aula 3 - ferimentos [modo de compatibilidade] 18... · orifício de entrada de diâmetro menor que...

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21/03/2017 1 Prof. Raquel Peverari de Campos Ferimentos Ferimentos Prof. Raquel Peverari de Campos Ferimento é uma agressão à integridade tecidual.

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21/03/2017

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Prof. Raquel Peverari de Campos

FerimentosFerimentos

Prof. Raquel Peverari de Campos

Ferimento é uma agressão à integridade tecidual.

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Prof. Raquel Peverari de Campos

O ferimento é sempre produzido por um agente lesivo que alberga micróbios próprios e, desta forma, contamina a ferida, como também leva os micróbios que vivem na pele para o interior da ferida.

Esta contaminação, se não for adequadamente tratada, pode levar a uma infecção localizada da ferida.

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Tipo de LesãoTipo de Lesão

Puntiforme

Instrumentos pontiagudos, longos e com diâmetro transverso pequeno.

Ex.: estilete, furador de gelo e compasso.

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Tipo de LesãoTipo de Lesão

Puntiforme

�orifício de entrada de diâmetro menor que o objeto, graças à elasticidade dos tecidos cutâneos.�pouco sangramento�pode causar graves lesões na profundidade do corpo, apesar de pouco comprometimento da pele.

Prof. Raquel Peverari de Campos

Tipo de LesãoTipo de Lesão

Cortante

Instrumentos com gume afiado.

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Prof. Raquel Peverari de Campos

Tipo de LesãoTipo de Lesão

Cortante

�agem por deslizamento do gume afiado sobre os tecidos�possuem bordas regulares�hemorragia abundante quase

sempre�maior comprimento que

profundidade�centro da ferida mais

profundo que a extremidade

Prof. Raquel Peverari de Campos

Tipo de LesãoTipo de Lesão

Contundente

Objetos de superfície ampla, de natureza bem variada.

Ex.: barras de ferro, pedras, tocos de madeira, etc.

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Prof. Raquel Peverari de Campos

Tipo de LesãoTipo de Lesão

Contundente

�sua ação se faz por pressão, explosão, compressão ou deslizamento�assumem variados aspectos dependentes do tipo de objeto contundente (escoriação, equimose, hematoma, fraturas, etc.)

Prof. Raquel Peverari de Campos

Tipo de LesãoTipo de Lesão

Perfuro-cortante

Instrumentos de ponta e gume afiados.

Ex.: faca-peixeira, e canivete (um gume), punhal (2 gumes) e lima (3 gumes).

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Tipo de LesãoTipo de Lesão

Perfuro-cortante

�atuam por mecanismo misto, penetrando com a ponta e perfurando com a borda cortante�são geralmente graves�instrumentos de 1 gume produzem lesões em forma de botoeira, com um lado regular em ângulo agudo e outro arredondado. �Os que possuem 2 gumes, produzem umaferida com as bordas iguais e ângulos agudos. �Os de 3 gumes dão origem a lesões de forma triangular ou estrelada.

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Tipo de LesãoTipo de Lesão

Perfuro-contundente

Arma de fogo.

Ex.: pistolas, rifles, metralhadoras.

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Tipo de LesãoTipo de Lesão

Perfuro-contundente

�orifício de entrada geralmente arredondado ou ovalado, dependendo da incidência da penetração do projétil. �Bordas invertidas e, às vezes, sinais cutâneos devidos à explosão da pólvora, que dependerão da distância do tiro�quando há orifício de saída, estepossui forma irregular, bordas invertidas e é geralmente maior que o orifício de entrada.

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Tipo de LesãoTipo de Lesão

Corto-contundente

Instrumentos de gume afiado. Possuem ação contundente, quer pelo seu próprio peso, quer pela força ativa de quem o maneja.

Ex.: facão, foice, machado, enxada, dente, etc.

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Tipo de LesãoTipo de Lesão

Corto-contundente

�forma bastante variável, dependendo do peso, gume e força atuante�são lesões graves, profundas, determinando várias formas de ferimentos, inclusive fraturas.

Prof. Raquel Peverari de Campos

Conduta nos ferimentos superficiais:

Os ferimentos podem ser superficiais ou profundos.

Nos ferimentos superficiais devemos tomar as seguintes medidas:

�Limpar o ferimento com água, se o transporte a um hospital for demorado;�Proteger o ferimento com gaze ou pano limpo, fixando sem apertar demasiadamente;�Fazer compressão local, o suficiente para fazer cessar a hemorragia;�Não tocar no ferimento;�Conduzir a vítima a um hospital, para receber tratamento definitivo.

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Conduta nos ferimentos profundos:

�Não lavar a ferida, pois aumenta o risco de hemorragia;�Colocar gaze ou pano limpo sobre o ferimento, fazendo compressão o suficiente para cessar a hemorragia;�Se o ferimento for nos membros, elevar o membro ferido;�Não remover objetos empalados;�Transportar a vítima para um hospital.

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Ferimentos profundos no tórax:

�Controlar hemorragia;�Pedir para a vítima expulsar todo o ar dos pulmões (expiração forçada);�Colocar uma proteção (gaze, plástico, etc) sobre o ferimento no final da expiração, para evitar penetração de ar no tórax;�Fixar o material usado com esparadrapo ou fita de crepe, em três lados;�Não usar cinta ou atadura que envolva todo o tórax, pois pode dificultar a respiração;�Conduzir a vítima a um hospital.

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Ferimentos profundos abdominais

Na cavidade abdominal, encontramos as alças intestinais, fígado, baço, pâncreas e outras vísceras que, dependendo da extensão do ferimento, podem sair do abdome. Quando isto ocorre, devemos tomar as seguintes medidas:

�Cobrir as vísceras com compressas de gaze ou pano limpo;�Não tentar recolocar as vísceras para dentro do abdome;�Manter o curativo preso com atadura, não muito apertado, embebido em Soro Fisiológico;�Conduzir a vítima a um hospital;

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Ferimentos da cabeça:

Os ferimentos da cabeça podem estar acompanhados de ferimentos internos do crânio. Devemos tomar as seguintes condutas:

�Verificar a permeabilidade das vias aéreas, mantendo a coluna cervical alinhada;�Colocar gaze sobre o ferimento e não apertar;�Não retirar objetos encravados ou transfixantes;�Conduzir a vítima a um hospital.

�É importante registrar se a vítima perdeu os sentidos no momento do acidente, ou não�Também é necessário assinalar as circunstâncias em que se deu o acidente e a natureza do agente causador do traumatismo.

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AmputaçãoAmputação

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Amputação em geral é produzida por corte ou

tração violenta que arranca ou separa uma

parte do corpo, como: dedo, mão, pé, braço,

ou perna

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�utilize EPI

�remova vestuário para acesso ao ferimento

�controle o sangramento;

�atenda a vítima para o estado de choque;

�recupere a parte amputada, se possível leve com a vítima para o hospital;

Prof. Raquel Peverari de Campos

�não lave a parte amputada;

�coloque em saco plástico a parte amputada envolvida em gaze seca sobre uma camada de gelo e não dentro do gelo

�esfrie a parte amputada, sem gelar.

•se exceder 6 horas - mínimas chances de reimplante

•tempo máximo 18h - reimplante em membro amputado bem acondicionada e resfriado

•após 4-6 horas - tecido muscular sem sangue - perde a viabilidade

�chame SME

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NUNCA:

�envolva a parte amputada em gaze úmida �hidratação das células - amolece o tecido reduzindo a

possibilidade de reimplante

�envolva a parte amputada com gelo

�coloque sobre o gelo

se as bordas se as bordas

congelarem congelarem --

reimplante não reimplante não

terá sucessoterá sucesso

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Objeto Objeto EmpaladoEmpalado

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�remover ou cortar as roupas ao redor do ferimento;

�exponha a área onde o objeto está empalado

� não remova nem movimente o objeto empalado;

� qualquer movimento produzirá sangramento e agravará o ferimento;

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�controle qualquer tipo de sangramento com pressão ao redor do objeto;

�imobilize o objeto envolvendo com bandagem ou pano;

�se possível corte o objeto para dar maior estabilidade e prevenindo contra movimentos

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Corpo estranho Corpo estranho no olhono olho

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� não esfregar

� não coloque mãos sujas

� se consegue ver corpo estranho - lenço de papel para retirá-lo.

� lavar olho -água corrente (ou soro)

� para lavar o olho, mantenha-o aberto com a ajuda do dedo polegar e do indicador.

� se a sensação não passar, procure o seu

oftalmologista.

� não coloque pomadas, açúcar ou qualquer

outro produto, apenas mantenha o olho fechado,

até receber o auxílio.

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ÁCIDOS OU OUTRAS SUBSTÂNCIAS:

� devem ter um socorro imediato.

� faça a lavagem do olho afetado

com soro fisiológico, água filtrada ou água da torneira.

� não aplique nenhum produto no olho - apenas água.

� procure imediatamente o seu oftalmologista.

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Como proteger um olho ferido com corpo estranho

1. bandagem 1. bandagem triangular triangular --colocácolocá--lo lo envolvendo envolvendo objeto penetrado objeto penetrado no olho no olho

2. gaze sobre 2. gaze sobre o objeto sem o objeto sem pressão, pressão, depois depois envolver a envolver a gasegase -- anel anel de bandagemde bandagem

3. olhos têm 3. olhos têm movimentos movimentos combinados combinados -- cobrir cobrir olho sadio com gaze olho sadio com gaze --evitar que a evitar que a movimentação grave a movimentação grave a lesãolesão

4. fixar 4. fixar tudo com tudo com bandagembandagem

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Choque

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Existem, quanto à natureza, vários tipos de choque.

No atendimento da vítima, no local do acidente, os primeiros procedimentos são idênticos.

Lembrar que nos acidentes a causa mais comum de choque é a perda de sangue, que pode ser interna ou externa.

O tratamento definitivo só pode ser realizado por médicos e no hospital.

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O sangue leva até às células os nutrientes e o oxigênio para manutenção da sua vida, através de pequenos vasos sanguíneos.

Quando, por qualquer motivo, isto deixa de acontecer, as células começam a entrar em sofrimento e, se esta condição não for revertida à normalidade com urgência, as células acabam morrendo.

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Tipos de Choque:

�Choque Hipovolêmico: causado pela diminuição

do volume circulante, pela perda do plasma,

sangue, etc.

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Tipos de Choque:

�Choque Neurogênico:

distúrbio no SNC

provocado por

anestésico, narcóticos,

transtornos emocionais.

(dor intensa, ansiedade,

medo).

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Tipos de Choque:

�Choque Cardiogênico: é aquele que se instala

devido a uma deficiência cardíaca, ou seja, o

coração não consegue bombear quantidade de

sangue suficiente para o organismo. (causa pode

ser IAM e ICC).

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Prof. Raquel Peverari de Campos

Tipos de Choque:

�Choque Séptico:

resultante de

processos

infecciosos;

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Tipos de Choque:

�Choque Anafilático: resulta da reação antígeno-

anticorpo, devido à hipersensibilidade do organismo a

determinadas substâncias como penicilina, etc.

Os sintomas de um

choque anafilático são:

sensação de calor, prurido,

urticária, formigamento,

dispnéia (edema de glote),

cefaléia, sensação de

opressão no peito.

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Tipos de Choque:

�Choque Pirogênico: reação febril devido à

presença de pirogênio e contaminação de soluções

e material utilizado na administração IM ou EV.

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Como identificar:

�estado mental alterado: ansiedade e combatividade�palidez, frio, pele fria e pegajosa, lábios e bases das unhas descoloradas�náuseas e vômitos�pulso rápido e fino, respiração curta e rápida�inconsciência em estado grave do choque.

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Em caso sangramento mesmo que a vítima não apresente sinais e sintomas do estado de choque, aplique os procedimentos para

prevenir o choque:

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Como agir:

�atenda imediatamente lesões que ameacem a vida e outros

traumas graves

�deite a vítima de costas

�eleve as pernas da vítima cerca de 30 cm, para facilitar o retorno

venoso

�envolva a vítima em cobertas para prevenir contra perda de calor

corporal.