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Suinocultura SISCAL Profa. Dra. Érika Rosendo de Sena Gandra 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE DOURADOS FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

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Page 1: Aula 4 - Siscal

Suinocultura

SISCAL

Profa. Dra. Érika Rosendo de Sena Gandra

1

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE DOURADOS

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

Page 2: Aula 4 - Siscal

Ideias centrais foram lançadas pelo Relatório Brambell (1965)

1978: Declaração Universal dos Direitos dos Animais

“Os direitos dos animais devem ser defendidos pela lei como os direitos dos homens.”

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(1) Liberdade de sede, fome e má-nutrição; (2) Liberdade de dor, ferimentos e doença; (3) Liberdade de desconforto; (4) Liberdade para expressar comportamento

natural; (5) Liberdade de medo e de estresse.

Conselho de Bem-Estar de Animais de Produção

(FAWC, 1993)

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Page 4: Aula 4 - Siscal

(1) Liberdade Nutricional: disponibilidade de alimentos e água em quantidade e qualidade adequadas.

(2) Liberdade Sanitária: ausência de problemas de saúde, tais como doença e ferimentos.

(3) Liberdade Ambiental: adequação das instalações nas quais os animais são mantidos, tais como adequação das superfícies de contato e espaço disponível.

(4) Liberdade Comportamental: comparação entre o comportamento natural em ambiente similar àquele em que a espécie evoluiu e o comportamento possível sob as condições em análise.

(5) Liberdade Psicológica: ausência de medo e estresse, como alguns sentimentos negativos - frustração e tédio.

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Page 7: Aula 4 - Siscal

LOCAL

• Terrenos com declividade inferior a 15%;

• O solo desse terreno deve ter boa capacidade de

drenagem;

• Deve-se prever práticas de manejo do solo, tais como:

• disciplinar as águas pluviais superficiais: objetiva

combater o escorrimento de água fora para dentro do

sistema e possibilita o escoamento rápido da águas de

dentro para fora – EVITA EROSÃO

• A erosão pode ser prevenida também por meio da

implantação de terraços de base larga e da

manutenção constante da cobertura do solo.

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Page 8: Aula 4 - Siscal

LOCAL

• O sistema deve ser implantado sobre gramíneas

resistentes ao pisoteio, de baixa exigência em insumos,

perenes, de alta agressividade, estoloníferas e de

propagação por mudas e sementes.

• Sugere-se Pensacola, Missioneira, Hemártria, Estrela

Africana, Bermuda, Quicuio, Cost Cross.

• No inverno pode-se semear forrageiras: Aveia, Azevém

e Viça, sem mexer muito na estrutura do solo.

• Principais plantas tóxicas para os suínos: Mio-mio,

vassourinha, alecrim, samambaias, fedegoso, cafezinho-

de-mato.

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Page 9: Aula 4 - Siscal

DISTRIBUIÇÃO DA ÁREA

• Dividida em piquetes para abrigar as seguintes

fases:

• Quarentena: local para alojar novos animais;

• Adaptação: área para adaptar animais para

serem inseridos no sistema;

• Reposição: área destinada para os animais de

reposição;

• Machos, pré-gestação, gestação, maternidade e

creche

• Corredores de acesso, depósito e fábrica de

ração.

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Page 10: Aula 4 - Siscal

AREA POR ANIMAL – A área destinada aos animais

depende das condições climáticas, das características físicas do

solo (drenagem e capacidade de absorção de água e matéria

orgânica) e do tipo de cobertura do solo(forragem).

• Reprodutores: 800 m2/matriz, lote máximo de 6, dividida em

quatro piquetes, cuja ocupação deve ocorrer de forma alternada.

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Page 11: Aula 4 - Siscal

• Creche: não devem ser muito grandes, tendo a capacidade

para alojar de duas a três leitegadas com 70m²/leitão.

É recomendado a rotação da área total utilizada pelo

sistema a cada período de dois a três anos em função de

problemas sanitários.

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Page 12: Aula 4 - Siscal

TEMPO DE OCUPAÇÃO

No SISCAL da Embrapa Suínos e Aves o tempo médio de ocupação

dos piquetes de gestação é de 20 7 dias.

CERCAS

Como objetivo de facilitar a limpeza do solo sob a cerca sugere-se

colocar dois fios de arame nos piquetes de cobertura, pré-gestação,

gestação e maternidade a 35 e 60 cm do solo e na maternidade a 15cm,

30cm e 60cm do solo.

A creche deve ser cercada com tela metálica de arame galvanizado,

malha 4 ou 5, preza ao chão. Pela parte interna do piquete colocar um fio de

arame eletrificado, a 10 cm do solo, até a primeira semana após o

desmame.

A distância entre as estacas varia de seis a nove metros, sendo

essencial assegurar um boa tensão dos fio. Os corredores devem ser

suficientemente largos (4 a 5m), para permitir o acesso de equipamentos

destinados à limpeza dos piquetes e ao trânsito dos animais.

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Page 13: Aula 4 - Siscal

BEBEDOUROS

O bebedouro mais usado é o de vasos

comunicantes com boia.

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Page 14: Aula 4 - Siscal

COMEDOUROS

Os comedouros devem ser móveis e

confeccionados com materiais leves e resistentes, tais

como, madeira dura ou de lei, plástico, metal e pneu,

com o objetivo de trocá-los de local com facilidade.

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Page 15: Aula 4 - Siscal

CABANAS

• Devem ser resistentes e leves;

• A entrada deve ser posicionada de forma a ficar protegida dos ventos frios;

• Evitar locais com excesso de umidade;

• É importante prever sombra natural ou artificial nos piquetes;

• A área do sombreador deve ser no mínimo de 9 m2 por matriz na

lactação e de 4,5 m2 por matriz na gestação;

• Existem diferentes formas de cabana (galpão, chalé ou iglu), sendo que a

mais utilizada é a do tipo iglu.

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Page 16: Aula 4 - Siscal

CABANAS

• As cabanas de gestação (2,9x3,0x1,10 m), devem possuir

duas seções abertas, abrigando mais de uma fêmea.

• A cabana de maternidade (1,45x3,0x1,10) abriga uma

fêmea com sua respectiva leitegada, possuindo uma única

entrada na parte frontal.

• Recomenda-se a colocação de janela na parte

posterior da cabana para o controle da ventilação

• Assoalho móvel ou espessa camada de cama:

maravalha, feno, palhas

• Escamoteador

• Creche pode ter as mesmas dimensões da cabana de

gestação, com uma única entrada e acrescidas de

assoalho, abrigando de 2 a 3 leitegadas.

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Page 17: Aula 4 - Siscal

ALIMENTAÇÃO

Tem a mesma composição energética e protéica que

a do confinamento. e pode ser fornecida na forma

farelada ou peletizada.

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Page 18: Aula 4 - Siscal

MANEJO DA CAMA

• A cama (palha seca, maravalha, serragem, etc.) deve ser

suficiente para permitir um ambiente agradável aos leitões

e à matriz, com mais ou menos 10cm de espessura,

aumentando esta nos dias frios.

• deve ser colocada três dias antes do parto, para

que a fêmea possa escolher a cabana como local

de parto e construir seu ninho. A cama deve ser

reposta sempre que necessário.

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Page 19: Aula 4 - Siscal

MANEJO DOS LEITÕES

• As práticas de uniformização do tamanho e peso das

leitegadas e de identificação dos leitões, corte ou

esmagamento da cauda e o corte dos dentes, castração, e

aplicação de um anti-parasitário normalmente, são feitos no

dia do parto ou no segundo dia após o parto.

• Em geral, no SISCAL não vem sendo adotada a prevenção

de anemia ferropriva dos leitões lactentes.

• A castração, normalmente, é realizada entre o 5º e o 15º dia

de vida do leitão.

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Page 20: Aula 4 - Siscal

MANEJO DAS FÊMEAS

• 5 – 10 dias antes do parto as fêmeas são transferidas para piquetes

de maternidade para adaptação e construção de ninhos, que podem

ser:

• Individuais

• Coletivos: 2 - 3 fêmeas por piquete

• Recomenda-se afastamento superior a 20 metros entre as cabanas,

para facilitar o isolamento durante o parto.

• Todo deslocamento de animais deve ocorrer durante as primeiras

horas do dia e deve ser realizado com tranquilidade e utilizando-se

tábuas de manejo.

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Page 21: Aula 4 - Siscal

COBERTURA

• O criador deve estar bem organizado para permitir que a cobertura

seja feita com o máximo de sucesso.

• A proporção é de um macho para 15 a 20 fêmeas.

• O lote de matrizes e marrãs a ser coberto fica num piquete próximo ao

piquete do macho

• Quando a fêmea manifesta o cio, é transferida para o piquete do

macho onde se realiza as coberturas.

• Após a cobrição, retorna para os piquetes de gestação.

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Page 22: Aula 4 - Siscal

DESMAME

• O desmame é feito entre os 25 a 35 dias de idade.

• Para recolher os leitões, algumas práticas são realizadas:

• As porcas e os leitões devem ser fechados à noite dentro da

cabana

• Ao amanhecer a porca dever ser liberada

• No momento da alimentação, os leitões são transferidos para os

piquetes de recria;

• Também pode-se cercar os leitões com a ajuda de um cercado

móvel, deslocando-os para o piquete de recria.

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CRECHE OU RECRIA

• Neste piquete os leitões recebem:

• Água à vontade (limpa, fresca e isenta de qualquer contaminante)

• Ração pré-inicial por 15 a 20 dias

• Inicial até 60 a 70 dias de idade - 25 a 30 kg

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Page 24: Aula 4 - Siscal

PLANTEL E MONITORAMENTO SANITÁRIO

• O plantel do SISCAL deverá ser constituído por matrizes cruzadas,

também chamadas híbridas ou F1, acasaladas com machos de raça

que não entraram na formação de matrizes, ou machos híbridos.

• A procedência das futuras matrizes deve ser de granjas livres de

doenças (brucelose, toxoplasmose, leptospirose e doença de

Aujeszky).

• Os índices de produtividade dessas granjas deve ser bom.

• Recomenda-se que sejam coletadas amostras:

• Fezes: exame de fezes – pesquisa de endoparasitas

• Raspados de pele – pesquisa de ectoparasitas

• Exames sorológicos

• Repetir os exames a cada 6 meses

• Periodicamente deve-se vermifugar os animais (vermífugo fornecido

diretamente na ração) 24

Page 25: Aula 4 - Siscal

DESTROMPE

• Objetivo: evitar que os suínos destruam as forrageiras e revolvam o

solo.

• Atenção! Pois não deve impedir ou prejudicar os suínos de ingerir

pastagens e ração.

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DESTROMPE

Formas de realizar o destrompe:

1) Colocação de dois pedaços de arame de cobre nº12 na borda

superior da narina da matriz.

2) Argola metálica de 3 a 4 cm de diâmetro, entre o tecido fibroso

subcutâneo e a cartilagem do septo nasal, de forma que fique móvel

semelhante às argolas que são colocadas em touros.

• Forma de destrompe frequente em países europeus.

• No Brasil é pouco adotada – alto custo das argolas e do alicate.

3) Pedaço de fio de cobre rígido de 4mm, de aproximadamente 15cm

de comprimento, entre o tecido fibroso subcutâneo e a cartilagem do

septo nasal, em forma de um anel de 3cm a 5 cm de diâmetro, de

maneira que fique móvel.

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Page 27: Aula 4 - Siscal

Índices técnicos obtidos no SISCAL da Embrapa

Variáveis do custo

SISCAL

N Leitões Nascidos Vivos por Parto

9,9

N Leitões Desmamados por partos

8,8

Peso Médio dos Leitões ao Nascer

1,6

Peso Médio dos Leitões ao Desmame

8,9

Peso Médio dos Leitões ao Sair da Creche

29,3

Idade de Desmame (dias)

27,1

Idade dos Leitões Saída da Creche (dias )

69,5

N de leitões Nasc. Vivos/Porca/Ano

20,58

N de leitões Desmamados Porca/Ano

18,02

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ITENS

SISCAL (U$)

SISCON (U$)

custos fixos médios (/Kg)

0.120

0.325

custo variável médio (/Kg)

0.964

1.320

custo total médio (/Kg)

1.103

1.645

custo total das instalações

4990,83

11160,15

custo por matriz alojada

311,93

697,51

lucratividade anual

2067,00

342,00 – 469,00

Comparação/produtividade entre sistemas Ar Livre/Confinado de suínos

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Page 35: Aula 4 - Siscal

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Avaliação (P1)

[email protected]

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