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9/30/09 1 Biomas do Brasil Prof. Daniel O. Mesquita 1 Podemos considerar a presença de seis biomas brasileiros Floresta Amazônica Caatinga Cerrado Pantanal Floresta Atlântica Campos 2 3 Floresta Amazônica Possui grande importância para a estabilidade ambiental do planeta São fixadas mais de uma centena de trilhões de toneladas e carbono Sua massa vegetal libera algo em torno de sete trilhões de toneladas de água Rios descarregam cerca de 20% da de toda a água que é despejada nos oceanos 4 Vegetação 21.000 espécies vegetais Gradiente leste-oeste Existem cerca de 21 fitofisionomias diferentes 5 6

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9/30/09

1

Biomas do Brasil

Prof. Daniel O. Mesquita

1

  Podemos considerar a presença de seis biomas brasileiros   Floresta Amazônica   Caatinga   Cerrado   Pantanal   Floresta Atlântica   Campos

2 3

Floresta Amazônica

  Possui grande importância para a estabilidade ambiental do planeta

  São fixadas mais de uma centena de trilhões de toneladas e carbono

  Sua massa vegetal libera algo em torno de sete trilhões de toneladas de água

  Rios descarregam cerca de 20% da de toda a água que é despejada nos oceanos

4

Vegetação

  21.000 espécies vegetais   Gradiente leste-oeste   Existem cerca de 21 fitofisionomias

diferentes

5 6

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7 8 9

10 11

Invertebrados

  Constituem mais de 95% das espécies animais existentes

  Mais de 70% das espécies não foram descritas

  Borboletas   7500 no mundo   3300 no Brasil   1800 na Amazônia

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  Formigas representam 1/3 da biomassa animal das copas das árvores   3000 espécies

  Abelhas   30000 no mundo   7000 na América do Sul   4000 no Brasil   2500 - 3000 na Amazônia

13

  Outros grupos de invertebrados também apresentam números expressivos de espécies   Vespas sociais - 220   Aranhas - 500 (2500)   Minhocas - 100   Colêmbolas - 80   Pseudo-escorpiões - 120

14

Peixes

  O número de peixes da América do Sul é desconhecido (3000), porém sua maior diversidade encontra-se na Amazônia

  Cerca de 1300 espécies   40% não foi descrita   Elevaria o número para 1800

15

  O atraso de conhecimento é evidente, inclusive entre espécies muito pescadas

  Merodontotus tigrinus   55 cm   Descrito recentemente

16 17

  Não existem informações seguras sobre ameaças

  IUCN - Data Deficient   Arapaima gigas - Pirarucu   Phreatobius cisternatum

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Anfíbios

  Cerca de 163 espécies descritas   4% das 4000 existem no mundo   27% das 600 estimadas para o Brasil

  Número mínimo   Espécies indeterminadas é muito alto   As vezes cerca de 40% das espécies coletadas

20

  O número de espécies por localidade freqüentemente chega a 38

  Cerca de 7,4% das espécies são endêmicas   Novas descrições podem evidenciar padrões

de endemismos ainda desconhecidos

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Colostethus stepheni Endêmico

23

Dendrobates castaneoticus Endêmico

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Hyla crepitans Endêmico

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5

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Lysapsus laevis Endêmico

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Pipa arrabali Endêmico

Répteis

  6000 espécies no mundo   800 no Brasil   62% de endemismo

  16 espécies de tartaruga   5 endêmicas   1 ameaçada

27

  4 espécies de jacarés   2 endêmicas   1 ameaçada

  89 espécies de lagartos   Endemismo pode chegar a 60 - 70%

  Mais de 300 espécies de serpentes

28 29

Podocnemis erythrocephala

Podocnemis expansa

Ameaçados

Podocnemis unifilis 30

Caiman crocodilus

Ameaçados

Caiman niger

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Gonatodes concinnatus

Distribuição restrita

Gonatodes hasemani

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Enyalioides laticeps

Gymnophthalmus underwoodi

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Kentropyx pelviceps

Neusticurus ocellatus

Aves

  9700 espécies no mundo   1677 no Brasil   1000 na Amazônia   283 possuem distribuição restrita ou rara   15 espécies ameaçadas   11 potencialmente ameaçadas

34 35

Guará Eudocinus ruber Harpia harpyia

Ameaçados 36

Furnarius figulus

Penelope pileata

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Mamíferos

  4650 espécies no mundo   502 no Brasil   311 na Amazônia

  22 de marsupiais   11 edentados   124 morcegos   57 primatas

37

  16 carnívoros   2 cetáceos   1 sirênio   72 roedores   1 lagomorfo

  44 espécies ameaçadas   6 raras

38 39

Gracilinanus emiliae

Endêmicos

Marmosa murina

40

Callithrix argentata

Saguinus mystax

Endêmicos

41

Saimiri ustus

Vampyressa brocki

Caatinga

  Ocupa uma área de 734,478 km2

  Único Bioma exclusivamente brasileiro   É um dos biomas brasileiros mais alterados   68% está antropizada em algum grau

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Vegetação

  Extremamente diversificada   Pelo menos 12 fotofisionomias   932 espécies   380 endêmicas

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46 47 48

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Invertebrados

  Quase completamente desconhecidos   Apenas alguns grupos (abelhas, formigas e

cupins) são relativamente conhecidos

50

Biota aquática

  O esperado seria a biota aquática é pouco diversa, com poucos endêmicos e amplamente distribuídos   Só existe informação para peixes

  Hipótese rejeitada   185 espécies   57,3% de endêmicos

51

  Destaque para grande número de espécies endêmicas anuais (Rivulidae)

  4 espécies ameaçadas

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Rivulidae

Anfíbios

  47 anuros   Duas gymnophionas   15% de endêmicos

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Pleorema diplolistris

Pipa carvalhoi

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Pseudis paradoxa Siphonops paulensis

Répteis

  44 espécies de lagartos   9 anfisbenídeos   47 serpentes   4 quelônios   3 crocodylia   1 espécie ameaçada (Caiman latirostris)

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Kinosternon scorpioides Caiman latirostris

Aves

  Grupo animal mais bem conhecido taxonomicamente

  348 espécies para o bioma   15 espécies e 45 subespécies endêmicas   20 ameaçadas

62 63

Cyanopsitta spixii Anodorhynchus leari

Endêmica, ameaçada e extinta?

64

Penelope jacucaca

Aratinga cactorum 65 Picumnus pygmaeus

Paroaria dominicana

Mamíferos

  148 espécies   10 endêmicas   10 ameaçadas

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12

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Kerodon rupestris Wiedomys pyrrhorhinos

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Tolypeutes tricinctus

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Callithrix penicillata

Molossus molossus

Mata Atlântica e Campos

  Sua conservação enfrenta vários desafios   Alto nível de endemismo   Ambientes naturais estão em situação crítica   Seus domínios abrigam 70% da população

70

  Mata Atlântica está reduzida a menos de 8%   Outra barreira a conservação é a falta de

conhecimento (Campos)   Mata Atlântica é um dos Hotspots mundiais

(458 espécies de plantas lenhosas em um hectare no sul da Bahia)

71

Vegetação

  20000 espécies de plantas (8000 endêmicas)   Pelo menos 10 fitofisionomias

  Floresta Ombrófila Densa Atlântica; Floresta Ombrófila Mista; Floresta Ombrófila Aberta; Floresta Estacional Semidecidual; Floresta Estacional Decidual; manguezais; restingas; campos de altitude; brejos interioranos e encraves florestais do Nordeste”

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79 80

  Campos sulinos são pouco conhecidos   Todas as formações campestres savânicas no

sul do País, passando pelo interior do Paraná e de Santa Catarina, em meio à região da floresta ombrófila mista (Floresta com Araucária), até os campos do sul do Rio Grande do Sul, na região conhecida como “Campanha Gaúcha”

81

82 83 84

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Formações vegetais da Mata Atlântica

  Ocorrem diferentes formações florestais, de acordo com o tipo de solo   Junto ao mar - manguesais   Planície costeira - dunas, formações arbustivas e

arbóreas de restinga   Encostas ingremes, vales e planaltos - Floresta

ombrófila densa e mista   No interior - Floresta Estacional   Cumes dos planaltos - Campos de altitude

85 86

  Floresta Ombrófila densa ocorre ao longo do litoral   Temperatura elevada (25 ºC)   Chuvas intensas e bem distribuídas

  O alto índice pluviométrico é conseqüencia da brisa oceânica carregada que chega as escarpas das serras

87

  Correntes de ar atingem determinada altura, elas encontras correntes com diferentes temperaturas, fazendo o excesso de vapor d’água precipitar-se - chuva ou serração   Ambiente muito úmido

  Solo muito raso, pouco ventilado, sempre úmido e extremamente pobre

88

  Floresta de encosta destaca-se pela riquesa de epífitas e lianas e pelas árvores de folhas sempre verdes (perenifólias)

  Árvores atingem 20 ou 30m de altura

89

  Floresta ombrófila mista é a mata de araucária   A Araucaria angustifolia pode chegar a 50m   Um nível abaixo existe outro nível de árvores,

como a canela e a imbuia   Além da madeira, a sua semente, o Pinhão é

muito importante para espécies animais, pois é encontrado no inverno, período de escassez

90

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  Floresta Estacional (decidual e semidecidual)   Ocorre mais para o interior, onde o clima

apresenta sazonalidade bem definida

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Peixes

  Mata Atlântica   350 espécies   133 espécies endêmicas   12 espécies ameaçadas

  Campos   50 espécies   12 espécies endêmicas   2 espécies ameaçadas

93

  Coptobrycon bilineatus   Habita cabeceiras do

Tietê   Ameaçado

  Pimelodella kronei   Habita as cavernas do

Vale do Ribeira, região de Iporanga em São Paulo

  Ameaçado

94

  Listrura nematopteryx   Habita a camada de

folhiço permeada por água corrente

  Só ocorre em dois locais em floresta de baixada no Rio e em São Paulo

  Ameaçado   Trichogenes longipinnis

  Habita encostas ingrimes na serra do Mar de São Paulo e do Rio

  Ameaçado

95

  Trichomycterus auroguttatus   Habita riachos com

corredeira na serra da mantiqueira

  Ameaçado

  Leptolebias minimus   Peixe anual   Enterra seus ovos na lama   Ocorre no Rio de Janeiro   Ameaçado

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Anfíbios

  340 espécies (Mata Atlântica)   65% das espécies brasileiras   Brachycephalidae: endêmica do Bioma   90 endêmicas

97

  Brachycephalus ephippium   Endêmico

98

  Hyalinobatrachium uranoscopum   Ameaçada

99

  Aparasphenodon brunoi   Rio de Janeiro, São

Paulo e Minas Gerais   Ameaçada

  Phyllomedusa distincta

100

  Ceratophrys aurita   Ameaçado em Minas e

São Paulo

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Répteis

  197 espécies   42% das espécies brasileiras   90 endêmicas   3 ameaçadas

102

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Spilotes pullatus

  Bothrops jararaca

  Bothrops jararacussu

104 105

ARIE Ilha Queimada Grande Bothrops insularis

  Enyalius perditus

  Diploglossus sp.

106

  Ophiodes striatus

  Lachesis muta

107

Aves

  Mata Atlântica   1023 espécies   188 endêmicas   104 ameaçadas

  Campos Sulinos   476 espécies   2 endêmicas   10 ameaçadas

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19

  Pipile jacutinga   Sul da Bahia até RS   Ameaçada pela caça

  Amazona brasiliensis   Matas de baixada   Litoral de SP e PR   Ameaçada

109

  Ramphodon naevius   Do ES ao RS   Responsável pela

polinizaçao de 50% das bromélias aonde vive

110

  Ramphastos dicolorus   Sudeste e sul do Brasil

111

  Campylorhamphus falcularius   Endêmica da Mata

Atlântica   Sul da Bahia ao RS

112

  Chiroxiphia caudata - Tangará   Endêmico

113

  Ramphocelus bresilius   Ocorre da Paraíba a Santa Catarina

114

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  Tangara seledon   Saíra sete cores   Bahia ao RS   Vive apenas em matas

contínuas

  Tangara cyanocephala   Saíra militar   CE ao RS   Vive apenas em matas

contínuas

115

  Philydor novaesi   Murici, Alagoas   Criticamente

ameaçado

  Myrmotherula snowi   Murici, Alagoas   Criticamente

ameaçado

116

  Amazona petrei   Mata de araucárias e

campos são áreas de reprodução desta espécie

  Ameaçada

117

Mamíferos

  Mata Atlântica   250 espécies   55 endêmicas   35 ameaçadas

  Campos Sulinos   102 espécies   5 endêmicas   13 ameaçadas

118   Caluromys philander - Mucura 119 120

  Philander opossum - Cuíca

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  Marmosops incanus   Endêmica

121

  Bradypus torquatus   Ameaçada   Destruição de hábitat

122

  Dasypus novemcinctus   Ampla distribuição   Polioembrionia: óvulo divide em 4 ou 12 embriões idênticos 123

  Chrotopterus auritus   Alimenta-se de pequenos

vertebradoos, como mamíferos, aves e lagartos ou grandes insetos

  Lonchophylla bokermanni   Cerrado e Mata Atlântica   Ameaçado

124

  Alouatta guariba   Bugio   Ameaçado

  Brachyteles arachnoides   Muriqui   Maior primata da América   Ameaçado

125

  Leontopithecus chrysomelas   Mico leão de cara dourada   Restrito ao sul da Bahia   Ameaçado

  Leontopithecus rosalia   Mico leão dourado   Restrito ao sul do RJ   Ameaçado

126

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  Eira barbara   Irara

  Leontopithecus caissara   Recentemente descrito   Restrito a uma ilha no

litoral norte do Paraná   Ameaçado

127

  Panthera onca   Maior predador do Brasil   Come veados, catetos,

pacas e até antas   Ampla distribuição   Ameaçada

128

  Ctenomys sp.   Sul do Brasil   Endêmico

  Sciurus ingrami   Amazônia e Mata Atlântica

129

  Myocastor coypus   Ratão do banhado   Lagos no sul do

Brasil

130

• Mosaico vegetacional

• 23% do País (2 milhões Km2)

• Precipitação: 1.500 mm/ano (750 a 2000 mm/ano)

• Altitude: 300 a 1800 m (50% 300 a 600 m, 45% 600 a 900 m e 5% acima 1.000 m)

• Temperatura: 21o C (19 a 40o C, não tolera geadas)

• Relevo: plano a levemente ondulado

• Solos: pobre, ácido e tóxico em Al

Aves: 837 Spp. (28, Brasil = 1.677) Mamíferos: 195 (18, 518) Anfíbios: 113 (32, 776) Répteis: 180 (20, 641) Flora: +12.000 Spp. (cerrado s.s. = 4.000 Spp. sendo + 1000 lenhosas)

5% Biodiversidade Mundial (34 “Hotspot” Mundial)

1.458 25 256 60 1.680 La Selva (Costa Rica) 1.407 21 217 41 1.500 B. Colorado (Panamá) 1.829 - - 70 1.700 Cocha-Cachu (Peru) 825 - - 51 10.000 Res. Ducke (Manaus)

1.381 22 296 62 1.350 RECOR (Brasília) Flora Lagartos Aves Mamíferos Área (ha) UC´s

* Não incluso mamíferos voadores

*

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Fitofisionomias

  11 tipos fitofisionômicos gerais   Formações florestais   Savânicas   Campestres

Mata Ciliar

  Vegetação florestal que acompanha os rios de médio e grande porte

  Vegetação não forma galerias   Mata é relativamente estreita em ambas as

margens (100 m de cada lado)

Mata de Galeria

  Vegetação florestal que acompanha os rios de pequeno porte e córregos

  Forma corredores fechados   Localiza-se no fundo dos vales, ou nas

cabeceiras de drenagem   Quando ocorre com Matas ciliares, Matas

secas e cerradão, a transição é imperceptível

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Mata Seca

  Formações florestais caracterizadas por diversos níveis de caducifolia (estação seca)

  Não possui associação com curso de água   Solos geralmente ricos em nutrientes

Cerradão

  Formação florestal com aspectos xeromórficos

  “É a Mata mais rala e fraca”   Espécies de Cerrado sensu stricto e de

mata   Fisionômico

  Floresta   Florístico

  Cerrado

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Formações savânicas

  Cerrado sensu stricto   Cerrado Denso   Cerrado Típico   Cerrado Ralo   Cerrado Rupestre

  Parque de Cerrado   Palmeiral   Vereda

Cerrado Denso

  Predominantemente arbóreo   Cobertura de 50 - 70%   Altura média de 5 - 8 m   Estrato arbustivo e herbáceo mais ralo

  Sombreamento

Cerrado Típico

  Predominantemente arbóreo - arbustivo   Cobertura de 20 - 50%   Altura média de 3 - 6 m   Intermediário entre Cerrado Denso e Cerrado

Ralo

Cerrado Ralo

  Predominantemente arbóreo - arbustivo   Cobertura de 5 - 20%   Altura média de 2 - 3 m   Estrato arbustivo e herbáceo é mais

destacado   Pouco sombreamento

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Cerrado Rupestre

  Predominantemente arbóreo - arbustivo   Ambientes rupestres   Cobertura de 5 - 20%   Altura média de 2 - 4 m   Estrato arbustivo e herbáceo bem destacado

  Pouco sombreamento   Contínuo ou em mosaicos

Parque de Cerrado

  Formação savânica   Árvores agrupadas em pequenas elevações do

terreno   Murundus

  Árvores de 3 - 6 m   Cobertura 5 - 20%   Solos melhor drenados nos murundus que

nas áreas planas

  Murundus são elevações que variam de 0,1 a 1,5 m

  Sua origem é bastante controversa   Cupinzeiros ativos ou inativos   Resultantes de erosão diferencial

  Flora é similar ao Cerrado sensu stricto

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Vereda

  Fisionomia com a palmeira Mauritia flexuosa em meio a agrupamentos mais ou menos densos de espécies arbustivo-herbáceas

  São circundadas de campos limpos   Se diferenciam dos buritizais pela presença

do estrato arbustivo-herbáceo e pela ausência de dossel

  São encontrados em solos hidromórficos, saturados durante a maior parte do ano

  São comuns próximos as nascentes ou na borda da mata de galeria

Campo sujo

  Tipo fitofisionômico exclusivamente herbáceo-arbustivo

  Pode apresentar 3 subtipos relacionados com a drenagem do terreno   Campo Sujo Seco   Campo Sujo Úmido   Campo Sujo com Murundus

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Campo rupestre

  Tipo fitofisionômico exclusivamente herbáceo-arbustivo sobre afloramentos rochosos

  Disponibilidade de água é restrita, pois ela escorre rapidamente para os rios

Campo Limpo

  Tipo fitofisionômico predominantemente herbácea   Raros arbustos   Ausência completa de árvores

  É freqüente nas encostas, olhos d’água, bordas das veredas e matas de galeria

  Apresenta as mesmas variações do campo sujo

Fonte: Adaptado Ribeiro e Walter (2001)

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Invertebrados

  20% dos Hymenopteros brasileiros ocorrem no Cerrado

  Mais de 50% dos lepidopteros brasileiros ocorrem no Cerrado

  Três ordens (Hymenoptera, Lepidoptera e Isoptera) abragem 14425 espécies, 47% do estimado para o Brasil

Biota aquática

  Berço das águas   De 3000 espécies brasileiras, 780 ocorrem

no Cerrado e no Pantanal

Anfíbios e répteis

  10 tartarugas   5 crocodilianos   15 anfisbenios   47 lagartos   107 serpentes   113 anfíbios

  Endemismo   8 anfisbenios (50% do total)   12 lagartos (26%)   11 serpentes (10%)   32 anfíbios (28%)

Siphonops paulensis (Caecilidae)

Bufo schneideri (Bufonidae)

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Epipedobates flavopictus (Dendrobatidae) Hyla rubicundula (Hylidae) Elachistocleis ovalis (Microhylidae)

Hoplocercus spinosus (Hoplocercidae) Polychrus acutirostris (Polychrotidae)

Tropidurus cf oreadicus (Tropiduridae)

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Ameiva ameiva (Teiidae) Cnemidophorus parecis (Teiidae)

Bothrops moojeni (Viperidae)

Micrurus brasiliensis (Elapidae)

Aves

  1590 espécies no Brasil   837 espécies para o Cerrado   48% da avifauna brasileira   3,8% a 11% endêmismo

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Streptoprocne zonaris - Andorinhão

Colaptes campestris - Pica Pau

Cyanocorax cristatellus Gralha-do-campo

Codorna-buraqueira (Nothura minor)

Taoniscus nanus - inhambu

Endêmico

Penelope ochrogaster Jacu

Pyrrhura pfrimeri

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33

Soldadinho - Antilophia galeata

Mamíferos

  194 espécies (Cerrado)   18 endêmicas

  132 espécies (Pantanal)   2 endêmicas

  16 ameaçadas Tamandua tetradactyla

Priodontes maximus

Callithrix penicillata

Pseudalopex vetulus - Raposa (endêmica)

Conepatus semistriatus

Cavia aperea

Agouti paca

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Carvoaria Agricultura

Pecuária Queimadas

•  Causa de perturbação/degradação:

1o) Ação antrópica e 2o) Invasão biológica

•  Histórico de ocupação do Cerrado (Boom – Colapso)

• Taxa de desmatamento no Cerrado = 2 milhões ha/ano (Machado et al. 2004)

•  Perspectivas para o Cerrado: extinção em 2030 (Machado et al. 2004)

•  25% do Cerrado ocupado por pastagem

Estimativa de áreas nativas de Cerrado no Brasil

Fonte: Conservation International

Remanescentes de vegetação nativa de Cerrado em 2002

Fonte: Conservation International