aula 5 - fatos, leis e teorias - 01.10..15.pdf

7/26/2019 Aula 5 - Fatos, Leis e Teorias - 01.10..15.pdf

1/32

FATOS, LEIS E TEORIA

Gisleuda de Arajo Gabriel, [email protected]

01.10.15

Curso: FarmciaDisciplina: Metodologia da Pesuisa

1! semestre " Ma#h$


2/32

TEORIA E FATOS

% se#so comum te#de a co#siderar o &ato comorealidade, isto ', (erdadeiro, de&i#iti(o,i#uestio#(el e autoe(ide#te.

)a mesma &orma, imagi#a teoria como es*ecula+$o,ou seja, ideias #$o com*ro(adas ue, uma (e

submetidas - (eri&ica+$o, se se re(elarem(erdadeiras, *assam a co#stituir &atos e, at', leis.


3/32

ob o as*ecto cie#t/&ico, e#treta#to, se &ato '

co#siderado uma obser(a+$o em*iricame#te(eri&icada, a teoria se re&ere a rela+es e#tre &atos ou,em outras *ala(ras, - orde#a+$o sig#i&icati(a desses&atos, co#sisti#do em co#ceitos, classi&ica+es,correla+es, ge#eralia+es, *ri#c/*ios, leis, regras,teoremas, aiomas etc.


4/32

Dessa forma, conclui-se que:

a2 teoria e &ato #$o s$o diametralme#te o*ostos, mas i#ter3relacio#ados, co#sisti#do em eleme#tos de um mesmoobjeti(o 3 a *rocura da (erdade 3, se#do i#dis*e#s(eis -abordagem cie#t/&ica4

b2 teoria #$o ' es*ecula+$o, mas um co#ju#to de *ri#c/*ios&u#dame#tais, ue se co#stituem em i#strume#to cie#t/&icoa*ro*riado #a *rocura e *ri#ci*alme#te #a e*lica+$o dos

&atos4


5/32

c2 ambos, teoria e &ato, s$o objetos de i#teresse dos cie#tistas:#$o eiste teoria sem ser baseada em &atos4 *or sua (e, acom*ila+$o de &atos ao acaso, sem um *ri#c/*io declassi&ica+$o teoria2, #$o *roduiria a ci6#cia4

d2 o dese#(ol(ime#to da ci6#cia *ode ser co#siderado comouma i#ter3rela+$o co#sta#te e#tre teoria e &ato.


6/32

I) Papel a Teoria em Rela!"o aos Fa#os

Goode e 7att 1898, *. 3;2 estudaram em detalhes ain#erepen$ncia en#re #eoria e fa#os, i#dica#do o*a*el dateoriaem rela+$o aos&atos, #os segui#tes as*ectosrelacio#ados:

1. %?A % %B>=C% )A D=E?D=A. %F>D> M =>MA )> D%?D>=%

. M> % D%?7>D=M>?%

H. PCE FA%5. =?)=DA IAD?A ?% D%?7>D=M>?%


7/32

%& ORIE'TA OS O(ETI*OS DA CI+'CIA

A #eoria sere como orien#a!"o *ara restri#gir aam*litude dos &atos a serem estudados 3 a ua#tidade dedados ue *odem ser estudados em determi#ada rea darealidade ' i#&i#ita.

Dada ci6#cia, em *articular, &ocalia sua ate#+$o sobredetermi#ados as*ectos, delimitados *or *arJmetros,

estuda#do os &e#Kme#os mais im*orta#tes #eles co#tidos,ou seja, e*lora#do uma am*litude limitada de coisas, aomesmo tem*o ue ig#ora ou &a su*osi+es sobre outras.


8/32

Porta#to, #a orie#ta+$o da *rocura dos *ri#ci*ais objetosdas ci6#cias, toma3se i#dis*e#s(el a atua+$o da teoria:

a2


9/32

& OFERECE ./ SISTE/A DE CO'CEITOS

A teoria serve como sistema de conceptualizao e de classificao dosfatos3 um &ato #$o ' some#te uma obser(a+$o *rtica ao acaso, mas

tamb'm uma a&irmati(a em*iricame#te (eri&icada sobre o &e#Kme#oem *auta: dessa &orma, e#globa ta#to as obser(a+es cie#t/&icas ua#toum uadro de re&er6#cia teLrico co#hecido, #o ual essas obser(a+esse e#uadram.

?o u#i(erso, a (ariedade de &e#Kme#os *ass/(eis de estudo ' i#&i#ita4e#treta#to, a ci6#cia selecio#a aueles ue deseja estudar e, al'm disso,os abstrai da realidade, escolhe#do algu#s as*ectos do &e#Kme#o #$o

estuda#do, *orta#to, todo o &e#Kme#o.


10/32

Para arbosa Filho 18;0, *. 12, a teoria, como sistema deco#ce*tualia+$o e de classi&ica+$o dos &atos, tem as segui#tes &u#+es:

a2 re*rese#tar os &atos, emiti#do sua (erdadeira co#ce*+$o. >em*lo: oscom*o#e#tes de uma sociedade ocu*am #ela *osi+es di&ere#tes&ato2 N status co#ceito24

b2 &or#ecer um u#i(erso (ocabular cie#t/&ico, *rL*rio de cada ci6#cia,&acilita#do a com*ree#s$o dos &e#Kme#os e a comu#ica+$o e#tre oscie#tistas. >em*lo: *ara estudar os &e#Kme#os de muda#+a cultural,

a A#tro*ologia Dultural de(e *ossuir uma termi#ologia *rL*ria, uee#globe os co#ceitos de acultura+$o &us$o de duas culturas24si#cretismo &us$o de eleme#tos culturais 3 religiosos ou li#gu/sticos24tra#scultura+$o troca de eleme#tos culturais2 etc.4


11/32

c2 e*ressar uma rela+$o e#tre &atos estudados.>em*lo: > N mc , isto ', a e#ergia ' igual - massa multi*licada *elo

uadrado de sua (elocidade4

d2 classi&icar e sistematiar os &e#Kme#os, aco#tecime#tos, as*ectos eobjetos da realidade.>em*lo: a classi&ica+$o *eriLdica dos eleme#tos u/micos de acordocom seu *eso atKmico, #$o teria se#tido sem os co#ceitos de OtomoO,O*rLto#O, Oel'tro#O, O#6utro#O etc.4

e2 resumir a e*lica+$o dos &e#Kme#os, e*ressa#do sua co#ce*+$o e

correla+$o.>em*lo: classe social N Oco#ju#tos de age#tes sociais determi#adosprincipalmente, mas #$o eclusi(ame#te, *or seu lugar #o processode produo, isto ', #a es&era eco#Kmica, sig#i&ica#do, em um emesmomo(ime#to, co#tradi+es eluta de classes ... O


12/32

0& RES./E O CO'1ECI/E'TO

A teoria serve para resumir sinteticamente o que j sesabe sobre o objeto de estudo, atravs das generalizaesempricas e das inter-relaes entre afirmaes

comprovadas 3 sumariar suci#tame#te o ue j se sabesobre o objeto de estudo ' outra das tare&as ou *a*'is dateoria. %s resumos *odem ser di(ididos em duas categorias:


13/32

a2 2enerali3a!4es emp5ricas& >mbora cada cam*o deestudo da realidade seja co#stitu/do *or uma com*leaestrutura de &e#Kme#os i#ter3relacio#ados, ue #ecessita,*ara sua e*lica+$o, de e*resses teLricas so&isticadasF/sica uJ#tica2, uma *arte sig#i&icati(a do trabalho

cie#t/&ico reuer a*e#as, *relimi#arme#te, a sim*lesdescri+$o dos &atos, e*licitados *or i#term'dio dege#eralia+es em*/ricas mais si#gulares, &u#dame#tadas eme*eri6#cias e at' mesmo #o se#so comum.


14/32

b2 istema de i#ter3rela+es. ua#do um gru*o de a&irma+esresumidas se dese#(ol(e, ' *oss/(el (er rela+es e#tre asa&irma+es, origi#a#do um sistema de i#ter3rela+es co#tidas

#as gra#des ge#eralia+es, ue corres*o#dem a um estgiode dese#(ol(ime#to cie#t/&ico bem a(a#+ado.


15/32

6& PRE*+ FATOS

A teoria serve para, baseando-se em fatos e relaes jconecidos, prever novos fatos e relaes3 a teoria toma3se um

meio de *re(er &atos, *ois resume os &atos j obser(ados eestabelece uma u#i&ormidade geral ue ultra*assa asobser(a+es imediatas.

>s*eramos a ocorr6#cia dos mesmos *adres em (irtude de:

a2 acreditarmos co#hecer quais os fatores ue causam esses

*adres4 eb2 acreditarmos ue esses fatores ser$o e#co#trados #a #o(asitua+$o.


16/32

7& I'DICA LAC.'AS 'O CO'1ECI/E'TO

A teoria serve para indicar os fatos e as relaes que aindano esto satisfatoriamente e!plicados e as reas darealidade que demandam pesquisas 3 ' eatame#te *elo&ato de a teoria resumir os &atos e tamb'm *re(er &atos

ai#da #$o obser(ados ue se tem a *ossibilidade de i#dicarreas #$o e*loradas, da mesma &orma ue &atos e rela+esat' e#t$o i#satis&atoriame#te e*licados.


17/32

Assim, a#tes de i#iciar a i#(estiga+$o, o *esuisador#ecessita co#hecer a teoria j eiste#te, *ois ' ela ueser(ir de i#dicador *ara a delimita+$o do cam*o ou rea

mais #ecessitada de *esuisas.


18/32

II) Papel os Fa#os em Rela!"o 8 Teoria

% dese#(ol(ime#to da ci6#cia *ode ser co#siderado comouma i#ter3rela+$o co#sta#te e#tre teoria e &ato, e desde ue(eri&icamos as di&ere#tes &ormas *elas uais a teoriadesem*e#ha um *a*el ati(o #a e*lica+$o dos &atos, resta3

#os (eri&icar de ue ma#eira os &atos *odem eercer &u#+$osig#i&icati(a #a co#stru+$o e dese#(ol(ime#to da teoria.


19/32

%& O FATO I'ICIA A TEORIA

"m fato novo, uma descoberta, pode provocar o inicio deuma nova teoria. Ao lo#go da histLria, *odemos tomarco#hecime#to de i#di(/duos ue obser(aram e, a seguir,

descre(eram &atos, muitas (ees e#co#trados ao acaso e,com isso, *roduiram teorias im*orta#tes.


20/32

& O FATO REFOR/.LA E REEITA TEORIAS

#s fatos podem provocar a rejeio ou a reformulao deteorias j e!istentes.

7a(e#do a *ossibilidade de, *ara i#cluir um gru*oes*ec/&ico de obser(a+es, serem &ormuladas (rias teorias,

co#clu/mos ue os &atos #$o determi#am com*letame#te ateoria4 e#treta#to, e#tre teoria e &atos, estes s$o os maisresiste#tes, *ois ualuer teoria de(e ajustar3se aos &atos.


21/32

ua#do isso #$o ocorre, a #eoria ee serreformulaa, ou en#"o, re9ei#aa. Assim:

a2 os &atos #$o co#duem a co#cluses teLricas com*letas ede&i#iti(as, *or *roduirem co#sta#teme#te #o(as situa+es4

b2 ualuer teoria ' *ass/(el de modi&ica+$o, j ue seco#stitui em e*ress$o &u#cio#al das obser(a+es4


22/32

c2 como a *esuisa ' uma ati(idade co#t/#ua, a rejei+$o e are&ormula+$o das teorias te#dem a ocorrer simulta#eame#tecom a obser(a+$o de #o(os &atos4 se as teorias eiste#tes #$o*odem ajustar os #o(os &atos - sua estrutura, de(em serre&ormuladas4

d2 as obser(a+es s$o acumuladas gradualme#te e osurgime#to de #o(os &atos, #$o abra#gidos *ela teoria, ascoloca em d(ida, de &orma ue, e#ua#to #o(as (eri&ica+ess$o *la#ejadas, dese#(ol(em3se #o(as &ormula+es teLricas,ue *rocuram i#cluir esses &atos.


23/32

0& O FATO REDEFI'E E ESCLARECE TEORIAS

#s fatos redefinem e esclarecem a teoria previamenteestabelecida, no sentido de que afirmam em p$rmenoreso que a teoria afirma em termos bem mais gerais.

Mesmo ue #o(os &atos descobertos co#&irmem a teoriaeiste#te, ela *oder so&rer modi&ica+es, em (irtude de:

a2 #o(as situa+es, #$o *re(istas, co#duirem a

obser(a+es mais *orme#oriadas, #$o i#clu/das #a teoria4


24/32

b2 a teoria, e*lica#do os &e#Kme#os a*e#as em termos maisgerais, #$o i#cluir a *re(is$o de as*ectos *articulares e,assim, #o(os &atos le(ar$o - sua rede&i#i+$o4

c2 surgirem hi*Lteses es*ec/&icas, de#tro do co#teto da

teoria geral, ue co#duem a #o(as i#&er6#cias, eigi#do suae*lica+$o, a re#o(a+$o e a rede&i#i+$o da teoria4

d2 #o(as t'c#icas de *esuisa em*/rica eercerem *ress$osobre o &oco de i#teresse da teoria, altera#do3o e, emco#seu6#cia, rede&i#i#do a *rL*ria teoria.


25/32

6& O FATO CLARIFICA OS CO'CEITOS CO'TIDOS 'ASTEORIAS

#s fatos, descobertos e utilizados pela pesquisa emprica,e!ercem presso para esclarecer conceitos contidos nasteorias,*ois uma das eig6#cias &u#dame#tais da *esuisa

' a de ue os co#ceitos ou (ari(eis2 com ue lida sejamde&i#idos com su&icie#te clarea *ara *ermitir o seu*rosseguime#to.


26/32

TEORIA E LEIS

Podemos co#ceituar teoria como Oum meio *arai#ter*retar, criticar e u#i&icar leis estabelecidas,modi&ica#do3as *ara se adeuarem a dados #$o *re(istos

ua#do de sua &ormula+$o e *ara orie#tar a tare&a dedescobrir ge#eralia+es #o(as e mais am*lasO


27/32

Ao a#alisarmos teoria e &atos, deiamos de lado umaeta*a i#termediria, co#stitu/da *elas leis.

>stas, assim como as teorias, surgem da #ecessidade uese tem de e#co#trar e*lica+es *ara os &e#Kme#os

&atos2 da realidade.

%s &atos ou &e#Kme#os s$o a*ree#didos *or meio de suas

ma#i&esta+es, e o estudo destas (isa co#duir adescoberta de as*ectos i#(ari(eis comu#s aos di&ere#tes&e#Kme#os, *or meio da classi&ica+$o e da ge#eralia+$o.


28/32

)uas s$o as *ri#ci*ais &u#+es de uma lei es*ec/&ica:

a2


29/32

% cie#tista est e#u#cia#do uma lei ao *ro*or asregularidades ue se a*rese#tam u#i&ormeme#tecom as ma#i&esta+es de uma classe de &e#Kme#os4*orta#to, o Ou#i(ersoQ de uma lei ' limitado,abra#ge#do a*e#as determi#ada classe de

&e#Kme#os.


30/32

% objeti(o das teorias ' com*ree#der e e*licar os&e#Kme#os de uma &orma mais am*la, atra('s da

reco#stru+$o co#ceitual das estruturas objeti(as dosmesmos.

)essa &orma, de um lado, a com*ree#s$o e a e*lica+$oestabelecem as causas ou co#di+es i#iciais de um&e#Kme#o e, de outro, *ro*orcio#am a deri(a+$o, ta#to deco#seu6#cias ua#to de e&eitos, e, assim, *ossibilitam a*re(is$o da eist6#cia ou do com*ortame#to de outros&e#Kme#os.


31/32

Porta#to, a teoria &or#ece3#os dois as*ectos relacio#adoscom os &e#Kme#os: de um lado, um sistema de descri+$o e,de outro, um sistema de e*lica+es gerais.

Do#clui#do, a teoria #$o ' uma mera descri+$o darealidade, mas uma abstra+$o.


32/32

(I(LIO2RAFIA

IARA%, >(a Maria4 MA

aula 5 - fatos, leis e teorias - 01.10..15.pdf

Documents