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1 AULA 04: INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA D IREITO A DMINISTRATIVO II 1. NOS CAPÍTULOS ANTERIORES... 2. CONTEXTUALIZAÇÃO

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AULA 04:INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA

DIREITO ADMINISTRATIVO II

1. NOS CAPÍTULOS ANTERIORES...

2. CONTEXTUALIZAÇÃO

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DIREITO ADMINISTRATIVO II

2. CONTEXTUALIZAÇÃO¨ Papel do Estado ao longo do tempo

¤ Estado no passado: Segurança externa e paz interna

¤ Estado moderno: Estado deve promover também as aspiraçõescoletivas

¨ A propriedade na Constituição Federal¤ Direito natural inserido como direito fundamental: Associarcom direitos humanos/cláusulas pétreas (Art. 5º, XXII)

¤ Propriedade no passado/na atualidade (função social): (Art.5º, XXIII, CF)

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2. CONTEXTUALIZAÇÃO¨ Fundamento da Intervenção Estatal

¤ Ajustar à propriedade aos inúmeros fatos exigidos pelafunção social a que está condicionada.

¤ Intervenção como poder jurídico do Estado: Decorre desua soberania/ Poder de império.

3. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO ¤ As intervenções estatais à propriedade privada podem

ser enquadradas em dois grandes grupos:n INTERVENÇÕES RESTRITIVASn INTERVENÇÕES SUPRESSIVAS

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3. CATEGORIAS DE INTERVENÇÃO ¨ Intervenção Restritiva

¤ Impõe restrições sem retirá-la do seu dono.

¤ Fica este condicionado às imposições sem contudo perder apropriedade.

¤ Fazem parte desse grupo: Servidão Administrativa, RequisiçãoAdministrativa, Ocupação Temporária, Limitações Administrativase o Tombamento

¨ Intervenção Supressiva¤ Transfere o Estado coercitivamente para a si a propriedade deterceiro em prol do interesse público previsto em lei.

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4. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE

4.1. LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA¨ Imposição geral, gratuita, unilateral e de ordem pública

condicionadora do exercício de direitos ou de atividadesparticulares às exigências do bem-estar social.

¤ Imposição Geral: É aplicável a todos, ou seja, os destinatários daregrasão indeterminados.

¨ Características¤ Tem origem no Poder de Polícia¤ Podem consistir numa obrigação de fazer ou não fazer

¤ Bens passíveis da limitação: Bens móveis, imóveis ou serviços

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4. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE

4.1. LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA¨ Intervenção no Tempo: Tem caráter definitivo.

¨ Motivo da intervenção: Satisfação de interesses públicos abstratos

¨ Instrumento de instituição: Atos legislativos (Primariamente) eadministrativos de ordem geral (Secundariamente).

¨ Cabimento de Indenização: Sendo imposições de ordem geralnão rendem indenização em favor dos proprietários em regra.¤ Admissão excepcional em danos desproporcionais a particular ou grupo

departiculares. (TN)

¨

¨ Exemplos:¤ Não construção além de certo número de

pavimentos (Fazer referência a são Sebastião)

¤ Obrigação de manter o imóvel sempre roçado e limpo

¤ Proibição de construção sem respeitar os recuos mínimos.

¤ Proibição de instalar indústrias ou comércios em determinadas regiões da cidade

¤ Exemplo atual: Proibição de instalar antenas de celulares em determinadas regiões próximas de

hospitais e escolas (Normalmente instituídas pelo Município e criticadas pelas operadoras)

¤

¨Obs: Colocar comentários quanto ao alinhamento e recuo A calçada faz parte da propriedade imóvel. Entretanto não se pode edificar nada nesse espaço que é chamado de recuo. O recuo pode ser também lateral (o espaço entre a construção

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4. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE

4.2. REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA (ART. 5º, XXV, CF)¨ Modalidade de intervenção estatal através do qual o Estado utilizade bens móveis, imóveis e serviços particulares em SITUAÇÃO DEPERIGO PÚBLICO IMINENTE.

¨ Incidência sobre os bens: Pode recair sobre bens móveis, móveisou serviços.

¨ Motivo da intervenção: Situação de público iminente. Inexistênciada condição autoriza ingresso no Judiciário para a anulação.

¨ Instrumento da intervenção: Basta ato administrativo.

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4. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE

4.2. REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA (ART. 5º, XXV, CF)¨ Intervenção no Tempo: Natureza transitória, ou seja, extinçãoocorrerá logo que desapareça a situação de perigo que levou àsua instituição.

¨ Cabimento de Indenização: O pagamento de indenização sóocorrerá em caso de danos e será feito ulteriormente.

¨ A requisição administrativa pode ser civil ou militar:A origem darequisição estava associada à necessidades da administração noscasos de guerras ou movimentos graves de ordem política.

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4. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE

4.3. SERVIDÃO ADMINISTRATIVA¨ Autoriza o Estado ou seus delegatários a usar propriedade imóvelparticular para a execução de obras e serviços de interessecoletivo.

¤ Servidãoadministrativa≠ Servidãoprivada

¨ Incidência sobre os bens: Pode recair somente bens imóveis.¨ Motivo da intervenção: Execução de obras e serviços de interessecoletivo

¨ Intervenção no Tempo: A servidão é permanente mas pode serextinta por fato superveniente. (TN)

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4. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE

4.3. SERVIDÃO ADMINISTRATIVA¨ Cabimento de Indenização: Deve ser prévia e condicionada aexistência de prejuízo ao particular.

¤ Ônusdaprovadoprejuízo cabeaoparticular¤ Indenizaçãonuncapodecorresponderaovalordo imóvel¤ Indenização deve contemplar a parcela dos juros moratórios,atualizaçãomonetária, honoráriosdeadvogados, custas judiciais

¤ Prazoparapleiteara indenização:5anos

¨ A servidão pode incidir também sobre bens públicos.

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4. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE

4.3. SERVIDÃO ADMINISTRATIVA¨ Formas de instituição da servidão administrativa

¤ AcordoAdministrativon Após a declaração de utilidade pública, as partes concordam com a servidão.

n Acordo é formalizado por escritura pública, registrada do Registro de Imóveis.

¤ SentençaJudicialn Ocorre quando não há acordo entre as partes após a decretação de utilidade

pública. Cabe ao Poder Público propor a ação judicial para constituir a servidão

n Procedimento análogo à desapropriação

¤ Lein Posiçãosustentadaporalgunsdoutrinadores

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4. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE

4.4. OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA¨ Intervenção na qual o Poder Público, ou quem lhe faça asvezes, utiliza, transitoriamente, imóveis dos particularescomo meio de apoio à execução de obras e serviçospúblicos em situações de normalidade.

¤ Dica de Ouro I: É bem parecida com a requisição só quenão há aqui perigo público iminente.

¤ Dica de Ouro II: A servidão é permanente enquanto aocupação é temporária.

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4. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE

4.4. OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA

¨ Incidência sobre os bens: Em regra aplica-se aos bensimóveis (art. 36, Decreto-lei 3.365/41). Admite-se também nosbens móveis, pessoal e serviços (art. 58, V, Lei 8666/93).

[...]nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis,imóveis, pessoal e serviços vinculados aoobjetodocontrato, na hipótesedanecessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuaispelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contratoadministrativo. (art. 58, V, Lei 8666/93)

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4. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE

4.4. OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA¨ Motivo da intervenção: Satisfação do interesse público (Art. 5º,XXIII e art. 170, III, CF)

¨ Intervenção no Tempo: A ocupação administrativa tem naturezatransitória.

¨ Cabe Indenização: De forma geral, só haverá direito àindenização posteriormente e em caso de ocorrência de prejuízo.

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4. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE

CUIDADO COM A CONSTITUIÇÃO - ART. 136, II, CF !!!OPresidentedaRepúblicapode, ouvidosoConselhoda República e o Conselho de Defesa Nacional,decretar estado de defesa para preservar ouprontamente restabelecer, em locais restritos edeterminados, a ordem pública ou a paz socialameaçadas por grave e iminente instabilidadeinstitucional ouatingidas por calamidadesdegrandesproporções na natureza. II - ocupação e usotemporário de bens e serviços públicos, na hipótesede calamidade pública, respondendo a União pelosdanosecustosdecorrentes.

É OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA?

Tá de sacanagem

legislador constitucional!

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4. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE

4.5. TOMBAMENTO (Decreto-lei 25/37)¨ Intervenção estatal restritiva de bens móveis ou imóveis para apreservação do patrimônio cultural brasileiro.

¨ Diferença para as demais intervenções: Não retira apropriedade e a posse mantidas com seu detentor.

¨ Incidência sobre os bens: Imóveis ou móveis, inclusive os públicos,observadas os critérios regulares. (P1 – Todos de todos/P2 –Osmaiores dosmenores).

¨ Motivo da intervenção: Proteção do Patrimônio cultural brasileiro. (Art.216,CF)

¨ Intervenção no Tempo: Permanente

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4. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE

4.5. TOMBAMENTO (Decreto-lei 25/37)¨ Instituição da Intervenção: Ocorre mediante regular processoadministrativo, respeitando a ampla defesa e o contraditório, com aposterior inscrição do bem no Livro Tombo.

¤ Se imóvel deve haver averbação no Ofício de Registro de Imóveisrespectivobem.

¤ Avenda, transmissão judicial ou causamortis dessebemnãoéproibidamas deve ser informada à Administração Pública, em especial aoórgãopúblico cultural competente, sobpenademultade10%sobreovalordavenda. (art. 13,§1º,Decreto-lei nº25/1937)

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4. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE

4.5. TOMBAMENTO (Decreto-lei 25/37)¨ Espécies de Tombamento

A) Voluntário: Decorre da iniciativa do próprio proprietário do bem ouquando o Poder Público decide realizar o tombamento e o proprietárionão seopõe.

B) Compulsório: Poder Público tomba o bem mesmo sem a concordânciado proprietário. Nesse caso o Poder Público inscreverá o bem comotombado,apesardaresistênciaedo inconformismodoproprietário.

C) Provisório: É a restrição ao bem enquanto está em curso o processoadministrativo. Temamesmaeficácia restritivado tombamentodefinitivo.

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4. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE

4.5. TOMBAMENTO (Decreto-lei 25/37)¨ Espécies de Tombamento

D) Definitivo: Quando, depois de concluído o processo, o PoderPúblico inscreve o bem como tombado no registro de tombamento.

E) Geral: Tem por objeto os bens situados em um bairro ou cidade.

F) Individual: Refere-se a um bem determinado.¨ Destombamento

Emboranãosejacomumépossível que, depois do tombamento, oPoderPúblico,de ofício ou em razão de solicitação do proprietário ou de outro interessado,julgueterdesaparecidoofundamentoquedeusuporteaoato.

¤ Esse cancelamento não resulta de avaliação discricionária doadministrador. Colocar maiores comentários no futuro

¨

¨ Procedimento para instituição do tombamento

¨

¤ Decorre da iniciativa do Poder Executivo mediante processoadministrativon Há quem argumente ser através de lei (apontar quem)

n Discutir papel do legislativo

¨

¤ Elementos Básicos desse Processo Administrativo

¨

¨ Parecer do órgão técnico cultural

¨ A entidade responsável no âmbito estadual é o IPHAN – Instituto doPatrimônio Histórico e Artístico Nacional (Decreto nº 5040/2001)

¨ No Estado de São Paulo é o CONDEPHAAT – Conselho de Defesado Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico.

¨ Em Minas Gerais é o IEPHA – Instituto Estadual do PatrimônioHistórico e Artístico deMinasGerais.

¨

¨ Notificação do proprietário do bem, que poderá concordar ouimpugnar o tombamento.

¨ Deve-se assegurar a ampla defesa e contraditório (princípiofundamental do devido processo legal): Ao proprietário estáassegurado o direito de demonstrar a inexistência de relação entreo bem a ser tombado e a proteção do patrimônio cultural.

¨ Prazo para impugnar: 15 dias (art. 9º, item 1), Decreto xxxx

¨ Se não há impugnação: Entende-se como o tombamentoconsensual e proceder-se-á o registro no Livro do Tombocompetente.

¨

¨ Decisão do Conselho Consultivo da pessoa incumbida dotombamento, após as manifestações dos técnicos e doproprietário. A decisão poderá ser pela anulação do processo,pela rejeição da proposta de tombamento ou pela homologaçãoda proposta.

¨ Prazo para tal manifestação: 60 dias (art. 9º, item 3), Decreto xxxx

¨ Da decisão do Conselho Consultivo não cabe recurso

¨

¨ Ao final o tombamento deve ser levado a Registro do Ofício deRegistro de Imóveis respectivo, sendo averbado ao lado datranscrição do imóvel.

¨ sds

¨ A venda, transmissão judicial ou causa mortis desse bem não éproibida mas deve ser informada à Administração Pùblica, emespecial ao órgão público cultural competente, sob pena de multa

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4. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE

4.5. TOMBAMENTO (Decreto-lei 25/37)

¨ Direito de Preferência

No caso de alienação onerosa do bem tombado, o Poder Públicotem o direito de preferência, manifestado no prazo de 30 dias, sobpena de nulidade da alienação, sequestro do bem e imposição aoproprietário e ao adquirente de multa de 20% (vinte por cento) dovalor do contrato.

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4. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE

4.5. TOMBAMENTO (Decreto-lei 25/37)¨ Efeitos do tombamento

¤ Nos imóveis vizinhos também não poderá haver construções queimpeçamavisibilidadedo imóvel tombado.

¤ É vedado ao proprietário, ou ao titular de eventual direito de uso,destruir, demolir oumutilar obemtombado;

¤ O proprietário somente poderá reparar, pintar ou restaurar o bemapósadevidaautorizaçãodopoderpúblico;

¤ O tombamento não impede o proprietário de gravá-lo por meio depenhor, anticreseouhipoteca.

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4. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE

4.5. TOMBAMENTO (Decreto-lei 25/37)¨ Efeitos do tombamento

¤ O proprietário terá o dever de conservar o bem tombado, mas, sesão possuir recursos para tal, deverá comunicar o fato ao órgão quedecretouo tombamento;n Independentemente de solicitação do proprietário, pode o PoderPúblico, em caso de urgência, tomar a iniciativa de providenciar asobrasdeconservação;

¨ Cabimento de indenização: Emregranão.Caberáexcepcionalmentenos casos em que importar numa restrição especial, individual, afetandosobremaneiraousodobem.

¤ Comentar que às vezes o tombamento gera vantagens evalorização do bem, especialmente nas áreas ligadas aoturismo.

¤ Prazo: 5 anos.

¤

¨ Outros instrumentos para a proteção do patrimônio históricocultural

¤ Direito de Petição

n Fundamento:Art. 5º, XXXIV, a, CFn Direito que permite qualquer pessoa requerer ao PoderPúblico competente a providência colimada pela lei eestabelecida como dever de agir.

¨

¤ Ação Popular

n Fundamento: Art. 5º, LXXIII,CFn Permite anular ato lesivo ao patrimônio público.

n Falar mais dessa ação prevista na lei 4717/65n Legitimação ativa para a causa é privativa do cidadão.

¨

¤ Ação Civil Públican Fundamento: Lei 7347/85

n Visa a proteção de diretos difusos e coletivosn Falar mais sobre essa ação

¨ Exemplos

¤ Cemitério da Consolação localizado em São Paulo¤ Basílica de Nossa Senhora Aparecida

¤ Estação Ferroviária de Cachoeira Paulista

¤ Acervo doMuseu de Arte Contemporânea - USP¤ Estação da Luz

¤ Memorial da América Latina

¨

¨ Explicar a diferença entre competência comum e concorrente¨ No âmbito federal cabe ainda recurso contra o ato detombamento dirigido ao Presidente da República. (Decreto-lei3899/41)?? Essa fala da desapropriação por utilidade pública. Aque fala do tombamento diz não ser possível

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4. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE

4.6. DESAPROPRIAÇÃO ¨ Intervenção na qual o Poder Público retira compulsoriamente bemde terceiro, com fundamento na necessidade pública, utilidadepública ou interesse social, pagando indenização prévia, justa e,como regra, em dinheiro.

¨ uConceito

¨ Incidência sobre os bens:¨ Motivo da intervenção:

¨ Intervenção no Tempo:

¨ Espécies

¨ Procedimento

¨ Efeitos¨ Indenização

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O Municíp io X planeja realizar festejos fora de época, com o intu ito de

gerar recursos para a econom ia local. Para isso, o prefeito procede à

interd ição aos veículos da Av. Getúlio Vargas, principal via da cidade,

buscando fornecer aos visitantes e aos cidadãos locais, espaço para as

comemorações. A par disso, autoriza o comércio ambulante no entorno

da festa. Os gastos realizados pelo municíp io são plenamente

recompensados pelo afluxo de turistas, com o recolh im ento de tributos

municipais.

O s atos do Prefe ito ating iram bens de uso :

a ) com um .

b) dom inica l.

c) particular.

d ) concedidos.

e) especia l.