aula 6 (córtex cerebral)

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Fisiologia do Crtex Cerebral

Neurobiologia do Crtex Cerebral

Crtex PrFrontal em Diferentes Espcies

Funes Gerais do Crebro

Funes CerebraisTeorias Frenologia (Franz Gall): - reas funcionais isoladas Campos agregados (Flourens) reas funcionais integradas (Paul Broca)

Crtex CerebralEspecializao Hemisfrica Fundamentos: - Anatmicos: planum temporale - Neuroimagem: ressonncia magntica - Histolgicas

Crtex CerebralEspecializao Hemisfrica Hemisfrio esquerdo: analtico e seqencial Hemisfrio direito: holstico e paralelo Hemisfrios funcionam em comum acordo com contribuies variadas Gene da lateralizao? Comunicao calosal: competio inibitria Dominncia oscilante

Funes dos Lobos Cerebrais

Funes CerebraisFunes do Lobo Frontal Pensamento, raciocnio, cognio, ateno Inibio dos reflexos de preenso e suco

Planejamento de movimentos complexos Motricidade Movimento ocular voluntrio Linguagem Controle esfincteriano

Funes CerebraisFunes do Lobo Temporal Linguagem

Audio e msica Comportamento, emoes, motivao Prosdia Reconhecimento de faces Memria

Funes CerebraisFunes do Lobo Parietal Sensibilidades

Orientao somtica e espacial Praxias Clculo Grafia Lexia

Apraxia Construtiva

Apraxia no Vestir

Paciente com Leso Parietal Direita e Sinais de Negligncia e Extino

Funes CerebraisFunes do Lobo Occipital Viso e processamento visual das palavras

Denominao de objetos Movimento ocular involuntrio

Percepo e Ateno

Crtex CerebralPercepo e Ateno Vias neurais da viso: - Retina - Vias pticas - Crtex visual

Sistema Visual

Percepo Visual

Fisiologia da Ateno

Fisiologia da Ateno

Percepo Auditiva

Focalizar a Ateno

Via Auditiva

Linguagem

Linguagem Dominncia hemisfrica Anatomia: - rea de Broca - rea de Wernicke

LinguagemDominncia Hemisfrica (%)-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Esquerda

Direita

Ambas

Dextro Canhoto ou Ambidextro

96 70

04 15

00 15Rassmussen & Miller, 1997

------------------------------------------------------------------------

LinguagemReflexo Linguagem: funo integrada

LinguagemDistrbios Verbal: - Afasia - Disartria - Disfonia Lida: - Alexia

- Dislexia Escrita: - Agrafia

Disgrafia

Afasia de Broca

Afasia de Wernicke

Memria e Aprendizagem

Memria e AprendizagemReflexo Como memorizamos e aprendemos

Memria e AprendizagemAnatomia Todo o crebro

Lobo temporal: - Hipocampo - Amgdala

Memria e AprendizagemConceitos Memria:Processo fisiolgico de registro de informaes atravs de mecanismos de recepo, seleo, codificao, estocagem e recuperao Aprendizagem: Processo dinmico de manipulao de material memorizado que induz mudana no sistema nervoso e comportamento

Memria e AprendizagemTipos de Memria Curto prazo Memria primria Longo prazo " secundria " terciria

Crtex CerebralAprendizado e Memria Estgios: - Codificao: aquisioconsolidao - Armazenamento - Evocao Tipos de memria: - Sensorial - Curta durao

Memria e AprendizagemClassificao e Caractersticas da Memria Caractersticas Tipos e SubtiposQuanto ao tempo Ultra-rpida de reteno Curta durao Longa durao Dura de fraes de segundos a alguns segundos; memria sensorial Dura minutos ou horas, garante o sentido de continuidade do presente Dura horas, dias ou anos, garante o registro do passado autobiogrfico e dos conhecimentos do indivduo

Memria e AprendizagemClassificao e Caractersticas da Memria Tipos e Subtipos CaractersticasQuanto natureza Explcita ou declarativa Episdica Semntica Implcita ou no-declarativa Pode ser descrita por meio de palavras Tem uma referncia temporal; memria de fatos seqenciados Envolve conceitos atemporais; memria cultural No pode ser descrita por meio de palavras

De representao perceptual Representa imagens sem significado conhecido; memria pr-consciente De procedimentos Associativa Hbitos, habilidades e regras Associa dois ou mais estmulos (condicionamento clssico), ou um estmulo a uma certa resposta (condicionamento operante) Atenua uma resposta (habituao) ou a aumenta (sensibilizao) atravs da repetio de um mesmo estmulo Permite o raciocnio e o planejamento do comportamento

No associativa

Operacional

Tipos de Memria de Longo Prazo

Tipos de Memria

Tipos de Memria

Condicionamento Clssico

Tarefa de Memria

Condicionamento Operante

Tipos de Memria

Mecanismos de Memria Memria de Curto Prazo: - Ativao de circuitos neuronais reverberativos Memria de Longo Prazo: - Ativao de genes nucleares que induzem mo-

dificaes estruturais da clula - Induo da potenciao de longa durao

Casos ClnicosCaso 13Uma criana de 11 anos de idade queixava-se de

cefalia grave e crescente associada nusea e vmito por duas semanas, seguida de confuso mental. s vezes, ela no conseguia encontrar os lugares no apartamento onde vivia. Falava pouco e quando falava eram frases sem sentido. Foi ento hospitalizada.

Casos ClnicosCaso 13 (cont.)Ao exame de admisso, s conseguia reter memria recente por alguns minutos, configurando assim amnsia antergrada. No havia outros dficits neurolgicos focais.

Casos ClnicosCaso 13 (cont.)A primeira ressonncia magntica revelou edema dos lobos temporais e giros cingulados bilateralmente. A segunda ressonncia revelou hemorragia nessas reas. Solicitou-se ento sorologia antiviral.

Casos ClnicosCaso 13 (cont.)Os testes sorolgicos evidenciaram tratar-se de infeco por herpes simples.

Casos ClnicosCaso 13 (cont.)Fez ento tratamento com antivirais (aciclovir

etc.), o que levou melhora parcial da perda de memria.

Casos ClnicosCaso 13 (Questionrio)1) Faa hipteses sobre o significado de cefalia e vmito.2) Explique o fenmeno das frases sem sentido. 3) Interprete os distrbio de memria da paciente.

4) Correlacione os achados clnicos com os da ressonncia.

Casos ClnicosCaso 14Um bancrio de 48 anos de idade estava danando e conversando na festa de concluso de curso de seu filho quando a sua parceira de dana notou que ele no podia mais mover-se adequadamente e tornara-se taciturno. Daquele momento em diante, sua fala ficou subitamente mais difcil de modo a s poder fazer frases fragmentadas. Ele deixou de danar e foi beber algo, porm, a taa caiu de sua mo e ele comeou a se queixar de turvao. Sua esposa o levou ento ao hospital.

Casos ClnicosCaso 14 (cont.)O plantonista, ao examin-lo, notou uma hemisndrome discreta direita, predominantemente motora. Os membros superior e inferior direitos pareciam pesados e seu brao direito caa ao extender ambos os braos diante do trax. Seus reflexos estavam ligeiramente aumentados (3+/4+) direita. O paciente tambm apresentava afasia motora: falava pouco e respondia s questes de forma telegrfica, monossilbica. Tinha dificuldade em encontrar palavras e nomear objetos, e suas frases continham erros.

Casos ClnicosCaso 14 (cont.)Os exames solicitados foram: ultrassonografia, doppler de artrias cartidas e vertebrais e ressonncia magntica do crnio. O doppler revelou ocluso parcial e disseco da artria cartida interna esquerda na au-

sncia de qualquer outro fator vascular de risco.

Casos ClnicosCaso 14 (cont.)Pensou-se ento que a causa tinha sido um movimento brusco da cabea durante a dana, o qual oca-

sionou a disseco, que por sua vez produziu uma isquemia na regio da rea de Broca, no lobo frontal esquerdo.

Casos ClnicosCaso 14 (cont.)A ressonncia revelou rea de isquemia na rea

de Broca e tambm no giro pr-central (rea motora) esquerdo.

Casos ClnicosCaso 14 (cont.)O tratamento foi institudo com heparina, seguido do uso de varfarina (cumarnico) e fisio- e fonoterapia. No momento da alta, seus sintomas tinham regre-

dido parcialmente, e seis meses aps, estava assintomtico. Foi feito um exame doppler de controle que se mostrou normal e foi retirada gradualmente a varfarina.

Casos ClnicosCaso 14 (Questionrio)1) Qual a suspeita clnica com base nos sintomasiniciais? 2) Interprete a hemisndrome direita.

3) Diagnostique o tipo de alterao da linguagem.4) Por que o mdico solicitou os exames acima descritos? 5) Estabelea diagnstico e razo do tratamento.

Casos ClnicosCaso 15Uma senhora de 54 ames de idade tinha sido vista pelo mdico de famlia por arritmia cardaca persistente por miocardite. Numa das consultas de rotina, a auxiliar do mdico, enquanto fazia um ECG na paciente, notou que ela no seguia as instrues, e falava de modo ininterrupto num jargo incompreensvel, alm de parecer ansiosa e insegura. A auxiliar informou ao mdico que examinou a paciente. O exame neurolgico revelou hemiparesia direita discreta ao lado do evidente e expressivo distrbio de linguagem. O mdico hospitalizou de imediato a paciente.

Casos ClnicosCaso 15 (cont.)O plantonista repetiu o exame neurolgico e fez uma bateria de testes neuropsicolgicos. A paciente podia facilmente imitar os movimentos do examinador e agitar as mos simultaneamente ao mdico quando solicitada, porm, a comunicao verbal era impossvel por causa de sua fargonasia acentuada. Quando perguntada como estava, a paciente respondia: mais estavam marando, quando perguntavam seu nome, ela dizia: seja dado com eles danoso. Ela no podia nomear objetos como caneta (ladata), livro (soma alta) ou lmpada (aqui aquela comcha). Ela respondia a perguntas tais como vai voc? com respostas alongadas (isso de mar, onde aquilo aqui, esto aqui, o que desce, ele disse, muito onde longo).

Casos ClnicosCaso 15 (cont.)Quando se pedia com gestos, tais como escrever o nome na folha de admisso do hospital, copiar frases escritas e desenhos, ou fazer clculos escritos, ela con-

seguia faz-los. O que interessante que ela podia copiar frases de qualquer tamanho corretamente, porm, no conseguia l-las aps, seja em silncio ou em voz alta.

Casos ClnicosCaso 15 (cont.)A ressonncia magntica mostrou um infarto no lobo parietal esquerdo, envolvendo a rea de Wernicke.

Casos ClnicosCaso 15 (cont.)A leso acima explicou a afasia de compresso e a hemiparesia discreta direita.

Casos ClnicosCaso 15 (cont.)O ecocardiograma transesofgico foi realizado em vista da arritmia, e foram reveladas vegetaes trombticas no trio esquerdo.

Esse ltimo achado explica a fonte de mbolos.

Casos ClnicosCaso 15 (cont.)O tratamento foi realizado com anticoagulantes

com heparina e varfarina (cumarnicos), fisio- e fonoterapia.

Casos ClnicosCaso 15 (cont.)A evoluo mostrou melhora parcial da fala, persistindo ainda parafasia semntica e defeito de compreenso.

Casos ClnicosCaso 15 (Questionrio)1) A arritmia tem importncia para o diagnstico? 2) Interprete os sintomas do distrbio de linguagem e d um diagnstico.

3) Por que o paciente no conseguia ler? 4) Interprete os achados da ressonncia. 5) Estabelea diagnstico e tratamento.

Casos ClnicosCaso 16Um aposentado de 69 anos de idade que vivia s e tinha hipertenso mal controlada, teve dois episdios leves de fraqueza no brao esquerdo recentemente. Noutra ocasio, no conseguia enxergar com o olho direito por alguns minutos. No deu ateno a isso porque se sentia bem. Certa noite, entretanto, ao levantar-se da cama, caiu subitamente ao solo e no podia levantar-se. Gritou por socorro, acordando o vizinho que possua uma chave de seu apartamento. O mdico foi chamado de urgncia e o levou no hospital.

Casos ClnicosCaso 16 (cont.)O mdico da admisso fez exame neurolgico e evidenciou hemiparesia esquerda discreta, envolvendo brao e perna esquerda, e controle motor fino da mo esquerda. Ele no percebia o toque repetido e simultneo no lado esquerdo, e somente no lado direito; s se fazia esse toque repetido nos dois lados. Ele no reagia quando se lhe falava do lado esquerdo. Quando pedido a desenhar uma casa e uma rvore, s desenhava as partes direitas dessas imagens. Ele tendia a olhar s para o lado direito, e parecia estar consciente apenas do espaa desse lado.

Casos ClnicosCaso 16 (cont.)A ressonncia magntica revelou infarto no territrio da artria cerebral mdia direita, e o doppler de grandes vasos cerebrais mostrou 80% de estenose da artria cartida interna direita.

Casos ClnicosCaso 16 (cont.)O diagnstico confirmou-se ser um acidente vascular cerebral isqumico.

Casos ClnicosCaso 16 (Questionrio)1) 2) 3) 4) Interprete o significado dos episdios de fraqueza. Interprete os achados do exame neurolgico. Interprete os achados da ressonncia. Estabelea diagnstico e tratamento.