aula 5 - mensuração de custos operacionais

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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE BRASÍLIA Curso de Pós-Graduação em Logística Empresarial Gerenciamento do Transporte de Carga Mensuração de Custos Operacionais MSc Rafael José Rorato Engenheiro de Transportes Brasília, Outubro de 2008 1

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Page 1: Aula 5 - Mensuração de Custos Operacionais

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE BRASÍLIA

Curso de Pós-Graduação em Logística Empresarial

Gerenciamento do Transporte de Carga

Mensuração de Custos Operacionais

MSc Rafael José Rorato Engenheiro de Transportes

Brasília, Outubro de 2008

1

Page 2: Aula 5 - Mensuração de Custos Operacionais

Mensuração de Custos Operacionais A determinação dos custos operacionais da frota é extremamente importante

para avaliar a viabilidade econômico-financeira da operação de transportes.

Através dessa avaliação pode-se determinar se as receitas obtidas pela

operação cobrem os custos operacionais, pagam os impostos, possibilitam a

renovação da frota e garantem uma taxa de lucratividade ao transportador.

A mensuração do custo da frota também faz parte do estudo de viabilidade

econômica de um projeto logístico. Quando uma empresa ou operador logístico

define implantar em uma operação a utilização de distintos modos de

transportes, ou de tecnologias veiculares distintas, faz-se necessário

determinar os custos operacionais de cada veículo ou frota para poder realizar

a comparação econômica entre eles.

O gestor de frotas ou o analista de logística também deve utilizar de planilhas

de mensuração dos custos operacionais para realizar o controle de receitas

versus custos. Isto é, responder a pergunta se o faturamento dos fretes

realizados contempla os custos da operação realizada.

Em diversas operações de transportes realizadas no Brasil, os valores dos

fretes são determinados pelos demandantes do transporte, isto é, os

embarcadores. Geralmente, os analistas de logística dos embarcadores

constroem as tabelas de fretes baseado no valor de mercado, considerando

uma generalização dos Transportadores Autônomos de Carga, as Empresas

de Transporte de Carga e as Cooperativas de Transportes de Carga. Desta

maneira, nessas tabelas de fretes, alguns itens tecnológicos e operacionais

considerados por alguns transportadores não são remunerados

adequadamente pelo frete praticado.

Nesse aspecto, o gerente de frota ou o analista logístico de uma transportadora

ou de um operador logístico que possua veículos rodoviários de carga deverá,

2

Page 3: Aula 5 - Mensuração de Custos Operacionais

através de planilhas de custos operacionais, acompanhar os valores de receita

(fretes realizados) e os custos reais da operação.

Quando ocorre um desbalanceamento entre receita e custos, o gestor da frota

deverá verificar as respectivas hipóteses:

a) observar se a queda da receita e possivelmente a baixa produtividade

operacional é causada por condições operacionais fora do planejado.

Deverá ser verificado se os tempos de carga, descarga e filas estão

condizentes com o que foi prescrito no bidding de transportes do

embarcador. Outros itens, tais como, espera na emissão de Notas

Fiscais, requisições de veículos, parâmetros de gerenciamento de risco

estão condizentes com o planejado na operação. Caso detectado esses

problemas, tentar negociar com a empresa embarcadora uma melhora

nas condições operacionais. Caso os problemas sejam pertinentes a

transportadora, buscar uma correção da não conformidade.

b) em condições mais adversas, de inflação, aumento de insumos e

combustíveis ou de tabela de fretes abaixo do valor operacional, buscar

junto ao embarcador uma negociação de reajuste tarifário.

c) buscar operações de transporte paralelas, para evitar a realização de

viagens com o veículo vazio (“batendo lata”). Se possível, estruturar

projetos logísticos de comum acordo e parceria entre distintos

embarcadores.

d) na prática do mercado brasileiro, as transportadoras realizam

terceirização dos serviços prestados, buscando transportadores

autônomos e cobrando uma taxa administrativa sobre o serviço

realizado.

O método utilizado para o cálculo dos custos operacionais de um veículo de

carga é baseado nos custos médios desagregados (VALENTE et al. 1997). São

3

Page 4: Aula 5 - Mensuração de Custos Operacionais

calculados custos fixos e variáveis como: depreciação, remuneração de capital,

salário motorista, licenciamento, autorização especial de tráfego,

administrativo, sistema de monitoramento por satélite, lubrificantes,

pneumáticos, combustíveis e manutenção. Os principais itens calculados na

planilha são o custo operacional total por quilômetro rodado e custo total da

tonelada transportada por quilômetro mostrados na eq. (1) e na eq. (2),

respectivamente.

QMMIDICFMQMMCVQCOQ ]1[])[( +×+×

= (1)

onde,

COQ: Custo total por quilômetro rodado ($/km);

CVQ: Custo variável da composição de veículo de carga ($/km);

QMM: Quilometragem média do veículo (km/mês);

CFM: Custo fixo mensal ($);

IDI: Custos indiretos da empresa (%).

IAVCCVCOQCTQ×

= (2)

onde,

CTQ: Custo por tonelada transportada ($/t);

CCV: Capacidade líquida de carga (t);

IAV: Índice de aproveitamento do veículo (%).

Custo fixo mensal do cavalo mecânico e implemento – CFM

O custo fixo mensal é composto pela soma dos custos de depreciação, dos

custos de remuneração de capital, dos custos com salário, dos custos de

licenciamento, do custo da AET, do custo do sistema de monitoramento de

veículos via satélite e do custo de seguro do casco.

4

Page 5: Aula 5 - Mensuração de Custos Operacionais

- Depreciação (D):

nRVD −

= (3)

onde,

V: Custo de aquisição do cavalo mecânico ou implemento;

R: Valor residual do bem em n anos de uso;

n: Vida útil do bem ou tempo de depreciação.

- Remuneração de Capital (RC):

( ) ( ) ( )jRn

jnRVRC ×+×

×+×−=

21 (4)

onde,

j: Taxa de juros (%aa).

- Salário (CS):

( )100

100 ESNtSCS m +××

= (5)

onde,

Sm: Salário médio do motorista;

Nm: Número de motoristas;

ES: Encargos sociais (%).

- Licenciamento (CL):

12IPSOCL +

= (6)

onde,

SO: Seguro do obrigatório;

IP: Imposto sobre propriedade de veículos automotores (IPVA).

5

Page 6: Aula 5 - Mensuração de Custos Operacionais

- Autorização Especial de Tráfego (CAET):

12∑= i

AET

AETC (7)

onde,

AETi: Custo das AET para as i jurisdições rodoviárias.

- Monitoramento (CM):

CTVMCM +=12

(8)

onde,

VM: Custo de aquisição do equipamento de monitoramento;

CT : Custo médio de comunicação.

- Seguro do casco (SC):

12×=

NVNVSISP (9)

VISPSC ×=1 (10)

122CASSC = (11)

para,

121 SCSCSCSC =⇒≤ (12)

caso contrário,

212 SCSCSCSC =⇒≤ (13)

onde,

ISP: Índice de perda de veículo;

NVS: Número de veículos sinistrados;

CAS: Valor da apólice de seguro para o conjunto;

SC1: Seguro de casco – custo mensal do auto-seguro;

SC2: Seguro de casco – custo mensal da apólice.

6

Page 7: Aula 5 - Mensuração de Custos Operacionais

Custo variável do cavalo mecânico e do implemento – CVQ

O custo variável total do cavalo mecânico e do implemento rodoviários é

constituído pela somatória dos custos de insumos tais como: pneumáticos,

manutenção, lavagem, lubrificação, combustível do cavalo mecânico,

lubrificantes e combustível do sistema de refrigeração.

- Pneumáticos (CP):

ntpQpUpCP ×

= (14)

GcrGrePpcUp ++= (15)

PcaPpnPpc += (16)

imreGre ×= Pr (17)

imrPcaGcr ×= (18)

( ) npnimrnprntp +×= (19)

onde,

Up: Custo unitário por pneu;

Qp: Quantidade de pneus;

Ntp: Vida útil total do pneumático;

Ppc: Preço de um pneumático e uma câmara;

Gre: Gastos com recapagem;

Gcr: Gastos com câmara quando recapagem;

Pre: Preço da recapagem;

Pca: Preço da câmara;

npr: Vida média do pneu recapado / recauchutado;

imr: Índice médio de recapagens;

npn: Vida média do pneu novo.

7

Page 8: Aula 5 - Mensuração de Custos Operacionais

- Manutenção (CM)

macimVspCM ×

= (20)

onde,

Vsp: Custo de aquisição do cavalo mecânico ou implemento, sem

pneus;

im: Índice de manutenção;

mac: Intervalo médio de manutenções.

- Lavagem e lubrificação (LL)

CluClaLL += (21)

ilaPlaCla = (22)

iluPluClu = (23)

onde,

Cla: Custo de lavagem por quilômetro;

Clu: Custo de lubrificação por quilômetro;

Pla: Preço de uma lavagem;

Plu: Preço de uma lubrificação

ila: Intervalo entre lavagens;

ilu: Intervalo entre lubrificações.

- Combustível do cavalo mecânico (CC):

AmlPlcCC = (24)

onde,

Plc: Custo do litro de combustível;

Aml: Autonomia média.

8

Page 9: Aula 5 - Mensuração de Custos Operacionais

- Lubrificantes (CO)

OdifFradComTomOsdOctOcmCO ++++++= (25)

icmQcmPcmOcm ×

= (26)

ictQctPctOct ×

= (27)

isdQsdPsdOsd ×

= (28)

itoQtoPomTom ×

= (29)

itoQtoPomCom ×

= (30)

ifrQfrPfradFrad ×

= (31)

itoQdifPodifOdif ×

= (32)

onde,

Com: Custo óleo para caixa de mudanças;

Oct: Custo óleo para eixo traseiro;

Osd: Custo óleo para sistema de direção;

Tom: Custo óleo para motor;

Com: Custo complementação óleo para motor;

Frad: Custo fluído para radiador;

Odif: Custo óleo diferencial;

P: Preço litro de óleo/lubrificante/fluído;

Q: Quantidade de óleo/lubrificante/fluído;

Icm, ict, isd, ito e ifr: Intervalos de troca dos respectivos insumos.

9

Page 10: Aula 5 - Mensuração de Custos Operacionais

Cálculo de custos operacionais: Exemplo

Frota: 6Distância Frigorífico (GO) e Porto (SP): 1070 kmVelocidade média da CVC em trânsito: 70 km/hTempo de espera para solicitação de carregamento: 24 hTempo de estufagem dos contêineres e emissão da CTRC: 3,5 hTempo de acesso ao TECON Santos margem direita: 1,5 hTempo de transbordo dos contêineres: 0,3 hTempo de trânsito - ida e volta: 31 hTempo total de um ciclo [a]: 60 hJornada de trabalho com 1 motorista (com horas extras): 12 hJornada de trabalho com 2 motoristas (com horas extras) [b]: 24 hJornada de trabalho do Frigorífico: 24 hJornada de trabalho do Porto: 24 hNúmero de ciclos por dia [b/a]: 0,4012Dias de operação por mês: 22 diasNúmero de ciclos por mês: 8,83Quilometragem média mensal: 18.888,21 km

Custo para a composição do frete rodoviário

Período pretendido de uso do chassi e do equipamento (anos): 5Taxa anual de juros (%): 18Salário do motorista registrado em carteira (R$): 504,27R$ Encargos sociais (%): 77Salário mensal médio do motorista - com comissão (R$): 1.695,73R$ Número de motoristas por veículo: 2Depreciação - cavalo (%): 40Depreciação - implemento (%): 50Seguro do casco (R$): 11.618,80R$ DADOS DE PREÇOSa) Veículo (unidade tratora)Preço do chassi zero Km, com pneus: 226.600,00R$ Preço do chassi zero Km, sem pneus: 213.600,00R$ Valor de revenda do chassi com N anos de uso: 128.160,00R$ Seguro obrigatório do chassi: 55,43R$ Imposto sobre propriedade de veículos automotores (IPVA) 2% valor unidade: 4.532,00R$ Valor do pneumático novo do chassi (R$): 1.300,00R$ Valor do pneumático novo do implemento (R$): 1.025,00R$ Custo da recapagem / recauchutagem (R$): 200,00R$ Custo de uma lavagem (R$): 50,00R$ Custo de uma lubrificação (mão-de-obra) (R$): -R$ Custo por litro de combustível (R$/l): 1,399R$ Custo do óleo para: Caixa de mudanças (Shell - Rímula D 40) Galão 200l - R$490,00 (R$/l): 2,45R$ Eixo traseiro, caixa de transferência - diferencial (Spirax A 85W - 140) 200l - R$650,00 (R$/l): 3,25R$ Sistema de direção (Shell - Donax TG) 20l - R$95,00 (R$/l): 4,75R$ Motor (Shell - Rímula Dextra) Galão 200l - R$540,00 (R$/l): 2,70R$ Radiador (Fluído para radiador Shell 24l - R$152,00) (R$/l): 6,33R$ Óleo para diferencial (Spirax A 140 200l - R$630,00) (R$/l): 3,15R$

10

Frota: 6Distân a Frigorífico (GO) e Porto (SP): 1070 kmVeloc de média da CVC em trânsito: 70 km/hTemp de espera para solicitação de carregamento: 24 hTemp de estufagem dos contêineres e emissão da CTRC: 3,5 hTemp e acesso ao TECON Santos margem direita: 1,5 hTemp de transbordo dos contêineres: 0,3 hTemp e trânsito - ida e volta: 31 hTemp total de um ciclo [a]: 60 hJorna trabalho com 1 motorista (com horas extras): 12 hJorna trabalho com 2 motoristas (com horas extras) [b]: 24 hJorna de trabalho do Frigorífico: 24 hJorna trabalho do Porto: 24 hNúme de ciclos por dia [b/a]: 0,4012Dias d operação por mês: 22 diasNúme de ciclos por mês: 8,83Quilo tragem média mensal: 18.888,21 km

Custo ra a composição do frete rodoviário

Perío pretendido de uso do chassi e do equipamento (anos): 5Taxa anual de juros (%): 18Salári do motorista registrado em carteira (R$): 504,27R$ Encargos sociais (%): 77Salári mensal médio do motorista - com comissão (R$): 1.695,73R$ Núme de motoristas por veículo: 2Depre ação - cavalo (%): 40Depre ação - implemento (%): 50Segu do casco (R$): 11.618,80R$ DADO DE PREÇOSa) Ve (unidade tratora)Preço o chassi zero Km, com pneus: 226.600,00R$ Preço o chassi zero Km, sem pneus: 213.600,00R$ Valor revenda do chassi com N anos de uso: 128.160,00R$ Segu brigatório do chassi: 55,43R$ Impos sobre propriedade de veículos automotores (IPVA) 2% valor unidade: 4.532,00R$ Valor pneumático novo do chassi (R$): 1.300,00R$ Valor pneumático novo do implemento (R$): 1.025,00R$ Custo da recapagem / recauchutagem (R$): 200,00R$ Custo de uma lavagem (R$): 50,00R$ Custo e uma lubrificação (mão-de-obra) (R$): -R$ Custo or litro de combustível (R$/l): 1,399R$ Custo o óleo para: aixa de mudanças (Shell - Rímula D 40) Galão 200l - R$490,00 (R$/l): 2,45R$ ixo traseiro, caixa de transferência - diferencial (Spirax A 85W - 140) 200l - R$650,00 (R$/l): 3,25R$ istema de direção (Shell - Donax TG) 20l - R$95,00 (R$/l): 4,75R$ tor (Shell - Rímula Dextra) Galão 200l - R$540,00 (R$/l): 2,70R$ adiador (Fluído para radiador Shell 24l - R$152,00) (R$/l): 6,33R$ leo para diferencial (Spirax A 140 200l - R$630,00) (R$/l): 3,15R$

Cálculo de custos operacionais: Exemplo ci

ida o o o do o do da deda dedada de

roe

rome

pa

do o o ro cici

ro S

ículo d dde

ro oto dodo

dp

dC

ES

MoR

Ó

10

Page 11: Aula 5 - Mensuração de Custos Operacionais

11

usto do conjunto semi-reboque + reboque, com pneus (R$): 80.270,00R$ usto do conjunto semi-reboque + reboque, sem pneus (R$): 63.870,00R$

or estimado para revenda do equipamento com N anos de uso: 31.935,00R$ usto da Autorização Especial de Trânsito (Estado de São Paulo) (R$/ano): 95,00R$ usto da Autorização Especial de Trânsito (DNER) (R$/ano): 150,00R$ usto da Autorização Especial de Trânsito (Estado de Goiás) (R$/ano): 14,04R$ sto de desenvolvimento de projeto da AET - consultoria 4.752,00R$

) Equipamento de rastreamentoCusto de aquisição de equipamento (Controlsat ou Autotrac): 8.000,00R$

or estimado para revenda do equipamento com N anos de uso: 4.800,00R$ Custo médio de comunicação por mês: 300,00R$

DOS DA OPERAÇÃO DO VEÍCULOa) Veículo (unidade tratora)ndice médio de recapagens / recauchutagens: 2,3

Índice de manutenção do chassi: 0,05ida média do pneumático novo (km): 120000

Vida média do pneumático recapado / recauchutado (km): 120000úmero de pneumáticos do chassi (eixo dianteiro): 2úmero de pneumáticos do chassi (eixo traseiro): 8

ntervalos para lavagem (km): 3100ntervalo para lubrificação e manutenção (km): 30000utonomia média para o combustível (1,8 - 2,5 Km/l): 2,5

pacidade para (l): Caixa de mudanças: 15,5 Eixo traseiro: 12,5 Sistema de direção: 2,5 Motor: 35,0 Motor - Complementação: 3,0 Fluído para radiador (20 - 50% volume radiador): 5,0 Diferencial 12,5

ntervalos de troca para (km): Caixa de mudanças: 120.000 Eixo traseiro: 120.000 Sistema de direção: 120.000 Motor: 30.000

Motor - Complementação: 5.000 Fluído para radiador: 120.000

Óleo diferencial: 120.000 Equipamento de carga (Bitrem Recrusul 6 eixos)

Índice médio de recapagens / recauchutagens: 2,3ida média do pneumático novo (km): 100000

Vida média do pneumático recapado / recauchutado (km): 80000mero de pneumáticos do reboque: 16

Intervalos para lavagem: 0

OS ADMINISTRATIVOSusto administrativo Filial Goiânia 765.300,83R$ usto administrativo Filial Santos 369.850,68R$ mero de viagens com origem em GO 352mero de viagens média ao mês na rota GO - Santos 16mero de viagens com origem em Santos 40mero de viagens média ao mês na rota SP - Santos 74

revisão de incremento de viagens na rota GO - Santos 54revisão de incremento de viagens na rota SP - Santos 30

mero total de viagens - Santos 144mero total de viagens - Goiás 422

usto relativo administrativo Filial Goiânia 1.813,51R$ sto relativo administrativo Filial Santos 2.568,41R$

b) Equipamento de carga (Bitrem Recrusul 6 eixos)CC ValC CC Cuc

Val DA Í V NN

II

ACa I

b) V Nú

CUST CC

NúNú NúNú PP NúNú CCu

Page 12: Aula 5 - Mensuração de Custos Operacionais

CUSTO OPERACIONAL BITREM PC 2X20' PBTC 57t 6X2 420CVa) Custos fixos> Depreciação mensal Cavalo mecânico: 1.424,00R$ Implemento: 532,25R$ Sistema monitoramento: 53,33R$ Total: 2.009,58R$ > Remuneração mensal de capital Cavalo mecânico: 561,67R$ Implemento: 182,81R$ Sistema monitoramento: 20,16R$ Total: 764,64R$ > Custo mensal de salário motorista 1.785,12R$ > Custo mensal de licenciamento, seguro obrigatório e aet 403,87R$ > Custo consultoria aet 79,20R$ > Custo mensal de seguro 968,23R$ Custo fixo total: 5.931,44R$

b) Custos variáveis> Custo de pneumático por quilômetro Cálculo dos gastos com recapagem - cavalo mecânico: 460,00R$ Cálculo dos gastos com recapagem - implemento: 460,00R$ Cálculo dos gastos com recapagem - média: 460,00R$ Cálculo do Custo Unitário por Pneumático do Equipamento 460,00R$ Cálculo da Vida Útil Total do Pneumático - cavalo mecânico (km) 396.000 Cálculo da Vida Útil Total do Pneumático - implemento (km) 284.000 Cálculo da Vida Útil Total do Pneumático - média (km) 340.000 Cálculo do Custo Total em Pneumáticos do Equipamento por Quilômetro: 0,0352R$ > Custo de manutenção do equipamento por quilômetro 0,4625R$ > Custo de lavagem e lubrificação Determinação do Custo de Lavagem por Quilômetro 0,016R$ Determinação do Custo de Lubrificação por Quilômetro 0,004R$ Total: 0,021R$ > Custo com combustível 0,560R$ > Custo com comunicação 0,016R$ Custo variável total: 1,0937R$

c) Custo administrativo 0,04R$

Custo total de um conjunto por mês: 27.320,45R$

Custo total da operação por mês: 163.922,73R$

Custo R$/km: 1,4464R$

Custo R$/t: 88,89R$

12

Page 13: Aula 5 - Mensuração de Custos Operacionais

Análise de sensibilidade A análise de sensibilidade é uma opção gráfica de observar a variabilidade dos

itens dos custos fixos e variáveis planilhados. Pode-se realizar uma variação

linear, quadrática, exponencial ou outro modelo extrapolador das variáveis. Na

análise de sensibilidade pode-se observar quais os itens ou insumos que mais

poderão impactar no valor total do custo caso ocorra aumento dos valores. A

seguir, seguem alguns exemplos de análise de sensibilidade utilizando-se de

variação linear dos itens.

Rota longa: Chapecó - Fortaleza

126,12 127,43

125,45

175,85

101,25

84,99

80,00

90,00

100,00

110,00

120,00

130,00

140,00

150,00

160,00

170,00

180,00

-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Variação (%)

Cus

to (U

S$/t)

Pedá

gios

não

incl

uído

s

Salário Cavalo mecânico Implemento rodoviário Pneumáticos Óleo diesel Fortaleza rodo-hidroviário

Ilustração 1: Análise de sensibilidade para um veículo 2S3 baú frigorífico 26 paletes, rota longa

13

Page 14: Aula 5 - Mensuração de Custos Operacionais

Rota curta: Chapecó - Porto Alegre

15,05

14,82

20,77

14,90

11,96

11,00

14,00

17,00

20,00

23,00

-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Variação (%)

Cus

to (U

S$/t)

Pedá

gios

não

incl

uído

s

Salário Cavalo mecânico Implemento rodoviário Pneumáticos Óleo diesel Ilustração 2: Análise de sensibilidade para um veículo 2S3 baú frigorífico 26 paletes, rota curta

Rota longa: Chapecó - Fortaleza

99,90

62,14

74,7376,46

73,86

60,00

70,00

80,00

90,00

100,00

110,00

-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Variação (%)

Cus

to (U

S$/t)

Pedá

gios

não

incl

uído

s

Salário Cavalo mecânico Implemento rodoviário Pneumáticos Óleo diesel

14

Page 15: Aula 5 - Mensuração de Custos Operacionais

Ilustração 3: Análise de sensibilidade para um veículo 3S3B3 baú frigorífico 42 paletes, rota longa

Rota curta: Chapecó - Porto Alegre

7,34

8,83

11,80

8,73

9,03

7,00

8,00

9,00

10,00

11,00

12,00

-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Variação (%)

Cus

to (U

S$/t)

Pedá

gios

não

incl

uído

s

Salário Cavalo mecânico Implemento rodoviário Pneumáticos Óleo diesel Ilustração 4: Análise de sensibilidade para um veículo 3S3B3 baú frigorífico 42 paletes, rota curta

Composição de fretes

Os fretes são compostos por três parcelas:

a) Custo do transporte:

b) Seguro de carga:

c) Impostos:

Os custos de transporte são calculados via planilhas conforme anteriormente

descrito.

15

Page 16: Aula 5 - Mensuração de Custos Operacionais

Os tipos de seguros de responsabilidade civil do transportador são:

• Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga (RCTR-C)

Seguro obrigatório por lei e destinado ao Transportador Rodoviário. Cobre

perdas ou danos sofridos pelos bens ou mercadorias pertencentes a terceiros e

que lhe tenham sido entregues para transporte, desde que estas perdas ou

danos sejam decorrentes de acidentes com o veículo transportador, tais como:

colisão, capotagem, abalroamento, tombamento, incêndio ou explosão. Cobre

também incêndio ou explosão nos depósitos, armazéns ou pátios usados pelo

Segurado.

• Responsabilidade Civil Facultativa do Transportador Rodoviário por

Desaparecimento de Carga (RCF-DC)

Seguro facultativo, destinado ao Transportador Rodoviário, podendo ser

contratado somente em conjunto com o seguro de RCTR-C. Cobre o

desaparecimento da carga, juntamente com o veículo transportador,

geralmente em conseqüência de apropriação indébita, estelionato, furto,

extorsão simples ou mediante seqüestro, roubo durante o trânsito, no depósito

do transportador, ou durante viagem fluvial.

• Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga em

Viagens Internacionais (RCTR-VI)

Seguro destinado às empresas que atuam como Transportadoras do âmbito do

Mercosul, desde que tenham permissão das autoridades competentes para

atuar no Transporte Internacional, sendo extensivo aos seguros de RCTR-C e

RCF-DC, mantendo as mesmas condições destes seguros. É facultado ao

segurado a contratação da “Cláusula de Outorga de Poderes”, a qual possibilita

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Page 17: Aula 5 - Mensuração de Custos Operacionais

a contratação do seguro em moeda estrangeira, com o pagamento do prêmio

em Reais.

• Responsabilidade Civil do Transportador Aéreo de Carga (RCTA-C)

Seguro destinado a empresas que possuam autorização da ANAC, para operar

como transportadora aérea, e que além do percurso rodoviário, tenham o

percurso aéreo sob sua responsabilidade. Garante danos causados às

mercadorias de terceiros em transporte, conforme disposto no Código

Brasileiro de Aeronáutica e/ou convenções que regulamente o transporte aéreo

nacional, desde que tais perdas ou danos sejam decorrentes de culpa do

Segurado Transportador.

• Transporte Nacional (Embarcador)

O objeto deste seguro é o bem durante o seu transporte. Destina-se ao

proprietário (embarcador) de mercadorias transportadas em seus veículos e/ou

entregues a terceiros (autônomos ou transportadores), para transporte

terrestre, aéreo e aquaviário no território nacional, podendo cobrir perdas ou

danos sofridos pela mercadoria transportada decorrentes de: colisão,

capotagem, descarrilamento, tombamento, incêndio e explosão no veículo

transportador, roubo proveniente de assalto à mão armada, desaparecimento

do carregamento total do veículo, avarias, entre outras coberturas.

• Transporte Internacional - Importação / Exportação

Seguro destinado ao importador/exportador de quaisquer mercadorias

transportadas do Brasil para o exterior (exportação) ou vice-versa (importação),

seja por via aérea, aquaviária ou terrestre. O seguro varia conforme a condição

de venda estabelecida entre o importador e o exportador, podendo ser

seguradas as seguintes verbas: FOB, Frete, Despesas Diversas, Lucros

Esperados e Impostos (II, IPI. e ICMS).

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Page 18: Aula 5 - Mensuração de Custos Operacionais

Os impostos que incidem sobre os serviços de transportes são o ICMS e o ISS.

O ICMS, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é o imposto que

incide sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre

prestações de serviços de transporte interestadual e ntermunicipal e de

comunicação. Cada Unidade Federativa apresenta uma alíquota (percentual

que é aplicado sobre o valor do produto ou serviço tributado, para apuração do

imposto a recolher) de cobrança. Esse imposto foi instituído pela Lei

Complementar 87/1996 (Lei Kandir).

O ISS, Imposto Sobre Serviços, é o imposto cobrado perante os Municípios e o

Distrito Federal sobre serviços, no qual apresentem natureza e caráter

geográfico municipal. Esse imposto é incidente aos serviços de transportes.

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Referência Bibliográfica

RORATO, R.J. (2003). Alternativas de transporte rodo-marítimo na distribuição de cargas frigoríficas no Brasil. São Carlos, 2003. 213p. Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. PATZLAFF SEGUROS (2008). Seguro de cargas. Disponível em <http://www.patzlaffseguros.com.br/produtos/produtos.php?&&pid=cargas>. Acessado em 22/10/08. VALENTE, A.M.; PASSAGLIA, E.; NOVAES, A.G. (1997). Gerenciamento de transporte e frotas. Pioneira. São Paulo, 1997.

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