aula 31 - regimento interno - aula 01_2

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CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ) REGIMENTO INTERNO DO CNJ - TÍTULO I E II - ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA E TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 1 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 1 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ) Prezados Alunos! Sejam bem vindos ao Curso de Regimento do CNJ, especialmente elaborado para esse maravilhoso concurso, que certamente nomeará muitos aprovados! Fiquem ligados, pois o CNJ é um órgão de ponta, de excelente clima organizacional, bom ambiente de trabalho e atividade exercida entre as mais nobres, relacionadas ao Poder Judiciário. Boa sorte a todos! Ricardo Gomes Por sua aprovação!

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CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ) REGIMENTO INTERNO DO CNJ - TÍTULO I E II - ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA E TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA

AULA 1 PROF: RICARDO GOMES

Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre

1

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ)

Prezados Alunos!

Sejam bem vindos ao Curso de Regimento do CNJ, especialmente elaborado para esse maravilhoso concurso, que certamente nomeará muitos aprovados!

Fiquem ligados, pois o CNJ é um órgão de ponta, de excelente clima organizacional, bom ambiente de trabalho e atividade exercida entre as mais nobres, relacionadas ao Poder Judiciário.

Boa sorte a todos!

Ricardo Gomes

Por sua aprovação!

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QUADRO SINÓPTICO DA AULA:

o Aspectos Constitucionais do CNJ;

o Regimento: TÍTULO I - DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

• Disposições Gerais.

• Plenário.

1. Aspectos Constitucionais do CNJ.

Aspectos Constitucionais do CNJ.

O CNJ foi instituído pela Emenda Constitucional nº 45/2004, que alterou o Art. 92 da CF-88, definindo-o como + 1 dos órgãos do Poder Judiciário, igualmente ao STF, STJ, etc.

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O CNJ também tem Sede na Capital Federal (Brasília/DF), mas com jurisdição em todo o território nacional. Ressalto que o CNJ não exerce jurisdição propriamente dita (no estrito termo técnico), como os diversos Tribunais, mas a sua jurisdição/atribuição constitucional é realizada em âmbito nacional.

CF-88

Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:

I-A o Conselho Nacional de Justiça;

§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

O CNJ detém competência concorrente com os diversos Tribunais de Justiça Estaduais, Tribunais Regionais Federais, Tribunais Regionais do Trabalho e Tribunais Regionais Eleitorais para decisão acerca de remoção, disponibilidade e aposentadoria de Juiz, por interesse público.

Assim, tanto o CNJ quanto os próprios Tribunais podem decretar a remoção, disponibilidade ou aposentadoria de Magistrado. Em todo caso, depende de voto da maioria absoluta dos Membros do Tribunal ou do CNJ.

Por estes processos envolverem restrição de direitos, deve ser assegurada ampla defesa.

CF-88

Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal

Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os

seguintes princípios:

VIII o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do

magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por

voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

O CNJ foi instalado, de forma efetiva, apenas no dia 14 de Junho

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de 2005. O CNJ é composto por 15 Membros, com mandato de 2 ANOS, com possibilidade de 1 recondução (+ 2 ANOS): 2 ANOS + 2 ANOS.

Não confundir a composição do CNJ com a do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). O CNMP é composto por 14 MEMBROS.

• CNJ – 15 MEMBROS;

• CNMP – 14 MEMBROS.

CF-88

Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da

República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do

Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma

recondução, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de

2004)

Composição dos CNJ (15 MEMBROS):

o o Presidente do STF;

o 1 Ministro do STJ, indicado pelo próprio STJ;

o 1 Ministro do TST, indicado pelo próprio TST;

o 1 Desembargador de TJ Estadual, indicado pelo STF;

o 1 Juiz Estadual, indicado pelo STF;

o 1 Juiz de TRF, indicado pelo STJ;

o 1 Juiz Federal, indicado pelo STJ;

o 1 Juiz de TRT, indicado pelo TST;

o 1 Juiz do Trabalho, indicado pelo TST;

o 1 Membro do MPU, indicado pelo Procurador-Geral da República;

o 1 Membro do MP Estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual;

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o 2 Advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB;

o 2 Cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.

Quem será o Presidente do CNJ? Será o Presidente do STF! Esta é até fácil, mas quem será o substituto do Presidente do CNJ? Será o VICE-Presidente do STF, apesar deste não compor inicialmente o CNJ, ok? Portanto, o substituto do Presidente do CNJ, e suas ausências e impedimentos, não será o Ministro do STJ, como poderíamos esperar. Na realidade, é o VICE-Presidente do STF.

Como vimos, o Ministro do STJ não será o substituto do Presidente do CNJ. Contudo, terá a atribuição de Ministro-Corregedor e ficará excluído da distribuição de processos no STJ. A CF-88 detalhou as seguintes competências do Ministro-Corregedor do CNJ (a LOMAN pode detalhar outras competências):

1. receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos magistrados e aos serviços judiciários;

2. exercer funções executivas do CNJ, de inspeção e de correição geral;

3. requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, DF e Territórios.

Observem que apenas o Presidente do STF é considerado Membro NATO do CNJ (não sendo indicado ou escolhido – sua nomeação é vinculada). Já os outros Membros do CNJ são todos indicados, mas devem observar aos seguintes procedimentos de aprovação e nomeação:

o Aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal (sabatina no Senado);

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o Nomeados pelo Presidente da República.

Se os órgãos competentes para indicação dos nomes dos Membros do CNJ não indicarem no prazo legal, esta tarefa caberá ao STF.

O PGR (Procurador-Geral da República) e o Presidente do Conselho Federal da OAB oficiarão também perante o CNJ.

Cabe à União criar ouvidorias de justiça, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Poder Judiciário (Ex: Juízes, Tribunais, etc), ou contra seus serviços auxiliares (Ex: servidores, tabeliães, escrivães, etc), representando diretamente ao CNJ.

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2. Do Conselho Nacional de Justiça.

a. Disposições Gerais.

Como qualquer órgão colegiado, o CNJ é composto de diversos órgãos internos, com funções específicas. Nesse sentido, o CNJ é composto pelos seguintes órgãos:

o Plenário;

o Presidência;

o Corregedoria Nacional de Justiça – Corregedoria dentro do Conselho;

o Conselheiros;

o Comissões;

o Secretaria-Geral;

o Departamento de Pesquisas Judiciárias -DPJ;

o Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas -DMF.

o Ouvidoria.

b. Plenário.

Disposições Gerais do Plenário.

O CNJ é composto por 15 Membros. O PLENÁRIO do

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Conselho (formado por TODOS os Membros do órgão – todos os Conselheiros) é considerado o órgão máximo do CNJ.

As reuniões/sessões do PLENÁRIO são realizadas com pelo menos 10 MEMBROS.

São Membros do CNJ os 15 Conselheiros, nomeados conforme os ditames constitucionais. Contudo, devem oficiar perante o CNJ o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da OAB. Atenção, pois o PGR e o Presidente da OAB Nacional NÃO são Membros/Conselheiros do CNJ, apenas atuam perante o CNJ.

O PGR e o Presidente da OAB Nacional têm direito ao uso da palavra (sustentação oral).

Competência do Plenário.

Como já vimos, o CNJ É órgão do Poder Judiciário, ok? Apesar de não exercer função jurisdicional, o CNJ compõe o Judiciário, como órgão administrativo e de controle.

A competência genérica do CNJ é de órgão de controle interno do Poder Judiciário (igual a CGU para o Poder Executivo e o TCU para o Poder Legislativo).

Com isso, cabe ao Plenário do CNJ as seguintes competências gerais:

• controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário;

• cumprimento dos deveres funcionais dos magistrados.

A Constituição Federal previu uma série de competências específicas do CNJ no art. 103-B, §4º, similares às reproduzidas no Regimento Interno do Conselho. Vale ressaltar que, além das competências previstas na CF-88, no RICNJ, outras competências do Conselho são exercidas por força de previsão no Estatuto da Magistratura (Lei Orgânica da Magistratura Nacional - LOMAN – LC nº 35/1979).

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Os atos e decisões do Plenário são IRRECORRÍVEIS (não são passíveis de qualquer recurso).

Competências específicas do Plenário CNJ:

a) zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura (atuação político-judiciária);

Para tanto, o CNJ poderá:

• expedir Atos Regulamentares ou Normativos, no âmbito de sua competência – exercício do Poder Normativo ou Regulamentar do CNJ, por meio de Enunciado Administrativo; Instrução Normativa; Portaria; Provimento; Recomendação ou Resolução.

• recomendar providências dos Tribunais brasileiros;

Atenção! Os Atos Normativos do CNJ NUNCA podem extrapolar os limites impostos pela LEI. O CNJ não é órgão legislativo, mas apenas órgão regulamentar!

CF-88

Art. 103-B

§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e

financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres

funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que

lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: (Incluído pela

Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo

cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos

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regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de

2004)

b) zelar pela observância do art. 37 da CF-88 – dispositivo que trata das regras e princípios constitucionais da Administração Pública, incluindo a administração do Poder Judiciário (Ex: desde exigência de concurso público para provimento de cargo, à previsão de aposentadoria dos servidores, etc);

c) apreciar, de ofício (autonomamente) ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos (não jurisdicionais) praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário.

Assim, o CNJ poderá, por meio de reclamação, denúncia ou mesmo de ofício, examinar todos os atos administrativos praticados pelos Tribunais, em qualquer Estado brasileiro. Exemplo: poderá examinar processos de concursos públicos de Juízes e Servidores (há diversos casos com irregularidades); examinar licitações e contratos administrativos celebrados; nomeação para cargos comissionados, etc.

No exercício dessa competência, o CNJ poderá desconstituir os atos administrativos ilegais (anulá-los), revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do TCU e dos Tribunais de Contas dos Estados.

Observem que a atividade do CNJ é similar, mas independente das atribuições do TCU e dos TC Estaduais.

d) receber as reclamações, e delas conhecer, contra membros ou órgãos do Poder Judiciário (Ex: contra Juízes,

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Desembargadores, Tribunais, Turmas, Conselhos, etc), inclusive contra seus serviços auxiliares (contra os servidores dos Tribunais), serventias (cartórios) e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro (são os tabelionatos de notas, registros, etc) que atuem por delegação do poder público ou oficializados.

e) exercer competência disciplinar e correicional concorrente dos Tribunais, decidindo pelo arquivamento ou instauração do Procedimento Disciplinar (PADs ou Sindicâncias);

Atenção!

Os Tribunais têm competência correcional e disciplinar contra os Desembargadores, Juízes e Servidores. Por força da Constituição e do Regimento, o CNJ também possui a mesma competência, aplicável a qualquer Tribunal no país. Assim, o CNJ poderá instaurar PAD contra um Juiz do TJ do Amazonas, mesmo que aquele Tribunal não o faça.

A competência correcional e disciplinar é CONCORRENTE (simultânea entre Tribunais e CNJ).

f) Avocar processos disciplinares já em curso (PADs ou Sindicâncias já deflagrados!), desde que entenda conveniente e necessário.

A Avocação é a requisição de processo para de algum Tribunal para processamento e julgamento perante o CNJ. É um poder e tanto!

g) propor a realização pelo Corregedor Nacional de Justiça de correições, inspeções e sindicâncias em Varas, Tribunais, serventias judiciais e serviços notariais e de registro;

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h) julgar os processos disciplinares (PADs e Sindicâncias) regularmente instaurados contra Magistrados, podendo determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas previstas em lei complementar ou no Regimento, assegurada a ampla defesa;

O CNJ pode julgar processo disciplinar e aplicar tipo qualquer penalidade aos Magistrados, inclusive as mais gravosas (remoção, disponibilidade, aposentadoria compulsória, etc).

Em qualquer processo disciplinar deve ser assegurada a ampla defesa do acusado.

CF-88

Art. 103-B

§ 4º Compete ao CNJ:

III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos

do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares,

serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro

que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem

prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais,

podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a

remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou

proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras

sanções administrativas, assegurada ampla defesa; (Incluído pela

Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

i) encaminhar peças ao Ministério Público, a qualquer momento ou fase do processo administrativo, quando verificada a ocorrência de qualquer crime, ou representar perante ele nos casos de crime contra a administração

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pública, de crime de abuso de autoridade ou nos casos de improbidade administrativa;

A competência para deflagrar o processo penal é do Ministério Público. Logo, em caso de verificação de crime praticado por Magistrado, deve o CNJ encaminhar peças dos autos ao MP (dono da ação penal).

j) rever, de ofício (autonomamente), ou mediante provocação, os processos disciplinares contra Juízes de 1º GRAU ou Membros de Tribunais (Desembargadores de 2º GRAU) julgados há menos de 1 ANO – os processos julgados há + de 1 ANO não podem mais ser revistos pelo CNJ. Com isso, o Conselho tem que ser bem rápido na eventual análise de processo já julgados, pois só tem o prazo de 1 ANO para modificar o julgamento de PADs e Sindicâncias contra Juízes.

k) representar ao Ministério Público para propositura de ação civil para a decretação da perda do cargo ou da cassação da aposentadoria – uma das hipóteses da perda do cargo ou cassação da aposentadoria do Magistrado é por meio de Processo Judicial transitado em julgado. Com isso, para iniciar o processo, o Ministério Público deve apresentar ação civil de perda do cargo. O MP é um dos legitimados para apresentar a ação.

l) instaurar e julgar processo para verificação de invalidez de Conselheiro – se um dos Conselheiros do CNJ “ficar louco”, cabe ao CNJ instaurar o processo para identificação das suas condições mentais.

m) elaborar Relatórios estatísticos sobre processos e outros indicadores pertinentes à atividade jurisdicional – Ex: Número de Decisões por cada Tribunal; por cada

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Comarca, Vara, Juiz; quantidade de Juiz por cidade, estado; quantidade de processos por Juiz, etc.

n) elaborar Relatório anual, o qual deve integrar mensagem do Presidente do STF a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa, discutido e aprovado em sessão plenária especialmente convocada para esse fim, versando sobre:

a) avaliação de desempenho de Juízos e Tribunais, com publicação de dados estatísticos sobre cada um dos ramos do sistema de justiça (Justiça Estadual, Federal, Eleitoral, do Trabalho e Militar) nas regiões (1ª, 2ª, 3ª Região...), nos Estados e no Distrito Federal, em todos os graus de jurisdição (1ª Instância, 2ª Instância), discriminando dados quantitativos sobre execução orçamentária, movimentação e classificação processual, recursos humanos e tecnológicos;

b) as atividades desenvolvidas pelo CNJ e os resultados obtidos, bem como as medidas e providências que julgar necessárias para o desenvolvimento do Poder Judiciário;

o) definir e fixar, em sessão plenária de planejamento especialmente convocada para este fim, com a participação dos órgãos do Poder Judiciário, podendo para tanto serem ouvidas as associações nacionais de classe das carreiras jurídicas e de servidores, o planejamento estratégico, os planos de metas (Ex: Meta 1, 2, 3...) e os programas de avaliação institucional do Poder Judiciário, visando ao aumento da eficiência, da racionalização e da produtividade

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do sistema, bem como ao maior acesso à Justiça;

O CNJ é uma instituição pública que visa aperfeiçoar o trabalho do sistema judiciário brasileiro, principalmente no que diz respeito ao controle e à transparência administrativa e processual. A Missão do CNJ é contribuir para que a prestação jurisdicional seja realizada com moralidade, eficiência e efetividade em benefício da Sociedade. Por isso, deve estabelecer o planejamento estratégico, os planos de metas e os programas de avaliação institucional do Poder Judiciário.

p) definir e fixar, em sessão plenária especialmente convocada para este fim, o planejamento estratégico do CNJ;

q) requisitar das autoridades fiscais, monetárias e de outras autoridades competentes informações, exames, perícias ou documentos, sigilosos ou não, imprescindíveis ao esclarecimento de processos ou procedimentos de sua competência submetidos à sua apreciação;

r) aprovar notas técnicas elaboradas na forma do Regimento (espécie de Parecer Técnico/Jurídico);

s) propor a criação, transformação ou extinção de cargos e a fixação de vencimentos dos servidores do seu quadro de pessoal (vocês, em breve...), cabendo a iniciativa legislativa ao STF;

Gente, o CNJ não propõe Lei diretamente ao congresso nacional não, ok? Na realidade, o CNJ propõe ao STF, detentor da iniciativa legislativa para propor Lei acerca da criação de cargo e fixação de vencimentos dos servidores do judiciário.

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CF-88

Art. 96. Compete privativamente:

II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo,

observado o disposto no art. 169:

b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados,

bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes,

inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; (Redação dada pela

Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

t) aprovar, em ato próprio e específico, a organização e a competência de seus órgãos internos, bem como as atribuições das suas chefias e servidores;

u) aprovar a sua proposta orçamentária, a ser apresentada pela Secretaria-Geral à sessão plenária específica em que será votada, com pelo menos 15 DIAS de antecedência da reunião. Se aprovada na sessão de votação, a proposta orçamentária será encaminhada ao STF.

CF-88

Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa

e financeira.

§ 2º - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais

interessados, compete:

I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal

Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos

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respectivos tribunais;

II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios,

aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos

respectivos tribunais.

v) aprovar a abertura de concurso público para provimento dos cargos efetivos e homologar o respectivo resultado final (o concurso de vocês!);

w) decidir, na condição de instância revisora, os recursos administrativos cabíveis. 2 pontos relevantes (cuidado com a pegadinha!):

• é pacífico que o CNJ não atua como instância revisora de banca examinadora de Concurso! A decisão de cada comissão é absoluta, salvo decisão judicial específica em contrário.

• o STF também não é instância revisora do CNJ!

x) disciplinar a instauração, autuação, processamento, julgamento e eventual reconstituição dos processos de sua competência;

y) fixar critérios para as promoções funcionais de seus servidores (de vocês!);

z) alterar o Regimento Interno;

aa) resolver as dúvidas que forem submetidas pela Presidência ou pelos Conselheiros sobre a interpretação e a execução do Regimento ou das Resoluções, podendo

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editar Enunciados interpretativos com força normativa;

bb) conceder licença ao Presidente e, por mais de 3 MESES, aos demais Conselheiros;

As licenças com menos de 3 Meses dos Conselheiros NÃO precisam passar pelo Plenário do CNJ.

cc) apreciar os pedidos de providências para garantir a preservação de sua competência ou a autoridade das suas decisões (Reclamação);

dd) produzir estudos e propor medidas com vistas à maior celeridade dos processos judiciais, bem como diagnósticos, avaliações e projetos de gestão dos diversos ramos do Poder Judiciário, visando a sua modernização, desburocratização e eficiência;

ee) estimular o desenvolvimento de programas de aperfeiçoamento da gestão administrativa e financeira dos órgãos do Poder Judiciário e de interligação dos respectivos sistemas, estabelecendo METAS;

ff) desenvolver cadastro de dados com informações geradas pelos órgãos prestadores de serviços judiciais, notariais e de registro;

gg) aprovar e encaminhar ao Poder Legislativo Parecer conclusivo nos projetos de leis de criação de cargos públicos, de estrutura e de natureza orçamentária dos órgãos do Poder Judiciário FEDERAL;

O Poder Legislativo ESTADUAL ou o Tribunal de Justiça

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ESTADUAL poderão consultar o CNJ sobre os projetos de lei de criação de cargos públicos, de estrutura e de natureza orçamentária dos órgãos do Poder Judiciário ESTADUAL;

hh) decidir sobre consulta que lhe seja formulada a respeito de dúvida suscitada na aplicação de dispositivos legais e regulamentares concernentes à matéria de sua competência;

ii) fixar procedimentos e prazos mínimos e máximos para manifestação do Conselheiro sorteado para apreciar processos que tratem sobre prestação de contas anuais, relatórios para o Congresso Nacional, Parecer de mérito em propostas orçamentárias, criação de cargos, criação de programas de responsabilidade do CNJ com as respectivas propostas orçamentárias, metas e seus responsáveis, criação de convênios que incluam contrapartida do CNJ, e demais hipóteses analisadas pelo Plenário;

jj) estabelecer sistema de informações obrigatórias aos Conselheiros sobre temas relevantes para o funcionamento do CNJ;

kk) celebrar termo de compromisso com as administrações dos Tribunais para estimular, assegurar e desenvolver o adequado controle da sua atuação financeira e promover a agilidade e a transparência no Poder Judiciário;

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

QUESTÃO 1 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O Conselho Nacional de Justiça foi instituído pela Emenda Constitucional nº 45/2004, mas, igualmente ao Conselho Nacional do Ministério Público, não faz parte do Poder Judiciário nacional.

COMENTÁRIOS:

O CNJ foi instituído pela Emenda Constitucional nº 45/2004, que alterou o Art. 92 da CF-88, definindo-o como + 1 dos órgãos do Poder Judiciário, igualmente ao STF, STJ, etc.

CF-88

Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:

I-A o Conselho Nacional de Justiça;

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 2 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O CNJ tem sede em Brasília/DF e possui jurisdição restrita ao Distrito Federal.

COMENTÁRIOS:

O CNJ também tem Sede na Capital Federal (Brasília/DF), mas com jurisdição em todo o território nacional.

A CF-88 não foi expressa acerca da jurisdição nacional do Conselho, mas, por óbvio e pelas competências do CNJ, não restam dúvidas de sua jurisdição nacional. O próprio nome é claro: Conselho NACIONAL de Justiça. Ademais, as suas competências são exercidas sobre qualquer

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Tribunal e Juiz do País!

CF-88

Art. 92.

§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 3 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O CNJ poderá decretar, desde que seja pelo voto da maioria absoluta dos membros do Conselho, a remoção de Juiz de uma localidade para outra, por interesse público, sendo assegurada, contudo, a ampla defesa do Magistrado.

COMENTÁRIOS:

O CNJ detém competência concorrente com os diversos Tribunais de Justiça Estaduais, Tribunais Regionais Federais, Tribunais Regionais do Trabalho e Tribunais Regionais Eleitorais para decisão acerca de remoção, disponibilidade e aposentadoria de Juiz, por interesse público.

Assim, tanto o CNJ quanto os próprios Tribunais podem decretar a remoção, disponibilidade ou aposentadoria de Magistrado. Em todo caso, depende de voto da maioria absoluta dos Membros do Tribunal ou do CNJ.

Por estes processos envolverem restrição de direitos, deve ser assegurada ampla defesa.

CF-88

Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal

Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os

seguintes princípios:

VIII o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do

magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por

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voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 4 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

Enquanto o CNMP é composto por quatorze membros, o CNJ é composto por quinze membros, com mandato de dois anos, reconduzíveis por igual período.

COMENTÁRIOS:

O CNJ foi instalado, de forma efetiva, apenas no dia 14 de Junho de 2005. O CNJ é composto por 15 Membros, com mandato de 2 ANOS, com possibilidade de 1 recondução (+ 2 ANOS): 2 ANOS + 2 ANOS.

Não confundir a composição do CNJ com a do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). O CNMP é composto por 14 MEMBROS.

• CNJ – 15 MEMBROS;

• CNMP – 14 MEMBROS.

CF-88

Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da

República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do

Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma

recondução, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de

2004)

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 5 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

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O CNJ é composto por quinze membros, dentre eles podem destacar-se um Ministro do TST, indicado pelo TST, um Juiz Estadual indicado pelo STJ e um Juiz Federal indicado pelo STF.

COMENTÁRIOS:

Composição dos CNJ (15 MEMBROS):

o o Presidente do STF;

o 1 Ministro do STJ, indicado pelo próprio STJ;

o 1 Ministro do TST, indicado pelo próprio TST;

o 1 Desembargador de TJ Estadual, indicado pelo STF;

o 1 Juiz Estadual, indicado pelo STF;

o 1 Juiz de TRF, indicado pelo STJ;

o 1 Juiz Federal, indicado pelo STJ;

o 1 Juiz de TRT, indicado pelo TST;

o 1 Juiz do Trabalho, indicado pelo TST;

o 1 Membro do MPU, indicado pelo Procurador-Geral da República;

o 1 Membro do MP Estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual;

o 2 Advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB;

o 2 Cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 6 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

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O Presidente do CNJ é o Presidente do STF e o substituto do Presidente do CNJ é Ministro do STJ que compõe o Conselho.

COMENTÁRIOS:

O Presidente do CNJ será o Presidente do STF e seu substituto será o VICE-Presidente do STF, apesar deste não compor inicialmente o CNJ. Portanto, o substituto do Presidente do CNJ, e suas ausências e impedimentos, não será o Ministro do STJ, como poderíamos esperar. Na realidade, é o VICE-Presidente do STF.

CF-88

Art. 103-A

§ 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo

Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-

Presidente do Supremo Tribunal Federal. (Redação dada pela

Emenda Constitucional nº 61, de 2009)

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 7 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O Ministro do STJ que compõe o CNJ terá a atribuição de Ministro-Corregedor do Conselho, com competências para receber reclamações de qualquer interessado relativas aos serviços judiciários, bem como requisitar servidores de juízos ou Tribunais Estaduais.

COMENTÁRIOS:

Como vimos, o Ministro do STJ não será o substituto do Presidente do CNJ. Contudo, terá a atribuição de Ministro-Corregedor e ficará excluído da distribuição de processos no STJ. A CF-88 detalhou as seguintes competências do Ministro-Corregedor do CNJ (a LOMAN pode detalhar outras competências):

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1. receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos magistrados e aos serviços judiciários;

2. exercer funções executivas do CNJ, de inspeção e de correição geral;

3. requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, DF e Territórios.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 8 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

É correto afirmar que o Presidente do CNJ não é nomeado pelo Presidente da República, mas o Ministro do STJ deve ser indicado pelo Tribunal e nomeado pelo Chefe do Poder Executivo Federal, após aprovação da maioria absoluta do Senado Federal. Se o STJ não indicar no prazo legal, deve ser realizado o ato pelo STF.

COMENTÁRIOS:

Observem que apenas o Presidente do STF é considerado Membro NATO do CNJ (não sendo indicado ou escolhido – sua nomeação é vinculada). Já os outros Membros do CNJ são todos indicados, mas devem observar aos seguintes procedimentos de aprovação e nomeação:

o Aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal (sabatina no Senado);

o Nomeados pelo Presidente da República.

Se os órgãos competentes para indicação dos nomes dos Membros do CNJ não indicarem no prazo legal, esta tarefa caberá ao STF.

RESPOSTA CERTA: C

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QUESTÃO 9 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

As duas alternativas abaixo estão erradas:

a) O Presidente do Conselho Federal da OAB é considerado Membro do CNJ. b) A União deve criar ouvidorias de justiça contra denúncias envolvendo

membros do Poder Judiciário, salvo contra os serviços auxiliares.

COMENTÁRIOS:

O PGR (Procurador-Geral da República) e o Presidente do Conselho Federal da OAB oficiarão também perante o CNJ. Estes NÃO integram o CNJ, apenas oficiam junto/perante o Conselho.

Cabe à União criar ouvidorias de justiça, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Poder Judiciário (Ex: Juízes, Tribunais, etc), ou contra seus serviços auxiliares (Ex: servidores, tabeliães, escrivães, etc), representando diretamente ao CNJ.

Como as 2 alternativas abaixo estão erradas, a resposta correta da questão é C de CERTO.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 10 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

As comissões, a Secretaria-Geral, a Corregedoria Nacional de Justiça e a Ouvidoria compõem o CNJ.

COMENTÁRIOS:

Como qualquer órgão colegiado, o CNJ é composto de diversos órgãos internos, com funções específicas. Nesse sentido, o CNJ é composto pelos seguintes órgãos:

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o Plenário;

o Presidência;

o Corregedoria Nacional de Justiça – Corregedoria dentro do Conselho;

o Conselheiros;

o Comissões;

o Secretaria-Geral;

o Departamento de Pesquisas Judiciárias -DPJ;

o Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas -DMF.

o Ouvidoria.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 11 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O CNJ constitui-se como o órgão máximo do poder judiciário, sendo formado por quinze membros, devendo o seu plenário reunir-se sempre com pelo menos 2/3 de sua composição máxima.

COMENTÁRIOS:

O CNJ é composto por 15 Membros. O PLENÁRIO do Conselho (formado por TODOS os Membros do órgão – todos os Conselheiros) é considerado o órgão máximo do CNJ.

As reuniões/sessões do PLENÁRIO são realizadas com pelo menos 10 MEMBROS.

RESPOSTA CERTA: E

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QUESTÃO 12 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

É correto afirmar que o Procurador-Geral da República não compõe o CNJ, mas tem direito ao uso da palavra.

COMENTÁRIOS:

São Membros do CNJ os 15 Conselheiros, nomeados conforme os ditames constitucionais. Contudo, devem oficiar perante o CNJ o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da OAB. Atenção, pois o PGR e o Presidente da OAB Nacional NÃO são Membros/Conselheiros do CNJ, apenas atuam perante o CNJ.

O PGR e o Presidente da OAB Nacional têm direito ao uso da palavra (sustentação oral).

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 13 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

Por ser órgão do Poder Judiciário, o CNJ exerce, entre outras atribuições, função jurisdicional.

COMENTÁRIOS:

Não caiam nessa!

Como já vimos, o CNJ É órgão do Poder Judiciário, ok? Apesar de não exercer função jurisdicional, o CNJ compõe o Judiciário, como órgão administrativo e de controle.

A competência genérica do CNJ é de órgão de controle interno do Poder Judiciário (igual a CGU para o Poder Executivo e o TCU para o Poder Legislativo).

RESPOSTA CERTA: E

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QUESTÃO 14 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O Plenário do CNJ detém as atribuições de controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário, bem como o cumprimento dos deveres funcionais dos Magistrados.

COMENTÁRIOS:

Cabe ao Plenário do CNJ as seguintes competências gerais:

• controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário;

• cumprimento dos deveres funcionais dos magistrados.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 15 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

As decisões do Plenário do CNJ são recorríveis ao STF.

COMENTÁRIOS:

Os atos e decisões do Plenário são IRRECORRÍVEIS (não são passíveis de qualquer recurso).

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 16 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O Plenário do CNJ deve zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento da Lei Orgânica da Magistratura Nacional. Com isso, a legislação autoriza ao CNJ a expedir atos normativos em qualquer caso, inclusive contrariamente à legislação federal, por deter poder regulamentar.

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COMENTÁRIOS:

Competências específicas do Plenário CNJ:

ll) zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura (atuação político-judiciária);

Para tanto, o CNJ poderá:

• expedir Atos Regulamentares ou Normativos, no âmbito de sua competência – exercício do Poder Normativo ou Regulamentar do CNJ, por meio de Enunciado Administrativo; Instrução Normativa; Portaria; Provimento; Recomendação ou Resolução.

• recomendar providências dos Tribunais brasileiros;

Atenção! Os Atos Normativos do CNJ NUNCA podem extrapolar os limites impostos pela LEI. O CNJ não é órgão legislativo, mas apenas órgão regulamentar!

CF-88

Art. 103-B

§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e

financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres

funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que

lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: (Incluído pela

Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo

cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de

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2004)

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 17 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O CNJ poderá apreciar a legalidade dos atos administrativos praticados no âmbito do Poder Judiciário, inclusive de ofício. De referida apreciação poderá ser anulado e revisto o ato ilegal.

COMENTÁRIOS:

Competências específicas do Plenário CNJ:

a) apreciar, de ofício (autonomamente) ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos (não jurisdicionais) praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário.

Assim, o CNJ poderá, por meio de reclamação, denúncia ou mesmo de ofício, examinar todos os atos administrativos praticados pelos Tribunais, em qualquer Estado brasileiro. Exemplo: poderá examinar processos de concursos públicos de Juízes e Servidores (há diversos casos com irregularidades); examinar licitações e contratos administrativos celebrados; nomeação para cargos comissionados, etc.

No exercício dessa competência, o CNJ poderá desconstituir os atos administrativos ilegais (anulá-los), revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do TCU e dos Tribunais de Contas dos Estados.

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RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 18 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O CNJ pode receber reclamação contra os órgãos prestadores de serviços notariais e de registro.

COMENTÁRIOS:

Competências específicas do Plenário CNJ:

a) receber as reclamações, e delas conhecer, contra membros ou órgãos do Poder Judiciário (Ex: contra Juízes, Desembargadores, Tribunais, Turmas, Conselhos, etc), inclusive contra seus serviços auxiliares (contra os servidores dos Tribunais), serventias (cartórios) e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro (são os tabelionatos de notas, registros, etc) que atuem por delegação do poder público ou oficializados.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 19 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

É correto afirmar que a competência do CNJ para instaurar processo disciplinar contra Juiz não afeta a competência simultânea do próprio Tribunal.

COMENTÁRIOS:

Competências específicas do Plenário CNJ:

a) exercer competência disciplinar e correicional concorrente dos Tribunais, decidindo pelo arquivamento ou instauração

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do Procedimento Disciplinar (PADs ou Sindicâncias);

Atenção!

Os Tribunais têm competência correcional e disciplinar contra os Desembargadores, Juízes e Servidores. Por força da Constituição e do Regimento, o CNJ também possui a mesma competência, aplicável a qualquer Tribunal no país. Assim, o CNJ poderá instaurar PAD contra um Juiz do TJ do Amazonas, mesmo que aquele Tribunal não o faça.

A competência correcional e disciplinar é CONCORRENTE (simultânea entre Tribunais e CNJ).

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 20 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

Apenas processos disciplinares com irregularidades são passíveis de avocação por parte do CNJ.

COMENTÁRIOS:

Competências específicas do Plenário CNJ:

a) Avocar processos disciplinares já em curso (PADs ou Sindicâncias já deflagrados!), desde que entenda conveniente e necessário.

A Avocação é a requisição de processo para de algum Tribunal para processamento e julgamento perante o CNJ. É um poder e tanto!

RESPOSTA CERTA: E

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QUESTÃO 21(RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O Plenário do CNJ poderá determinar diretamente a realização de correições, inspeções e sindicâncias em Varas e Tribunais.

COMENTÁRIOS:

Competências específicas do Plenário CNJ:

a) propor a realização pelo Corregedor Nacional de Justiça de correições, inspeções e sindicâncias em Varas, Tribunais, serventias judiciais e serviços notariais e de registro;

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 22 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O CNJ poderá julgar processos disciplinares contra Magistrados, sendo competente, inclusive, para determinar a remoção, disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos integrais. Em todo caso, deve ser assegurada a ampla defesa.

COMENTÁRIOS:

Competências específicas do Plenário CNJ:

a) julgar os processos disciplinares (PADs e Sindicâncias) regularmente instaurados contra Magistrados, podendo determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas previstas em lei complementar ou no Regimento, assegurada a ampla defesa;

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O CNJ pode julgar processo disciplinar e aplicar tipo qualquer penalidade aos Magistrados, inclusive as mais gravosas (remoção, disponibilidade, aposentadoria compulsória, etc).

Em qualquer processo disciplinar deve ser assegurada a ampla defesa do acusado.

CF-88

Art. 103-B

§ 4º Compete ao CNJ:

III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos

do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares,

serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro

que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem

prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais,

podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a

remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou

proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras

sanções administrativas, assegurada ampla defesa; (Incluído pela

Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 23 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O CNJ poderá rever, por provocação ou de ofício, processos disciplinares contra Juízes de 1º Grau, desde que seja realizado até um ano do julgamento exarado.

COMENTÁRIOS:

Competências específicas do Plenário CNJ:

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a) rever, de ofício (autonomamente), ou mediante provocação, os processos disciplinares contra Juízes de 1º GRAU ou Membros de Tribunais (Desembargadores de 2º GRAU) julgados há menos de 1 ANO – os processos julgados há + de 1 ANO não podem mais ser revistos pelo CNJ. Com isso, o Conselho tem que ser bem rápido na eventual análise de processo já julgados, pois só tem o prazo de 1 ANO para modificar o julgamento de PADs e Sindicâncias contra Juízes.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 24 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

É correto afirmar que o CNJ não tem competência para iniciativa legislativa em matéria de criação de cargo e fixação de vencimentos.

COMENTÁRIOS:

Competências específicas do Plenário CNJ:

a) propor a criação, transformação ou extinção de cargos e a fixação de vencimentos dos servidores do seu quadro de pessoal (vocês, em breve...), cabendo a iniciativa legislativa ao STF;

Gente, o CNJ não propõe Lei diretamente ao congresso nacional não, ok? Na realidade, o CNJ propõe ao STF, detentor da iniciativa legislativa para propor Lei acerca da criação de cargo e fixação de vencimentos dos servidores do judiciário.

CF-88

Art. 96. Compete privativamente:

II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e

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aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo,

observado o disposto no art. 169:

b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados,

bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes,

inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; (Redação dada pela

Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 25 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O CNJ é considerado instância revisora de recursos administrativos, mas não atua como grau recursal de banca examinadora de concurso. Contudo, o STF é órgão administrativo das decisões administrativas do CNJ.

COMENTÁRIOS:

Competências específicas do Plenário CNJ:

mm) decidir, na condição de instância revisora, os recursos administrativos cabíveis. 2 pontos relevantes (cuidado com a pegadinha!):

• é pacífico que o CNJ não atua como instância revisora de banca examinadora de Concurso! A decisão de cada comissão é absoluta, salvo decisão judicial específica em contrário.

• o STF também não é instância revisora do CNJ!

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 26 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O CNJ deve aprovar parecer conclusivo nos projetos de leis de criação de

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cargos públicos, de estrutura e de natureza orçamentária dos órgãos do poder judiciário nacional.

COMENTÁRIOS:

Competências específicas do Plenário CNJ:

a) aprovar e encaminhar ao Poder Legislativo Parecer conclusivo nos projetos de leis de criação de cargos públicos, de estrutura e de natureza orçamentária dos órgãos do Poder Judiciário FEDERAL;

O Poder Legislativo ESTADUAL ou o Tribunal de Justiça ESTADUAL poderão consultar o CNJ sobre os projetos de lei de criação de cargos públicos, de estrutura e de natureza orçamentária dos órgãos do Poder Judiciário ESTADUAL;

RESPOSTA CERTA: E

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EXERCÍCIOS COM GABARITO

QUESTÃO 1 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O Conselho Nacional de Justiça foi instituído pela Emenda Constitucional nº 45/2004, mas, igualmente ao Conselho Nacional do Ministério Público, não faz parte do Poder Judiciário nacional.

QUESTÃO 2 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O CNJ tem sede em Brasília/DF e possui jurisdição restrita ao Distrito Federal.

QUESTÃO 3 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O CNJ poderá decretar, desde que seja pelo voto da maioria absoluta dos membros do Conselho, a remoção de Juiz de uma localidade para outra, por interesse público, sendo assegurada, contudo, a ampla defesa do Magistrado.

QUESTÃO 4 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

Enquanto o CNMP é composto por quatorze membros, o CNJ é composto por quinze membros, com mandato de dois anos, reconduzíveis por igual período.

QUESTÃO 5 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O CNJ é composto por quinze membros, dentre eles podem destacar-se um Ministro do TST, indicado pelo TST, um Juiz Estadual indicado pelo STJ e um Juiz Federal indicado pelo STF.

QUESTÃO 6 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O Presidente do CNJ é o Presidente do STF e o substituto do Presidente do CNJ é Ministro do STJ que compõe o Conselho.

QUESTÃO 7 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O Ministro do STJ que compõe o CNJ terá a atribuição de Ministro-Corregedor do Conselho, com competências para receber reclamações de qualquer interessado relativas aos serviços judiciários, bem como requisitar

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servidores de juízos ou Tribunais Estaduais.

QUESTÃO 8 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

É correto afirmar que o Presidente do CNJ não é nomeado pelo Presidente da República, mas o Ministro do STJ deve ser indicado pelo Tribunal e nomeado pelo Chefe do Poder Executivo Federal, após aprovação da maioria absoluta do Senado Federal. Se o STJ não indicar no prazo legal, deve ser realizado o ato pelo STF.

QUESTÃO 9 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

As duas alternativas abaixo estão erradas:

a) O Presidente do Conselho Federal da OAB é considerado Membro do CNJ. b) A União deve criar ouvidorias de justiça contra denúncias envolvendo

membros do Poder Judiciário, salvo contra os serviços auxiliares.

QUESTÃO 10 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

As comissões, a Secretaria-Geral, a Corregedoria Nacional de Justiça e a Ouvidoria compõem o CNJ.

QUESTÃO 11 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O CNJ constitui-se como o órgão máximo do poder judiciário, sendo formado por quinze membros, devendo o seu plenário reunir-se sempre com pelo menos 2/3 de sua composição máxima.

QUESTÃO 12 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

É correto afirmar que o Procurador-Geral da República não compõe o CNJ, mas tem direito ao uso da palavra.

QUESTÃO 13 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

Por ser órgão do Poder Judiciário, o CNJ exerce, entre outras atribuições, função jurisdicional.

QUESTÃO 14 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O Plenário do CNJ detém as atribuições de controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário, bem como o cumprimento dos deveres funcionais dos Magistrados.

QUESTÃO 15 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

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As decisões do Plenário do CNJ são recorríveis ao STF.

QUESTÃO 16 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O Plenário do CNJ deve zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento da Lei Orgânica da Magistratura Nacional. Com isso, a legislação autoriza ao CNJ a expedir atos normativos em qualquer caso, inclusive contrariamente à legislação federal, por deter poder regulamentar.

QUESTÃO 17 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O CNJ poderá apreciar a legalidade dos atos administrativos praticados no âmbito do Poder Judiciário, inclusive de ofício. De referida apreciação poderá ser anulado e revisto o ato ilegal.

QUESTÃO 18 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O CNJ pode receber reclamação contra os órgãos prestadores de serviços notariais e de registro.

QUESTÃO 19 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

É correto afirmar que a competência do CNJ para instaurar processo disciplinar contra Juiz não afeta a competência simultânea do próprio Tribunal.

QUESTÃO 20 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

Apenas processos disciplinares com irregularidades são passíveis de avocação por parte do CNJ.

QUESTÃO 21(RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O Plenário do CNJ poderá determinar diretamente a realização de correições, inspeções e sindicâncias em Varas e Tribunais.

QUESTÃO 22 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O CNJ poderá julgar processos disciplinares contra Magistrados, sendo competente, inclusive, para determinar a remoção, disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos integrais. Em todo caso, deve ser assegurada a ampla defesa.

QUESTÃO 23 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O CNJ poderá rever, por provocação ou de ofício, processos disciplinares contra Juízes de 1º Grau, desde que seja realizado até um ano do julgamento

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exarado.

QUESTÃO 24 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

É correto afirmar que o CNJ não tem competência para iniciativa legislativa em matéria de criação de cargo e fixação de vencimentos.

QUESTÃO 25 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O CNJ é considerado instância revisora de recursos administrativos, mas não atua como grau recursal de banca examinadora de concurso. Contudo, o STF é órgão administrativo das decisões administrativas do CNJ.

QUESTÃO 26 (RICNJ – Ponto dos Concursos – Ricardo Gomes):

O CNJ deve aprovar parecer conclusivo nos projetos de leis de criação de cargos públicos, de estrutura e de natureza orçamentária dos órgãos do poder judiciário nacional.

GABARITOS OFICIAIS

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E E C C E E C C C C 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 E C E C E E C C C E 21 22 23 24 25 26 E E C C E E

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RESUMO DA AULA

O CNJ foi instituído pela Emenda Constitucional nº 45/2004, que alterou o Art. 92 da CF-88, definindo-o como + 1 dos órgãos do Poder Judiciário, igualmente ao STF, STJ, etc.

O CNJ também tem Sede na Capital Federal (Brasília/DF), mas com jurisdição em todo o território nacional.

O CNJ foi instalado, de forma efetiva, apenas no dia 14 de Junho de 2005. O CNJ é composto por 15 Membros, com mandato de 2 ANOS, com possibilidade de 1 recondução (+ 2 ANOS): 2 ANOS + 2 ANOS.

Não confundir a composição do CNJ com a do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). O CNMP é composto por 14 MEMBROS.

• CNJ – 15 MEMBROS;

• CNMP – 14 MEMBROS.

Composição dos CNJ (15 MEMBROS):

o o Presidente do STF;

o 1 Ministro do STJ, indicado pelo próprio STJ;

o 1 Ministro do TST, indicado pelo próprio TST;

o 1 Desembargador de TJ Estadual, indicado pelo STF;

o 1 Juiz Estadual, indicado pelo STF;

o 1 Juiz de TRF, indicado pelo STJ;

o 1 Juiz Federal, indicado pelo STJ;

o 1 Juiz de TRT, indicado pelo TST;

o 1 Juiz do Trabalho, indicado pelo TST;

o 1 Membro do MPU, indicado pelo Procurador-Geral da

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República;

o 1 Membro do MP Estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual;

o 2 Advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB;

o 2 Cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.

Quem será o Presidente do CNJ? Será o Presidente do STF! Esta é até fácil, mas quem será o substituto do Presidente do CNJ? Será o VICE-Presidente do STF, apesar deste não compor inicialmente o CNJ, ok? Portanto, o substituto do Presidente do CNJ, e suas ausências e impedimentos, não será o Ministro do STJ, como poderíamos esperar. Na realidade, é o VICE-Presidente do STF.

Como vimos, o Ministro do STJ não será o substituto do Presidente do CNJ. Contudo, terá a atribuição de Ministro-Corregedor e ficará excluído da distribuição de processos no STJ.

A CF-88 detalhou as seguintes competências do Ministro-Corregedor do CNJ (a LOMAN pode detalhar outras competências):

1. receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos magistrados e aos serviços judiciários;

2. exercer funções executivas do CNJ, de inspeção e de correição geral;

3. requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, DF e Territórios.

Observem que apenas o Presidente do STF é considerado Membro NATO do CNJ (não sendo indicado ou escolhido – sua nomeação é vinculada).

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Já os outros Membros do CNJ são todos indicados, mas devem observar aos seguintes procedimentos de aprovação e nomeação:

o Aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal (sabatina no Senado);

o Nomeados pelo Presidente da República.

O PGR (Procurador-Geral da República) e o Presidente do Conselho Federal da OAB oficiarão também perante o CNJ.

Como qualquer órgão colegiado, o CNJ é composto de diversos órgãos internos, com funções específicas. Nesse sentido, o CNJ é composto pelos seguintes órgãos:

o Plenário;

o Presidência;

o Corregedoria Nacional de Justiça – Corregedoria dentro do Conselho;

o Conselheiros;

o Comissões;

o Secretaria-Geral;

o Departamento de Pesquisas Judiciárias -DPJ;

o Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas -DMF.

o Ouvidoria.

O CNJ é composto por 15 Membros. O PLENÁRIO do Conselho (formado por TODOS os Membros do órgão – todos os Conselheiros) é considerado o órgão máximo do CNJ.

As reuniões/sessões do PLENÁRIO são realizadas com pelo menos 10 MEMBROS.

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São Membros do CNJ os 15 Conselheiros, nomeados conforme os ditames constitucionais. Contudo, devem oficiar perante o CNJ o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da OAB. Atenção, pois o PGR e o Presidente da OAB Nacional NÃO são Membros/Conselheiros do CNJ, apenas atuam perante o CNJ.

O PGR e o Presidente da OAB Nacional têm direito ao uso da palavra (sustentação oral).

Como já vimos, o CNJ É órgão do Poder Judiciário, ok? Apesar de não exercer função jurisdicional, o CNJ compõe o Judiciário, como órgão administrativo e de controle.

A competência genérica do CNJ é de órgão de controle interno do Poder Judiciário (igual a CGU para o Poder Executivo e o TCU para o Poder Legislativo).

Com isso, cabe ao Plenário do CNJ as seguintes competências gerais:

• controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário;

• cumprimento dos deveres funcionais dos magistrados.

O CNJ poderá:

• expedir Atos Regulamentares ou Normativos, no âmbito de sua competência – exercício do Poder Normativo ou Regulamentar do CNJ, por meio de Enunciado Administrativo; Instrução Normativa; Portaria; Provimento; Recomendação ou Resolução.

• recomendar providências dos Tribunais brasileiros;

Atenção! Os Atos Normativos do CNJ NUNCA podem extrapolar os limites impostos pela LEI. O CNJ não é órgão legislativo, mas apenas órgão regulamentar!

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Competências específicas do Plenário CNJ:

a) apreciar, de ofício (autonomamente) ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos (não jurisdicionais) praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário.

b) receber as reclamações, e delas conhecer, contra membros ou órgãos do Poder Judiciário (Ex: contra Juízes, Desembargadores, Tribunais, Turmas, Conselhos, etc), inclusive contra seus serviços auxiliares (contra os servidores dos Tribunais), serventias (cartórios) e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro (são os tabelionatos de notas, registros, etc) que atuem por delegação do poder público ou oficializados.

c) exercer competência disciplinar e correicional concorrente dos Tribunais, decidindo pelo arquivamento ou instauração do Procedimento Disciplinar (PADs ou Sindicâncias);

d) Avocar processos disciplinares já em curso (PADs ou Sindicâncias já deflagrados!), desde que entenda conveniente e necessário.

e) julgar os processos disciplinares (PADs e Sindicâncias) regularmente instaurados contra Magistrados, podendo determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas previstas em lei complementar ou no Regimento, assegurada a ampla defesa;

f) rever, de ofício (autonomamente), ou mediante provocação, os processos disciplinares contra Juízes de 1º GRAU ou Membros de Tribunais (Desembargadores de 2º GRAU) julgados há menos de 1 ANO – os processos julgados há + de 1 ANO não podem mais ser revistos pelo CNJ. Com isso, o Conselho tem que ser bem rápido na eventual análise de processo já julgados, pois só tem o prazo de 1 ANO para modificar o julgamento de PADs e Sindicâncias contra

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Juízes.

g) propor a criação, transformação ou extinção de cargos e a fixação de vencimentos dos servidores do seu quadro de pessoal (vocês, em breve...), cabendo a iniciativa legislativa ao STF;

h) aprovar e encaminhar ao Poder Legislativo Parecer conclusivo nos projetos de leis de criação de cargos públicos, de estrutura e de natureza orçamentária dos órgãos do Poder Judiciário FEDERAL;

O Poder Legislativo ESTADUAL ou o Tribunal de Justiça ESTADUAL poderão consultar o CNJ sobre os projetos de lei de criação de cargos públicos, de estrutura e de natureza orçamentária dos órgãos do Poder Judiciário ESTADUAL;

Espero a todos na próxima aula!

Fraterno Abraço e até a próxima!

Ricardo Gomes

Por sua aprovação!

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TEXTO DO REGIMENTO INTERNO

REGIMENTO INTERNO DO CNJ

TÍTULO I

DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º O Conselho Nacional de Justiça - CNJ, instalado no dia 14 de junho de 2005, órgão do Poder Judiciário com atuação em todo o território nacional, com sede em Brasília-DF, compõe-se de quinze membros, nos termos do art. 103-B da Constituição Federal.

Art. 2º Integram o CNJ:

I - o Plenário;

II - a Presidência;

III - a Corregedoria Nacional de Justiça;

IV - os Conselheiros;

V - as Comissões;

VI - a Secretaria-Geral;

VII - o Departamento de Pesquisas Judiciárias -DPJ;

VIII¹ - o Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas -DMF.

IX - a Ouvidoria.

CAPÍTULO II

DO PLENÁRIO

Seção I

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DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 3º O Plenário do CNJ, seu órgão máximo, é constituído por todos os Conselheiros empossados e se reúne validamente com a presença de no mínimo dez (10) de seus integrantes.

Parágrafo único. O Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB oficiarão perante o Plenário, podendo usar da palavra.

Seção II

DA COMPETÊNCIA DO PLENÁRIO

Art. 4º Ao Plenário do CNJ compete o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos magistrados, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, o seguinte:

I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;

II - zelar pela observância do art. 37 da Constituição Federal e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União e dos Tribunais de Contas dos Estados;

III - receber as reclamações, e delas conhecer, contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional concorrente dos Tribunais, decidindo pelo arquivamento ou instauração do procedimento disciplinar;

IV - avocar, se entender conveniente e necessário, processos disciplinares em curso;

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V - propor a realização pelo Corregedor Nacional de Justiça de correições, inspeções e sindicâncias em varas, Tribunais, serventias judiciais e serviços notariais e de registro;

VI - julgar os processos disciplinares regularmente instaurados contra magistrados, podendo determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas previstas em lei complementar ou neste Regimento, assegurada a ampla defesa;

VII - encaminhar peças ao Ministério Público, a qualquer momento ou fase do processo administrativo, quando verificada a ocorrência de qualquer crime, ou representar perante ele nos casos de crime contra a administração pública, de crime de abuso de autoridade ou nos casos de improbidade administrativa;

VIII - rever, de ofício, ou mediante provocação, os processos disciplinares contra juízes de primeiro grau e membros de Tribunais julgados há menos de um ano;

IX - representar ao Ministério Público para propositura de ação civil para a decretação da perda do cargo ou da cassação da aposentadoria;

X - instaurar e julgar processo para verificação de invalidez de Conselheiro;

XI - elaborar relatórios estatísticos sobre processos e outros indicadores pertinentes à atividade jurisdicional;

XII - elaborar relatório anual, o qual deve integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa, discutido e aprovado em sessão plenária especialmente convocada para esse fim, versando sobre:

a) avaliação de desempenho de Juízos e Tribunais, com publicação de dados estatísticos sobre cada um dos ramos do sistema de justiça nas regiões, nos Estados e no Distrito Federal, em todos os graus de jurisdição, discriminando dados quantitativos sobre execução orçamentária, movimentação e classificação processual, recursos humanos e tecnológicos;

b) as atividades desenvolvidas pelo CNJ e os resultados obtidos, bem como as medidas e providências que julgar necessárias para o

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desenvolvimento do Poder Judiciário;

XIII - definir e fixar, em sessão plenária de planejamento especialmente convocada para este fim, com a participação dos órgãos do Poder Judiciário, podendo para tanto serem ouvidas as associações nacionais de classe das carreiras jurídicas e de servidores, o planejamento estratégico, os planos de metas e os programas de avaliação institucional do Poder Judiciário, visando ao aumento da eficiência, da racionalização e da produtividade do sistema, bem como ao maior acesso à Justiça;

XIV - definir e fixar, em sessão plenária especialmente convocada para este fim, o planejamento estratégico do CNJ;

XV - requisitar das autoridades fiscais, monetárias e de outras autoridades competentes informações, exames, perícias ou documentos, sigilosos ou não, imprescindíveis ao esclarecimento de processos ou procedimentos de sua competência submetidos à sua apreciação;

XVI - aprovar notas técnicas elaboradas na forma deste Regimento;

XVII - propor a criação, transformação ou extinção de cargos e a fixação de vencimentos dos servidores do seu quadro de pessoal, cabendo a iniciativa legislativa ao Supremo Tribunal Federal, na forma do disposto no art. 96, II, da Constituição Federal;

XVIII - aprovar, em ato próprio e específico, a organização e a competência de seus órgãos internos, bem como as atribuições das suas chefias e servidores;

XIX - aprovar a sua proposta orçamentária, a ser apresentada pela Secretaria-Geral, com no mínimo quinze (15) dias de antecedência da sessão plenária específica em que será votada, encaminhando-a ao Supremo Tribunal Federal para os fins do disposto no art. 99, § 2º, II, da Constituição Federal;

XX - aprovar a abertura de concurso público para provimento dos cargos efetivos e homologar o respectivo resultado final;

XXI - decidir, na condição de instância revisora, os recursos administrativos cabíveis;

XXII - disciplinar a instauração, autuação, processamento,

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julgamento e eventual reconstituição dos processos de sua competência;

XXIII - fixar critérios para as promoções funcionais de seus servidores;

XXIV - alterar o Regimento Interno;

XXV - resolver as dúvidas que forem submetidas pela Presidência ou pelos Conselheiros sobre a interpretação e a execução do Regimento ou das Resoluções, podendo editar Enunciados interpretativos com força normativa;

XXVI - conceder licença ao Presidente e, por mais de três (3) meses, aos demais Conselheiros;

XXVII - apreciar os pedidos de providências para garantir a preservação de sua competência ou a autoridade das suas decisões;

XXVIII - produzir estudos e propor medidas com vistas à maior celeridade dos processos judiciais, bem como diagnósticos, avaliações e projetos de gestão dos diversos ramos do Poder Judiciário, visando a sua modernização, desburocratização e eficiência;

XXIX - estimular o desenvolvimento de programas de aperfeiçoamento da gestão administrativa e financeira dos órgãos do Poder Judiciário e de interligação dos respectivos sistemas, estabelecendo metas;

XXX - desenvolver cadastro de dados com informações geradas pelos órgãos prestadores de serviços judiciais, notariais e de registro;

XXXI - aprovar e encaminhar ao Poder Legislativo parecer conclusivo nos projetos de leis de criação de cargos públicos, de estrutura e de natureza orçamentária dos órgãos do Poder Judiciário federal;

XXXII - decidir sobre consulta que lhe seja formulada a respeito de dúvida suscitada na aplicação de dispositivos legais e regulamentares concernentes à matéria de sua competência, na forma estabelecida neste Regimento;

XXXIII - fixar procedimentos e prazos mínimos e máximos para manifestação do Conselheiro sorteado para apreciar processos que tratem sobre prestação de contas anuais, relatórios para o Congresso Nacional, parecer de mérito em propostas orçamentárias, criação de cargos, criação de programas de responsabilidade do CNJ com as respectivas propostas

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orçamentárias, metas e seus responsáveis, criação de convênios que incluam contrapartida do CNJ, e demais hipóteses analisadas pelo Plenário;

XXXIV - estabelecer sistema de informações obrigatórias aos Conselheiros sobre temas relevantes para o funcionamento do CNJ;

XXXV - celebrar termo de compromisso com as administrações dos Tribunais para estimular, assegurar e desenvolver o adequado controle da sua atuação financeira e promover a agilidade e a transparência no Poder Judiciário;

XXXVI - executar as demais atribuições conferidas por lei.

§ 1º Dos atos e decisões do Plenário não cabe recurso.

§ 2º O Poder Legislativo estadual ou o Tribunal de Justiça poderão consultar o CNJ sobre os projetos de lei referidos no inciso XXXI deste artigo.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009)

I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009)

II um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

III um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

IV um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

V um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal

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Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VI um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VII um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VIII um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

IX um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

X um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

XI um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

XII dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

XIII dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009)

§ 2º Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009)

§ 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, caberá a escolha ao Supremo Tribunal Federal. (Incluído pela Emenda

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Constitucional nº 45, de 2004)

§ 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a função de Ministro-Corregedor e ficará excluído da distribuição de processos no Tribunal, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos magistrados e aos serviços judiciários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

III requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 6º Junto ao Conselho oficiarão o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 7º A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios, criará ouvidorias de justiça, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional de Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)