causadores de doenas com os quais pode o trabalhador entrar em contato no exerccio de diversas atividades profissionais. So exemplos os vrus, bactrias, fungos, bacilos, aos quais, frequentemente, ficam expostos mdicos, enfermeiros, funcionrios de hospitais, laboratrios de anlise biolgica, lixeiros, aougueiros, trabalhadores de curtumes, estaes de tratamento de esgotos, etc1.4 Agentes ErgonmicosSo os relacionados com fatores fisiolgicos inerentes execuo das atividades profissionais e que podem produzir alteraes no organismo e estado emocional do trabalhador. Entre os principais fatores esto a monotonia, a posio e o rtmo de trabalho, a fadiga, a preocupao, a repetio, etc.

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    2. RECONHECIMENTO DOS AGENTES AMBIENTAISO reconhecimento dos agentes que podem afetar a sade, segurana, bem estar e eficincia dos trabalhadores o passo inicial (avaliao qualitativa) que deve anteceder uma avaliao quantitativa dos mesmos, para a aplicao de medidas preventivas e de controle cabveis.2.1 Requisitos Necessrios para o ReconhecimentoO conhecimento das diferentes formas com que se apresentam os agentes ambientais, e dos riscos peculiares a cada atividade profissional;O conhecimento das caractersticas intrnsecas e propriedades txicas dos materiais utilizados;O conhecimento dos processos industriais desde a matria prima at o produto final acabado, incluindo subprodutos indesejveis.

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    2.2 Finalidades do ReconhecimentoLevantamento para efeito de identificao das possveis causas de doenas profissionais;Levantamento para efeito de estipulao de futuras medidas preventivas e de controle necessrio;Levantamento estatstico da ocorrncia dos agentes ambientais nas atividades profissionais em mbito local, regional ou nacional para efeito de determinao de propriedades dentro de um programa de sade e segurana ocupacional. 2.3 Tcnicas de ReconhecimentoO reconhecimento preliminar feito por meio de visita de inspeo ao local de trabalho, quando o profissional da segurana deve se fazer acompanhar por pessoa da Empresa familiarizado com o processo, materiais e condies de trabalho, para esclarecimentos sobre aspectos tcnicos de interesse para o levantamento.

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    3. AVALIAO DOS AGENTES AMBIENTAIS A avaliao dos agentes ambientais consiste em determin-los quantitativamente, por meio de mtodos padronizados.Todo cuidado deve ser tomado para que os resultados obtidos realmente expressem as condies avaliadas e representem realmente a exposio do trabalhador.Os principais fatores a serem considerados so:Aparelhagem e mtodo a ser utilizadoLocal de medioDurao de medioNmero de medies necessrias

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    3.1 Aparelhagem e MtodoA aparelhagem utilizada em higiene do trabalho pode ser classificada em 3 categorias:Aparelhos de leitura direta so os que com uma simples leitura do o valor da concentrao ou intensidade do agente no prprio local de trabalho.Aparelhos de separao do contaminante do ar so aqueles em que o contaminante separado do ar, sendo recolhido num meio apropriado. importante se conhecer o volume de ar que passa atravs do meio filtrante, para poder se determinar a concentrao do contaminante do ar.Aparelhos de coleta de amostra do ar so os que nada mais fazem do que coletar uma certa quantidade de ar, para posterior anlise em laboratrio com aparelhagem ou processos mais sofisticados.

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    3.2 Local da MedioO local da medio depender dos objetivos da avaliao:Quando se deseja verificar o nvel real de exposio do trabalhador aos agentes ambientais, as medies devero ser efetuadas no local, ou locais, onde este permanece.

    Quando se deseja ter uma ideia da intensidade de concentrao mxima dos agentes, as medies devero ser efetuadas bem prximas s fontes.

    Quando se deseja ter uma ideia da exposio mdia dos trabalhadores, vrias medies devem ser feitas em diversos locais de trabalho.

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    3.3 Durao da MedioA durao da medio deve ser suficiente para se obter uma leitura precisa no instrumento, ou ainda, para se coletar suficiente material para posterior anlise quantitativa.A durao da medio ainda dever cobrir pelo menos um ciclo completo de determinada operao, para que os resultados no representem uma exposio irreal, caracterstica de uma determinada fase do processo.3.4 Nmero de MediesPara verificar a eficcia de uma medida de controle, bastam duas medies, uma antes e outra aps a adoo da medida.Por outro lado, so necessrias dezenas de medies quando se deseja verificar a exposio mdia de um trabalhador que execute uma srie de operaes em vrios locais.

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    4. CONTROLE DOS AGENTES AMBIENTAISAs medidas genricas de controle dos agentes ambientais podem ser aplicadas de duas maneiras distintas:Relativamente ao ambiente de trabalhoRelativamente ao trabalhadorAs medidas de controle relativas ao ambiente devem ser consideradas prioritariamente, pois , geralmente, so as mais eficazes e no apresentam incmodo aos trabalhadores.As medidas de controle relativas ao pessoal devem ser utilizadas como complementao das relativas ao ambiente, ou seja, nos casos em que estas forem insuficientes para controlar o risco ou quando tecnicamente inviveis.

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