aula 06 teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas

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TEORIAS DO JORNALISMO Aula 06 – Hipóteses Contemporâneas Prof. Ms. Elizeu N. Silva

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Page 1: Aula 06   teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas

TEORIAS DOJORNALISMO

Aula 06 – Hipóteses Contemporâneas

Prof. Ms. Elizeu N. Silva

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Teoria do Espelho

Trata-se de uma das primeiras tentativas de

compreender as razões pelas quais as notícias

são como são.

Parte da concepção de que o jornalismo reflete a

realidade, e que as notícias são um espelho do

que acontece na sociedade. As notícias são

como são, porque a realidade assim determina.

Vê o jornalista como um narrador

desinteressado, cuja missão é apresentar um

relato honesto e objetivo – sem opinião.

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Teoria do Espelho

“O jornal, como um todo, tem opiniões sobre os assuntos que publica e as expressa em

editoriais. O noticiário, por isso, deve ser essencialmente informativo, evitando o repórter

ou redator de interpretar os fatos segundo sua ótica pessoal. Por interpretar os fatos

entenda-se também a distorção ou condução do noticiário. Exemplos: ao tratar dos

trabalhos de remoção de favelados de um local, o repórter entra em considerações sobre

as injustiças sociais e os desfavorecidos da sorte ou, ao tratar de um assalto, coloca a

miséria como fator determinante da formação do criminoso. Deixe esse gênero de ilação a

cargo dos especialistas ou editorialistas e apenas descreva os acontecimentos”. MARTINS,

Eduardo (Org.). Manual de Redação e Estilo. São Paulo: O Estado de S. Paulo, 1990.

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Teoria do Espelho

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Teoria do Espelho

Pressupõe a busca da verdade,

o que obriga o jornalista a se

submeter à objetividade.

Críticas:

• Impossibilidade do jornalista de permanecer neutro

ante os fatos. Tampouco a linguagem é neutra.

• A mídia em geral, e o jornalismo em particular,

influenciam fortemente a realidade e a

interpretação desta pela sociedade.

• Os próprios jornalistas atuam a partir de

concepções de realidade forjadas por eles próprios

ou pelos veículos.

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Teoria Organizacional

Page 7: Aula 06   teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas

Teoria Organizacional

Parte do pressuposto de que o jornalista se conforma

às normas editoriais da organização, que se

sobrepõem às convicções individuais.

Warren Breed identificou seis fatores de conformismo

do jornalista:

1) A autoridade institucional e as sanções contra

quem descumpre as normas;

2) O sentimento de dever e a estima pelos chefes;

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Teoria Organizacional

3) Aspirações de mobilidade profissional;

4) Ausência de grupos de oposição;

5) Prazer obtido pela atividade

profissional;

6) As notícias representam uma

trincheira, ou fronteira, entre

os jornalistas e a sociedade.

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Teoria Organizacional

O senso de autonomia profissional, no entanto, pode atuar no

sentido de reduzir o conformismo. Além disso, alguns fatores

também favorecem condutas mais autônomas:

• Falta de clareza na política editorial de alguns veículos;

• Acompanhamento frouxo ou inexistente, por parte dos chefes,

das rotinas editoriais;

• A especialização do jornalista em determinada área, o que

lhe confere autoridade;

• Reconhecimento (status) do jornalista na empresa, ou pelo

público ou ainda pela sociedade.

Page 10: Aula 06   teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas

Teoria Instrumentalista

Defensores dessa vertente defendem que as notícias atendem a

determinados interesses políticos. Parte do pressuposto da parcialidade.

Page 11: Aula 06   teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas

Teoria Instrumentalista

Há duas vertentes:

• Esquerdas: considera as

notícias como instrumentos

para manutenção do “status

quo” capitalista.

• Direitas: considera as

notícias como instrumentos

de questionamento e de

ataque ao sistema vigente.

Page 12: Aula 06   teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas

Teoria dos Definidores Primários

Aproxima-se da concepção Instrumentalista, mas

foca o interesse nas fontes privilegiadas e o poder

destas na construção das notícias.

As possíveis distorções do noticiário não seriam

frutos de uma simples conspiração dos

profissionais da imprensa com os dirigentes da

classe hegemônica, mas, na verdade, uma

subordinação às opiniões das fontes que têm

posições institucionalizadas, também chamadas

de definidores primários.

Page 13: Aula 06   teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas

Teoria da Nova História

Inspirada nas Teorias da História. Defende

que os pesquisadores (inclusive jornalistas)

não devem ter postura passiva e de

aceitação ante documentos, fontes e

arquivos – mesmo oficiais.

Ao contrário, tudo deve ser questionado.

O método proposto consiste em interpretar

a história não a partir dos eventos, mas

tomando como referências os pressupostos

constitutivos desses mesmos eventos.

Page 14: Aula 06   teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas

Teoria da Nova História

Considera que a História,

assim como o Jornalismo, não

constrói a realidade, mas a

interpreta.

Segundo o modelo subjetivo,

toda interpretação histórica

depende de um sistema de

referência. O lugar de onde se

fala ocupa o centro das

discussões.

Significa que também os discursos

jornalísticos devem ser analisados a

partir do lugar institucional a partir do

qual são construídos.

É impossível (e improducente) analisar

o discurso histórico fora da instituição

em torno da qual ele se organiza.

Page 15: Aula 06   teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas

PENA, Felipe. Teoria do jornalismo. São Paulo, 2ª edição, Ed. Contexto, 2008

SOUSA, Jorge Pedro. As teorias do jornalismo e dos efeitos sociais dos media jornalísticos.

Lisboa, 1999

Bibliografia