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Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula 01 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 1 Introdução . ...................................................................................... 01 Normas profissionais do auditor independente . ...................................... 02 Supervisão e controle de qualidade . ..................................................... 23 Normas sobre fraude e erro ................................................................. 27 Lista de questões . ............................................................................. 42 Bibliografia . ...................................................................................... 53 Introdução Prezado Aluno, Bem vindo a nossa primeira aula do Curso Regular de Auditoria Contábil – Teoria e Exercícios. Seguindo o cronograma inicialmente proposto, veremos hoje os seguintes assuntos: Normas profissionais do auditor independente: competência técnico- profissional, independência, responsabilidades, formação de honorários, sigilo e guarda da documentação; Supervisão e controle de qualidade; e Normas sobre fraude e erro. Como de costume, colocaremos as questões discutidas durante a aula no final do arquivo, caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os comentários. Não esqueça, participe do Fórum de dúvidas, que é um dos diferenciais do Ponto. Lá você poderá tirar suas dúvidas, auxiliar outras pessoas e nos ajudar no aprimoramento dos nossos cursos.

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Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 1

Introdução . ...................................................................................... 01 Normas profissionais do auditor independente . ...................................... 02 Supervisão e controle de qualidade . ..................................................... 23 Normas sobre fraude e erro ................................................................. 27 Lista de questões . ............................................................................. 42 Bibliografia . ...................................................................................... 53

Introdução

Prezado Aluno,

Bem vindo a nossa primeira aula do Curso Regular de Auditoria Contábil – Teoria e Exercícios.

Seguindo o cronograma inicialmente proposto, veremos hoje os seguintes assuntos:

• Normas profissionais do auditor independente: competência técnico-profissional, independência, responsabilidades, formação de honorários, sigilo e guarda da documentação;

• Supervisão e controle de qualidade; e

• Normas sobre fraude e erro.

Como de costume, colocaremos as questões discutidas durante a aula no final do arquivo, caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os comentários.

Não esqueça, participe do Fórum de dúvidas, que é um dos diferenciais do Ponto. Lá você poderá tirar suas dúvidas, auxiliar outras pessoas e nos ajudar no aprimoramento dos nossos cursos.

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Normas profissionais do auditor independente: Competência técnico-profissional, independência, responsabilidades. Formação de

honorários. Sigilo e guarda da documentação.

Vamos começar nossa aula falando sobre a NBC TA 2001, norma fundamental no novo contexto de auditoria inaugurado a partir das recentes alterações. Ela estabelece os requisitos necessários para o exercício da auditoria independente, entre eles, os requisitos éticos.

O auditor, como a maioria dos profissionais, está sujeito a exigências éticas no que diz respeito aos trabalhos de auditoria de demonstrações contábeis por ele desenvolvidos. Por se tratar de uma profissão que prima pela transparência e confiabilidade, um bom auditor sempre se comporta dentro do mais rígido código de ética.

Portanto, por estarem intimamente relacionadas ao bem estar coletivo da comunidade de pessoas e instituições (acionistas, clientes, empregados, órgãos reguladores etc.), as exigências éticas do auditor incluem, além de princípios morais, normas de comportamento que tenham finalidades práticas que o profissional possa utilizar.

Essas exigências éticas abrangem o Código de Ética Profissional do Contabilista bem como as Normas Brasileiras Profissionais de Auditoria (NBC PAs) aplicáveis. Os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor estão implícitos nessas normas e estão em linha com os princípios do Código de Ética do IFAC2, cujo cumprimento é exigido dos auditores.

Esses princípios são:

(a) Integridade: manter a integridade e a honestidade em todas as suas relações profissionais.

A confiança do público alvo de uma auditoria independente é fundada na integridade do auditor, assim, os profissionais responsáveis pela auditoria devem ser sempre honestos e sinceros. É importante observar que integridade não quer dizer ausência de erros não-intencionais, mas repulsa a distorções intencionais, fraudes, desonestidades e conluios.

(b) Objetividade: não ter conflito de interesses, preservando sempre sua independência – de fato e na aparência.

1 Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria (Resolução CFC nº 1.203/09) 2 International Federation of Accounting

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O auditor deve ser imparcial em todas as questões relacionadas ao seu trabalho (p.ex.: participar da administração da empresa auditada pode prejudicar a objetividade em auditá-la). Dessa forma, a independência é o alicerce do auditor, devendo inclusive ser independente na aparência, pois essa característica deve ser percebida pelo público externo.

(c) Competência e zelo profissional: aumentar continuamente a competência profissional, melhorar a qualidade dos serviços e desempenhar suas atribuições da melhor forma possível.

Zelo profissional significa diligência, cuidado devido, ou seja, são os esforços constantes do auditor para desempenhar seu papel com qualidade: ser cuidadoso e minucioso, observar as normas aplicáveis e ser breve e eficiente na realização dos trabalhos.

O princípio da competência técnica é requisito básico para desempenhar uma função complexa como auditoria, conjugando educação com experiência. Educação compreende desde a preparação para entrada na profissão aos mecanismos de aperfeiçoamento e reciclagem profissional que o auditor é obrigado a se submeter.

Primeiramente, é importante destacar que o auditor deve ser graduado em Ciências Contábeis, e registrado no Conselho Regional de Contabilidade (CRC) para exercer sua profissão.

Além disso, para manutenção de seu cadastro nos órgãos reguladores, esse profissional deve participar de Programas de Educação Continuada com o objetivo de manter, atualizar e expandir seus conhecimentos para o exercício da auditoria.

(d) Confidencialidade: não divulgar informações confidenciais da entidade auditada sem que tenha seu consentimento específico.

Sigilo e confidencialidade são essenciais para manutenção de confiança mútua entre o auditor e o auditado. O auditor deve respeitar e assegurar o sigilo relativo às informações obtidas durante o seu trabalho na entidade auditada, não as divulgando, sob nenhuma circunstância, sem autorização expressa da entidade, salvo quando houver obrigação legal de fazê-lo.

Além disso, quando solicitado, por escrito e fundamentadamente, pelo Conselho Federal de Contabilidade e Conselhos Regionais de Contabilidade, deve exibir as informações obtidas durante o seu trabalho, de modo a demonstrar que foi realizado de acordo com as normas de auditoria e demais dispositivos legais aplicáveis. O sigilo, nesses casos, deverá ser resguardado pelos organizamos profissionais que solicitaram as informações.

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(e) Comportamento (ou conduta) profissional: seguir as normas relevantes de auditoria e evitar quaisquer ações que maculem a imagem de sua profissão.

Vamos analisar uma questão bem recente sobre esse assunto:

1. (ESAF/AFRFB/2009) - adaptada - O auditor da empresa Negócios S.A. estabeleceu três procedimentos obrigatórios para emissão da opinião. O primeiro, que a empresa renovasse o contrato de auditoria para o próximo ano, o segundo, que a empresa emitisse representação formal de que ela cumpriu a sua responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável e o terceiro, que o relatório de auditoria seria assinado por sócio do escritório de contabilidade, cuja única formação é administração de empresas. Pode-se afirmar, com relação aos procedimentos, respectivamente, que:

a) é ético, não é procedimento de auditoria e atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. b) não é ético, não é procedimento de auditoria e não atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. c) é ético, não deve ser considerado para emissão do parecer e atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. d) é ético, considera-se apenas em alguns casos para emissão do parecer e não atende as normas de auditoria e pessoa do auditor. e) não é ético, é procedimento de auditoria e não atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor.

Comentários:

O enunciado pede para avaliarmos três procedimentos que o auditor estabeleceu como condições para a emissão de sua opinião, quais sejam:

1) que a empresa renovasse o contrato de auditoria para o próximo ano;

Ora, o auditor deve pautar sua conduta pela integridade e independência, assim, condicionar a emissão de sua opinião à manutenção do contrato de auditoria causa um conflito de interesse incompatível com sua profissão, que apesar de não estar expresso na norma, revela um comportamento aético.

2) que a empresa emitisse representação formal de que ela cumpriu a sua responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável;

Esse é um procedimento normal de auditoria previsto na NBC TA 580. A Representação formal é uma declaração escrita pela administração, fornecida

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ao auditor, para confirmar certos assuntos ou suportar outra evidência de auditoria.

Entre outros usos, o auditor deve solicitar à administração que forneça representação formal de que ela cumpriu a sua responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável, incluindo quando relevante a adequada apresentação, como estabelecido nos termos do trabalho de auditoria.

Atenção: as normas revogadas se referiam a “carta de responsabilidade da administração”, que com as novas normas, foi substituída pela representação formal. Na aula 05 trataremos desse assunto.

3) que o relatório seria assinado por sócio do escritório de contabilidade, cuja única formação é administração de empresas;

Esse procedimento contrataria a NBC TA 700, item A37, que dispõe que o relatório de auditoria deve ser assinado pelo auditor, tanto da firma como do sócio ou responsável técnico, com o respectivo número de registro no Conselho Regional de Contabilidade na categoria de Contador.

Atenção: a questão original mencionava o “parecer” do auditor independente, instrumento mediante o qual o auditor emitia sua opinião; que com as mudanças, passou a ser denominado, simplesmente, relatório. Falaremos sobre isso com detalhes na aula 04.

Gabarito da questão: Letra E.

Competência Técnico-Profissional3 do auditor independente

O auditor independente das demonstrações contábeis, assim como qualquer outro profissional, necessita de competências técnicas para exercer o seu trabalho. Quando pensamos nessas competências, a primeira coisa que nos vem em mente é o conhecimento específico exigido desse profissional: contabilidade.

Em outras palavras, o auditor deve possuir conhecimento atualizado dos Princípios Fundamentais de Contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade, bem como das técnicas contábeis, especialmente na área de auditoria, da legislação inerente à sua profissão. Por esse motivo a auditoria das demonstrações contábeis deve ser exercida por Bacharel em Ciências Contábeis (contadores propriamente ditos).

Contudo, é necessário que esse profissional vá além dos conhecimentos específicos de sua formação acadêmica e conheça as atividades específicas da

3 Item 1.1 da NBC P 1 - Resolução CFC 821/97

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entidade auditada, ou seja, conceitos e técnicas administrativas e a legislação específica aplicável.

Ora, um profissional incumbido de auditar, por exemplo, as demonstrações contábeis de uma grande empresa de securitização, deve ter conhecimentos específicos desta área para realizar seu trabalho. Pois, somente assim será possível compreender e identificar as transações realizadas, seus impactos na contabilidade da instituição e, consequentemente, seus efeitos nas demonstrações contábeis.

Uma conclusão que tiramos de tudo isso é que não é tarefa fácil executar uma auditoria em determinadas empresas ou setores, pois o conhecimento e a experiência exigidos estão muitas vezes fora do alcance da maioria dos profissionais.

Portanto, nem sempre o auditor independente estará capacitado para realizar uma auditoria. Assim, sempre antes de aceitar qualquer trabalho, esse profissional deve obter conhecimento preliminar da atividade da entidade a ser auditada e deve recusar os serviços sempre que reconhecer não estar adequadamente capacitado para desenvolvê-los.

Essa avaliação deve ser feita junto à administração da entidade, levando em consideração a estrutura organizacional, a complexidade das operações e o grau de exigência requerido para a realização do trabalho de auditoria.

Outro ponto importante é que essa avaliação deve ficar evidenciada, de modo a poder ser comprovado o grau de prudência e zelo na contratação dos serviços de auditoria. Enfim, o auditor deve ter segurança de que está capacitado para assumir a responsabilidade pelo trabalho a ser realizado.

Entretanto, isso não quer dizer que o auditor deve possuir um conhecimento detalhado de todas as rotinas e especificidades da entidade auditada.

Veremos, na aula 06, que o auditor poderá utilizar os serviços de especialista em certas ocasiões, em face de um determinado grau de especialização que venha a ser requerida no decorrer do trabalho. Ou seja, o auditor não precisa ser um expert em todas as áreas de atuação da empresa, contudo, precisa ter conhecimento suficiente que lhe permita emitir uma opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas.

Por tudo o que foi discutido, o auditor deve recusar os serviços sempre que reconhecer não estar adequadamente capacitado para desenvolvê-los, contemplada a utilização de especialistas noutras áreas, em face da especialização requerida e dos objetivos do contratante.

Veja essa questão:

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2. (ESAF/SEFIN-RECIFE-Auditor/2003) Entre as habilidades e competências profissionais que o auditor deve possuir, estão:

a) capacidade para aplicação das normas, procedimentos e técnicas na execução das auditorias. b) capacidade de supor e imaginar quando não conseguir evidenciar, em seus procedimentos de auditoria, confirmação dos fatos analisados. c) conhecimentos de fundamentos de economia, direito comercial, impostos, finanças, entre outros. d) capacidade na área de princípios, convenções, postulados e técnicas contábeis. e) conhecimentos dos princípios de administração, para reconhecer e avaliar a relevância e o significado dos eventuais desvios em relação às boas práticas empresariais.

Comentários:

O enunciado pede quais competências profissionais o auditor deve possuir, no entanto, o gabarito preliminar apontou o item ‘b’, justamente o que representa a única “competência” que o auditor não deve possuir.

O auditor não pode supor ou imaginar qualquer coisa, pois, a sua opinião deve ser suportada por evidências (falaremos sobre isso na aula 03). Assim, com exceção do item ‘b’, as demais assertivas trazem habilidades e competências desejáveis.

A Banca, acertadamente, anulou a questão.

Independência4

Podemos definir a independência como o estado no qual as obrigações ou os interesses do auditor são, suficientemente, isentos dos interesses das entidades auditadas para permitir que os serviços sejam prestados com objetividade.

Em suma, é a capacidade de julgar e atuar com integridade e objetividade, permitindo a emissão de relatórios imparciais em relação à entidade auditada, aos acionistas, aos sócios, aos quotistas, aos cooperados e a todas as demais partes que possam estar relacionadas com o seu trabalho.

Nesse sentido, o auditor deve ser independente, não podendo se deixar influenciar por preconceitos ou quaisquer outros elementos materiais ou afetivos que resultem perda, efetiva ou aparente, de sua independência. Ou seja, deve evitar fatos e circunstâncias que passem a percepção que a

4 NBC PA 02 - Resolução CFC 1.267/09

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integridade, a objetividade ou o ceticismo profissional do auditor estejam comprometidos.

De acordo com a NBC PA 02, a independência pode ser afetada por ameaças de interesse próprio, auto-revisão, defesa de interesses da entidade auditada, familiaridade e intimidação.

• Ameaça de interesse próprio: ocorre quando o auditor poderia auferir benefícios financeiros na entidade auditada, ou outro conflito de interesse próprio com essa entidade auditada.

• Ameaça de auto-revisão: ocorre quando o auditor era, anteriormente, administrador ou diretor da entidade auditada, ou era um funcionário cujo cargo lhe permitia exercer influência direta e importante sobre o objeto do trabalho de auditoria.

• Ameaça de defesa de interesses da entidade auditada: ocorre quando o auditor defende ou parece defender a posição ou a opinião da entidade auditada, a ponto de poder comprometer ou dar a impressão de comprometer a objetividade.

• Ameaça de familiaridade: ocorre quando, em virtude de um relacionamento estreito com uma entidade auditada, com seus administradores, com diretores ou com funcionários, o auditor passa a se identificar, demasiadamente, com os interesses da entidade.

• Ameaça de intimidação: ocorre quando o auditor encontra obstáculos para agir, objetivamente e com ceticismo profissional, devido a ameaças, reais ou percebidas, por parte de administradores, diretores ou funcionários de uma entidade.

Ainda, segundo o item 60 da NBC PA 02, a prestação de serviços de consultoria como: avaliação de empresas e reavaliação de ativos; serviços de assistência tributária, fiscal e parafiscal; serviços de auditoria interna à entidade auditada etc., pode causar a perda da independência.

Outras normas, de setores específicos, podem dispor sobre ameaças à independência. Por exemplo, o art. 7º da Resolução CNSP nº 118, de 2004, dispõe sobre vedações na contratação e manutenção de auditor independente das sociedades seguradoras, de capitalização e entidades abertas de previdência complementar.

Vamos analisar algumas questões para entender esse assunto:

3. (ESAF / Analista Técnico - Susep / 2010) Com relação à atividade profissional do auditor externo, pode-se afirmar que:

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I. o auditor externo, ao realizar a auditoria em entidade seguradora, pode ter nível de parentesco até segundo grau com os administradores e gestores da entidade auditada, desde que declare para a SUSEP, CVM e CFC, antes do início da auditoria, este vínculo.

II. todo auditor externo, registrado no Conselho Federal de Contabilidade, que tenha registro no CNAI – Cadastro Nacional de Auditores Independentes, pode realizar auditoria em Seguradoras e Entidade de Previdência Complementar Aberta.

III. para ser auditor responsável pelos trabalhos, exercendo a função de sócio de auditoria, o auditor deve ter formação em nível superior nos cursos de administração de empresas ou contabilidade.

Assinale a opção correta, com relação às afirmativas acima. a) Somente a I e II são verdadeiras. b) Somente I e III são falsas. c) Todas são verdadeiras. d) Somente II e III são falsas. e) Todas são falsas.

Comentários:

Vamos analisar cada um dos itens:

Item I - De acordo com a NBC PA 02, a independência do Auditor pode ser afetada por ameaças de familiaridade que ocorre quando, em virtude de um relacionamento estreito com uma entidade auditada, com seus administradores, com diretores ou com funcionários, o auditor passa a se identificar, demasiadamente, com os interesses da entidade. Portanto, item errado.

Item II - O art. 7º da Resolução CNSP nº 118, de 2004, relaciona diversas situações nas quais é vedada a contratação e a manutenção de auditor independente das sociedades seguradoras, de capitalização e entidades abertas de previdência complementar. Portanto, não é todo o auditor externo que pode realizar auditoria em Seguradoras e Entidade de Previdência Complementar Aberta. Portanto, item errado.

Item III - O auditor responsável pelos trabalhos de auditoria deve ser um contador, devidamente habilitado. Portanto, item errado.

Dessa forma, todos os itens são falsos, gabarito letra “E”.

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4. (FCC / Analista - APOFP / 2010) As normas brasileiras que estabelecem os preceitos de conduta para o exercício profissional, especificamente para aqueles que atuam como auditores independentes, são estruturadas como

(A) NBC TP. (B) NBC TI. (C) NBC PI. (D) NBC TA. (E) NBC PA.

Comentários:

Já vimos que as normas profissionais do auditor independente são denominadas NBC PA.

Portanto, gabarito letra ‘E’.

5. (ESAF/Analista Técnico Área: Controle e Fiscalização/Atuária/SUSEP/2006) Das situações abaixo, indique qual não restringe ou veta a contratação de auditoria independente, por parte das entidades seguradoras, de capitalização e entidades abertas de previdência privada.

a) Prestação de serviços de consultoria atuarial pela firma de auditoria independente. b) Ser segurado da empresa seguradora auditada, tendo apólice de cobertura de Incêndio e Roubo de Bens. c) Contratação de apólice de seguros de responsabilidade civil profissional da empresa a ser auditada. d) Planejamento tributário elaborado para a empresa auditada e suas coligadas e controladas. e) Pagamentos de honorários que representem 30% do faturamento total da firma de auditoria independente.

Comentários:

Vamos agora analisar item a item as assertivas:

Letra A

Como vimos, a prestação de serviços de consultoria pode causar a perda da independência.

Letra B

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A manutenção de uma apólice de cobertura de incêndio e roubo de bens junto à empresa auditada, representa uma transação comercial que desde que feita dentro do curso normal de negócios e na mesma condição com terceiros não caracteriza a perda da independência. Portanto, é o gabarito da questão.

Mas, veja que, mesmo no curso normal das atividades da auditada, essas operações não podem ser de tal dimensão que criem ameaça de interesse próprio ou de intimidação.

Letra C

Já a contratação de apólice de seguros de responsabilidade civil profissional da empresa a ser auditada não é compatível com o exercício da auditoria, pois o auditor estaria mantendo um seguro de responsabilidade junto à mesma entidade que poderia acioná-lo na justiça, nesse caso há um nítido conflito de interesses.

Letra D

A prestação de consultoria na área de planejamento tributário é prevista expressamente nas normas como um dos serviços que pode ocasionar a perda da independência do auditor.

Letra E

Da mesma forma que o item anterior, a norma prevê que o pagamento de honorários e reembolso de despesas do auditor independente, com representatividade igual ou superior a 25% (vinte e cinco por cento) do faturamento total do auditor independente naquele ano, causa a perda de independência.

6. (ESAF/ATM/Natal/2008) A firma de auditoria Verificações Ltda. foi convidada, pela empresa Múltiplos S.A., para elaborar proposta de auditoria para suas demonstrações contábeis relativas ao ano de 2007. O auditor, nesse período, já havia efetuado a revisão das declarações de imposto de renda da empresa e consultoria, elaborando a avaliação dos ativos de uma empresa coligada, para que a mesma fosse incorporada pela empresa Múltiplos S.A. Deve o auditor, nessa situação,

a) recusar o convite de auditoria por conflito nos trabalhos já executados e os a serem desempenhados. b) participar do processo elaborando proposta que evidencie os trabalhos já executados e os honorários cobrados. c) omitir os serviços de consultoria prestados, deixando que o cliente analise sua independência ou não para realização do trabalho.

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d) exigir os trabalhos como complemento das atividades já desempenhadas na empresa. e) aceitar o convite, com limitação de escopo, restringindo os trabalhos somente aos processos dos quais não tenha participado como consultor.

Comentários:

O enunciado nos informa que o auditor já havia efetuado a revisão das declarações de imposto de renda da empresa e consultoria, elaborando a avaliação dos ativos de uma empresa coligada, para efeitos de incorporação.

Como já visto a prestação de serviços de consultoria de uma forma em geral pode causar a perda da independência do auditor externo. Além disso, a NBC PA 02 cita expressamente a prestação de serviços de consultoria de avaliação de empresas e reavaliação de ativos como passível dessa perda.

Portanto, nessa situação, cabe ao auditor recusar o trabalho em virtude do conflito de interesses em relação aos trabalhos já realizados. Gabarito, letra ‘A’.

7. (ESAF/AFRE/Sefaz-CE/2006) É fator determinante para a recusa de um trabalho de auditoria externa

a) o auditor ser importante acionista da empresa auditada. b) o auditor ter conhecimento suficiente sobre o negócio da empresa. c) a possibilidade de o profissional contratado poder realizar o trabalho com imparcialidade. d) a necessidade de uso de especialistas para avaliação de áreas específicas. e) a existência de fraude ou erro nas demonstrações auditadas.

Comentários:

Letra A

A assertiva ‘a’ representa flagrantemente uma ameaça de interesse próprio, o auditor não pode ter participação relevante na empresa que irá auditar. Portanto, esse fator é determinante para a recusa de um trabalho de auditoria externa.

Letra B

Além de não ser um fator determinante para a recusa do trabalho, essa assertiva representa uma das competências que são desejáveis em um auditor independente.

Letra C

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Uma das qualidades essenciais do auditor é portar-se com imparcialidade.

Letra D

O auditor não é obrigado a conhecer todas as áreas de conhecimento necessárias para a realização de uma auditoria, caso necessite pode utilizar do trabalho de especialistas, portanto, isso não é motivo para a recusa do trabalho.

Letra E

A existência de fraude ou erro nas demonstrações não é motivo para a recusa do trabalho, na realidade, é responsabilidade do auditor obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contém distorções relevantes, causadas por fraude ou erro (veremos esse assunto mais adiante), e caso contenham é dever do auditor, caso as identifique, relatar tal fato à administração.

Gabarito: letra ‘A’.

8. (ESAF/AFC/Área: Auditoria e Fiscalização/CGU/2006) Ao tratar da independência, as Normas Brasileiras para o Exercício da Auditoria Independente definem "entidade relacionada" como aquela que possui uma das seguintes relações com a entidade auditada, exceto a

a) entidade que tem controle direto ou indireto sobre a entidade auditada, desde que a entidade auditada seja relevante para essa entidade. b) entidade com interesse financeiro direto na entidade auditada, qualquer que seja a significância desse interesse financeiro na entidade auditada. c) entidade sobre a qual a entidade auditada tenha controle direto ou indireto. d) entidade na qual a entidade auditada, ou uma entidade a esta relacionada, tenha um interesse financeiro direto que lhe proporcione influência significativa, ou seja, preponderância nas deliberações sociais, sobre essa entidade e o interesse seja relevante para a entidade auditada e sua entidade relacionada. e) entidade sob controle comum ao da entidade auditada desde que essa entidade e a entidade auditada sejam, ambas, relevantes para a entidade controladora.

Comentários:

Segundo o item 5 da NBC PA 02, são entidades relacionadas:

1 Entidade que tem controle direto ou indireto sobre a entidade auditada, desde que a entidade auditada seja relevante para essa entidade;

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2

Entidade com interesse financeiro direto na entidade auditada, desde que tal entidade tenha influência significativa sobre a entidade auditada e o interesse na entidade auditada seja relevante para essa entidade;

3 Entidade sobre a qual a entidade auditada tenha controle direto ou indireto;

4

Entidade na qual a entidade auditada, ou a entidade a esta relacionada, tenha interesse financeiro direto que lhe proporcione influência significativa, ou seja, preponderância nas deliberações sociais, sobre essa entidade e o interesse seja relevante para a entidade auditada e sua entidade relacionada; e

5

Entidade sob controle comum ao da entidade auditada desde que essa entidade e a entidade auditada sejam, ambas, relevantes para a entidade controladora.

As assertivas ‘a’, ‘c’, ‘d’ e ‘e’ correspondem às previsões elencadas na norma citada, respectivamente, itens 1, 3, 4 e 5.

O erro da assertiva ‘b’ está em afirmar que o interesse financeiro direto não precisa ser significante, veja que a norma fala em interesse relevante.

9. (ESAF/AFTE/Sefaz-RN/2004-5) Não é fator que impeça o auditor independente de aceitar trabalhos de auditoria em entidades:

a) vínculo conjugal com administradores da entidade. b) ter sido empregado da entidade há mais de dois anos. c) ser acionista da empresa auditada. d) ter interesse financeiro direto na entidade. e) fixar honorários condicionais à natureza do trabalho.

Comentários:

Letra A

A perda de independência também está sujeita à proximidade do relacionamento e ao papel do membro da família do auditor na entidade auditada. Dessa forma, pessoas próximas ou familiares do auditor que exerçam função de administradores, acionistas, sócios ou com empregados que tenham ingerência na administração da entidade auditada ou sejam responsáveis por sua contabilidade, podem causar perda de independência.

Letra B

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Pode ocorrer a perda de independência da entidade de auditoria se ex-funcionários da empresa auditada atuarem na equipe de auditoria. Isso se aplica, particularmente, no caso em que o profissional tenha que avaliar, por exemplo, elementos das demonstrações contábeis que ele mesmo tenha elaborado, ou ajudado a elaborar, enquanto atuando na empresa auditada.

Portanto, há duas possibilidades para um membro da equipe de auditoria que tiver atuado na entidade auditada, dependendo de quando atuou na entidade.

• Durante o período coberto pela auditoria: a ameaça à perda de independência é tão significativa que nenhuma salvaguarda pode reduzi-la a um nível aceitável. Consequentemente, tais indivíduos não devem ser designados como membros da equipe de auditoria.

• Durante o período imediatamente anterior ao período coberto pela auditoria: pode haver ameaças de interesse próprio, de auto-revisão ou de familiaridade. Por exemplo, essas ameaças seriam criadas se uma decisão tomada ou um trabalho executado pelo indivíduo no período imediatamente anterior, enquanto empregado pela entidade auditada está para ser analisado como parte da auditoria no período corrente.

A significância dessas ameaças depende de fatores como a posição que o indivíduo ocupava na entidade auditada e ocupa na entidade de auditoria, bem como o lapso de tempo decorrido de, no mínimo, dois anos desde que o indivíduo desvinculou-se da entidade auditada.

Assim, no caso da assertiva, como o auditor foi empregado da empresa auditada há mais de dois anos, não está caracterizada a perda da independência.

Letras C e D

Interesses financeiros são a propriedade de títulos, valores mobiliários ou quaisquer outros tipos de investimentos adquiridos ou mantidos pela entidade de auditoria, seus sócios, membros da equipe de auditoria ou membros imediatos da família destas pessoas, relativamente à entidade auditada, suas controladas ou integrantes de um mesmo grupo econômico.

Podemos dividi-los em diretos e indiretos, sendo que os primeiros são aqueles sobre os quais o detentor tem controle direto sobre o investimento (seja em ações, debêntures ou em outros títulos e valores mobiliários), enquanto que os interesses indiretos são aqueles sobre os quais o detentor não tem controle algum sobre o investimento.

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Em outras palavras, os interesses financeiros indiretos estão relacionados a investimentos em empresas ou outras entidades, por planos de investimento global, sucessão, fideicomisso, fundo comum de investimento ou entidade financeira sobre os quais a pessoa não detém o controle nem exerce influência significativa (ex.: fundo de ações administrado por um banco). Dessa forma, a relevância de interesse financeiro indireto deve ser sempre considerada em cada caso.

De acordo com as normas de auditoria, um interesse financeiro indireto é considerado relevante se seu valor for superior a 5% do patrimônio líquido da pessoa. Para esse fim, deve ser adicionado o patrimônio líquido dos membros imediatos da família.

Sejam esses interesses diretos ou indiretos, sempre que existirem caracterizarão a perda de independência do auditor. Portanto, nesses casos, a única salvaguarda possível é alienar o interesse financeiro direto ou indireto relevante5 antes de a pessoa tornar-se membro da equipe de auditoria ou afastar essa pessoa do trabalho da entidade auditada.

Letra E

Os honorários devem ser calculados como função da complexidade e das necessidades de recursos que a auditoria vai demandar. Estabelecer a remuneração que não seja por esse tipo de critério, compromete a independência do auditor.

Nesse sentido, honorários contingenciais, ou seja, aqueles calculados em uma base pré-determinada com relação ao resultado do trabalho executado, não devem ser praticados por gerar conflitos de interesses e, por consequência, perda de independência.

Por exemplo, suponha uma situação em que o auditor condicione os seus honorários ao resultado da auditoria: R$100mil (opinião adversa) e R$1 milhão (opinião sem ressalvas). Logicamente, esse tipo de remuneração é inaceitável.

Gabarito: letra ‘B’.

Responsabilidades do auditor independente

Dentro das Normas Profissionais do Auditor Independente, é importante entender como o auditor deve conduzir seus trabalhos e quais são suas responsabilidades.

Como já foi dito, o auditor deve ser imparcial ao opinar sobre as demonstrações contábeis, aplicando o máximo de cuidado e zelo na realização 5 No caso de investimentos indiretos é possível também alienar uma quantidade suficiente dele para que o interesse remanescente deixe de ser relevante.

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dos trabalhos e na exposição de suas conclusões. Além disso, a avaliação das demonstrações contábeis não tem por objetivo precípuo a descoberta de fraudes. Todavia, o auditor independente deve considerar a possibilidade de sua ocorrência.

O senso comum, muitas vezes, nos pode fazer pensar que um auditor independente é contratado para descobrir fraudes em uma empresa.

Isso não é verdade, o objetivo principal da auditoria das demonstrações contábeis não é encontrar erros ou fraudes na empresa, mas avaliar a adequação dessas demonstrações. É certo que o auditor deve estar atento… fraudes e erros existem, dessa forma, o profissional deve estar preparado para não se deixar enganar, planejando e executando o seu trabalho levando em consideração a possibilidade de ocorrência desses eventos.

Quando eventuais distorções, por fraude ou erro, afetarem as demonstrações contábeis de forma relevante, cabe ao auditor independente, caso não tenha feito ressalva específica em seu relatório (= ou parecer, nas normas revogadas), demonstrar que seus exames foram conduzidos de forma a atender as normas vigentes.

Assim, o auditor é responsável pelo atendimento das normas da profissão contábil e pelas regras e procedimentos destinados a promover a qualidade dos trabalhos de auditoria. Ou seja, sua responsabilidade é limitada aos próprios objetivos da auditoria das demonstrações contábeis.

Veja essa questão:

10. (ESAF/AFRFB/2009) A responsabilidade primária na prevenção e detecção de fraudes e erros é:

a) da administração. b) da auditoria interna. c) do conselho de administração. d) da auditoria externa. e) do comitê de auditoria.

Comentários:

A responsabilidade primária na prevenção de erros e fraudes é da administração. A empresa é responsável pela implantação de sistemas de controle interno de modo a permitir que as demonstrações financeiras reflitam a real posição contábil, financeira e patrimonial.

Ao auditor independente cabe planejar o seu trabalho, considerando a possibilidade de encontrar tais impropriedades.

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Essa responsabilidade não foi alterada com as novas normas, segundo a NBC TA 240, a principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança6 da entidade e da sua administração. Portanto, o gabarito da questão é a letra ‘A’.

11. (ESAF/ATM/Natal/2008) A responsabilidade primária na prevenção e identificação de fraudes e erros na empresa é:

a) da administração. b) da auditoria interna. c) do comitê de gestão corporativa. d) do Conselho Fiscal. e) da auditoria externa.

Comentários:

Veja como as questões se repetem. Esse é só um dos inúmeros exemplos que mostram a importância da resolução de provas passadas, são pontos certos e preciosos para a aprovação.

Segundo a novíssima NBC TA 240, a principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração. Gabarito, letra ‘a’.

Sigilo e da guarda da documentação de auditoria

O dever de guarda sigilo é disciplinado, de forma geral, pela resolução CFC nº 1.100/07, que aprovou a NBC P 1.6; por sua vez, a NBC TA 230, que substituiu a resolução nº 1.024/05 (papéis de trabalho), trata da documentação de auditoria.

Nesse ponto, é importante ressaltar que segundo a NBC TA 230, a documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria executados, da evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor (usualmente também é utilizada a expressão “papéis detrabalho”).

Outra norma importante no contexto da guarda da documentação de auditoria é a resolução CFC nº 1.201/09 que aprovou a NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes.

6 Responsáveis pela governança são as pessoas com responsabilidade de supervisionar a direção estratégica da entidade e, consequentemente, de supervisionar as atividades da Administração (isso inclui a supervisão geral do relatório financeiro).

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Segundo essa última, a documentação do trabalho de auditoria é de propriedade da firma7, e esta pode, a seu critério, disponibilizar partes ou trechos da documentação do trabalho aos clientes, desde que essa divulgação não prejudique a validade do trabalho realizado ou a independência da firma ou do seu pessoal.

A norma estabelece que as firmas devem estabelecer políticas e procedimentos para a retenção da documentação de trabalhos. O período de retenção para trabalhos de auditoria geralmente não é inferior a cinco anos a contar da data do relatório.

Além disso, o sigilo envolve a obrigatoriedade do auditor não revelar as informações que obteve e tem conhecimento em função de seu trabalho na entidade auditada.

O auditor deve respeitar e assegurar o sigilo relativo às informações obtidas durante o seu trabalho na entidade auditada, não as divulgando, sob nenhuma circunstância, sem autorização expressa da entidade, salvo quando houver obrigação legal de fazê-lo. Essa obrigação se mantém mesmo depois de terminados os compromissos contratuais.

Ou seja, o auditor, como regra, não pode divulgar as informações obtidas durante o seu trabalho na entidade auditada, exceto em duas ocasiões:

• quanto tiver autorização expressa da entidade; • quando houver obrigações legais que o obriguem a fazê-lo.

O sigilo profissional deve ser observado na relação entre o auditor e a entidade auditada, na relação entre os auditores, na relação entre os auditores e os organismos reguladores e fiscalizadores e na relação entre o auditor e demais terceiros.

Adicionalmente, há duas situações especiais a serem destacadas e que podem causar dúvidas quanto à possibilidade de o auditor repassar informações da entidade. A primeira refere-se ao auditor que eventualmente venha a sucedê-lo e a segunda refere-se aos conselhos de contabilidade e aos órgãos reguladores e fiscalizadores.

O auditor, quando previamente autorizado pela entidade auditada, deverá fornecer as informações que forem julgadas necessárias ao trabalho do auditor independente que o suceder.

Além disso, quando solicitado, por escrito e fundamentadamente, pelo Conselho Federal de Contabilidade e Conselhos Regionais de Contabilidade, deve exibir as informações obtidas durante o seu trabalho, para demonstrar

7 Firma é um único profissional ou sociedade de pessoas que atuam como auditor independente.

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que o mesmo foi realizado de acordo com as normas e com os demais dispositivos legais aplicáveis. O sigilo, nesses casos, deverá ser resguardado pelos organizamos profissionais que solicitaram as informações.

Em outras palavras, as informações da entidade podem ser repassadas para os futuros auditores independentes, somente se for autorizado pela entidade auditada, e para os Conselhos de Contabilidade sempre que solicitado, por escrito e fundamentadamente.

Vamos ver algumas questões:

12. (ESAF/APOFP/Sefaz-SP/2009) - adaptada - Compostos pela documentação preparada pelo auditor ou a ele fornecida na execução da auditoria, a documentação de auditoria possue as seguintes características, exceto:

a) sua disponibilização a terceiros é permitida, desde que formalmente autorizada pela entidade auditada. b) apenas abrigam informações em papel, sendo vedadas as evidências obtidas por meios eletrônicos. c) sua confidencialidade é dever permanente do auditor. d) devem ser mantidos sob a custódia do auditor por um prazo de cinco anos, a partir da data de emissão do relatório de auditoria. e) sua padronização não é obrigatória.

Comentários:

Vamos analisar as assertivas:

Letra A

Vimos que existem duas ocasiões em que o auditor pode divulgar as informações obtidas durante o seu trabalho na entidade auditada:

• quanto tiver autorização expressa da entidade; • quando houver obrigações legais que o obriguem a fazê-lo.

Letra B

A documentação de auditoria pode se revestir em qualquer formato, impressa, eletrônica ou outro meio, e em qualquer desses formatos o dever de sigilo é o mesmo. Portanto, essa assertiva é o gabarito da questão.

Letra C

Perfeito, a obrigação de confidencialidade se mantém mesmo depois de terminados os compromissos contratuais.

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Letra D

Como vimos, em regra, o período de retenção para trabalhos de auditoria não é inferior a cinco anos a contar da data do relatório do auditor.

Letra E

Apesar de desejável a padronização da documentação de auditoria ou papéis de trabalho não é obrigatória, muitas vezes, nem é possível, pois a forma, o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria dependem de fatores como: tamanho e complexidade da entidade; natureza dos procedimentos de auditoria a serem executados; riscos identificados de distorção relevante; importância da evidência de auditoria obtida; natureza e extensão das exceções identificadas; necessidade de documentar a conclusão ou a base da conclusão não prontamente determinável a partir da documentação do trabalho executado ou da evidência de auditoria obtida; metodologia e as ferramentas de auditoria usadas.

13. (ESAF/ATM/Natal/2008) A empresa Documental S.A., tendo como objetivo manter um arquivo completo sobre o seu processo de auditoria, exige do auditor que forneça cópia de todos os seus arquivos eletrônicos e papéis de trabalho elaborados durante a execução de seus serviços. Pode-se afirmar que:

a) a referida solicitação é pertinente, uma vez que a empresa também é responsável pela guarda e sigilo dos papéis de trabalho. b) a solicitação da empresa é indiferente, pois os papéis de trabalho são de acesso público, conforme determinado por resolução da Comissão de Valores Mobiliários. c) é indevida a solicitação, visto que a guarda e sigilo dos papéis são de responsabilidade do auditor. d) é permitido à empresa solicitar os papéis de trabalho, visto estar sujeita a questionamentos por parte dos acionistas ou de terceiros. e) a solicitação é irregular, já que em nenhuma hipótese os papéis de trabalho podem ser disponibilizados, seja para a empresa seja para qualquer usuário.

Comentários:

Como vimos, a documentação do trabalho de auditoria (papéis de trabalho) é de propriedade do auditor, e ele pode, a seu critério, disponibilizar partes ou trechos da documentação do trabalho aos clientes, desde que essa divulgação não prejudique a validade do trabalho realizado ou a independência da firma ou do seu pessoal.

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Ou seja, a disponibilização da documentação é uma liberalidade do auditor, a empresa auditada não pode exigir o fornecimento desta. Portanto, a solicitação a que se refere o enunciado é indevida.

Assim, as assertivas ‘a’, ‘b’ e ‘d’ estão erradas, pois a exigência da empresa foi indevida.

Já, a assertiva ‘e’ está errada ao afirmar que em nenhuma hipótese os papéis de trabalho podem ser disponibilizados, vimos que o auditor pode, a seu critério disponibilizá-los à empresa auditada e, ainda, a terceiros, quando tiver autorização expressa da entidade ou houver obrigações legais que o obrigue a fazê-lo. Portanto, gabarito letra ‘C’.

14. (ESAF/AFC/Área: Auditoria e Fiscalização/CGU/2006) – adaptada - Segundo as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis, o auditor deve adotar procedimentos apropriados para manter a custódia dos papéis de trabalho

a) pelo prazo de cinco anos, a partir da data de emissão do seu relatório. b) pelo prazo de três anos, a partir da data de emissão do seu relatório. c) pelo prazo de cinco anos, a partir da data de finalização da auditoria. d) pelo prazo de três anos, a partir da data de finalização da auditoria. e) pelo prazo de dois anos, a partir da data de finalização da auditoria.

15. (ESAF/AFRE/MG/2005) – adaptada - O prazo normal para guarda dos papéis de trabalho pelo auditor é:

a) 5 anos da data da emissão do relatório de auditoria. b) 6 anos da data da publicação do balanço pela empresa. c) 5 anos da data do encerramento das demonstrações auditadas. d) indeterminado, enquanto a empresa for cliente. e) aquele pelo qual a firma de auditoria for contratada.

Comentários:

Vimos que em regra o auditor deve reter, ou seja, manter a custódia da documentação de auditoria por no mínimo cinco anos a contar da data do seu relatório ou, se posterior, da data do relatório do auditor do grupo. Portanto, o gabarito de ambas as questões é a letra ‘A’.

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Supervisão e controle de qualidade

“Supervisão e Controle de Qualidade” é um tema pouco cobrado em provas de concurso. Esse assunto é tratado nas Resoluções CFC 1.201/09 (NBC PA 01) e 1.205/09 (NBC TA 220).

O auditor e as firmas de auditoria devem estabelecer e manter um sistema de controle de qualidade do trabalho realizado a fim de obter segurança razoável de que todas as normas técnicas, bem como as exigências regulatórias e legais estão sendo cumpridas; e de que os relatórios sobre as demonstrações contábeis estão corretos e apropriados.

Dessa forma, um sistema de controle de qualidade inclui políticas e procedimentos que tratam dos seguintes tópicos:

• Responsabilidades da liderança pela qualidade: o sistema de controle de qualidade é responsabilidade do auditor independente ou do presidente da firma de auditoria.

• Exigências éticas relevantes: o auditor e sua equipe cumprem as exigências éticas relevantes, como independência, objetividade, zelo profissional e confidencialidade.

• Aceitação e continuidade do relacionamento com clientes e de trabalhos específicos: segurança razoável de que a aceitação e continuidade do relacionamento com clientes apenas se dará nos casos em que o auditor:

o é competente para executar o trabalho e possui habilidades, incluindo tempo e recursos, para isso;

o consegue cumprir as exigências éticas relevantes; e o considerou a integridade do cliente, e não tem informações que

o levaria a concluir que o cliente não é íntegro

• Recursos humanos: pessoal suficiente com competência, habilidade e compromisso com os princípios éticos.

• Execução do trabalho: trabalhos são executados de acordo com normas técnicas e exigências regulatórias e legais aplicáveis.

• Monitoramento: avaliação contínua de que as políticas e os procedimentos relacionados com o sistema de controle de qualidade são relevantes, adequados e estão operando de maneira efetiva.

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Enfim, seja um auditor independente, pessoa física ou uma firma de auditoria, ambos devem constituir um sistema de controle de qualidade capaz de fornecer segurança de que o trabalho desenvolvido está de acordo com as normas técnicas e profissionais de auditoria.

O auditor ou sócio encarregado do trabalho deve assumir a responsabilidade pela qualidade geral do trabalho de auditoria. Dessa forma, o auditor pode levar em consideração, ao analisar as competências e as habilidades esperadas da equipe de trabalho, se esta:

• possui experiência prática de trabalhos de natureza e complexidade semelhantes;

• entende as normas técnicas e as exigências legais e regulamentares; • possui especialização técnica, incluindo especialização em tecnologia da

informação pertinente e áreas especializadas de contabilidade ou auditoria;

• possui conhecimentos relevantes sobre o setor/indústria em que o cliente opera;

• possui capacidade para aplicar julgamento profissional; e • entende as políticas e procedimentos de controle de qualidade da firma.

Outro ponto importante dentro do processo de controle de qualidade é a responsabilidade do auditor em realizar revisões periódicas do trabalho, de acordo com as políticas e procedimentos da firma de auditoria, com base no fato de que o trabalho de membros menos experientes da equipe deve ser revisado por membros mais experientes.

Essas revisões permitem que assuntos significativos sejam prontamente resolvidos e áreas críticas de julgamento, especialmente aquelas relacionadas com assuntos complexos ou controversos, sejam identificadas no curso do trabalho.

Uma revisão consiste em considerar, por exemplo, se o trabalho foi realizado de acordo com as normas técnicas, profissionais e exigências legais e regulamentares aplicáveis; se o trabalho realizado suporta as conclusões obtidas e está adequadamente documentado; e se as evidências obtidas são suficientes e apropriadas para suportar o relatório.

Vamos ver algumas questões sobre esse assunto:

16. (FGV / ICMS-RJ / 2010) A respeito do controle de qualidade da Auditoria das Demonstrações Contábeis, analise as afirmativas a seguir:

I. Os sistemas, as políticas e os procedimentos de controle de qualidade são de responsabilidade da empresa auditada que deve seguir as políticas e processos de trabalho implantadas.

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II. O revisor do controle de qualidade do trabalho deve realizar uma avaliação subjetiva dos julgamentos feitos pela equipe de trabalho e, ao elaborar o relatório, as conclusões devem envolver a revisão das demonstrações contábeis.

III. No caso de surgirem diferenças de opinião dentro da equipe de trabalho, com as pessoas consultadas ou, quando aplicável, entre o sócio encarregado do trabalho e o revisor do controle de qualidade do trabalho, a equipe de trabalho deve seguir as políticas e procedimentos da firma para tratar e resolver as diferenças de opinião.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

Comentários:

Todos os itens podem ser respondidos a partir da leitura da NBC PA 01 (Resolução CFC nº 1.201/09).

I. Errado, pois o sistema de controle de qualidade da firma de auditoria é do presidente da firma de auditoria (sócio-gerente ou equivalente) ou da diretoria executiva da firma de auditoria (ou equivalente).

II. Errado, pois a avaliação do revisor do controle de qualidade deve ser objetiva.

III. Correto. Eventuais divergências devem ser tratadas de acordo com políticas e procedimentos estabelecidos pela firma de auditoria.

O gabarito preliminar “C” está, portanto, correto.

17. (ESAF/AFTE – SEFAZ RN/2005) No controle da qualidade dos seus serviços, o auditor deverá ___________, supervisionar e revisar o trabalho em todas as suas etapas, de modo a garantir aos usuários de seus serviços a certeza __________ de que o trabalho foi realizado de acordo com as ___________ de controle de qualidade requeridas nas circunstâncias.

(A) planejar / razoável / normas (B) reestruturar / parcial / normas (C) organizar / mínima / leis

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(D) elaborar / total / regulamentações (E) auditar / razoável / leis

Comentários:

O enunciado pede para completar as lacunas, o que, mesmo sem saber nada de controle de qualidade em auditorias independentes, não é difícil. Vejamos...

“No controle da qualidade dos seus serviços, o auditor deverá planejar, supervisionar e revisar o trabalho em todas as suas etapas, de modo a garantir aos usuários de seus serviços a certeza razoável de que o trabalho foi realizado de acordo com as normas de controle de qualidade requeridas nas circunstâncias.”

Portanto, o gabarito é a letra ‘A’.

18. (FCC/Auditor-Fiscal Tributário Municipal – Sefin SP/2006) – Adaptada – Segundo a NBC PA 01, a comunicação dos resultados do monitoramento do sistema de qualidade interno dos serviços prestados por empresa de auditoria independente deve ser efetuado a cada

(A) ano. (B) dois anos. (C) três anos. (D) quatro anos. (E) cinco anos.

Comentários:

Vimos que um dos pilares do controle de qualidade de uma firma de auditoria é a avaliação contínua de que as políticas e os procedimentos de controle de qualidade são relevantes, adequados e estão operando de maneira efetiva (=monitoramento).

De acordo com a NBC PA 01, a firma deve comunicar, pelo menos uma vez por ano, os resultados do monitoramento de seu sistema de controle de qualidade aos sócios encarregados dos trabalhos e outras pessoas apropriadas na firma, incluindo o presidente ou, se apropriado, a diretoria executiva da firma.

Essa comunicação deve ser suficiente para permitir que a firma e essas pessoas adotem prontamente as ações apropriadas, quando necessário, de acordo com suas funções e responsabilidades definidas. Portanto, o gabarito é a letra ‘A’.

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Fraude e Erro

Já citamos algumas vezes os termos fraude e erro em nossa aula, e apesar de seus conceitos serem, de certa forma, bem intuitivos, entraremos em mais detalhes sobre sua caracterização e das responsabilidades envolvidas em sua apuração, avaliação e comunicação.

De acordo com a NBC TA 2408, as distorções nas demonstrações contábeis podem originar-se de fraude ou erro. O fator distintivo entre fraude e erro está no fato de ser intencional ou não intencional a ação subjacente que resulta em distorção nas demonstrações contábeis.

O termo erro refere-se a ato não-intencional na elaboração de registros e demonstrações contábeis, que resulte em incorreções deles, consistente em:

• erros aritméticos na escrituração contábil ou nas demonstrações contábeis;

• aplicação incorreta das normas contábeis; • interpretação errada das variações patrimoniais.

O termo fraude refere-se a ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis, e pode ser caracterizada por:

• manipulação, falsificação ou alteração de registros contábeis ou documentos comprobatórios que serviram de base à elaboração de demonstrações contábeis;

• mentira ou omissão intencional nas demonstrações contábeis de eventos, operações ou outras informações significativas; e

• aplicação incorreta intencional dos princípios contábeis relativos a valores, classificação, forma de apresentação ou divulgação.

Embora a fraude constitua um conceito jurídico amplo, para efeitos das normas de auditoria, o auditor está preocupado com a fraude que causa distorção relevante nas demonstrações contábeis. Dois tipos de distorções intencionais são pertinentes para o auditor – distorções decorrentes de informações contábeis fraudulentas e da apropriação indébita de ativos.

Você deve estar se perguntando: “Essas definições mudaram com as novas normas de auditoria?”

8 Resolução CFC nº. 1.207/09.

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A resposta é não, contudo, as novas normas foram mais a fundo e detalharam um pouco mais esses conceitos, principalmente, no que ser refere às responsabilidades do auditor nesse processo.

A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração.

É importante que a administração, com a supervisão geral dos responsáveis pela governança, enfatize a prevenção da fraude, o que pode reduzir as oportunidades de sua ocorrência e a sua dissuasão, o que pode persuadir os indivíduos a não perpetrar fraude por causa da probabilidade de detecção e punição.

Já falamos sobre isso, mas não custa reforçar: O auditor não é responsável pela prevenção ou detecção de erros e fraudes. É responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contém distorções relevantes, causadas por fraude ou erro.

Nesse sentido, faz-se necessário destacar mais uma vez a expressão “segurança razoável”, pois, devido às limitações inerentes ao trabalho de auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes não sejam detectadas, mesmo em uma auditoria devidamente planejada e realizada de acordo com as normas cabíveis.

Lembre-se que os efeitos potenciais das limitações inerentes são particularmente significativos no caso de fraude, pois o risco de não detectar uma distorção relevante é mais alto do que nos casos decorrentes de erro. Isso porque a fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados, destinados a ocultá-la, tais como falsificação, omissão deliberada no registro de operações ou prestação intencional de falsas representações ao auditor.

Além disso, destaca-se que o risco do auditor não detectar uma distorção relevante decorrente de fraude da administração é maior do que no caso de fraude cometida por empregados, porque a administração, pela posição que ocupa, tem mais condições de manipular os registros contábeis, apresentar informações fraudulentas ou burlar procedimentos de controle.

Portanto, são responsabilidades do auditor:

(a) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante decorrente de fraude;

(b) obter evidências sobre os riscos identificados de distorção relevante decorrente de fraude, por meio da definição e implantação de respostas apropriadas; e

(c) responder adequadamente face à fraude ou à suspeita de fraudes identificada durante a auditoria.

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Há, no entanto, situações em que a existência de fraudes deixa o auditor sem condições de continuar o trabalho. Exemplos dessas circunstâncias excepcionais incluem o fato de a entidade não tomar a ação apropriada, considerada pelo auditor como necessária, com referência a uma fraude (mesmo no caso em que a fraude não é relevante); risco significativo de existência de fraudes relevantes e generalizadas; e preocupação quanto à competência ou integridade da administração.

Portanto, se o auditor encontrar circunstâncias que coloquem em dúvida sua capacidade de continuar a auditoria, como resultado de uma distorção decorrente de fraude ou suspeita de fraude, deve:

• determinar as responsabilidades profissionais e legais aplicáveis à situação, inclusive se é necessário informar à pessoa que aprovou sua contratação ou, em alguns casos, às autoridades reguladoras9;

• considerar se seria apropriado o auditor retirar-se do trabalho, quando essa saída for possível conforme a lei ou regulamentação aplicável e caso se retire:

o discutir com a administração e com os responsáveis pela governança a sua saída e as razões da interrupção; e

o determinar se existe exigência profissional ou legal de comunicar outras pessoas envolvidas (acionistas, contratantes da auditoria ou autoridades reguladoras).

É importante ressaltar que a responsabilidade profissional e legal do auditor continua existindo em tais circunstâncias. Em alguns casos, por exemplo, o auditor pode ter o direito ou obrigação de fazer uma declaração ou relatório para terceiros interessados, como acionistas, contratante da auditoria ou órgãos reguladores e de controle.

Segundo as normas de auditoria, caso o auditor tenha identificado uma fraude ou obtido informações que indiquem a possibilidade de fraude, deve comunicar estes assuntos tempestivamente a pessoa de nível apropriado da administração que têm a responsabilidade primordial de prevenir e detectar fraude. Isso é necessário mesmo que o assunto possa ser considerado não importante (por exemplo, um desfalque mínimo cometido por empregado em um nível inferior na organização da entidade).

Existem ainda situações de fraude que são mais sensíveis, como quando envolvem a administração, empregados com funções chave na organização e

9 No Brasil, existem obrigações determinadas pelas autoridades reguladoras que podem incluir essa situação.

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em casos de fraudes que gerem distorção relevante nas demonstrações contábeis.

Nessas hipóteses, a menos que todos os responsáveis pela governança estejam envolvidos na administração da entidade, o auditor deve comunicar tempestivamente esses assuntos aos responsáveis pela governança, verbalmente ou por escrito10.

Caso o auditor suspeite de fraude envolvendo a administração, o auditor deve comunicar essas suspeitas aos responsáveis pela governança e discutir com eles a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria necessários para concluir a auditoria.

Além disso, em alguns casos, o auditor pode considerar apropriado comunicar-se com os responsáveis pela governança quando ele toma conhecimento de fraude que envolva outros empregados que não os da administração e que não resulte em distorção relevante. Similarmente, os responsáveis pela governança podem desejar ser informados de tais circunstâncias.

Finalmente, há situações nas quais o auditor tem responsabilidade em comunicar terceiros fora da entidade. Embora o dever profissional do auditor de manter a confidencialidade da informação do cliente possa impedir que tais informações sejam dadas, as responsabilidades legais do auditor podem ir de encontro ao dever de sigilo em algumas situações.

O dever de confidencialidade não pode passar por cima de estatuto, lei ou tribunais de direito. Por exemplo, no Brasil, o auditor de instituição financeira tem o dever de relatar a ocorrência de fraude a autoridades de supervisão. Em outros segmentos, o auditor também tem dever de relatar distorções nos casos em que a administração e os responsáveis pela governança deixam de adotar ações corretivas.

No entanto, cada caso deve ser analisado à luz da legislação apropriada e o auditor pode considerar apropriado obter assistência jurídica para determinar o curso de ação apropriado nessas circunstâncias.

O auditor deve comunicar a (aos)...

Nos casos em que...

Administração encontrar fraudes, mesmo que irrelevantes;

Responsáveis pela governança

houver participação da administração nas fraudes; houver participação de funcionários chaves de organização (principalmente responsáveis pelo controle interno) nas fraudes; encontrar fraudes relevantes;

10 A NBC TA 260 identifica fatores que o auditor considera ao escolher entre comunicar-se verbalmente ou por escrito.

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encontrar fraudes irrelevantes (opcional);

Órgãos reguladores e de controle (terceiros)

existam exigências legais.

Vejamos algumas questões sobre esse assunto:

19. (FGV / ICMS-RJ / 2010) Analise as afirmativas a seguir:

I. A prevenção e detecção da fraude é de responsabilidade da governança da entidade e da sua administração.

II. Apesar de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos, identificar a ocorrência de fraude, ele pode estabelecer juridicamente se realmente ocorreu fraude.

III. O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas é responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contém distorções relevantes, causadas por fraude ou erro.

Assinale:

(A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (D) se somente a afirmativa III estiver correta. (E) se somente a afirmativa II estiver correta.

Comentários:

Esses itens foram tirados da NBC TA 240. Vamos inicialmente analisar os itens II e III.

II. Errado, a norma fala que apesar de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos, identificar a ocorrência de fraude, ele NÃO estabelece juridicamente se realmente ocorreu fraude.

III. Correto, essa é a atribuição do auditor, obter segurança razoável de que não há distorções relevantes nas demonstrações.

Agora, diferente do que afirma a FGV, entendemos que o item I não está correto, pois a prevenção e a detecção de fraude são de responsabilidade dos RESPONSÁVEIS pela governança da entidade e da sua administração.

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Não podemos confundir GOVERNANÇA como RESPONSÁVEIS PELA GOVERNANÇA11.

O primeiro se refere, de acordo com o IBGC, a um SISTEMA pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, Conselho de Administração, Diretoria e órgãos de controle.

Já o segundo, de acordo com a NBC TA 260 (Resolução CFC nº 1.209/09), se refere às PESSOAS ou ORGANIZAÇÕES com responsabilidade pela supervisão geral da direção estratégica da entidade e das obrigações relacionadas à responsabilidade da entidade.

Enfim, não é possível responsabilizar um sistema, mas as pessoas ou organizações responsáveis por esse sistema.

Por esse motivo, consideramos que o item I está incorreto, e o gabarito deveria ter sido alterado de ‘C’ para a letra ‘D’, o que não ocorreu.

20. (ESAF/ATM/Natal/2008) A responsabilidade primária na prevenção e identificação de fraudes e erros na empresa é:

a) da administração. b) da auditoria interna. c) do comitê de gestão corporativa. d) do Conselho Fiscal. e) da auditoria externa.

Comentários:

Vimos que a responsabilidade primária pela prevenção e detecção de fraudes é da entidade.

Ressalte-se que essa responsabilidade não foi alterada com as novas normas, segundo a NBC TA 240, a principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração. Gabarito da questão: Letra ‘A’.

21. (ESAF/AFRFB/2009) A responsabilidade primária na prevenção e detecção de fraudes e erros é:

a) da administração. b) da auditoria interna.

11 Responsáveis pela governança são as pessoas com responsabilidade de supervisionar a direção estratégica da entidade e, consequentemente, de supervisionar as atividades da Administração (isso inclui a supervisão geral do relatório financeiro).

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c) do conselho de administração. d) da auditoria externa. e) do comitê de auditoria.

Comentários:

Essa questão, recentemente aplicada na prova para Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, é idêntica a analisada no item anterior. Esse é só um, dos inúmeros exemplos que mostram a importância da resolução de provas passadas, são pontos certos e preciosos para a aprovação.

Segundo a novíssima NBC TA 240, como já vimos diversas vezes, a principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração.

Gabarito da questão: Letra ‘A’.

22. (ESAF/APOFP/Sefaz-SP/2009) Por ser um ato não-intencional na elaboração de registros e demonstrações contábeis, é correto afirmar que se trata de um erro:

a) a alteração de documentos visando modificar os registros de ativos, passivos e resultados. b) a apropriação indébita de ativos. c) a supressão ou omissão de transações nos registros contábeis. d) o registro de transações sem comprovação. e) a aplicação incorreta das normas contábeis.

Comentários:

Essa questão trata das definições de erro e fraude, vimos que o ato não-intencional caracteriza o erro; o intencional, a fraude.

Portanto, a alteração de documentos visando modificar os registros; a apropriação indébita; a supressão ou omissão de transações e o registro de transações são exemplos de atos intencionais que visam um objetivo específico.

Por sua vez a aplicação incorreta, quando não proposital, das normas contábeis é considerada um erro. Gabarito, letra ‘E’.

23. (ESAF/ATM/Natal/2008) O auditor, ao efetuar a avaliação e os testes nas contas dos itens componentes do imobilizado e de suas respectivas depreciações, constatou os seguintes fatos:

I. Contrato efetuado entre a empresa e um de seus sócios transferindo uma máquina entregue como integralização de capital no valor de R$ 1.000.000,00.

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Ao efetuar a comparação com o valor de mercado na data da transferência, constatou-se que a máquina estava valorizada por R$ 800.000,00. II. Unidade Fabril operando em dois turnos, efetuando a depreciação de suas máquinas pela taxa relativa a um turno. III. Os Juros e a variação cambial de uma máquina em processo de construção e importação, a ser usada no processo produtivo, contabilizado em despesas financeiras e de juros, respectivamente.

Assim, pode-se afirmar que as assertivas I, II e III correspondem a:

a) erro, fraude, erro. b) fraude, erro, fato normal. c) erro, erro, erro. d) fato normal, fraude, fraude. e) fraude, erro, erro.

Comentários:

A distinção entre fraude e erro reside na intencionalidade ou não do ato que os originou. Nem sempre essa distinção é fácil. Fraude refere-se a ato intencional de omissão ou manipulação / adulteração; já, erro, refere-se a ato não-intencional na elaboração dos registros e demonstrações contábeis.

Vamos resolver essa questão por eliminação.

Analisando os três itens verificamos que nenhum deles refere-se a um ato normal, todos têm alguma impropriedade. Portanto, as assertivas “b” e “d” estão erradas.

Agora para resolver a questão basta identificar em qual item, I ou II, houve fraude, já que nas assertivas restantes, o item III aparece em todas como erro, então, não precisamos nos preocupar mais com ele, certo?

Esse tipo de resolução, por eliminação, nos parece mais produtiva nas questões desse tipo, pois poupamos tempo.

Vamos analisar o item I: ora, um dos sócios integralizou uma máquina que custava R$ 800.000,00 por R$ 1.000.000,00, embolsando R$ 200.000,00 as custas dos demais. O que parece isso? FRAUDE.

Pronto, matamos a questão, o gabarito é a letra “E”: FRAUDE, ERRO, ERRO.

Mas, como aqui é treino, vamos analisar os itens II e III:

Item II – é um caso típico de ERRO, pois foi lançado erroneamente, para menor, o valor da depreciação, ou seja, foram lançadas menos despesas no período.

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Item III – outro caso típico de ERRO, houve uma confusão nos lançamentos contábeis, os valores foram lançadas em contas erradas distorcendo seus saldos, mas não o resultado global.

24. (ESAF / Auditor-Fiscal da Previdência Social - AFPS / 2002) Segundo as normas de auditoria, as definições de fraude e erro são, respectivamente:

a) Ato não-intencional de registrar documentos oficiais corretamente, bem como elaborar demonstrações financeiras de forma correta. Ato intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis. b) Ato não-intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis. Ato intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis. c) Ato não-intencional de evidenciar a manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis. Ato intencional resultante de omissão, desatenção ou interpretação correta de fatos na elaboração de registros e demonstrações financeiras. d) Ato intencional de registrar as transações de forma adequada os fatos contábeis e a elaboração das demonstrações contábeis. Ato nãointencional resultante de omissão, desatenção ou interpretação de fatos de forma correta na elaboração de registros e demonstrações contábeis. e) Ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis. Ato não-intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis.

Comentários:

Essa questão é para fixarmos os conceitos de fraude e erro, lembre-se: fraude = ato intencional; erro = ato não-intencional. Gabarito, letra ‘E’.

25. (FCC / SEFIN/SP – Auditor-Fiscal Tributário Municipal / 2006) – Adaptada – Em relação à auditoria externa independente das demonstrações contábeis da entidade, é correto afirmar:

(A) Fraude é o ato não-intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração da escrituração contábil. (B) O risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis que contenham distorções relevantes. (C) Erro é o ato intencional ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis.

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(D) Como o sistema contábil e de controles internos da entidade é de responsabilidade exclusiva de sua administração, não cabe ao auditor efetuar sugestões objetivas para seu aprimoramento. (E) Independentemente de ter emitido opinião sobre as demonstrações contábeis originais, o auditor pode expressar opinião sobre demonstrações contábeis apresentadas de forma condensada.

Comentários:

Item (A): Fraude é o ato não-intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração da escrituração contábil.

Errado. Fraude é ato intencional.

Item (B): O risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis que contenham distorções relevantes.

Certo. Essa é a definição de risco de auditoria.

Item (C): Erro é o ato intencional ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis.

Errado. Erro é ato não intencional.

Item (D): Como o sistema contábil e de controles internos da entidade é de responsabilidade exclusiva de sua administração, não cabe ao auditor efetuar sugestões objetivas para seu aprimoramento.

Errado. O fato de o sistema de controle interno da entidade ser de responsabilidade de administração não impede o auditor de emitir recomendações para sua melhoria.

Item (E): Independentemente de ter emitido opinião sobre as demonstrações contábeis originais, o auditor pode expressar opinião sobre demonstrações contábeis apresentadas de forma condensada.

Errado. Veremos, em outra aula, que o auditor somente deve aceitar um trabalho para emitir relatório de auditoria independente sobre demonstrações contábeis condensadas quando ele também tiver sido contratado para conduzir a auditoria das demonstrações contábeis (completas) que serviram de base ou das quais foram derivadas as demonstrações contábeis condensadas. Mas vamos deixar esse assunto para outra oportunidade.

Temos então que a resposta correta é o item ‘B’.

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26. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2008) – ADAPTADA – O Conselho Federal de Contabilidade – CFC conceitua fraude e erro da seguinte forma:

I. fraude refere-se a ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis; e II. erro refere-se a ato não-intencional na elaboração de registros e demonstrações contábeis, que resulte em incorreções deles.

Considerando a regulamentação do assunto pelo CFC, em especial a Resolução 1.207/09, é possível afirmar que:

(A) a responsabilidade primária na prevenção e identificação de fraudes e erros é do auditor independente, uma vez que é contratado para garantir que os dados constantes nas demonstrações reflitam a real situação econômico-financeira da entidade auditada. (B) não tem o auditor independente a obrigação de comunicá-los à entidade da auditada, desde que relevantes. (C) a auditoria de demonstrações contábeis tem como objetivo a descoberta de fraudes. (D) o auditor independente deverá considerar a possibilidade de ocorrência, inclusive na fase do planejamento dos trabalhos. (E) como a auditoria de demonstrações contábeis não objetiva a descoberta de fraudes, o auditor não deve considerar a possibilidade de sua ocorrência, sequer no planejamento.

Comentários:

Item (A): a responsabilidade primária na prevenção e identificação de fraudes e erros é do auditor independente, uma vez que é contratado para garantir que os dados constantes nas demonstrações reflitam a real situação econômico-financeira da entidade auditada.

Errado. A responsabilidade primária pela prevenção e detecção de erros e fraudes é dos responsáveis pela governança e da administração.

Item (B): não tem o auditor independente a obrigação de comunicá-los à entidade da auditada, desde que relevantes.

Errado. Vimos que o auditor independente deve comunicar as fraudes encontradas à administração, mesmo que irrelevantes. Além disso, deve também considerar as hipóteses (vide quadro acima) de comunicação aos responsáveis pela governança e a terceiros.

Item (C): a auditoria de demonstrações contábeis tem como objetivo a descoberta de fraudes.

Errado. Já falamos bastante sobre isso...

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O objetivo do auditor independente não é encontrar fraudes e/ou erros, mas emitir uma opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.

Item (D): o auditor independente deverá considerar a possibilidade de ocorrência, inclusive na fase do planejamento dos trabalhos.

Certo. O auditor independente deve planejar e executar o seu trabalho, considerando a possibilidade de existência de erros e/ou fraudes.

Item (E): como a auditoria de demonstrações contábeis não objetiva a descoberta de fraudes, o auditor não deve considerar a possibilidade de sua ocorrência, sequer no planejamento.

Errado. Vimos que o auditor é responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contém distorções relevantes, causadas por fraude ou erro.

Temos então que a resposta correta é o item ‘D’.

27. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP/2006) – ADAPTADA –Sobre fraude e erro, é correto afirmar que

(A) fraude é o ato não-intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação dos fatos na elaboração dos registros contábeis. (B) é responsabilidade do auditor a comunicação fraudes que tenha encontrado em seu trabalho à administração da entidade, mesmo que irrelevantes. (C) o auditor, ao planejar o seu trabalho, não precisa estar preocupado em detectar fraudes e erros, já que essa é uma responsabilidade primária da entidade auditada. (D) se o auditor não detectou fraudes e erros em seu trabalho, que posteriormente foram descobertos, ele será pessoalmente responsável por todas as conseqüências deles recorrentes. (E) erro é o ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis.

Comentários:

Itens (A) e (E): errados.

Os conceitos foram trocados.

Item (B): certo.

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Muito cuidado! De acordo com as normas de auditoria, fraudes, mesmo que irrelevantes, devem ser comunicadas à administração quando detectadas pelo auditor.

Item (C): errado.

Apesar de não ser o responsável primário pela detecção de erros e fraudes, o auditor é responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contém distorções relevantes, independente de serem causadas por fraude ou erro.

Item (D): errado.

Sabemos que, em um trabalho auditorial, existe um risco inevitável de que algumas distorções relevantes não sejam detectadas.

Dessa forma, o auditor não pode ser responsabilizado caso não detecte algum erro ou fraude, desde que, logicamente, tenha executado seu trabalho de acordo com as normas de auditoria.

Temos então que a resposta correta é o item ‘B’.

28. (FUNDATEC/ Contador – CEEE/2008) De acordo com as normas técnicas de auditoria interna, para designar o ato não intencional de omissão, desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros, informações e demonstrações contábeis, bem como de transações e operações da entidade, tanto em termos físicos quanto monetários, aplica-se termo “erro” a

(A) Estorno. (B) Fraude. (C) Equívoco. (D) Erro. (E) Deslize.

Comentários:

Essa questão de tão fácil chega a ser difícil. Você fica com medo de responder, pois o enunciado é de difícil interpretação aí você fica pensando que é uma “pegadinha”.

Mas não é, vimos que ato não-intencional configura um erro, portanto, letra “D”, só não entendemos porque a banca colocou no final da questão: aplica-se termo “erro” a ... . Não ficaria mais claro dizer: aplica-se o termo ...?

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29. (FCC/AFRE – Sefaz PB/2006) O auditor interno, ao avaliar o cálculo do ICMS da empresa, identifica, no relatório que suporta os cálculos, a não-inclusão de nota fiscal no valor de R$ 50.000,00, na base de cálculo. Ao consultar o responsável pelo setor de processamento de dados da empresa, o mesmo afirma que, atendendo solicitação dos responsáveis da área fiscal, as notas de valor entre R$ 30.000,00 e R$ 50.000,00, não deveriam compor a base de cálculos dos impostos. É correto afirmar que este fato evidencia

(A) uma fraude, por tratar-se de ato regulamentado pelo fisco para dar condições de empresas em situação financeira difícil se restabelecerem. (B) uma fraude, por representar um ato intencional praticado pelo responsável da área fiscal de manipulação de transações com o objetivo de reduzir a carga tributária da empresa. (C) um erro, por tratar-se de desconhecimento da obrigatoriedade do imposto prevista em legislação, por parte do responsável pela área de sistemas da empresa. (D) uma fraude, por representar um ato não-intencional do responsável pela área fiscal visando reduzir a carga tributária da empresa. (E) um erro, por tratar-se de ato intencional praticado pelo responsável da área fiscal visando reduzir a carga tributária da empresa.

Comentários:

Sempre tendo em mente que fraude refere-se a ato intencional e erro a ato não-intencional, vamos resolver essa questão.

Pelo enunciado vimos que se trata de um ato intencional utilizado para burlar o fisco. Portanto, fraude.

A assertiva “a” está errada, pois, se o ato fosse permitido não configuraria fraude (brincadeira, não é?).

Pela definição podemos eliminar as assertivas “c” e “e” sem ao menos lê-las por completo, pois o início delas já aponta o item como erro, e já vimos que trata-se de fraude.

Ainda, pela definição podemos eliminar a assertiva “d” pois diz que a fraude é um ato não-intencional, e ato não-intencional, é erro.

Sobrou a letra “b” que é o gabarito, cuja definição da situação está perfeita: uma fraude, por representar um ato intencional, pela eliminação que fizemos das outras assertivas, o restante do enunciado pouco importa. Temos então que a resposta correta é o item ‘B’.

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Bom... hoje paramos por aqui. Não se esqueça de participar do nosso Fórum.

A gente se vê na próxima semana.

Forte abraço, Davi e Fernando

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Lista de Questões

1. (ESAF/AFRFB/2009) - adaptada - O auditor da empresa Negócios S.A. estabeleceu três procedimentos obrigatórios para emissão da opinião. O primeiro, que a empresa renovasse o contrato de auditoria para o próximo ano, o segundo, que a empresa emitisse representação formal de que ela cumpriu a sua responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável e o terceiro, que o relatório de auditoria seria assinado por sócio do escritório de contabilidade, cuja única formação é administração de empresas. Pode-se afirmar, com relação aos procedimentos, respectivamente, que:

a) é ético, não é procedimento de auditoria e atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. b) não é ético, não é procedimento de auditoria e não atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. c) é ético, não deve ser considerado para emissão do parecer e atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. d) é ético, considera-se apenas em alguns casos para emissão do parecer e não atende as normas de auditoria e pessoa do auditor. e) não é ético, é procedimento de auditoria e não atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor.

2. (ESAF/SEFIN-RECIFE-Auditor/2003) Entre as habilidades e competências profissionais que o auditor deve possuir, estão:

a) capacidade para aplicação das normas, procedimentos e técnicas na execução das auditorias. b) capacidade de supor e imaginar quando não conseguir evidenciar, em seus procedimentos de auditoria, confirmação dos fatos analisados. c) conhecimentos de fundamentos de economia, direito comercial, impostos, finanças, entre outros. d) capacidade na área de princípios, convenções, postulados e técnicas contábeis. e) conhecimentos dos princípios de administração, para reconhecer e avaliar a relevância e o significado dos eventuais desvios em relação às boas práticas empresariais.

3. (ESAF / Analista Técnico - Susep / 2010) Com relação à atividade profissional do auditor externo, pode-se afirmar que: I. o auditor externo, ao realizar a auditoria em entidade seguradora, pode ter nível de parentesco até segundo grau com os administradores e gestores da entidade auditada, desde que declare para a SUSEP, CVM e CFC, antes do início da auditoria, este vínculo.

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II. todo auditor externo, registrado no Conselho Federal de Contabilidade, que tenha registro no CNAI – Cadastro Nacional de Auditores Independentes, pode realizar auditoria em Seguradoras e Entidade de Previdência Complementar Aberta.

III. para ser auditor responsável pelos trabalhos, exercendo a função de sócio de auditoria, o auditor deve ter formação em nível superior nos cursos de administração de empresas ou contabilidade.

Assinale a opção correta, com relação às afirmativas acima. a) Somente a I e II são verdadeiras. b) Somente I e III são falsas. c) Todas são verdadeiras. d) Somente II e III são falsas. e) Todas são falsas.

4. (FCC / Analista - APOFP / 2010) As normas brasileiras que estabelecem os preceitos de conduta para o exercício profissional, especificamente para aqueles que atuam como auditores independentes, são estruturadas como

(A) NBC TP. (B) NBC TI. (C) NBC PI. (D) NBC TA. (E) NBC PA.

5. (ESAF/Analista Técnico Área: Controle e Fiscalização/Atuária/SUSEP/2006) Das situações abaixo, indique qual não restringe ou veta a contratação de auditoria independente, por parte das entidades seguradoras, de capitalização e entidades abertas de previdência privada.

a) Prestação de serviços de consultoria atuarial pela firma de auditoria independente. b) Ser segurado da empresa seguradora auditada, tendo apólice de cobertura de Incêndio e Roubo de Bens. c) Contratação de apólice de seguros de responsabilidade civil profissional da empresa a ser auditada. d) Planejamento tributário elaborado para a empresa auditada e suas coligadas e controladas. e) Pagamentos de honorários que representem 30% do faturamento total da firma de auditoria independente.

6. (ESAF/ATM/Natal/2008) A firma de auditoria Verificações Ltda. foi convidada, pela empresa Múltiplos S.A., para elaborar proposta de auditoria para suas demonstrações contábeis relativas ao ano de 2007. O auditor, nesse período, já havia efetuado a revisão das declarações de imposto de renda da

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empresa e consultoria, elaborando a avaliação dos ativos de uma empresa coligada, para que a mesma fosse incorporada pela empresa Múltiplos S.A. Deve o auditor, nessa situação,

a) recusar o convite de auditoria por conflito nos trabalhos já executados e os a serem desempenhados. b) participar do processo elaborando proposta que evidencie os trabalhos já executados e os honorários cobrados. c) omitir os serviços de consultoria prestados, deixando que o cliente analise sua independência ou não para realização do trabalho. d) exigir os trabalhos como complemento das atividades já desempenhadas na empresa. e) aceitar o convite, com limitação de escopo, restringindo os trabalhos somente aos processos dos quais não tenha participado como consultor.

7. (ESAF/AFRE/Sefaz-CE/2006) É fator determinante para a recusa de um trabalho de auditoria externa

a) o auditor ser importante acionista da empresa auditada. b) o auditor ter conhecimento suficiente sobre o negócio da empresa. c) a possibilidade de o profissional contratado poder realizar o trabalho com imparcialidade. d) a necessidade de uso de especialistas para avaliação de áreas específicas. e) a existência de fraude ou erro nas demonstrações auditadas.

8. (ESAF/AFC/Área: Auditoria e Fiscalização/CGU/2006) Ao tratar da independência, as Normas Brasileiras para o Exercício da Auditoria Independente definem "entidade relacionada" como aquela que possui uma das seguintes relações com a entidade auditada, exceto a

a) entidade que tem controle direto ou indireto sobre a entidade auditada, desde que a entidade auditada seja relevante para essa entidade. b) entidade com interesse financeiro direto na entidade auditada, qualquer que seja a significância desse interesse financeiro na entidade auditada. c) entidade sobre a qual a entidade auditada tenha controle direto ou indireto. d) entidade na qual a entidade auditada, ou uma entidade a esta relacionada, tenha um interesse financeiro direto que lhe proporcione influência significativa, ou seja, preponderância nas deliberações sociais, sobre essa entidade e o interesse seja relevante para a entidade auditada e sua entidade relacionada. e) entidade sob controle comum ao da entidade auditada desde que essa entidade e a entidade auditada sejam, ambas, relevantes para a entidade controladora.

9. (ESAF/AFTE/Sefaz-RN/2004-5) Não é fator que impeça o auditor independente de aceitar trabalhos de auditoria em entidades:

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a) vínculo conjugal com administradores da entidade. b) ter sido empregado da entidade há mais de dois anos. c) ser acionista da empresa auditada. d) ter interesse financeiro direto na entidade. e) fixar honorários condicionais à natureza do trabalho.

10. (ESAF/AFRFB/2009) A responsabilidade primária na prevenção e detecção de fraudes e erros é:

a) da administração. b) da auditoria interna. c) do conselho de administração. d) da auditoria externa. e) do comitê de auditoria.

11. (ESAF/ATM/Natal/2008) A responsabilidade primária na prevenção e identificação de fraudes e erros na empresa é:

a) da administração. b) da auditoria interna. c) do comitê de gestão corporativa. d) do Conselho Fiscal. e) da auditoria externa.

12. (ESAF/APOFP/Sefaz-SP/2009) - adaptada - Compostos pela documentação preparada pelo auditor ou a ele fornecida na execução da auditoria, a documentação de auditoria possue as seguintes características, exceto:

a) sua disponibilização a terceiros é permitida, desde que formalmente autorizada pela entidade auditada. b) apenas abrigam informações em papel, sendo vedadas as evidências obtidas por meios eletrônicos. c) sua confidencialidade é dever permanente do auditor. d) devem ser mantidos sob a custódia do auditor por um prazo de cinco anos, a partir da data de emissão do relatório de auditoria. e) sua padronização não é obrigatória.

13. (ESAF/ATM/Natal/2008) A empresa Documental S.A., tendo como objetivo manter um arquivo completo sobre o seu processo de auditoria, exige do auditor que forneça cópia de todos os seus arquivos eletrônicos e papéis de trabalho elaborados durante a execução de seus serviços. Pode-se afirmar que:

a) a referida solicitação é pertinente, uma vez que a empresa também é responsável pela guarda e sigilo dos papéis de trabalho.

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b) a solicitação da empresa é indiferente, pois os papéis de trabalho são de acesso público, conforme determinado por resolução da Comissão de Valores Mobiliários. c) é indevida a solicitação, visto que a guarda e sigilo dos papéis são de responsabilidade do auditor. d) é permitido à empresa solicitar os papéis de trabalho, visto estar sujeita a questionamentos por parte dos acionistas ou de terceiros. e) a solicitação é irregular, já que em nenhuma hipótese os papéis de trabalho podem ser disponibilizados, seja para a empresa seja para qualquer usuário.

14. (ESAF/AFC/Área: Auditoria e Fiscalização/CGU/2006) – adaptada - Segundo as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis, o auditor deve adotar procedimentos apropriados para manter a custódia dos papéis de trabalho

a) pelo prazo de cinco anos, a partir da data de emissão do seu relatório. b) pelo prazo de três anos, a partir da data de emissão do seu relatório. c) pelo prazo de cinco anos, a partir da data de finalização da auditoria. d) pelo prazo de três anos, a partir da data de finalização da auditoria. e) pelo prazo de dois anos, a partir da data de finalização da auditoria.

15. (ESAF/AFRE/MG/2005) – adaptada - O prazo normal para guarda dos papéis de trabalho pelo auditor é:

a) 5 anos da data da emissão do relatório de auditoria. b) 6 anos da data da publicação do balanço pela empresa. c) 5 anos da data do encerramento das demonstrações auditadas. d) indeterminado, enquanto a empresa for cliente. e) aquele pelo qual a firma de auditoria for contratada.

16. (FGV / ICMS-RJ / 2010) A respeito do controle de qualidade da Auditoria das Demonstrações Contábeis, analise as afirmativas a seguir:

I. Os sistemas, as políticas e os procedimentos de controle de qualidade são de responsabilidade da empresa auditada que deve seguir as políticas e processos de trabalho implantadas.

II. O revisor do controle de qualidade do trabalho deve realizar uma avaliação subjetiva dos julgamentos feitos pela equipe de trabalho e, ao elaborar o relatório, as conclusões devem envolver a revisão das demonstrações contábeis.

III. No caso de surgirem diferenças de opinião dentro da equipe de trabalho, com as pessoas consultadas ou, quando aplicável, entre o sócio encarregado do trabalho e o revisor do controle de qualidade do trabalho, a equipe de trabalho deve seguir as políticas e procedimentos da firma para tratar e resolver as diferenças de opinião.

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Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

17. (ESAF/AFTE – SEFAZ RN/2005) No controle da qualidade dos seus serviços, o auditor deverá ___________, supervisionar e revisar o trabalho em todas as suas etapas, de modo a garantir aos usuários de seus serviços a certeza __________ de que o trabalho foi realizado de acordo com as ___________ de controle de qualidade requeridas nas circunstâncias.

(A) planejar / razoável / normas (B) reestruturar / parcial / normas (C) organizar / mínima / leis (D) elaborar / total / regulamentações (E) auditar / razoável / leis

18. (FCC/Auditor-Fiscal Tributário Municipal – Sefin SP/2006) – Adaptada – Segundo a NBC PA 01, a comunicação dos resultados do monitoramento do sistema de qualidade interno dos serviços prestados por empresa de auditoria independente deve ser efetuado a cada

(A) ano. (B) dois anos. (C) três anos. (D) quatro anos. (E) cinco anos.

19. (FGV / ICMS-RJ / 2010) Analise as afirmativas a seguir:

I. A prevenção e detecção da fraude é de responsabilidade da governança da entidade e da sua administração.

II. Apesar de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos, identificar a ocorrência de fraude, ele pode estabelecer juridicamente se realmente ocorreu fraude.

III. O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas é responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contém distorções relevantes, causadas por fraude ou erro.

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Assinale:

(A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (D) se somente a afirmativa III estiver correta. (E) se somente a afirmativa II estiver correta.

20. (ESAF/ATM/Natal/2008) A responsabilidade primária na prevenção e identificação de fraudes e erros na empresa é:

a) da administração. b) da auditoria interna. c) do comitê de gestão corporativa. d) do Conselho Fiscal. e) da auditoria externa.

21. (ESAF/AFRFB/2009) A responsabilidade primária na prevenção e detecção de fraudes e erros é:

a) da administração. b) da auditoria interna. c) do conselho de administração. d) da auditoria externa. e) do comitê de auditoria.

22. (ESAF/APOFP/Sefaz-SP/2009) Por ser um ato não-intencional na elaboração de registros e demonstrações contábeis, é correto afirmar que se trata de um erro:

a) a alteração de documentos visando modificar os registros de ativos, passivos e resultados. b) a apropriação indébita de ativos. c) a supressão ou omissão de transações nos registros contábeis. d) o registro de transações sem comprovação. e) a aplicação incorreta das normas contábeis.

23. (ESAF/ATM/Natal/2008) O auditor, ao efetuar a avaliação e os testes nas contas dos itens componentes do imobilizado e de suas respectivas depreciações, constatou os seguintes fatos:

I. Contrato efetuado entre a empresa e um de seus sócios transferindo uma máquina entregue como integralização de capital no valor de R$ 1.000.000,00. Ao efetuar a comparação com o valor de mercado na data da transferência, constatou-se que a máquina estava valorizada por R$ 800.000,00. II. Unidade Fabril operando em dois turnos, efetuando a depreciação de suas máquinas pela taxa relativa a um turno.

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III. Os Juros e a variação cambial de uma máquina em processo de construção e importação, a ser usada no processo produtivo, contabilizado em despesas financeiras e de juros, respectivamente.

Assim, pode-se afirmar que as assertivas I, II e III correspondem a:

a) erro, fraude, erro. b) fraude, erro, fato normal. c) erro, erro, erro. d) fato normal, fraude, fraude. e) fraude, erro, erro.

24. (ESAF / Auditor-Fiscal da Previdência Social - AFPS / 2002) Segundo as normas de auditoria, as definições de fraude e erro são, respectivamente:

a) Ato não-intencional de registrar documentos oficiais corretamente, bem como elaborar demonstrações financeiras de forma correta. Ato intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis. b) Ato não-intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis. Ato intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis. c) Ato não-intencional de evidenciar a manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis. Ato intencional resultante de omissão, desatenção ou interpretação correta de fatos na elaboração de registros e demonstrações financeiras. d) Ato intencional de registrar as transações de forma adequada os fatos contábeis e a elaboração das demonstrações contábeis. Ato nãointencional resultante de omissão, desatenção ou interpretação de fatos de forma correta na elaboração de registros e demonstrações contábeis. e) Ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis. Ato não-intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis.

25. (FCC / SEFIN/SP – Auditor-Fiscal Tributário Municipal / 2006) – Adaptada – Em relação à auditoria externa independente das demonstrações contábeis da entidade, é correto afirmar:

(A) Fraude é o ato não-intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração da escrituração contábil. (B) O risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis que contenham distorções relevantes.

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(C) Erro é o ato intencional ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis. (D) Como o sistema contábil e de controles internos da entidade é de responsabilidade exclusiva de sua administração, não cabe ao auditor efetuar sugestões objetivas para seu aprimoramento. (E) Independentemente de ter emitido opinião sobre as demonstrações contábeis originais, o auditor pode expressar opinião sobre demonstrações contábeis apresentadas de forma condensada.

26. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2008) – ADAPTADA – O Conselho Federal de Contabilidade – CFC conceitua fraude e erro da seguinte forma:

I. fraude refere-se a ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis; e II. erro refere-se a ato não-intencional na elaboração de registros e demonstrações contábeis, que resulte em incorreções deles.

Considerando a regulamentação do assunto pelo CFC, em especial a Resolução 1.207/09, é possível afirmar que:

(A) a responsabilidade primária na prevenção e identificação de fraudes e erros é do auditor independente, uma vez que é contratado para garantir que os dados constantes nas demonstrações reflitam a real situação econômico-financeira da entidade auditada. (B) não tem o auditor independente a obrigação de comunicá-los à entidade da auditada, desde que relevantes. (C) a auditoria de demonstrações contábeis tem como objetivo a descoberta de fraudes. (D) o auditor independente deverá considerar a possibilidade de ocorrência, inclusive na fase do planejamento dos trabalhos. (E) como a auditoria de demonstrações contábeis não objetiva a descoberta de fraudes, o auditor não deve considerar a possibilidade de sua ocorrência, sequer no planejamento.

27. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP/2006) – ADAPTADA –Sobre fraude e erro, é correto afirmar que

(A) fraude é o ato não-intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação dos fatos na elaboração dos registros contábeis. (B) é responsabilidade do auditor a comunicação fraudes que tenha encontrado em seu trabalho à administração da entidade, mesmo que irrelevantes. (C) o auditor, ao planejar o seu trabalho, não precisa estar preocupado em detectar fraudes e erros, já que essa é uma responsabilidade primária da entidade auditada. (D) se o auditor não detectou fraudes e erros em seu trabalho, que posteriormente foram descobertos, ele será pessoalmente responsável por todas as conseqüências deles recorrentes.

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(E) erro é o ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis.

28. (FUNDATEC/ Contador – CEEE/2008) De acordo com as normas técnicas de auditoria interna, para designar o ato não intencional de omissão, desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros, informações e demonstrações contábeis, bem como de transações e operações da entidade, tanto em termos físicos quanto monetários, aplica-se termo “erro” a

(A) Estorno. (B) Fraude. (C) Equívoco. (D) Erro. (E) Deslize.

29. (FCC/AFRE – Sefaz PB/2006) O auditor interno, ao avaliar o cálculo do ICMS da empresa, identifica, no relatório que suporta os cálculos, a não-inclusão de nota fiscal no valor de R$ 50.000,00, na base de cálculo. Ao consultar o responsável pelo setor de processamento de dados da empresa, o mesmo afirma que, atendendo solicitação dos responsáveis da área fiscal, as notas de valor entre R$ 30.000,00 e R$ 50.000,00, não deveriam compor a base de cálculos dos impostos. É correto afirmar que este fato evidencia

(A) uma fraude, por tratar-se de ato regulamentado pelo fisco para dar condições de empresas em situação financeira difícil se restabelecerem. (B) uma fraude, por representar um ato intencional praticado pelo responsável da área fiscal de manipulação de transações com o objetivo de reduzir a carga tributária da empresa. (C) um erro, por tratar-se de desconhecimento da obrigatoriedade do imposto prevista em legislação, por parte do responsável pela área de sistemas da empresa. (D) uma fraude, por representar um ato não-intencional do responsável pela área fiscal visando reduzir a carga tributária da empresa. (E) um erro, por tratar-se de ato intencional praticado pelo responsável da área fiscal visando reduzir a carga tributária da empresa.

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Gabarito: 1. E 2. X 3. E 4. E 5. B 6. A 7. A 8. B 9. B 10. A 11. A 12. B 13. C 14. A 15. A 16. C 17. A 18. A 19. C 20. A 21. A 22. E 23. E 24. E 25. B 26. D 27. B 28. D 29. B

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Bibliografia

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BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1201/09 - NBC PA 01 - Controle de qualidade para firmas de auditores independentes

BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1267/09 - NBC PA 02 - Independência

BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1203/09 - NBC TA 200 - Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria

BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1205/09 - NBC TA 220 - Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis

BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1207/09 - NBC TA 240 - Responsabilidade do Auditor em Relação a Fraude

BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1209/09 - NBC TA 260 - Comunicação com os Responsáveis pela Governança

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. São Paulo: Ed. Atlas, 2007.

ATTIE, Wiliam. Auditoria – Conceitos e Aplicações. São Paulo: Ed. Atlas, 2009.

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