aula 03: momento de - universidade federal de uberlândia
TRANSCRIPT
AULA 03: Momento de
forças
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Faculdade de Engenharia Civil
Curso de Engenharia Civil
O momento de uma força é a medida da tendência que
tem a força de produzir giro em um corpo rígido. Este
giro pode se dar em torno de um ponto ou em torno de
um eixo.
𝑀 = Ԧ𝑟 x Ԧ𝐹 𝑀𝐴 = 𝐹. 𝑑
Teorema de Varignon:
O momento de uma força em relação a qualquer ponto é igual a
soma dos momentos dos componentes desta força em relação
ao mesmo ponto
Um binário são duas forças paralelas não colineares, que têm
mesma intensidade mas sentidos opostos.
Binário ou Conjugado
Quando várias forças e momentos agem em conjunto sobre
um corpo, é mais fácil compreender o efeito resultante se o
sistema for representado por uma única força e um único
momento aplicados em um determinado ponto, gerando o
mesmo efeito externo.
Equilíbrio de um ponto material no plano
Condição de equilíbrio de um ponto relacionada com a primeira
lei de Newton
equilibrio0F
0F0F
y
x
=
= =
Um ponto material se encontra em equilíbrio (estático) se a
resultante de forças que agem sobre ele for nula.
Diagrama de corpo livre (DCL)
DIAGRAMA DE CORPO LIVRE
escolher um ponto material conveniente
desenhar todas as forças que sobre ele atuam
Esquema simplificado onde se mostra apenas os vetores das
forças atuantes no corpo, com seus símbolos e valores, bem
como, as dimensões e ângulos necessários para a solução do
problema.
1) Definir um ponto (partícula) da estrutura sobre o qual atuam as forças a
serem determinadas. Neste ponto deverá ser colocada a origem do sistema
de eixos de coordenadas.
2) Desenhar o diagrama de corpo livre, substituindo as barras ou elementos
da estrutura e cargas pelos vetores dos esforços que estes elementos
exercem sobre a partícula. Alguns destes esforços são completamente
conhecidos, mas, outros são as incógnitas a serem determinadas. Seus
vetores são desenhados sempre saindo do nó de análise.
3) Escrever as equações de equilíbrio da Estática, respeitando a convenção
de sinal para cada equação e encontrar as incógnitas.
Roteiro para o DCL:
PBx
PAx
1000N
PBy
PAyPB
PA
1000N
45º 30º
0,707𝑃𝐵 − 0,867𝑃𝐴 = 0
𝑃𝐵 =0,867𝑃𝐴
0,707= 1,23𝑃𝐴
0,707𝑃𝐵 + 0,5𝑃𝐴 = 1000
0,707(1,23𝑃𝐴) + 0,5𝑃𝐴 = 1000
0,87𝑃𝐴 + 0,5𝑃𝐴 = 1000
1,37𝑃𝐴 = 1000
𝑃𝐴 = 729,93𝑁
𝑃𝐵 = 1,23𝑃𝐴 = 1,23.729,93 → 𝑃𝐵 = 897,81𝑁
Equilíbrio de um ponto material no espaço
𝐹 = 0 ⇒
𝐹𝑥 = 0
𝐹𝑦 = 0
𝐹𝑧 = 0
Um ponto material se encontra em equilíbrio (estático) se a
resultante de forças que agem sobre ele for nula.
Um caixote de 7500N é sustentado por três cabos. Determine a tração
em cada cabo
A (0; -1,2; 0)
B (-0,72; 0; -0,54)
C (0; 0; 0,64)
D (0,8; 0; -0,54)
EXEMPLOS
𝑢𝐴𝐵 =𝑑𝐴𝐵𝑑𝐴𝐵
= −0,48Ԧ𝑖 + 0,8Ԧ𝑗 − 0,36𝑘𝑇𝐴𝐵 = 𝑇𝐴𝐵. 𝑢𝐴𝐵
𝑇𝐴𝐵 = 𝑇𝐴𝐵 . 𝑢𝐴𝐵 = 𝑇𝐴𝐵 . −0,48Ԧ𝑖 + 0,8Ԧ𝑗 − 0,36𝑘 = −0,48𝑇𝐴𝐵 . Ԧ𝑖 + 0,8𝑇𝐴𝐵 . Ԧ𝑗 − 0,36𝑇𝐴𝐵 . 𝑘
𝑢𝐴𝐶 =𝑑𝐴𝐶𝑑𝐴𝐶
= 0,88Ԧ𝑗 + 0,47𝑘𝑇𝐴𝐶 = 𝑇𝐴𝐶 . 𝑢𝐴𝐶
𝑇𝐴𝐶 = 𝑇𝐴𝐶 . 𝑢𝐴𝐶 = 𝑇𝐴𝐶 . 0,88Ԧ𝑗 + 0,47𝑘 = 0,88𝑇𝐴𝐶 . Ԧ𝑗 + 0,47𝑇𝐴𝐶 . 𝑘
𝑢𝐴𝐷 =𝑑𝐴𝐷𝑑𝐴𝐷
= 0,52Ԧ𝑖 + 0,78Ԧ𝑗 − 0,35𝑘𝑇𝐴𝐷 = 𝑇𝐴𝐷. 𝑢𝐴𝐷
𝑇𝐴𝐷 = 𝑇𝐴𝐷. 𝑢𝐴𝐷 = 𝑇𝐴𝐷. 0,52Ԧ𝑖 + 0,78Ԧ𝑗 − 0,35𝑘 = 0,52𝑇𝐴𝐷. Ԧ𝑖 + 0,78𝑇𝐴𝐷. Ԧ𝑗 − 0,35𝑇𝐴𝐷. 𝑘
A (0;-1,2;0)
B (-0,72;0;-0,54)
C (0;0;0,64)
D (0,8;0;-0,54)
𝑊 = −7500. Ԧ𝑗
Sistemas de forças
coplanares
Sistemas de forças
concorrentes
Sistemas de forças
paralelos
Equilíbrio de sistemas planos
Um corpo se encontra em equilíbrio quando não tem movimento
de translação nem movimento de rotação
𝑅 = 0
𝑀 = 0
Equilíbrio de sistemas espaciais
A (0;0;0)
B (0;3;0)
C (0;6;0)
D (1,5;0;-3)
E (1,5;0;3)
F (-3;0;2)
𝑢𝐶𝐹 =𝑑𝐶𝐹
𝑑𝐶𝐹=
−3 Ԧ𝑖− 6 Ԧ𝑖+ 2 𝑘
7= −0,429 Ԧ𝑖 − 0,857 Ԧ𝑗 + 0,286𝑘
Ԧ𝐹𝐶𝐹 = 455. −0,429 Ԧ𝑖 − 0,857 Ԧ𝑗 + 0,286𝑘 = −195 Ԧ𝑖 − 390 Ԧ𝑗 + 130𝑘
𝑢𝐵𝐸 =𝑑𝐵𝐸
𝑑𝐵𝐸=
1,5 Ԧ𝑖− 3 Ԧ𝑖+ 3 𝑘
4,5=0,333 Ԧ𝑖 − 0,667 Ԧ𝑗 + 0,667𝑘
Ԧ𝐹𝐵𝐸 = 𝐹𝐵𝐸 . (0,333 Ԧ𝑖 − 0,667 Ԧ𝑗 + 0,667𝑘)
𝑢𝐵𝐷 =𝑑𝐵𝐷
𝑑𝐵𝐷=
1,5 Ԧ𝑖− 3 Ԧ𝑖− 3 𝑘
4,5=0,333 Ԧ𝑖 − 0,667 Ԧ𝑗 − 0,667𝑘
Ԧ𝐹𝐵𝐷 = 𝐹𝐵𝐷. (0,333 Ԧ𝑖 − 0,667 Ԧ𝑗 − 0,667𝑘)
𝑅𝐴 = 𝑅𝐴𝑥 Ԧ𝑖 + 𝑅𝐴𝑦 Ԧ𝑗 + 𝑅𝐴𝑧 𝑘
𝑟𝐴𝐵 = 3 Ԧ𝑗𝑟𝐴𝐶 = 6 Ԧ𝑗
σ𝑀𝐴 = 0 → σ 𝑟 × 𝐹 = 0
✓ Fazendo o momento em torno de A:
𝑟𝐴𝐵 × 𝐹𝐵𝐸 =𝑖 𝑗 𝑘0 3 0
0,333𝐹𝐵𝐸 −0,666𝐹𝐵𝐸 0,666𝐹𝐵𝐸
= 2𝐹𝐵𝐸Ԧ𝑖 + 2𝐹𝐵𝐸𝑘
𝑟𝐴𝐵 × 𝐹𝐵𝐷 =𝑖 𝑗 𝑘0 3 0
0,333𝐹𝐵𝐷 −0,666𝐹𝐵𝐷 −0,666𝐹𝐵𝐷
= −2𝐹𝐵𝐷Ԧ𝑖 + 2𝐹𝐵𝐷𝑘
𝑟𝐴𝐶 × 𝐹𝐶𝐹 =𝑖 𝑗 𝑘0 6 0195 −390 130
= 780Ԧ𝑖 + 1170𝑘
Equações de equilíbrio
A (0;0;0)
B (0;3;0)
C (0;6;0)
2𝐹𝐵𝐸 − 2𝐹𝐵𝐷 + 780 = 0
𝐹𝐵𝐸 + 𝐹𝐵𝐷 − 1170 = 0
Ԧ𝐹 = 0
Ԧ𝐹 = (𝑅𝐴𝑥 − 195 + 0,333𝐹𝐵𝐸+0,333𝐹𝐵𝐷)Ԧ𝑖 + 𝑅𝐴𝑦 − 390 − 0,667𝐹𝐵𝐸 − 0,667𝐹𝐵𝐷 Ԧ𝑗 +
+ 𝑅𝐴𝑧 + 130 + 0,667𝐹𝐵𝐸 − 0,667𝐹𝐵𝐷 𝑘 = 0
2𝐹𝐵𝐸 − 2𝐹𝐵𝐷 + 780 = 0
𝐹𝐵𝐸 + 𝐹𝐵𝐷 − 1170 = 0
𝐹𝐵𝐸 = 390𝑁
𝐹𝐵𝐷 = 780𝑁
✓ Calculando as reações de apoio igualando i, j e k iguais a zero:
𝑅𝐴𝑥 − 195 + 0,333𝐹𝐵𝐸 + 0,333𝐹𝐵𝐷 = 0 → 𝑅𝐴𝑥 = −195𝑁
𝑅𝐴𝑦 − 390 − 0,667𝐹𝐵𝐸 − 0,667𝐹𝐵𝐷 = 0 → 𝑅𝐴𝑦 = 1170𝑁
𝑅𝐴𝑧 + 130 + 0,667𝐹𝐵𝐸 − 0,667𝐹𝐵𝐷 = 0 → 𝑅𝐴𝑧 = 130𝑁
𝑅𝐴 = −195 Ԧ𝑖 + 1170 Ԧ𝑗 + 130 𝑘
1) Definir as coordenadas de cada ponto no espaço em função do eixo
cartesiano apresentado.
2) Desenhar o diagrama de corpo livre, substituindo as barras ou elementos
da estrutura e cargas pelos vetores dos esforços que estes elementos
exercem sobre a partícula. Alguns são completamente conhecidos, mas,
outros são as incógnitas a serem determinadas. Seus vetores são desenhados
sempre saindo do nó de análise.
3) Calcular o vetor cartesiano usando o vetor unitário direcional que vai ficar
em função das forças nos cabos que são desconhecidas.
Roteiro para o equilíbrio de sistemas espaciais:
𝑢𝐴𝐵 =𝑑𝐴𝐵𝑑𝐴𝐵
𝐹𝐴𝐵 = 𝐹𝐴𝐵. 𝑢𝐴𝐵
4) Escolher o ponto para desenvolver a equação de momento. Normalmente se
define o ponto onde possui o apoio, a fim de eliminar as incógnitas das
reações.
5) Faça a multiplicação vetorial de r e F e faça o somatório dos momentos
para encontrar as forças nos cabos igualando a zero.
6) Para encontrar as reações de apoio faça o somatório de forças em cada
eixo e iguale a zero para respeitar o equilíbrio.
Roteiro para o equilíbrio de sistemas espaciais:
σ𝑀 = 0 → σ 𝑟 × 𝐹 = 0