aula 4_ sindrome de down e tourrete
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Msc. Fabiana Andrade
IESGO/NINAR/IBAC
Aula 4
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Sc VII: crnio saxnico
1838: Jean Esquirol descreveu os primeiros achadossobre a sndrome.
1866: John Langdon Down descreveu o quadrosindrmico tendo o devido reconhecimento.
1932: Waardemburg sugeriu determinaocromossmica.
Dcada de 1950: Lejeune, Jacobs e col, descreveram oincidentes genticos na diviso celular do embrio aoinvs de 46 cromossomos divididos em 23 pares, havia47 cromossomos.
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Efeitos da trissomia no cromossomo 21.
Indiferente raa ou padro sociocultural.
Probabilidade aumentada em casos do sexomasculino.
Alterao gentica natural e no deve sertratada como um doena.
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Presena de prega palmartransversa (uma nica prega na palma da
mo, em vez de duas);
Olhos com formas diferenciadas devido spregas nas plpebras;
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Membros pequenos;
Tnus muscular da lngua comprometido eprotusa;
Condies mdicas provveis: m formaocardaca, refluxo gastroesofgico, otites,apnia do sono e disfunes na glndulatireide;
Peso cerebral reduzido na infncia, perda deneurnios em certas regies.
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Trissomia 21 simples: explica 95% dos casos.Cerca de 88% desses casos se d pela no-
disjuno meitica do gameta materno e cerca
8% para o gameta paterno.
Translocao Robertsoniana: herana gentica.O brao do cromossomo 21 liga-se topo a topo
com outro cromossomo.
Mosaicismo: Algumas clulas tm 47cromossomos e outras tm nmero normal, ou
seja, 46 cromossomos
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Sonolncia;
Dificuldade na mastigao, suco edeglutio;
Atraso cognitivo podendo variar entreretardo mental leve a moderado;
Atraso no desenvolvimento motor;
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Shwartzman (1999) e Werneck (1993):alteraes anatmicas podem explicar
comprometimentos intelectuais;
Pueschel (1993/2000): no se pode precisardeficincias intelectuais por no ser possvel
predizer o nvel cognitivo de cada pessoa a partir
de testes. O desempenho depender da histria
de aprendizagem.
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Incluso social: segue a mesma propostaconforme discutido em outras aulas sobrecompartilhamento do ambiente social comum.
Incluso escolar: h fortes indicativos quecrianas com Sndrome de Down podemacompanhar normalmente as demais crianascom desenvolvimento tpico.
Acompanhamento familiar.
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Costa (1995): falha de estimulao profissional. Preocupaoem condicionamentos para atividades que pouco contribuempara a insero no mercado de trabalho;
Dias (2000) e Werneck (1997): enfatizam adultos com asndrome que foram inseridos no mercado de trabalho formal;
Ribas (2004): empresrios contratam para cumprir com a lei,sem conscincia de sua responsabilidade social;
Lei no 8.213: Criada pelo Ministrio do Trabalho em 1991,popularmente conhecida como Lei de Cotas. Empresas com
mais de 100 funcionrios deve reservar de 2 a 5 % de cotas
para postos de trabalho.
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O que a famlia espera, ao procurar ajuda dopsiclogo?
Por intervenes que possam alterar o ambienteatual da pessoa, para ajud-la a atuar de modo
mais adaptado, necessitando de estratgias de
reforamento, a fim de que possam solucionar
problemas.
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Mais do que isso, o papel do Psiclogo deveestar ligado:
Orientao famlia, aos professores e aos demaisprofissionais envolvidos
Ensinar comportamentos adaptativos e habilidadesque faltem em seu repertrio e que dificultam o seu
desenvolvimento e sua independncia
Comportamentos necessrios em um repertriofuncional vo desde atividades corriqueiras at
habilidades essenciais vida independente na
sociedade
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Segundo Reis e Marques (2002):
Avaliar e intervir, auxiliando na resoluo dos problemascomportamentais enfrentados pelas famlias
Levar aos pais informaes sobre as dificuldadesespecficas da criana com desenvolvimento atpico e de
programas de orientao, de acordo com as necessidades
de cada famlia
Acolher, acompanhar e trabalhar com as famlias de formaque elas possam buscar solues e definir suas prprias
escolhas, esclarecendo e informando quanto a sua
importncia no processo de desenvolvimento da criana
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Trabalhar com as famlias acerca das dificuldades deinteragir normalmente com a criana atpica
Trabalhar a desestruturao familiar que pode ocorreraps o diagnstico mdico
Pode oferecer troca de experincias entre famliasformando um grupo com o mesmo objetivo, afim de
promover evoluo e crescimento entre eles
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De acordo com Amiralian (1997), os Terapeutas precisam
conhecer:
As implicaes da deficincia no desenvolvimento eajustamento desta criana
As implicaes da perda, em termos de relaes sociais eo ajustamento pessoal e compreenso das limitaes
funcionais impostas pelas deficincias e das condies
afetivas ou emocionais que as acompanham
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MSC. Fabiana Andrade
IESGO/NINAR/IBAC
Aula 4
Sndrome de Tourette
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-Georges Albert douard Brutus Gilles de la Tourette
(1857-1904): mdico francs, trabalhou com Charcot
por dois anos assumindo seu cargo na Salptrire aps
a morte do mestre.
-Em 1884 descreveu comportamentos compartilhados
por noves pacientes com doena dos tiques
convulsivos.
-Contribuiu com Charcot sobre a produo cientfica
da hipnose e histeria.
-Crticas sobre os efeitos da sugesto pessoas
hipnotisadas. Sofreu atentado por uma ex-paciente
com diagnstico paranide.
Georges Gilles de la Tourette
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Caractersticas descritas em 1885 por George Gille de la Tourette: tiques mltiplos,incio na infncia , acompanhado de barulhos incontrolveis, como traos dehiperatividade , transtorno obsessivo compulsivo e pobre controle dos impulso
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- Prevalncia de 0,7 % a 4.2%.
- Maiores casos em meninos.
- O critrio diagnstico antes dos 21 anos,96% manifestam antes dos 11 anos.
- Incio entre 3 a 8 anos
Sndrome de Tourette Epidemiologia
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- Mdia de idade: 5,6 anos.
- Agravamento aos 10 anos.
- Aos 18 anos de idade 50% dos tiquesreduzem.
- Tique persistem na vida adulta commenor severidade
Sndrome de Tourette Epidemiologia
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- Presena de mltiplos tiques motores e vocal
- Incio antes dos 21 anos
- Ocorrncia do tique muitas vezes ao dia,durao maior de 1 ano
- Acentuado sofrimento ou prejuzosignificativo no funcionamento social,ocupacional ou em outras reas
Sndrome de Tourette Diagnstico
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- Movimentos involuntrios, sbitos, rpidos, recorrentes, nortmicos e estereotipados. Aparecem tambm na forma devocalizaes.
- Ocorrem de forma contnua ou em acessos
- s vezes so precedidos por uma sensao desconfortvel,chamada de sensao premonitria e frequentemente seguidospor uma sensao de alvio
- Geralmente desaparecem durante o sono e diminuem durante aingesto de lcool e durante atividades que exijamconcentrao
- Aumentam pelo estresse, fadiga, ansiedade e excitao
Tiques (DSM-IV)
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- Motores
- Vocais
Tiques
Simples
ou
complexos
- Incio das vocalizaes ocorre aps a motoras
- Tiques iniciais motores envolvem face e pescoo
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- Coprolalia (repetir palavras obscenas) osintoma mais estressante e est presente emmenos da metade dos pacientes
- Ecolalia (eco de palavras ouvidas) e ecopraxia(imitao de gestos) 11% a 44% dos pacientes
- Palilalia (repetio de sons ou palavras) 6 a15%
- Copropraxia (gestos obscenos) 1 a 2%;
Prevalncia
Tiques Motores e Vocais
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- Envolvem um msculo nico ou um grupo demsculos (funcionalmente relacionados)
- Frequentemente causam um movimentobreve e sbito, repetidos e sem propsito,geralmente percebidos como involuntrios
- Ex.: piscar os olhos, movimentar rapidamenteo nariz, sacudir a cabea e o membro
Tiques Motores Simples
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- Tiques motores complexos devem ser diferenciados dosrituais obsessivo-compulsivos.
- Os rituais so realizados para impedir ou aliviar a ansiedade;
- os tiques so frequentemente realizados em resposta asensaes ou impulsos premonitrios
- gestos balizados, simtricos ou mesmo movimentosviolentos com arremesso de objetos, sacudir a cabea,inclinar ou girar o tronco, escovar o cabelo, tocar,arremessar, dar uma pancada; pular, chutar, fazer gestosrudes, agarrar a prpria genitlia e fazer outros gestosobscenos ou indecentes (copropraxia), e imitar gestos dosoutros (ecopraxia).
Tiques Motores COMPLEXOS
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- Tiques vocais simples : coar a garganta, fungar,pigarrear, gritar, tossir, assoprar, fazer suco, ranger;
- Tiques vocais complexos : uso involuntrio ouinapropriado de palavras chulas ou obscenas(coprolalia); repetio de palavras ou frases (palilalia) erepetio involuntria das frases de outrem (ecolalia)
Tiques Vocais
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Sndrome de TouretteComorbidades TDAH, TOC, pobre controle de impulsos, e outros problemascomportamentais coexistentes.
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Transtorno obsessivo-compulsivo
Transtorno de hiperatividade e dficit deateno
Pobre controle dos impulsos- pobre controleda raiva
Agravam a vida acadmica
Sndrome de Tourette Comorbidades
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Obsesses: contaminao, sexuais , agresso
Compulses: limpeza,repetio,contar, ordem e simetria
Sndrome de Tourette Comorbidade com TOC
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O impacto na vida do paciente depende donmero, frequncia, intensidade,complexidade e tambm da aceitaosocial dos tiques.
Sndrome de Tourette Prognstico
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Gentica
Imunolgica
Neuroimagem
Neurotransmissores
Sndrome de Tourette Patognese
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- PANDAS (Pediatric autoimmune neuropsychiatric disorders )associada com infeco com estreptococo.
- Incio na pr-puberdade, o curso exacerbaes e recorrncias ecom associao temporal com infeco com estreptococo
- Desordem tic, incio pre-puberal do sintoma, incio repentino ouexacerbaes abruptas, associao com anomalias neurolgicasdurante exacerbaes
- Etiologia inflamatria
- Tratamento e a preveno incluindo terapias tais como aimunoglobulina intravenosa
Doena auto-imune?
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PANDAS
Incio pr-puberal
Presena de TOC
Incio sbito com exacerbaes e remisses
Tourette
Incio antes de 21 anos
Tiques motores mltiplos e 1vocal
Curso gradual
durao > 1 ano
Sndrome de Tourette x PANDAS
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Sndrome de Tourette - DopaminaHiptese da hiperatividade dopaminrgica
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Tiques exacerbados pelo estresse ereduzidos durante o sono e atividade queexijam concentrao
Sndrome de Tourette Prognstico
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A habilidade do paciente suprimir seustiques auxilia na diferenciao de outrostranstornos hipercinticos do movimento
Sndrome de Tourette Diagnstico Diferencial
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Quando concentrados em atividadesfsicas ou mentais, muitos pacientesobservam reduo na freqncia egravidade de seus tiques.
Sndrome de Tourette Prognstico
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Supresso temporria dos tiques ematividades de concentrao em mentais efsicas e pela exacerbao c/ estresse,excitao, aborrecimento, fadiga, eexposio ao calor. Ao assistir televisoso frequentemente mais proeminentes.
Sndrome de Tourette Prognstico
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A frequncia dos tiques pode tambmaumentar durante o relaxamento aps umperodo de estresse. Assim, as crianasliberam seus tiques quando chegam daescola.
Sndrome de Tourette Prognstico
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Os tiques podem trazer problemas p/ ospacientes, pois causam vergonha einterferem c/ sociabilizao em algummomento durante o curso de sua doena.
Sndrome de Tourette Prognstico
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Educao do paciente, pais, professores
terapias comportamentais
Antipsicticos - bloqueadores dos receptor de dopamina para o tique
Drogas serotoninrgicas para o TOC
Sndrome de Tourette Tratamento
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Ter a Tourette uma loucura, como estar bbado otempo todo. Estar sob o efeito do haloperidol montono, faz a gente ficar sbrio e quadrado, enenhum dos dois estados realmente livre. Vocs,normais, que tm os transmissores certos nos lugarescertos, nas horas certas, em seus crebros, tm todos ossentimentos, todos os estilos disponveis o tempo todo seriedade, leviandade, o que for adequado. Ns quetemos a Tourette, no, somos forados leviandade pelasndrome e forados seriedade quando tomamos oremdio. Vocs so livres, tm um equilbrio natural: nstemos de nos contentar com um equilbrio artificial... Orelato deste paciente, enquadrado no terceiro grupo daST e atualmente assistido pelo neurologista OliverSacks, um exemplo do quanto esta sndrome complexacompromete a vida de seu portador (Sacks, 1985).
Sndrome de Tourette
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Abordagem teraputica comportamental:reduzir sua frequncia atravs da interrupoda sequncia estmulo-resposta
Programa teraputico multidisciplinar, emcolaborao com familiares e o paciente,visando o apoio psicolgico e a reintegraosocial
Sndrome de Tourette Tratamento
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Haloperidol
Risperidona
Tratamento
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Em 1996, foi criada no Brasil a Associao de Pacientes com
Sndrome de Tourette, Tiques e Transtorno Obsessivo-
compulsivo (ASTOC), que tem como objetivos divulgar e
informar mdicos e pacientes sobre a patologia, arrecadar
doaes para a formao de um fundo de pesquisa, que
atenda s necessidades e interesses dos portadores da
sndrome, incluindo a rea de socializao dos pacientes,
que amplamente assistida pela associao.
Apoio aos pacientes de ST e a pesquisas na rea