aula 5 propagaçao de trinca

49
1 Propagação de Trincas por Fadiga Propagação de Trincas por Fadiga

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Page 1: Aula 5 Propagaçao de trinca

1

Propagação de Trincas por FadigaPropagação de Trincas por Fadiga

Page 2: Aula 5 Propagaçao de trinca

2

ESCOPOESCOPO

1.1. CRESCIMENTO DE TRINCA SOB CARREGAMENTOS CÍCLICOS DE CRESCIMENTO DE TRINCA SOB CARREGAMENTOS CÍCLICOS DE AMPLITUDE CONSTANTEAMPLITUDE CONSTANTE

Curva da/dN vs Curva da/dN vs KKLeis do crescimento de trinca por fadigaLeis do crescimento de trinca por fadigaOutros fatoresOutros fatores

2.2. APLICAÇÕES.APLICAÇÕES.

Bibliografia:Bibliografia: Norma ASTM 647 – 06Norma ASTM 647 – 06 Norma ASTM 399 – 00Norma ASTM 399 – 00 Fracture Mechanics – Fundamentals and Aplications, T. L. Anderson, 1994Fracture Mechanics – Fundamentals and Aplications, T. L. Anderson, 1994 Fracture Mechanics – R.J.H. Wanhill et al. 2ª Ed. 2004.Fracture Mechanics – R.J.H. Wanhill et al. 2ª Ed. 2004. Fatigue and Durability of Structural Materials. S.S. Mason e GR Halford, 2006Fatigue and Durability of Structural Materials. S.S. Mason e GR Halford, 2006 Introdução à Mecânica da Integridade Estrutural, V. Pastoukhove H. J.C. Introdução à Mecânica da Integridade Estrutural, V. Pastoukhove H. J.C.

Voorwald, 1995Voorwald, 1995 Structural Life Assessment Methods, A. F. Liu, 1999.Structural Life Assessment Methods, A. F. Liu, 1999. Fundamentals of Metals Fatigue Analysis – J.A. Bannantine et. al., 1990Fundamentals of Metals Fatigue Analysis – J.A. Bannantine et. al., 1990 Metal Fatigue in Engineering, R.I. Stephens et. Al. (Rev. 2000)Metal Fatigue in Engineering, R.I. Stephens et. Al. (Rev. 2000) Mechanical behavior of Materials. N. E. Dowling, 1993.Mechanical behavior of Materials. N. E. Dowling, 1993.

Page 3: Aula 5 Propagaçao de trinca

3

CRESCIMENTO DE TRINCA SOB CARREGAMENTOS CÍCLICOS DE CRESCIMENTO DE TRINCA SOB CARREGAMENTOS CÍCLICOS DE AMPLITUDE CONSTANTEAMPLITUDE CONSTANTE

Em situação de fadiga, a trinca pode crescer mesmo se a0 < aacc ou < cc.

a

Número de ciclos, N

a0

ac

adLimite de detecção pela IND Np

ad = ? (END, IND)ac = ? (MFEL)Np = ? (a x N)

Page 4: Aula 5 Propagaçao de trinca

4

Taxa de Crescimento de Trinca Vs. TensãoTaxa de Crescimento de Trinca Vs. Tensão

Nf 1

Co

mp

rim

ento

de

trin

ca, a

No. de Ciclos (N) ou Tempo

a 0

0

1max

2max

3max

dadN

1

dadN

2

dadN

3

1ca

2ca

3ca

0min1max2max3max

Nf 2 Nf

3

Conclusão:Conclusão:

(1)Inicialmente a taxa de crescimento da trinca (da/dN) é pequena, aumentando com aumento de aa.(2) da/dN aumenta com aumento do nível de tensão aplicada e para um aa específico.

Page 5: Aula 5 Propagaçao de trinca

5KKR

max

min

minmin

maxmax

a =K

a =K

a =K

1aY =K Y

Tempo

K

KI

K/2

Kmax

Kmin

Tempo

Tensão (max, min)

(max, min)R= min/max

max

min

m

a=/2

Parâmetros Utilizados na descrição do Crescimento de Trinca por Fadiga

2a

Page 6: Aula 5 Propagaçao de trinca

6

SIMILARIDADE EM FADIGASIMILARIDADE EM FADIGA

Kmax

Kmin

Fator de intensidade Fator de intensidade de tensão, Kde tensão, K

KKmin min e Ke Kmaxmax

da/dN = f(K, R)

P1max, P1min

P2max, P2min

K

da/dN

Page 7: Aula 5 Propagaçao de trinca

7

Trinca crítica

0a

ca

ia

0 No de Ciclos (N)

Co

mp

rim

ento

de

trin

ca,

a

dadN

Trinca Inicial

No de Ciclos parafalhar

iYii a =K

Page 8: Aula 5 Propagaçao de trinca

8

CURVA DE CRESCIMENTO DE TRINCA POR CURVA DE CRESCIMENTO DE TRINCA POR FADIGAFADIGA

K0 Log (K)

Lo

g(d

a/d

N),

mm

/cic

lo

Al : 3 – 7 MPa m1/2

Aço : 6 – 17 MPa m1/2

Page 9: Aula 5 Propagaçao de trinca

9

Região linear (Paris e Erdogan):

onde C e m são constantes do material e determinados experimentalmente, para metais: 2 < m < 7. Limitações:Limitações:

Não Leva em conta efeitos de R, superestima a Região I (K0) e subestima a Região III (K = KIC)

Vantagens:Vantagens: Os valores previstos concordam bem com os dados

experimentais. Simples de ser usada e incorporada a programa de

cálculo da vida em propagação em serviço.

LEIS DOS CRESCIMENTO DE TRINCAS POR LEIS DOS CRESCIMENTO DE TRINCAS POR FADIGAFADIGA

KC = dN

da n

Page 10: Aula 5 Propagaçao de trinca

10

3.03.0

2.252.25

3.253.25

3.03.0

6.96.91010-12 -12 3.63.61010-10-10

1.351.351010-10 -10 6.66.61010-9-9

5.65.61010-12-12 3.0 3.01010-10-10

1.81.81010-19 -----19 ----

Ferritic-Pearlitic SteelsFerritic-Pearlitic Steels

Martensitic SteelsMartensitic Steels

Austenitic Stainless Austenitic Stainless SteelsSteels

Ni-Mo-V SteelsNi-Mo-V Steels

mm

CC

da/dN (m/cycle) da/dN da/dN (m/cycle) da/dN (in/cycle) (in/cycle)

K in MPaK in MPam m K in ksiK in ksiinin

MaterialMaterial

Page 11: Aula 5 Propagaçao de trinca

11

Um grande número de pesquisadores (mais do que 50) desenvolveram expressões, que pudessem modelar parte ou toda a curva log da/dN x log K.

(1967)Forman K -R)K-(1

K C

IC

n

dN

da

(1976) Priddle Kmax K

K - K C

dN

dan

C

0

(1988) McEvily,Kmax - K

K 1 K - K C

dN

da

C

2

0

Regiões II e III

Curva Completa

• Kmax→ KIC da/dN →∞• R>0

modificada FormanK -R)K-(1

K-K K C

dN

da

IC

0n

)(

Page 12: Aula 5 Propagaçao de trinca

12

EstiEstimativa da Vida – Amplitudes Constantesmativa da Vida – Amplitudes ConstantesPara muitas configurações a função Y pode variar excessivamente entre os valores iniciais e finais da trinca, ou ainda a expressão de da/dN pode ser mais complexa. Nestes casos, precisamos integrar numericamente.

daaa da

dNf

iN if

RKfdNdada

dN

,

11

dN/da é a taxa de acumulação de ciclos, N, por unidade de aumento da trinca, a.

fa

a

N

0 ),(

da=dN = N

iRKf

Page 13: Aula 5 Propagaçao de trinca

13

Esta equação sugere o uso de uma solução gráfica da correlação dN/da x a. A vida Nif é simplesmente a área sob a curva.

Page 14: Aula 5 Propagaçao de trinca

14

Solução AproximadaSolução Aproximada

-(m/2)1

0-(m/2)1

fm/2m

aam

C =N

21

1

R) K,f( = dN

da

RK,f

da=dN

f

0

a

a

N

0 ),(

da=dN = N

RKf

Integrando entre o tamanho inicial e final utilizando-se eq. PARIS teremos:

af = ac

2a

daaC

1

C

daa

aC

da=N

f

0

f

0

f

0

a

a

m/2-

m/2m

a

am/2m

-m/2a

am

Complexidade de f(K, R)Y = f(a/W): Ex. Y=1,0 (placa infinita)

Page 15: Aula 5 Propagaçao de trinca

15

Integração da Lei de Paris - ExemploIntegração da Lei de Paris - Exemplo

Dado: da/dN = 6,610-9 (K)2,25, da/dN em pol/ciclo, K em ksipol e max = 40 ksi, min = 10 ksi

Determine: O no de ciclos para uma trinca de tamanho inicial de 0,25 pol crescer até 0,75 pol.

Solução:

aK

ksi30

polapola f 375,0,125,00

).(25,2,106,6 9 MaterialConstmC

125,1130106,6

125,0375,0125,125,29

125,0125,0

N

ciclosN 418.26

Supor: Y=1,0 (placa infinita)Supor: Y=1,0 (placa infinita)

2a

Page 16: Aula 5 Propagaçao de trinca

16

Integração da Lei de Paris - ExemploIntegração da Lei de Paris - Exemplo

125,030106,6

125,07162,0

21

1

25,29

125,0125,0

210

21

mm

crm aamC

N

ciclosN 361.40

Dado: da/dN = 6,610-9 (K)2,25, da/dN em pol/ciclo, K em ksipol, max = 40 ksi, min = 10 ksi, KIC= 60 ksipol, 2a0=0,25”.

Determine: Qual o número de ciclos para falhar?

Solução: ksi30

inKa ICcr 7162,01

40601 22

max

ICcrmaxI KaK na fratura

Page 17: Aula 5 Propagaçao de trinca

17

Integração da Lei de Paris Integração da Lei de Paris Exemplo: Melhoria da VidaExemplo: Melhoria da Vida

Do exemplo anterior nós temos N = 40.361 ciclos para = 30 ksi, a0 = 0,125 pol,KIC = 60 ksi pol

a) Decrescendo a0: tente a0 = 0,05 pol N = 65.345 ciclos 62%

b) Aumentando acr : tente KIC = 100 ksi pol Tenacidade acr = 1,9894 pol

N =60.204 ciclos 49%

tente max = 30 ksi = 20 ksi acr = 1,2732 pol N = 129.099 ciclos 220%

Diminuindo max

acr aumenta

Diminui

c) Diminuindo a tensão de projeto max

Page 18: Aula 5 Propagaçao de trinca

18

Integração Numérica da Lei de ParisIntegração Numérica da Lei de Paris

Para muitas configurações, a integração torna-se complexa. Nestes casos, precisamos integrar numericamente.

a Y = K

,a Y = K

a

b

43

2

/39,30/

/55,10/231,012,1

baba21,72-

babaY

Exemplo:

Page 19: Aula 5 Propagaçao de trinca

19

A forma mais prática de proceder é escolher um certo número de comprimento de trincas entre ai e af.Para cada um destes comprimentos e considerando o material, geometria e o carregamento de interesse, calcula-se K e então da/dN, invertendo para a obtenção de dN/da. Assim, coloca-se em gráfico dN/da x adN/da x a e encontramos a área sobre a

curva entre ai e af.

mJJ

m

J aFK SCCda

dN

11

yyyjjj

a

a

ayda

j

j

214

3

2

Um método relativamente simples é o uso da regra de Simpson. A equação é aplicada para cada j= 0, 2, 4, 6,…..n

Page 20: Aula 5 Propagaçao de trinca

20

Entretanto, para o presente caso é mais interessante que os espaçamentos não sejam uniformes, mas ao invés disto que sejam diferentes por um fator r, tal que r =1,1

ai, a1 = rai; a2 = r2ai; …………………an = rnai

)12()1()2(6

1

2

2

1

22

rrrra

a ryda yyyra

jjj

jj

j

Page 21: Aula 5 Propagaçao de trinca

21

a

b

Dado: da/dN = 6,610-9 (K)2,25, da/dN em pol/ciclo, K em ksipol, max = 40 ksi, min = 0 ksi, KIC= 60 ksipol, a0 = 0,10” e b=2¨.

Solução:

12max YKa ICcr

Caso Y=1,0 encontre o tamanho crítico

pol 0,7168a cr

k

1m

k

1 KC

a=N = N

Page 22: Aula 5 Propagaçao de trinca

22

Use ∆a = ai+1 - ai = 0,05 pol (incremento)∆K é calculado pela média do comprimento de trinca,

∆K = Y ∆ √amed

amed= (ai+ ai+1)/2

4

med3

med

2medmed

/ba30,39/ba21,72-

/ba10,55/ba0,2311,12Y

25,29 K6,6x10

05,0=N

Page 23: Aula 5 Propagaçao de trinca

23

ai ai+1 amed amed/b Y ∆K ∆N

0,10 0,15 0,125 0,0625 1,142 28,6 39970,15 0,20 0,175 0,0875 1,168 34,6 26030,20 0,25 0,225 0,1125 1,202 40,4 18400,25 0,30 0,275 0,1375 1,242 46,2 13620,30 0,35 0,325 0,1625 1,289 52,1 10390,35 0,40 0,375 0,1875 1,342 58,3 8080,40 0,45 0,425 0,2125 1,401 64,864,8 -----

Número de ciclos para falhar:N = ∑ ∆N = 11.469 Ciclos

25,29 K6,6x10

05,0=N

∆K = Y ∆ √amed

4

med3

med

2medmed

/ba30,39/ba21,72-

/ba10,55/ba0,2311,12Y

Atingiu KAtingiu KICIC

Page 24: Aula 5 Propagaçao de trinca

24

Região I da Curva de Crescimento de Região I da Curva de Crescimento de Trinca por FadigaTrinca por Fadiga

Fator de Intensidade de Tensão Limite, ∆Kth

Abaixo de ∆Kth , o crescimento de trinca por fadiga não ocorre

0,1 +< Rfor 5,5K

0,1 +Rfor 0,85R-16,4K

th

th

Page 25: Aula 5 Propagaçao de trinca

25

EXEMPLO (1) SOBRE O FIT LIMITEEXEMPLO (1) SOBRE O FIT LIMITE

2a

mMPa 312,5K

0,1 +Rfor 0,85R-16,4K

th

th

dado: R=0,2;

a) Se =50 MPa, Calcule o comprimento trinca limite, abaixo do qual a trinca não cresce.

mm 3,59 = m 00359,0

50

312,5Ka

KaK

22

thth

thth

Page 26: Aula 5 Propagaçao de trinca

26

EXEMPLO (2) SOBRE O FIT LIMITEEXEMPLO (2) SOBRE O FIT LIMITE

2a

mMPa 312,5K

0,1 +Rfor 0,85R-16,4K

th

th

Dado: R=0,2;

b) Se 2a =10 mm, Calcule a variação de tensãolimite ∆th abaixo da qual não ocorrerá o crescimento de trinca.

MPa 38,42005,0

312,5

a

K

KaK

thth

thth

Page 27: Aula 5 Propagaçao de trinca

27

ENSAIO PARA DETERMINAÇÃO DA TAXA DE CRESCIMENTO DA TRINCA POR FADIGA

- NORMA: ASTM E647-05

Ciclos de amplitude constante;

- TÉCNICAS PARA MEDIÇÃO DO COMPRIMENTO DA TRINCA:

Observação visual com microscópio (luneta graduada);

Mudança da flexibilidade (rigidez) da seção remanescente (compliance);

Medição por ultra-som;

Réplica de acetato;

Passagem de corrente (Queda de Potencial);

Filmagem e foto da trinca.

Page 28: Aula 5 Propagaçao de trinca

28

CORPOS DE PROVA

- NORMA: ASTM E647- 05

- CORPOS DE PROVA MAIS ULTILIZADOS:

COMPACTO – CT

DISCO – DCT

CHAPA – CCT OU M(T)

DCTDCTCTCT CCT OU M(T)CCT OU M(T)

Page 29: Aula 5 Propagaçao de trinca

29

TÉCNICAS MAIS ULTILIZADAS PARA DETERMINAÇÃO DE a

compliancecompliance

Réplica de acetato

Queda de Potencial

Page 30: Aula 5 Propagaçao de trinca

30

432

2

3 6,572,1432,1364,4886,0

1

2

W

a

W

a

W

a

W

a

Wa

Wa

W

afY

2

2

3 7,293,315,2199,1

1212

3

W

a

W

a

W

a

W

a

Wa

Wa

Wa

WS

W

afY

YWB

PK

C(T)

SEN(B)

Page 31: Aula 5 Propagaçao de trinca

31

No caso de ensaios conduzidos com constante e diferentes R, a taxa de crescimento de trinca por fadiga pode depender de R.

2024 – T351, t =6,53mmR=0,7;0,5;0,1;-0,5;-0,1;-2,0

da/

dN

, m

/cic

lo

K, MPa m1/2

A. F. Liu (1986)

da/

dN

, m/c

iclo

Esaklul, K.A et al (1984)

Influência da Razão de Carga, R Influência da Razão de Carga, R

Page 32: Aula 5 Propagaçao de trinca

Efeito de R no crescimento de trinca por fadiga Várias relações empiricas foram desenvolvidas para caracterizar o

efeito de R nas curvas da/dN x K. Relação original de Walker:

)1(max RKK

)1(

122

2

max

maxminmaxa

RK

R

K

)1(max

1

max

RS

SSS

S

Onde é uma constante do material e é a variação do fator de intensidade de tensão para o caso de R=0, que causa a mesma taxa de crescimento de trinca que o par Kmax e R. Considerando que:

Combinando as equações:

K

)1(1

RK

K

Page 33: Aula 5 Propagaçao de trinca

Considere que C0 é para o caso de R=0

KRC m

mdN

da

1)1(

0

110

R

KC

m

dN

da

0K m

0C RdN

da

Considerando que = K para o caso de R=0, podemos substituir o valor de K na equação anterior:

Esta equação representa uma família de retas (log-log), que são paralelas e com inclinação m.

K

RC

mC

1)1(

0

Page 34: Aula 5 Propagaçao de trinca
Page 35: Aula 5 Propagaçao de trinca

Uma outra formulação foi apresentada por Formam:

) -(K R)-(1

K

K -R)K-(1

K

KCC

maxC

2

C

222 mm

dN

da

Considerando que Q seja:

K -R)K-(1 C dN

daQ

Page 36: Aula 5 Propagaçao de trinca
Page 37: Aula 5 Propagaçao de trinca

37

CFC

TEMPERATURATEMPERATURA

Baixa Baixa TemperaturaTemperatura

CCC

2323

4040

Page 38: Aula 5 Propagaçao de trinca

38

TEMPERATURATEMPERATURA

Temperatura ElevadaTemperatura Elevada

Metals Handbook, V9

Page 39: Aula 5 Propagaçao de trinca

39

MEIOMEIO

O termo corrosão fadiga é

muitas vezes utilizado

quando o crescimento de

trinca acontece em meio

corrosivo, sendo que,

normalmente a taxa de

crescimento de trinca é

aumentada.

KKICSTICST

Page 40: Aula 5 Propagaçao de trinca

40

Aplicação: Metodologia de Tolerância ao Aplicação: Metodologia de Tolerância ao DanoDano

É capaz de prever a vida remanescente e quantificar os intervalos de inspeção.

Como sugerido pelo nome, considera a existência de trincas ou descontinuidades cujo o tamanho estão abaixo do tamanho crítico.

Tamanho tolerável → at = .ac onde leva em conta as incertezas sobre as tensões, tenacidade e da taxa da/dt.

Uso de END para controlar o processo de fratura determinando o tamanho da trinca e definir o intervalo de inspeções.

Se trincas não são observadas deve ser adotado o tamanho do maior defeito que poderia estar presente, a0.

22YK

Ya aK ccIC

Page 41: Aula 5 Propagaçao de trinca

4141

2) Plotar curva de a2) Plotar curva de aoo x tamanho x tamanho

tolerável da falha atolerável da falha at.t. (a (att==*a*acc))

1) Plotar a x N calculada por MF 1) Plotar a x N calculada por MF estimando p/ uma pior falha (aestimando p/ uma pior falha (acc))

Escolher IEscolher I11 para: a para: a11<< a<< att

3) Se nenhuma trinca for 3) Se nenhuma trinca for detectada (Idetectada (I22=I=I11))

4) Supondo que uma próxima 4) Supondo que uma próxima inspeção detecte uma trinca ainspeção detecte uma trinca a11>a>aoo, ,

utilizar MF para o estimar o tempo utilizar MF para o estimar o tempo requerido entre arequerido entre a11 e a e att

Próximas inspeçõesPróximas inspeções

Escolher IEscolher I33 para: a para: a33<< a<< att

NI ii

a

a RKf

daNi

t

2

),(

Page 42: Aula 5 Propagaçao de trinca

42

ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DE DEFEITOSANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DE DEFEITOS

•Até o desenvolvimento da Mecânica da Fratura o estudo da Até o desenvolvimento da Mecânica da Fratura o estudo da resistência mecânica de peças e estruturas que pudessem apresentar resistência mecânica de peças e estruturas que pudessem apresentar defeitos, como no caso de estruturas soldadas, era feito defeitos, como no caso de estruturas soldadas, era feito tradicionalmente de uma forma bastante empírica, com base em tradicionalmente de uma forma bastante empírica, com base em extensos programas experimentais,. extensos programas experimentais,.

•Com a metodologia desenvolvida pela Mecânica da Fratura Com a metodologia desenvolvida pela Mecânica da Fratura tornou-se possível uma análise criteriosa, levando em conta os tornou-se possível uma análise criteriosa, levando em conta os efeitos das falhas e defeitos muitas vezes provocados pelo processo efeitos das falhas e defeitos muitas vezes provocados pelo processo de fabricação. de fabricação.

•No caso de estruturas de responsabilidade torna-se imperativo um No caso de estruturas de responsabilidade torna-se imperativo um exame integral do material para verificar a existência de eventuais exame integral do material para verificar a existência de eventuais defeitos. defeitos.

•Na possibilidade de ser detectado algum defeito, são necessários Na possibilidade de ser detectado algum defeito, são necessários critérios para decidir sobre a rejeição ou não do componente, bem critérios para decidir sobre a rejeição ou não do componente, bem como a eventual necessidade de reparo, quando este for possível.como a eventual necessidade de reparo, quando este for possível.

Page 43: Aula 5 Propagaçao de trinca

43

PROCEDIMENTO GERALPROCEDIMENTO GERAL

Tendo sido detectado um defeito em uma estrutura de responsabilidade, por Tendo sido detectado um defeito em uma estrutura de responsabilidade, por meio de um ensaio não destrutivo, o procedimento discutido a seguir é usado meio de um ensaio não destrutivo, o procedimento discutido a seguir é usado na análise sobre o risco que a presença do defeito apresenta. O procedimento na análise sobre o risco que a presença do defeito apresenta. O procedimento está baseado na teoria e metodologia da Mecânica da Fratura, sendo está baseado na teoria e metodologia da Mecânica da Fratura, sendo formado por uma série de passos, que levam a uma quantificação que formado por uma série de passos, que levam a uma quantificação que permite uma tomada de decisão criteriosa, sobre a continuidade do uso, ou permite uma tomada de decisão criteriosa, sobre a continuidade do uso, ou não, do componente em análise.não, do componente em análise.

PASSO 1. Definição geometria da trinca.PASSO 1. Definição geometria da trinca.A partir da geometria do defeito indicado, deve-se definir uma trinca A partir da geometria do defeito indicado, deve-se definir uma trinca equivalente, idealizada, de modo a permitir a aplicação da Mecânica da equivalente, idealizada, de modo a permitir a aplicação da Mecânica da Fratura. Normalmente adota-se uma trinca elíptica, quando interna, ou Fratura. Normalmente adota-se uma trinca elíptica, quando interna, ou semielíptica quando junto à superfície livre, que sobrepuje a indicação do semielíptica quando junto à superfície livre, que sobrepuje a indicação do defeito. defeito. A literatura apresenta várias configurações de indicações, com as A literatura apresenta várias configurações de indicações, com as correspondentes geometrias de trincas equivalentes, conforme comentado correspondentes geometrias de trincas equivalentes, conforme comentado anteriormente.anteriormente.

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PASSO 2. Determinação do fator de intensidade de tensão.PASSO 2. Determinação do fator de intensidade de tensão.Uma vez definida a geometria da trinca, é possível determinar o fator de Uma vez definida a geometria da trinca, é possível determinar o fator de intensidade de tensão, a partir dos fatores de correção quanto à forma da trinca, intensidade de tensão, a partir dos fatores de correção quanto à forma da trinca, bem como do carregamento nominal que atue. Com a máxima carga esperada em bem como do carregamento nominal que atue. Com a máxima carga esperada em serviço calcula-se KImáx .serviço calcula-se KImáx .

PASSO 3. Tenacidade à fratura do material.PASSO 3. Tenacidade à fratura do material.A tenacidade à fratura para o ponto onde o defeito está localizado é fundamental A tenacidade à fratura para o ponto onde o defeito está localizado é fundamental para avaliar o risco de ruptura frágil do componente. A tenacidade deve ser para avaliar o risco de ruptura frágil do componente. A tenacidade deve ser compatível com o material, o tratamento térmico, as condições ambientais compatível com o material, o tratamento térmico, as condições ambientais (temperatura e meio), a espessura do componente, a orientação relativa da trinca (temperatura e meio), a espessura do componente, a orientação relativa da trinca nos planos de laminaçãonos planos de laminaçãodo material, etc.do material, etc.

PASSO 4. Verificação quanto à ruptura estática.PASSO 4. Verificação quanto à ruptura estática.Sendo KSendo KC C a tenacidade à fratura pertinente ao ponto com defeito, deve-se a tenacidade à fratura pertinente ao ponto com defeito, deve-se

verificar a possibilidade de ruptura estática da peça. Tal ocorre para Kverificar a possibilidade de ruptura estática da peça. Tal ocorre para KImáxImáx > K > KCC

Se KSe KImáx Imáx < K< KC C então o componente não irá romper quando da primeira aplicação então o componente não irá romper quando da primeira aplicação

de carga. Como critério de aceitação do defeito pode-se adotar: Kde carga. Como critério de aceitação do defeito pode-se adotar: KImáxImáx < 0,7 K < 0,7 KCC

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PASSO 5. Propagação por corrosão sob tensão.PASSO 5. Propagação por corrosão sob tensão.Se ocorrer que a combinação material - meio ambiente propicie a corrosão Se ocorrer que a combinação material - meio ambiente propicie a corrosão sob tensão, então podemos ter uma propagação do defeito mesmo sob a ação sob tensão, então podemos ter uma propagação do defeito mesmo sob a ação de uma carga estática. Se o defeito for interno ao material, o meio ambiente de uma carga estática. Se o defeito for interno ao material, o meio ambiente não vai atacar o material das bordas do defeito.não vai atacar o material das bordas do defeito. Para KPara KImáxImáx > K > KISCCISCC ocorre a propagação por corrosão sob tensão, onde K ocorre a propagação por corrosão sob tensão, onde KISCCISCC é é

o limite de sensibilidade para que ocorra o ataque do meio ambiente ao o limite de sensibilidade para que ocorra o ataque do meio ambiente ao material, (Stress Corrosion Cracking). O seu valor depende especificamente material, (Stress Corrosion Cracking). O seu valor depende especificamente da combinação material - meio ambiente. Em geral, quando existe a da combinação material - meio ambiente. Em geral, quando existe a possibilidade de corrosão sob tensão, não se admite a existência de trincas possibilidade de corrosão sob tensão, não se admite a existência de trincas superficiais, em contacto com o meio.superficiais, em contacto com o meio.

PASSO 6. Flutuação do fator de intensidade de tensão.PASSO 6. Flutuação do fator de intensidade de tensão.Se no passo 4 não foi detectada a ruptura estática do componente e a carga Se no passo 4 não foi detectada a ruptura estática do componente e a carga aplicada varia ao longo do tempo, deve ser verificada a possibilidade de aplicada varia ao longo do tempo, deve ser verificada a possibilidade de propagação por fadiga do defeito. Para cada flutuação de tensão, Δσi, calcularpropagação por fadiga do defeito. Para cada flutuação de tensão, Δσi, calcularΔKΔKii = f (Δσ = f (Δσii ) = Y a ) = Y a i i Δσ π Δσ π

que é a variação, durante um ciclo de carga, do fator de intensidade de tensão.que é a variação, durante um ciclo de carga, do fator de intensidade de tensão.

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PASSO 7. Nível de sensibilidade.PASSO 7. Nível de sensibilidade.Para o meio ambiente, material e coeficiente de simetria do ciclo, determinar o Para o meio ambiente, material e coeficiente de simetria do ciclo, determinar o nível de sensibilidade para propagação por fadiga, ΔKnível de sensibilidade para propagação por fadiga, ΔK00..

PASSO 8. Estacionaricidade do defeito.PASSO 8. Estacionaricidade do defeito.Verificar para cada ΔKi a desigualdade ΔKVerificar para cada ΔKi a desigualdade ΔKii < ΔK < ΔK0 0

Se tal for satisfeita para todos os níveis de flutuação de tensão, então a trinca fica Se tal for satisfeita para todos os níveis de flutuação de tensão, então a trinca fica estacionária, ou seja, o defeito não se propaga por fadiga. Em caso contrário, estacionária, ou seja, o defeito não se propaga por fadiga. Em caso contrário, ocorrerá o crescimento da trinca nas flutuações de tensão em que ΔKocorrerá o crescimento da trinca nas flutuações de tensão em que ΔK ii > ΔK > ΔK00 . .

PASSO 9. Tamanho crítico do defeito.PASSO 9. Tamanho crítico do defeito.Ocorrendo a propagação por fadiga, o defeito vai crescer até atingir o tamanho Ocorrendo a propagação por fadiga, o defeito vai crescer até atingir o tamanho crítico, para ruptura estática. Este tamanho crítico é necessário para estabelecer a crítico, para ruptura estática. Este tamanho crítico é necessário para estabelecer a vida de propagação de fadiga, por intermédio da integração da taxa de vida de propagação de fadiga, por intermédio da integração da taxa de crescimento da trinca.crescimento da trinca.aaCC = (1/π) (K = (1/π) (KCC / σ / σMÁXMÁX Y ) Y )22

O cálculo exato de aO cálculo exato de aCC não chega a ser muito importante, devido à grande não chega a ser muito importante, devido à grande

velocidade de crescimento da trinca nos últimos 5% da vida de propagação. velocidade de crescimento da trinca nos últimos 5% da vida de propagação.

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PASSO 10. Determinação da vida.PASSO 10. Determinação da vida.Se no passo 8 não ficou definida a estacionaricidade da trinca, para todas as Se no passo 8 não ficou definida a estacionaricidade da trinca, para todas as flutuações de tensão, ocorrerá a propagação por fadiga. A vida de propagação é flutuações de tensão, ocorrerá a propagação por fadiga. A vida de propagação é obtida pela integração da taxa de propagação entre os tamanhos aobtida pela integração da taxa de propagação entre os tamanhos a11 (indicação do (indicação do

defeito) e adefeito) e a22 (tamanho crítico oufração deste). Colocando a taxa de propagação na (tamanho crítico oufração deste). Colocando a taxa de propagação na

forma:forma:da/dN = C (ΔK)da/dN = C (ΔK)mm

VemVem

Dependendo do tipo de solicitação e do comportamento de Y, como função do Dependendo do tipo de solicitação e do comportamento de Y, como função do tamanho da trinca, temos várias possibilidades:tamanho da trinca, temos várias possibilidades:

Para YΔσ constante durante toda a vida do componente, é possível realizar a Para YΔσ constante durante toda a vida do componente, é possível realizar a integral analiticamente, que fornece, para m ≠ 2:integral analiticamente, que fornece, para m ≠ 2:

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Se Y variar, a integração deve ser feita de modo discreto, numericamente. Isto é Se Y variar, a integração deve ser feita de modo discreto, numericamente. Isto é feito arbitrando acréscimos Δa no tamanho da trinca.feito arbitrando acréscimos Δa no tamanho da trinca.

Se Δσ for variável em blocos, com duração N (Δσi) para o nível de tensão Δσi, o Se Δσ for variável em blocos, com duração N (Δσi) para o nível de tensão Δσi, o processo é como esquematizado,processo é como esquematizado,

Para carga aleatória, a integração deve ser feita ciclo a ciclo, N = 1.Para carga aleatória, a integração deve ser feita ciclo a ciclo, N = 1.

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PASSO 11. Critério de segurança.PASSO 11. Critério de segurança.O passo final é avaliar, a partir dos resultados obtidos anteriormente, se os defeitos O passo final é avaliar, a partir dos resultados obtidos anteriormente, se os defeitos detectados comprometem ou não a estrutura. detectados comprometem ou não a estrutura.

A decisão é muitas vezes extremamente difícil, pois na maioria dos casos não estão A decisão é muitas vezes extremamente difícil, pois na maioria dos casos não estão disponíveis todas as informações e dados que são necessários, na forma desejada. Assim, disponíveis todas as informações e dados que são necessários, na forma desejada. Assim, nestas situações são feitas aproximações ou estimativas com casos semelhantes nestas situações são feitas aproximações ou estimativas com casos semelhantes disponíveis na literatura ou de experiências anteriores. disponíveis na literatura ou de experiências anteriores.

De um modo, ou de outro, a precisão da análise fica comprometida, sendo que os De um modo, ou de outro, a precisão da análise fica comprometida, sendo que os resultados finais devem ser considerados como uma orientação da ordem de grandeza e resultados finais devem ser considerados como uma orientação da ordem de grandeza e nunca como um valor numérico exato, absoluto. nunca como um valor numérico exato, absoluto.

Outro aspecto a considerar é a dispersão das propriedades do material, entre o corpo de Outro aspecto a considerar é a dispersão das propriedades do material, entre o corpo de prova usado nos ensaios e o material real da estrutura, ou mesmo ainda, a prova usado nos ensaios e o material real da estrutura, ou mesmo ainda, a heterogeneidade do material dentro da própria estrutura. heterogeneidade do material dentro da própria estrutura.

As cargas que agem na estrutura podem também ser diversas das usadas na análise. As cargas que agem na estrutura podem também ser diversas das usadas na análise. Assim, o critério para aceitar ou não o componente estrutural com uma indicação de Assim, o critério para aceitar ou não o componente estrutural com uma indicação de defeito deve ponderar todos os aspectos acima citados, bem como mais alguns eventuais, defeito deve ponderar todos os aspectos acima citados, bem como mais alguns eventuais, aplicáveis ao caso em particular. maiores.aplicáveis ao caso em particular. maiores.