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AULA 4. GERAÇÃO E COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS GESTÃO DE RESÍDUOS NA ENGENHARIA – GERE TURMA 611 Campus de Guaratinguetá Departamento de Engenharia Civil unesp Março - 2010 Profa. Dra. Isabel Trannin [email protected] [email protected]

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AULA 4. GERAÇÃO E COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

GESTÃO DE RESÍDUOS NA ENGENHARIA – GERE

TURMA 611

Campus de Guaratinguetá Departamento de Engenharia Civil

unesp

Março - 2010

Profa. Dra. Isabel [email protected]@uol.com.br

Page 2: AULA 4. GERAÇÃO E COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS GESTÃO DE RESÍDUOS NA ENGENHARIA – GERE TURMA 611 Campus de Guaratinguetá Departamento de Engenharia Civil

FONTES GERADORASFONTES GERADORASORIGEM DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃOORIGEM DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃODomiciliarComercialInstitucionalServiços Públicos (limpeza pública)Serviços de saúdeIndústriaTrat. de água e efluentes (ETAs e

ETEs)Entulho, inclusive construção civilEtc.

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Agrupados para o SistemaAgrupados para o Sistema

Resíduos sólidos urbanos não segregados na origem (misturados): coleta normal

Resíduos segregados na origem: coleta seletiva

Resíduos de serviços de saúde, entulho, industrial e de outras fontes específicas: coleta diferenciada

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Resíduo não Segregado na Resíduo não Segregado na OrigemOrigemDomicílos Residenciais Isolados

◦diretamente na sarjeta ou sobre porta-lixos

◦armazenamento em pequenos containers◦becos contendo containers◦associações de moradores com serviços

particulares, em sincronia com o serviço público.

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Resíduo não Segregado na Resíduo não Segregado na OrigemOrigem

Prédios de Apartamentos◦área destinada ao armazenamento

do lixo em recipientes não especializados

◦containers para armazenamento, com padronização

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Resíduo não Segregado na Resíduo não Segregado na OrigemOrigemComércio e Indústria

◦Predomina a carga manual do lixo.◦Coleta para evitar o congestionamento

durante o dia◦Disponibilidade limitada de espaço de

armazenamento◦Armazenamento em containeres padronizados◦Resíduos com características

predominantemente domiciliares, a coleta é da mesma forma que em domicílios e comércio

◦Os resíduos perigosos devem ser armazenados adequadamente e tratados.

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Resíduo Segregado na Resíduo Segregado na OrigemOrigemColeta Seletiva Residencial

◦Materiais recicláveis segregados, são coletados e encaminhados para centros de triagem

◦Material segregado é disposto em frente ao domicílio. Adesão maior a esse tipo de programa.

◦Segregação nos centros de triagem mais refinada de papéis/papelão, plásticos, vidros e metais

◦Coleta dos materiais recicláveis, deve ser feita por veículos apropriados, com definição de datas e horários para coleta.

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Resíduo Segregado na Resíduo Segregado na OrigemOrigemSegregação no Comércio e Indústria

◦ O resíduo comercial normalmente é mais rico em materiais recicláveis

◦ Para grandes lojas, podem ser viabilizados contratos específicos com empresas que fazem a reciclagem

◦ No Brasil, a questão dos catadores de rua, principalmente nos centros comerciais, é muito polêmica, sendo que a atuação dos mesmos é bastante significativa

◦ As grandes indústrias atualmente desenvolvem programas internos de redução de resíduos e promovem a venda de recicláveis como matéria prima para outras indústrias

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ACONDICIONAMENTOACONDICIONAMENTO

Sistema móvelSistema estacionário

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Sistema Acondicionador Sistema Acondicionador MóvelMóvelOs elementos acondicionadores de lixo são

encaminhados para o sistema de disposição e/ou tratamento, são descarregados e retornam ao local de origem◦ Indicados para remoção de lixo de fontes com

alta taxa de geração, implicando em acondicionadores (containeres) de grande porte

◦ Reduzem o tempo de manuseio e apresentam vantagens no aspecto visual e sanitário

◦ Aplicação comum em coleta de entulho, coleta de resíduos de serviço de saúde

◦ Coleta diferenciada no comércio e indústria

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Sistema Acondicionador Sistema Acondicionador EstacionárioEstacionárioO acondicionador permanece no local de

geração. São basicamente dois tipos: carga mecanizada e carga manual◦ Transporte é realizado após a coleta de um grande

número de containeres (recipientes ou invólucros) até que o veículo esteja cheio.

◦ Sistemas estacionários com carga mecanizada são mais freqüentes em países desenvolvidos

◦ Tamanho dos containeres é bastante variável (coleta de lixo domiciliar até a industrial)

◦ Dificuldades na manutenção dos equipamentos, uma vez que a mecanização eleva o peso do veículo transportador

◦ A maior aplicação para sistemas de carga manual é na coleta de lixo domiciliar, pois a quantidade a ser coletada é pequena e o tempo de carregamento é bastante reduzido

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ANÁLISE DE SISTEMAS DE ANÁLISE DE SISTEMAS DE COLETACOLETANa análise necessita-se definir o tipo

de veículo a ser empregado e a mão de obra requerida para as diferentes opções de sistemas e métodos.

Através da divisão das atividades de coleta em operações unitárias é possível definir os dados de projeto e as relações que podem ser aplicadas universalmente

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Operações unitáriasOperações unitárias

CarregamentoTransporteDescarregamentoFora de rota (atividades não

produtivas)

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Sistemas acondicionares móveis: modo convencional Sistemas acondicionares móveis: modo convencional

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Sistemas acondicionares móveis: troca de containerSistemas acondicionares móveis: troca de container

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n

Veículo vindoda garagem

(início da rotadiária)

Ponto de coleta

Carregamento doconteúdo do containerou recipiente cheio no

veículo, ou simplescoleta de invólucros.

Deslocamentopara o próximoponto de coleta

Estação de transbordo,centro de reciclagem ou

local de disposição(esvaziamento do

container)

Veículo vazio,encaminhado paraa próxima rota oupara a garagem

(final da rotadiária)

12 3

Deslocamentopara o local

em que oveículo seráesvaziado.

Rota de coleta

Sistemas acondicionares estacionáriosSistemas acondicionares estacionários

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ROTAS - ConsideraçõesROTAS - Considerações1. Existência de legislação ou regulamentações

relacionadas à questão do local de coleta e sua frequência.

2.  Características do sistema existente, tais como pessoal e tipos de veículos.

3.  Sempre que possível, as rotas devem ser definidas de forma que comecem e terminem próximas a vias principais, empregando limites topográficos e físicos como contornos da área.

4.  Em área acidentadas, as rotas devem começar na parte alta e os veículos devem realizar a coleta conforme vão descendo as vias de acesso.

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5.  As rotas devem ser definidas de tal forma que o último container ou invólucro esteja o mais próximo do local de descarga.

6.  O lixo gerado em locais sujeito à congestionamentos, deve ser coletado nas primeiras horas da manhã, ou o mais cedo possível.

7.  Locais ou fontes que geram grandes quantidades de lixo, devem ser servidas pela coleta no período da manhã.

8.  Fontes dispersas com geração de pequenas quantidades de lixo, e que recebem a mesma frequência de coleta, se possível, devem ser atendidas em uma viagem ou no mesmo dia.

ROTAS - ConsideraçõesROTAS - Considerações

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Etapas gerais na definição Etapas gerais na definição de rotas de coletade rotas de coletapreparação do mapa, apresentando

dados pertinentes e informações relativas a fontes de geração;

análise de dados e elaboração de tabelas com um resumo de informações;

traçado de rotas preliminares; eavaliação das rotas preliminares e o

desenvolvimento de rotas balanceadas através de tentativas sucessivas

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Na área de transportes, existem diversos modelos que são empregados para o estabelecimento de rotas econômicas. Normalmente esses modelos são adaptados e aplicados à coleta de lixo.

O grau de complexidade para elaboração de um modelo envolve diversas questões, dentre as quais inclui-se o fato de não se poder supor que uma única viagem do veículo coletor seja suficiente para recolher todo o resíduos gerado pelo sistema.

Uma das inovações quanto aos modelos aplicados à redução de percurso é o emprego de algorítmos aplicados à inteligência artificial, por tratar-se de uma forma de refinamento.

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TRANSBORDOTRANSBORDOA distância entre o local de coleta e o

destino final, através dos veículos coletores, pode tornar-se elevada até o ponto de inviabilizar economicamente tal procedimento.

Nesses casos, são necessárias operações especiais de transbordo e transporte.

As estações de transbordo são empregadas para efetuar a transferência dos resíduos de pequenos veículos para outros de grande capacidade carga.

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ClassificaçãoClassificação

Carga diretaCarga armazenadaCombinado

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Carga DiretaCarga DiretaNestes casos os veículos coletores

descarregam seu conteúdo imediatamente nos veículos transportadores, seja por descarga direta ou por plataformas apropriadas.

É possível a existência de locais para armazenamento emergencial ou temporário.

Tais estações podem ter diferentes capacidades e podem efetuar a transferência com ou sem compactação prévia.

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Carga ArmazenadaCarga Armazenada

Nestes casos os veículos coletores descarregam os resíduos em baias de armazenamento, de onde são transferidos para os veículos transportadores, através de equipamentos auxiliares.

O tempo de armazenamento previsto para estes casos varia entre 1 e 3 três dias.

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CombinadoCombinadoEm algumas estações de transbordo

podem ser empregadas as duas formas de carga apresentadas previamente.

Normalmente tais estações têm outras finalidades, tais como a segregação de materiais para reciclagem, ou são seletoras em função da origem dos resíduos, dando o destino (armazenamento ou carga direta) em função da quantidade e qualidade dos resíduos que chegam à estação.

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Considerações de ProjetoConsiderações de Projeto

Tipo de operação a ser empregada;

Capacidade de armazenamento e transferência;

Equipamentos e acessórios necessários; e

Requisitos sanitários.

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LocalizaçãoLocalizaçãoPor ter uma conotação estratégica, o

local de implantação de uma estação de transbordo deve ser bem avaliado◦O mais próximo possível do centro de

massa da área a ser considerada.◦Local de fácil acesso às vias de grande

capacidade para escoamento de tráfego.◦Local de menor restrição pública sanitária

e ambiental.◦Local em que os custos de implantação e

operação sejam minimizados